terça-feira, 14 de setembro de 2010

Brasil e Reino Unido devem assinar tratado de cooperação na área da Defesa


Os governos do Brasil e do Reino Unido devem assinar nesta terça-feira um tratado bilateral de cooperação na área da defesa, durante uma visita de um secretário de Estado britânico à Brasília, confirmou o ministério da Defesa do Reino Unido.

O acordo será assinado na parte da tarde pelo secretário de Estado britânico de Segurança Internacional e Estratégia, Gerald Howarth, que visita o Brasil com uma importante delegação de empresários britânicos.

Segundo o jornal Financial Times (FT), o governo conservador de David Cameron espera que o tratado bilateral resulte em um contrato bilionário de fornecimento de patrulhas e fragatas à Marinha do Brasil para o grupo BAE Systems.

O eventual contrato entre a BAE Systems e as Forças Armadas brasileiras, se for assinado, incluiria seis patrulhas e cinco ou seis fragatas Tipo-26, com um preço total de 2,9 bilhões de libras (4,475 bilhões de dólares) caso os navios sejam construídos no Reino Unido, segundo o FT.

Mas, de acordo com o jornal, o valor deve ser menor porque o Brasil deseja fabricar a maioria dos navios em seu território, segundo a política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de priorizar nos acordos de defesa a transferência de tecnologia para o país.

As fragatas Tipo-26 são projetadas para participar em combates antissubmarinos e em apoio às operações em terra, enquanto os barcos patrulhas provavelmente seriam destinados à vigilância das reservas estratégicas de petróleo na camada do pré-sal.

O FT destaca que o principal incentivo para a BAE, líder mundial do setor de armamento e defesa, seria um contrato de manutenção e atualizações técnicas dos navios por um período de entre 20 e 30 anos.

A BAE Systems, assim como outros grupos de defesa britânicos, deve enfrentar cortes consideráveis quando o governo britânico detalhar, no dia 20 de outubro, um plano de austeridade, que pode incluir uma redução de até 15% no orçamento de defesa.

Se o acordo for confirmado, também permitiria aos britânicos recuperar parte do terreno perdido ante os concorrentes europeus, especialmente os franceses, que no ano passado venderam ao Brasil cinco submarinos e 50 helicópteros, e estão na disputa de uma licitação bilionária para a venda ao governo brasileiro de caças de última geração. Estados Unidos e Suécia também estão na disputa.

Fonte: Folha
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