sábado, 18 de outubro de 2025

Helicóptero da FAB faz pouso de emergência em praia de Natal

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Um helicóptero H-36 (H225M) Caracal da Força Aérea Brasileira precisou realizar um pouso de emergência no final da manhã deste sábado, 18 de outubro, na Praia de Graçandu, região da Grande Natal (RN), após uma pane em voo.

A aeronave estava em missão de treinamento, acompanhada de outro Caracal, quando um problema técnico exigiu o pouso imediato. Apesar da situação de emergência, nenhum dos tripulantes se feriu.

O helicóptero chamou a atenção de banhistas que aproveitavam o sábado ensolarado, que registraram imagens e vídeos do momento. 

A Força Aérea Brasileira destacou que a prioridade em situações como esta é a segurança das tripulações e da população. O incidente reforça a importância de procedimentos de emergência bem treinados e da manutenção rigorosa das aeronaves, garantindo que operações de alto risco sejam conduzidas com segurança e eficiência.


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Naval Group entrega primeira fragata FDI à Marinha Francesa

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Em 17 de outubro de 2025, o Naval Group entregou oficialmente a primeira Fragata de Defesa e Intervenção (FDI), "Amiral Ronarc'h", à Marinha Francesa durante cerimônia realizada em Brest. Encomendado pela Direção Geral de Armamentos (DGA), o navio inaugura uma nova classe de cinco fragatas multimissão, projetadas para ampliar significativamente as capacidades navais da França.

Pierre Éric Pommellet, Presidente e CEO do Naval Group, destacou a importância do marco: “A entrega da Amiral Ronarc'h, a primeira fragata da série FDI, é um marco importante para o Naval Group. Esta nova geração de fragatas multifuncionais de primeira linha entrará em breve no ciclo operacional, fortalecendo os recursos da nossa Marinha Francesa graças às suas capacidades excepcionais, já demonstradas durante os testes de mar.”

Herdeira da classe FREMM, a FDI é projetada para operações de alta intensidade em diversas áreas de combate, antiaérea, antissubmarina, antissuperfície e assimétrica. A embarcação integra tecnologias digitais avançadas e sistemas de processamento de dados, permitindo enfrentar ameaças emergentes como submarinos modernos, mísseis supersônicos, ataques cibernéticos e guerra assimétrica.

A "Amiral Ronarc'h" passou por 14 semanas de testes no mar, comprovando sua navegabilidade mesmo em condições adversas, incluindo mar de força 6 no Atlântico. Seu design compacto e sistemas automatizados possibilitam operação com tripulação reduzida, mantendo altos níveis de manutenção e disponibilidade operacional.

Construída no estaleiro de Lorient, a fragata possui 4.500 toneladas de deslocamento, 122 metros de comprimento e 18 metros de boca. Atinge velocidade máxima de 27 nós, possui autonomia de 45 dias e acomoda 125 tripulantes, além de 28 pessoas adicionais. Está equipada com mísseis antinavio MBDA Exocet MM40 Block 3C, mísseis terra-ar MBDA Aster 15 e 30, torpedos antissubmarinos MU90, artilharia, um helicóptero de 10 toneladas e um veículo aéreo não tripulado de até 700 quilos.

O Naval Group adotou um processo industrial que permite produzir até duas fragatas FDI por ano. Atualmente, cinco navios adicionais estão em construção — quatro para a Marinha Francesa ("Amiral Louzeau", "Amiral Castex", "Amiral Nomy" e "Amiral Cabanier") e um para a Marinha Helênica, a "Kimon", que já iniciou testes de mar. A entrega da segunda FDI para a Grécia está prevista ainda para 2025, seguida por mais duas em 2026 e uma em 2027 para a França.

Cada fragata FDI representa aproximadamente um milhão de horas de construção e um milhão de horas de desenvolvimento e projeto, envolvendo 1.200 funcionários do Naval Group e 400 empresas parceiras. Construídas conforme os padrões da OTAN, as fragatas garantem total interoperabilidade e conectividade com as marinhas aliadas, simbolizando a modernização e renovação da frota francesa.


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Alemanha e Holanda anunciam expansão de 4,5 bilhões de euros para o programa BOXER

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Em 17 de outubro de 2025, Alemanha e Holanda assinaram um contrato de 4,5 bilhões de euros para ampliar o programa de veículos BOXER, durante cerimônia realizada na sede da OCCAR-EA, em Bonn. O investimento eleva o total do programa, gerenciado pela OCCAR, para mais de 10 bilhões de euros e prevê a aquisição de 270 novos veículos.

O destaque da expansão é a encomenda de 222 Veículos Blindados de Combate de Infantaria (VBCIs) SCHAKAL, desenvolvidos em conjunto pelos dois países. Os veículos combinam a plataforma BOXER com a torre de controle remoto derivada do PUMA alemão, equipada com canhão automático de 30 mm, lançador de mísseis antitanque Spike LR e metralhadora coaxial, além de sistemas de mira eletro-óptica estabilizados para reconhecimento diurno e noturno. A Alemanha receberá 150 unidades e a Holanda, 72, com ambos os países mantendo opções para adquirir até 248 veículos adicionais.

O SCHAKAL representa a primeira variante do BOXER a utilizar o novo Módulo de Transmissão Comum B0, que aumenta a capacidade de carga para 40 toneladas, moderniza o chassi e integra arquitetura digital NGVA com barramento de dados gigabit. Cada veículo transporta uma tripulação de três militares e um grupo de sete soldados de infantaria, oferecendo maior letalidade, mobilidade e flexibilidade tática. Na Alemanha, dois dos nove batalhões de infantaria mecanizada planejados serão equipados com o SCHAKAL, fortalecendo a capacidade das Forças Médias do Exército e permitindo transporte aéreo estratégico.

Além do desenvolvimento do SCHAKAL, o contrato inclui veículos adicionais para treinamento, ambulâncias, sistemas visuais e C4I atualizados, bem como suporte integrado, peças de reposição, ferramentas de treinamento e preparação para o D-LBO. A produção em série está prevista para iniciar em meados de 2028, após a qualificação do módulo de propulsão B0, com entrega dos primeiros protótipos programada para o final de 2027.

Segundo Joachim Sucker, diretor da OCCAR, o novo contrato reforça a capacidade da organização de gerenciar programas multinacionais complexos, dentro de prazo, custo e desempenho previstos. A expansão consolida o BOXER como uma solução modular e preparada para o futuro, garantindo às forças armadas da Alemanha e da Holanda veículos com alto desempenho e prontidão operacional para os desafios do campo de batalha moderno.

A ARTEC GmbH, joint venture entre Rheinmetall Landsysteme, Rheinmetall Defence Nederland e KNDS Deutschland, será responsável pela execução do contrato, que contempla novos desenvolvimentos e investimentos em variantes futuras, assegurando que o programa continue evoluindo para atender às crescentes demandas de defesa.


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com informações da OCCAR

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Brasil fortalece intercâmbio em defesa com visita do CAED à ESCOFFAA no Peru

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No dia 14 de outubro de 2025, a Escola Superior Conjunta das Forças Armadas (ESCOFFAA) do Peru recebeu a visita do Curso de Estudos Avançados em Defesa (CAED), da Escola Superior de Defesa (ESD) do Brasil, consolidando uma importante oportunidade de intercâmbio acadêmico e cooperação na área de defesa entre os dois países. A delegação brasileira participou de uma jornada de estudos voltada para o compartilhamento de experiências em segurança nacional, integração regional e desenvolvimento de uma visão estratégica comum.

O encontro ocorreu no Auditório Andrés A. Cáceres e contou com a presença de autoridades peruanas, como o Brigadeiro-General EP (r) Jorge Villanueva Bardales, Diretor-Geral de Educação e Doutrina do Ministério da Defesa, e o General de Brigada Marco Antonio Miranda Valdéz, Diretor-Geral de Política e Estratégia do Ministério da Defesa. Pela delegação brasileira, estiveram presentes o Contra-Almirante Leonardo Braga Martins, Subcomandante da ESD, além de coronéis e oficiais do CAED.

Durante a visita, foram realizadas apresentações acadêmicas que abordaram temas estratégicos e operacionais. O General de Brigada Marco Antonio Miranda Valdéz apresentou o trabalho "Abordagem Multidimensional da Segurança Nacional no Peru", enquanto o General de Brigada Gabriel Villarrubia Marcelo destacou, em sua apresentação "Operações e ações militares conjuntas das Forças Armadas do Peru", a importância da interoperabilidade e da coordenação em ações militares conjuntas para a defesa nacional.

O intercâmbio incluiu momentos de reconhecimento e confraternização, com a entrega de placas comemorativas e moedas institucionais à delegação brasileira, em agradecimento à participação e ao fortalecimento dos laços de amizade e cooperação entre Brasil e Peru. O evento foi encerrado com a apresentação de danças típicas peruanas, como a valicha e a marinera do norte, demonstrando a riqueza cultural do país anfitrião.

A visita do CAED reafirma o compromisso da Escola Superior de Defesa do Brasil em fortalecer a educação militar conjunta, promover a cooperação internacional e ampliar o conhecimento estratégico de suas autoridades e oficiais, contribuindo para a consolidação de uma atuação brasileira mais integrada e alinhada no cenário regional de defesa.


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Exército visita CSD visando projeto de fabricação nacional do Obuseiro 105 mm

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No dia 7 de outubro de 2025, a CSD - Componentes & Sistemas de Defesa, recebeu uma comitiva do Exército Brasileiro composta pelo General Robson, Coronéis Stumm e Lamellas, Major Caroline Goulart e Tenentes Frota, Rigamonte e Iasmin. A visita teve caráter técnico e integrou as ações do projeto de Fabricação Nacional do Obuseiro 105 mm, iniciativa estratégica voltada para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e para o aumento da autonomia do Brasil na produção de equipamentos militares.


Durante a visita, a CSD apresentou suas capacidades em engenharia, desenvolvimento e produção de componentes metálicos de precisão, utilizando diversos processos de manufatura. Como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a companhia destacou seu compromisso com a qualidade e a eficiência exigidas pelo projeto, reforçando sua expertise no desenvolvimento e produção de componentes complexos.


O encontro também ressaltou a importância da colaboração entre as Forças Armadas e a indústria nacional, considerada fundamental para a soberania tecnológica do país. A CSD agradeceu a confiança depositada e reafirmou seu papel estratégico no apoio ao desenvolvimento de tecnologias de defesa brasileiras.


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SecNSNQ conclui auditoria de qualidade no Centro de Projetos de Sistemas Navais

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Entre os dias 13 e 17 de outubro de 2025, a Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ) realizou uma auditoria no sistema de Garantia da Qualidade do Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN), localizado em Itaguaí. Esta ação faz parte do Programa de Auditoria da Garantia da Qualidade de 2025 e representa uma etapa essencial para o processo de licenciamento do Submarino Nuclear Convencionalmente Armado (SNCA).

O principal objetivo da auditoria foi verificar se a Autoridade de Projeto adota práticas de gestão da qualidade de maneira competente, imparcial e consistente, em conformidade com a Norma SecNSNQ-1201. Essa norma estabelece os requisitos a serem seguidos para a implementação de Garantia da Qualidade em meios navais com propulsão nuclear.

O ciclo de auditorias da SecNSNQ em 2025 já passou por diversas instituições envolvidas no programa nuclear naval. Em abril, a Itaguaí Construções Navais (ICN) foi avaliada; em maio, foi a vez da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep); em junho, do Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA); e em setembro, da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN).

Ainda para este ano, está prevista mais uma auditoria, que ocorrerá na Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM), completando o ciclo de avaliações do programa. Essas ações reforçam o compromisso da Marinha do Brasil com a segurança, a qualidade e a excelência tecnológica no desenvolvimento de submarinos nucleares.


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com SecNSNQ

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União Europeia lança megaplano de defesa para proteger fronteiras e enfrentar novas ameaças até 2030

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A União Europeia apresentou um novo conjunto de iniciativas estratégicas no campo da defesa, com o objetivo de fortalecer a segurança do continente e preparar-se para possíveis ameaças até 2030. As propostas foram divulgadas pela Comissão Europeia e incluem quatro projetos emblemáticos, entre eles um sistema antidrone e um plano de fortificação da fronteira leste do bloco.

O anúncio reflete a crescente preocupação com a possibilidade de uma escalada de tensões envolvendo a Rússia, motivada pela guerra na Ucrânia, e o alerta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Europa assuma maior responsabilidade pela própria defesa.

Durante a coletiva de imprensa, a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, destacou a urgência da iniciativa: “O perigo não desaparecerá mesmo quando a guerra na Ucrânia terminar. Está claro que precisamos reforçar nossas defesas contra a Rússia.”

Entre os projetos mais urgentes estão a Iniciativa Europeia de Defesa contra Drones, anteriormente conhecida como “muro de drones”, e a Eastern Flank Watch, que tem como objetivo reforçar a proteção das fronteiras orientais da UE por terra, ar e mar. Segundo a Comissão, ambos deverão alcançar capacidade operacional inicial até o fim de 2026, sendo que o sistema antidrone estará plenamente operacional em 2027 e o programa de vigilância total da fronteira leste até 2028.

Outros dois projetos também foram incluídos no pacote de propostas: o Escudo Aéreo Europeu, voltado à defesa contra mísseis e outras ameaças aéreas, e o Escudo Espacial Europeu, destinado a proteger satélites e serviços espaciais críticos para as comunicações e o monitoramento do continente.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Denys Shmyhal, elogiou o plano, classificando-o como “um ponto de virada no pensamento de segurança da Europa, um plano para preservar a paz por meio da força”. Ele destacou ainda que as forças armadas ucranianas se tornaram “parte integrante da segurança coletiva da Europa”.

As iniciativas da Comissão Europeia marcam um passo significativo na tentativa de consolidar a capacidade de defesa autônoma da União, tradicionalmente dependente da OTAN e das políticas de defesa nacionais. O comissário europeu de Defesa, Andrius Kubilius, descreveu o pacote como um “megaplano de entrega, com cronogramas, metas e obrigações de relatórios claros”, chamando a data da apresentação de “Dia D para entrega”.

Embora os custos dos projetos ainda não tenham sido definidos, a Comissão indicou que os países membros poderão utilizar tanto seus orçamentos nacionais de defesa, que vêm crescendo nos últimos anos, quanto recursos do programa de empréstimos SAFE, no valor de 150 bilhões de euros, lançado pela União Europeia para financiar projetos estratégicos no setor.

As propostas agora serão submetidas à análise e aprovação dos 27 Estados-membros, que deverão decidir sobre o endosso e a execução dos projetos. Caso aprovadas, as medidas poderão representar um marco na consolidação de uma política de defesa europeia mais coesa e autônoma diante dos desafios geopolíticos contemporâneos.


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com Reuters

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Produção sob licença, cópia autorizada e transferência de tecnologia: entenda as diferenças e seus impactos na soberania nacional

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No campo da defesa e da indústria aeroespacial, termos como “cópia sob licença”, “produção sob licença” e “produção sob transferência de tecnologia” (ToTTransfer of Technology) são amplamente utilizados. Embora muitas vezes empregados de forma genérica, esses conceitos representam níveis distintos de domínio tecnológico e de independência industrial. Entender suas diferenças é essencial para avaliar o verdadeiro alcance de um programa de cooperação internacional e seus reflexos sobre a soberania e o desenvolvimento científico de um país.

Cópia sob licença: montagem autorizada, mas dependente

A chamada cópia sob licença ocorre quando um país ou empresa recebe permissão para montar ou reproduzir determinado equipamento com base em um projeto estrangeiro, sem acesso à engenharia ou aos detalhes técnicos da tecnologia envolvida. Nesse modelo, o processo local se restringe à montagem de kits prontos (CKD/SKD) enviados pelo fabricante original, com pouca ou nenhuma fabricação de componentes nacionais.

Embora gere empregos e alguma movimentação industrial, não há transferência efetiva de conhecimento. O know-how permanece com o detentor do projeto, e a dependência tecnológica se mantém. Esse modelo foi amplamente usado durante a Guerra Fria, quando países aliados reproduziam aeronaves ou veículos militares sob licenciamento restrito apenas para suprir forças locais, sem direito a modificações ou melhorias próprias.


Produção sob licença: fabricação local com suporte técnico

A produção sob licença representa um passo além. Nesse caso, o país licenciado fabrica localmente o equipamento, total ou parcialmente, seguindo o projeto e as especificações do fabricante original. Há suporte técnico, treinamento e, em alguns casos, a possibilidade de pequenas adaptações, mas o domínio pleno da tecnologia permanece com o detentor do projeto.

Esse modelo é comum em programas de blindados, aeronaves e sistemas de armas. Um exemplo é o programa de fabricação dos caças F-16 na Türkiye, conduzido pela Turkish Aerospace Industries (TAI). A empresa fabricava partes significativas do caça sob licença da norte-americana Lockheed Martin, mas os sistemas de missão e aviônicos mais sensíveis continuaram sob controle dos Estados Unidos.

No Brasil, casos como a produção do helicóptero Esquilo (AS350) pela Helibras, sob licença da Airbus Helicopters, seguiram lógica semelhante. Houve nacionalização gradual de componentes e desenvolvimento de infraestrutura industrial, mas o domínio da engenharia e das tecnologias críticas permaneceu com a matriz francesa.

Produção com transferência de tecnologia: autonomia e domínio do conhecimento

A produção com transferência de tecnologia, ou ToT, é o modelo mais avançado e desejável. Envolve não apenas a fabricação do equipamento, mas também o aprendizado dos processos, da engenharia e do conhecimento necessário para projetar, manter e evoluir o produto. Inclui treinamento técnico, envio de engenheiros ao exterior e acesso à documentação completa, permitindo que o país absorva efetivamente o conhecimento e conquiste autonomia tecnológica.

O Programa Gripen brasileiro é um exemplo emblemático desse modelo. Resultado da parceria entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a empresa sueca Saab, o projeto prevê a transferência de tecnologia em larga escala, com a participação direta da Embraer, Akaer, AEL Sistemas e outras empresas nacionais. Engenheiros brasileiros foram treinados na Suécia e participam do desenvolvimento do caça, adquirindo capacidade para realizar futuras atualizações e até criar novos sistemas.

Outro caso relevante é o Programa de Submarinos (PROSUB), fruto da parceria entre a Marinha do Brasil e o grupo francês Naval Group. Além da produção local de submarinos convencionais, o acordo promoveu a transferência de conhecimento em áreas críticas, como a construção de cascos resistentes e integração de sistemas, fundamentais para o futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).

A importância da transferência de tecnologia para o Brasil

A transferência de tecnologia é uma ferramenta estratégica para fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID) e consolidar a autonomia tecnológica nacional. Em um cenário global onde a supremacia tecnológica define a capacidade de dissuasão e defesa, dominar o ciclo completo de desenvolvimento é um diferencial de soberania.

Por meio de programas com cláusulas robustas de ToT, o Brasil pode reduzir dependências externas, estimular a inovação e criar empregos qualificados. A transferência de tecnologia, quando bem conduzida, transforma acordos de aquisição em oportunidades de aprendizado e desenvolvimento industrial, impulsionando a pesquisa e o avanço científico.

Sem continuidade, o conhecimento se perde

Entretanto, a transferência de tecnologia só se converte em capacidade real se houver continuidade e investimento. Sem uma política industrial consistente, sem recursos destinados à pesquisa e ao desenvolvimento e sem a manutenção de programas estratégicos, o conhecimento adquirido se dispersa. Profissionais formados migram para outras áreas, empresas se desmobilizam e a infraestrutura se perde, levando o país a recomeçar do zero em cada novo ciclo.

Países como a Coreia do Sul e a Índia são exemplos de sucesso: transformaram acordos de produção sob licença e ToT em indústrias autônomas e competitivas, graças à continuidade dos investimentos e à visão de longo prazo. No Brasil, a transferência de tecnologia deve ser vista como um ponto de partida, não como um fim.

Somente com investimento permanente na Base Industrial de Defesa, estímulo à inovação e integração entre as Forças Armadas, universidades e setor privado será possível transformar o conhecimento absorvido em tecnologia própria. Dessa forma, o país não apenas assegura sua soberania, mas também consolida um ciclo virtuoso de desenvolvimento científico, econômico e social que sustenta uma verdadeira capacidade nacional de defesa.


por Angelo Nicolaci


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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Operação Atlas reforça atuação militar na Amazônia com tecnologias do SISFRON

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Entre os dias 2 e 9 de outubro, o Ministério da Defesa coordenou a Operação Atlas, exercício conjunto que teve como objetivo aprimorar a atuação militar na região amazônica. A simulação terrestre marcou o ponto culminante da operação, permitindo que as tropas testassem suas capacidades em condições reais e validassem na prática equipamentos e sistemas entregues pelos Projetos de Sensoriamento e Apoio à Decisão, integrantes do Programa Estratégico do Exército Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SAD/SISFRON), sob responsabilidade do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX).

Equipamentos do SISFRON em ação

Durante a operação, diversos sistemas e materiais de emprego militar entregues pelo SISFRON foram utilizados, incluindo aqueles já alocados na região amazônica e equipamentos mobilizados pelo Comando Militar do Oeste (CMO). No sensoriamento, destacaram-se binóculos termais e óticos e radares de vigilância terrestre, que forneceram informações essenciais para a consciência situacional dos comandantes em diferentes níveis de decisão.

No apoio à decisão e às comunicações, foram empregados terminais leves de satélite conectados ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), redes de rádio militares de alta resiliência e redes críticas, ampliando a cobertura em áreas com infraestrutura precária. Para planejar e conduzir as ações, os militares utilizaram Centros de Comando e Controle Móveis e a versão 6.0 do software de Comando e Controle em Combate, garantindo visão integrada da operação.

O Sistema Tático de Comunicações, incluindo o Sistema de Assinantes Móveis, também foi integrado ao Sistema de Radiocomunicação Digital Troncalizado. Sites táticos, motorizados ou rebocáveis, conectaram-se à rede EBNet por meio de terminais via satélite, assegurando interoperabilidade com outras agências em missões críticas.

Resultados práticos e próximos passos

A Operação Atlas funcionou como um laboratório para a equipe do SISFRON, permitindo avaliar o desempenho dos equipamentos entregues e levantar requisitos para a próxima fase do projeto, especialmente o SAD 7, que enfrentará desafios operacionais avançados na região amazônica.

O exercício evidencia que o SISFRON vai além da simples entrega de equipamentos: trata-se de uma estratégia contínua de geração de capacidades para a Força Terrestre, com atenção especial à proteção e monitoramento da faixa de fronteira, fortalecendo a presença e a segurança do Brasil na Amazônia.


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com Exército Brasileiro

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IDQBRN é destaque no Innovation Day da UFV com foco em defesa química, biológica, radiológica e nuclear

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No dia 9 de outubro, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) realizou o "Innovation Day – IDQBRN Day", evento dedicado às missões e objetivos do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN). A iniciativa teve como objetivo principal fortalecer as capacidades para o desenvolvimento de Produtos de Defesa (PRODE), reafirmando o papel do Exército Brasileiro como indutor de ciência, tecnologia e inovação no setor de defesa.

O encontro contou com a presença de representantes do IDQBRN, da Diretoria Executiva do TecnoPARQ/UFV, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, além de pesquisadores da universidade e de empresas privadas atuantes em biotecnologia, descontaminação e desenvolvimento de dispositivos de detecção.

Durante a abertura, a Direção Executiva do TecnoPARQ apresentou o Parque Tecnológico da UFV e o Programa de Inovação Aberta, destacando a importância da cooperação entre universidades, empresas e instituições militares para transformar conhecimento científico em soluções aplicáveis à Defesa Nacional.

Tecnologia e sustentabilidade em foco

As apresentações do evento abordaram soluções tecnológicas inovadoras e sustentáveis voltadas às demandas do IDQBRN. Entre os destaques, estiveram o desenvolvimento de kits nacionais para identificação de agentes de guerra biológica e a criação de descontaminantes para agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares (QBRN), áreas estratégicas para a defesa do país.

O IDQBRN também apresentou suas principais entregas técnico-científicas dos últimos anos, evidenciando sua atuação em operações de campo, como as Operações Taquari II, Maracanã e Catrimani II (2024–2025), e o papel do Laboratório de Análises Químicas (LAQ) na assessoria científica ao Sistema DQBRNEx.

A parceria entre o IDQBRN, a academia e a iniciativa privada reforça o protagonismo do Exército Brasileiro na pesquisa e no desenvolvimento de soluções em defesa química, biológica, radiológica e nuclear. O evento destacou a importância de tecnologias inovadoras e estratégicas para a proteção da sociedade, consolidando o IDQBRN Day como um espaço de integração entre Defesa, pesquisa e setor produtivo.

O encontro também reafirmou o compromisso do Exército com o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e com o avanço científico do país, posicionando a Força Terrestre como um importante agente no desenvolvimento tecnológico e na inovação em prol da segurança nacional.


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com Exército Brasileiro

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Exército Brasileiro realiza testes com novo protótipo do Sistema de Armas Remotamente Controlado UT30BR

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Entre os dias 9 e 16 de outubro de 2025, militares da Diretoria de Fabricação (DF) e do Arsenal de Guerra do Rio (AGR) conduziram, no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o Teste de Aceitação de Campo (TAC) do segundo protótipo do Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC) UT30BR atualizado.

O teste foi realizado em parceria com a empresa ARES, integrante da Base Industrial de Defesa (BID) e responsável pela atualização tecnológica da torre, no âmbito do Contrato nº 01/2023-DF, consolidando mais um marco contratual entre o Exército e a indústria nacional.

A principal finalidade da atividade foi avaliar a integração do protótipo à plataforma veicular Guarani, por meio de testes funcionais que incluíram a execução de disparos em campo.

Segundo os responsáveis pelo projeto, essa etapa reforça o compromisso da Diretoria de Fabricação com a modernização dos meios de combate e com o aumento da capacidade operacional das Forças Terrestres do Brasil.

O avanço tecnológico do SARC UT30BR representa mais um passo importante na busca do Exército Brasileiro por sistemas de armas mais precisos, seguros e eficientes, alinhados às demandas contemporâneas de defesa e segurança.


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com Exército Brasileiro

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Profissionais da SIATT recebem homenagem do Centro Tecnológico do Exército

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Dois técnicos da SIATT foram agraciados com o Diploma de “Amigo do CTEx”, concedido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx), nesta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro. Luiz Américo Ferreira Silva e Wesley Silva Barros, do Departamento de Verificação e Validação da SIATT, receberam a homenagem durante a solenidade de celebração do 46º aniversário da instituição.

O reconhecimento destacou o apoio técnico prestado pelos profissionais ao Exército Brasileiro no âmbito do Projeto MAX 1.2 AC, evidenciando a relevância do trabalho da equipe da SIATT para o desenvolvimento de soluções estratégicas em defesa.

O Diploma de “Amigo do CTEx” é concedido a personalidades e instituições civis e militares, nacionais ou estrangeiras, que possuam elevado conceito em sua área de atuação e tenham prestado serviços ou ações significativas em favor do CTEx e do Exército Brasileiro.

O Centro Tecnológico do Exército, vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, foi criado pelo Decreto nº 84.095, de 16 de outubro de 1979. Sua missão é realizar pesquisa científica, desenvolvimento experimental e aplicação do conhecimento em produtos de defesa que fortaleçam o poder de combate da Força Terrestre.

A SIATT mantém uma parceria consolidada com o CTEx, alinhada ao compromisso com a inovação tecnológica e o desenvolvimento de soluções estratégicas que reforçam a soberania e a capacidade de defesa do país. A direção da empresa parabeniza o CTEx pelos 46 anos de atuação dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, e celebra o reconhecimento do trabalho de seus profissionais pelo Exército Brasileiro.


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com Rossi Comunicação

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Atech apresenta tecnologias que redefinem o futuro da segurança pública na COP Internacional 2025

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A Atech, empresa do Grupo Embraer reconhecida por sua expertise em engenharia de sistemas e soluções de comando e controle, será um dos grandes destaques da COP Internacional 2025, o principal evento da América Latina voltado à segurança pública e defesa civil, que acontece entre os dias 23 e 25 de outubro, no São Paulo Expo.

Durante o evento, a companhia apresentará um conjunto de tecnologias que elevam as capacidades de inteligência, vigilância, cibersegurança e resposta operacional das forças de segurança. No estande E32, os visitantes poderão conhecer de perto o Arkhe GDI, uma avançada plataforma de comando e controle que oferece ampla consciência situacional em tempo real, integrando informações provenientes de sensores, drones e dispositivos móveis.

A Atech realizará demonstrações operacionais do sistema, destacando novas funcionalidades como a transmissão de dados e streaming de vídeo via rede de satélite em banda estreita, um diferencial que garante conectividade em regiões sem cobertura celular, ampliando a eficiência de operações críticas em locais remotos.

Outro destaque é a solução C-UAS Atech, voltada para o combate a drones não autorizados. Com capacidades de detecção, identificação, classificação e neutralização, o sistema combina sensores avançados e tecnologia RF passiva, oferecendo vigilância aérea precisa e segura, ideal para ambientes urbanos, eventos de grande porte e áreas sensíveis.

Segundo Claudio Nascimento, gerente comercial da Atech, a participação na COP 2025 reforça o papel da empresa como parceira estratégica das forças de segurança. “Nossa presença na COP 2025 reforça o compromisso da Atech em oferecer tecnologias inovadoras que elevam a segurança pública para um novo patamar, otimizando a capacidade de resposta das forças de segurança e fortalecendo a segurança e eficiência dos agentes em campo. Nosso objetivo maior é proteger vidas”, destacou.

Além do Arkhe GDI e do sistema C-UAS, o portfólio da Atech no evento inclui soluções que demonstram a amplitude tecnológica da empresa:

ADA (Advanced Data Analytics) – Plataforma que integra e processa grandes volumes de dados, gerando insights estratégicos e suporte à tomada de decisão com agilidade e confiabilidade.

Athena – Sistema de cibersegurança que protege infraestruturas críticas e operações sensíveis, integrando monitoramento, detecção de vulnerabilidades e resposta a ameaças, assegurando controle e resiliência cibernética.

Arkhe Integrated Surveillance (IS) – Sistema de vigilância integrada que une comando e controle com sensores e tecnologia de detecção de radiofrequência, oferecendo cobertura ampla e consciência situacional em tempo real do espaço aéreo.

Com mais de duas décadas de atuação, a Atech consolidou-se como uma “System House” brasileira, desenvolvendo soluções que unem tecnologia e soberania nacional. Suas inovações abrangem desde sistemas de tráfego aéreo e logística até plataformas embarcadas, simuladores e soluções de segurança digital, contribuindo diretamente para o fortalecimento da capacidade tecnológica e operacional do Brasil.

A participação da Atech na COP Internacional 2025 reafirma o protagonismo da indústria nacional no desenvolvimento de tecnologias críticas e estratégicas voltadas à defesa, segurança e proteção da sociedade,  um compromisso que se traduz em inovação, eficiência e, sobretudo, em segurança para o país e seus cidadãos.


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com Rossi Comunicação

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Brasil consolida papel estratégico na aviação de defesa com expansão da Saab

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O Brasil dá mais um passo decisivo rumo à consolidação como potência regional na aviação de defesa. Em entrevista à Bloomberg Línea, o presidente da Saab no país, Peter Dölling, destacou que o Brasil tornou-se um hub estratégico para a empresa sueca e agora integra o seleto grupo de nações com capacidade de fabricar caças supersônicos.

O anúncio da nova linha de produção da Saab em São Bernardo do Campo (SP) representa um marco importante para a indústria nacional de defesa. A ampliação da capacidade produtiva da unidade, que passará a fabricar até 16 fuselagens traseiras do caça Gripen por ano, reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento tecnológico e industrial brasileiro. Mais do que atender o contrato com a Força Aérea Brasileira (FAB), o investimento demonstra confiança na competência e na sustentabilidade do setor aeroespacial do país.

A nova estrutura ampliará a participação do Brasil na cadeia global de produção do Gripen, um dos caças mais modernos e versáteis do mundo. A planta brasileira atua com os mesmos padrões e processos da matriz sueca, incluindo integração digital de engenharia, produção de aeroestruturas e manutenção de radares, além de suporte tecnológico e logístico. Hoje, a operação emprega cerca de 110 profissionais altamente qualificados.

Para Dölling, a decisão da Saab reflete a transformação do Brasil de mero comprador de tecnologia em um verdadeiro polo de inovação e desenvolvimento em defesa. O executivo destacou que o país está preparado para participar de futuras parcerias estratégicas em áreas como veículos aéreos não tripulados, vigilância, guerra eletrônica e sistemas de radar avançado.

O contrato entre o governo brasileiro e a Saab prevê a entrega de 36 aeronaves Gripen à FAB, das quais dez já foram recebidas. No entanto, a nova linha de produção vai muito além da montagem local: representa um investimento direto na autonomia tecnológica e na capacitação da mão de obra nacional.

Com a fabricação de componentes críticos, como fuselagens, cones de cauda e sistemas eletrônicos, o Brasil se posiciona como elemento central na rede global de produção da Saab. A expectativa é que o país se torne uma plataforma regional de exportação e um centro de excelência para a aviação de defesa na América Latina.

A Saab e a FAB vêm mantendo uma parceria estratégica baseada em transferência de tecnologia e formação de engenheiros e técnicos brasileiros, muitos dos quais atuam diretamente nos projetos do Gripen. Esse modelo de cooperação é um dos pilares para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e para a geração de empregos qualificados em um setor de alto valor agregado.

Para nós do GBN Defense, o fortalecimento da indústria nacional de defesa é essencial para garantir soberania, autonomia tecnológica e segurança nacional. A consolidação do Brasil como hub estratégico na aviação de defesa reforça não apenas o papel do país no cenário internacional, mas também a importância de políticas consistentes de investimento, inovação e valorização do conhecimento nacional.


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com Bloomberg Línea

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AIAB e Alada reforçam sinergia e parcerias estratégicas para o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro

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Nos dias 9 e 10 de outubro, a Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil (Alada) realizou sua primeira agenda oficial junto à Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) e empresas associadas, em São José dos Campos (SP), um dos principais polos tecnológicos e industriais do país. A comitiva, composta pelo diretor de Projetos e Negócios, Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes, e pelos assessores Coronel Aviador Paulo Henrique dos Santos Costa e Tenente-Coronel Aviador Daniel Simões Ferry, participou de uma série de visitas técnicas e reuniões estratégicas voltadas ao fortalecimento do setor espacial brasileiro.

Durante dois dias de atividades, a delegação da Alada visitou empresas associadas à AIAB, incluindo Mac Jee, Visiona, Orbital, Cenic e Fibraforte. O roteiro incluiu apresentações institucionais, discussões técnicas e visitas a instalações industriais que hoje lideram os principais projetos estratégicos do país com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Os encontros foram marcados por um diálogo produtivo e construtivo, no qual os representantes da Alada apresentaram as diretrizes da nova empresa pública e esclareceram dúvidas sobre suas áreas de atuação. Segundo Júlio Shidara, presidente da AIAB, a visita foi essencial para alinhar expectativas e reforçar o papel complementar da Alada na consolidação da Base Industrial Espacial Brasileira.

O encontro foi muito positivo. A Alada deixou claro que vem para complementar e fortalecer a indústria nacional, e não para competir com ela. Esperamos que a atuação conjunta seja marcada por complementariedade, convergência e sinergia em prol do Programa Espacial Brasileiro”, afirmou Shidara.

A comitiva da Alada pôde conhecer de perto resultados concretos já alcançados por empresas nacionais em projetos estratégicos, como o SatVHR, o MLBR e o RATO-14X, que demonstram o avanço técnico e a competência da indústria espacial brasileira. “Foi uma surpresa grande e positiva constatar o nível de maturidade e os resultados efetivos desses projetos. Isso mostra o quanto foi acertada a decisão do Governo Federal em destinar os maiores contratos de subvenção econômica da história da FINEP à indústria nacional”, destacou o presidente da AIAB.

Shidara também enfatizou que o sucesso e a sustentabilidade da indústria espacial brasileira dependem da continuidade das contratações pelo Estado, garantindo que os desenvolvimentos se transformem em capacidade produtiva real. “Nenhuma indústria sobrevive apenas de desenvolvimento. É preciso contratar os produtos e soluções que estão sendo criados, para transformar esse conhecimento em autonomia tecnológica. A Embraer é o exemplo claro de como o investimento continuado e as contratações estratégicas podem gerar uma empresa de classe mundial”, completou.

Durante as visitas, foram identificadas novas oportunidades de cooperação entre a Alada e as empresas do setor, especialmente nas áreas de exportação de produtos aeroespaciais e na contratação de soluções resultantes de projetos estratégicos.

Entre os destaques apresentados, o projeto RATO-14X chamou atenção por seu impacto potencial no Programa Espacial Brasileiro. O foguete, com 14 metros de comprimento e capacidade de atingir até Mach 8, validará em voo a aeronave hipersônica 14-X e o motor-foguete S-50 guiado, base do futuro Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1). Trata-se do maior foguete privado já desenvolvido no país e representa um marco na consolidação de tecnologias de acesso ao espaço.

Outro projeto de destaque é o SatVHR, um satélite de observação da Terra de alta resolução (0,75 m), desenvolvido integralmente pela indústria nacional. Com sistemas críticos como câmera, propulsão, software e painéis solares fabricados no Brasil, o SatVHR simboliza o avanço da autonomia tecnológica em áreas estratégicas como monitoramento ambiental, agronegócio e defesa.

O projeto MLBR, por sua vez, tem como objetivo garantir ao Brasil a capacidade própria de desenvolver e operar lançadores de satélites. Com engenharia genuinamente nacional e apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o MLBR será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) e marca mais um passo na consolidação da soberania espacial do país.

Ao final das visitas, os representantes da Alada agradeceram a recepção e destacaram o potencial de sinergia entre a empresa pública e o setor industrial. “A capacidade, o comprometimento e a engenhosidade do profissional brasileiro farão valer cada real investido no setor espacial, gerando soluções nacionais para necessidades nacionais, com desenvolvimento tecnológico, econômico e social”, concluiu Shidara.

A aproximação entre a AIAB e a Alada representa um avanço significativo rumo à consolidação de um ecossistema espacial robusto, capaz de posicionar o Brasil entre as nações com domínio pleno de tecnologias críticas de acesso ao espaço, um passo essencial para o fortalecimento da soberania e do desenvolvimento nacional.


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com Rossi Comunicação

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Defesa Nacional impulsiona Itajaí como novo polo estratégico de oportunidades e progresso para o Brasil

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A cidade de Itajaí, em Santa Catarina, se consolidou como um importante centro de discussões e perspectivas para o futuro da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, após sediar os eventos realizados nos dias 13 e 14, com a presença da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), do Ministério da Defesa. A participação da SEPROD teve o condão de trazer luz a um tema que vai muito além do setor militar, trata-se de um compromisso nacional com a segurança, a soberania e o desenvolvimento econômico do país.

Os encontros reuniram representantes do governo, autoridades municipais, empresários e integrantes da indústria local, promovendo uma ampla troca de experiências e informações sobre as possibilidades de integração entre o setor produtivo de Santa Catarina e as demandas estratégicas do Ministério da Defesa. Mais do que um evento institucional, o encontro foi um marco de aproximação entre o poder público e a iniciativa privada, criando um ambiente propício à inovação, ao investimento e à geração de novos negócios.

Mesmo após o encerramento das atividades, a cidade de Itajaí segue repercutindo os resultados positivos do evento, que abriu janelas de oportunidades concretas para empresas locais e regionais. As discussões e contatos estabelecidos durante os dois dias indicam a possibilidade real de novas parcerias e projetos de fomento à indústria, com previsão de realização da segunda edição da série de encontros estratégicos em breve, ampliando o alcance e o impacto dessa iniciativa.

Entre os principais benefícios identificados durante a visita das autoridades da SEPROD, está o reconhecimento do potencial de diversas indústrias itajaienses para se tornarem fornecedoras de produtos e insumos ao Ministério da Defesa. A cidade, com seu parque industrial diversificado e sua vocação logística ligada ao porto, surge como um terreno fértil para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, com empresas capazes de atender a padrões técnicos e de qualidade exigidos pelos programas estratégicos das Forças Armadas.

Atualmente, Santa Catarina já se destaca nacionalmente nesse segmento. O estado conta com 31 empresas que fornecem mais de 140 produtos ao Ministério da Defesa, variando desde componentes eletrônicos e mecânicos até equipamentos de alta tecnologia, reforçando a importância da indústria catarinense na estrutura produtiva da defesa nacional. A visita da SEPROD, portanto, não apenas reforçou esse protagonismo, como também incentivou a ampliação da participação de novas empresas na cadeia produtiva.

Além do aspecto econômico, a presença da SEPROD em Itajaí representou um movimento político e estratégico de valorização da indústria nacional. O evento evidenciou o esforço do Ministério da Defesa em promover a autossuficiência tecnológica e produtiva do país, um passo fundamental para reduzir a dependência externa e fortalecer a soberania brasileira. A iniciativa também estimula a interiorização das oportunidades ligadas à defesa, descentralizando investimentos e impulsionando o desenvolvimento regional.

Com uma economia dinâmica e diversificada, Itajaí desponta como um polo de inovação e competitividade capaz de atender às demandas da Defesa Nacional. O evento demonstrou que o fortalecimento da BID não é apenas uma questão militar, mas também um vetor de progresso econômico, tecnológico e social.

A participação da SEPROD nos eventos dos dias 13 e 14 reafirma que a segurança e a soberania nacional são deveres compartilhados por toda a sociedade, e que o investimento em defesa é, acima de tudo, investimento no futuro do Brasil. Itajaí, agora, se posiciona como um verdadeiro hub de oportunidades, conectando o potencial industrial catarinense às necessidades estratégicas de um país que busca consolidar sua autonomia e protagonismo no cenário global.


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com colaboradores e Município de Itajaí

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Embraer e Grupo Mahindra firmam parceria estratégica para introduzir o C-390 Millennium na Índia

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A Embraer Defesa & Segurança e o Grupo Mahindra anunciaram uma aliança estratégica voltada à introdução do avião multimissão C-390 Millennium na Força Aérea Indiana (IAF), dentro do programa de Aeronaves de Transporte Médio (MTA). O acordo foi assinado durante a inauguração do novo escritório da Embraer em Nova Delhi, marcando mais um passo na cooperação entre o Brasil e a Índia em setores de alta tecnologia e defesa.

A parceria dá continuidade ao Memorando de Entendimento firmado em fevereiro de 2024, na Embaixada do Brasil em Nova Delhi, ampliando as áreas de cooperação para incluir comercialização conjunta, industrialização local e o desenvolvimento da Índia como um centro regional de fabricação e suporte para o C-390 Millennium.

Segundo o acordo, a Embraer e o Grupo Mahindra trabalharão em conjunto com o ecossistema militar e aeroespacial indiano para identificar oportunidades de produção local, montagem, manutenção e revisão (MRO), reforçando o compromisso com as iniciativas nacionais “Atmanirbhar Bharat” e “Make in India”. O objetivo é consolidar a Índia como um polo estratégico para o C-390, atendendo às necessidades do país e de toda a região.

“O acordo é um marco significativo em nosso relacionamento com o Grupo Mahindra. A indústria aeroespacial da Índia é dinâmica e de alto nível, e buscamos entregar uma solução conjunta de transporte militar avançada e confiável para a Força Aérea Indiana”, afirmou Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “Esta parceria é mais do que um acordo industrial; ela simboliza a cooperação entre Brasil e Índia e o compromisso com o desenvolvimento tecnológico e a autossuficiência.”

Vinod Sahay, membro do Conselho Executivo do Grupo Mahindra, destacou que “o C-390 Millennium é incomparável em capacidade, eficiência e versatilidade. Ao aprofundar nossa colaboração com a Embraer, contribuímos para as aspirações da Índia em defesa e fortalecemos o movimento ‘Make in India’, ampliando a capacidade nacional de produção e inovação.”

O C-390 Millennium é atualmente a aeronave de transporte militar mais moderna de sua categoria. Capaz de transportar até 26 toneladas de carga útil, pode operar em pistas curtas e não pavimentadas, realizar missões de transporte de tropas e cargas, lançamentos aéreos, evacuação médica, combate a incêndios, busca e salvamento, além de reabastecimento em voo. Sua taxa de conclusão de missão superior a 99% demonstra confiabilidade e eficiência operacional.

O modelo já foi selecionado por diversas forças aéreas, incluindo Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, Coreia do Sul, República Tcheca, Suécia, Eslováquia e Lituânia. Com a entrada da Índia nesse cenário, a aeronave fortalece seu papel como uma plataforma global de referência em transporte militar tático e estratégico.

A parceria entre a Embraer e o Grupo Mahindra também simboliza o fortalecimento dos laços diplomáticos e tecnológicos entre Brasil e Índia, países que compartilham uma visão comum de desenvolvimento sustentável e autonomia industrial em defesa.


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Embraer inaugura novo escritório na Índia e reforça presença estratégica no país

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A Embraer, uma das líderes globais do setor aeroespacial, inaugurou nesta quinta-feira o novo escritório da sua subsidiária na Índia, localizado no edifício WorldMark 4, no complexo do Aerocity, em Nova Délhi. A cerimônia contou com a presença do Vice-Presidente da República do Brasil, Geraldo Alckmin, do Ministro da Defesa, José Múcio, do Ministro da Aviação Civil da Índia, Shri Kinjarapu Rammohan Naidu, e do Embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Felix Haczynski da Nóbrega.

A inauguração marca uma nova fase no relacionamento da Embraer com o mercado indiano, onde a empresa atua há duas décadas. O novo escritório será o centro de operações da companhia no país, fortalecendo sua presença em todas as unidades de negócios: Aviação Comercial, Executiva, Defesa & Segurança, Serviços & Suporte e Mobilidade Aérea Urbana.

O investimento reflete a visão de longo prazo da Embraer em estreitar sua colaboração com a indústria local, contribuindo para as políticas indianas de autossuficiência e desenvolvimento tecnológico, como as iniciativas “Atmanirbhar Bharat” e “Make in India”. A empresa também planeja ampliar equipes em funções corporativas, engenharia, compras e cadeia de suprimentos, reforçando seu compromisso com o crescimento sustentável e colaborativo.

A inauguração do nosso escritório corporativo em Nova Délhi marca um audacioso capítulo de nossa trajetória na Índia – um mercado fundamental em nossa visão global. Este escritório abrange todas as nossas unidades de negócios e vai fortalecer a colaboração com parceiros, clientes e fornecedores”, destacou Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Estamos comprometidos em levar o melhor da tecnologia e inovação da Embraer para contribuir com o crescimento do setor aeroespacial da Índia, promover a autossuficiência e ajudar a concretizar a ambição do país de se tornar um centro global de aviação.”

O Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, ressaltou a importância estratégica da expansão: “A inauguração do escritório em Nova Délhi reflete nossa ambição de crescimento contínuo no país. Nossas aeronaves conquistaram reputação de desempenho e confiabilidade, e estamos confiantes de que o C-390 Millennium é a solução ideal para trazer novas capacidades à Força Aérea Indiana.”

Com cerca de 50 aeronaves Embraer em operação na Índia, distribuídas entre 11 modelos diferentes, a empresa mantém forte presença no mercado indiano desde 2005. Suas plataformas atendem à Força Aérea Indiana (IAF), agências governamentais, companhias de aviação executiva e à companhia aérea regional Star Air, que opera exclusivamente jatos Embraer E175 e ERJ 145.

Na área de defesa, a Embraer contribui com aeronaves de grande relevância, como a ERJ-145, base da aeronave AEW&C “Netra” da Força Aérea Indiana, e o Legacy 600, utilizado para transporte de autoridades e missões especiais. Além disso, a empresa oferece o C-390 Millennium como solução para o programa de Aeronaves de Transporte Médio (MTA), em avaliação pela IAF.

Na aviação comercial, a família de E-Jets continua sendo uma opção estratégica para ampliar a conectividade aérea regional e impulsionar o crescimento do setor, apoiando as metas da Índia de se consolidar como hub global de aviação.

Já a Eve Air Mobility, empresa subsidiária da Embraer voltada à mobilidade aérea urbana, avança em parcerias no país, como os acordos com a JetSetGo e a Hunch Mobility. O objetivo é desenvolver o uso de eVTOLs e sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo urbano, com Bangalore sendo considerada o primeiro centro regional de mobilidade aérea sustentável.

Com essa expansão, a Embraer reforça sua posição como parceira estratégica da Índia no desenvolvimento de soluções aeroespaciais inovadoras, fortalecendo os laços entre os dois países e contribuindo para o avanço tecnológico e industrial da região.


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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Indonésia confirma compra de caças chineses J-10C e amplia modernização de sua Força Aérea

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A Indonésia confirmou a aquisição de caças J-10C da China, em mais um movimento que reforça o processo de modernização de suas Forças Armadas. O anúncio foi feito pelo Ministro da Defesa, Sjafrie Sjamsoeddin, que declarou à agência estatal Antara que “eles sobrevoarão Jacarta em breve”. O ministro, no entanto, não revelou detalhes sobre o cronograma de entrega ou o processo de aquisição.

De acordo com informações da AP News, o governo indonésio adquiriu um total de 42 aeronaves J-10C, com um orçamento aprovado de mais de US$ 9 bilhões. O Ministro das Finanças, Purbaya Yudhi Sadewa, confirmou que o financiamento já está autorizado, consolidando o acordo entre Jacarta e Pequim.

A decisão ocorre após meses de especulação. Em junho, a Reuters havia informado que a Indonésia estudava a compra dos caças chineses J-10C, além de analisar a proposta norte-americana de caças F-15EX. Segundo o vice-ministro da Defesa, Donny Ermawan Taufanto, o governo avaliava aspectos como compatibilidade de sistemas, suporte logístico e custo-benefício antes de tomar a decisão final.

O especialista militar chinês Zhang Junshe afirmou ao Global Times que o J-10C é uma aeronave moderna e eficiente, destacando suas capacidades de radar, mísseis ar-ar de longo alcance e baixo custo operacional. Segundo Zhang, a aeronave ganhou destaque internacional após o conflito entre Índia e Paquistão, quando seu desempenho chamou a atenção de diversos países.

A compra faz parte de um esforço mais amplo da Indonésia para modernizar sua frota de combate. Em 2022, Jacarta já havia firmado contrato para aquisição de 42 caças franceses Rafale, avaliados em US$ 8,1 bilhões, sendo que as primeiras seis aeronaves devem ser entregues no próximo ano.

Zhang Junshe também destacou que a estratégia da Indonésia de diversificar fornecedores é uma escolha prudente, permitindo ao país maior independência e flexibilidade em sua política de defesa. Segundo ele, essa abordagem multi-fonte fortalece a segurança nacional e reduz a dependência de um único parceiro estratégico.

Embora Pequim ainda não tenha emitido um comunicado oficial sobre o acordo, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Jiang Bin, afirmou em julho que a China mantém uma postura responsável em suas exportações militares, reforçando que o país busca “compartilhar os avanços de sua indústria de defesa com nações amigas, contribuindo para a paz e estabilidade regional e global”.

Além dos caças chineses, a Indonésia também manifestou interesse em adquirir 48 aeronaves KAAN, desenvolvidas pela Turkish Aerospace Industries (TAI) dentro do Projeto Nacional de Aeronaves de Combate da Türkiye. O contrato foi assinado em cerimônia que contou com a presença de autoridades turcas e indonésias, incluindo o Presidente da República da Türkiye, Prof. Dr. Haluk Görgün, e o Ministro da Defesa da Indonésia, Sjafrie Sjamsoeddin.

Com acordos firmados com França, China e Türkiye, a Indonésia demonstra uma política de defesa voltada à modernização e à autonomia estratégica, apostando em um portfólio diversificado de aeronaves de combate para atender às necessidades de um país que ocupa posição geopolítica central no Indo-Pacífico.


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com AP News e Reuters

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