sexta-feira, 4 de julho de 2025

Harpia: O Drone Brasileiro da ADTECH que Combina Simplicidade, Eficiência e Alto Desempenho em Missões de Segurança e Defesa

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A recente aquisição do sistema HARPIA pelo Governo do Estado do Acre despertou o interesse de diversos órgãos de segurança pública, defesa e vigilância no Brasil. Mais do que uma simples compra, esse movimento destaca a consolidação de uma solução nacional criada para atender os desafios reais das operações de segurança e defesa no território brasileiro. 

Uma Empresa com DNA de Defesa e Segurança 

A ADTECH (Advanced Technologies Security & Defense) nasceu a partir da experiência direta de seus fundadores com as necessidades operacionais das Forças Armadas e órgãos de segurança pública do Brasil. Desde sua criação, a empresa tem como missão desenvolver soluções de alta tecnologia, com foco em vigilância, monitoramento, reconhecimento tático e proteção de fronteiras, sempre com ênfase na autossuficiência nacional e na redução da dependência de fornecedores estrangeiros com todos os produtos “ITAR Free”. 

O desenvolvimento de tecnologias de defesa, como o HARPIA, é fruto do profundo conhecimento técnico acumulado por profissionais que participaram ativamente da introdução de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) nas Forças de Armadas brasileiras, incluindo atuação direta no Exército Brasileiro durante a implantação dos primeiros sistemas de drones. A equipe da ADTECH tem vasto know-how de manutenção e atuação na força, sendo em grande parte, ex-militares que atuaram nos setores de logística e manutenção de aeronaves convencionais. 

O Projeto HARPIA: Concebido para Missões Reais 

O HARPIA foi projetado para responder às demandas de missões ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance) em ambientes complexos e variados, como as extensas fronteiras brasileiras, áreas rurais de difícil acesso e zonas urbanas com restrições operacionais. 

De acordo com Lucas Sarracini, Gerente de Projetos da ADTECH, o processo de desenvolvimento do HARPIA envolveu uma análise criteriosa entre duas principais alternativas de configuração: 

  • Asa fixa convencional com lançamento por catapulta e recuperação por paraquedas 
  • VTOL (Vertical Take-Off and Landing), com capacidade de decolagem e pouso vertical 

Após extensas simulações, ensaios e testes de campo, a equipe optou pela asa fixa convencional, privilegiando fatores como maior autonomia, alcance superior, simplicidade estrutural, baixo consumo energético e redução de pontos críticos de falha. 

A decisão por uma configuração convencional foi estratégica. O HARPIA entrega uma combinação superior entre alcance, eficiência aerodinâmica, confiabilidade mecânica e custo operacional. Para as missões que o Brasil demanda, essa foi a escolha mais eficiente”, afirma Lucas Sarracini. 

Além dos pontos citados, o projeto HARPIA foi revisado e otimizado para se adequar com as certificações brasileiras vigentes: “Fizemos diversos estudos e otimizações para o projeto estar de acordo com as normas e requisitos das agências brasileiras reguladoras, se enquadrando na classe 3 da ANAC e com certificação ANATEL de seus canais de comunicação, reforçando ainda mais o DNA brasileiro da aeronave” completa Lucas. 

Vantagens Técnicas: HARPIA x Drones VTOL 

Enquanto drones VTOL oferecem flexibilidade para operar em espaços restritos, eles também trazem desafios significativos: 

  • Menor autonomia de voo: Modelos VTOL da mesma classe operam entre 2 e 4 horas, enquanto o HARPIA pode superar 12 horas de voo contínuo, cobrindo distâncias de até 1.200 km. 
  • Complexidade mecânica: Sistemas VTOL exigem múltiplos motores, rotores inclináveis e mecanismos móveis de transição, o que aumenta as probabilidades de falha e encarece a manutenção. 
  • Maior consumo de energia: O voo vertical consome muito mais energia, limitando a eficiência e a duração das missões. 
  • Custo de operação mais elevado: Desde a logística até a manutenção, drones VTOL têm um custo por hora de voo muito maior. 

O HARPIA, por sua vez, adota uma filosofia de simplicidade inteligente: 

  • Decolagem rápida por catapulta portátil. 
  • Recuperação segura por paraquedas, reduzindo a necessidade de áreas preparadas para pouso. 
  • Design modular, permitindo manutenção rápida em campo com peças de reposição nacionais. 
  • Menor número de componentes móveis, o que se traduz em alta confiabilidade operacional. 

Performance Validada por Experiência Internacional 

O conceito de asa fixa adotado no HARPIA segue uma tendência global consolidada nas principais zonas de conflito e monitoramento do mundo. Aeronaves com conceitos similares, operadas por países como Rússia, Ucrânia e EUA, demonstraram que em cenários de guerra, operações de fronteira e missões de inteligência, os drones de asa fixa com lançamento por catapulta oferecem a melhor relação entre custo, cobertura e disponibilidade. 

Os aprendizados de conflitos recentes na Ucrânia, Síria e Líbia reforçam o conceito adotado no HARPIA: alta autonomia, baixo peso, simplicidade logística e resiliência em ambientes adversos. 

Aplicações Além do Ambiente Militar 

O potencial do HARPIA vai muito além do uso nas Forças Armadas. As características de longo alcance e baixo custo operacional tornam a aeronave ideal para: 

  • Segurança pública estadual e federal 
  • Patrulhamento de fronteiras Vigilância de rodovias e áreas rurais 
  • Monitoramento ambiental e combate a crimes ambientais 
  • Grandes eventos e missões de inteligência 

Com apenas dois operadores e uma catapulta portátil, o sistema pode ser mobilizado rapidamente para diferentes tipos de missão, eliminando a dependência de pistas de pouso ou infraestrutura complexa. 

O HARPIA, com sua concepção técnica baseada na realidade das operações de segurança pública e defesa, representa um avanço importante na capacidade autônoma do Brasil de produzir e empregar tecnologias estratégicas de monitoramento aéreo. 

A aquisição pelo Estado do Acre é um marco inicial. Mas a tendência aponta para um futuro em que cada vez mais órgãos de segurança e defesa apostem em soluções nacionais, eficientes, acessíveis e sob medida para os desafios brasileiros. 

Um Portfólio Completo para Segurança e Defesa 

A ADTECH é uma empresa 100% brasileira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa (ED). Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para defesa, segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais, a ADTECH investe em inovação, integração de sistemas autônomos e alta performance, consolidando-se como referência no setor. 

O HARPIA faz parte de um portfólio mais amplo da ADTECH, que inclui soluções integradas para o setor de segurança e defesa: 

  • Sistemas de monitoramento de sinais de rádio 
  • Interceptação de sinais celulares 
  • Soluções anti-drone (C-UAS) 
  • Radares ativos 
  • Projetos de microssatélites para sensoriamento remoto e comunicação estratégica 

A combinação dessas tecnologias fortalece a capacidade nacional de proteção territorial, inteligência e vigilância. 


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com ADTech

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Reino Unido na Mira da Turkish Aerospace: Hürjet Surge como Candidato ao Substituto do Hawk T2

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Com a previsão de descomissionamento da aeronave de treinamento avançado Hawk T2 da Royal Air Force (RAF) por volta de 2040, o TAI Hürjet, desenvolvido pela Turkish Aerospace Industries (TAI), desponta como um potencial substituto e ganha espaço nas discussões estratégicas no Reino Unido. A possibilidade se fortalece diante do aprofundamento das relações bilaterais entre o Reino Unido e a Türkiye, especialmente no campo da defesa e da indústria aeroespacial.

Projetado para atender às demandas contemporâneas avançadas de treinamento e combate leve, o Hürjet já conquistou visibilidade internacional após a opção da Espanha pela aeronave turca como um dos candidatos para substituir sua frota de F-5. Essa escolha impulsionou a reputação da aeronave, colocando-o em evidência nos mercados europeus.

O Hürjet é uma aeronave de treinamento avançado e ataque leve supersônico, capaz de executar missões de treinamento, patrulha aérea e apoio aproximado. A aeronave representa o primeiro projeto de caça desenvolvido na Türkiye e é parte central da estratégia turca de fortalecimento de sua base industrial de defesa. Com sua arquitetura moderna, aviônica de última geração e capacidade de integração com armamentos inteligentes, a aeronave atrai atenção de países que buscam substituir suas aeronaves de treinamento por soluções mais versáteis e adaptadas aos desafios contemporâneos.

O Reino Unido, que busca garantir a continuidade de sua capacidade de formação de pilotos de caça de forma eficaz e econômica, observa com atenção as alternativas emergentes no cenário global. A substituição do Hawk T2, que atualmente desempenha papel essencial na preparação de pilotos para aeronaves como o Typhoon e o F-35B, exigirá uma plataforma confiável, moderna e com custos operacionais competitivos.

A aproximação estratégica entre Londres e Ancara também favorece essa possibilidade. O Reino Unido tem sido um parceiro de peso no Global Combat Air Programme (GCAP), que também conta com a participação da Itália e do Japão. Paralelamente, a Türkiye tem demonstrado interesse em cooperar com países ocidentais em projetos tecnológicos e industriais, reforçando laços que podem abrir portas para a inserção do Hürjet no ecossistema europeu de treinamento militar.

Além disso, a participação da empresa brasileira AKAER no desenvolvimento do Hürjet mostra o potencial de cooperação internacional no programa, ampliando a credibilidade do projeto junto a parceiros e aliados da OTAN.

Embora ainda não haja uma decisão oficial por parte do Reino Unido, a crescente visibilidade internacional do Hürjet, somada à necessidade futura da RAF por uma nova aeronave de treinamento, coloca o jato turco no radar britânico como um candidato realista e estratégico para substituir o Hawk T2.

O cenário geopolítico, as exigências operacionais e os custos envolvidos farão parte das avaliações nos próximos anos, mas o Hürjet já se posiciona como uma opção atraente para países que buscam autonomia, inovação e custo-benefício na formação de suas forças aéreas.  


por Angelo Nicolaci


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23ª Brigada de Infantaria de Selva Realiza Exercício Tático de Tiro Real para Garantir Prontidão Operacional

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Entre os dias 23 e 26 de junho, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva conduziu o Exercício Tático de Tiro Real (ETTR), reunindo cerca de 200 militares do 50º Batalhão de Infantaria de Selva. A iniciativa teve como objetivo manter elevado o nível de adestramento das frações e assegurar a prontidão da tropa para futuras operações.

O ETTR foi realizado no contexto da preparação operacional para a certificação da Força de Prontidão (FORPRON), prevista para agosto deste ano. Essa atividade integra o ciclo de treinamento das tropas do Comando Militar do Norte, especialmente voltadas para as operações na Amazônia Oriental, incluindo a COP 30.

O exercício foi dividido em quatro fases distintas: planejamento e ordens, testes práticos de armamento, exercício com tiro de festim e ataque com fogo real. Durante a simulação de uma operação ofensiva, os Pelotões de Fuzileiros realizaram ataques coordenados contra posições inimigas, aproximando-se ao máximo da realidade operacional.

O treinamento focou no adestramento progressivo, partindo do nível individual até o de subunidade, com atenção exclusiva às frações enquadradas no Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (SISPRON). Essas frações passam por rigorosa avaliação visando a certificação operacional.

A FORPRON do Exército Brasileiro é composta por tropas selecionadas e altamente treinadas, mantidas em estado permanente de prontidão para atuar rapidamente em missões em qualquer parte do país. O exercício promovido pela 23ª Brigada contribui para o desenvolvimento das capacidades das Organizações Militares envolvidas e fortalece o SISPRON, garantindo que as tropas estejam preparadas para responder com eficiência às demandas operacionais.


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com Exército Brasileiro

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Coletes Balísticos para Mulheres: Tecnologia e Ergonomia para Mais Proteção e Conforto

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A evolução dos coletes balísticos vai além da resistência e da leveza. Em situações reais de uso, principalmente sob altas temperaturas e longas jornadas de trabalho, o conforto e a mobilidade tornam-se aspectos essenciais para garantir a segurança dos usuários, e esse desafio é ainda maior quando as usuárias são mulheres. Para elas, a busca por ergonomia não é apenas uma questão de conforto, mas também de proteção vital.

Pensando nisso, a DuPont desenvolveu a fibra de copolímero de aramida Kevlar® EXO™, que representa um importante avanço tecnológico. Com potencial de reduzir em até 25% o peso dos coletes tradicionais, o material se destaca pela capacidade de se adaptar melhor à silhueta humana, especialmente à feminina, sem a necessidade de bojos rígidos ou moldes termoformados, que costumam restringir a mobilidade e causar desconforto.

De acordo com Marcelo Fonseca, líder do Negócio de Defesa da DuPont para a América Latina, o desempenho balístico não depende apenas da resistência do material, mas também do ajuste adequado do colete ao corpo. Segundo ele, um colete mal ajustado pode gerar áreas de folga que, em caso de disparo, aumentam o risco de trauma severo, hemorragia interna ou até perfuração, mesmo quando o colete é tecnicamente capaz de conter o projétil. Esse risco é ainda maior em regiões do corpo com anatomia mais complexa, como o tórax feminino. “Se o colete não estiver bem ajustado e a usuária for atingida em uma área com contornos, como os seios, o perigo se eleva consideravelmente”, alerta Fonseca.

Para garantir que o colete ofereça não apenas proteção, mas também liberdade de movimento, a DuPont firmou parceria com o laboratório alemão Hohenstein, especializado em biomecânica. Juntas, as empresas desenvolveram métodos de testes quantitativos que simulam ações comuns no dia a dia de quem utiliza esse tipo de equipamento, como agachar, curvar-se ou amarrar o coturno. Esses testes medem com precisão como o colete afeta a mobilidade e a pressão em áreas sensíveis, como pescoço, ombros e costelas. Segundo Fonseca, essas metodologias superam os tradicionais testes qualitativos, que podem ser influenciados por fatores externos, como fadiga, calor ou mesmo o humor dos participantes. “Com dados concretos e análises biomecânicas, conseguimos medir o impacto real do colete sobre o corpo. Coletes mais flexíveis permitem ao usuário manter o foco total na missão, sem comprometer sua destreza e desempenho”, afirma.

Além do conforto e da proteção, o Kevlar® EXO™ também se destaca pela durabilidade. A fibra apresenta robustez comparável ao Kevlar® tradicional, com alta estabilidade térmica, o que a diferencia de materiais como o polietileno balístico. Segundo Fonseca, mesmo após longos períodos de uso em condições de calor extremo e armazenagem prolongada, os coletes fabricados com Kevlar® EXO™ ou Kevlar® mantêm sua integridade e desempenho. “Em países com clima severo, como o Brasil, materiais menos robustos tendem a degradar rapidamente, comprometendo a segurança. Já o Kevlar® EXO™ oferece resistência superior mesmo nessas condições”, explica.

Outro diferencial importante do Kevlar® EXO™ é a possibilidade de reciclagem, o que reforça o compromisso da DuPont com a sustentabilidade e a economia circular. O material pode ser reaproveitado em setores como o de transporte, sendo utilizado em pneus, pastilhas de freio e outros componentes automotivos. Fonseca revela que, com o avanço das tecnologias, agora também é possível recuperar as fibras mesmo quando combinadas com resinas flexíveis, o que amplia ainda mais as possibilidades de reaproveitamento do material.

A DuPont é líder global em inovação com materiais e soluções baseadas em tecnologia, oferecendo produtos que transformam indústrias e o cotidiano em diversos mercados, como eletrônicos, transporte, construção, água, saúde e segurança do trabalhador.


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GCAP - Reino Unido, Itália e Japão Criam a Edgewing para Liderar o Futuro da Aviação de Combate

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Um novo capítulo na cooperação internacional em defesa começou com o lançamento oficial da Edgewing, joint venture que une três potências da indústria aeroespacial: BAE Systems (Reino Unido), Leonardo (Itália) e Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. Ltd. (Japão).

A Edgewing será a responsável pelo projeto e desenvolvimento da próxima geração de aeronaves de combate, no âmbito do Global Combat Air Programme (GCAP), e permanecerá como a autoridade de projeto durante toda a vida útil do sistema, que deve ultrapassar o ano de 2070.

A nova empresa terá um papel central no cumprimento dos objetivos ambiciosos do GCAP, incluindo a entrada em serviço prevista para 2035, e estabelece um novo padrão para parcerias industriais entre Europa e Ásia, unindo inovação, tecnologia e cooperação estratégica.

Marco Zoff, ex-diretor administrativo da Leonardo Aircraft Division, foi nomeado como o primeiro diretor executivo da

Governança, Estrutura e Operações da Edgewing

O conselho de administração da Edgewing será responsável pela gestão da empresa. A presidência do conselho será rotativa entre os três acionistas, e o primeiro presidente nomeado foi Herman Claesen, diretor administrativo da Future Combat Air Systems da BAE Systems Air.

A Edgewing será encarregada do projeto e desenvolvimento do sistema aéreo de combate de próxima geração no âmbito do GCAP e subcontratará as atividades de fabricação e montagem final da aeronave para a BAE Systems, Leonardo, Mitsubishi Heavy Industries e outros fornecedores da cadeia de suprimentos.

Cada uma das três empresas fundadoras, BAE Systems, Leonardo e Japan Aircraft Industrial Enhancement Co. Ltd. (JAIEC), detém 33,3% de participação acionária na Edgewing, reunindo forças e expertise em um momento crucial para o setor aeroespacial e de defesa internacional.


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com And,All

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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Orçamento militar dos EUA atinge recorde com foco em dissuasão contra China e modernização de capacidades estratégicas

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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos apresentou sua proposta orçamentária para o ano fiscal de 2026, solicitando um valor histórico de US$ 961,6 bilhões. Trata-se do maior orçamento militar da história americana, refletindo uma transformação profunda na estratégia de defesa dos EUA. A mudança é impulsionada, principalmente, pela crescente preocupação com a postura militar da China, pela necessidade de modernizar a base industrial de defesa e pela urgência em preparar as Forças Armadas para enfrentar ameaças emergentes em múltiplos domínios, terra, mar, ar, espaço e ciberespaço.

Entre as prioridades do novo orçamento estão o desenvolvimento de armas hipersônicas, a modernização da tríade nuclear, o reforço da capacidade de alerta antecipado espacial e uma nova abordagem para o poder aéreo tático e estratégico. O orçamento também prevê investimentos expressivos em defesa cibernética, produção de munições e melhorias na infraestrutura de estaleiros navais.

Hipersônicos, dissuasão e o "Golden Dome"

O Pentágono destinará US$ 3,9 bilhões ao desenvolvimento de armas hipersônicas, com foco em projetos como a Arma Hipersônica de Longo Alcance (LRHW) do Exército e os novos veículos planadores hipersônicos da Marinha, integrados aos submarinos da classe Virginia. Por outro lado, a Força Aérea encerrou o problemático programa AGM-183 ARRW após sucessivos fracassos em testes, devendo concentrar recursos em projetos mais promissores dentro do ecossistema NGAD (Next Generation Air Dominance).

Outra grande iniciativa é o Golden Dome for America, um sistema de defesa antimísseis de última geração com orçamento inicial de US$ 25 bilhões. Inspirado em modelos de defesa multicamadas, o programa pretende integrar sensores e interceptadores terrestres, aéreos, navais e espaciais para proteger o território americano contra ameaças como mísseis balísticos, veículos hipersônicos e mísseis de cruzeiro avançados. A meta é atingir capacidade operacional inicial entre 5 e 10 anos.

Em linha com essa nova doutrina de defesa aérea, o Pentágono cancelou o programa E-7 Wedgetail, alegando preocupações com a sobrevivência de aeronaves de alerta antecipado tripuladas em cenários de alta ameaça. Os recursos serão redirecionados para sistemas de vigilância espacial.

Corte de F-35, aposta no F-15EX e avanço do NGAD

O orçamento de 2026 também traz ajustes significativos nas aquisições de aeronaves. O número de caças F-35A Lightning II a ser adquirido pela Força Aérea caiu de 74 para 47 unidades, em parte devido aos altos custos de manutenção e à necessidade de garantir a disponibilidade operacional da frota atual.

Por outro lado, o F-15EX Eagle II, uma versão atualizada de quarta geração do clássico F-15, receberá US$ 3,1 bilhões para a compra de até 24 unidades. O objetivo é reforçar a capacidade de combate a curto prazo com aeronaves de manutenção mais acessível.

Enquanto isso, o programa Next Generation Air Dominance (NGAD), futuro caça de sexta geração da Força Aérea, terá US$ 3,5 bilhões para avançar no desenvolvimento de protótipos. Em contraste, o projeto F/A-XX da Marinha, seu equivalente naval, receberá apenas US$ 74 milhões, limitando-se a trabalhos preliminares de design.

Modernização da tríade nuclear e expansão da frota naval

O Pentágono reservou US$ 60 bilhões para a modernização da tríade nuclear, com destaque para o desenvolvimento do ICBM LGM-35A Sentinel, a produção do bombardeiro furtivo B-21 Raider e a construção de submarinos de mísseis balísticos da classe Columbia.

A Marinha receberá US$ 47,4 bilhões para a construção de 19 novos navios, incluindo submarinos da classe Virginia, destróieres Arleigh Burke e embarcações anfíbias. A maior parte dessas embarcações será financiada por meio de pacotes de reconciliação orçamentária no Congresso, enquanto apenas três navios terão financiamento direto no orçamento base.

O orçamento também prevê US$ 2,5 bilhões para modernizar os quatro principais estaleiros navais públicos dos EUA, cuja idade média ultrapassa os 100 anos. Melhorias na infraestrutura são vistas como fundamentais para reduzir atrasos em manutenções e acelerar a produção de submarinos e outros navios.

Reformas no Exército e investimento em munições

O Exército americano passa por uma transformação estrutural. O orçamento de 2026 encerra diversos programas legados, como o tanque leve M10 Booker, os drones Grey Eagle, os veículos táticos leves JLTV e o programa de motores ITEP. Os recursos liberados, cerca de US$ 6 bilhões, serão redirecionados para o fortalecimento das capacidades de fogo de longo alcance, guerra multidomínio e redes de comunicação.

O Exército também receberá US$ 8,9 bilhões para ampliar suas capacidades de ataque de precisão e para munições inteligentes, além de reforçar cinco equipes de combate de brigada com novas armas e sensores.

Diante do cenário global de conflitos e tensões, o Pentágono também planeja investir US$ 6,5 bilhões para ampliar a produção de munições convencionais e manter os estoques em níveis adequados para um eventual conflito prolongado.

Defesa cibernética e infraestrutura industrial

Com a guerra cibernética ganhando relevância, o orçamento prevê US$ 15,1 bilhões para fortalecer a segurança das redes militares e ampliar as capacidades ofensivas e defensivas no ciberespaço. O plano inclui o uso de inteligência artificial para proteção das redes e a modernização de centros de comando digital.

Além disso, US$ 3,8 bilhões serão investidos na expansão da capacidade industrial de defesa e na resolução de gargalos logísticos, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros para materiais estratégicos.

Considerações finais

O projeto de orçamento militar para 2026 sinaliza uma mudança de paradigma: os EUA estão deixando de lado programas legados e apostando pesado em tecnologias emergentes para enfrentar a competição estratégica com a China e outras potências. O foco em armas hipersônicas, defesa espacial, modernização nuclear e eficiência logística mostra que o Pentágono está se preparando para um novo tipo de guerra – mais tecnológica, rápida e multidomínio.

Ainda resta a aprovação final do Congresso, que poderá ajustar algumas das propostas. Mas o recado do Departamento de Defesa é claro: os EUA querem manter sua superioridade militar em todas as frentes nos próximos anos.


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Austrália testa lançamento de míssil AIM-9X Sidewinder a partir de veículo Hawkei 4x4 integrado ao NASAMS

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O Ministério da Defesa da Austrália anunciou um marco inédito em suas capacidades de defesa aérea de curto alcance: o teste bem-sucedido de disparo de um míssil AIM-9X Sidewinder a partir de um veículo tático Hawkei 4x4, configurado no modelo picape e integrado ao sistema de defesa aérea NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile System).

Com essa iniciativa, a Austrália se tornou o primeiro país usuário do NASAMS a empregar uma unidade lançadora completamente móvel para o AIM-9X, enquanto outras nações operam o míssil a partir de lançadores rebocados. O veículo Hawkei também é capaz de lançar mísseis AIM-120 AMRAAM, ampliando sua flexibilidade em missões de defesa aérea.

O teste envolveu um lançador de estrutura aberta, desenvolvido para integrar os sensores e o sistema de comando e controle do NASAMS. Segundo o Ministério da Defesa australiano, a escolha do AIM-9X oferece uma resposta altamente eficaz contra ameaças em baixas altitudes e curtas distâncias, devido ao avançado buscador infravermelho (IIR) e à grande capacidade de manobra do míssil. Essa nova capacidade complementa o AIM-120 AMRAAM, que, por ser guiado por radar ativo, é mais indicado para alvos a médias distâncias.

O AIM-9X representa a versão mais moderna da tradicional família de mísseis ar-ar de curto alcance Sidewinder. Entre suas principais melhorias estão o sistema de busca por imagem infravermelha (IIR), que garante maior precisão contra alvos de difícil detecção, e o controle de voo com vetorização de empuxo, que amplia a manobrabilidade. Quando lançado de plataformas terrestres, o míssil pode alcançar distâncias superiores a 10 quilômetros.

A adoção desse conceito por parte da Austrália acompanha uma tendência observada também nos Estados Unidos. O Exército norte-americano está adquirindo o AIM-9X para instalação no sistema Leidos Enduring Shield, que prevê lançadores paletizados capazes de carregar até 18 mísseis para defesa de bases militares. Além disso, discussões estão em andamento sobre o desenvolvimento de um novo míssil de “tamanho AIM-9X e alcance AIM-120”, visando atender futuras demandas operacionais.

O sucesso dos testes com o Hawkei 4x4 reforça a estratégia australiana de investir em soluções móveis, flexíveis e adaptáveis ao seu ambiente operacional, ampliando as camadas de defesa aérea e fortalecendo a proteção de seu espaço aéreo contra ameaças de múltiplos vetores.


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SAS fecha maior encomenda de jatos desde 1996 com aquisição de 45 E195-E2 da Embraer

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A Scandinavian Airlines (SAS) anunciou a compra de 45 jatos Embraer E195-E2, com direitos de aquisição para outras 10 aeronaves adicionais. Este é o maior pedido de aeronaves feito pela companhia diretamente a um fabricante desde 1996, marcando um passo decisivo na estratégia de renovação de frota da SAS, com foco em eficiência operacional, redução de emissões e expansão de sua malha aérea a partir do hub global em Copenhague, na Dinamarca.

As primeiras entregas estão previstas para o final de 2027, com recebimentos escalonados ao longo de quatro anos. O valor estimado da encomenda, sem considerar os direitos de compra, é de aproximadamente US$ 4 bilhões.

O CEO da SAS, Anko van der Werff, destacou que a escolha pelo E195-E2 se deu após uma análise criteriosa das necessidades operacionais da companhia. Segundo ele, o modelo da Embraer reúne desempenho, economia de combustível e conforto, sendo ideal para fortalecer as operações da empresa tanto na Escandinávia quanto em outros mercados europeus. O executivo ressaltou ainda que o investimento representa um voto de confiança no futuro da companhia e no crescimento sustentável.

A aquisição dos E195-E2 permitirá à SAS otimizar suas operações, aumentando frequências de voo e flexibilizando a malha aérea com menores custos por viagem. Além disso, a companhia ampliará a conectividade entre centros regionais e destinos internacionais, impulsionando sua capacidade de resposta à demanda de passageiros.

A sustentabilidade é um dos pilares desta renovação de frota. O E195-E2 é certificado para operar com até 50% de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e já demonstrou capacidade de voar com 100% de SAF em testes. Em comparação com jatos da geração anterior, o modelo consome 29% menos combustível e apresenta uma redução de 62% na emissão de ruído. Equipado com motores Pratt & Whitney PW1900G, o E195-E2 oferece melhorias significativas em eficiência energética e desempenho ambiental.

Para a Embraer, o acordo fortalece a posição da empresa brasileira como referência global no segmento de jatos regionais de até 150 assentos. Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, destacou que o E2 é atualmente o jato de corredor único mais silencioso e eficiente do mundo, sendo uma escolha estratégica para companhias que buscam reduzir custos operacionais e a pegada ambiental.

A operação contou com o apoio da Skyworks Holding e representa um passo importante na transformação da SAS, que segue focada em modernizar sua frota, melhorar a experiência de seus passageiros e fortalecer sua malha aérea global. Recentemente, a companhia foi classificada como a mais pontual do mundo, ocupando o primeiro lugar entre 660 companhias aéreas avaliadas pela Cirium, em maio de 2025.


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Paraguai recebe primeiros A-29 Super Tucano e dá passo histórico na modernização de sua Força Aérea

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A Força Aérea Paraguaia (FAP) recebeu na última segunda-feira (30) suas primeiras quatro aeronaves A-29 Super Tucano, fabricadas pela Embraer, em uma cerimônia realizada na Base Aérea Silvio Pettirossi, nas proximidades da capital, Assunção. O evento contou com a presença de autoridades civis e militares de alto escalão, incluindo o Presidente do Paraguai, Santiago Peña, o Vice-Presidente Pedro Alliana, o Ministro da Defesa Nacional, General de Exército Óscar González, e o Comandante da Força Aérea Paraguaia, General do Ar Júlio Fullaondo.

A aquisição faz parte de um contrato para um total de seis unidades do Super Tucano, considerado um dos aviões de ataque leve e treinamento avançado mais versáteis e eficazes do mundo.

Durante a cerimônia, o General Fullaondo destacou a relevância histórica da chegada das aeronaves: Os A-29 entregues ao Paraguai são os mais modernos do mundo em seu gênero. Representam a aquisição de defesa mais importante dos últimos 38 anos para o nosso país. Eles ampliam nossa capacidade de vigilância do espaço aéreo e de resposta a desafios emergentes. É um investimento estratégico na nossa segurança, soberania e desenvolvimento sustentável, e não apenas uma despesa.”

O Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, também celebrou a entrega: É uma enorme satisfação entregar as primeiras quatro aeronaves A-29 Super Tucano à Força Aérea Paraguaia. Trata-se de uma aeronave consagrada internacionalmente pela sua flexibilidade, capacidade de ataque leve, treinamento avançado e múltiplas missões. Temos certeza de que ela atenderá plenamente as necessidades presentes e futuras da FAP.”

O A-29 Super Tucano é reconhecido mundialmente por sua capacidade multimissão, sendo ideal para tarefas como treinamento de pilotos, patrulha aérea, apoio aéreo aproximado, interdição, reconhecimento armado e vigilância de fronteiras. A aeronave possui sistemas aviônicos de última geração, sensores de precisão, além de uma estrutura robusta, capaz de operar em ambientes hostis, incluindo pistas não pavimentadas e com infraestrutura mínima.

Outro diferencial é o baixo custo operacional e os requisitos de manutenção reduzidos, que garantem altos níveis de disponibilidade e confiabilidade, fatores importantes para forças aéreas que operam em regiões de difícil acesso, como a do Paraguai.

Recentemente, o Super Tucano alcançou a expressiva marca de 600 mil horas de voo, consolidando sua trajetória de sucesso e comprovada eficiência. Atualmente, a aeronave é utilizada por 22 forças aéreas ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos e diversos países da América Latina, África e Ásia.

A entrega das aeronaves representa um marco na modernização da defesa aérea paraguaia, reforçando a presença da Embraer no cenário internacional e comprovando a liderança brasileira no setor de defesa aeroespacial.


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Comandante do Exército visita o Comando Militar do Norte em preparação para a COP 30

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Em um gesto de liderança e comprometimento com a segurança nacional, o Comandante do Exército Brasileiro, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, realizou, no último dia 30 de junho, uma visita institucional ao Comando Militar do Norte (CMN), com foco especial nos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em novembro, na capital paraense.

Durante a inspeção, o General Tomás teve a oportunidade de conhecer de perto as ações em curso, os meios disponíveis e a estrutura das tropas subordinadas ao CMN, com atenção especial à segurança, logística e ao nível de prontidão das unidades operacionais que terão papel estratégico na proteção do evento, considerado o maior fórum global sobre mudanças climáticas.

A visita incluiu uma formatura com aproximadamente 800 militares da Guarnição de Belém, momento em que o Comandante reforçou o espírito de corpo e destacou o papel central que o CMN desempenhará nos próximos meses.

É uma honra muito grande para o Comandante do Exército ver essa tropa vibrando. É a maior resposta que um Comandante pode ter. Daqui a pouco tempo o Comando Militar do Norte vai ser o centro de gravidade do mundo, com a responsabilidade de garantir parte das ações da COP 30, afirmou o General Tomás.

Além da inspeção em Belém, a comitiva seguiu viagem para outras localidades estratégicas da região Norte, como Tiriós, no município de Oriximiná (PA), Clevelândia do Norte, no Oiapoque (AP), e Vila Brasil (AP). Nessas áreas, o General acompanhou de perto o trabalho das tropas que atuam na vigilância de fronteiras, no combate a ilícitos transfronteiriços, tráfico de drogas, crimes ambientais e garimpo ilegal, além de verificar o apoio logístico às operações de desintrusão de terras indígenas.

A visita reforça o papel fundamental do Exército Brasileiro na defesa da Amazônia, na garantia da lei e da ordem e na preparação logística e operacional para garantir a segurança de um evento de repercussão mundial como a COP 30.


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com Exército Brasileiro

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Silêncio Inoportuno: Omissão diplomática afasta o Brasil de aliados estratégicos

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Em meio à instabilidade no Oriente Médio, onde nações como Israel exercem seu direito legítimo de defesa contra ameaças existenciais, a comunidade internacional espera clareza de seus membros. Países democráticos agem em coordenação para conter a proliferação do terrorismo e garantir a segurança regional, objetivos que refletem valores de sociedades livres no espectro da ordem internacional. Neste cenário, o silêncio estratégico do Brasil não se mostra como neutralidade, mas omissão perigosa que mina sua credibilidade como parceiro global.
O governo brasileiro, ao abster-se de condenar não apenas ações terroristas, mas também o acelerado avanço do programa nuclear iraniano, que viola múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, compromete sua retórica de defesa da paz. A comunidade internacional reconhece que a desnuclearização do Irã não é uma questão política, mas um imperativo de segurança coletiva. Ignorar este risco sistêmico, enquanto Israel e aliados lutam para conter ameaças imediatas, é falhar na compreensão das verdadeiras fontes de instabilidade regional e global.
A insistência do Itamaraty em posicionar-se como "equidistante" entre aliados estratégicos do Ocidente e regimes que desafiam a ordem nuclear internacional revela um grave erro de cálculo ou uma forma de tomar posição de forma silenciosa. Enquanto potências como os EUA e Israel defendem valores compartilhados com o Brasil como liberdade, segurança coletiva e respeito às instituições, a reticência brasileira isola o país de parceiros naturais. Esta falsa neutralidade, além de fragilizar nossa inserção internacional, ignora que em conflitos desta magnitude, não tomar partido pela ordem democrática é, implicitamente, enfraquecê-la.
Ademais, as declarações do assessor internacional Celso Amorim sugerindo risco de uma "Terceira Guerra Mundial" são não apenas desproporcionais, mas geopolítica e historicamente imprecisas. O verdadeiro perigo sistêmico reside na proliferação nuclear por atores não responsáveis, não em conflitos convencionais. Enquanto o Irã avança em seu programa balístico e enriquece urânio em níveis incompatíveis com usos civis, especulações sobre guerras mundiais desviam a atenção da ameaça tangível: um arsenal nuclear nas mãos de um regime que financia grupos terroristas armados e nega o direito à existência de Estados vizinhos.
O Brasil possui tradição diplomática demasiado valiosa para desperdiçá-la em silêncios cúmplices ou alarmismos vazios. Este é o momento de reafirmar nosso alinhamento com parceiros que defendem a ordem democrática internacional, apoiando explicitamente a desnuclearização verificável e a necessidade de ações militares contra o Irã como condição para a segurança global. A credibilidade exige condenar tanto o terrorismo quanto os programas que ameaçam a não-proliferação, principal pilar da paz desde 1945. Neutralidade diante deste duplo desafio não é opção – é abdicação moral.
O caminho para a relevância global não passa pela neutralidade cúmplice ou ilusória, mas pela coragem de nomear ameaças e estar ao lado daqueles que garantem a estabilidade do sistema internacional. A credibilidade do Brasil exige este reposicionamento urgente.
 
Por Márcio Coimbra é CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais. Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos. Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal.
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BAE Systems fecha contrato de US$ 1,2 bilhão para fornecer satélites de alerta e rastreamento de mísseis à Força Espacial dos EUA

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A BAE Systems firmou um contrato de US$ 1,2 bilhão com o Space Systems Command, órgão da Força Espacial dos Estados Unidos (U.S. Space Force), para o fornecimento de 10 satélites de alerta e rastreamento de mísseis. O projeto integra o programa Resilient Missile Warning & Tracking (RMWT) – Medium Earth Orbit (MEO) Epoch 2, voltado a reforçar as capacidades espaciais de detecção e resposta a ameaças balísticas e hipersônicas.

O cronograma prevê a entrega dos satélites nos próximos quatro anos, além de um período adicional de cinco anos de operações e suporte. A BAE Systems será a contratada principal, responsável não apenas pelo desenvolvimento dos veículos espaciais, mas também pela implementação de um sistema terrestre de comando, controle e gerenciamento da constelação.

De acordo com Thai Sheridan, vice-presidente e gerente-geral de Espaço Militar da divisão Space & Mission Systems da BAE Systems, o projeto consolida a expertise da empresa em programas integrados de defesa espacial.

Esse projeto reforça nossa capacidade de oferecer soluções completas e acessíveis, unindo o desenvolvimento de cargas úteis e plataformas com a gestão de operações terrestres e manutenção”, destacou.

Cada satélite será equipado com sensores eletro-ópticos e infravermelhos de alta performance, além de sistemas de comunicação avançados e crosslinks, que permitirão o intercâmbio de dados entre os satélites em órbita. A operação das cargas será baseada na plataforma Trek, uma evolução da linha Elevation da BAE Systems, projetada para oferecer flexibilidade de integração, melhor controle de atitude e comunicações seguras.

O objetivo central do programa é garantir alerta precoce e rastreamento de ameaças em tempo real, melhorando a integração com os sistemas de defesa antimísseis atualmente em operação. O novo contrato amplia a presença da BAE Systems no portfólio espacial do Departamento de Defesa dos EUA. Em paralelo, a empresa já havia sido escolhida este ano para fornecer um novo sistema de comando e controle de satélites dentro do programa Future Operationally Resilient Ground Evolution (FORGE) da própria Força Espacial.

A iniciativa reforça o papel da BAE Systems como fornecedora estratégica de soluções de vigilância e defesa espacial, contribuindo diretamente para a segurança nacional dos Estados Unidos e para a resiliência das operações espaciais governamentais.


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com And,All

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Embraer fecha contrato de manutenção com CommuteAir e inaugura novas instalações em Fort Worth, Texas

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A brasileira Embraer, líder global na indústria aeroespacial, anunciou hoje a assinatura de um novo contrato de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO) com a companhia aérea norte-americana CommuteAir. O acordo contempla o atendimento das aeronaves Embraer que operam na frota da CommuteAir, por meio das novas instalações dedicadas à aviação comercial inauguradas no Aeroporto Perot Field Alliance, em Fort Worth, Texas.

Segundo Lon Ziegler, Vice-Presidente de Operações Técnicas da CommuteAir, a parceria fortalece a relação entre as duas empresas:

Estamos satisfeitos em ampliar nosso relacionamento com a Embraer, iniciando com a manutenção pesada das fuselagens nas novas instalações em Fort Worth. Trabalhar diretamente com o fabricante das aeronaves é fundamental para garantir a máxima confiabilidade para nossa frota de ERJ145.”

Para a Embraer, o contrato representa um passo importante para ampliar sua atuação no mercado americano. Frank Stevens, Vice-Presidente de Serviços de MRO da Embraer Serviços & Suporte, afirmou:

Este contrato com a CommuteAir é um marco para a Embraer. Estamos comprometidos em fornecer o melhor suporte para a companhia aérea, reduzindo o tempo que suas aeronaves ficam em solo. Temos uma relação duradoura com a CommuteAir e este acordo inaugura um novo capítulo com as operações no Aeroporto Perot Field Alliance.”

A Embraer iniciou suas operações em um hangar existente na última terça-feira, em parceria com a Cidade de Fort Worth e o Estado do Texas. A construção de um segundo hangar já está em andamento e deve ser concluída até 2027. Com essas novas instalações, a capacidade de atendimento da Embraer nos Estados Unidos deve crescer em aproximadamente 53%, reforçando sua presença no maior mercado aeronáutico do mundo.

A CommuteAir, parceira da United Express, opera diariamente mais de 200 voos com 59 jatos Embraer ERJ145, conectando comunidades em todo o mundo para a United Airlines. A empresa também realiza serviços de fretamento com um Embraer E170 sob sua própria marca. Com sede na região metropolitana de Cleveland, a CommuteAir possui operações em importantes hubs, como os aeroportos de Houston Intercontinental e Washington Dulles, além de hangares de manutenção em Houston, Texas, e Albany, Nova York.

Fundada em 1969, a Embraer é uma referência mundial na fabricação de aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícolas, além de prestar serviços e suporte pós-venda por meio de uma ampla rede global. A empresa já entregou mais de 9.000 aeronaves e tem um jato fabricado decolando a cada 10 segundos, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano.

Líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos, a Embraer é também a principal exportadora brasileira de bens de alto valor agregado, com unidades industriais, escritórios, centros de serviços e distribuição de peças espalhados pelas Américas, África, Ásia e Europa.


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Saab inaugura primeiro Centro Digital de Gerenciamento de Pátio da América Latina no Aeroporto Internacional de Lima

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A Saab, empresa global líder em defesa e segurança, acaba de consolidar mais um marco tecnológico na América Latina com a inauguração do primeiro Centro Digital de Gerenciamento de Pátio da região. O sistema, instalado no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, no Peru, entrou oficialmente em operação no dia 1º de junho de 2025, sendo operado pela DFS Aviation Services GmbH, com equipamentos e tecnologia fornecidos pela multinacional sueca.

O projeto oferece ao operador aeroportuário Lima Airport Partners (LAP) uma solução de última geração para o monitoramento e o gerenciamento de todas as operações em solo. O novo Centro Digital integra de forma inovadora um conjunto de tecnologias de vigilância e comunicação, como sensores ADS-B para rastreamento de aeronaves na superfície, o sistema Autobahn para gestão de tráfego em solo, o sistema TactiCall para integração de comunicações de voz, além de Torres Digitais equipadas com câmeras de alta definição, que proporcionam uma visualização completa e em tempo real de todas as movimentações no pátio do aeroporto.

Segundo Sergio Martins, Diretor de Gerenciamento de Tráfego Aéreo da Saab para América Latina e Caribe, a implementação em Lima representa um avanço histórico para a região. “Esse é um momento único para o futuro da gestão de operações aeroportuárias na América Latina e Caribe. Com o Centro Digital de Gerenciamento de Pátio implementado em Lima, a região agora conta com o que há de mais avançado em gerenciamento de superfície nos aeroportos”, afirmou.

A relevância da iniciativa é reconhecida também em documentos internacionais. O relatório final da 22ª reunião do GREPECAS (Grupo Regional de Planejamento da Organização da Aviação Civil Internacional - ICAO) aponta a falta de serviços e sistemas adequados de gestão de pátio como um dos principais gargalos operacionais nos aeroportos da América Central, América do Sul e Caribe. O documento recomenda, inclusive, a adoção de soluções específicas de gerenciamento de pátio e vigilância de superfície, como a agora implementada em Lima, como alternativa mais eficiente ao modelo europeu de Airport Collaborative Decision Making (A-CDM).

O primeiro voo operado sob o novo sistema foi o IB121 da Iberia, vindo de Madri, que pousou às 13h06 (horário local) no dia da inauguração. Para Turgay Kircar, diretor de Operações da LAP, a entrada em operação do Centro Digital é um divisor de águas para a infraestrutura aeroportuária peruana. “Esse é um marco significativo para as nossas operações em Lima e, sem dúvida, contribuirá para tornar o aeroporto mais eficiente, em alinhamento aos principais terminais do mundo que já utilizam essa tecnologia de ponta. Buscamos constantemente a colaboração com nossos parceiros e, por meio do trabalho conjunto com a Saab, estamos avançando na consolidação do Aeroporto de Lima na liderança do movimento de modernização, tão necessário no setor de aviação”, destacou.

Além da inovação tecnológica, a implementação também representa uma mudança de paradigma na gestão aeroportuária da região. De acordo com a regulação europeia EASA 2020/1234, a gestão do pátio pode ser realizada pelos operadores aeroportuários, sem interferência no controle de tráfego aéreo ou nas operações das companhias aéreas. Sergio Martins, da Saab, ressaltou que a adoção deste modelo pela LAP demonstra como a região pode avançar com soluções adaptadas à sua realidade operacional. “Pela primeira vez, temos uma solução que integra tecnologia de vigilância, automação e gestão colaborativa, adaptada às necessidades específicas da América Latina. Com essa iniciativa, a Saab inicia uma transformação profunda no mercado de operações em solo nos aeroportos da região”, concluiu.

A Saab reafirma, com essa entrega, seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento de soluções que contribuam para a modernização da infraestrutura aeroportuária da América Latina, levando segurança, eficiência e tecnologia de ponta ao setor de aviação civil.


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