quarta-feira, 6 de novembro de 2024
China Apresenta o Sistema Antimísseis Balísticos HQ-19 no Zhuhai Airshow 2024
Podcast Braço Forte explora operações do Exército Brasileiro em apoio à segurança e a sociedade brasileira
O mais recente episódio do Podcast Braço Forte oferece uma visão detalhada das operações do Exército Brasileiro em 2024, destacando sua atuação em diversos cenários e regiões, do norte ao sul do país. Em conversa com a jornalista Viviane Fernandes, da rádio Verde-Oliva Brasília, os Coronéis Sylvio Torres Doctorzick e Gustavo Queiroz detalharam os desafios e a organização das 68 operações em andamento. Em missões como Taquari 2, Ágata, Catrimani II, Tucumã e Pantanal II, o Exército reforça sua presença tanto para a segurança nacional quanto para o apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade.
O Coronel Doctorzick explicou a estrutura de mobilização, que atualmente envolve 18 das 25 brigadas da Força. Desde operações de combate até atividades de engenharia, inteligência e logística, o Exército mantém seis mil militares em atividade, atingindo um total de 25 mil ao longo do ano, comparável ao contingente enviado à Itália na Segunda Guerra Mundial. A Força também conta com unidades especializadas para apoio estratégico, destacando a importância de sua constante prontidão.
Já o Coronel Queiroz reforçou o papel da "Mão Amiga" do Exército nas operações subsidiárias de apoio à Defesa Civil e ao desenvolvimento nacional. Amparadas pela Lei Complementar nº 97, essas missões incluem operações de combate à seca, enchentes e desastres ambientais. Com exemplos como a Operação Carro-Pipa, que há 26 anos leva água a regiões atingidas pela seca, e missões emergenciais em áreas de enchentes e queimadas, o Exército busca sempre estar ao lado da população.
Para saber mais sobre o alcance e os impactos das operações do Exército, convidamos nossos leitores a conhecer o Podcast Braço Forte. Nele, é possível entender de forma detalhada a atuação essencial do Exército Brasileiro para a segurança e o apoio social no Brasil.
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com Exército Brasileiro
Seminário Internacional Debate Papel das Mulheres e Prevenção de Abusos em Missões de Paz
Nos dias 22 e 23 de outubro, o Quartel-General do Exército foi palco do Seminário Internacional “Mulheres Uniformizadas e Operações de Paz: Avanços e Desafios na Criação de Ambientes Seguros e Inclusivos.” Organizado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) em parceria com entidades como a Rede Brasileira de Pesquisa sobre Operações de Paz (REBRAPAZ) e a Rede de Segurança e Defesa da América Latina (RESDAL), o evento reuniu líderes militares, especialistas internacionais e representantes de diversas organizações para discutir questões fundamentais sobre o papel das mulheres em missões de paz.
Estiveram presentes figuras de destaque, incluindo o Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, e autoridades de diferentes países e organismos internacionais. A programação incluiu debates sobre prevenção de assédio e abuso sexual nas operações de paz, com foco na troca de boas práticas e na experiência brasileira no treinamento e uso de tropas de paz. Também foram abordados os desafios enfrentados na inclusão das mulheres e o fortalecimento da proteção contra exploração e abuso nos cenários de atuação.
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com Exército Brasileiro
Planejamento Espacial Marinho: Brasil Avança na Gestão Sustentável da Amazônia Azul
A Marinha do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima realizaram, na última terça-feira (5) em Brasília, uma reunião fundamental para o avanço do Planejamento Espacial Marinho (PEM), coordenado pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). O encontro marcou a apresentação do PEM Nordeste, um projeto liderado pela Fundação Norte Rio Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC) e financiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), que visa mapear 1,7 milhão de km² da Amazônia Azul na região Nordeste, uma área de enorme valor econômico e ambiental para o país.
A Amazônia Azul, composta por 5,7 milhões de km² de mar territorial brasileiro, representa aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e gera mais de 20 milhões de empregos diretos e indiretos. Reconhecendo essa importância, o PEM busca organizar o uso desses espaços marinhos para garantir a sustentabilidade, proteção e segurança dos recursos naturais brasileiros. Durante a reunião, o Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, ressaltou os desafios de coordenar múltiplos interesses econômicos e ambientais na região Nordeste, como o turismo, a pesca, a exploração de petróleo e gás e a geração de energias renováveis. O PEM Nordeste, ao conciliar essas atividades com a preservação ambiental, contribuirá para a resiliência e saúde do oceano e das zonas costeiras.
O projeto está sendo conduzido em parceria com universidades e especialistas em diversas áreas, como biologia, geoprocessamento e geologia, e tem como objetivo mapear habitats marinhos, identificar serviços ecossistêmicos e definir unidades de gestão para um uso sustentável. Além disso, o projeto inclui o Comitê Executivo do PEM, composto por ministérios e agências reguladoras, como o Ministério da Defesa, Ministério do Turismo e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Essa estrutura multissetorial é essencial para o desenvolvimento de um PEM que atenda às necessidades de preservação e ao uso racional da Amazônia Azul.
O Contra-Almirante Jaques enfatizou que o PEM Nordeste não apenas fortalecerá a segurança jurídica das atividades econômicas marinhas, mas também aumentará o desenvolvimento da Economia Azul, promovendo empregos e a preservação dos recursos oceânicos. Para assegurar a aplicação do PEM, foi destacado o papel do Sistema de Monitoramento da Amazônia Azul (SISGAAz), que permitirá o controle efetivo do espaço marítimo e fortalecerá as atividades de segurança da Marinha, como a salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção à poluição.
O PEM também visa organizar o espaço oceânico do Brasil em quatro grandes regiões, sob a coordenação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, que integra 18 ministérios sob a liderança do Comandante da Marinha. As instituições têm se mobilizado para atualizar bases de dados e melhorar a integração entre informações científicas e atividades econômicas. A previsão é de que, nos próximos quatro anos, mais de 49 projetos sejam finalizados, com impactos diretos na governança do mar brasileiro.
Para o Brasil, o PEM representa um compromisso assumido em 2017 durante a Conferência dos Oceanos da ONU, com a meta de concluir a implementação até 2030. Além da região Nordeste, outras áreas do litoral brasileiro, como o Sudeste e o Norte, já estão em fase de planejamento, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Com Marinha do Brasil
EDGE e Marinha do Brasil Ampliam Parceria para Desenvolvimento de Sistemas Antidrone Avançados
A EDGE Group, gigante do setor de defesa e tecnologias avançadas dos Emirados Árabes Unidos, e a Marinha do Brasil firmaram um novo Memorando de Entendimento (MoU) estratégico para o desenvolvimento conjunto de sistemas de defesa antidrone. O acordo foi assinado durante a EURONAVAL 2024, um dos maiores eventos de defesa naval do mundo, realizado em Paris, e estabelece um modelo de colaboração voltado para a criação de tecnologias de defesa autônomas e modernas, essenciais para enfrentar as crescentes ameaças aéreas e marítimas.
O acordo foi formalizado pelo Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor Geral de Material da Marinha do Brasil (DGMM), e por Hamad Al Marar, Diretor Geral e CEO da EDGE. Esta parceria não apenas reforça os laços entre Brasil e Emirados Árabes Unidos, mas também impulsiona a capacidade tecnológica brasileira no campo de sistemas antidrone, uma área de crescente importância estratégica para a defesa naval.
Em seu discurso, o Almirante Edgar destacou o papel essencial da EDGE como parceiro estratégico, relembrando a colaboração prévia no desenvolvimento do míssil antinavio brasileiro, o MANSUP. Segundo ele, o novo acordo reforça a troca de conhecimentos técnicos e operacionais, posicionando ambas as nações na vanguarda da defesa antidrone, um campo crucial para a garantia da soberania e, possivelmente, para exportação no futuro. A EDGE, com expertise consolidada em sistemas integrados, contribuirá com tecnologias avançadas, como sensores de última geração e sistemas de interferência, que permitem detectar, rastrear e neutralizar drones, interrompendo seus sinais de controle. A integração dessas tecnologias é fundamental para garantir uma defesa em múltiplas camadas, adaptada aos complexos cenários de defesa marítima.
Hamad Al Marar, Diretor Geral e CEO da EDGE, explicou que os sistemas antidrone desenvolvidos têm um papel fundamental na defesa moderna. Com o avanço e a popularização dos veículos aéreos não tripulados (VANTs), ele destacou ser vital que as forças navais estejam preparadas para lidar com ameaças evolutivas. A parceria com a Marinha do Brasil visa criar soluções de ponta, oferecendo segurança eficaz contra drones em cenários marítimos e além. A EDGE também enfatizou seu compromisso com a inovação e a transformação tecnológica, destacando a importância do desenvolvimento ágil para a entrega de soluções rápidas e eficazes. Para a Marinha do Brasil, essa parceria representa um ganho de capacidade significativa em proteção e resposta coordenada em tempo real, integrando tecnologia antidrone de última geração para neutralizar eventuais ameaças.
Com essa colaboração estratégica, a EDGE e a Marinha do Brasil sinalizam um futuro promissor para as tecnologias de defesa naval e antidrone, colocando ambas as instituições na linha de frente da inovação e fortalecendo as capacidades de defesa de seus respectivos países.
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Com TORRE Comunicação e Estratégia
terça-feira, 5 de novembro de 2024
ADSB Inaugura Escritório de Tecnologia para Impulsionar Inovação Naval nos EAU
A Abu Dhabi Ship Building (ADSB), um estaleiro da EDGE Group e líder regional em design, construção, manutenção e modernização de embarcações militares e mercantes, anunciou a inauguração de um novo escritório de projetos em Abu Dhabi. Este movimento estratégico sublinha o compromisso da ADSB com a proteção da propriedade intelectual e a promoção do valor no país (ICV), ao mesmo tempo que fortalece parcerias com os principais atores locais na indústria de defesa naval.
O novo escritório será operado por uma equipe altamente especializada de engenheiros, trazendo uma perspectiva global para o cenário local. Esta abordagem visa integrar recursos de classe mundial nas embarcações desenvolvidas pela ADSB, fortalecendo a posição dos Emirados Árabes Unidos como um polo de inovação em defesa marítima.
David Massey, CEO da ADSB, destacou a importância estratégica deste novo passo:
"Este novo Technology Office reflete nosso comprometimento em posicionar os Emirados Árabes Unidos como líderes em tecnologia e inovação de defesa marítima global. Por meio de expertise focada e parcerias estratégicas, pretendemos definir novos padrões em defesa naval, sustentabilidade e operações marítimas avançadas."
O escritório servirá como um centro dedicado para avançar projetos de inovação, incluindo o desenvolvimento de materiais especiais, embarcações autônomas, tecnologia submarina e integrações de sistemas orientadas por inteligência artificial. Esses avanços são fundamentais para que a ADSB mantenha sua vantagem competitiva no setor de inovação marítima, proporcionando soluções que simplificam operações, aumentam a consciência situacional e promovem a autonomia completa das embarcações de defesa.
A ADSB, reconhecida por sua excelência em serviço e habilidade técnica, reforça agora seu compromisso com a inovação, posicionando-se como um ator chave na evolução da tecnologia de defesa marítima nos Emirados Árabes Unidos.
O novo escritório de tecnologia não apenas impulsionará a capacidade de inovação da ADSB, mas também contribuirá significativamente para a sustentabilidade e eficiência das operações marítimas. Com foco em tecnologias avançadas e parcerias estratégicas, a ADSB está bem posicionada para enfrentar os desafios e oportunidades emergentes na defesa naval global.
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Com EDGE Group
Colômbia Deve Anunciar Aquisição do Gripen
A Colômbia está prestes a adquirir aeronaves Gripen da fabricante sueca Saab, segundo o noticiário Ekot da rádio pública sueca SR. A notícia provocou um aumento de 3,4% nas ações da Saab em Estocolmo nesta terça-feira (5).
Embora o acordo ainda não esteja oficialmente confirmado, segundo declaração do porta-voz da Saab:
"Tomamos nota das informações na mídia, mas não podemos fazer comentários neste momento. Tivemos um diálogo anterior com a Colômbia sobre a venda do Gripen, mas atualmente não há contrato."
A Saab tem buscado ampliar sua presença na América Latina, com foco em países como Colômbia e Peru. A base de produção do Gripen no Brasil, desenvolvida em parceria com a Embraer, é uma peça chave nesta estratégia de expansão.
A Colômbia tem planos de substituir sua frota envelhecida de aeronaves de combate Kfir, de fabricação israelense. Negociações anteriores, incluindo discussões com a Saab e a francesa Dassault Aviation em 2022, não resultaram em um acordo, conforme declarado pelo ministro da defesa colombiano no ano passado.
A aquisição do Gripen representaria um passo significativo para a modernização da força aérea colombiana, alinhando-a com padrões avançados de tecnologia e fortalecendo sua capacidade de defesa aérea.
Embora detalhes sobre a quantidade de aeronaves e o valor do contrato não tenham sido divulgados, a movimentação sinaliza um fortalecimento da cooperação entre a Colômbia e a indústria de defesa sueca, com potencial de expandir a presença do Gripen na América Latina.
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Com Reuters
EDGE Group e Fincantieri Firmam Parceria para Desenvolver Soluções Subaquáticas Inovadoras
A EDGE Group, líder global em tecnologia avançada e defesa, e a Fincantieri, uma das maiores construtoras navais do mundo, anunciaram hoje um Memorando de Entendimento (MoU) durante a exposição EURONAVAL em Paris. Este acordo marca o início de uma colaboração estratégica voltada para o desenvolvimento de sistemas subaquáticos avançados, tanto tripulados quanto não tripulados, através da joint venture MAESTRAL, com sede em Abu Dhabi.
A MAESTRAL, fruto da união entre EDGE e Fincantieri, será responsável pelo design, desenvolvimento e construção de soluções subaquáticas de última geração. O foco da parceria é atender às demandas específicas das marinhas ao redor do mundo, promovendo a interoperabilidade e a inovação tecnológica no domínio subaquático, um campo que apresenta desafios únicos, como dinâmica de fluidos, comunicação e autonomia.
Pierroberto Folgiero, CEO da Fincantieri, destacou o compromisso conjunto em enfrentar os desafios do ambiente subaquático: "Este acordo enfatiza nossa dedicação a avanços pioneiros em tecnologias subaquáticas. Pretendemos desenvolver sistemas que não só atendam aos mais altos padrões de interoperabilidade, mas que também reforcem a segurança, a resiliência e a responsabilidade ambiental."
Hamad Al Marar, CEO da EDGE, ressaltou a importância da colaboração internacional: "Desde sua fundação, a EDGE expandiu seu alcance em todos os domínios da tecnologia avançada e defesa. Nossa parceria com a Fincantieri exemplifica nossa estratégia de inovação por meio de colaborações estratégicas, que abrem novas oportunidades no desenvolvimento de soluções navais avançadas."
A parceria também contribuirá para o fortalecimento das capacidades soberanas dos Emirados Árabes Unidos em tecnologias de defesa, criando oportunidades significativas de emprego para talentos locais e internacionais. Além disso, a MAESTRAL se compromete a estabelecer novos padrões em segurança e eficiência em operações subaquáticas, beneficiando tanto os interesses nacionais quanto a segurança marítima global.
A colaboração entre EDGE e Fincantieri é um passo significativo na direção de soluções tecnológicas avançadas que atendam às demandas crescentes por segurança e eficiência em operações subaquáticas em todo o mundo.
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com EDGE Group
Paquistão Realiza Teste Bem-Sucedido do Míssil Balístico Antinavio
A Marinha do Paquistão realizou um teste bem-sucedido do míssil balístico antinavio SMASH, uma inovação tecnológica desenvolvida localmente. O lançamento, feito a partir de um navio, atingiu com precisão um alvo terrestre a 350 km de distância. Este míssil não apenas reforça as capacidades marítimas do Paquistão, mas também demonstra sua capacidade de acompanhar as tendência globais em armamentos avançados.
Os mísseis balísticos antinavio como o SMASH destacam-se por sua capacidade de carregar ogivas pesadas e realizar manobras durante o voo. No entanto, a precisão em atingir alvos em movimento, como navios, exige atualizações tecnológicas constantes, incluindo sistemas de orientação terminal aprimorados.
Globalmente, outros países como China, Irã e EUA também estão investindo pesadamente em mísseis balísticos antinavio. A China, por exemplo, é líder neste campo com mísseis como o DF-21 e o YJ-21, enquanto os EUA desenvolvem o PrSM Increment 2 com avançados sistemas de busca e propulsão.
O teste do SMASH não só fortalece a posição estratégica do Paquistão, mas também sinaliza um avanço significativo na auto-suficiência tecnológica em defesa, uma área crucial para a segurança nacional em um cenário global cada vez mais competitivo.
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CVMARJ Realiza Exposição Histórica no XVII Encontro Brasileiro de Preservadores de Viaturas Militares Antigas em Vinhedo-SP
Entre os dias 1 e 3 de novembro de 2024, o Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ), em parceria com a Associação Brasileira de Preservadores de Viaturas Militares (ABPVM), participou do XVII Encontro Brasileiro de Preservadores de Viaturas Militares Antigas, realizado em Vinhedo, São Paulo. O evento, que celebrou os 80 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), ofereceu uma rica programação que combinou história, cultura e entretenimento, atraindo entusiastas e famílias de diversas regiões do Brasil.
Com o apoio incondicional do Exército Brasileiro, o encontro contou com a presença de importantes instituições militares, como o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), sob a liderança do General de Exército Carlos Machado, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), comandada pelo General de Divisão Jorge, e o Estabelecimento Central de Transportes (ECT), chefiado pelo Tenente Coronel Assunção.
O CVMARJ, uma instituição civil sem fins lucrativos dedicada à preservação da história da motomecanização militar do Brasil e do mundo, destacou-se na exposição ao apresentar uma impressionante coleção de viaturas militares históricas. O evento reuniu sócios ilustres como Alexandre Barreto Lisboa, Carlos Magno Alvarez Martinez, Denis de Freitas Lima, Maurício de Carvalho Pereira, José Paulo Branco Quinhões, Oscar Joaquim Bravo Jalil, Dário da Silva, Edoson da Silva Carneiro, Geraldo Antonio Luiz Pereira, Paulo Darcy Teixeira da Silva, Mateus Zubelli da Silva, Cláudio André de Andrade Rueles e Carlos Luiz Dias.
A diretoria do CVMARJ é composta por Carlos Magno, Diretor Presidente; Denis Freitas, Vice-presidente; e Carlos Dias, Diretor Institucional e de Comunicação Social. Este encontro nacional não só preserva a memória militar, mas também fortalece os laços entre os entusiastas e a comunidade, promovendo um valioso intercâmbio de conhecimento e experiências sobre a história militar.
Manter viva a memória dos feitos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália é fundamental para reconhecer o sacrifício e a bravura dos soldados que lutaram em solo estrangeiro durante a Segunda Guerra Mundial. Esses feitos não apenas marcaram a história militar brasileira, mas também contribuíram para o fortalecimento da identidade nacional, mostrando ao mundo a determinação e a capacidade do Brasil em defender os valores da liberdade e da justiça.
A preservação histórica de meios empregados pelas Forças Armadas ao longo dos anos, como as viaturas militares e outros equipamentos, é uma forma de valorizar o progresso tecnológico e estratégico alcançado pelas forças militares brasileiras. Cada veículo e cada arma exposta em eventos como o XVII Encontro Brasileiro de Preservadores de Viaturas Militares Antigas conta uma parte da história de inovação e adaptação das forças armadas, mostrando a evolução do poder militar do Brasil.
Além disso, essa preservação é essencial para inspirar as futuras gerações, educando-as sobre os desafios e conquistas das Forças Armadas. Por meio dessas iniciativas, é possível criar um legado de respeito e admiração pelo trabalho dos militares, incentivando o patriotismo e o interesse pela defesa e segurança nacional. Assim, a história não é apenas mantida, mas se torna uma ferramenta vital para moldar o futuro do Brasil.
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com CVMARJ
Gripen Faz sua Estreia na Cruzex 2024, o Maior Exercício Multinacional da América Latina
A mais avançada aeronave de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), o sueco F-39E Gripen, desenvolvido pela Saab, é o grande destaque da Cruzex 2024, o principal exercício de treinamento operacional multinacional da América Latina, organizado pela FAB. Este evento marca a primeira participação do Gripen em um exercício dessa magnitude, proporcionando um cenário que propícia submeter a aeronave a testes valiosos de operações.
A Cruzex 2024, que acontece entre os dias 3 e 15 de novembro na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, reúne mais de dois mil militares do Brasil e de quinze nações, incluindo países da América Latina, África, Europa e os Estados Unidos. Ao todo, são mais de 100 aeronaves de combate, compondo uma das maiores concentrações de poder aéreo no Hemisfério Sul.
Para Micael Johansson, Presidente e CEO da Saab, a estreia do Gripen E no exercício é um momento histórico. “É uma verdadeira honra ver a estreia do Gripen E na Cruzex. Aguardamos ansiosamente por este momento, que marca a primeira participação do Gripen E em um exercício militar multinacional. É significativo que este evento inaugural seja realizado pela Força Aérea Brasileira, nosso estimado cliente e parceiro”, afirmou Johansson.
O Gripen E está realizando missões de alta complexidade conhecidas como Missões Aéreas Compostas (Composite Air Operations, COMAO). Nestas missões, um grande número de aeronaves de diferentes funções atua simultaneamente para saturar as defesas inimigas e aumentar a eficácia da missão. O Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e pioneiro na operação do Gripen na FAB, explicou o papel estratégico da aeronave. “Na Cruzex, estamos atuando tanto como força inimiga quanto amiga. Realizaremos operações ofensivas para proteger as forças amigas enquanto estas conduzem ações dentro do território inimigo, além de operações de defesa para neutralizar ataques adversários”, detalhou Fórneas.
Desde que entrou em operação em dezembro de 2022, o F-39E Gripen trouxe tecnologias inéditas para a FAB, como o radar de Varredura Eletrônica Ativa (AESA) e o sensor passivo de busca de alvos por infravermelho (IRST). Estas capacidades, combinadas com a alta manobrabilidade e avançados sistemas de comunicação, navegação e guerra eletrônica, fazem do Gripen um recurso estratégico para garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro.
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Com And All
Defesa Promove Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil-Turquia
O Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), promoveu, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, o Diálogo das Indústrias de Defesa (DID) Brasil-Turquia 2024. O evento, realizado de maneira virtual, reforça o compromisso de aprofundar a cooperação entre as Bases Industriais de Defesa (BID) dos dois países, em uma relação que vem sendo construída desde 2019.
O Diálogo foi organizado pelo Departamento de Promoção Comercial (Depcom) da Seprod e contou com a participação de 14 empresas turcas e 13 brasileiras. O objetivo principal foi proporcionar um ambiente para que as indústrias de defesa dos dois países pudessem apresentar seus produtos, explorar oportunidades de negócios e fomentar cooperações estratégicas. A expectativa é que essas interações gerem avanços em termos de transferência de tecnologia, inovação e desenvolvimento conjunto de novos produtos de defesa.
Heraldo Luiz Rodrigues, secretário da Seprod, ressaltou a importância do evento como um marco para o fortalecimento das relações entre as indústrias de defesa dos dois países. “Este encontro nos permitiu não apenas exibir nossas capacidades, mas também criar um ambiente propício para parcerias estratégicas. Com certeza, veremos frutos concretos dessa colaboração no futuro, que beneficiarão nossas Forças Armadas e nossas respectivas indústrias”, afirmou Rodrigues.
O evento destacou-se como uma plataforma de grande relevância para a exposição internacional das capacidades industriais de defesa do Brasil e da Turquia. A interação permitiu que ambas as nações vislumbrassem novas oportunidades de mercado, especialmente em um cenário global onde a modernização e a inovação tecnológica são cruciais para a competitividade e eficiência das forças armadas.
Além dos benefícios econômicos, como geração de empregos e aumento na produção de alto valor agregado, o Diálogo também ampliou as opções de fornecedores para o atendimento das necessidades de Material de Emprego Militar das Forças Armadas brasileiras. A diversificação de fornecedores é uma estratégia importante para garantir a soberania e a eficiência operacional das forças de defesa, permitindo acesso a tecnologias avançadas e inovação contínua.
O DID Brasil-Turquia 2024 reafirma a importância de eventos de cooperação internacional no fortalecimento das capacidades de defesa. Ao promover o diálogo e a parceria, o Brasil e a Turquia consolidam uma aliança estratégica que promete contribuir significativamente para a modernização e o fortalecimento de suas respectivas Bases Industriais de Defesa, ao mesmo tempo em que promove a paz e a segurança internacionais.
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Com Ministério da Defesa
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Quantos Norte-Coreanos Vale um Su-35? A Desvalorização da Vida na Coréia do Norte
Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem se tornado destaque nas discussões geopolíticas, especialmente em relação à possível mobilização de 12.000 a 15.000 soldados para apoiar a invasão russa da Ucrânia. A que preço? Em troca de aproximadamente 36 caças Sukhoi Su-35. Este arranjo levanta questões alarmantes sobre o valor da vida dos combatentes, mostrando uma disposição perturbadora em sacrificar vidas humanas em busca de ganhos estratégicos.
Os soldados norte-coreanos, ao serem enviados para lutar na Ucrânia, deixam de defender sua própria nação para servir como "moeda de troca" em negociações que beneficiam os interesses estratégicos de seus líderes. Em troca, a Coreia do Norte espera modernizar sua envelhecida força aérea, atualmente composta por aeronaves obsoletas como MiG-15 e MiG-21. Essa "troca" reflete a disposição de sacrificar vidas humanas em massa por ganhos materiais e tecnológicos.
O Su-35, uma aeronave de combate moderna e tecnologicamente avançada, oferece capacidades que poderiam transformar a defesa aérea da Coreia do Norte. No entanto, o custo humano desse acordo é altíssimo. Os combatentes não são apenas soldados; são pais, filhos, irmãos e cidadãos. Reduzi-los a "bucha de canhão" em uma guerra que não é deles é um ultraje à dignidade humana e uma falha moral profunda.
No contexto mais amplo, essa situação é um reflexo das complexidades da geopolítica atual, onde a vida do combatente se torna um recurso descartável em um jogo de xadrez militar. À medida que a Coreia do Norte busca fortalecer sua força aérea, é crucial que a comunidade internacional reconheça e critique essa desvalorização da vida dos soldados, promovendo discussões sobre ética, direitos humanos e a dignidade das vidas em conflito. A verdadeira modernização da defesa não deve vir à custa da vida de quem a defende.
por Angelo Nicolaci
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Türkiye é destaque durante a Euronaval 2024 com Sistema de Defesa Aérea SİPER
A Euronaval 2024 marcou um momento importante para a Türkiye, com a revelação do míssil de defesa aérea SİPER Product-2 pela Roketsan. Este míssil, com alcance de 150 quilômetros, representa um avanço significativo no objetivo do país de garantir a autossuficiência em sistemas de defesa de longo alcance. Desenvolvido em colaboração com as também turcas ASELSAN e TÜBİTAK-SAGE, o SİPER Block-2 incorpora as mesmas infraestruturas terrestres do Block-1, incluindo radares avançados, sistemas de comando e controle e plataformas lançadoras.
O SİPER Block-1, que entrou recentemente no inventário turco, possui um alcance na faixa de 100 quilômetros. Ambos os sistemas oferecem capacidades de múltiplos engajamentos, disparo sequencial, comunicação bidirecional e detecção de ameaças em altitudes elevadas. O SÍPER Block-2, no entanto, estende essas capacidades, permitindo interceptações eficazes a distâncias e altitudes ainda maiores.
Este avanço tecnológico reflete o compromisso da Türkiye em se tornar uma potência autônoma no campo da defesa, eliminando a dependência de sistemas de defesa estrangeiros. O SİPER não apenas reforça a segurança nacional turca, mas também posiciona a Türkiye como um player emergente no mercado de defesa global.
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com Roketsan
domingo, 3 de novembro de 2024
Holanda e Bélgica Firmam Contrato Conjunto com a BAE Systems para Sistemas de Canhões Navais 40Mk4
Marcando uma iniciativa estratégica de defesa conjunta, a Holanda e a Bélgica assinaram um contrato com a BAE Systems para a aquisição de oito sistemas de canhões navais Bofors 40Mk4. Este contrato, firmado com o Comando Holandês de Material e TI (COMMIT), marca um importante avanço para ambas as marinhas e integra o ambicioso programa de fragatas de guerra antissubmarino, uma joint venture entre os dois países. Esse programa prevê a entrega de duas novas fragatas para cada nação, com cada embarcação equipada com dois desses avançados sistemas de armas.
O Sistema Bofors 40Mk4: Potência e Versatilidade
Projetado para operações de guerra antiaérea e antissuperfície, o Bofors 40Mk4 é um sistema de canhão naval de última geração, leve e compacto, adequado para diferentes tipos de missões. Uma de suas maiores vantagens é a capacidade de troca rápida entre tipos de munição, permitindo à tripulação responder de forma ágil e precisa a ameaças aéreas, terrestres e marítimas. Essa versatilidade é um fator essencial para missões em cenários variados e desafiadores, características cada vez mais comuns nos teatros operacionais modernos.
A munição programável Bofors 3P de 40 mm adiciona ainda mais flexibilidade ao sistema, oferecendo seis modos de programação distintos que otimizam o efeito de combate em diferentes situações. Combinando o clássico e confiável canhão Bofors de 40 mm com a tecnologia avançada da munição 3P, o 40Mk4 está bem posicionado para enfrentar ameaças convencionais e emergentes.
Compromisso com a Segurança Europeia
"Esse importante marco garantirá que as novas fragatas possuam as capacidades de ponta necessárias, especialmente com a adição de nossa avançada munição 3P", afirmou Stefan Löfström, diretor de marketing e vendas da BAE Systems Bofors. Löfström ressaltou que a empresa está comprometida em apoiar os aliados da OTAN, fornecendo soluções de defesa de alto desempenho que fortalecem a segurança no continente europeu.
O contrato assinado inclui não apenas a aquisição dos canhões, mas também a instalação, treinamento das equipes, documentação técnica, fornecimento de peças de reposição e ferramentas, além da possibilidade de aquisição de armas adicionais para treinamentos futuros. A entrega do primeiro canhão Bofors 40Mk4 está prevista para 2026, marcando o início de uma série de upgrades nas capacidades de defesa da Holanda e da Bélgica.
Assim, a parceria entre a Holanda, Bélgica e BAE Systems não só atende às necessidades atuais das marinhas dos dois países, mas também as prepara para desafios futuros, consolidando uma base sólida para uma defesa europeia integrada e eficaz.
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com BAE Systems via And All
Embraer e Rheinmetall Fornecerão Simulador de Voo para C-390 Millennium à Força Aérea da Holanda
A Embraer firmou um acordo estratégico com a Royal Netherlands Air Force para fornecer um conjunto de soluções de treinamento para a sua frota de aeronaves C-390 Millennium. O contrato inclui um simulador de voo completo (Full Flight Simulator), um Cargo Handling Station Trainer (CHST) desenvolvido em colaboração com a Rheinmetall, e um Computer Based Trainer (CBT) criado em parceria com a ETI. Todos esses sistemas têm previsão de operacionalidade até o final de 2026, o que promete aprimorar significativamente a prontidão operacional da Força Aérea Holandesa. Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Services & Support, destacou que essa parceria representa um marco importante no relacionamento de longo prazo entre as empresas e a força aérea.
O Full Flight Simulator, classificado no nível D, será crucial para o treinamento dos pilotos, permitindo a simulação de cenários normais e de emergência, além de mais de 350 falhas para um aprendizado aprofundado. Com um design que prioriza a manutenção e o conforto do piloto, o simulador garantirá que a formação seja realista e eficaz. O CHST complementará essa experiência, fornecendo um treinamento detalhado para loadmasters e outras tripulações, utilizando tecnologia visual avançada para replicar tanto o interior do compartimento de carga quanto a visão externa do C-390. O CBT, por sua vez, proporcionará instruções teóricas sobre a aeronave, promovendo um aprendizado eficiente através de um sistema compatível com SCORM.
O C-390 Millennium se destaca como líder em sua categoria, com uma carga útil máxima de 26 toneladas e uma velocidade de até 470 nós. Esta aeronave versátil é capaz de realizar diversas missões, desde operações especiais até suporte humanitário e resposta a desastres. Com uma taxa de capacidade de missão de 93% e uma taxa de conclusão de missão superior a 99%, o C-390 já acumulou mais de 15.000 horas de voo em sua frota global. O reconhecimento do C-390 por diversos países, como República Tcheca, Hungria, Portugal, Brasil, Coreia do Sul e Áustria, ressalta sua confiabilidade e valor estratégico. Com este novo acordo, a Embraer e a Rheinmetall não apenas aprimoram as capacidades de treinamento da Força Aérea da Holanda, mas também reforçam a posição do C-390 como um ativo crucial para operações aéreas modernas.
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Royal Navy Amplia Defesa Antidrone com o Helicóptero Wildcat e o Míssil Martlet
A Marinha Real Britânica, a famosa Royal Navy (RN) deu um passo importante na proteção contra ameaças modernas, ampliando sua capacidade de defesa antidrone. Em um teste realizado na costa de Gales, a tripulação de um helicóptero Wildcat conseguiu derrubar uma aeronave não tripulada, utilizando o míssil Martlet em um cenário de combate ar-ar. Esta foi a primeira vez que o Wildcat detectou, rastreou e destruiu um drone de forma totalmente independente, sem assistência externa, marcando um avanço na defesa aérea e elevando o poder de resposta da Royal Navy contra novas ameaças, como os drones hostis que têm sido comuns em zonas de conflito como o Mar Vermelho.
O teste ocorreu no campo de tiro de Manorbier, onde um drone Banshee foi lançado para simular uma ameaça aérea, voando a centenas de quilômetros por hora sobre o Canal de Bristol. A missão do Wildcat, armado com o Martlet, era interceptar e neutralizar o alvo. Em uma operação meticulosa, a tripulação identificou, rastreou e abateu o drone com precisão. A destruição do Banshee foi um marco para a Marinha Real, demonstrando a eficácia do Martlet, um míssil originalmente projetado para ataques de superfície, mas que agora também se mostra eficaz contra ameaças aéreas, oferecendo uma nova linha de defesa contra drones. "É realmente importante que possamos demonstrar a eficácia do Wildcat em atingir alvos como sistemas não tripulados, e que possamos fazer isso por conta própria", disse o tenente Dave Guest, piloto do Wildcat envolvido na operação.
Avanços Tecnológicos e o Papel do Míssil Martlet
O míssil Martlet, utilizado no teste, é uma arma leve e guiada a laser, ideal para combater alvos pequenos e ágeis, como embarcações de ataque rápido e drones. O Martlet foi introduzido no arsenal da Marinha Real em 2021, com a função inicial de neutralizar embarcações velozes e de difícil rastreamento, mas recentemente passou a ser utilizado em funções antiaéreas, especialmente contra drones. Testado durante a missão global do UK Carrier Strike Group, o míssil foi desenvolvido para se adaptar a diferentes tipos de alvos, o que o torna uma peça multifuncional no arsenal do Wildcat. Sua precisão e custo relativamente baixo o tornam uma escolha eficaz e econômica para proteger embarcações em missões de patrulha e combate.
Além do Martlet, o helicóptero Wildcat também é compatível com o Sea Venom, outro sistema de mísseis recentemente testado, aumentando ainda mais sua versatilidade e capacidade ofensiva. Combinando as funções de defesa aérea e de superfície, o Wildcat agora representa uma plataforma crucial para a Marinha Real, capaz de responder rapidamente a múltiplas ameaças, seja em missões de patrulha marítima, transporte de tropas, resgates, ou em combate direto contra drones e pequenas embarcações hostis. Esse desenvolvimento oferece à Marinha uma nova capacidade de triagem antidrone, permitindo que o Wildcat reaja de forma independente e se posicione rapidamente para proteger embarcações contra ataques surpresa.
Experiências no Mar Vermelho
A nova capacidade ar-ar do Wildcat com o míssil Martlet reforça a preparação da Marinha Real para enfrentar conflitos contemporâneos, onde o uso de drones em zonas de guerra se torna cada vez mais frequente. Em operações no Mar Vermelho e no Golfo do Iêmen, a Marinha Real já tem lidado com ataques de drones lançados por forças hostis, como os rebeldes Houthis, que empregam drones para ameaçar navios mercantes e militares. Em 2024, um Wildcat do 815º Esquadrão Aéreo Naval, destacado a bordo do contratorpedeiro HMS "Diamond", desempenhou um papel essencial ao interceptar drones hostis, defendendo embarcações e mantendo a segurança da rota marítima.
Esse contexto demonstra a importância da nova capacidade antidrone, não apenas em termos defensivos, mas também como dissuasão ativa contra ataques em regiões críticas para o comércio internacional. O comandante James Woods, oficial do 815º Esquadrão, descreveu a atualização como um "avanço significativo" que aprimora a capacidade de defesa e permite ao Wildcat atuar com autonomia em situações de combate. Esse avanço coloca o Wildcat em uma posição de destaque, consolidando-o como uma plataforma fundamental para responder às ameaças aéreas e de superfície que desafiam a segurança marítima global.
Implicações para o Futuro da Defesa Marítima
Com a introdução da capacidade ar-ar, o helicóptero Wildcat transforma-se em uma ferramenta estratégica multifuncional, aumentando a flexibilidade e a autonomia da Marinha Real em resposta a ameaças complexas. Essa inovação representa uma nova abordagem na defesa marítima, onde helicópteros, tradicionalmente usados para missões de busca e transporte, agora desempenham funções de combate direto contra drones. A capacidade de autodefesa antidrone do Wildcat, somada à versatilidade dos mísseis Martlet e Sea Venom, redefine o papel do helicóptero nas operações navais e cria uma camada extra de segurança para fragatas, contratorpedeiros e porta-aviões britânicos em zonas de conflito.
Esses avanços indicam que a Marinha Real está pronta para enfrentar o futuro das guerras assimétricas, onde ameaças como drones e embarcações rápidas exigem respostas adaptativas e tecnologias avançadas. O sucesso do teste do Martlet contra o drone Banshee é apenas o início de uma nova fase de defesa aérea para o Reino Unido, estabelecendo um padrão que outras forças navais podem buscar ao modernizar suas próprias capacidades antidrone.
Martlet, uma opção para o AH-11B WildLynx
A integração do míssil Martlet aos helicópteros AH-11B WildLynx da Marinha do Brasil poderia abrir novas possibilidades operacionais e de defesa para os navios de escolta, como nossas novas fragatas Classe Tamandaré. No Reino Unido, o Wildcat da Marinha Real já demonstrou como o Martlet pode elevar a capacidade de um helicóptero naval ao derrubar alvos aéreos e marítimos com precisão. Pensado originalmente para enfrentar pequenas embarcações e drones, o Martlet agora faz do Wildcat uma plataforma versátil e eficaz contra ameaças aéreas e de superfície. Se o Martlet fosse incorporado ao arsenal dos AH-11B WildLynx do EsqdHA-1 "Lince", que operam de maneira semelhante ao Wildcat, o Brasil poderia contar com uma defesa altamente eficaz e ágil, tornando nossas fragatas aptas a lidar com cenários complexos de combate, como o visto no Mar Vermelho.
No contexto das fragatas classe Tamandaré, a combinação do WildLynx com o Martlet seria uma grande vantagem, ao permitir que a defesa aérea e de superfície fosse estendida de forma dinâmica. Em uma situação de risco, o WildLynx armado com Martlet poderia ser lançado rapidamente para interceptar drones ou pequenas embarcações antes que eles chegassem perto das fragatas, dando uma camada de proteção antecipada. Além disso, o Martlet oferece flexibilidade em combate, permitindo ao WildLynx proteger a fragata e responder a ameaças imprevistas com maior alcance e letalidade. A adoção dessa tecnologia permitiria à Marinha do Brasil ter em seus navios de escolta uma defesa moderna e completa, semelhante à capacidade que o Reino Unido implementou em suas operações.
Para a Marinha do Brasil, contar com o Martlet nos WildLynx significaria fortalecer as capacidades de dissuasão e combate em cenários onde o uso de drones e pequenas embarcações rápidas tem se tornado uma ameaça crescente. A integração dos mísseis também traria autonomia à defesa, permitindo que a fragata e o WildLynx operassem de forma mais independente de outros meios. Essa evolução colocaria a Marinha do Brasil em um patamar de tecnologia de defesa comparável ao de marinhas de ponta, assegurando uma capacidade avançada de proteção e resposta a ameaças modernas.
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Com Royal Navy
Operação Aspides: A Missão da União Europeia para Garantir a Segurança Marítima no Mar Vermelho
O Mar Vermelho, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo, tornou-se um cenário de crescente instabilidade devido a ataques cada vez mais frequentes a navios mercantes. Desde o sequestro do cargueiro Galaxy Leader pelos rebeldes Houthi em novembro de 2023, a região tem enfrentado um aumento alarmante de ataques com mísseis e drones, tornando a navegação um risco elevado. Dados recentes indicam que, desde o início dos conflitos, cerca de 12 navios mercantes foram diretamente atingidos, e a situação continua a piorar com cerca de 450 incidentes de ataques registrados. Em resposta a essa crise, a União Europeia lançou a Operação Aspides em fevereiro de 2024, com o objetivo de proteger o tráfego marítimo e garantir a segurança na região. Até o momento, a operação tem fornecido proteção a aproximadamente 30 navios comerciais diariamente, ressaltando a urgência e a importância dessa missão na preservação das rotas de comércio global.
O aumento dos ataques a navios mercantes, incluindo embarcações com bandeira de países ocidentais, forçou a comunidade internacional a reavaliar suas estratégias de segurança. Atualmente, cerca de 13% do tráfego marítimo global, 30% do tráfego de contêineres e 21% do transporte de energia transitam por essa rota. Contudo, a insegurança levou a uma diminuição significativa no volume de embarcações que navegam na região, levantando preocupações sobre as implicações econômicas e logísticas. Além disso, a situação no Mar Vermelho não é apenas uma questão de segurança marítima, mas também um reflexo das tensões geopolíticas mais amplas que afetam o Oriente Médio e a região do Golfo.
As estatísticas sobre os ataques são alarmantes: em um único mês, foram registrados mais de 50 incidentes, um número que não deve ser ignorado por qualquer nação que dependa do comércio marítimo. Isso evidencia a necessidade urgente de uma resposta robusta e coordenada, como a que está sendo implementada pela Operação Aspides. A proteção do tráfego marítimo é essencial não apenas para a segurança das embarcações, mas também para a estabilidade econômica das nações que dependem dessas rotas comerciais vitais. Nesse contexto, a Operação Aspides emerge como uma resposta decisiva e necessária para enfrentar a crescente onda de insegurança na região.
Cenário de Ameaça
O cenário de segurança no Mar Vermelho é complexo e multifacetado, caracterizado por uma combinação de fatores que alimentam a instabilidade. Um dos principais agentes de ameaça são os rebeldes Houthi, que utilizam uma variedade de táticas, incluindo ataques com mísseis de longo alcance e drones. A capacidade deles de lançar ataques a partir do território iemenita representa uma preocupação constante para os navios que transitam pelas águas do Mar Vermelho. O sequestro do Galaxy Leader é um exemplo gritante dessa ameaça, destacando a vulnerabilidade das embarcações mercantes e a necessidade de ações proativas para garantir a segurança.
Os ataques dos rebeldes Houthi no Mar Vermelho são uma resposta direta à retaliação israelense contra o Hamas após o ataque do grupo radical palestino em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de mil civis inocentes e no sequestro de centenas de pessoas, que foram levadas cativas para Gaza. Este evento desencadeou uma nova onda de violência na Faixa de Gaza, levando a um intenso conflito armado e a uma escalada das tensões na região. Os Houthis em apoio aos palestinos, decidiram lançar ataques contra o tráfego marítimo no Mar Vermelho como forma de retaliação, alegando que suas ações são uma resposta às agressões israelenses contra o Hamas em Gaza e um apoio à luta do povo palestino. Assim, os ataques ao tráfego marítimo são utilizados como uma estratégia para demonstrar força e engajamento no conflito mais amplo que envolve Israel e os grupos militantes na Palestina, transformando o Mar Vermelho em um campo de batalha geopolítico que reflete as complexas dinâmicas do Oriente Médio.
Além dos ataques diretos, o ambiente operacional é complicado pela presença de grupos insurgentes e piratas que operam nas proximidades. Esses grupos não apenas visam a captura de navios, mas também a realização de saques e a interrupção das linhas de suprimento. A presença dessas forças não governamentais torna o Mar Vermelho um ambiente hostil, onde a segurança dos navios depende de respostas rápidas e efetivas. As Marinhas européias, como a Francesa, que está no comando da Operação Aspides, tem monitorado atentamente a situação, empregando tecnologias avançadas e inteligência para rastrear movimentos suspeitos e antecipar possíveis ataques.
Diante desse cenário, a perda de confiança no tráfego marítimo tem se traduzido em impactos econômicos significativos. As seguradoras de navios aumentaram os prêmios devido ao risco elevado de ataques, o que, por sua vez, encarece o custo do transporte marítimo. Essa situação leva algumas empresas a reconsiderar suas rotas, evitando o Mar Vermelho e buscando alternativas mais seguras, o que pode resultar em atrasos e custos adicionais. Assim, a insegurança marítima não é apenas uma questão de proteção física, mas também um desafio econômico que requer uma abordagem abrangente e estratégica para garantir a estabilidade das rotas comerciais.
Lançamento da "Operação Aspides"
Em 19 de fevereiro de 2024, a União Europeia lançou a Operação Aspides, uma resposta coordenada à crescente insegurança no Mar Vermelho. A missão foi concebida como um esforço para proteger o tráfego marítimo e assegurar que os navios mercantes possam navegar sem receios. A escolha do nome "Aspides", que significa "escudo protetor" em grego, reflete o objetivo central da operação: oferecer uma cobertura robusta e confiável contra as ameaças que assolam a região. A operação envolve a participação de 21 Estados-Membros da UE, cada um trazendo suas capacidades e recursos para a missão.
A Marinha Francesa lidera a Operação Aspides, aproveitando sua experiência em operações na região desde dezembro de 2023. O almirante Jean-Marc Bordier, comandante da operação, ressaltou a importância de uma abordagem defensiva, enfatizando que o uso de força seria o último recurso. Ele destacou em declaração a imprensa que a missão não busca aumentar a hostilidade, mas sim garantir a segurança das embarcações que transitam pelas águas perigosas do Mar Vermelho. Essa filosofia reflete um compromisso em manter a ordem sem exacerbar os conflitos existentes, um desafio significativo em um ambiente tão volátil.
A estratégia de proteção adotada pela Operação Aspides inclui a formação de comboios de navios mercantes, criando "bolhas de proteção" ao redor das embarcações em trânsito. Essa abordagem inovadora permite que os navios possam se proteger mutuamente, tornando-se menos vulneráveis a ataques. Com cerca de 30 navios comerciais cruzando a área diariamente, a operação busca garantir que todos os que necessitem de proteção possam contar com uma resposta rápida e efetiva. A operação tem sido bem-sucedida em proporcionar segurança e reduzir o número de ataques, embora a situação ainda permaneça tensa.
Estratégias de Proteção
Uma das principais estratégias da Operação Aspides é a formação de comboios para proteger os navios comerciais que transitam pelo Mar Vermelho. Ao agrupar embarcações em comboios, a operação cria um efeito de "bolha de proteção" que desencoraja os ataques. Essa medida não só aumenta a segurança dos navios, mas também gera uma sensação de confiança entre os marinheiros e armadores, que podem operar com a certeza de que não estão sozinhos em um ambiente hostil. A coordenação entre as diversas forças navais participantes é essencial para o sucesso dessa abordagem, permitindo que os navios recebam proteção ativa quando necessário.
Além dos comboios, a Operação Aspides também utiliza tecnologia avançada para monitorar e identificar ameaças em potencial. Drones e sistemas de vigilância são empregados para rastrear atividades suspeitas nas águas do Mar Vermelho, permitindo que as forças navais intervenham antes que um ataque se concretize. Essa abordagem proativa é crucial, uma vez que os ataques podem ser lançados rapidamente e sem aviso prévio. A capacidade de resposta das forças navais, equipada com informações precisas e atualizadas, é um fator determinante para o sucesso da operação.
A atuação em conjunto entre as diversas marinhas participantes é fundamental para maximizar a eficácia das operações. Com uma rede de comunicação estabelecida, as forças podem compartilhar informações em tempo real sobre atividades suspeitas e coordenar respostas a incidentes. Isso não apenas aumenta a segurança dos navios, mas também cria um ambiente de cooperação que fortalece as relações entre os Estados-Membros da UE. Essa colaboração é um aspecto vital da Operação Aspides, uma vez que as ameaças marítimas são, muitas vezes, transnacionais e requerem uma resposta conjunta.
Desafios Enfrentados pela Operação
Desde o início da Operação Aspides, a Marinha Francesa tem enfrentado uma série de desafios significativos. A presença constante de ataques, que somam mais de 450 desde o início da operação, exige uma vigilância incessante e a capacidade de resposta rápida. As táticas dos rebeldes Houthi, que frequentemente utilizam mísseis e drones para atacar navios mercantes, representam um desafio constante. Em diversas ocasiões, as tripulações foram obrigadas a abrir fogo para proteger os navios sob ameaça, o que requer não apenas habilidade técnica, mas também um treinamento constante para lidar com situações de combate.
Um dos incidentes mais significativos ocorreu em março de 2024, quando a fragata Alsace foi alvo de um ataque coordenado de drones. O capitão Henry, que comandava a embarcação, relatou a intensidade do ataque e a prontidão da tripulação para responder à ameaça. "Utilizamos todos os nossos sistemas de armas, desde os mísseis Aster até a metralhadora de 12,7 mm", explicou Henry. Essa resposta bem-sucedida não só protegeu a fragata como também demonstrou a eficácia da estratégia de defesa e os sistemas de armas em ação.
Outro desafio enfrentado pela Operação Aspides é a necessidade de coordenação eficaz entre os diversos Estados-Membros envolvidos na missão. A operação conta com a participação de 21 países da União Europeia, e cada um deles traz não apenas suas próprias estruturas de comando, mas também equipamentos, protocolos e procedimentos específicos. Essa diversidade exige uma integração e uma comunicação excepcionais para que as forças atuem como uma unidade coesa. A liderança francesa, ao lado de outros países aliados, desempenha um papel essencial em manter esse alinhamento, garantindo que todos os participantes estejam alinhados às diretrizes e aos objetivos defensivos da missão.
Além da coordenação, a logística de suporte para operações em áreas marítimas de conflito é um desafio constante. Manter as embarcações abastecidas, com sistemas de armas e comunicações funcionando de forma plena, demanda uma infraestrutura robusta de apoio logístico. Isso inclui o envio regular de suprimentos e a realização de manutenções em mar aberto, o que se torna ainda mais desafiador em uma região sujeita a ataques constantes. A operação é, portanto, não apenas uma missão de combate e defesa, mas também um esforço logístico complexo, em que qualquer falha pode comprometer a segurança dos navios escoltados e das tripulações.
Outro aspecto crucial é a adaptação às táticas dos Houthis, que evoluem constantemente e tornam o cenário imprevisível. Os rebeldes frequentemente utilizam drones e embarcações disfarçadas de pescadores, que se aproximam dos comboios de navios comerciais, buscando explorar pontos vulneráveis na escolta naval. Esse tipo de ameaça requer que as equipes da Operação Aspides estejam sempre preparadas para identificar e neutralizar possíveis ataques. Esse desafio operacional sublinha a importância de treinamentos regulares e da atualização contínua dos protocolos de defesa, garantindo que as tripulações estejam prontas para enfrentar situações de alta intensidade a qualquer momento.
Impacto Econômico e Estratégico
O Mar Vermelho é uma rota essencial para o comércio global, com aproximadamente 13% do tráfego marítimo mundial passando por essa via. Além disso, a região é responsável por 30% do transporte de contêineres e 21% do trânsito de produtos energéticos, o que a torna vital para a economia de vários países. Os ataques recorrentes dos rebeldes Houthi geraram uma redução de até 50% no tráfego marítimo local, obrigando embarcações a desviarem suas rotas para contornar a ameaça. Esse impacto não apenas aumenta os custos operacionais para as companhias marítimas, que precisam estender suas rotas até o Cabo da Boa Esperança, mas também eleva os preços dos produtos que dependem desse transporte.
Para além das consequências econômicas diretas, o conflito afeta a segurança energética global. Navios petroleiros que transportam grandes quantidades de petróleo enfrentam o risco constante de ataques, como o que ocorreu em agosto de 2024 com o navio grego Sounion, que foi atacado e incendiado pelos Houthi. Esse tipo de incidente não só ameaça o abastecimento energético, mas também pode desencadear crises ambientais graves, caso ocorram vazamentos de óleo. Assim, a instabilidade no Mar Vermelho não afeta apenas o comércio, mas também representa uma ameaça estratégica que pode ter repercussões em várias regiões do mundo.
Em resposta, a Operação Aspides não atua apenas como uma missão defensiva, mas também como um escudo estratégico que busca restaurar a confiança das companhias de transporte e reduzir os riscos de interrupção no fluxo de mercadorias e energia. No entanto, a insegurança persistente indica a necessidade de reforço contínuo nas escoltas e de políticas que ajudem a conter a escalada do conflito na região, protegendo não só a economia europeia, mas também a estabilidade econômica global.
A Necessidade de Evitar Desastres Ambientais
Os ataques no Mar Vermelho também geram preocupações ambientais significativas. Em agosto de 2024, o ataque ao petroleiro Sounion, carregado com 150 mil toneladas de petróleo, trouxe à tona a vulnerabilidade ambiental da região. O ataque, que deixou o navio em chamas até outubro, levantou a possibilidade de um grande derramamento de óleo, que poderia ter consequências devastadoras para a biodiversidade marinha e para as comunidades costeiras. Embora o desastre tenha sido evitado graças a uma operação conjunta entre a fragata Chevalier Paul e empresas privadas de resgate, o incidente ressaltou a importância de medidas preventivas para impedir que a guerra impacte o meio ambiente.
A Operação Aspides desempenhou um papel essencial na proteção do Sounion durante o processo de resgate e remoção da área de risco. Essa operação foi acompanhada de perto pela marinha francesa, que se manteve em alerta para interceptar qualquer novo ataque de drones. Esse episódio reforça a complexidade da missão Aspides, que não se limita a proteger navios comerciais, mas também atua para minimizar os impactos ambientais de ataques que colocam em risco o ecossistema marinho e a segurança das populações locais.
A ameaça de desastres ambientais no Mar Vermelho representa um dos maiores desafios à segurança marítima. Nesse contexto, a Operação Aspides se destaca não apenas pela defesa direta dos navios, mas também por sua função em assegurar a proteção ambiental, colaborando com organizações privadas para reduzir os danos causados pelos ataques e salvaguardar os recursos naturais da região.
Perspectivas, Continuidade da "Operação Aspides"
A Operação Aspides foi lançada com um mandato que vai até fevereiro de 2025, mas a intensidade dos ataques e a situação geopolítica complexa no Mar Vermelho indicam que a missão poderá ser estendida. Nos últimos meses, as discussões dentro da União Europeia têm considerado a possibilidade de unir a Aspides com outras missões, como a Atalante, no Golfo de Áden, e a Agénor, no Estreito de Ormuz, formando uma operação mais ampla e integrada. Essa medida visa não apenas aumentar a eficiência das operações, mas também responder ao aumento das ameaças com uma força de proteção marítima mais robusta e coordenada.
O almirante Jean-Marc Bordier, uma das principais lideranças na Aspides, ressalta que a continuidade da operação dependerá da avaliação dos Estados-Membros quanto à segurança na região e à necessidade de um mandato mais abrangente. A possível expansão da missão para além do Mar Vermelho tornaria a Aspides um pilar central na proteção das principais rotas de navegação do Oriente Médio, aumentando sua relevância geopolítica e reafirmando o compromisso da União Europeia com a segurança marítima global.
Ao mesmo tempo, a Europa precisa avaliar o custo econômico e logístico de uma operação prolongada, especialmente considerando que a presença militar no Mar Vermelho exige investimentos contínuos em tecnologia, logística e treinamento. A continuidade da operação também exige o apoio político e financeiro dos países europeus, que devem avaliar a importância estratégica do Mar Vermelho e a necessidade de manter uma presença sólida para enfrentar os desafios futuros.
Por Angelo Nicolaci
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Com Informações da EUNAVFOR, AFP, Reuters e Agepress