terça-feira, 19 de novembro de 2024

JID Promove Seminário Internacional sobre Fluxos Migratórios

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A Junta Interamericana de Defesa (JID) está promovendo um dos eventos mais importantes do cenário atual, e nós do GBN Defense temos o prazer de divulgar essa iniciativa. Trata-se do Seminário sobre Fluxos Migratórios no Hemisfério, que abordará o papel fundamental das Forças Armadas na gestão dos fluxos migratórios dentro do sistema interamericano. A discussão promete ser um marco para entender como a segurança regional pode ser preservada diante dos desafios migratórios que o hemisfério enfrenta.

Esse seminário reunirá especialistas renomados, militares e representantes de diversos países para compartilhar suas experiências, boas práticas e lições aprendidas na gestão de crises migratórias. Com o cenário atual, marcado por deslocamentos populacionais significativos e desafios humanitários, o evento se destaca ao promover um espaço para a troca de conhecimentos e a discussão sobre a importância da cooperação internacional.

As Forças Armadas, como será explorado durante o seminário, têm desempenhado um papel estratégico e essencial para garantir a segurança nas fronteiras e para coordenar ações com outras instituições estatais e internacionais. A abordagem integrada, que envolve não apenas a defesa, mas também o apoio humanitário, será uma das questões centrais em pauta.

Com inscrições abertas e gratuitas, o seminário é uma oportunidade única para profissionais, acadêmicos e interessados se aprofundarem nesse tema crucial. Todos os participantes receberão um certificado, reforçando o compromisso do evento com a formação e a disseminação de conhecimento de qualidade. Além disso, a tradução simultânea para Inglês, Espanhol e Português assegura que essa discussão possa alcançar um público ainda maior, envolvendo diferentes perspectivas e realidades.

Estamos convencidos de que eventos como este são essenciais para a construção de um futuro mais seguro e cooperativo. A gestão dos fluxos migratórios é um desafio que precisa ser enfrentado com seriedade, respeito aos direitos humanos e integração entre os países. O seminário da JID é, portanto, um passo significativo nessa direção, e temos orgulho de apoiar essa iniciativa, que promete trazer reflexões profundas e propostas concretas para o cenário migratório do hemisfério.

Para mais informações e inscrições, acesse o site da Junta Interamericana de Defesa e garanta seu lugar nesse debate tão importante, basta clicar aqui


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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Amazônia Azul: 20 Anos de Defesa e Valorização do Tesouro Marítimo Brasileiro

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Neste mês, a Amazônia Azul completa 20 anos desde que o termo foi criado para designar o vasto território marítimo brasileiro, essencial não apenas para a economia do país, mas também para a segurança nacional e a preservação de recursos naturais estratégicos. A Amazônia Azul abrange uma área de 5,7 milhões de km² de águas jurisdicionais brasileiras, equivalente a metade do território terrestre do Brasil, e sua importância cresce a cada ano que passa, abrigando riquezas que garantem a prosperidade do presente e do futuro para os brasileiros.

Uma Imensidão de Riquezas

As águas da Amazônia Azul guardam tesouros que vão muito além do que se vê na superfície. Aproximadamente 95% do petróleo consumido no Brasil é extraído do mar, tornando o país autossuficiente em termos de energia e reduzindo a dependência de importações. Além disso, metade da proteína que compõe a dieta dos brasileiros vem das águas marinhas, mostrando como os recursos pesqueiros são fundamentais para a alimentação da população.

O comércio internacional brasileiro também depende amplamente do mar: mais de 90% dos produtos eletrônicos, veículos e mercadorias que entram no país chegam através de rotas marítimas. Esse comércio não seria possível sem a infraestrutura portuária e as rotas de navegação que atravessam a Amazônia Azul.

Muitos não sabem, mas a maioria dos dados digitais utilizados no Brasil não chega por satélites, como se costuma pensar. Cerca de 98% dos dados de internet são transmitidos por cabos submarinos que conectam o Brasil ao restante do mundo. Esses cabos percorrem o leito do oceano, atravessando grandes distâncias para garantir que a informação flua rapidamente entre continentes.

O subsolo marinho da Amazônia Azul também guarda minerais de grande importância estratégica, como o cobalto, fundamental para a produção de baterias de veículos elétricos. A presença desses minerais é um dos motivos pelos quais a região desperta o interesse de potências internacionais, que veem nas águas brasileiras uma fonte de recursos de alto valor para o futuro.

A Importância da Defesa da Amazônia Azul

Proteger a Amazônia Azul é uma missão que envolve toda a sociedade brasileira. A Marinha do Brasil desempenha um papel crucial nessa defesa, monitorando as águas jurisdicionais, combatendo crimes como a pesca ilegal, o tráfico de drogas e a exploração não autorizada de recursos naturais. Ao proteger esse território, a Marinha não só preserva as riquezas atuais, mas também garante que futuras gerações possam usufruir desse patrimônio.

Divulgar a importância da Amazônia Azul é fundamental para que os brasileiros compreendam o valor desse território e a necessidade de protegê-lo. As riquezas existentes nas águas brasileiras pertencem a todos nós e têm um papel crucial na soberania e no desenvolvimento do país. É um dever de cada cidadão conhecer e valorizar o que a Amazônia Azul representa, desde os recursos que garantem a energia e a alimentação, até as riquezas que conectam o Brasil ao resto do mundo.

A preservação da Amazônia Azul é uma responsabilidade coletiva, e a consciência desse valor é o primeiro passo para garantir que as riquezas do mar brasileiro permaneçam acessíveis e sustentáveis para filhos, netos e bisnetos. Cada brasileiro deve entender que o futuro do país passa, inevitavelmente, pelas águas da Amazônia Azul.



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Com Marinha do Brasil 



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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Coordenação e Precisão: Planejamento Minucioso nas Missões da CRUZEX 2024

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No cenário dinâmico e desafiador de uma operação militar, a coordenação e o planejamento detalhado de cada missão são fatores essenciais para o sucesso das forças envolvidas. Na CRUZEX 2024, o maior exercício aéreo multilateral das Forças Armadas Brasileiras, que reúne diversos países e aeronaves de diferentes origens, esse planejamento se revela como uma engrenagem complexa que envolve desde as etapas iniciais de preparação até a execução precisa das missões. Um dos pilares dessa operação é a execução das missões compostas, ou Composite Air Operations (COMAO), que demandam a colaboração estreita entre esquadrões e unidades de diferentes nações.

Antes de qualquer decolagem, as centenas de aeronaves que participarão da CRUZEX 2024 passam por um minucioso processo de planejamento. De acordo com o Major Aviador Vitor Bombonato, Oficial de Operações do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), o processo começa com uma preparação conjunta entre as unidades aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB) e das outras nações participantes. "Inicialmente, fazemos uma preparação que envolve tanto as unidades aéreas da FAB quanto as das demais nações integrantes da CRUZEX 2024. Dessa forma, o 1º GDA mantém uma interação muito estreita com os vários esquadrões envolvidos", explicou Bombonato, destacando a importância da coordenação internacional no exercício.

O planejamento envolve todos os detalhes das missões, que incluem rotas de voo, altitudes, alvos a serem atingidos e as tarefas específicas de cada aeronave dentro do cenário simulado de conflito. "É um processo criterioso que garante a execução precisa de cada tarefa, levando em consideração a complexidade das missões e a integração de múltiplos esquadrões", comentou.

Fase Específica de Preparação com os F-39E Gripen

Após essa fase inicial, o foco se volta para a preparação específica das aeronaves e suas tripulações. No caso dos caças F-39E Gripen, que desempenham um papel de destaque nas missões, o planejamento é intensificado. O Major Aviador Raphael Kersul, piloto de F-39E Gripen no 1º GDA, detalha como a equipe de apoio e os pilotos trabalham em conjunto para a execução de missões específicas. "Após a preparação conjunta com as demais unidades aéreas, iniciamos a preparação específica entre os pilotos de F-39E Gripen. Trabalhamos de forma integrada com os Elementos de Suporte à Missão (Mission Support Element, MSE) do 1º GDA, que são profissionais indispensáveis nesse planejamento", explicou Kersul.

Dependendo da missão, o número de caças F-39E Gripen envolvidos pode variar, chegando a até quatro aeronaves em uma missão complexa. Essa flexibilidade é fundamental para adaptar a estratégia de ataque conforme a evolução do cenário simulado.

A Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, é o coração das operações aéreas da CRUZEX 2024. Apesar de estar longe da sede principal, as unidades aéreas presentes na base dispõem de todos os recursos tecnológicos necessários para garantir a execução eficaz das missões. "Mesmo fora de sede, aqui na Base Aérea de Natal, dispomos de todos os recursos necessários, como estações portáteis de planejamento, para o carregamento completo dos dados da missão e, em seguida, para a transferência correta na aeronave", detalhou o Major Aviador Raphael Kersul. 

Essas estações de planejamento portátil garantem que cada dado crítico da missão seja transferido de maneira eficiente para os sistemas de bordo das aeronaves, assegurando uma execução precisa das ordens e estratégias preestabelecidas.

A Sinergia entre Tecnologia e Coordenação Humana

O planejamento das missões na CRUZEX 2024 é um exemplo claro da sinergia entre tecnologia avançada e coordenação humana. Cada detalhe, desde a interação entre os diferentes esquadrões até o uso de recursos como as estações portáteis de planejamento, é fundamental para a realização de missões que exigem não apenas precisão, mas também agilidade e comunicação constante.

O envolvimento de múltiplas nações, com diferentes frotas aéreas e táticas, exige uma colaboração constante entre os envolvidos, unificando objetivos, recursos e esforços. A CRUZEX 2024 é mais do que um exercício; é uma oportunidade única de testar e aprimorar a capacidade de operação conjunta em um ambiente de alta complexidade e realismo, preparando as forças armadas para os desafios do futuro.

O sucesso da CRUZEX 2024 não é resultado apenas da habilidade técnica dos pilotos e das aeronaves envolvidas, mas da meticulosidade do planejamento das missões. Cada etapa, desde a coordenação inicial entre os esquadrões até a execução final das missões, exige uma combinação de precisão, comunicação e uso eficiente de tecnologia de ponta. Esse planejamento detalhado é o que garante a eficácia das operações, que serão fundamentais para a evolução da capacitação e interoperabilidade das forças aéreas participantes.


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com FAB e And All

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Brasil e Suécia Reforçam Cooperação em Áreas Estratégicas de Defesa

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Em uma iniciativa para fortalecer a cooperação tecnológica e ampliar o apoio mútuo em áreas estratégicas de defesa, o Ministério da Defesa do Brasil, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), participou da Semana de Inovação Brasil-Suécia (Sbiw) e da Reunião do Grupo de Alto Nível Brasil-Suécia de Cooperação em Aeronáutica (GAN). Os eventos, que ocorreram entre 11 e 13 de novembro em Florianópolis, Santa Catarina, destacaram a importância da colaboração entre os dois países, com foco na inovação tecnológica e no desenvolvimento conjunto no setor de defesa.

Organizada pela Embaixada da Suécia no Brasil, com apoio do governo de Santa Catarina e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), a Semana de Inovação Brasil-Suécia (Sbiw) trouxe uma série de atividades voltadas para a cooperação tecnológica. Durante o evento, representantes do Ministério da Defesa participaram de palestras, workshops e painéis temáticos que abordaram o estado atual e as tendências do setor de defesa, especialmente em aeronáutica e tecnologia espacial.

Além disso, a programação incluiu visitas às Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) civis da região. Essa interação visou explorar oportunidades de cooperação entre o Brasil e a Suécia em estudos acadêmicos e projetos de desenvolvimento tecnológico. O objetivo central foi promover o aumento do domínio tecnológico entre as empresas brasileiras da Base Industrial de Defesa (BID), ampliando a capacidade de inovação e competitividade no mercado global.

Major-Brigadeiro Engenheiro Luciano Rechiuti destacou a importância dessa cooperação para a indústria nacional. “Foram oportunidades para que as duas partes fizessem uma retrospectiva dos avanços que aconteceram ao longo do último ano nos projetos. Também houve a ratificação por ambos os países da cooperação existente há vários anos na área de ciência, tecnologia e inovação. Além disso, discutimos novas parcerias em potencial, envolvendo instituições de ciência e tecnologia do Ministério da Defesa, outras instituições brasileiras, a academia e a indústria”, afirmou Rechiuti.

Fortalecimento da Cooperação Bilateral

A Reunião do Grupo de Alto Nível Brasil-Suécia de Cooperação em Aeronáutica (GAN), ocorrida paralelamente à Sbiw, reforçou a importância da colaboração estratégica entre os dois países. O GAN é a mais alta instância de cooperação no setor aeronáutico entre Brasil e Suécia, sendo responsável por estabelecer diretrizes e discutir avanços no desenvolvimento conjunto de tecnologias de defesa. Além de englobar o governo brasileiro e sueco, o grupo inclui representantes da academia e da indústria, criando um ambiente de integração entre os setores público e privado.

A origem do GAN remonta a 2015, quando foi criado após uma reunião da Comissão Conjunta Brasil-Suécia para Cooperação Econômica, Industrial e Tecnológica. A decisão de criar o GAN foi inspirada pelo programa Gripen, que aproximou significativamente os dois países na área de defesa, especialmente com o desenvolvimento conjunto do caça Gripen NG, projetado para a Força Aérea Brasileira. Essa parceria marcou o início de um novo patamar de cooperação no desenvolvimento de tecnologias de ponta e em pesquisas avançadas no setor de defesa.

Projetos de Cooperação e Inovações Futuras

Durante a Semana de Inovação, foram discutidos os avanços realizados em projetos já em andamento e exploradas novas possibilidades de colaboração. Entre os projetos que vêm recebendo atenção especial, destaca-se o envolvimento de empresas brasileiras da Base Industrial de Defesa (BID) em programas de desenvolvimento conjunto com instituições suecas. A transferência de tecnologia, elemento central dessas parcerias, visa capacitar a indústria brasileira, melhorando sua capacidade de produção de equipamentos e sistemas de alta complexidade tecnológica.

No âmbito acadêmico, universidades e centros de pesquisa dos dois países têm colaborado em estudos sobre materiais avançados, inteligência artificial aplicada à defesa e tecnologias de comunicação seguras. Essas parcerias não apenas fortalecem a indústria de defesa, mas também criam um ambiente de inovação propício para a indústria civil, abrindo caminho para o desenvolvimento de produtos de alta tecnologia que podem beneficiar vários setores econômicos.

O Papel do Programa Gripen na Cooperação Brasil-Suécia

O programa Gripen, um marco na relação Brasil-Suécia, continua sendo o pilar das discussões sobre inovação e tecnologia entre os países. O desenvolvimento do caça Gripen NG, resultado da parceria entre a empresa sueca Saab e a Força Aérea Brasileira, não apenas fortaleceu a capacidade militar brasileira, mas também impulsionou a transferência de tecnologia e o treinamento de engenheiros e técnicos brasileiros. Com a produção de partes da aeronave no Brasil, o programa criou oportunidades de emprego e estimulou o crescimento da BID.

Além disso, a plataforma Gripen serviu de base para novas iniciativas de pesquisa e desenvolvimento que têm potencial para gerar tecnologias aplicáveis em áreas como aviação comercial, segurança cibernética e sistemas autônomos. A continuação e expansão dessas parcerias são vistas como essenciais para o avanço da defesa nacional e para o fortalecimento da posição do Brasil como um ator relevante no cenário global de inovação tecnológica.

A colaboração entre Brasil e Suécia é vista como um caminho para impulsionar a indústria de defesa nacional, aumentando sua capacidade de competir em um mercado global cada vez mais exigente. A transferência de tecnologia e o desenvolvimento conjunto permitem que o Brasil reduza sua dependência de fornecedores internacionais, fortaleça sua Base Industrial de Defesa e promova a autossuficiência em áreas estratégicas.

O Major-Brigadeiro Rechiuti ressaltou que a Semana de Inovação foi uma oportunidade para identificar novos projetos de cooperação e consolidar os avanços já conquistados. A expectativa é que essas parcerias continuem a crescer, abrangendo novas áreas de interesse mútuo, como tecnologias espaciais, veículos aéreos não tripulados e soluções de defesa cibernética.

Semana de Inovação Brasil-Suécia (Sbiw)

A Semana de Inovação Brasil-Suécia é realizada a cada dois anos no Brasil e tem como missão fomentar o compartilhamento de conhecimentos e experiências entre os especialistas dos dois países. Já o GAN, desde sua criação, tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento das relações entre Brasil e Suécia no setor de defesa, consolidando uma parceria que tem gerado frutos positivos para ambas as nações.

A participação do Ministério da Defesa nesses eventos demonstra o compromisso do Brasil em avançar na cooperação internacional, buscando inovações que fortaleçam a segurança nacional e contribuam para a inserção do país no cenário global de alta tecnologia.

Com a intensificação dessa cooperação, o Brasil se posiciona como um protagonista no desenvolvimento de tecnologias de defesa, fortalecendo suas capacidades industriais e tecnológicas, enquanto se mantém na vanguarda das inovações do setor aeroespacial e de defesa.


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com Ministério da Defesa

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135 anos da Proclamação da República: Conquista ou Golpe?

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Em 2024, o Brasil comemora os 135 anos da Proclamação da República, um marco de nossa história que continua a ser motivo de reflexões e debates intensos. Neste ano de 2024, vivemos um momento conturbado na política brasileira, com descontentamento popular, especialmente em relação à atuação do Superior Tribunal Federal, que parece conivente com a corrupção e contaminado pelo partidarismo político e ideológico, desde os movimentos que levaram a anulação das condenações e a eleição do presidente Lula, um político que, apesar de condenado por corrupção e outros crimes, teve suas sentenças anuladas por uma manobra do STF, o que lhe permitiu concorrer novamente à presidência e ser eleito em 2022.

A Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889, está longe de ser um evento unânime em sua interpretação. A visão de que ela representou uma conquista democrática é questionável, visto que muitos consideram aquele episódio como um golpe, articulado por uma elite insatisfeita com o regime monárquico e com o Imperador Dom Pedro II, que, com suas políticas de abolição da escravatura e avanços sociais, incomodava profundamente os interesses econômicos e políticos de uma minoria privilegiada.

É importante destacar que, antes da Proclamação da República, o Brasil vivia um período de estabilidade política e crescimento econômico sob a Monarquia. Dom Pedro II, apesar de ser um monarca, foi um defensor das reformas sociais e políticas, incluindo a abolição da escravidão e a promoção de uma visão modernizante para o país. Porém, esse modelo de governo foi interrompido por uma elite insatisfeita, que, após convencer o Marechal Deodoro da Fonseca, deu início ao golpe militar que resultou na instalação da República, sem qualquer consulta ao povo, que em sua grande maioria, ainda via com bons olhos a monarquia.

É notório que a República instaurada no Brasil foi fruto de um golpe, apoiado por setores da elite econômica, e não de um movimento popular. Poucos anos após a Proclamação, o país se viu imerso em conflitos como Canudos e a Revolta da Chibata, protestos contra as condições injustas impostas pela nova República, que não cumpriu com suas promessas de reforma agrária, criando, assim, os primeiros focos de desigualdade social, como as favelas cariocas.

Este cenário de exclusão e injustiça social perdura até hoje, sendo refletido na crise de segurança pública, especialmente no Rio de Janeiro, e no contexto de corrupção que permeia nossas instituições, muitas vezes protegendo aqueles que lesam os cofres públicos em nome de uma falsa "imunidade parlamentar".

Hoje, ao celebrarmos 135 anos da Proclamação da República, nos deparamos com uma triste realidade: o Brasil, que deveria ser um exemplo de democracia, se vê assolado por um poder judiciário que age com autoritarismo, contradizendo os princípios fundamentais da Constituição. O Supremo Tribunal Federal (STF), ao se colocar como árbitro das decisões dos outros poderes, tem ultrapassado os limites de sua competência, muitas vezes legislando em questões que competem ao Congresso Nacional e, em outras ocasiões, anulando condenações de criminosos notórios como José Dirceu, enquanto milhares de brasileiros, que sequer tiveram a chance de um julgamento justo, são presos e acusados de ameaçar a democracia.

O STF, que se apresenta como guardião da democracia, tem na verdade, assumido um papel cada vez mais autoritário. Suas decisões têm sido contraditórias aos valores democráticos que deveriam nortear a vida política do país. Ao invalidar condenações com base em provas irrefutáveis e intervir em processos eleitorais e decisões políticas, o STF tem se mostrado mais como um "órgão legislativo" que age em conformidade com suas próprias vontades, em vez de ser um verdadeiro defensor da Constituição e dos direitos democráticos do povo.

A recente anulação das condenações de figuras como José Dirceu, condenado por corrupção e envolvimento em escândalos, é uma afronta à justiça e à memória de todos os brasileiros que acreditam que a impunidade nunca deve ser aceitável. Ao mesmo tempo, assistimos a prisões arbitrárias de cidadãos que se opõem ao regime vigente, simplesmente por se manifestarem contra o que consideram uma eleição fraudulenta, sem que haja evidências concretas para justificar tais ações. Esse cenário mostra claramente que, enquanto se libertam criminosos com base em manobras jurídicas, cidadãos de bem são punidos por expressarem suas opiniões e por questionarem o poder do STF.

É preciso que a sociedade brasileira se pergunte: até quando o STF continuará a agir de forma tão contraditória, subvertendo os princípios de nossa Constituição e atacando a liberdade do povo? O Brasil precisa de uma reforma profunda em suas instituições, que devolva ao povo a verdadeira democracia e não permita que o poder judiciário se coloque acima de todos os outros poderes, como vem acontecendo nos últimos tempos.

Neste 135º aniversário da Proclamação da República, é hora de refletir sobre o que realmente conquistamos como nação e qual o futuro que queremos para o nosso país. A democracia que hoje é defendida por uma minoria que detém o poder judicial, muitas vezes desrespeitando as normas constitucionais, está mais próxima de uma ditadura do judiciário do que de um governo verdadeiramente democrático. Que possamos lutar para reconquistar os princípios fundamentais da República, onde a voz do povo e a Constituição prevaleçam sobre qualquer interesse partidário ou ideológico.


Por Angelo Nicolaci


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Operação Punhos de Aço: Maior Exercício de Forças Blindadas do Exército Brasileiro em 2024

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O Exército Brasileiro realizou, no Rio Grande do Sul, a "Operação Punhos de Aço", o maior exercício de 2024 envolvendo Forças Blindadas. A operação, conduzida pela 6ª Brigada de Infantaria Blindada, mobilizou 27 organizações militares, contando com mais de 1.300 militares e 300 viaturas operacionais e blindadas, no Campo de Instrução Barão de São Borja, em Rosário do Sul. Essa atividade marcou a última fase de certificação da Força de Prontidão.

De 28 de outubro a 4 de novembro, as organizações militares subordinadas à 6ª Brigada participaram de uma intensa fase de certificação, formando a "Força-Tarefa Blindada", liderada pelo 1º Regimento de Carros de Combate. A Força-Tarefa demonstrou sua capacidade de mobilização e combate ao realizar um apronto operacional seguido por uma marcha em direção ao combate simulado.

Durante a operação, os militares conduziram manobras de deslocamento críticas, estabelecendo contato com forças inimigas simuladas. As ações incluíram a ocupação de objetivos estratégicos e a criação de zonas de reunião, onde a Força-Tarefa se reorganizou para lançar suas manobras de ataque. A fase decisiva da operação foi marcada pela transposição de um curso d'água e por um ataque coordenado, combinando o poder de fogo e a ação de choque dos carros de combate e dos fuzileiros blindados.

Os militares e as viaturas participantes foram equipados com dispositivos de simulação de engajamento tático, que utilizam sensores para registrar e monitorar o combate. Essa tecnologia elevou o nível de realismo do exercício, proporcionando uma análise detalhada da evolução tática das operações e aprimorando a eficiência do treinamento.

O Comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, General de Brigada Marcus Augusto Bastos Neuvald, destacou a importância da operação para a prontidão da tropa. “A Operação Punhos de Aço foi muito significativa. Nós conseguimos interagir, reunir todas as nossas capacidades e colocá-las no terreno para treinar os procedimentos das etapas anteriores de simulação virtual e de simulação construtiva”, afirmou. Com a conclusão do exercício, a 6ª Brigada de Infantaria Blindada está oficialmente certificada como Força de Prontidão do Exército Brasileiro, preparada para responder a missões de defesa da Pátria no biênio 2025-2026.

A "Operação Punhos de Aço" reforça o compromisso do Exército Brasileiro em manter uma força de combate moderna e eficiente, pronta para defender a soberania nacional. A certificação da 6ª Brigada de Infantaria Blindada como Força de Prontidão demonstra a capacidade do Brasil de enfrentar desafios operacionais complexos, empregando táticas modernas e tecnologia de ponta no treinamento militar.


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com Exército Brasileiro

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GCAP - Reino Unido Anuncia o Avanço no Desenvolvimento do Tempest, o Caça de Sexta Geração Mais Avançado do Mundo

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O Reino Unido, em parceria com a Itália e o Japão, deu início ao desenvolvimento oficial do Tempest, um caça de sexta geração projetado para ser a aeronave militar mais avançada do planeta. A colaboração ocorre no âmbito do Programa Global de Combate Aéreo (GCAP em inglês), com o objetivo de alcançar a prontidão operacional até 2035.

O Tempest promete revolucionar a aviação de combate com a introdução de tecnologias de ponta. Um dos destaques é o novo Multi-Function Radio Frequency System, um radar que será capaz de processar 10.000 vezes mais dados que os sistemas atuais. Isso equivale ao tráfego de internet de uma grande cidade capturado a cada segundo, oferecendo uma capacidade de consciência situacional sem precedentes no campo de batalha. Essa capacidade permitirá que pilotos e comandantes militares recebam, processem e ajam com base em enormes volumes de informações em tempo real, facilitando a detecção de ameaças e a tomada de decisões estratégicas.

O sistema de radar do Tempest foi projetado para identificar potenciais ameaças antes que elas se tornem iminentes, uma característica que possibilitará um combate aéreo mais proativo. A tecnologia permitirá que os operadores militares antecipem movimentos de inimigos e ajam de forma preventiva, alterando a dinâmica dos conflitos. Além disso, o radar dará suporte a um conceito inovador de "copiloto virtual", auxiliando os pilotos humanos ao assumir tarefas menos críticas, permitindo maior foco nas ameaças prioritárias.

A conectividade também será uma peça-chave. O radar do Tempest possibilitará a integração em rede com outras unidades, criando uma visão abrangente do campo de batalha. Essa capacidade de compartilhamento de dados em tempo real entre plataformas diferentes permitirá ataques coordenados e estratégias defensivas mais eficazes, redefinindo o modo como as forças aéreas conduzem suas operações.

O desenvolvimento do Tempest está sendo liderado pela "Team Tempest", um consórcio que inclui algumas das principais empresas de defesa do mundo: BAE Systems, Leonardo, MBDA e Rolls Royce. Essa parceria visa não apenas integrar tecnologias avançadas, mas também otimizar processos de produção, com a meta de reduzir custos em até 25% e aumentar a eficiência da fabricação.

Além de seu sofisticado sistema de radar, o Tempest será equipado com um "cockpit vestível", que utiliza Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) para aprimorar a interação do piloto com os sistemas da aeronave. Essa tecnologia permitirá um ambiente de treinamento mais imersivo, simulando condições reais de voo sem os riscos associados a operações reais. A integração de inteligência artificial (IA) permitirá personalizar o treinamento de acordo com o desempenho do piloto, ajustando os cenários para melhor desenvolver habilidades críticas.

O cockpit também incluirá sensores biométricos, permitindo o monitoramento em tempo real do estado fisiológico dos pilotos, identificando sinais de fadiga ou estresse que possam afetar o desempenho. O sistema ainda contará com interfaces de controle simplificadas, utilizando gestos e movimentos oculares para manusear comandos, o que reduzirá a carga cognitiva dos pilotos e permitirá maior foco em decisões estratégicas.

A aeronave incorporará o conceito "Mission Timeline Visualisation", que projeta informações críticas e atualizações em Realidade Aumentada, facilitando a consciência situacional dos pilotos durante cenários dinâmicos de combate. A capacidade de uma IA auxiliar em missões de alto estresse também será um diferencial, oferecendo suporte em tarefas rotineiras e deixando o piloto livre para decisões táticas mais complexas.

As implicações do desenvolvimento do Tempest vão além das capacidades técnicas; elas refletem uma nova abordagem para o equilíbrio de poder global. A combinação de tecnologia de radar avançada, IA e capacidades de treinamento sofisticadas tornará o Tempest um multiplicador de força, permitindo que o Reino Unido e seus aliados mantenham uma vantagem sobre potenciais adversários. Além disso, essa evolução tecnológica servirá como um dissuasor, forçando possíveis oponentes a reavaliar suas estratégias diante das novas capacidades de detecção e resposta.

O projeto Tempest é visto como um passo crucial na defesa do Reino Unido e de seus parceiros, reafirmando o compromisso com a inovação tecnológica e a segurança global. À medida que a aeronave avança para sua fase de prontidão operacional, ela simboliza não apenas a resposta a um cenário de combate em constante evolução, mas também a adaptação das forças aéreas à era da informação e das tecnologias emergentes.


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França Cria "Reserva Industrial de Defesa" para Garantir Produção de Armamentos em Tempos de Crise

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A França está implementando um passo inovador na preparação de suas capacidades de defesa ao recrutar trabalhadores aposentados da indústria de defesa para formar uma “reserva industrial de defesa”. A medida, anunciada pela Direção-Geral de Armamento (DGA), visa garantir que o país tenha uma força de trabalho altamente qualificada pronta para aumentar a produção de sistemas de armas e munições, caso seja necessário em caso de conflito ou esforços de guerra.

O programa busca aproveitar a experiência dos veteranos da indústria, que podem ajudar na formação de novos contratados ou colaborar diretamente nas fábricas, transferindo habilidades raras para as gerações mais jovens. Para dar início a essa estratégia, a DGA firmou contratos com importantes fabricantes de veículos blindados, como a KNDS e a Arquus, empresas chave na indústria de defesa francesa.

Em 12 de novembro de 2024, no prestigioso Hôtel national des Invalides, Emmanuel Chiva, Diretor-geral da DGA, e o General Pierre Schill, Chefe do Estado-Maior do Exército, assinaram acordos de parceria com Nicolas Chamussy, diretor geral da KNDS França, e Thierry Renaudin, presidente da Arquus. Esses acordos têm duração de cinco anos e fazem parte do projeto de "economia de guerra", alinhados com a estratégia de fortalecimento da Base Industrial e Tecnológica de Defesa (BITD) da França.

As parcerias visam facilitar a participação de reservistas industriais em missões específicas, criando um ambiente propício para a profissionalização e ampliação da capacidade das empresas envolvidas. O compromisso com o fortalecimento da indústria de defesa tem sido reiterado por Sébastien Lecornu, Ministro das Forças Armadas e dos Veteranos, que vê a iniciativa como essencial para enfrentar futuros desafios de alta intensidade.

O programa, que busca aproveitar a vasta experiência dos veteranos da indústria, permitirá que esses profissionais ajudem na formação de novos contratados ou colaborem diretamente nas fábricas, transferindo habilidades raras para as novas gerações. Recentemente, a DGA firmou acordos com importantes fabricantes de veículos blindados, como a KNDS e a Arquus, duas das principais empresas do setor de defesa francês, para fortalecer essa iniciativa.

Emmanuel Chiva destacou, em entrevista, a importância do projeto como preparação estratégica para cenários de "guerra de alta intensidade", mesmo que o país não esteja atualmente em conflito. “Não estamos em guerra, mas, por outro lado, não devemos ser ingênuos”, afirmou Chiva. "Estamos nos preparando para um aumento de força, mesmo que seja apenas pelo bem da nossa credibilidade." O programa é visto como um elemento crucial para garantir a continuidade da produção militar e a prontidão operacional da França em um possível conflito.

Desafios da Indústria e o Papel da Reserva Industrial

O programa de reserva industrial surge em um momento crítico para a indústria de defesa francesa, que enfrenta uma escassez crescente de mão de obra qualificada. Segundo um relatório governamental recente, estima-se que quase 1 milhão de trabalhadores da base industrial se aposentem até 2030. Nesse cenário, a colaboração com profissionais aposentados da indústria de defesa e de setores correlatos, como o automotivo, surge como uma solução estratégica para manter a produção de armamentos mesmo diante da redução da força de trabalho ativa.

Além das parcerias com empresas de defesa, a DGA está em negociação com a fabricante automotiva Renault, explorando maneiras de aproveitar a experiência da indústria automotiva para a produção de veículos e equipamentos militares. "Estamos no processo de identificar grupos de mão de obra em indústrias civis", explicou Chiva, sinalizando que outras empresas do setor civil também poderão ser envolvidas na iniciativa.

Reserva Industrial de Defesa: Estrutura e Funcionamento

A Reserva Industrial de Defesa (RID) é composta por profissionais com habilidades industriais específicas, como técnicos de fabricação, engenheiros, soldadores, especialistas em controle de qualidade e outras áreas vitais para a produção e manutenção de equipamentos militares. Os reservistas industriais de defesa comprometem-se a dedicar dez dias por ano ao programa, divididos entre treinamentos, manutenção de competências e formação prática. 

Com status militar, esses reservistas podem ocupar posições de suboficiais ou oficiais, recebendo remuneração equivalente à de militares ativos da mesma categoria. A meta é formar um grupo de 3.000 reservistas industriais, prontos para serem mobilizados tanto em empresas da BITD quanto em fabricantes estatais, garantindo a flexibilidade e a capacidade de resposta rápida da indústria de defesa francesa.

Lei de Programação Militar 2024-2030 e Futuro da Defesa Francesa

O programa de reserva industrial está inserido na Lei de Programação Militar 2024-2030, que busca dobrar o número de reservistas de defesa no país. Essa meta reflete uma preocupação crescente com a preparação para cenários de conflito de alta intensidade e com a necessidade de garantir que a França esteja adequadamente equipada para responder a ameaças inesperadas. Além de aumentar a capacidade de produção, a estratégia visa fortalecer a formação e a transferência de conhecimento entre gerações, assegurando que a indústria de defesa francesa permaneça robusta e competitiva.

Com essa abordagem, a França busca não apenas se preparar para potenciais conflitos futuros, mas também garantir que sua indústria de defesa mantenha sua eficiência e competitividade global, independentemente das mudanças nas forças de trabalho e das demandas geopolíticas. Ao investir na experiência de seus veteranos e na formação de novos talentos, a França reforça sua autonomia e flexibilidade em um cenário internacional cada vez mais complexo e imprevisível.


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com DGA e Ministère des Armées

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Rússia Assina Contrato de Exportação do Su-57, Mas Identidade do Comprador Permanece em Sigilo

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Em uma entrevista surpresa transmitida pela emissora Russia 1, Alexander Mikheev, chefe da Rosoboronexport, confirmou que a Rússia assinou o primeiro contrato de exportação para sua aeronave furtiva Su-57. Embora a identidade do comprador ainda seja um mistério, a assinatura do contrato é um marco importante no crescente interesse internacional pela aeronave de combate russa.

Mikheev revelou que o contrato para a venda do Su-57 faz parte de uma estratégia mais ampla da Rússia para introduzir novas tecnologias e armas avançadas no mercado global. Ele destacou que a Rússia tem conquistado a confiança de seus parceiros internacionais, que agora buscam armas “confiáveis e comprovadas”, com o Su-57 se destacando como uma das ofertas atraentes.

Esse desenvolvimento ocorre no momento em que fontes russas, incluindo a TASS, reportam um crescente interesse de clientes estrangeiros pelo Su-57. Em 12 de novembro, o Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar (FSMTC) da Rússia recebeu uma solicitação oficial de compra da aeronave multifuncional russa, embora os detalhes sobre o comprador permaneçam escassos.

Mikheev e Mikhail Babich, vice-chefe da FSMTC, enfatizaram que a Rússia está pronta para atender às necessidades do mercado e fornecer toda a cooperação necessária. A crescente demanda pelo Su-57 reflete não apenas seu alto desempenho em combate, mas também sua capacidade de integrar-se a operações militares modernas, centradas em rede.

Possíveis Compradores e Interesses Estratégicos

O Su-57 despertou o interesse de várias nações ao redor do mundo, incluindo antigos parceiros da Rússia como a Índia e a Türkiye, além de países do Oriente Médio. A Índia, que inicialmente demonstrou interesse em uma produção conjunta do Su-57, acabou desistindo do projeto devido a questões técnicas e cronogramas de entrega. A Türkiye, que enfrentou tensões diplomáticas com os EUA após a aquisição do sistema S-400, também considerou a compra do Su-57, embora tenha se concentrado em seu próprio projeto de caça de quinta geração, o TF-X.

Nos últimos meses, os Emirados Árabes Unidos e outras nações do Oriente Médio expressaram interesse pelo Su-57, atraídos pela promessa de um caça altamente eficaz em combate, com a capacidade de operar em conflitos modernos. Contudo, essas negociações ainda são incertas, com muitos países hesitantes em firmar alianças estratégicas com a Rússia.

A especulação sobre o comprador continua a crescer, e alguns rumores apontam para países como a Indonésia, que recentemente recebeu um lote de Su-35, embora seu interesse na compra do Su-57 ainda seja incerto. Outros possíveis compradores incluem nações menos influenciadas por sanções internacionais, como a Argélia e a Coreia do Norte.

Su-57: O Caçador Avançado da Rússia

O Su-57, apelidado de “Felon”, é o culminar de anos de engenharia avançada e foi projetado para ser o principal caça de combate da Rússia no futuro. Com uma velocidade máxima superior a 2.600 km/h e um alcance operacional de até 3.500 quilômetros, o Su-57 se destaca por suas capacidades de furtividade e alta manobrabilidade.

Equipado com um motor “Saturn Izdelie-30” de última geração, o Su-57 apresenta empuxo e agilidade excepcionais, permitindo-lhe realizar manobras rápidas e precisas em alta velocidade. Além disso, a aeronave conta com avançados sistemas de radar e sensores, como o radar “N011 Burevestnik”, e aviônica integrada que proporciona processamento de dados em tempo real, permitindo que o piloto reaja instantaneamente a ameaças emergentes.

O armamento do Su-57 é igualmente impressionante, com a capacidade de transportar mísseis de longo alcance, bombas guiadas e sistemas de defesa avançados, incluindo mísseis terra-ar e munições de precisão. O caça é projetado para operar de forma coordenada com outras plataformas militares, garantindo eficácia em cenários de combate dinâmicos e complexos.

O Futuro do Su-57 no Mercado Global

O interesse crescente pelo Su-57 reflete a busca por tecnologias militares de ponta, que não apenas garantem superioridade em combate, mas também permitem uma integração eficaz em operações militares conjuntas e centrais em rede. A Rússia, com sua oferta do Su-57, posiciona-se como um player importante no mercado global de defesa, buscando ampliar sua influência e estreitar laços estratégicos com novos parceiros.

Embora o comprador do Su-57 ainda seja desconhecido, o mercado internacional de aeronaves de combate de quinta geração está em constante evolução, com a Rússia pronta para atender à demanda crescente por suas aeronaves de alta tecnologia. O futuro do Su-57 parece promissor, com a Rússia se consolidando como um fornecedor chave de tecnologias militares avançadas.


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com TASS e Rosoboronexport

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Programa Tamandaré: Realizado Primeiro Corte de Chapa da Fragata "Cunha Moreira", Terceiro Navio da Classe Tamandaré

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No dia 13 de novembro, a Marinha do Brasil (MB) e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis deram um passo importante para a modernização da frota naval brasileira. Em uma cerimônia realizada no Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí, Santa Catarina, foi realizado o corte da primeira chapa de aço da Fragata "Cunha Moreira" (F202), a terceira embarcação do Programa Fragatas Classe "Tamandaré" (PFCT). Este evento, símbolo do início da construção de mais uma fragata de última geração, marca uma nova fase para a MB, com a construção de três fragatas simultaneamente em território nacional, um feito inédito para a indústria naval brasileira.

O nome da fragata é uma homenagem ao Almirante Luís da Cunha Moreira, o Visconde de Cabo Frio, figura histórica que desempenhou um papel essencial na história do Brasil, especialmente nas Guerras Napoleônicas e na consolidação da independência do país. Cunha Moreira foi o primeiro brasileiro nato a ocupar o cargo de Ministro da Marinha e foi fundamental na formação da primeira Esquadra do Brasil. Sua contribuição para o processo de modernização da Marinha e para a história do Brasil é relembrada com a construção desta embarcação, que carrega não apenas o nome de um herói nacional, mas também um legado de inovação e defesa.


Avanços no Programa Fragatas Classe "Tamandaré"

O corte da chapa da F202 é um marco no desenvolvimento do PFCT, programa que tem como objetivo fortalecer a Marinha do Brasil com a construção de quatro fragatas de última geração. A F202 é a terceira embarcação do programa e, como as outras, será equipada com tecnologia de ponta, incluindo radares, sensores e armamentos avançados. Com capacidade para atingir 25 nós (cerca de 47 km/h), a Fragata "Cunha Moreira" terá um papel crucial na segurança marítima do Brasil, atuando em missões de defesa, patrulhamento e combate. Sua previsão de lançamento ao mar é para 2026, com a incorporação à Marinha do Brasil prevista para 2028.

Este avanço representa a concretização de uma meta histórica: pela primeira vez, três fragatas estão sendo construídas simultaneamente no Brasil, com um alto índice de conteúdo local. A primeira embarcação, a Fragata "Tamandaré" (F200), foi lançada ao mar em agosto de 2024 e já está em fase de testes. Já a Fragata "Jerônimo de Albuquerque" (F201), que foi batida de quilha em junho de 2024, será lançada ao mar em 2025.

Impacto no Setor Naval e Geração de Empregos

O Programa Fragatas Classe "Tamandaré" não só representa um avanço estratégico para a defesa nacional, mas também um impulso significativo para a indústria naval brasileira. Estima-se que a construção das fragatas gere cerca de 23 mil empregos, sendo 2 mil diretos, 6 mil indiretos e 15 mil induzidos, com impacto positivo na economia local e nacional. A construção será realizada em Itajaí, no estado de Santa Catarina, onde o estaleiro que abriga o projeto foi reativado, gerando novas oportunidades de trabalho e capacitação.

Além disso, o PFCT é uma prioridade do Governo Federal, inserido no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), com foco em inovação para a indústria de defesa. A parceria entre a MB e a SPE Águas Azuis, formada pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa e Segurança e Atech, está promovendo a transferência de tecnologia, capacitando empresas brasileiras na produção de sistemas avançados, como o manuseio de chapas de aço de baixa espessura e a produção dos navios em blocos, facilitando a instalação de equipamentos e componentes.

Inovação no Processo de Construção e Sustentabilidade

Um dos maiores avanços do PFCT é a utilização de tecnologias de ponta no processo de construção das fragatas. A produção é realizada de forma totalmente digital, por meio da tecnologia "paperless", que elimina o uso de papel e reduz o impacto ambiental, promovendo a sustentabilidade no setor naval. A gestão do ciclo de vida dos navios, desde a construção até o seu desfazimento, também é planejada para garantir maior eficiência, com a utilização de materiais e técnicas que promovem a durabilidade e a segurança das embarcações.

Os navios serão produzidos em módulos, com alta flexibilidade, permitindo a montagem simultânea de diversos componentes e a instalação antecipada de acessórios e fundações. Esse processo inovador garante maior eficiência na produção e permite que o cronograma de construção seja cumprido com rigor, atendendo aos altos padrões de qualidade exigidos pela Marinha do Brasil.

Estrutura de Apoio à Tripulação

No mesmo dia do corte da chapa, foi inaugurado o Grupo de Recebimento das Fragatas Classe "Tamandaré" em Itajaí. Os novos escritórios, com área total de 325 m², abrigarão 112 militares que comporão a futura tripulação da Fragata F200. O projeto também gerou empregos e implicou em uma infraestrutura moderna, com sistemas de hidráulica, esgoto, elétrica e pavimentação, criando um ambiente adequado para o treinamento e desenvolvimento da tripulação.

A construção das Fragatas Classe "Tamandaré" é mais do que um avanço para a Marinha do Brasil – é um marco na capacitação da indústria nacional e na transferência de tecnologia para o Brasil. Com a incorporação dessas embarcações à frota, a Marinha do Brasil não só moderniza sua capacidade de defesa, mas também fortalece a soberania nacional e o compromisso com a segurança do território marítimo.

O PFCT é, sem dúvida, um dos projetos mais ambiciosos e inovadores da história da defesa nacional, refletindo a parceria entre o governo e a indústria para garantir a autossuficiência tecnológica e a produção de embarcações de alta qualidade em solo brasileiro.


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Com Marinha do Brasil 

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Türkiye Fecha Acordos para Aquisições de 40 F-16 Viper e 40 Eurofighter Após Superar Objeções

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A Türkiye está dando passos importantes na modernização de sua força aérea, com a formalização de dois acordos distintos. O primeiro, referente à compra de 40 F-16 Block 70 Viper e kits de modernização com os Estados Unidos, já foi assinado, enquanto o segundo, para a aquisição de 40 Eurofighter Typhoon, está em fase avançada de negociação. Este último aguarda a conclusão do contrato, após uma longa oposição da Alemanha.

O primeiro acordo, envolvendo os F-16 Viper, foi finalizado com os Estados Unidos. A versão Block 70 Viper, a mais moderna do F-16, foi escolhida pela Türkiye após sua exclusão do programa F-35, em decorrência da compra do sistema de defesa russo S-400. A aquisição dos 40 F-16 representa um avanço significativo para a Força Aérea turca, proporcionando uma atualização tecnológica crucial para sua frota de aeronaves.

Em paralelo, a Türkiye também buscou adquirir 40 Eurofighter Typhoon, um caça de 4ª+ geração desenvolvido pelo consórcio europeu formado por Reino Unido, Itália, Espanha e Alemanha. No entanto, a compra das aeronaves Eurofighter enfrentou resistência da Alemanha, o que prolongou as negociações.

A Longa Oposição Alemã

A principal barreira para a aquisição dos Eurofighters foi a posição da Alemanha, que se opôs inicialmente à venda das aeronaves à Türkiye. Embora o Reino Unido, a Itália e a Espanha tenham apoiado a compra, a Alemanha manteve uma postura contrária, em parte devido a questões diplomáticas relacionadas ao uso de equipamentos militares alemães, como os carros de combate Leopard, em operações militares da Türkiye na Síria. Essas tensões, aliadas a outras questões políticas, fizeram com que a Alemanha resistisse por um longo período.

No entanto, a adesão da Suécia à OTAN fortaleceu a posição da Türkiye dentro da aliança, o que acabou impactando positivamente as negociações. Em uma visita à Türkiye, o Chanceler Alemão, Olaf Scholz, declarou que a Alemanha estava agora mais favorável à venda do Eurofighter, uma mudança que ajudou a suavizar as negociações. Com o apoio do Reino Unido, Itália e Espanha, a Türkiye espera concluir o contrato em breve, superando as últimas barreiras diplomáticas.

Embora as negociações tenham avançado consideravelmente, o contrato para a compra dos 40 Eurofighters ainda não foi assinado. A Türkiye aguarda a finalização dos termos, com a expectativa de que o acordo seja fechado nos próximos meses. A perspectiva de adquirir esses caças de alto desempenho representaria um importante reforço para a Força Aérea da Türkiye, aumentando suas capacidades de superioridade aérea, defesa aérea e ataque ao solo.

Se concretizado, o contrato dos Eurofighters será um complemento essencial à aquisição dos F-16 Viper, ampliando significativamente a capacidade operacional da força aérea turca. O Eurofighter Typhoon, com suas tecnologias avançadas e habilidades de combate, se somará à frota de F-16 Viper, oferecendo maior flexibilidade e força de dissuasão à Türkiye.

Além disso, a compra dos Eurofighters fortalecerá a posição estratégica da Türkiye dentro da OTAN, uma vez que a aeronave é operado por várias nações da aliança, melhorando a interoperabilidade e criando oportunidades para cooperação em operações conjuntas.

Com a assinatura do contrato para a compra de 40 F-16 Block 70 Viper com os Estados Unidos e as negociações em andamento para a aquisição de 40 Eurofighter Typhoon, a Türkiye está no caminho para fortalecer sua Força Aérea. Enquanto o contrato do Eurofighter ainda não foi finalizado, a mudança na postura da Alemanha e o apoio de seus aliados europeus indicam que a conclusão desse acordo está próxima. Essas aquisições, combinadas com os investimentos na indústria de defesa local, são parte de um esforço contínuo para garantir que a Türkiye mantenha uma capacidade de defesa aérea de ponta e um papel estratégico na região e na OTAN.


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F-35C Recebe Batismo de Fogo em Ataque Contra Rebeldes Houthi no Iêmen

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O F-35C, versão especializada da aeronave de 5ª geração norte americana para operar em porta-aviões, recebeu seu batismo de fogo em missões de combate reais, um marco importante para a Força Naval dos EUA. No dia 31 de outubro, dois F-35C partiram do porta-aviões USS Abraham Lincoln para realizar ataques aéreos contra alvos militares dos rebeldes Houthi, no Iêmen. Este ataque foi a primeira missão de combate da variante F-35C, completando o ciclo de participação das três variantes do F-35 em missões de combate reais.

O Pentágono confirmou o sucesso da missão, com os F-35C atingindo alvos no Iêmen, como parte de uma ação mais ampla contra o grupo rebelde Houthi, apoiado pelo Irã. As aeronaves fizeram parte de um esquadrão embarcado no USS Abraham Lincoln, que também opera outras aeronaves e helicópteros, como os F/A-18 Super Hornet e o EA-18 Growler.

Esta é a primeira vez que o F-35C, a versão projetada para operações embarcadas, participa de uma missão de combate, somando-se às suas variantes F-35A e F-35B, que já haviam sido testadas em combate anteriormente. O F-35C é um dos componentes-chave do programa F-35, que continua a expandir sua presença nas forças armadas dos EUA e em países aliados, com mais de 1.000 unidades entregues mundialmente.

O grupo rebelde Houthi, fundado no Iêmen, é amplamente apoiado pelo Irã e tem sido um dos principais fatores de instabilidade no Oriente Médio, especialmente após intensificar seus ataques no Mar Vermelho.


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Navantia Conclui Teste de Choque para Fragatas F110 da Marinha Espanhola com Sucesso

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O estaleiro espanhol Navantia alcançou um marco importante no desenvolvimento das fragatas F110 para a Marinha Espanhola, ao concluir com sucesso o primeiro teste de choque. O teste, realizado em Escócia, visa qualificar componentes críticos que serão integrados às futuras fragatas, incluindo o gerador a diesel, o quadro de distribuição principal e o módulo purificador de combustível. Esta etapa significativa faz parte do ambicioso programa F110, que representa uma nova geração de embarcações de guerra.

O teste de choque, realizado com Shock Test Vehicle STV02 da Thornton Tomasetti Defence Ltd (TTDL), envolveu três detonações subaquáticas de intensidade crescente para avaliar a durabilidade e a resiliência dos equipamentos. As detonações foram projetadas para simular as condições extremas que os componentes enfrentariam durante operações militares reais, testando sua capacidade de resistir a choques mecânicos e vibrações. O sucesso desses testes é fundamental para garantir que os sistemas da fragata sejam robustos o suficiente para operar nas condições mais exigentes.

Entre os componentes testados, o destaque foi o gerador a diesel Navantia-MTU20V4000, desenvolvido pela unidade Navantia Engines. Este gerador é um dos principais avanços do projeto e é projetado para ser a única opção compatível com as especificações da OTAN no mercado. O gerador foi testado pela primeira vez em condições de choque, estabelecendo um novo padrão para os equipamentos utilizados em navios de guerra. Sua resistência ao choque é crucial, pois garante o funcionamento contínuo e confiável da fragata, mesmo em cenários de combate intenso.

O teste foi realizado nas instalações de Limehillock, na Escócia, com a participação de representantes da Navantia, da TTDL e de diversos fabricantes de equipamentos, como Rolls Royce (MTU), Alconza, Elinsa e GEA Westfalia. Além disso, observadores do Ministério da Defesa espanhol e do Escritório do Programa F110, juntamente com representantes da Diretoria Geral de Armamento e Material (DGAM), estavam presentes para monitorar os testes e garantir que todos os parâmetros fossem atendidos. A empresa americana Element também atuou como observadora terceirizada, assegurando que os testes estivessem em conformidade com os rigorosos padrões militares britânicos e norte-americanos.

Outro aspecto importante do teste foi a presença de um especialista canadense em vulnerabilidades, que atuou como consultor técnico para a Navantia, fornecendo valiosos insights sobre os procedimentos de teste, com sua vasta experiência de mais de 25 anos na área. Sua contribuição ajudou a garantir que os testes fossem realizados com a máxima precisão e eficiência.

Após os testes bem-sucedidos, as equipes da Navantia e da TTDL começam a desmontar os equipamentos qualificados para choque da barcaça, preparando-se para a próxima fase do processo de qualificação. Em novembro, os testes de choque continuarão com a instalação de novos componentes, como o motor de propulsão elétrica e o conversor de frequência, que passarão por avaliações adicionais para garantir que todos os sistemas da fragata F110 atendam aos mais altos padrões de qualidade e resistência.

O sucesso deste primeiro teste de choque é um passo fundamental para o avanço da construção das fragatas F110, que são projetadas para substituir as fragatas da classe Santa Maria e oferecer uma capacidade de defesa mais moderna e eficiente à Marinha Espanhola. Com esses testes rigorosos e a colaboração internacional, a Navantia está posicionando-se como um líder na construção de navios de guerra de alta performance, com foco na segurança e no desempenho em condições extremas. 


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