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terça-feira, 19 de março de 2013

Embraer: a boa gestão ‘está vencendo’

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Na semana passada houve mais uma rodada na luta em torno da decisão do governo norte-americano relativa à compra de 20 caças militares da Embraer (supertucanos) por parte da Força Aérea Americana no valor de US$ 427 milhões a serem usados como treinamento no Afeganistão.
 
Embora seja um negócio de valor relativamente pequeno em um segmento da indústria bélica de contratos multibilionários, representa uma vitória cujo simbolismo e relevância merecem destaque.
 
Até agora, a Embraer venceu uma batalha que envolveu gigantescas empresas americanas e setores do governo americano (legislativo e executivo) que consideravam esse negócio um assunto de natureza estratégica e de segurança para o país.
 
Tem havido repetidos recursos de uma empresa americana que se sentiu prejudicada e protestou usando argumentos nacionalistas e protecionistas. Mas acabou perdendo para a empresa brasileira que tinha a melhor solução.
 
A Embraer foi além de oferecer o melhor produto, pois conseguiu elaborar um amplo pacote que envolve, inclusive, a construção de uma fábrica nos Estados Unidos, no estado da Flórida, onde a empresa já tem fábrica de aviões executivos, seu escritório central, serviços pós-vendas, centro de distribuição de peças etc. A necessidade de geração de empregos locais é um assunto muito sensível nos Estados Unidos.
 
Mas como foi possível uma empresa brasileira em setor de alta tecnologia fortemente influenciada por políticas governamentais e com demandas por muitos recursos conseguir esse importante feito nos Estados Unidos, país onde essa indústria é muito forte?
 
Mesmo considerando que a empresa vem acumulando sucessos na aviação comercial com seus jatos regionais e, mais recentemente, com seus jatos executivos, a aviação militar é um setor em que a presença da Embraer ainda é muito restrita, e as bases da competição e dos mercados são diferentes.
 
As principais razões desse sucesso estão no processo de transformação que a empresa vem passando nos últimos anos. Com a melhoria substancial dos processos de fabricação, de desenvolvimento de produtos e de administração em geral, desde as decisões estratégias, passando por processos internos e de relação direta com os clientes, a empresa tem conseguido dar saltos de eficiência, produtividade, capacidade de resposta etc., o que a tem tornado cada vez mais competitiva globalmente.
A mudança para uma cultura orientada para resultados e para os clientes através de um maior engajamento das pessoas na melhoria de seus processos de trabalho vem gradualmente substituíndo a antiga cultura de forte influência militar e autoritária, muito mais orientada para si própria do que para a necessidade dos mercados e clientes.
 
Os resultados conquistados envolvem milhões de reais em reduções de custos, em liberação de capacidade e evitam as necessidades de investimentos, redução dos tempos e custos de desenvolvimento de produtos etc. Os clientes estão mais satisfeitos com a melhor qualidade e maior velocidade de resposta.
 
Sem essas substanciais melhorias feitas em sua capacitação operacional, a empresa teria enormes dificuldades de competir atualmente.
 
As empresas que perderam a disputa com a Embraer não tiveram o mesmo foco nesses últimos anos e, embora tivessem apoios políticos fortes nos Estados Unidos, mesmo assim não foram capazes de competir pela falta de capacitação operacional.
 
Para crescer e atingir novos mercados, onde a empresa tem menos experiência e a competição é intensa e politizada, essa vantagem competitiva que a Embraer vem conquistando é a maior garantia do sucesso, apoiada por outras iniciativas importantes além do plano operacional.
 
Mas duas ressalvas precisam ser feitas. A competição está acordando e pode usar os mesmos conceitos, técnicas e filosofia que a Embraer vem adotando.
 
E por outro lado, o perigo para a Embraer é acreditar que já fez tudo, já sabe tudo e diminuir o ritmo de sua transformação que apenas começou. Aprofundar, focalizar e acelerar sua transformação vai ser
fundamental para garantir uma vantagem competitiva perene.
 
A maior parte da opinião pública brasileira ainda não percebeu que o sucesso econômico do país depende muito da competitividade de nossas empresas. E que uma empresa como a Embraer é uma benção tão ou mais importante, dependo do seu credo, do que ter um papa nascido no nosso país.
 
Recentemente, sentei-me ao lado de um casal canadense de Montreal em um voo dos Estados Unidos para a América Central. A primeira reação que eles tiveram ao saber que eu era brasileiro foi dizer: “Ah, é de lá que vem a empresa que compete com a Bombardier?”. (Bombardier é uma empresa originária de Quebec e que compete com a Embraer em alguns mercados). Eles se orgulham de ter uma empresa local competitiva globalmente. E nós parecemos ainda distraídos demais com outras coisas menos importantes.
 
Fonte: Época
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sexta-feira, 25 de maio de 2012

China pode ser em 5 anos o maior sócio comercial da América Latina

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Em cinco anos, a China pode se converter no primeiro sócio comercial da América Latina graças ao aumento das exportações de países como Colômbia ou Argentina, assegurou nesta sexta-feira o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

"O maior sócio comercial do Brasil é a China, o maior sócio comercial do Chile é há tempos a China, e, no ritmo que o comércio da China com países como Colômbia ou Argentina caminha, em cinco anos pode chegar a ser o primeiro sócio comercial" da região, disse Moreno em um fórum de políticas econômicas realizado em Paris.

O presidente do BID, o organismo que financia projetos de desenvolvimento econômico e social na região, explicou o aumento das exportações em direção ao país asiático por sua necessidade de produtos básicos.

"A China é hoje uma economia que pesa muito, sobretudo na América do Sul, porque tem uma grande demanda de produtos básicos que a América do Sul possui de forma abundante", explicou Moreno, embora tenha descartado que isto signifique uma dependência para as economias da região.

"O interessante na América Latina hoje é que diversificou muito seus fluxos comerciais. Há dez anos os Estados Unidos representavam 60% do comércio com a região, hoje são 38%. A Europa deve estar em torno dos 12% ou 13%", lembrou.

Segundo Moreno, uma das prioridades da América Latina tem que ser a integração e o desenvolvimento do comércio dentro da região, que atualmente representa 18% e que pode chegar a dobrar seu tamanho, segundo suas previsões.

O presidente do BID também evocou a crise da dívida financeira na Europa e assegurou que a experiência da América Latina pode fornecer algumas chaves para a situação atual no velho continente.

"A América Latina tem um PHD (doutorado) em crises financeiras. Em um espaço de 25 anos, tivemos algo como 31 crises financeiras. E a maneira de crescer e sair da crise foi para muitos países o caminho da exportação", lembrou.

"No balanço, o que a América Latina fez, alguns países melhor do que outros, foram reformas estruturais que apontavam para o crescimento. Mas os ajustes tiveram uma quantidade de consequências, os déficits em infraestruturas que atualmente temos se devem aos ajustes que foram feitos então", assegurou.

Luis Alberto Moreno participava junto a representantes de vários países latino-americanos de um fórum co-organizado pelo BID e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual foram abordadas as estratégias regionais para enfrentar a crise dos países ricos.

Fonte AFP
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