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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Operação Verde Brasil 2 - Porque a Folha de SP omite 33% de queda no desmatamento?

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É preocupante a falta de responsabilidade de algumas mídias quando se trata de abordar determinadas questões, o que me impressiona principalmente, é quando o assunto trata da Amazônia ou outra questão estratégica de suma importância a nossa nação. Até entenderia se partisse de algum desses "Digitais influencers" que não sabem nem que na nossa amazônia não existe entre a fauna leões, girafas ou rinocerontes... Mas uma mídia de grande alcance, como a Folha e SP que possui inúmeros jornalistas que cursaram superior, detém anos de trabalho na área, se prestar ao papel de desinformar seu público? Sinceramente? Falta profissionalismo e respeito a ética de nossa profissão, isso para pegar muito leve.

Não é de hoje que observo uma verdadeira cruzada de algumas mídias e pessoas do meandro das comunicações, que de toda forma tentam criar formas de desestabilizar o governo e desacreditar o trabalho de instituições como nossas Forças Armadas. Particularmente evito entrar nas questões ideológicas e partidárias, pois o foco de meu trabalho é mostrar o que se passa no campo geopolítico e estratégico, mostrar o papel desempenhado por nossas Forças Armadas e demais pilares da sociedade brasileira, da forma mais clara, objetiva e isenta possível. Como é uma das missões do GBN Defense o combate a Fake News e a defesa da transparência da informação, assim contribuindo para construção de uma visão mais ampla e realista do cenário regional e mundial, defendendo os valores do bom jornalismo, não pude deixar de desmascarar mais uma farsa publicada pela Folha de São Paulo em 4 de outubro deste ano de 2020.

Em sua matéria “No Sul do Amazonas, desmatamento cresce apesar do Exército”, a mesma omite um importante dado, o qual é facilmente obtido se consultar as fontes oficiais, como a queda de 33% no desmatamento na Amazônia Legal, ocorrida em setembro, além de conter outras graves incorreções e omissões, que levam o leitor à desinformação. Inicialmente, a matéria omite que o desmatamento na Amazônia Legal teve uma redução da ordem de 33% no mês de setembro, registrando o terceiro mês seguido de queda nos registros de desmatamento, e o mês com maior índice observado, comparando-se aos números de julho, com redução de 26% e o mês de agosto com 21%. Esses dados estão disponíveis no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e podem ser facilmente conferidos.

A redução no desmatamento é resultado de uma série de ações integradas pelo Ministério da Defesa e nossas Forças Armadas, com diversas instituições, que congregam o esforço integrado do Conselho Nacional da Amazônia Legal e da Operação Verde Brasil 2, esta envolvendo, além das Forças Armadas, as agências ambientais e os órgãos de segurança pública. Para melhor esclarecer como se dá, vou replicar aqui parte das informações que me foram disponibilizadas pelo Ministério da Defesa:

"Os alvos das ações de combate aos crimes ambientais no âmbito da Operação Verde Brasil 2 são selecionados e priorizados pelo Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM), coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e integrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional de Mineração (ANM), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e Serviço Florestal Brasileiro (SFB)."

Outro ponto equivoco na matéria, a qual segue a linha de ataque as instituições e ao governo federal, alega que o Presidente não “transferiu o comando das operações na Amazônia para os militares”. Esse equivoco foi esclarecido por meio de nota emitido pelo MD, que diz: "As Forças Armadas atuam, no âmbito da operação Verde Brasil 2, na coordenação dos esforços dos diversos órgãos envolvidos e no apoio logístico, conforme claramente indicado no decreto que determinou a operação de garantia da lei e da ordem (GLO) na região. As agências federais, estaduais e municipais mantêm autonomia para exercer suas atribuições, inclusive realizando ações independentes. A coordenação exercida visa tão somente a maximizar os esforços em uma área tão grande como a Amazônia Legal.", um esclarecimento que curiosamente não vemos sendo publicado pela referida mídia.

Mas a Fake News não para por ai, a matéria também erra e desinforma ao afirmar que “as Forças Armadas proíbem a destruição de equipamentos dos criminosos em áreas de desmate e garimpo”. O que é inverídico, uma vez que os órgãos ambientais possuem autonomia para exercer suas atribuições, conforme previsto na legislação em vigor. Com relação a essa informação, nos foi encaminhado o quadro com os resultados, que o leitor pode verificar abaixo:


A matéria ainda afirma que o governo não autoriza jornalista e profissionais da imprensa acompanhar os trabalhos, isso é absolutamente uma falsa afirmação, pois inúmeras vezes recebemos convites para acompanhar o trabalho das autoridades no combate ao desmatamento e demais missões realizadas no âmbito da "Operação Verde Brasil 2", o que só demonstra um proposital desvio do compromisso com seu público, caracterizando uma postura dúbia e de falta de credibilidade por parte do autor daquela matéria totalmente fora da realidade e desprovida de dados concretos.

O Ministério da Defesa se manifestou com relação a isso através de nota: "Houve a oportunidade desses profissionais acompanharem ação do IBAMA contra o garimpo em terras indígenas Munduruku, na qual foram destruídos e inutilizados equipamentos utilizados nas atividades ilegais. A ação teve grande divulgação na mídia, inclusive na própria Folha de S. Paulo. O Ministério da Defesa, como coordenador da Operação Verde Brasil 2, ao contrário do que afirma a reportagem, não negou à Folha de S. Paulo “pedidos para acompanhar os militares”.

Como o jornalista de forma deliberada omitiu importantes dados que foram divulgados sobre a Operação Verde Brasil 2, nós resolvemos esclarecer e dar o devido destaque aos números obtidos pela operação no relatório do período até 1 de outubro.

Operação Verde Brasil 2 


  • Aplicou R$ 1,389 bilhão em multas e termos de infração. 
  • Foram combatidos 6.842 focos de incêndio, 
  • Aprendidos 991 embarcações e 345 veículos, 
  • Efetuadas 171 prisões, 
  • Realizadas mais de 39 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações e 371 inspeções em madeireiras serralharias e fazendas. 
  • Foram apreendidas aproximadamente 8 mil toneladas de minerais, como manganês, ouro e pedras preciosas, além de 372 kg de pasta base de cocaína. Volume superior a 173 mil metros cúbicos de madeira ilegal.
  • Foram confiscados, inutilizados ou destruídos 755 tratores, máquinas de serraria, motores, escavadeiras e outros equipamentos.

É repugnante a postura irresponsável e deliberadamente contra a verdade dos fatos, e pior que isso, contra nossa própria nação e integridade territorial, uma vez que observamos uma conjuntura internacional tomando forma para tentar se fazer valer de falsas afirmativas, como as utilizadas em 2003 para invadir o Iraque, para se apoderar de nossas riquezas, em especial nossa Amazônia e tudo que a mesma representa para nosso povo.

Infelizmente essa matéria é mais uma verdadeiro desrespeito àqueles civis e militares, que vêm arriscando diariamente suas vidas na preservação e no combate aos crimes ambientais na Amazônia, além de uma grande falta de moral e ética para com seu público que deposita sua credibilidade naquele veículo em busca de informações sobre o que se passa ao nosso redor, mas a mesma tem jogado seu nome na lama com esse tipo de trabalho, típico de mídias partidárias ou defensoras de interesses que não o de seu leitor e os valores do jornalismo.


Por: Angelo Nicolaci


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segunda-feira, 8 de junho de 2020

A URSS quase mandou um Tu-128 pra Argentina em 1982… Será?

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No final da década de 1950, a URSS procurava uma aeronave supersônica de longo alcance para cobrir os mais de 5 mil km da região Norte, de onde se esperava que os EUA atacariam com os então novos B-52. Nenhuma das aeronaves da época teria o desempenho necessário para atender às especificações, então o bureau Tupolev adaptou o Aircraft 98 (‘Tu-98 Backfin’), projeto de bombardeiro recém cancelado, para a missão. O Tu-128 tinha uma velocidade máxima de aproximadamente Mach 1,6 e alcance superior a 2.500 km, e permaneceu em serviço até a queda da URSS.


O Tu-128 reunia o que de mais avançado a URSS tinha na época, de tal forma que, assim como outros projetos de ponta (como o Su-15 Flagon), ele ficou restrito à Rússia, não sendo exportado nem mesmo a países da URSS como a Ucrânia.


É com base nesta última parte da informação - algumas aeronaves soviéticas eram restritas à Rússia, e o Tu-128 é uma delas - que causou estranheza um artigo recente que alega, sem apontar as fontes, que os Tu-128 quase foram enviados para a Guerra das Falklands/Malvinas de 1982. Chamemos o autor de 'Serguei'.


ALEGAÇÕES


A URSS, desejosa de ajudar a Argentina, enviou armas leves (como os mísseis SA-7 Grail) e imagens de satélites, como já divulgado por outras fontes, mas segundo Serguei, alguns dentro do Partido Comunista, alegadamente, queriam fazer mais.


Uma das ideias alegadas foi o envio caças como os MiG-21 e MiG-23 (que já eram comumente exportadas), mas também MiG-25 (de exportação bastante restrita, mas ainda assim disponível a alguns clientes soviéticos) e também o Tu-128. E é aí que encontramos problemas - não apenas com o Tu-128 em si, mas com a ideia de exportar aeronaves, que são itens altamente complexos.


Que a URSS exportou armas leves para dezenas de países ao redor do mundo não é surpresa pra ninguém. As armas leves soviéticas são robustas e de operação simples, e mesmo soldados com pouca instrução podem operar tais armas com eficiência razoável. Aeronaves, entretanto, são outra história, ainda mais em 1982.


O primeiro ponto é que aeronaves são itens de operação extremamente complexa, com a formação de pilotos custando vários meses e vultosas somas de dinheiro. Ademais, são itens cuja manutenção é bastante custosa, com a formação de mecânicos e o restante do pessoal de apoio levando também vários meses e a um custo elevado.



O segundo ponto é que países diferentes usam equipamentos e filosofias de operações diferentes, então é incomum um usuário de aeronaves americanas mudar para aeronaves russas, por exemplo. Tal mudança implicaria em inutilizar uma infinidade de sistemas auxiliares (ferramentas, simuladores, bancadas de testes, etc) de custo agregado muito alto.E ainda que tal mudança seja feita, é um processo que pode levar anos. Um exemplo claro disso são os países que eram do Pacto de Varsóvia mas que, após a queda da URSS na década de 1990, migraram para a OTAN, como a Polônia.

Praticamente todos estes países ainda usam algumas aeronaves soviéticas, quase 3 décadas depois, e vão usá-las até o final da vida útil, quando já teriam que ser retiradas de qualquer maneira.


Mig-29 da Força Aérea Polonesa; os poloneses ainda operam 28 Mig-29 e 18 Su-22, entre outras aeronaves soviéticas, apesar de ter se tornado membro pleno da OTAN em 1999

Essas observações genéricas já indicam que a adoção de aeronaves soviéticas pela Argentina, ainda mais com uma guerra em pleno vapor, seria virtualmente impossível, e Serguei menciona que a URSS enviaria não apenas, aeronaves mas também pilotos, e chega a admitir outros óbices.A URSS não queria ser vista como parte ativa do conflito, evitando assim que os EUA enviassem suas próprias forças, numa escalada bastante grave da situação. Enviar 'na surdina' armas leves a conflitos é algo relativamente simples (URSS, EUA e outros fizeram e fazem isso de tempos em tempos), pois aeronaves civis e diplomáticas podem e tem sido usadas para tal missão.


Mas enviar aeronaves de combate é uma operação muito mais complexa e quase impossível de ocultar. Transladar aeronaves diretamente da URSS envolveria várias escalas, e acobertar uma operação tão complexa seria quase impossível. A outra possibilidade, inclusive aventada por Serguei, seria o envio por via marítima. E aqui encontramos outro problema sério, o bloqueio naval imposto pela Inglaterra.


Os navios não poderiam vir pela África do Sul (um dos países que, secretamente, apoiava a Argentina), pois a Inglaterra invariavelmente interceptaria um comboio. Patrulhas marítimas e submarinas inglesas também seguiriam atentamente qualquer navio partindo da URSS ou países aliados (Cuba, por exemplo). E o Chile, inimigo argentino de longa data, e que secretamente apoiava a Inglaterra, acompanharia qualquer comboio vindo pelo Pacífico. Outro ponto seria a operação das aeronaves. Quem pilotaria, e quem manteria as aeronaves voando? Sugestão de Serguei: pessoal soviético.


O grande problema pra isso é que os pilotos soviéticos, depois dos reveses na Guerra dos Seis Dias e Guerra do Yom Kippur, pararam de apoiar pilotos estrangeiros, a menos que a URSS fosse um beligerante direto, como é o caso na Guerra Civil da Síria.


Por fim, mas não menos importante, é o fato que a URSS nunca operou os Tu-128 fora da Rússia, nem mesmo no auge da aliança soviética com os árabes na Guerra dos Seis Dias. É altamente improvável que uma aeronave tão avançada fosse enviada para uma ‘operação indireta’, especialmente porque, ao contrário de aeronaves como o MiG-23, seria impossível à URSS alegar que tais aeronaves foram enviadas à Argentina por terceiros, já que a Rússia foi a única usuária do modelo. Estes fatos se encontram, de uma forma ou de outra, num relatório da CIA de 1983, que foi tornado público recentemente.


CONCLUSÃO


Como se pode observar, até mesmo uma análise superficial dos fatos aponta como, no mínimo, altamente improvável a alegação que os Tu-128 seriam enviados à Argentina durante a Guerra das Falklands. Se não bastasse tal análise, o documento da CIA afasta quaisquer dúvidas - a nem Argentina nem URSS consideraram seriamente a possibilidade do envio de aeronaves soviéticas à Argentina, especialmente não o Tu-128, que sequer foi citado nominalmente no relatório da CIA por ser uma proposição absurda.


Com isso, a menos que Serguei ou outros apresentem fontes com credibilidade comparável ao documento da CIA contido nas Referências apresentadas neste artigo ao pé da página, podemos classificar a notícia como uma ‘fake news’.


Por: Renato Marçal




REFERÊNCIAS







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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

O Brasil busca um novo Navio Escola? Questionamos a Marinha do Brasil sobre boatos que rolam nas mídias

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Diante da série de boatos e informações desencontradas sobre um hipotético interesse da Marinha do Brasil em realizar a aquisição de um novo Navio-Escola (NE) por meio de troca, na qual estaria envolvida a transferência de dois submarinos da Classe Tupi para o Peru em troca de um navio da Classe "Makassar", nós do GBN Defense News mais uma vez acionamos nossos contatos na Marinha do Brasil, afim de elucidar o que há de concreto em todo esse ruído na mídia brasileira sobre a questão.

Abaixo segue o questionário que enviamos e as respostas da Marinha do Brasil:

Qual a posição da MB em relação a desativação dos submarinos da Classe Tupi? E esta em estudo o repasse dos mesmos a marinhas amigas?


MB: A Marinha do Brasil (MB) esclarece que há intenção em avançar tratativas e estudos sobre a possibilidade de reparos, manutenção e construção de submarinos, bem como a transferência dos submarinos IKL-209 (classe Tupi) para Marinhas que manifestarem interesse, com vistas a manter a capacidade logística da MB.


Qual real interesse da MB em substituir o NE Brasil? Qual o grau de importância, tendo em vista outras prioridades como navios de escolta, um substituto para o Ary Rangel e outros projetos de suma importância estratégica?

MB: Para cada meio naval, há uma previsão de ciclo de vida, a qual é periodicamente reavaliada até que seja identificada a necessidade de substituição do mesmo.

O Navio-Escola (NE) “Brasil” foi incorporado à Marinha do Brasil em 21 de agosto de 1986. Desde 1987, ininterruptamente, realiza a Viagem de Instrução de Guardas-Marinha (VIGM), com o propósito de complementar, com ênfase na experiência prática, os conhecimentos teóricos adquiridos pelos aspirantes da Escola Naval (EN) durante o ciclo escolar, além de aprimorar a formação cultural dos futuros Oficiais da Marinha e constituir-se em um valioso instrumento de relações exteriores, ao representar o País e a Força nos diversos portos visitados e promover o estreitamento dos laços de amizade com as nações amigas.

O NE “Brasil” tem cumprido suas tarefas com sucesso nesses 33 anos de operação e não há perspectiva concreta quanto à sua substituição. Entretanto, uma avaliação continuada sobre as suas capacidades faz-se necessária, visando ao cumprimento da importante missão, sempre levando em consideração a situação orçamentária e a conjuntura internacional.

Há algum interesse em obter mais um navio multipropósito como um navio da Classe "Makassar", tendo em vista já contarmos com dois navios multipropósitos que nos conferem grande capacidade de projeção de força e apoio a operações anfíbias pelo céu e pelo mar, com a dupla PHM Atlântico e NDM Bahia?

MB: O Navio de Desembarque Doca (LPD – Landing Platform Dock) da classe “Makassar” é um navio moderno que, por suas características, confere a capacidade de projetar poder em terra por meio de operações anfíbias, além da capacidade de realizar operações de ajuda humanitária, entre outras.

A MB mantém atualizados os seus estudos relativos à aquisição de novos meios navais e, no momento, não há previsão para a incorporação de um novo navio com as características supracitadas. Contudo, diante de uma evolução orçamentária positiva, não é descartada a possibilidade de aquisição de um meio naval com tais capacidades.

Quais as prioridades de nossa MB hoje com relação à obtenção de meios? O que está em andamento no momento e quis programas estão na ordem de prioridade da MB?

MB: Atualmente, a Marinha do Brasil desenvolve o programa de submarinos, com a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino com propulsão nuclear. Além disso, foi iniciado o projeto de construção de quatro navios-escolta da Classe "Tamandaré". Além desses meios navais, são prioridades para a Marinha do Brasil, dentro do Programa Estratégico “Construção do Núcleo do Poder Naval”, o Navio de Salvamento Submarino, Navio de Apoio Antártico, Navios-Patrulha e Avisos de Instrução.

A Marinha do Brasil realiza estudos contínuos, sempre levando em conta a situação orçamentária, a análise dos cenários e de conjuntura, além da situação dos seus meios. Essa permanente avaliação acarreta em uma continuada readequação das prioridades para a aquisição de novos meios navais.

"Marinha do Brasil, protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente"

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Acredito que as questões acima respondidas venham a esclarecer e desmistificar os boatos e ilações que tem tomado os grupos e mídias de defesa no Brasil, nos atendo ao nosso papel de canal de informações e notícias ancorados nos princípios de transparência e credibilidade em nossas fontes, o GBN Defense News se mantém atento as discussões e mantém seu público a par do que acontece neste importante pilar da geopolítica que é a Defesa.

Agradecemos mais uma vez ao Centro de Comunicação da Marinha do Brasil por manter uma importante ponte com nosso site, nos possibilitando manter um canal de informação sobre a nossa Força Naval e suas importantes atividades de maneira clara e objetiva, desmistificando ilações e boatos a cerca do seu trabalho.


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domingo, 8 de setembro de 2019

KC-390 - Verdades e mitos sobre a nova aeronave brasileira

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Na sequência da entrega do primeiro exemplar operacional do KC-390 à Força Aérea Brasileira, que ocorreu durante cerimonial na última quarta-feira (4), muitos boatos e mitos tem se propagado nas redes sociais tendo como alvo a nova aeronave desenvolvida e produzida no Brasil. Diante desses boatos e muitas fake news, nós do GBN Defense News decidimos mais uma vez entrar em campo e combater esse mau que inunda os grupos de discussão sobre defesa e suas tecnologias.

O mais gritante de todos os boatos que tem circulado, diz respeito á uma hipotética variante "gunship" da nova aeronave da Embraer, tendo sido reproduzido em muitos site especializados, um suposto estudo de viabilidade para a suposta variante AC-390, a qual teria as características do AC-130 "Gunship" da Lockheed Martin, um projeto norte americano que surgiu nos idos da Guerra do Vietnã e que opera ainda hoje. Tal alarde e inúmeras discussões sobre essa variante da aeronave brasileira, não passaram de especulações sem fundamentos reais, a qual não tem nenhum respaldo da Embraer, Força Aérea Brasileira ou qualquer futuro operador do KC-390. Tal pérola teve como "fonte" uma tese de estudantes de engenharia que fizeram um "estudo de viabilidade" para uma versão AC-390, o qual não desperta nenhum interesse do mercado. Para jogar jogar de vez por terra essa falácia, temos de ter em vista a seguinte informação, os AC-130 que fazem parte do inventário dos EUA, embora tenham sido mantida relevante capacidade por meio de atualizações constantes de seus armamentos, pacotes de sensores e contramedidas, não se espera que eles possam sobreviver em futuros ambientes de conflito devido às suas altas assinaturas e baixas velocidades no ar. Analistas militares, como o Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias , sugeriram que o AFSOC invista em tecnologias mais avançadas para desempenhar o papel de operar em futuras zonas de combate contestadas, incluindo um mix de aeronaves de ataque não tripuladas descartáveis ​​de baixo custo e aeronaves furtivas. O AC-130 e o "Programa Gunship" serão tema de uma matéria posterior aqui no GBN Defense, onde detonaremos por completo esse suposto "interesse" futuro numa variante "Gunship" do KC-390.

Outra suposição que chega a ser cômica é uma variante do KC-390 Bombardeiro. Essa é a mais absurda de todas as suposições, que sinceramente me fazem refletir de onde se tira tanta imaginação para criar uma fake news destas. Pois o envelope de voo da aeronave e suas características são totalmente opostas ao que se enquadra no que poderíamos classificar como bombardeiro. Precisamos parar de sair engolindo qualquer lixo que se lança na internet, buscar o mínimo de conhecimento para de cara já identificar tal "estória" como apenas mais um dos muitos absurdos que vemos na internet.

Agora com relação as capacidades do KC-390, alguns participantes de grupos de discussão me questionaram sobre a capacidade de REVO do KC-390, se a aeronave seria capaz de executar tal missão com a mesma eficiência do vetusto KC-130 "Hércules". Pessoal, quero deixar bem claro à todos, que a equipe de técnicos e engenheiros da Embraer e da FAB, não investiram tantas horas em pesquisa e desenvolvimento para resultar em uma aeronave deficiente, tendo em vista que a mesma surgiu justamente como solução para substituir os vetustos C-130 hoje operados, e de quebra o KC-390 ainda proporciona novas capacidades aos seus operadores, tendo capacidade superior em diversos aspectos comparado ao seu antecessor na FAB.

Uma dúvida que me foi trazida, diz respeito a capacidade de realizar o REVO em aeronaves de asas rotativas, conforme tem sido testado com os H-36 "Caracal" da FAB, estando ainda em processo de implementação essa capacidade na FAB, que é de fato uma novidade para a mesma, sendo muito importante do ponto de vista tático e estratégico, mas que ainda esta sendo desenvolvida uma doutrina deste tipo de operação para asas rotativas. Tal fato implica em muitos pontos que precisam ser elencados, um deles que vejo como um dos mais importantes, é o adestramento e homologação das tripulações de nossas asas rotativas para realização deste tipo de operação. Tudo parece muito fácil, mas realmente não é, e uma nova doutrina ou capacidade exige muito estudo e preparo ate que seja concebida de fato. Hoje ainda temos poucas tripulações capazes deste tipo de "manobra". O que leva a afirmativa que é mais importante nos ater a necessidade de se preparar as equipes que se questionar os meios. Pois o KC-390 terá a plena capacidade de executar todas as missões hoje cumpridas pelo C-130, dentre elas o REVO com asas rotativas.

Vale aqui ressaltar que a FAB recebeu seu primeiro KC-390, o qual ainda esta operando com certificação IOC (Capacidade Operacional Inicial em português), o que significa em outras palavras, que todo o envelope de voo e leque de missões ainda esta sendo homologado e certificado, dentre estes o REVO com asas rotativas, o qual ainda será certificado através de ensaios em voo, os quais deverão ocorrer em breve segundo informação que obtive diretamente da Embraer.

Quanto ao nome que irá ostentar o KC-390, ainda não há um consenso em relação ao mesmo, que segundo a Embraer, deverá ser definido pela FAB a nomenclatura a ser empregada na mesma, a qual não significa que será a mesma adotada comercialmente pela empresa, a qual esta ainda realizando estudos para definição da imagem comercial da aeronave e seu nome.

É muito importante aqui deixar bem claro ao nosso público que estamos diante de um novo patamar de capacidade tecnológica e operacional, o qual eleva nossa industria e força aérea a um novo degrau. Para tanto, temos de acompanhar todo processo de desenvolvimento, nada surge da noite para o dia, uma aeronave como o KC-390 leva anos até atingir sua plena maturidade operacional, e sinceramente me surpreende o curto espaço de tempo compreendido entre os primeiros esboços em 2007 e a entrega operacional do primeiro exemplar agora em 2019. É um investimento muito alto, e qualquer alteração de características ou criação de uma nova variante dedicada, requer muitos milhões de investimento e um mercado que justifique tal aposta, portanto, vamos parar de cair no conto de qualquer site sensacionalista que busca de maneira suja obter visualização e com isso ganhar "valor" de mercado para anunciantes, vamos dar valor a quem realmente tem valor.

Por este motivo eu sempre reforço que temos de buscar fontes de qualidade, onde haja uma verdadeira ponte entre a mídia que emite a noticia e as fontes de informação. Como exemplo posso citar o próprio case de nosso site, o qual possui reconhecimento dentro da cadeia de comando das Forças Armadas não só do Brasil, mas de vários países, bem como de várias industrias do setor de defesa e inúmeros governos e representações diplomáticas. Mantendo como parceiros especialistas como o Comandante Robinson Farinazzo, que mantém um canal com conteúdo de altíssimo nível e detém conhecimento profundo dos meandros da defesa. Além de contarmos com parceiros como Válter Andrade, Luiz Reis que estão em nossa equipe, além do nosso grande amigo Albert Caballe que edita o blog Velho General, onde também atual como articulista nossos já citados parceiros Válter e Luiz. Cito também sites de qualidade como Defesa Aérea e Naval do Luiz Padilha e Guilherme Wiltgen, bem como nosso amigo Roberto Caiafa.

Nós ligamos diretamente para representantes das empresas afim de confirmar dados e informações, buscamos ouvir a opinião dos operadores de determinados equipamentos, acompanhamos manobras e operações afim de conhecer como funciona a doutrina de emprego e as características de tropas e equipamentos, mantemos diálogo com importantes fontes no governo brasileiro e de outras nações.

Não é para tanto que nosso editor foi agraciado inúmeras vezes pelas forças armadas e teve reconhecido seu trabalho por governos e empresas do Brasil e do mundo. Sendo uma personalidade conhecida e respeitada no cenário nacional e internacional, o qual conta hoje com uma equipe de igual quilate, que produz um conteúdo ímpar, o qual é lido nos quatro cantos do planeta, por militares, representantes de governos, empresários e formadores de opinião, sendo um verdadeiro farol em meio ao tenebroso e obscuro mar de fake news. 


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