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sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Crise provoca falta de papel higiênico na Venezuela
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A lista dos produtos básicos em falta na Venezuela ganhou um
novo item: o papel higiênico.
O país enfrenta uma crise de abastecimento, marcada por escassez de produtos
como café, leite e manteiga.
Para alguns economistas, a política de controle das taxas de câmbio e dos
preços do governo estaria por trás desta crise.
O governo vem tentando manter os preços baixos para ajudar a camada mais
carente da população a enfrentar a inflação.
Para suprir a demanda, o governo do presidente Nicolás Maduro anunciou que
irá importar 50 milhões de rolos de papel higiênico.
O Brasil irá enviar um carregamento para suprir as necessidades da população venezuelana, porém os empresários brasileiros teme um calote por parte do governo venezuelano.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Nicolás Maduro diz que CIA quer matar adversário Henrique Capriles
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O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou neste
domingo o governo dos EUA de conspirar para assassinar o opositor
Henrique Capriles com o objetivo de desestabilizar o país antes das
eleições presidenciais de 14 de abril, na qual ambos concorrem à vaga de
sucessor de Hugo Chávez.
Em uma entrevista transmitida pela televisão, Maduro pediu ao presidente
norte-americano, Barack Obama, que suspenda o complô do Pentágono e da
CIA (Agência Central de Inteligência).
Segundo ele, o plano seria assassinar seu rival e colocar a culpa no
governo da Venezuela, "enchendo os venezuelanos de ódio" enquanto eles
se preparam para escolher o sucessor de Chávez, morto no dia 5 depois de
travar uma batalha de dois anos contra o câncer.
Há uma semana, Maduro acusou os ex-funcionários do governo de George W.
Bush Roger Noriega e Otto Reich de terem um plano para desestabilizar o
país, mas sem dar mais detalhes.
"Eu digo ao presidente Obama: Roger Noriega, Otto Reich, funcionários do
Pentágono e da CIA, estão por trás de um plano para assassinar o
candidato presidencial de direita [Capriles] e criar o caos", afirmou
Maduro, sem revelar como ficou sabendo da suposta conspiração. Ele
apenas disse que a informação veio de uma fonte confiável.
As acusações foram negadas pelos EUA. "Nós rejeitamos categoricamente as
alegações de envolvimento do governo norte-americano em qualquer tipo
de complô para fazer mal a alguém na Venezuela", afirmou o Departamento
de Estado dos EUA.
Durante comícios de campanha no fim de semana, Capriles disse que, se algo acontecer com ele, Maduro será o culpado.
No começo da semana passada, a coalizão dos partidos de oposição da
Venezuela informou que Capriles recebeu ameaças de agressão antes de
formalizar sua candidatura à Presidência do país.
Em razão disso, Capriles enviou um representante em seu lugar ao
Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para realizar sua inscrição na
eleição.
"Nicolás, sei que você está me observando... Escute, vou destruir você
com votos", disse Capriles. "Você não tem o povo porque eles eram
partidários do presidente."
Maduro, no entanto, lidera com mais de dez pontos de vantagem duas
pesquisas recentes de intenção de voto que foram feitas antes da morte
de Chávez.
ESTRATÉGIA DIGITAL
Também no domingo, Maduro inaugurou uma conta no Twitter, seguindo
passos de Chávez, que fez da rede social um de seus principais canais de
comunicação --o perfil do líder morto tinha mais de 4 milhões de
seguidores e só perdia em termos de popularidade para a conta de Barack
Obama.
Fonte: Folha
quarta-feira, 6 de março de 2013
'O céu ficou vermelho': luto, tensão e júbilo em Caracas
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"O céu ficou vermelho. Estava fazendo calor, baixou a neblina e choveu. Logo depois ficou vermelho. Dizem que foi justamente quando Chávez morreu". Iraima Moscoso, como outros milhões de seguidores de Chávez, não tem dúvida: o presidente da Venezuela é um mito.
Com uma cicatriz que lhe corta o nariz, sem dúvida marca de uma vida dura, a marca de muitos chavistas, Moscoso era mais um entre os tantos que traziam lágrimas no rosto na praça Bolívar em Caracas.
Não era para menos, na próxima sexta-feira o líder carismático que governou a Venezuela durante 14 anos, com ares de gigante da política, um provocador imbatível nas urnas que causou tudo menos indiferença: ou era amado, ou odiado.
E a maioria dos venezuelanos, como demonstraram as quatro eleições presidenciais que ele venceu, e as cenas dramáticas que se seguiram ao anúncio de sua morte, o amava. O restante, ficou claro, não.
"Até quando ficaremos aqui? Não temos limite. No dia 13 de abril saímos ao meio-dia e não voltamos até que Chávez falou", disse Moscoso à BBC Mundo, em alusão ao golpe de Estado que tirou o presidente do poder por dois dias em 2002.
Orgulhosa de ter feito parte daquela maré de gente que possibilitou a volta de Chávez ao poder, ela também adverte que está disposta "a tudo" para que a revolução continue.
Até a dar a vida dizem estar dispostos muitos daqueles que adoram aquele que o rei da Espanha mandou que se calasse, chamou George W. Bush de tudo um pouco. Para seus críticos, Chávez era um déspota com ares messiânicos, um gestor terrível que jogou o país em uma crise econômica e permitiu que a delinquência se alastrasse.
Seu sucessor será eleito em uma votação que, segundo estabelece a Constituição, deve ser realizada dentro de 30 dias.
O chanveler, Elías Jaua, lembrou que antes de ir para a última vez a Cuba, Chávez ungiu Nicolas Maduro, seu atual vice-presidente, como sucessor. A oposição terá que escolher seu candidato, embora o favorito pareça ser o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, o mesmo que foi derrotado nas urnas por Chávez em outubro de 2012.
'DIÁLOGO NACIONAL SINCERO'
Acompanhado de alguns dos mais proeminentes líderes da oposição, Capriles leu um comunicado manifestando suas condolências ao chavismo, e pediu que essa seja "a hora da paz e não da diferença".
"Fomos adversários, nunca inimigos", disse. "É preciso que se imponha um diálogo nacional sincero entre todos os setores da sociedade venezuelana", acrescentou.
Milhares de chavistas se reuniram pouco depois da notícia de sua morte em frente ao Hospital Militar onde, às 16h25m, Chávez morreu.
Um número melhor, cerca de mil, se reuniu na praça Bolívar, no centro da capital. Ali, de vez em quando irrompia num grito algumas das típicas palavras-chave do chavismo. A mas repetida talvez seja: "Alerta, que a espada de Bolívar caminha, alerta que caminha pela América Latina".
"Somos maioria", ou "Todos somos Chávez", gritavam pequenos coros.
A tranquilidade só foi rompida duas vezes - com a chegada do câmera do canal de oposição Globovisión, que foi obrigado a deixar o local entre empurrões, e com a chegada de um grupo numeroso de motociclistas.
Àquela hora, os abraços serenos já haviam dado lugar ao desamparo de horas antes, quando, pouco minutos após o anúncio, entre gritos, os chavistas explodiram em um pranto desconsolado.
O anúncio da morte de Chávez foi como se tivessem se adiantado os relógios de Caracas. A hora do rush começou antes do tempo. A capital venezuelana se transformou em um grande engarrafamento.
A notícia foi dada em cadeia nacional de rádio TV pelo vice-presidente Nicolás Maduro, mas muitas pessoas souberam por telefone. "Como Chávez morreu?", se ouvia pelas ruas. Em minutos, ninguém falava de outra coisa. As TVs se transformaram em um grande monocórdio e as redes sociais explodiram.
Nas ruas, as pessoas andavam com pressa. Os opositores tentavam chegar em casa. Os simpatizantes do presidente, em aglomerações de dor. Todos caminhavam a passos rápidos, com o celular no ouvido. As linhas telefônicas entraram em colapso durante horas.
E, de repente, chegou a calma. Subitamente, sem que ninguém tivesse tido tempo de jantar, pouco depois das 20h, chegou a tranquliidade da madrugada. Antes do tempo.
Nos arredores da praça Altamira, conhecido feudo opositor, o ambiente tinha um certo ar de toque de recolher voluntário. A grande maioria dos moradores ficou ostensivamente recolhida em casa, com janelas iluminadas pelo cintilar da luz dos aparelhos de TV, que transmitia uma sucessão de autoridades.
Foi assim que apareceu o ministro da Defesa, almirante Diego Molero, o chanceler Elías Jaua, e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, anunciando detalhes do funeral e o futuro imediato da situação política.
"É UM SER HUMANO"
Em Chacao, um município de Caracas reconhecido como feudo opositor, era possível ver grupos de pessoas espalhados, comentando a notícia, que diziam "já saber de antemão".
Quando a morte foi anunciada, alguns automóveis buzinavam em uníssono, em sinal de júbilo, e foram ouvidos até fogos de artifício.
E apesar da distância política e do medo dos problemas que surgirão do fato de que "agorinha não temos presidente", como disse à BBC Mundo Andrés Màrquez, não se viam sinais de luto.
"Perdemos o presidente, evidentemente é um ser humano. Devemos ficar unidos porque somos todos venezuelanos", disse Márquez.
"Há uma calma tensa porque não pode haver choque entre os lados. Lamentavalmente vivemos em um país onde há duas facções, os chavistas e os que não (o são)", disse ele.
Maduro pede união para manter legado de governo de Hugo Chávez
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na madrugada desta quarta-feira que os venezuelanos se unam para manter o legado do governo de Hugo Chávez, que morreu na tarde de terça (5). Ele conduzirá o país pelos próximos 30 dias, quando deverão acontecer novas eleições.
China diz ter perdido "um grande amigo" com a morte de Chávez
A China informou nesta quarta-feira que considera o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morte nesta terça-feira (5) "um grande amigo" que estreitou as relações comerciais entre ambos os países.
"O presidente Chávez foi um grande líder da Venezuela e um grande amigo do povo chinês. Contribuiu de forma importante para as relações amigáveis e frutíferas entre a China e a Venezuela", declarou Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
O presidente Hu Jintao e seu designado sucessor, Xi Jinping, líder do Partido Comunista chinês, enviaram mensagens de condolências, acrescentou o porta-voz.
A cooperação entre Caracas e Pequim se desenvolveu muito nos últimos anos, com a assinatura de acordos de milhões de dólares nos âmbitos do petróleo, energia, construção civil, indústria e tecnologia.
Pequim fez um acordo para uma linha de crédito de US$ 30 bilhões de dólares para a Venezuela, que vende 640 mil barris de petróleo por dia para a China. Destes, 264 mil correspondem ao pagamento da dívida.
Chávez era um homem fora do comum, diz presidente russo
O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta quarta-feira que o presidente venezuelano Hugo Chávez, morto nesta terça-feira (5), era um "homem fora do comum, que olhava para o futuro".
"Era um homem fora do comum e forte, que olhava para o futuro e que sempre foi extremamente exigente consigo mesmo", escreveu Putin em um telegrama de condolências.
Putin destacou que Chávez foi um "amigo próximo da Rússia", que permitiu estabelecer as "bases sólidas para uma associação Rússia-Venezuela, estabelecer contatos políticos ativos e lançar grandes projetos humanitários e econômicos" entre os dois países.
Putin pediu a Caracas a manutenção desta linha, "reforçando e desenvolvendo as relações entre Rússia e Venezuela", que assinaram vários acordos de energia e de armamento desde 2005.
Em uma coincidência de datas, a morte de Chávez aconteceu no mesmo dia em que a Rússia recordava o 60º aniversário da morte do líder soviético Josef Stalin.
Chávez deixará vazio na América Latina, diz Dilma
Diante de uma plateia de trabalhadores rurais, a presidente Dilma Rousseff afirmou que Hugo Chávez deixará um vazio "no coração, na história e nas lutas da América Latina".
"Hoje lamentavelmente, infelizmente e com tristeza digo para vocês que morreu um grande latino americano: o presidente da Venezuela Hugo Chávez", disse a presidente.
Dilma interrompeu seu discurso e pediu um minuto de silêncio para Chávez que, segundo ela, foi "uma liderança comprometida com seu país e com o desenvolvimento dos povos da América Latina".
Em nota, o governo informou que ele será "uma eterna referência para toda a América Latina".
Apesar de a morte de Chávez gerar dúvidas sobre o destino político da Venezuela, o governo brasileiro aposta na eleição de seu vice, Nicolás Maduro, para sucedê-lo.
A avaliação foi feita pela equipe da presidente tão logo o Palácio do Planalto foi comunicado do ocorrido em Caracas.
Após a notícia da morte de Chávez, a presidente cancelou a viagem que faria à Argentina a partir de amanhã. Dilma deverá ir ao velório.
Líderes europeus lamentam a morte de Hugo Chávez
A União Europeia (UE) expressou nesta quarta-feira sua "tristeza" com a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e destacou o "desenvolvimento social" e a "contribuição à integração regional na América do Sul" alcançados pelo país sob a sua administração.
"A União Europeia recebeu com tristeza as notícias sobre a morte do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez", assinalaram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Os dois líderes asseguram que "a Venezuela se destacou por seu desenvolvimento social e por sua contribuição à integração regional na América do Sul", ao tempo que acreditam que UE e Caracas podem "aprofundar suas relações no futuro".
"Esperando aprofundar nossas relações no futuro, transmitimos ao povo e ao governo venezuelano nosso sincero pêsame e simpatia", disse Van Rompuy e Barroso na mensagem, que foi transmitido ao vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Nos últimos anos, as relações entre a UE e Venezuela viveram momentos de tensão, principalmente pelas posturas críticas contra o chavismo expressadas pelos grupos conservadores do Parlamento Europeu.
Após a vitória de Chávez nas eleições de outubro do ano passado, a UE pediu ao líder para trabalhar no reforço das instituições do país, na promoção das liberdades fundamentais e se ofereceu para cooperar na busca destes objetivos.
No entanto, os contatos políticos entre as duas partes vinham se desenvolvendo em função do diálogo entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), cuja última cúpula foi realizada em janeiro em Santiago do Chile.
Além disso, a Venezuela participa desde sua entrada no Mercosul das negociações do acordo comercial que o bloco sul-americano e a UE discutem há anos.
ESPANHA
O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, transmitiu nesta quarta-feira ao executivo e ao povo venezuelano seus pêsames pela morte do presidente da república, Hugo Chávez, e afirmou que com sua morte "desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea da Venezuela".
Em um telegrama emitido ao vice-presidente do país, Nicolás Maduro, Rajoy pediu para o político transferir suas condolências e do governo espanhol aos parentes de Chávez.
"Com a morte do presidente Chávez desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea da Venezuela", afirmou o presidente do governo espanhol.
O executivo espanhol também transmitiu seus pêsames ao governo e ao povo venezuelano pela morte do presidente Hugo Chávez, e ressaltou sua intenção de "seguir trabalhando intensamente no fortalecimento dos vínculos bilaterais".
Em um breve comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, o governo destaca que a morte de Chávez representa o "desaparecimento de um personagem político que teve uma grande influência na região ibero-americana".
Ainda segundo o comunicado, o governo reitera seu desejo de estreitar "as relações de profunda amizade que unem os dois países".
Além de transmitir seus pêsames ao povo venezuelano, o Executivo espanhol também enviou suas condolências aos familiares de Chávez.
OUTRAS REAÇÕES
O presidente da França, François Hollande, declarou que o líder venezuelano Hugo Chávez "marcou profundamente a história do seu país".
Em um comunicado oficial, Hollande enviou seus "profundos pêsames ao povo venezuelano".
"Apesar de ter um temperamento e orientações que nem todos apoiavam, Chávez expressava uma vontade inegável de lutar pela justiça e pelo desenvolvimento" acrescenta.
"Estou convencido de que a Venezuela conseguirá superar este momento difícil na paz e na democracia", completou o presidente francês.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, expressou as condolências do governo alemão à família do presidente venezuelano, e desejou o começo de uma nova era no país.
"A morte de Hugo Chávez representa uma profunda mudança para a Venezuela. Compartilhamos a dor da família do falecido e o luto do povo venezuelano", assinala um comunicado emitido pelo escritório do chefe da diplomacia alemã.
Na breve nota oficial, o ministro alemão acrescenta que "espero que a Venezuela, após os dias de luto, consiga iniciar uma nova era".
"A Venezuela tem um grande potencial, e a democracia e a liberdade são o caminho correto para realizar esse potencial", conclui o comunicado de Westerwelle.
Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias
O homem que mudou a história venezuelana e impressionou o mundo
Existe uma opinião que Hugo Chávez se formou com base em ideias da revolução cubana. É uma característica bastante digna de um líder político que, em seu trabalho tanto no campo militar, como no serviço público, decidiu lutar pelas ideias de esquerda e pelas aspirações de pessoas comuns.
Ele é um daqueles políticos que podem muito bem ser chamados de seguidores dos "grandes barbudos" – Fidel Castro e Che Guevara. O que eles fizeram e Hugo Chávez continuou é um desafio não só para a oposição política, mas também para a hegemonia dos EUA, que era particularmente sentida nesta parte das duas Américas. E suas palavras não divergiam de suas ações. Basta lembrar a expulsão de empresas estrangeiras da Venezuela ou a nacionalização dos campos de petróleo e do setor energético, até lá dominado por norte-americanos.
As ideias de Chávez foram implementadas na política internacional, por exemplo, na Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), criada em oposição à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) a fim de reduzir a dependência dos países da região dos EUA. O essencial princípio por trás das ações de ALBA é a solidariedade dos povos da América do Sul e do Caribe.
Inteligível em seus longos discursos públicos, intransigente à oposição e ao mesmo tempo aberto ao debate, Hugo Chávez ligava tudo ao desejo de lutar contra a pobreza, o que significava criar um estado de "socialismo do século XXI". Pouco mais de duas décadas atrás, Chávez liderou um golpe militar fracassado, mas não fugiu do país, assumindo total responsabilidade. E já em 1998, ao vencer as eleições, passou a liderar a Venezuela.
Tribuno por natureza, ele rapidamente conquistou a simpatia do povo e, ao mesmo tempo, causou fortíssima irritação entre os poderosos do mundo. A Casa Branca se irritava com a atividade dos países da América Latina na política mundial, com o fortalecimento de seus contatos com os Estados do Pacífico e com o Japão, com os países da África e da Europa e, claro, com a Rússia.
Na história recente estão marcados os contatos entre os dois países nos primeiros anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Depois, o relacionamento é interrompido por causa do longo governo de uma junta militar na Venezuela, e é retomado apenas em 2001 com a visita do presidente Hugo Chávez à Rússia a convite do presidente russo Vladimir Putin. Hugo Chávez encontrou apoio no Kremlin e solicitou a colaboração de Moscou no fortalecimento da esfera militar. Assim, a Rússia se tornou para Caracas o maior parceiro técnico-militar depois que os EUA abandonaram seus suprimentos.
Ainda no início da década de 1990, num carro Lada russo, Hugo Chávez andou por toda a Venezuela. O presidente descreveu o Lada como um carro "popular". Ele expressou o desejo de estabelecer contatos na indústria automotiva. Concluiu-se, por exemplo, um acordo estratégico entre as autoridades da cidade de Valência e o fabricante russo de caminhões Kamaz.
Quanto a relações comerciais e econômicas, vale a pena mencionar o recém-criado Conselho de empresários Rússia-Venezuela. Os membros do Conselho são empresas pequenas, médias e grandes russas. Sua atividade consiste em fortalecer relações científico-tecnológicas e econômico-comerciais, formar mecanismos eficazes de cooperação.
O mais prolífico para as relações russo-venezuelanas foi o ano de 2010. Na sequência de negociações entre representantes dos países-parceiros, em abril foram assinados vários documentos, nomeadamente o Protocolo de Intenções entre a empresa russa Sovcomflot e a empresa venezuelana PDV Marina, que é especializada em transportes marítimos.
Durante sua última, nona, visita à Rússia, Hugo Chávez teve tempo de colocar em Moscou a pedra fundamental de um futuro monumento a Simon Bolívar, fazer um teste de condução do carro Lada Priora, e assinar mais de uma dúzia de acordos importantes durante as negociações com o líder russo.
Hugo Chávez era um excepcional político e estadista, um político de escala mundial. E disso não pode haver dúvida, independentemente de como ele era visto da "direita" ou "esquerda"!
Fonte: Voz da Rússia
Nota do GPB: O GeoPolítica Brasil e seu editor rendem aqui uma homenagem ao grande líder sulamericano, o qual deixou sua marca, quer seja por sua posição firme a frente do governo Venezuelano, quer por sua luta para manter a Venezuela consonante com a vontade de sua população.
Hugo Chávez foi um líder que conseguiu conquistar o respeito e a admiração não apenas do povo venezuelano que o tinha como o salvador da pátria, o grande comandante da Venezuela, mas conquistou admiradores e o respeito de muitos ao redor do globo. Ao longo de sua vida enfrentou várias lutas, onde citamos á ocasião em que tentou derrubar o governo pérez em no fracassado golpe de estado em 1992, onde após sair da prisão e deixar o exército se empenhou em lutar pelas vias democráticas pelo governo do país.
Venceu as eleições em 1998, enfrentou a oposição, criou uma nova consituição, legitimou-se mais uma vez em 2000 quando promoveu novas eleições que o garantiriam no poder até 2006. Enfrentou ainda muitas lutas para manter a liderança concedida no voto, em 2002 sofreu tentativa de golpe de estado, mas o povo foi para as ruas, manifestou-se e com apoio de militares leais ao governo Chávez retornou ao poder, onde se manteve firme conduzindo o país, promovendo o crescimento, as melhorias na condição de vida do povo daquele país. Como resultado de sua política, em 2006 mais uma vez pelo voto popular se reelegeu e seguiu como comandante da Venezuela, trilhando um caminho tempestuoso, mas firme.
Ao longo de seu governo se envolveu em alguns atritos com o governo dos EUA, por diversas vezes se envolveu em incidentes diplomáticos nas fronteiras com sua vizinha Colombia. Apoiou o Irã, estreitou laços comerciais com a China, Rússia e outras nações. Ao lado do Brasil liderou a voz do continente sulamericano diante do mundo.
O grande comandante sulamericano, vencedor de várias lutas viu-se diante de um traiçoeiro adversário, descobriu um tumor cancerígeno em 2011 e travou duramente a batalha por sua vida, em momento algum abriu mão de estar a frente do governo, mas infelizmente nosso herói bolivariano sucumbiu diante do câncer após uma intensa luta e nos deixou seu legado.
O GeoPolítica Brasil e seu editor rendem as justas homenagens a esse homem que deixa a vida e entra para a história, um exemplo de garra e determinação, uma figura que fez parte de maneira importante no tabuleiro geopolítico regional e porque não mundial. Hugo Chávez, descanse em paz...
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Novo carregamento de armas russas chega a Venezuela
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Um novo lote de armas russas chegará brevemente a Venezuela disse o presidente do país Hugo Chávez. “Sem a ajuda da Rússia nós não teríamos o poder militar que temos agora,” disse ele na terça-feira na televisão estatal.
Se trata de um fornecimento no âmbito do plano de fortalecimento do exército de Venezuela com armas modernas para defender o território nacional, notou o presidente. Ele disse também que estava confiante “do apoio da Rússia e da China em todas as frentes”.
Chávez reaparece na TV e reitera participação em eleições
Chávez reaparece na TV e reitera participação em eleições
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, comandou nesta terça-feira a reunião semanal do conselho de ministros, a primeira atividade na qual foi visto ao vivo desde que voltou de Cuba há 11 dias após terminar o tratamento de radioterapia contra o câncer.
Vestido de azul e fazendo brincadeiras, Chávez reiterou que inscreverá sua candidatura presidencial em junho, dentro do prazo fixado pelo Conselho Nacional Eleitoral para o pleito de 7 de outubro, quando enfrentará o candidato único da oposição, Henrique Capriles. O mandatário prometeu uma vitória "sem precedentes" nas eleições. "Vão ser derrotados em todas as frentes, a derrota que vamos aplicar não terá precedentes na história política deste país", afirmou Chávez durante a reunião do gabinete.
Chávez, que tentará a reeleição para um terceiro mandato, destacou que seu governo é a "garantia da paz", e advertiu que se a oposição vencer a Venezuela cairá na "violência, na loucura e na instabilidade". "Dizem que não vou ser candidato, que Chávez não pode, não sabe, que anda nas núvens (...) mas são vocês (oposição) que andam nas núvens", rebateu.
A saúde do mandatário, 57 anos, é considerada segredo de Estado e o que se sabe oficialmente é que foi submetido a três cirurgias e removeu dois tumores malignos na região pélvica. Uma fonte próxima à equipe médica disse que Chávez tem dores em uma perna, consequência da doença, o que dificulta aparições públicas.
Venezuela aprova lei para interceptar aviões do narcotráfico
O Parlamento venezuelano aprovou na noite de terça-feira uma lei que permitirá às Forças Armadas interceptar e inutilizar aviões que infrinjam as normas do espaço aéreo, o que inclui as aeronaves vinculadas ao narcotráfico, uma proposta do presidente Hugo Chávez.
A Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a Lei de Controle para a Defesa Integral do Espaço Aéreo. A lei, de 12 artigos, inclui "todos aqueles aspectos que impediam o exercício pleno da defesa dos altos interesses nacionais", afirma um comunicado da Assembleia.
Fonte: AFP / Reuters
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Chávez diz que submarino entrou em águas venezuelanas e fugiu
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que um submarino não-identificado, mas de "propulsão nuclear", invadiu águas territoriais venezuelanas na terça-feira e depois fugiu.
"Detectamos um submarino em águas venezuelanas, não podemos acusar ninguém, apenas suspeitamos", declarou Chávez ao canal estatal VTV. "Foi perseguido e escapou porque é muito mais rápido que os nossos", acrescentou o presidente venezuelano, comentando que tamanha velocidade indicaria que o submarino possuía propulsão nuclear.
Chávez ressaltou que o Governo está investigando o incidente. "Não podemos acusar ninguém porque não temos provas, mas sem dúvida era um submarino", frisou. O líder venezuelano insinuou que "os impérios se acostumaram a navegar pelo mar do Caribe e a se espalhar por todos os lados. Além disso, usam seus satélites para espionagem", considerou.
Chávez concluiu dizendo que a Venezuela não cairá "em provocações, nem internas nem externas" e continuará "transformando o país em paz".
Fonte: EFE
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Chávez compra mais armas da Rússia
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou no domingo que novos equipamentos de defesa antiaérea e artilharia pesada comprados da Rússia estão a caminho da Venezuela. A medida provoca polêmica no país. Segundo análise do orçamento de 2012 feito pela oposição, Chávez cortará gastos em educação, saúde e moradia e aumentará em 65% o investimento militar.
"Que ninguém se atreva a vir para cá para nos aplicar a "fórmula líbia". Sairia muito caro (a qualquer país) meter-se com a Venezuela", afirmou Chávez em rede nacional, anunciando a chegada do armamento que "faz falta para a defesa do país".
Contudo, na opinião do cientista político venezuelano Alfredo Ramos Jiménez, juntamente com o aumento de 50% no soldo dos membros das Forças Armadas, a medida foi adotada porque a popularidade de Chávez é a mais baixa em relação aos períodos eleitorais anteriores nos quais ele disputou a reeleição.
Ramos afirma que investir em defesa externa em detrimento da segurança interna prejudica a aprovação do líder também entre os mais pobres - responsáveis pela maior base eleitoral de Chávez, graças aos programas sociais de seu governo. A Venezuela não publica dados de violência desde 2003, mas se estima que na capital do país, Caracas, a taxa de homicídio seja de 220 a cada 100 mil habitantes, mais alta que a de Ciudad Juárez, no México, considerada a localidade mais violenta do mundo.
Para Ramos, o presidente também investe em defesa "por causa de sua política de amedrontar a oposição; para dizer "olhe, eu tenho as armas, e muitas", indicando que ele não reconhecerá facilmente uma derrota (nas urnas)". Segundo o analista, o comércio de armamento com os russos serve ainda para que Chávez consiga o apoio de comandantes militares venezuelanos que se beneficiariam com esses negócios. Ramos afirma ainda que, ao aumentar os soldos dos membros das Forças Armadas, Chávez ainda estimula uma disputa entre civis e militares na Venezuela. O Partido Comunista do país, por exemplo, exigiu ontem que os mesmos 50% de aumento sejam repassados ao salário mínimo e às "diversas categorias" de trabalhadores.
Nos últimos cinco anos, Caracas comprou quase US$ 11 bilhões em equipamento bélico. Em agosto, foi anunciado um crédito de US$ 4 bilhões para a compra de armas russas pelo governo de Caracas. O deputado opositor Julio Borges afirmou ontem à imprensa venezuelana que, em sua análise sobre o orçamento de 2012, detectou cortes de até 63% em moradias e desenvolvimento urbano, além do aumento de 65% do investimento nas Forças Armadas.
Fonte: Estadão
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Venezuela diz que Otan conduziu "política de barbárie" na Líbia
O governo da Venezuela oficializou nesta sexta-feira sua condenação contra "o crime cometido no dia 20 de outubro de 2011 contra o líder líbio Muammar Kadafi" e o que denominou "política de barbárie conduzida pela Otan e seus aliados na Líbia".
Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o Governo do presidente Hugo Chávez disse que a Otan e seus aliados afundaram a Líbia na guerra e subverteram pela força a ordem institucional desse país nos últimos quatro meses.
"A agressão militar unilateral e ilegal da Otan contra um país que não efetuou ato de guerra algum, semeia um triste precedente que poderá ser utilizado convenientemente pelo império contra qualquer nação do Sul que se interponha no caminho de sua política de dominação", diz o documento.
O comunicado ressalta que "as potências colonialistas" conduziram uma política violenta na nação africana para mudar o regime "em violação dos mais básicos princípios do Direito Internacional".
Além disso, o texto da Chancelaria acrescenta que a "Venezuela reitera seu repúdio à cultura de morte imposta pelas elites ocidentais que hoje incendeiam o mundo a fim de monopolizar as riquezas e os recursos soberanos dos povos".
Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.
A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.
Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.
Fonte: EFE
sábado, 8 de outubro de 2011
Rússia concede novo crédito de US$ 4 bi à Venezuela
A Rússia concedeu à Venezuela um novo crédito no valor de 4 bilhões de dólares para cooperação técnico-militar e que se soma a outros empréstimos anteriores com os quais Caracas fortaleceu sua defesa, informou o presidente venezuelano Hugo Chávez, durante cerimônia de assinatura realizada na noite de quinta-feira.
“Agradeço muito ao governo russo por este crédito”, declarou Chávez. “Temos o direito de equipar nossas forças de defesa. É uma obrigação minha como chefe de Estado e comandante das Forças Armadas. Estávamos desarmados. Muito obrigado, de verdade”, acrescentou.
O governo de Caracas assinou entre 2005 e 2007 contratos de compra de armas rusas no valaor de mais de 4 bilhões de dólares para adquirir aviões Sukhoi, helicópteros de combate e fuzis.
Em 2010 a Venezuela recebeu outro empréstimo de Moscou, de 2,2 bilhões de dólares, para comprar tanques T-72 e um número não determinado de mísseis S-300.
Fonte: AFP
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Com 20% das reservas mundiais, Venezuela torna-se líder petrolífero
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A Venezuela superou posição historicamente ocupada pela Arábia Saudita e tornou-se oficialmente a maior nação petrolífera do planeta, com 20% das reservas mundiais, segundo boletim anual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta segunda-feira (18/07). O estoque venezuelano cresceu e atingiu 296 bilhões de barris. Na Arábia, ficou estagnado em 264 bilhões. As reservas mundiais conhecidas somam 1,467 trilhão de barris, segundo a Opep.
A liderança venezuelana havia sido anunciada pelo governo Hugo Chávez no início de 2010 e apontada em estudos geológicos anteriormente, em decorrência da confirmação da descoberta da maior reserva petrolífera do mundo, na bacia do Orinoco, em 2009. Essa descoberta fez o estoque venezuelano aumentar 40% de 2009 para 2010. Mas ainda não entrara para as estatísticas da Opep, que reúne os grandes exportadores do mundo e controla 81% das reservas conhecidas.
Nos cinco anos entre 2006 e 2010, os estoques petrolíferos da Venezuela triplicaram, enquanto as sauditas permaneceram os mesmos. A Venezuela, que controlava 7% deles, passou a deter 20% agora. No período, as reservas internacionais subiram 20%.
Além de Venezuela e Arábia Saudita, só mais três países possuem reservas superiores a 100 bilhões de barris – Irã, Iraque e Kuwait. Juntas, as cinco nações respondem por dois de cada três barris contabilizados como reservas mundiais.
O Brasil ocupa a 14 posição no ranking, numa lista de 40 países, com 12 bilhões de barris. É mesma posição desde 2006. Os estoques da chamada camada pré-sal ainda não fazem parte oficialmente das estatísticas da OPEP.
Caso as expectativas do governo e da Petrobras se concretizem quanto ao potencial do pré-sal, o Brasil pode se tornar o terceiro maior estoque do mundo, com reservas acima de 200 bilhões de barris.
Fonte: Carta Maior
A liderança venezuelana havia sido anunciada pelo governo Hugo Chávez no início de 2010 e apontada em estudos geológicos anteriormente, em decorrência da confirmação da descoberta da maior reserva petrolífera do mundo, na bacia do Orinoco, em 2009. Essa descoberta fez o estoque venezuelano aumentar 40% de 2009 para 2010. Mas ainda não entrara para as estatísticas da Opep, que reúne os grandes exportadores do mundo e controla 81% das reservas conhecidas.
Nos cinco anos entre 2006 e 2010, os estoques petrolíferos da Venezuela triplicaram, enquanto as sauditas permaneceram os mesmos. A Venezuela, que controlava 7% deles, passou a deter 20% agora. No período, as reservas internacionais subiram 20%.
Além de Venezuela e Arábia Saudita, só mais três países possuem reservas superiores a 100 bilhões de barris – Irã, Iraque e Kuwait. Juntas, as cinco nações respondem por dois de cada três barris contabilizados como reservas mundiais.
O Brasil ocupa a 14 posição no ranking, numa lista de 40 países, com 12 bilhões de barris. É mesma posição desde 2006. Os estoques da chamada camada pré-sal ainda não fazem parte oficialmente das estatísticas da OPEP.
Caso as expectativas do governo e da Petrobras se concretizem quanto ao potencial do pré-sal, o Brasil pode se tornar o terceiro maior estoque do mundo, com reservas acima de 200 bilhões de barris.
Fonte: Carta Maior
terça-feira, 5 de julho de 2011
Venezuela exibe pela 1ª vez armas compradas da Rússia
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O governo venezuelano mostrou nesta terça-feira (5) pela primeira vez parte do armamento adquirido em Moscou nos últimos anos, como os tanques T-72, o que motivou o presidente Hugo Chávez a agradecer o apoio da Rússia, com quem mantém estreita relação.
No desfile militar do Bicentenário da Independência, realizado em Caracas, os venezuelanos viram vários batalhões de T-72, assim como carros de combate BMP-3, fuzis Dragunov, sistemas antimísseis e veículos para o transporte de tropas, tudo comprado da Rússia.
"Graças à Rússia, a seu governo e a seu apoio, hoje sim temos umas Forças Armadas de verdade. Felicidades!", escreveu o presidente Hugo Chávez em sua conta na rede social Twitter. O presidente não esteve presente no desfile devido ao fato de estar se recuperando no palácio de governo em Caracas de uma operação realizada em Cuba na qual extraiu um tumor cancerígeno.
Entre 2005 e 2007, Caracas assinou contratos de compra de armas de mais de US$ 4 bilhões para adquirir da Rússia aviões Sukhoi, helicópteros de combate e fuzis, entre outros. Além disso, ajudada por um empréstimo de 2,2 bilhões de dólares concedido por Moscou, a Venezuela também encomendou em 2010 à Rússia tanques T-72 e um número não divulgado de mísseis de defesa antiaérea S-300.
O governo venezuelano assegura que esses investimentos milionários em armas, que a oposição considera excessivos, são necessários para modernizar as equipes e estar preparado para a defesa do país. Todos os componentes das Forças Armadas, incluindo as milícias, civis treinados para funções militares, participaram do desfile de terça-feira.
"Tremendo desfile popular militar! Digno desta Grande Festa Pátria Bicentenária! Cumprimento todos e todas", disse o presidente em sua conta no Twitter. O general Carlos Alcalá, que dirigiu a exibição militar, usou os qualificativos de "socialistas, revolucionários e antiimperialistas" para se referir às Forças Armadas venezuelanas, que, por lei, devem chamar-se também "bolivarianas". O desfile militar desta terça-feira foi concluído com o slogan "pátria socialista ou morte. Venceremos!".
Chávez preside a distância desfile de comemoração do bicentenário da Venezuela
.O presidente Hugo Chavez, que se restabelece de uma operação para a retirada de um câncer, presidiu nesta terça-feira, a distância, a partir do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, o desfile militar do bicentenário de independência da Venezuela.
No dia seguinte ao retorno de Cuba, onde se submeteu à cirurgia, o líder do socialismo de Estado latino-americano, saudou a nova independência da Venezuela, que arrancou, segundo ele, sob o seu mandato, desde sua primeira eleição triunfal, em 1998. E essa nova independência seria em relação aos interesses multinacionais, das potências estrangeiras, da burguesia venezuelana, explicou.
"Não temos melhor maneira de celebrar este dia esperado por tanto tempo do que sendo independentes, como somos novamente. Não somos mais uma colônia, de quem quer que seja, e não o seremos jamais", declarou ele, do palácio presidencial, a uma multidão aglomerada em outro ponto de Caracas, em torno de uma avenida aonde foi realizado um desfile militar com fausto.
A multidão pôde acompanhar o breve discurso de Chavez de uma tela gigante. Os militares aproveitaram para render homenagem ao presidente.
Chavez, de 56 anos, nacionalizou, desde que chegou ao poder, setores cruciais da economia, como o dos hidrocarbonetos, e colocou em prática numerosos programas sociais voltados para a saúde e a educação das camadas menos desfavorecidas da população, que afirmam ter encontrado, finalmente, "dignidade", nesta potência petrolífera de desigualdades sociais gritantes.
O presidente venezuelano foi acolhido, na véspera, por milhares de simpatizantes, diante do palácio de Miraflores. Ele havia advertido, no entanto, que não poderia assistir pessoalmente ao desfilé militar de comemoração do bicentenário de independência da Venezuela, proclamado no dia 5 de julho de 1811 pelo Congresso.
Chavez foi submetido, no dia 20 de junho, em Cuba, a uma cirurgia para a retirada de um tumor canceroso na "zona pélvica". Mas nada se sabe sobre a gravidade da doença e a natureza de seu tratamento.
Os ministros das Relações Exteriores de vários países da América Latina foram a Caracas para as celebrações, assim como os presidentes uruguaio, José Mujica; paraguaio, Fernando Lugo, e boliviano, Evo Morales.
"Após ter perdido esta independência que lhe custou tanto, a Venezuela, nos últimos anos, voltou a recuperá-la", declarou nesta terça-feira o chefe de Estado.
Chavez convidou os cidadãos a festejarem, juntos, em 2021, o bicentenário da batalha de Carabobo, que marcou definitivamente a derrota das tropas espanholas e a independência efetiva da Venezuela, dez anos após sua proclamação.
O presidente é candidato à própria sucessão na eleição presidencial do final de 2012, e jamais escondeu que quer governar até 2021.
"Caminhamos para, no dia 24 de junho de 2021, comemorarmos os 200 anos da consolidação da independência nacional. Para lá vamos, com a ajuda de Deus (...) Este não é só o retorno de Chávez, mas da independência plena", disse Chávez.
"Aqui estou, em recuperação, mas ainda recuperado-me. Iniciamos outra longa marcha", disse.
"Estou com vocês de corpo e alma. Graças a Deus, graças a minha vida, graças a meu povo por ter-me permitido, apesar das grandes dificuldades, estar aqui plenamente com vocês, como estou hoje, nesta festa de nossa pátria", concluiu Chávez.
Fonte: AFP
terça-feira, 3 de maio de 2011
Chávez pede que ONU condene "vil crime" contra família de Kadafi
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou nesta segunda-feira o "assassinato" do filho mais novo e três netos do líder líbio, Muammar Kadafi, e exigiu que a Organização das Nações Unidas manifeste sua condenação do que denominou "vil crime" e "ato de guerra".
A Chancelaria venezuelana assinalou em comunicado divulgado nesta segunda-feira que Chávez "condena energicamente o assassinato perpetrado pela coalizão imperialista liderada pela Otan", em "um dos cruéis e covardes bombardeios que dia após dia massacram civis dessa irmã nação africana".
"O Governo bolivariano pede à ONU que condene este ato de guerra, ao tempo que faz um chamado aos povos e Governos do mundo para que exijam o fim imediato dos bombardeios", assinala o texto.
O presidente venezuelano manifesta suas condolências "aos irmãos líbios" pela morte do filho mais novo de Kadafi, Seif el Arab, de 29 anos.
O documento destaca que esta ação aconteceu após o bombardeio "ilegal" das instalações da televisão nacional líbia poucas horas depois que Kadafi formulasse uma proposta de solução negociada da crise.
Com este ato se demonstra "claramente", segundo Chávez, "quem busca a guerra e quem busca a paz" e "a intenção manifesta da coalizão imperial de assassinar a Muammar Kadafi".
O presidente venezuelano defendeu por promover uma solução "pacífica e negociada" do conflito líbio que preserve a soberania e integridade do estado norte-africano, e reiterou, mais uma vez, sua solidariedade com "a heroica resistência".
Fonte: EFE
A Chancelaria venezuelana assinalou em comunicado divulgado nesta segunda-feira que Chávez "condena energicamente o assassinato perpetrado pela coalizão imperialista liderada pela Otan", em "um dos cruéis e covardes bombardeios que dia após dia massacram civis dessa irmã nação africana".
"O Governo bolivariano pede à ONU que condene este ato de guerra, ao tempo que faz um chamado aos povos e Governos do mundo para que exijam o fim imediato dos bombardeios", assinala o texto.
O presidente venezuelano manifesta suas condolências "aos irmãos líbios" pela morte do filho mais novo de Kadafi, Seif el Arab, de 29 anos.
O documento destaca que esta ação aconteceu após o bombardeio "ilegal" das instalações da televisão nacional líbia poucas horas depois que Kadafi formulasse uma proposta de solução negociada da crise.
Com este ato se demonstra "claramente", segundo Chávez, "quem busca a guerra e quem busca a paz" e "a intenção manifesta da coalizão imperial de assassinar a Muammar Kadafi".
O presidente venezuelano defendeu por promover uma solução "pacífica e negociada" do conflito líbio que preserve a soberania e integridade do estado norte-africano, e reiterou, mais uma vez, sua solidariedade com "a heroica resistência".
Fonte: EFE
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Otan quer matar Gaddafi e efetua ataques indiscriminados, diz Chávez
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu novamente nesta terça-feira que uma solução política seja encontrada para o conflito líbio e acusou a comunidade internacional de querer matar o ditador Muammar Gaddafi, a quem chamou de "amigo", embora "não esteja de acordo com ele em tudo".
"Vocês sabem que Gaddafi é nosso amigo, mas isto não tem nada a ver com amizade. Quem tem direito de jogar bombas assim? Estão procurando Gaddafi para matá-lo", disse Chávez, presente em uma reunião de ministros das Relações Exteriores latino-americanos e caribenhos em Caracas.
"Não estamos de acordo com tudo o que Gaddafi faz ou fez, mas quem pode assumir o direito de jogar bombas todas as madrugadas? Elas caem em um centro comercial, em um hospital, em uma universidade. Tudo isso para conseguir a queda de um regime", acrescentou o mandatário.
Chávez, principal aliado de Gaddafi na América Latina, voltou a defender sua ideia de enviar uma comissão internacional de paz para realizar a mediação desse conflito interno, proposta lançada há semanas e que teve pouco apoio internacional.
"Estamos fazendo um modesto esforço para chegarmos a uma saída política para este problema", disse.
Na opinião de Chávez, a intervenção estrangeira na Líbia, iniciada em março, pretende apenas "apoderar-se de seu petróleo".
Segundo a Otan, os bombardeios na Líbia pretendem proteger a população civil sem impor uma mudança de regime. Até o momento, Gaddafi, no poder desde 1969, continua combatendo os rebeldes que se opõem ao seu regime.
ALVO LEGÍTIMO
Os escritórios de Gaddafi, bombardeados nesta segunda-feira, representam um "alvo legítimo", disseram nesta terça-feira, em Washington, o secretário americano e o ministro britânico da Defesa, Robert Gates e Liam Fox.
"Julgamos que os centros de comando são alvos legítimos e os destruímos, então", afirmou Robert Gates durante entrevista à imprensa, ao lado de Fox.
"É de lá que as forças de Gaddafi cometem violências contra as populações civis, como em Misrata", explicou.
No entanto, Gaddafi não é ele próprio o alvo de aviões da Otan, de acordo Gates: "nós não o visamos especificamente".
Os escritórios do ditador, situados em sua mansão na área de Bab al Aziziya em Trípoli, foram totalmente destruídos ontem por um ataque aéreo da Otan.
O ministro britânico falou em "avanços" das tropas nos últimos dias, principalmente em Misrata.
ATAQUES
Aviões da Otan bombardearam na madrugada desta segunda-feira a cidade de Trípoli atingindo um grande prédio do complexo onde mora Gaddafi, destruindo totalmente a instalação.
Segundo informações da agência France Presse, as detonações tiveram uma força inédita no centro da cidade e fizeram tremer o hotel onde estão os correspondentes da imprensa estrangeira em Trípoli.
Os ataques, avaliados pelo governo líbio como uma tentativa de assassinato de Gaddafi, ocorreram por volta da 00h10 local (19h10 em Brasília) em vários bairros da cidade. Segundo a imprensa oficial, 45 pessoas ficaram feridas pelos bombardeios, 15 delas em estado grave.
Três emissoras locais TV Líbia, Jamahiriya e Shababiya ficaram cerca de meia hora fora do ar após os bombardeios.
Fonte: France Presse
"Vocês sabem que Gaddafi é nosso amigo, mas isto não tem nada a ver com amizade. Quem tem direito de jogar bombas assim? Estão procurando Gaddafi para matá-lo", disse Chávez, presente em uma reunião de ministros das Relações Exteriores latino-americanos e caribenhos em Caracas.
"Não estamos de acordo com tudo o que Gaddafi faz ou fez, mas quem pode assumir o direito de jogar bombas todas as madrugadas? Elas caem em um centro comercial, em um hospital, em uma universidade. Tudo isso para conseguir a queda de um regime", acrescentou o mandatário.
Chávez, principal aliado de Gaddafi na América Latina, voltou a defender sua ideia de enviar uma comissão internacional de paz para realizar a mediação desse conflito interno, proposta lançada há semanas e que teve pouco apoio internacional.
"Estamos fazendo um modesto esforço para chegarmos a uma saída política para este problema", disse.
Na opinião de Chávez, a intervenção estrangeira na Líbia, iniciada em março, pretende apenas "apoderar-se de seu petróleo".
Segundo a Otan, os bombardeios na Líbia pretendem proteger a população civil sem impor uma mudança de regime. Até o momento, Gaddafi, no poder desde 1969, continua combatendo os rebeldes que se opõem ao seu regime.
ALVO LEGÍTIMO
Os escritórios de Gaddafi, bombardeados nesta segunda-feira, representam um "alvo legítimo", disseram nesta terça-feira, em Washington, o secretário americano e o ministro britânico da Defesa, Robert Gates e Liam Fox.
"Julgamos que os centros de comando são alvos legítimos e os destruímos, então", afirmou Robert Gates durante entrevista à imprensa, ao lado de Fox.
"É de lá que as forças de Gaddafi cometem violências contra as populações civis, como em Misrata", explicou.
No entanto, Gaddafi não é ele próprio o alvo de aviões da Otan, de acordo Gates: "nós não o visamos especificamente".
Os escritórios do ditador, situados em sua mansão na área de Bab al Aziziya em Trípoli, foram totalmente destruídos ontem por um ataque aéreo da Otan.
O ministro britânico falou em "avanços" das tropas nos últimos dias, principalmente em Misrata.
ATAQUES
Aviões da Otan bombardearam na madrugada desta segunda-feira a cidade de Trípoli atingindo um grande prédio do complexo onde mora Gaddafi, destruindo totalmente a instalação.
Segundo informações da agência France Presse, as detonações tiveram uma força inédita no centro da cidade e fizeram tremer o hotel onde estão os correspondentes da imprensa estrangeira em Trípoli.
Os ataques, avaliados pelo governo líbio como uma tentativa de assassinato de Gaddafi, ocorreram por volta da 00h10 local (19h10 em Brasília) em vários bairros da cidade. Segundo a imprensa oficial, 45 pessoas ficaram feridas pelos bombardeios, 15 delas em estado grave.
Três emissoras locais TV Líbia, Jamahiriya e Shababiya ficaram cerca de meia hora fora do ar após os bombardeios.
Fonte: France Presse
terça-feira, 22 de março de 2011
Venezuela gastou US$ 15 bilhões em armamentos
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De acordo com a organização não-governamental Controle Cidadão para a Segurança, a Defesa e a Força Armada Nacional, as Forças Armadas da Venezuela atuam como “braço armado” do Poder Executivo.
A entidade informou que nos últimos seis anos, o governo venezuelano gastou US$ 15 bilhões em armamentos.
Desse total, US$ 8,5 bilhões foram destinados a compras militares da Rússia, principal provedor de armas da Venezuela à frente de China e Espanha.
O documento revela que Hugo Chávez comprou apenas da Rússia 105 mil fuzis, 2 mil lança mísseis e foguetes, 92 tanques, 36 aviões de caça e nove submarinos, bem como canhões e sistemas de mísseis.
A ONG acredita ainda que as compras militares venezuelanas podem alcançar US$ 30 bilhões já que existe uma brecha entre o que é anunciado pelo governo e o que realmente chega ao país.
A Venezuela adquiriu material militar de 14 países e realizou 18 anúncios de compras. Não se sabe em que etapa do processo caminham esses acordos militares.
Além disso, a maioria dos acordos militares firmados pela Venezuela não passam pelo Congresso do país o que dificulta qualquer tipo de controle ou fiscalização.
Para a presidente do Controle Cidadão, o futuro profissional dos integrantes das Forças Armadas está em jogo por conta da politização da instituição. Rocío San Miguel afirmou que “as Forças Armadas são um braço armado do Executivo Nacional”.
Ela manifestou preocupação também com a militarização da Sociedade Civil.
“A Milícia Nacional Bolivariana se converteu no quinto componente das Forças Armadas, o que viola a Constituição do país”, destacou. O governo pretende constituir 60 batalhões de milícias apenas em Caracas.
San Miguel denunciou também que a inclusão de pessoal cubano em cargos estratégicos dentro das Forças Armadas é outro ponto desestabilizador.
Segundo ela, cubanos estariam desenvolvendo atividades de inteligência e contra-inteligência dentro das Forças Armadas do país o que pode ser considerado como um ato de traição à pátria.
FONTE: InfoRel via Plano Brasil
A entidade informou que nos últimos seis anos, o governo venezuelano gastou US$ 15 bilhões em armamentos.
Desse total, US$ 8,5 bilhões foram destinados a compras militares da Rússia, principal provedor de armas da Venezuela à frente de China e Espanha.
O documento revela que Hugo Chávez comprou apenas da Rússia 105 mil fuzis, 2 mil lança mísseis e foguetes, 92 tanques, 36 aviões de caça e nove submarinos, bem como canhões e sistemas de mísseis.
A ONG acredita ainda que as compras militares venezuelanas podem alcançar US$ 30 bilhões já que existe uma brecha entre o que é anunciado pelo governo e o que realmente chega ao país.
A Venezuela adquiriu material militar de 14 países e realizou 18 anúncios de compras. Não se sabe em que etapa do processo caminham esses acordos militares.
Além disso, a maioria dos acordos militares firmados pela Venezuela não passam pelo Congresso do país o que dificulta qualquer tipo de controle ou fiscalização.
Para a presidente do Controle Cidadão, o futuro profissional dos integrantes das Forças Armadas está em jogo por conta da politização da instituição. Rocío San Miguel afirmou que “as Forças Armadas são um braço armado do Executivo Nacional”.
Ela manifestou preocupação também com a militarização da Sociedade Civil.
“A Milícia Nacional Bolivariana se converteu no quinto componente das Forças Armadas, o que viola a Constituição do país”, destacou. O governo pretende constituir 60 batalhões de milícias apenas em Caracas.
San Miguel denunciou também que a inclusão de pessoal cubano em cargos estratégicos dentro das Forças Armadas é outro ponto desestabilizador.
Segundo ela, cubanos estariam desenvolvendo atividades de inteligência e contra-inteligência dentro das Forças Armadas do país o que pode ser considerado como um ato de traição à pátria.
FONTE: InfoRel via Plano Brasil
domingo, 20 de março de 2011
Rússia e três países latino-americanos condenam bombardeio na Líbia
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou a ofensiva militar ocidental contra a Líbia, acusando os EUA e seus aliados europeus de atacar o país para dividir, posteriormente, o seu petróleo.
"Mais mortes, mais guerra. Eles são especialistas em guerra", disse Chávez. "Que irresponsabilidade. E, por trás disso, encontramos as mãos dos EUA e dos aliados europeus".
O cubano Fidel Castro, um dos principais aliados de Chávez, manifestou preocupação similar em sua coluna escrita antes dos primeiros bombardeios.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, adotou a mesma linha ao acusar as potências mundiais de estarem com um olho voltado para as reservas de petróleo do país localizado no norte da África.
"Eles querem dividir o petróleo líbio. As vidas do povo líbio não importam para eles", continuou. "É lamentável que, mais uma vez, a política voltada para a guerra do império ianque e dos seus aliados seja imposta, e que as Nações Unidas manifestem apoio à guerra, o que infringe seus princípios fundamentais, em vez de formar uma comissão que atue na Líbia".
A Rússia lamentou a "intervenção armada estrangeira na Líbia" em um comunicado do porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Alexandre Loukachevitch.
"Moscou lamenta esta intervenção armada efetuada com base na resolução 1973 da ONU adotada apressadamente", disse o porta-voz ao pedir um "cessar-fogo o mais rápido possível".
"Estamos convencidos de que, para solucionar de maneira estável o conflito interno na Líbia (...), é preciso deter rapidamente o derramamento de sangue e promover o diálogo entre os líbios".
MENSAGEM
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, enviou mensagens, neste sábado, pouco antes do começo da operação militar apoiada pela ONU, para os principais líderes dos países envolvidos nos bombardeios ao seu país.
Gaddafi chama o presidente dos EUA, Barack Obama, de "filho" em vários momentos da carta, além de dizer que, apesar da guerra, "continuará amando" Obama.
Leia abaixo o conteúdo:
Para o nosso filho, o honrado presidente Barack Hussein Obama,
Como eu disse antes, até mesmo se, que Deus proíba, existir uma guerra entre Líbia e América, você permaneceria meu filho, e eu, ainda assim, continuaria amando você. Eu não quero mudar a imagem que tenho de você. Todo o povo líbio está comigo, pronto para morrer, até mesmo as mulheres e as crianças. Estamos lutando contra a Al Qaeda. Lutando contra o que eles chamam de Magreb Islâmico. É um grupo armado que está lutando da Líbia à Mauritânia, passando por Argélia e Mali... Se você encontrasse esse grupo lutando pelo controle de cidades americanas através do uso de armas, o que você faria?
Fonte: Folha
"Mais mortes, mais guerra. Eles são especialistas em guerra", disse Chávez. "Que irresponsabilidade. E, por trás disso, encontramos as mãos dos EUA e dos aliados europeus".
O cubano Fidel Castro, um dos principais aliados de Chávez, manifestou preocupação similar em sua coluna escrita antes dos primeiros bombardeios.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, adotou a mesma linha ao acusar as potências mundiais de estarem com um olho voltado para as reservas de petróleo do país localizado no norte da África.
"Eles querem dividir o petróleo líbio. As vidas do povo líbio não importam para eles", continuou. "É lamentável que, mais uma vez, a política voltada para a guerra do império ianque e dos seus aliados seja imposta, e que as Nações Unidas manifestem apoio à guerra, o que infringe seus princípios fundamentais, em vez de formar uma comissão que atue na Líbia".
A Rússia lamentou a "intervenção armada estrangeira na Líbia" em um comunicado do porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Alexandre Loukachevitch.
"Moscou lamenta esta intervenção armada efetuada com base na resolução 1973 da ONU adotada apressadamente", disse o porta-voz ao pedir um "cessar-fogo o mais rápido possível".
"Estamos convencidos de que, para solucionar de maneira estável o conflito interno na Líbia (...), é preciso deter rapidamente o derramamento de sangue e promover o diálogo entre os líbios".
MENSAGEM
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, enviou mensagens, neste sábado, pouco antes do começo da operação militar apoiada pela ONU, para os principais líderes dos países envolvidos nos bombardeios ao seu país.
Gaddafi chama o presidente dos EUA, Barack Obama, de "filho" em vários momentos da carta, além de dizer que, apesar da guerra, "continuará amando" Obama.
Leia abaixo o conteúdo:
Para o nosso filho, o honrado presidente Barack Hussein Obama,
Como eu disse antes, até mesmo se, que Deus proíba, existir uma guerra entre Líbia e América, você permaneceria meu filho, e eu, ainda assim, continuaria amando você. Eu não quero mudar a imagem que tenho de você. Todo o povo líbio está comigo, pronto para morrer, até mesmo as mulheres e as crianças. Estamos lutando contra a Al Qaeda. Lutando contra o que eles chamam de Magreb Islâmico. É um grupo armado que está lutando da Líbia à Mauritânia, passando por Argélia e Mali... Se você encontrasse esse grupo lutando pelo controle de cidades americanas através do uso de armas, o que você faria?
Fonte: Folha
domingo, 13 de março de 2011
Chávez diz que 'guerra civil' na Líbia não justifica invasão
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, repetiu neste sábado que a "guerra civil" que diz acontecer na Líbia não justifica "que nenhum país" queira invadi-la, intenção que atribui aos Estados Unidos e a "alguns" de seus aliados da Europa.
"Estão cogitando a invasão da Líbia quando há apenas alguns meses atrás estavam fazendo negócios com o governo líbio, o que é cinismo", manifestou em um pronunciamento pela televisão.
"Agora estão planejando, e praticamente anunciando, a invasão da Líbia, onde acontece uma guerra civil, mas o fato de que haja guerra civil não dá direito a nenhum país de invadir outro", insistiu.
O objetivo de uma interferência externa, segundo ele, seria que os países querem se apoderar do petróleo da Líbia.
Chávez ainda alertou que seu país também enfrenta esse risco, em virtude de que "a Venezuela tem dez vezes mais petróleo que a Líbia".
O presidente da Venezuela renovou na véspera, em outro pronunciamento, sua proposta de que se crie uma comissão internacional de paz que ajude a resolver o conflito naquele país do norte da África, iniciativa que já foi autorizada pelo líder líbio, Muammar Gaddafi.
Fonte: EFE
"Estão cogitando a invasão da Líbia quando há apenas alguns meses atrás estavam fazendo negócios com o governo líbio, o que é cinismo", manifestou em um pronunciamento pela televisão.
"Agora estão planejando, e praticamente anunciando, a invasão da Líbia, onde acontece uma guerra civil, mas o fato de que haja guerra civil não dá direito a nenhum país de invadir outro", insistiu.
O objetivo de uma interferência externa, segundo ele, seria que os países querem se apoderar do petróleo da Líbia.
Chávez ainda alertou que seu país também enfrenta esse risco, em virtude de que "a Venezuela tem dez vezes mais petróleo que a Líbia".
O presidente da Venezuela renovou na véspera, em outro pronunciamento, sua proposta de que se crie uma comissão internacional de paz que ajude a resolver o conflito naquele país do norte da África, iniciativa que já foi autorizada pelo líder líbio, Muammar Gaddafi.
Fonte: EFE
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Venezuela negocia compra de aviões militares da China, incluindo caças J-10
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O governo venezuelano está negociando com a China a aquisição de novos aviões de treinamento de combate, transporte e de caça, segundo informaram fontes ligadas ao governo. As aeronaves chinesas, em alguns casos, substituirão modelos norte americanos com limitações operacionais, devido ao Estados Unidos limitarem o envio de peças de reposição.
O negpocio trata inicialmente sobre a aquisição de 7 novos aviões de treinamento de combate K-8W que elevará a frota existente para 24 unidades. Numa oportunidade anterior, o presidente Hugo Chávez anunciou a compra de um segundo lote de 18 unidades, mas finalmente a quantidade foi reduzida para 7.
Um segundo passo é a compra de cerca de 10 e 12 aeronaves de transporte Y-8. Estas aeronaves, segundo explicou o comandante geral da força aérea, General Jorge Arévalo Oropeza Pernalete, serão para complementar a frota de aeronaves C-130H Hercules atualmente em operação.
Por último, foi decidida aquisição de aeronaves de caça J-10 para, eventualmente, substituir os caças F-16 de fabricação norte americana. O caça J-10 é um caça multimissão, supersônico, com capacidade para transportar até 6 toneladas de armamentos, entre bombas e mísseis. Em novembro de 2010, fontes chinesas informaram sobre uma possível venda de caças JF-17 para a Venezuela, com capacidade menor que o J-10.
A Fuerza Aérea Venezolana (FAV) dispõe há algum tempo de sistemas militares chineses, incluindo 17 aeronaves K-8W e dez radares móveis de longo alcance, sete do modelo JYL-1 e três JY-11.
Fonte: Cavok via Plano Brasil
O negpocio trata inicialmente sobre a aquisição de 7 novos aviões de treinamento de combate K-8W que elevará a frota existente para 24 unidades. Numa oportunidade anterior, o presidente Hugo Chávez anunciou a compra de um segundo lote de 18 unidades, mas finalmente a quantidade foi reduzida para 7.
Um segundo passo é a compra de cerca de 10 e 12 aeronaves de transporte Y-8. Estas aeronaves, segundo explicou o comandante geral da força aérea, General Jorge Arévalo Oropeza Pernalete, serão para complementar a frota de aeronaves C-130H Hercules atualmente em operação.
Por último, foi decidida aquisição de aeronaves de caça J-10 para, eventualmente, substituir os caças F-16 de fabricação norte americana. O caça J-10 é um caça multimissão, supersônico, com capacidade para transportar até 6 toneladas de armamentos, entre bombas e mísseis. Em novembro de 2010, fontes chinesas informaram sobre uma possível venda de caças JF-17 para a Venezuela, com capacidade menor que o J-10.
A Fuerza Aérea Venezolana (FAV) dispõe há algum tempo de sistemas militares chineses, incluindo 17 aeronaves K-8W e dez radares móveis de longo alcance, sete do modelo JYL-1 e três JY-11.
Fonte: Cavok via Plano Brasil
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Chávez rejeita comparações com egípcio Hosni Mubarak
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, tentou se distanciar das comparações que a oposição tem feito entre os seus doze anos no poder e a situação que levou à renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak.
Chávez, que afirma liderar uma revolução socialista no país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), se prepara para as eleições presidenciais de 2012, quando espera se reeleger para um novo período de seis anos.
"Acho graça quando alguns analistas inteligentes tentam comparar o meu governo com o do ex-presidente Hosni Mubarak no Egito. Estão loucos ... lá sim havia uma ditadura e mais da metade da população vivendo na pobreza, essa é a causa fundamental", ele disse no seu programa de TV dominical.
A oposição venezuelana chama Chávez de ditador constantemente, posição que foi fortalecida desde que a Assembleia Nacional lhe deu poderes especiais para legislar durante dezoito meses, no fim de 2010.
A oposição argumenta que seu governo é autocrático, ao ignorar o conceito de divisão e independência dos poderes públicos.
Os seguidores de Chávez, que foi o vitorioso de quase todas as eleições realizadas na Venezuela desde 1998, dizem que o presidente colocou o poder nas mãos do povo.
"Não existe uma revolução que se planeje friamente pelo celular, Twitter ou qualquer outra coisa", acrescentou Chávez. "Deve haver condições. As revoluções nascem pelo acúmulo de condições objetivas e subjetivas."
Chávez diz que, após 12 anos no poder, continua fiel a seu projeto político
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que, após 12 anos no poder, continua cumprindo a tarefa a que se determinou, mas destacou que ainda falta muito tempo para concretizar seu projeto político.
"Alguns dizem que 12 anos é muito tempo, mas o tempo é relativo. São 12 anos que pareceram 12 dias", disse Chávez em entrevista a seu ex-vice-presidente José Vicente Rangel, que tem um programa no canal Televen.
"Eu posso dizer que estou cumprindo com minha tarefa, com minha essência", completou, antes de negar que exista em sua forma de governar um sentimento "messiânico".
"Estou cumprindo com a tarefa que o tempo me impôs. Não estou aqui por vontade própria. Como diria (Simón) Bolívar, um furacão me trouxe", completou.
O presidente venezuelano advertiu que "falta muito tempo para que se possa semear um projeto novo, um projeto histórico".
"Isto não vai terminar, vai continuar. Não há um fim. É um tempo ilimitado. Como dizia (o escritor argentino Jorge Luis) Borges, é a pátria perene".
Chávez, que chegou ao poder em 1999, aspira em 2012 a um terceiro mandato de seis anos. Também já disse em várias oportunidades que pode governar além de 2019.
Na mesma entrevista, Hugo Chávez afirmou que seus críticos são cheios de contradições e tentam "enganar o povo".
"As contradições que estão em seu seio os anulam. Eles não têm princípios, nem fim, nem pés, nem cabeça. Não têm princípios éticos. Eles defendem os trabalhadores e a (patronal) Fedecâmaras, falam de aumentos de salário, mas elogiam o modelo capitalista".
"Fazem demagogia e tentam enganar o povo", acrescentou.
Ao mesmo tempo, Chávez considerou "positivo" o debate político na Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), onde a oposição ocupa desde janeiro 40% das cadeiras. Os opositores estiveram fora da vida parlamentar a partir de 2005, quando decidiram boicotar as legislativas.
Em seu programa "Alô Presidente" neste domingo, Chávez anunciou que construirá dois milhões de moradias entre 2011 e 2017 como parte de um plano para saldar o déficit habitacional, projeto no qual colaborarão os governos de Cuba, Brasil, Belarus e Irã.
Na Venezuela, um país de 28,8 milhões de habitantes, o déficit habitacional ficou em 2010 em dois milhões de casas.
Nos últimos dez anos, segundo cifras da imprensa, o governo Chávez construiu 400.000 moradias.
A crise habitacional piorou com as fortes chuvas que afetaram o norte da Venezuela no final de 2010, quando mais de 130.000 pessoas perderam suas casas.
Por outro lado, Chávez também minimizou o papel das redes sociais na renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, e afirmou que a pobreza extrema foi a causa fundamental de sua queda.
"Lá (no Egito), se havia uma ditadura e mais da metade da população vivia na pobreza extrema, essa é a causa fundamental da queda", declarou Chávez no "Alô Presidente".
"Algumas pessoas querem dizer que é a revolução do Twitter. Não... Não há uma revolução que seja planejada a frio, por celular ou o Twitter, é um incêndio. Tem que haver condições, e as revoluções nascem pelo acúmulo de condições", concluiu.
Fonte: Reuters / AFP
Chávez, que afirma liderar uma revolução socialista no país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), se prepara para as eleições presidenciais de 2012, quando espera se reeleger para um novo período de seis anos.
"Acho graça quando alguns analistas inteligentes tentam comparar o meu governo com o do ex-presidente Hosni Mubarak no Egito. Estão loucos ... lá sim havia uma ditadura e mais da metade da população vivendo na pobreza, essa é a causa fundamental", ele disse no seu programa de TV dominical.
A oposição venezuelana chama Chávez de ditador constantemente, posição que foi fortalecida desde que a Assembleia Nacional lhe deu poderes especiais para legislar durante dezoito meses, no fim de 2010.
A oposição argumenta que seu governo é autocrático, ao ignorar o conceito de divisão e independência dos poderes públicos.
Os seguidores de Chávez, que foi o vitorioso de quase todas as eleições realizadas na Venezuela desde 1998, dizem que o presidente colocou o poder nas mãos do povo.
"Não existe uma revolução que se planeje friamente pelo celular, Twitter ou qualquer outra coisa", acrescentou Chávez. "Deve haver condições. As revoluções nascem pelo acúmulo de condições objetivas e subjetivas."
Chávez diz que, após 12 anos no poder, continua fiel a seu projeto político
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que, após 12 anos no poder, continua cumprindo a tarefa a que se determinou, mas destacou que ainda falta muito tempo para concretizar seu projeto político.
"Alguns dizem que 12 anos é muito tempo, mas o tempo é relativo. São 12 anos que pareceram 12 dias", disse Chávez em entrevista a seu ex-vice-presidente José Vicente Rangel, que tem um programa no canal Televen.
"Eu posso dizer que estou cumprindo com minha tarefa, com minha essência", completou, antes de negar que exista em sua forma de governar um sentimento "messiânico".
"Estou cumprindo com a tarefa que o tempo me impôs. Não estou aqui por vontade própria. Como diria (Simón) Bolívar, um furacão me trouxe", completou.
O presidente venezuelano advertiu que "falta muito tempo para que se possa semear um projeto novo, um projeto histórico".
"Isto não vai terminar, vai continuar. Não há um fim. É um tempo ilimitado. Como dizia (o escritor argentino Jorge Luis) Borges, é a pátria perene".
Chávez, que chegou ao poder em 1999, aspira em 2012 a um terceiro mandato de seis anos. Também já disse em várias oportunidades que pode governar além de 2019.
Na mesma entrevista, Hugo Chávez afirmou que seus críticos são cheios de contradições e tentam "enganar o povo".
"As contradições que estão em seu seio os anulam. Eles não têm princípios, nem fim, nem pés, nem cabeça. Não têm princípios éticos. Eles defendem os trabalhadores e a (patronal) Fedecâmaras, falam de aumentos de salário, mas elogiam o modelo capitalista".
"Fazem demagogia e tentam enganar o povo", acrescentou.
Ao mesmo tempo, Chávez considerou "positivo" o debate político na Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), onde a oposição ocupa desde janeiro 40% das cadeiras. Os opositores estiveram fora da vida parlamentar a partir de 2005, quando decidiram boicotar as legislativas.
Em seu programa "Alô Presidente" neste domingo, Chávez anunciou que construirá dois milhões de moradias entre 2011 e 2017 como parte de um plano para saldar o déficit habitacional, projeto no qual colaborarão os governos de Cuba, Brasil, Belarus e Irã.
Na Venezuela, um país de 28,8 milhões de habitantes, o déficit habitacional ficou em 2010 em dois milhões de casas.
Nos últimos dez anos, segundo cifras da imprensa, o governo Chávez construiu 400.000 moradias.
A crise habitacional piorou com as fortes chuvas que afetaram o norte da Venezuela no final de 2010, quando mais de 130.000 pessoas perderam suas casas.
Por outro lado, Chávez também minimizou o papel das redes sociais na renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, e afirmou que a pobreza extrema foi a causa fundamental de sua queda.
"Lá (no Egito), se havia uma ditadura e mais da metade da população vivia na pobreza extrema, essa é a causa fundamental da queda", declarou Chávez no "Alô Presidente".
"Algumas pessoas querem dizer que é a revolução do Twitter. Não... Não há uma revolução que seja planejada a frio, por celular ou o Twitter, é um incêndio. Tem que haver condições, e as revoluções nascem pelo acúmulo de condições", concluiu.
Fonte: Reuters / AFP
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Parlamento aprova projeto que dá plenos poderes a Chávez durante 1 ano
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O Parlamento da Venezuela aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que concede ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, plenos poderes para governar por decreto durante um ano.
A lei habilitante foi aprovada por 157 votos a favor e 5 votos contra na primeira discussão na Assembléia Nacional. Agora o projeto segue para uma consulta pública e deve ser sancionada, sem dificuldades, na próxima quinta-feira.
A medida permitirá a Chávez legislar nas áreas de moradia, infra-estrutura, terras urbanas e rurais, economia, defesa e cooperação internacional. O Executivo argumenta que a medida busca acelerar decisões para enfrentar a crise ocasionada pelas fortes chuvas que assolam o país e que já deixaram um saldo de mais de 30 mortos e pelo menos 130 mil desabrigados.
"A situação continua sendo crítica e necessitamos atendê-la com um conjunto de leis", afirmou Chávez, nesta terça-feira, enquanto visitava um refúgio de desabrigados, acompanhado do presidente do Equador, Rafael Correa.
De acordo com o vice-presidente, Elias Jaua, "quase 40% do país foi afetado" pelas chuvas. "É muito grave o que aconteceu e a oposição tenta minimizar isso", acrescentou Jaua, logo depois de entregar o projeto de lei ao Parlamento, em Caracas.
Para a oposição, Chávez não precisaria de poderes especiais para atender a emergência e estaria utilizando esse argumento para incrementar o peso do Estado em outras áreas. "Isso é um engano para todo nosso povo", afirmou o governador opositor Capriles Radonski.
Para o deputado eleito Alfonso Marquina, a lei habilitante "é um ato ilegítimo que pretende continuar concentrando o poder na figura do presidente", afirmou Marquina à BBC Novo parlamento Chávez ganha plenos poderes para governar a menos de um mês para a renovação do Parlamento.
A partir de 5 de janeiro, a bancada chavista não contará mais com a maioria absoluta que lhe permitiu, durante cinco anos, aprovar com facilidade todas as reformas aplicadas neste período.
No ano que vem, o governo continuará contando com a maioria das 165 cadeiras no Congresso, porém, não poderá aprovar leis orgânicas sem o aval de parte dos 65 deputados opositores, eleitos em setembro.
Por essa razão o Parlamento passou a correr nesta semana para aprovar um pacote de leis orgânicas consideradas essenciais para o projeto da revolução bolivariana. Se o projeto de lei habilitante apresentado não sofrer alterações até sua sanção, o presidente venezuelano poderá medidas no âmbito socioconômico "para erradicar as desigualdades".
Na prática, a lei abre caminho para a eliminação dos monopólios no âmbito industrial e à erradicação de latifúndios no país. Chávez também ganha poderes para legislar no polêmico setor das telecomunicações e informática.
No âmbito internacional, caberá diretamente ao presidente assinar decretos-lei que formalizem acordos de cooperação internacional. Ainda nesta área, o executivo poderá aprovar uma lei que já está em debate que regula o financiamento estrangeiro à organizações não-governamentais.
Grande parte das ONGs opositoras na Venezuela recebem financiamento dos Estados Unidos. Polêmica Opositores questionam também a legalidade da medida, ao argumentar que a lei habilitante só poderia ser válida para o atual período legislativo e não para o seguinte, quando o novo Parlamento assumirá.
Essa posição foi refutada pela presidente do Congresso Cília Flores, ao afirmar que sob esta lógica, todas as leis aprovadas perderiam efeito. "Essas são posições absurdas e incoerentes. Se isso fosse certo, nenhuma das leis aprovadas neste tempo teriam vigência depois de 5 de janeiro", argumentou.
De acordo com o deputado governista Túlio Jimenez, presidente da Comissão de Política Interior no Parlamento, lei habilitante não deve alterar o funcionamento da Assembléia. Jimenez afirma que os deputados continuarão legislando "paralelamente" em assuntos diferentes aos que foram delegados ao presidente da República.
"A lei habilitante se limita aos assuntos solicitados pelo presidente e o restante dos temas continuarão sendo legislados pelo Parlamento", afirmou Jimenez à BBC Brasil. O bloco de deputados opositores apresentará uma denúncia à Organização de Estados Americanos (OEA), na quarta-feira, contra a lei habilitante e outras duas leis que endurecem as regras para as concessões públicas de rádio e TV e à difusão de mensagens pela internet.
"Vamos à OEA denunciar essa usurpação e essa intenção de desconhecer a vontade popular através da desculpa da lei habilitante e em defesa da liberdade de expressão", afirmou Alfonso Marquina.
Essa é a quarta vez que Chávez pede poderes especiais para legislar, sem ter que passar pelo crivo da Assembléia Nacional. Em 1999, ele pode governar por decreto durante seis meses.
Fonte: BBC Brasil
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