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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Soldados turcos seguem para a Líbia

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O presidente turco,  Recep Tayyip Erdogan , disse que Ancara começou a enviar unidades militares para Líbia em apoio ao GNA, governo reconhecido internacionalmente em Trípoli, uma das duas administrações rivais no país do norte da África.
O anúncio de domingo (5) acontece dias após o parlamento da Turquia aprovar o envio de tropas a Líbia, depois de receber um pedido de apoio militar do GNA, liderado por  Fayez al-Sarraj.
O pedido da GNA foi dado em resposta a uma ofensiva de meses das forças do leste, comandadas pelo opositor  Khalifa Haftar , que receberam apoio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos.
"Haverá um centro de operações na Líbia, com um tenente-general turco liderando e eles administrarão a situação por lá. Soldados turcos estão sendo enviados para lá agora", disse Erdogan à emissora privada CNN Turk durante um entrevista.
Ele disse que a Turquia não enviaria suas próprias forças de combate. "No momento, teremos unidades diferentes servindo como força de combate", disse ele, sem dar detalhes sobre quem e quantos seriam os combatentes, bem como de onde eles viriam.
O presidente disse que o objetivo da Turquia não era "lutar", mas "apoiar o governo legítimo e evitar uma tragédia humanitária".
Ele disse: "O dever de nossos soldados é a coordenação. Eles desenvolverão o centro de operações lá. Nossos soldados estão indo gradualmente agora".
A Líbia mergulhou no caos após a derrubada e morte de Muammar Gaddafi em 2011 por uma ação apoiada pela OTAN. Desde 2014, o país esta dividido em administrações orientais e ocidentais rivais.
Atualmente, o GNA controla Trípoli no noroeste da Líbia, e uma administração paralela está segurando o leste do país rico em petróleo, apoiado pelo auto-denominado Exército Nacional da Líbia (LNA) de Haftar.
Na semana passada, Haftar havia pedido aos líbios que pegassem em armas em resposta ao esperado movimento militar da Turquia.
"Aceitamos o desafio e declaramos jihad e um chamado às armas", afirmou ele em um discurso televisionado na sexta-feira (3).
Ele exortou "todos os líbios" a portar armas, "homens e mulheres, soldados e civis, a defender nossa terra e nossa honra".
O GNA e a Turquia assinaram acordos de segurança e marítimos no final de novembro do ano passado, abrindo o caminho para o envio de tropas turcas e enfurecendo países do Mediterrâneo, incluindo Grécia e Chipre, que também buscam explorar recursos energéticos na região.
No sábado (4), o parlamento da Líbia votou por unanimidade contra os acordos que o governo de Trípoli assinou com Ancara.
No mesmo dia, pelo menos 30 pessoas foram mortas e outras 33 ficaram feridas em um ataque a uma academia militar na capital Líbia, segundo as autoridades de Trípoli.
A Turquia condenou o ataque e pediu medidas internacionais para alcançar um cessar-fogo.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Porque o mundo deve apoiar o plano da Turquia para o nordeste da Síria?

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Durante um telefonema com o Presidente Recep Tayyip Erdogan no domingo (6), o Presidente Trump concordou em transferir a liderança da campanha contra o Estado Islâmico para a Turquia. Os militares turcos, juntamente com o Exército Livre Sírio, atravessarão a fronteira turco-síria em breve.

George Washington disse que a América deve "ficar longe de alianças permanentes". Os oficiais americanos têm dito durante anos que sua parceria com a organização terrorista afiliada síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, Unidades de Proteção do Povo (ou YPG), na luta contra o Estado Islâmico era "tática". A última decisão de Trump reflete essa visão.

Assim como os Estados Unidos, a Turquia não vai ao exterior em busca de monstros para destruir. Mas quando monstros tentam bater à nossa porta e prejudicar nossos cidadãos, temos que responder. Enviar jovens homens e mulheres para a batalha nunca é uma decisão fácil. Como disse uma vez o fundador da Turquia, Mustafa Kemal Ataturk: "A menos que a vida de uma nação corra perigo, a guerra é assassinato. Infelizmente, encontramo-nos hoje precisamente nessa situação.

A Turquia não tem ambição no nordeste da Síria, exceto neutralizar uma ameaça de longa data contra os cidadãos turcos e libertar a população local do jugo de bandidos armados.
Tendo sofrido dezenas de baixas em ataques do Estado Islâmico, a Turquia foi o primeiro país a destacar forças de combate para lutar contra os terroristas na Síria. Nosso país também ajudou o Exército Livre Sírio a manter milhares de militantes do Estado Islâmico atrás das grades por anos. É do nosso interesse preservar o que os Estados Unidos conseguiram e assegurar que a história não se repita.

Resta saber se os militantes do YPG concordarão com a mudança na liderança da campanha. Na verdade, eles têm duas opções: Se estiverem genuinamente interessados em combater o Estado Islâmico, podem desertar sem demora. Ou podem ouvir os seus comandantes, que dizem que irão combater as forças turcas - nesse caso, não teremos outra alternativa senão impedi-los de atrapalhar os nossos esforços contra o Estado islâmico.

O mundo está interessado no êxito da luta contra o Estado Islâmico sob a liderança da Turquia. Os conselheiros militares americanos, que estão no terreno há anos, merecem regressar às suas casas. Os habitantes locais, muitos dos quais foram forçados ao exílio quando o YPG assumiu o comando, regressam às terras dos seus antepassados. A zona de segurança proposta é boa para a Europa porque vai abordar o problema da violência e da instabilidade na Síria - as raízes da imigração ilegal e da radicalização. Finalmente, o plano ajuda a Turquia a proteger pessoas inocentes de uma organização terrorista conhecida.

Erdogan revelou os detalhes do plano da "zona de segurança" da Turquia na Assembléia Geral das Nações Unidas no mês passado. A Turquia estima que até 2 milhões de refugiados sírios irão se voluntariar para viver em uma área segura de 20 milhas que se estende do Rio Eufrates até a fronteira entre a Síria e o Iraque. Se a fronteira sul da zona de segurança chegar à linha Deir ez Zor-Raqqa, esse número poderá atingir 3 milhões, incluindo os refugiados atualmente na Europa.

A Turquia basear-se-á nas suas experiências passadas no norte da Síria para manter a zona segura e estável. Acreditamos que o povo sírio está melhor equipado para governar a si próprio através de conselhos locais eleitos. É crucial apoiar e promover a representação política local, a fim de evitar o ressurgimento do Estado Islâmico no nordeste da Síria. Em zonas predominantemente curdas, como Afrin, a Turquia supervisionou a criação de órgãos diretivos locais com maioria curda. O mesmo se aplica às partes predominantemente curdas do nordeste da Síria. Nosso objetivo é complementar esses passos com investimentos internacionais em infraestrutura para escolas, hospitais e habitação.

A América tem suportado o peso da campanha contra o Estado Islâmico por muito tempo. A Turquia, que tem o segundo maior exército da OTAN, está disposta e é capaz de assumir agora a liderança e levá-la para casa, trazendo milhões de refugiados de volta à Síria durante o  processo. Nesta conjuntura crítica, a comunidade internacional deve apoiar os esforços de reconstrução e estabilização da Turquia para Síria.


Fonte: Washington Post

colaboração Embaixada da Turquia no Brasil
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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O TURKISH AEROSPACE INDUSTRIES (TAI) HÜRKUŞ: O GALO-DE-BRIGA TURCO

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Nos últimos anos, num período marcado pelo fim da (Primeira) Guerra Fria e o crescimento do terrorismo internacional pós-11 de setembro, muitas forças aéreas do planeta, geralmente com orçamentos bastante apertados, se viram na necessidade de enfrentar ameaças de contra-insurgência, assimétricas, internas e de baixa intensidade, além da necessidade de treinar e adestrar suas tripulações com um mínimo de eficiência operacional, se viram na obrigação de adquirir equipamentos com custos operacionais significativamente mais baixos do que aeronaves movidas a reação.

Por tais razões, o mercado de aviação de aeronaves turboélices leves de treinamento com capacidade de ataque, caça e vigilância vem crescendo, com a entrada de novos produtos que disputam esse concorrido mercado. Motivados pelo sucesso do Embraer A-29 Super Tucano (que pode ser considerada uma aeronave pioneira nesse mercado) em serviço há mais de uma década na Força Aérea Brasileira (FAB) e que equipa mais de uma dezena de forças aéreas pelo mundo afora, outros fabricantes aeronáuticos estão lançando aeronaves para tentar conquistar uma fatia desse mercado.
         
Outras aeronaves que também estão incluídas nessa categoria são o norte-americano  Beechcraft T-6 Texan II (e a sua versão armada AT-6 Wolverine), o alemão Grob G 120TP, o KAI KT-1, o suíço Pilatus PC-21 e o sérvio UTVA Kobac. Uma dessas aeronaves em especial está sendo desenvolvida pela empresa aeronáutica da Turquia Turkish Aerospace Industries (TAI) e apresenta um futuro promissor nesse disputado setor: o TAI Hürkuş.

O TAI Hürkuş
            
O TAI Hürkuş (nome que em turco significa “Pássaro Livre”) é uma aeronave turboélice em tandem (assentos montados no sentido longitudinal da aeronave) de dois lugares, de asa baixa e monomotor, sendo desenvolvida pela TAI como uma nova aeronave de treinamento básico e com capacidade de ataque ao solo para as Forças Armadas Turcas.
            
A aeronave recebeu o nome de Vecihi Hürkuş (6 de janeiro de 1896 – 16 de julho de 1969), um piloto veterano da Primeira Guerra Mundial e da Guerra da Independência da Turquia, um pioneiro da aviação turca, o primeiro fabricante de aviões turco e o primeiro proprietário de uma companhia aérea em solo turco.

Design, desenvolvimento e características
            
O desenvolvimento do TAI Hürkuş começou com um acordo assinado entre o Subsecretariado das Indústrias de Defesa da Turquia (Savunma Sanayii Müsteşarlığı – SSM) e a TAI em março de 2006. Nos termos do contrato, a empresa projetará, fabricará e completará a certificação civil da aeronave para a Segurança da Aviação Europeia nos regulamentos de certificação de aeronaves leves (CS-23).
            
O Hürkuş será equipado para voos diurnos e noturnos, bem como treinamento básico de pilotos, voo por instrumentos, treinamento de navegação, treinamento de armas e formação. Terá também capacidade de ataque leve e vigilância armada. A aeronave terá boa visibilidade de ambos os cockpits com um ângulo de visão de 50 graus do cockpit traseiro, pressurização da cabine (nominal de 4,16 psid), assentos de ejeção Martin-Baker Mk T-16 N zero-zero, um sistema de geração de oxigênio a bordo (OBOGS), um Sistema de Controle Ambiental (Vapor Cycle Cooling), um sistema Anti-G, trem de pouso de alta absorção de choque para missões de treinamento e arquitetura de comandos Hands On Throttle and Stick (HOTAS). A Microtecnica de Turim, Itália foi selecionada para fornecer o sistema de controle ambiental da aeronave. O Hürkuş foi projetado para uma vida útil de 35 anos.


            
A aeronave é equipada com uma versão da confiável turbina canadense Pratt & Whitney PT6, a A-68T, que desenvolve 1.200 kW (1.600 shp) (o Super Tucano também é equipado com a PT6), que roda uma hélice Hartzell de cinco pás, também semelhante a do A-29. As asas do Hürkuş são equipadas com winglets em suas pontas, que possibilitam mais economia e um melhor desempenho da aeronave.
            
O programa de desenvolvimento de Hürkuş sofreu alguns atrasos. Em 2007, previa-se que o primeiro protótipo voasse no final de 2009 com a primeira entrega, após a conclusão do processo de certificação, prevista para 2011. No dia 27 de junho de 2012, o Hürkuş foi lançado oficialmente em uma cerimônia realizada nas instalações da TAI em Kazan. A data prevista para o primeiro voo foi adiada para mais tarde em 2012 e ocorreu de fato em 29 de agosto de 2013, quando a aeronave voou da Base Aérea de Akıncı em Ancara em um voo de 33 minutos.
            
O governo turco indicou que a aeronave deve atrair vendas de exportação, possivelmente de países do Oriente Médio, países africanos ou países com orçamentos limitados da força aérea (como é o caso da América Latina). De acordo com uma reportagem da CNN turca, a Austrália e a Suécia demonstraram interesse na aeronave.
            
Em 2016, a aeronave de treinamento Hürkuş-A recebeu um Certificado de Tipo de Validação CS-23 pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e um Certificado de Tipo de Aeronave pela Direção Geral Turca de Aviação Civil (DGCA).
            

O Exército turco encomendou 15 aeronaves Hürkuş-B com mais 40 opções. As entregas estão programadas para meados de 2017. No momento (setembro de 2019) quatro aeronaves foram entregues para o Exército turco e seguem em avaliação.
            
Em fevereiro de 2017 fotos foram divulgadas pelo Ministério da Defesa turco, mostrando o protótipo Hürkuş-C carregando mísseis guiados antitanque de fabricação turca Roketsan UMTAS, foguetes guiados a laser Roketsan Cirit, um pod eletro-óptico e de infravermelho (EO/IR) (provavelmente o Aselsan Common Aperture Targeting System ou CATS) e tanques de combustível externos.
            
No dia 7 de abril de 2017, um Hürkuş-C disparou um míssil antitanque Roketsan L-UMTAS que atingiu com sucesso o alvo no solo.

Variantes

Hürkuş-A

Versão básica e desarmada que foi certificada pela EASA de acordo com os requisitos do CS-23. Destina-se ao mercado civil. Em 2016, a aeronave de treinamento Hürkuş-A recebeu um Certificado de Tipo de Validação CS-23 pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e um Certificado de Tipo de Aeronave pela Direção Geral Turca de Aviação Civil (DGCA).

Hürkuş-B



Versão avançada com aviônicos integrados (incluindo HUD, MFDs e Computador de Missão). O layout da cabine é semelhante aos caças F-16 e F-35. O exército turco tem um pedido de 15 aeronaves e opção para mais 40. As entregas estavam programadas para meados de 2017. O Exército turco atualmente opera quatro modelos B, ainda em fase de avaliação, treinamento de tripulações e integração de sistemas.

Hürkuş-C



Versão armada para a função de suporte aéreo próximo terá uma carga máxima de armas de 1.500 kg e também carregará um sensor infravermelho (FLIR) voltado para o futuro. Será capaz de operar a partir de pistas despreparadas. O Exército turco manifestou interesse em usar a aeronave em ambientes de contrainsurgência (COIN) e espera-se que atraia pedidos de exportação. A principal vantagem será reduzir o custo do poder aéreo, especialmente em teatros de combate de baixa intensidade, onde as ameaças à guerra antiaérea são mínimas. A Força Aérea Turca encomendou 12 modelos C.

Versão para a Guarda Costeira Turca

A TAI planeja oferecer outra versão do Hürkuş para apoiar as operações de patrulha marítima da Guarda Costeira turca. O assento traseiro da aeronave seria ocupado por um operador do sensor FLIR usando um sistema ASELSAN FLIR.

Hürkuş-C UAV (Drone)

Uma versão não tripulada (UAV) do Hürkuş-C está sendo desenvolvida para as Forças Armadas da Turquia para ambientes de combate mais perigosos.

Especificações (Hürkuş-C)

Características gerais:

Tripulação: dois (piloto e instrutor ou piloto e operador de sistemas)
Comprimento: 11,17 m
Envergadura: 9,96 m
Altura: 3,70 m
Motor: 1 × turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-68T, 1.200 kW (1.600 shp)
Hélices: Hélice Hartzell de 5 pás HC-B5MA-3

Desempenho:

Velocidade máxima: 574 km/h
Velocidade de cruzeiro: 463 km/h
Velocidade de estol: 143 km/h
Alcance: 1.478 km
Autonomia: 4,25 horas
Teto de serviço: 10.577 m
limites de g: + 7 / -3,5
Taxa de subida: 22 m/s

Armamento (apenas Hürkuş-C):

Armas: carrega pods de metralhadoras 12,7 mm e canhões de 20 mm
Foguetes: Roketsan Cirit, foguetes de 2,75 polegadas
Mísseis: Roketsan UMTAS
Bombas: Mk-81, Mk-82, Tübitak SAGE HGK-3 (82), Tübitak SAGE KGK-82, BDU33 (treinamento) e MK106 (treinamento)

Aviônicos:

Computador de dados aéreos
Sistema de referência de atitude e rumo
Transmissor localizador de emergência
GPS
Transponder Mode S
Altímetro de radar


Por Luiz Reis, Professor de História no Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador, brasiliense com alma paulista, reside em Fortaleza/CE. Luiz é Articulista renomado e parte da equipe do GBN Defense News.


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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Turquia continua sendo importante parceiro da OTAN, segundo oficial dos EUA

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O comandante das Forças Aéreas dos EUA para a Europa e África, general Jeffery L. Harrigian, disse em 13 de setembro que a Turquia é um parceiro importante para OTAN e a aliança continua comprometida com Ancara como aliada.
"Do ponto de vista dos EUA, claramente, enquanto os EUA em coordenação com a OTAN conversaram sobre o que ocorre com relação ao sistema de defesa aérea S-400, é um desafio, e é um problema que a curto prazo teremos que continuar trabalhando, reconhecendo que não há espaço para operar o S-400 dentro da Turquia ", disse o general Jeffery L. Harrigian em entrevista coletiva.
Ele enfatizou que os EUA continuarão trabalhando com a Turquia em termos de perspectiva militar e a cooperação continuará muito forte.
"Sempre haverá áreas em que haverá tensão, áreas pelas quais temos que trabalhar, mas garanto que o trabalho que estamos realizando em conjunto com nossos parceiros turcos permanece muito sólido", disse ele.
"De onde estou, meu trabalho é garantir que continuemos a ter um forte relacionamento com a Turquia que temos agora, e compartilharei com vocês que tenho vários oficiais turcos que estão na minha equipe no Comando Aéreo Aliado e eles são oficiais fenomenais que fazem um trabalho fantástico para mim ", acrescentou Harrigian.
Questionado sobre a base aérea Incirlik, Harrigian disse que a camaradagem e o trabalho em equipe na base turca entre os dois países são exemplares.
"Dito isto, a localização de Incirlik me fornece como comandante várias opções quando falamos sobre acesso à Síria, acesso a oeste ou a leste, se necessário.
"Portanto, estrategicamente, continua sendo um local incrivelmente importante e um local em que temos um ótimo relacionamento que foi realmente promovido ao longo de anos e anos de confiança e trabalho em conjunto", disse ele.
Harrigian disse que uma zona segura recentemente acordada entre os EUA e a Turquia precisava chegar a um ponto em que os dois países tivessem um entendimento compartilhado de onde iriam operar, como iriam operar, e isso levou algum tempo.
"Realizar isso em um período tão curto de tempo é realmente um reconhecimento ao relacionamento com os militares turcos, mas também àqueles jovens no campo que estão realmente entregando a missão", acrescentou.
Em 7 de agosto, oficiais militares turcos e norte-americanos concordaram em estabelecer uma zona segura no norte da Síria e desenvolver um corredor de paz para facilitar o movimento de sírios deslocados que desejam voltar para casa. Eles também concordaram em estabelecer um centro de operações conjunto.
O acordo também previa o estabelecimento de medidas de segurança necessárias para atender às preocupações de segurança da Turquia, incluindo a limpeza da zona de terrorista YPG e PKK, um grupo com o qual os EUA às vezes se aliaram, sob objeções da Turquia.
Em sua campanha terrorista de mais de 30 anos contra a Turquia, o PKK, listado como organização terrorista pela Turquia, EUA e UE, foi responsável pela morte de quase 40.000 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Na quinta-feira (12), dois helicópteros turcos e dois helicópteros dos EUA decolaram de Akçakale, em Sanliurfa, no sudeste da Turquia, onde as forças armadas dos dois países têm um centro de operações conjunto de onde voaram para o lado sírio da fronteira.
As forças armadas dos países haviam realizado anteriormente três vôos conjuntos de helicóptero e uma patrulha terrestre.


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sábado, 14 de setembro de 2019

Turquia pode comprar Patriot dos EUA, diz Erdoğan

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Ancara discutirá a compra de mísseis Patriot dos EUA em uma reunião entre os líderes dos dois países no final deste mês, disse o presidente da Turquia na última sexta-feira (13).
"Eu disse que, independentemente do pacote do sistema S-400 que obtivermos, podemos comprar uma certa quantidade de Patriots", disse o presidente Recep Tayyip Erdoğan à agência de notícias Reuters durante entrevista em Istambul.
"Mas eu disse que temos que ver se as condições correspondem pelo menos aos S-400", acrescentou Erdoğan.
Erdoğan havia falado anteriormente sobre a compra de Patriots com Donald Trump durante um telefonema e os dois discutirão o assunto com mais detalhes nas reuniões da Assembléia Geral da ONU em Nova York no final deste mês.
"Na minha opinião, um país como os EUA não vão mais querer ferir sua aliada Turquia. Isso não é um comportamento racional", disse Erdoğan, que expressou esperança de que seu vínculo pessoal com Trump supere a atual crise entre dois países.
“Isso não é uma ofensa, mas um sistema de defesa. A Turquia precisa desse sistema de defesa ”, afirmou.
Sublinhando que Trump culpa o governo Obama por se recusar a assinar um acordo com a Turquia para vender o sistema de mísseis Patriot, Erdoğan disse: "É impossível pensar que ameaças de sanções reflitam a realidade".
Ele também reiterou que a Turquia cuidaria de si mesma se Washington continuasse sua posição atual sobre a exclusão da Turquia do programa F-35 JSF.
Destacando que a Rússia apóia a Turquia na indústria de defesa, Erdoğan enfatizou que a Rússia ofereceu à Turquia a venda de caças Su-57 e Su-35.
Em julho, os EUA suspenderam o envolvimento da Turquia no programa dos caças F-35, dizendo que a compra do sistema russo de defesa aérea S-400 poderia pôr em risco a aeronave, uma alegação que a Turquia negou consistentemente.
A Turquia produz algumas partes do F-35 e é parceira do programa JSF. Ele alertou que qualquer esforço para removê-lo da cadeia de produção seria muito caro.
"Apoiamos pessoas que tem migrado de Idlib no momento para a República Turca com a Agência de Gerenciamento de Desastres (AFAD) e o Crescente Vermelho, tentando fornecer todos os tipos de ajuda", disse Erdoğan.
Ele afirmou que já havia 3,6 milhões de refugiados sírios na Turquia e Ancara não pode mais receber migrantes, e acrescentou que o Ocidente não tem esse problema.
Erdoğan enfatizou que a Turquia realizará uma cúpula sobre Idlib em Ancara na segunda-feira (16), onde conversações com a Rússia e o Irã serão realizadas em uma trégua duradoura em Idlib.
O objetivo não era apenas uma trégua instantânea, mas uma forma de acabar com a migração, fornecer um cessar-fogo e acabar com as redes terroristas na área, disse ele.
O Presidente Erdoğan afirmou que a UE não cumpriu os seus compromissos com as despesas e que a Turquia não permaneceria calada diante da UE.
"Esse número agora é de 3 bilhões de euros. A UE prometeu ajuda de 6 bilhões de dólares (6,6 bilhões de dólares) para melhorar as condições de vida dos refugiados sírios na Turquia, mas apenas 2,22 bilhões de dólares (2,45 bilhões de dólares) foram desembolsados ​​até junho deste ano, segundo, a Turquia gastou mais de 40 bilhões de dólares até agora ", disse ele.
Ele observou que teve uma reunião com a chanceler alemã Angela Merkel durante a semana e também se encontrou com o presidente francês Emmanuel Macron e que as discussões continuariam em Nova York.
Ele disse que a criação de uma zona segura garantirá que os migrantes na Turquia retornem para suas próprias terras e que haja todos os tipos de educação, saúde e abrigo em suas próprias terras.
“É a Turquia que está lutando com esses grupos terroristas, somos seu parceiro na Otan”, afirmou.
"Estamos fartos de explicar isso... acho que Trump deve nos entender", acrescentou Erdoğan.

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S-400 - Turquia ainda pode ser alvo de sanções pelos EUA, alerta diplomata

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Os EUA ainda estão ponderando se devem impor sanções contra a Turquia pela compra do sistema de defesa aérea S-400 fabricado na Rússia, alertou quinta-feira (12) uma importante autoridade do Departamento de Estado dos EUA.

A Turquia “não está fora de perigo da imposição de sanções. Isso ainda está em jogo”, disse R. Clarke Cooper, secretário de Estado assistente para assuntos político-militares, durante um evento organizado pelo Grupo de Escritores de Defesa.

A decisão da Turquia em adquirir o S-400 de fabricação russa levou à retirada de Ancara do programa F-35 JSFDe acordo com a Lei de Combate aos Adversários da América através de Sanções, ou CAATSA, aprovada em 2017, qualquer país que adquirir um artigo importante de defesa da Rússia deve enfrentar grandes sanções.

Os membros do Congresso esperavam que essas sanções fossem aplicadas em julho após a aceitação do S-400 pela Turquia, mas o presidente Donald Trump demorou a agir e manifestou simpatia pela Turquia nessa situação.

A decisão de implementar sanções contra a Turquia não está vinculada a um cronograma específico, mas "baseada em condições", disse Cooper.

"Não há prazo finito, eu diria, "cronograma" por estatuto no que diz respeito às sanções", acrescentou o funcionário. "Todas as opções estão sobre a mesa sobre como lidar com isso. É algo que não foi completamente resolvido.”

Curiosamente, Cooper também indicou uma divisão dentro da Turquia com relação a questão do S-400, dizendo que “dependendo com quem se fala no governo turco, há aqueles que estão profundamente conscientes e sensíveis e apreciam que isso não acabou e estão querendo que volte ao modo como as coisas poderiam ter acontecido em um momento diferente, e as decisões que saem de Ancara não são necessariamente representativas da instituição militar ou do ministério das Relações Exteriores.”

O diplomata também mencionou por si próprio a importância da Turquia como uma espécie de teste para a determinação americana de impedir que os principais sistemas russos entrem no inventário de aliados e parceiros. "A Turquia é um caso interessante, porque temos vários parceiros com quem mantemos um relacionamento crescente que acompanham de perto como a Turquia é administrada e como eles podem buscar ou optar por não buscar a aquisição de um adversário próximo".

Questionado sobre se ele estava se referindo à Índia, que está pensando em comprar o S-400, Cooper reconheceu que Nova Délhi está em mente, mas que "existem outros estados que também estão assistindo".

“Fomos muito claros com a Índia, que queremos investir mais em nosso relacionamento com a Índia e suas capacidades, mas eles não podem se expandir para o que eu diria que são artigos de defesa maiores com o relacionamento anterior ”, disse Cooper. “Não estamos dizendo para se livrar de seus Kalashnikovs amanhã. Não é disso que estamos falando. Estamos falando de aquisições significativas. O S-400 é um exemplo perfeito de uma aquisição significativa. ”

No dia 27 de agosto, a Turquia recebeu o segundo lote dos sistemas de defesa aérea S-400 da Rússia. A entrega da primeira bateria foi concluída entre 12 e 25 de julho.
Cumprindo o acordo firmado entre a Turquia e a Rússia como resultado das negociações bilaterais iniciadas em novembro de 2016, as quais resultaram na aquisição do sistema de defesa aérea S-400, tendo a Turquia recebido em 12 de julho o primeiro carregamento de S-400. Desde então, os vôos de carga da Rússia chegam à Base Aérea de Mürted, na capital Ancara.
A implantação do primeiro lote dos sistemas será concluída até o final do ano, e a implantação total será concluída em abril de 2020, afirmou o presidente Recep Tayyip Erdoğan.
As tensões entre os Estados Unidos e a Turquia aumentaram nos últimos meses com a compra dos S-400, o que poderá desencadear sanções.
Lei de Combate aos Adversários da América através de Sanções, ou CAATSA, que foi aprovada em 2017 visa impor sanções ao Irã, Coréia do Norte e Rússia, combatendo a influência desses países em todo o mundo.
O governo Trump sustentou que o sistema S-400 poderia expor o caça avançado a possíveis subterfúgios russos e é incompatível com os sistemas da OTAN.      
A Turquia, no entanto, responde que o S-400 não seria integrado aos sistemas da OTAN e não representaria uma ameaça à aliança.      
Trump culpa o governo Obama pela disputa atual por sua recusa em assinar um acordo com a Turquia para vendê-lo o sistema de mísseis Patriot produzido pela Raytheon.      
Espera-se que a Turquia seja totalmente removida do programa F-35 "daqui a um ano, enquanto trabalhamos no memorando de entendimento de produção, manutenção e desenvolvimento subsequente, que é o documento geral da parceria", disse Ellen Lord , chefe de compras do Pentágono.    
Os dois F-35 turcos permanecem na Luke AFB, no Arizona, disse Lord, acrescentando que "estamos trabalhando em uma variedade de diferentes cursos de ação agora sobre a questão turca".

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Nota do Editor: É preocupante a postura adotada pelos EUA, onde claramente interferem nas decisões tomadas pelos seus aliados e parceiros no que diz respeito a decisões estratégicas e de compra de materiais. Pois a tentativa de coibir a compra de material de defesa de outra origem por seus parceiros e aliados, como é o caso da Turquia e agora também da Índia, fere completamente uma série de fundamentos das relações internacionais e do reconhecimento da soberania e direito cabível as nações. 

Sinceramente, espero que Donald Trump abra os olhos para o futuro que se desenha para EUA diante da postura que tem sido adotada pelo seu país nas últimas décadas, o que tem levado ao afastamento político e que pode resultar em futuro isolamento em algumas décadas. Basta observar que nações historicamente aliadas e clientes fiéis aos produtos de defesa norte americano, tem optado por buscar novos caminhos e se tornar menos dependentes tecnologicamente dos EUA, como estados europeus que tem se unido para conceber aeronaves de próxima geração de forma independente dos EUA, sendo um claro reflexo da posição adotada em relação à Turquia e outros aliados, quando estes optam por outra fonte de material de defesa que não os "chancelados" por Washington, levando a situações como a recusa de entrega dos caças F-35 à Turquia.
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domingo, 8 de setembro de 2019

Governo Sírio protesta diante de patrulhas turco-americanas no norte do país

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A Síria condenou nos termos mais fortes o governo dos EUA e turco que realizam patrulhas conjuntas no norte da Síria, enfatizando que essa etapa constitui uma violação flagrante do direito internacional e de agressão descrita no sentido pleno da palavra.

Uma fonte oficial do Ministério de Relações Exteriores e Emigrantes disse hoje: "A República Árabe da Síria condena nos termos mais fortes o governo dos EUA e o regime turco que realizam patrulhas conjuntas na região insular da Síria em flagrante violação do direito internacional e da soberania e integridade territorial da República Árabe da Síria".
"A Síria confirma que esta etapa representa uma agressão descrita no sentido pleno da palavra e visa complicar e prolongar a crise na Síria após as realizações do Exército Árabe da Síria na busca de remanescentes grupos terroristas".
A fonte concluiu dizendo que a República Árabe da Síria, embora reiterasse sua absoluta rejeição à chamada zona segura, reafirma a determinação de abandonar todos os projetos que visam a unidade e a integridade territorial da República Árabe da Síria.

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com Agência SANA
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Turquia e EUA estabelecem "zona segura" no Norte da Síria

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A Turquia concluirá em poucas semanas a formação de uma zona segura no leste do rio Eufrates, no norte da Síria, disse o presidente turco neste sábado (7).
"Agora há o leste do Eufrates em nossa agenda. Espero que daqui a algumas semanas, de um jeito ou de outro, mas que com certeza possamos resolver o problema", disse Recep Tayyip Erdogan.
As patrulhas conjuntas turco-americanas devem operar na zona segura planejada no norte da Síria, começando este domingo (8), segundo o ministro da Defesa nacional da Turquia.
As autoridades militares turcas e norte-americanas chegaram a um acordo em 7 de agosto de que uma zona segura no norte da Síria servirá como um "corredor da paz" para os sírios deslocados que desejam voltar para casa e que deverá ser criado um Centro de Operações Conjuntas na Turquia para coordenar suas operações.
Erdogan disse que faria uma visita aos EUA depois de 22 de setembro e participaria da reunião da Assembléia Geral da ONU e "provavelmente" se reuniria separadamente com o presidente dos EUA, Donald Trump, e discutiria "pessoalmente" os passos a serem seguidos. 
"Como o que eles fazem não corresponde ao que dizem, precisamos resolver isso", disse Erdogan, acrescentando que é inaceitável para a Turquia que os EUA treinem as organizações terroristas YPG / PYD no norte da Síria.
Ele também enfatizou que a Turquia não permanecerá em silêncio com mais de 30.000 caminhões carregados de armas, equipamentos e munições enviados pelos EUA para a região norte da Síria [para o PKK / YPG], já que a Turquia é o único país da região com quem lutar.
O YPG é o ramo sírio do grupo terrorista PKK, responsável pelas mortes de quase 40.000 pessoas na Turquia, incluindo muitas crianças, mulheres e bebês, há mais de 30 anos.

Zona Segura
Acordo de refugiados com a UE

Erdogan disse que, se a UE desonrar a promessa de apoio à Turquia em relação aos refugiados, a Turquia não tem outro caminho senão "abrir suas portas" para permitir que refugiados sírios cruzem para Europa.
"Na quinta-feira (5), deixamos claro para o mundo inteiro, especialmente a Europa, que nunca iremos suportar sozinhos os problemas que surgem em Idlib na Síria", disse Erdogan.
O presidente também reiterou que a Turquia até agora gastou cerca de 40 bilhões com refugiados, enquanto o apoio da UE à Turquia foi de apenas cerca de 3,34 bilhões de dólares.
"Então, como a Turquia pode suportar o fardo dos 4 milhões de refugiados?" ele perguntou.
Erdogan enfatizou que a Turquia planeja instalar pelo menos 1 milhão de pessoas na zona segura após a conclusão das obras.
O acordo de 2016 sobre refugiados com a UE teve como objetivo desencorajar a migração irregular através do Mar Egeu, adotando medidas mais rigorosas contra traficantes de seres humanos e melhorando as condições dos 3 milhões - agora 3,6 milhões - de refugiados sírios na Turquia. A Turquia reclamou que a UE falhou em defender seu lado do acordo, incluindo milhões de euros em ajuda aos refugiados sírios.
A UE havia prometido ajuda de 6,6 bilhões para melhorar as condições de vida dos refugiados sírios na Turquia, mas apenas 2,45 bilhões de dólares foram desembolsados ​​até junho deste ano.
Atualmente, a Turquia hospeda cerca de 3,6 milhões de refugiados sírios, mais do que qualquer outro país hospeda refugiados no mundo.

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com Agência Anadolu
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