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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Fim da Guerra do Afeganistão? EUA e Talibã chegam a acordo que pode levar a retida de tropas

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Norte americanos e Talibã concordaram com uma "redução da violência" por sete dias no Afeganistão. Se mantida, poderia abrir as portas para acordo que levaria as tropas americanas a se retirarem após 19 anos no Afeganistão.
A notícia veio quando o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o chefe do Pentágono, Mark Esper, se encontraram com o presidente afegão Ashraf Ghani à margem da Conferência de Segurança de Munique, onde discutiram a situação no país devastado pela longa guerra. Ambos sugeriram alguns desenvolvimentos nas negociações com o Talibã, que Pompeo descreveu como "um avanço muito importante".
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira (13) que um acordo esta "muito próximo". Autoridades do Departamento de Estado dos EUA confirmaram a vários meios de comunicação nesta sexta-feira (14) que um acordo de "redução da violência" foi realmente alcançado.
Aparentemente, o acordo deixa de chamar uma trégua completa, concentrando-se apenas em algumas atividades específicas. No entanto, também é descrito como "muito específico" e diz-se que envolve todos os lados, incluindo o exército afegão, não apenas os EUA e o Talibã. Ele também cobre bombas na estrada, ataques suicidas e lançamentos de foguetes. Os militares dos EUA estarão monitorando a situação para verificar se o acordo é mantido.
Se o acordo de  "redução da violência" for mantido por uma semana, Washington e o Talibã passariam a um acordo mais abrangente, que envolveria pelo menos o início de uma retirada significativa de tropas dos EUA. Em troca, o Talibã participaria do processo de paz junto com outras forças, incluindo o governo de Cabul, que anteriormente rejeitavam repetidamente como um “fantoche” do Ocidente.
Outra condição do futuro acordo exigiria que o Talibã não permitisse que o Afeganistão se transformasse em um refúgio seguro para grupos terroristas. Nenhum dos detalhes foi anunciado oficialmente ainda, com vários meios de comunicação sugerindo que o anúncio poderia acontecer já na próxima semana.
acordo de "redução da violência" entraria em vigor por volta de 22 de fevereiro, segundo algumas fontes do Talibã.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse em Munique nesta sexta-feira (14) que a aliança está "pronta para ajustar" o número de suas tropas enviadas para o Afeganistão "se o Talibã for capaz de demonstrar vontade real e capacidade real de reduzir a violência, e vemos um caminho para a paz“. Ele também disse que a Otan tem atualmente 16.000 soldados no país.
A guerra no Afeganistão se arrasta há mais de 19 anos, tornando-o o conflito ativo mais longo da história dos EUA. Embora Washington tenha investido 1 trilhão de dólares no esforço de guerra, os militares dos EUA ainda lutam para progredir, enquanto grandes porções do território afegão continuam sendo contestadas ou totalmente nas mãos dos militantes.
As negociações entre Washington e o Talibã em Doha, no Catar, duram mais de um ano, mas se mostraram bastante frágeis e atormentadas pela incerteza. Em setembro de 2019, o enviado especial de Trump para o Afeganistão anunciou que havia sido alcançado um acordo de paz até a aprovação final do presidente, mas Trump deixou o acordo e cancelou as negociações depois que um soldado americano morreu durante um ataque do Talibã. As negociações foram retomadas em dezembro, mesmo quando outro americano foi morto.
A situação no Afeganistão permanece tensa. As últimas notícias sobre um possível avanço ocorreram em meio a relatos de que oito pessoas foram mortas por um ataque aéreo na província oriental de Nangarhar, um dia depois que um comandante do Talibã e oito militantes foram mortos em outro ataque aéreo, segundo o Ministério da Defesa afegão.

GBN Defense - A informação começa aqui
com informações da Russian Today

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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Estado Islâmico ainda possui 'milhares' de combatentes, diz Inteligência dos EUA

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O grupo extremista Estado Islâmico (EI) ainda possui "milhares" de combatentes no Iraque e na Síria, capazes de representar uma ameaça para o Oriente Médio e outras partes, afirmou nesta terça-feira (29) o diretor de Inteligência americano Dan Coats.
O "EI ainda controla milhares de combatentes no Iraque e na Síria", indicou Coats em um relatório enviado ao Congresso.
O grupo "mantém oito facções, mais de uma dezena de redes e milhares de partidários dispersados em todo o mundo, apesar das perdas significativas em termos de líderes e territórios", apontou.
O secretário interino de Defesa, Patrick Shanahan, por sua vez, garantiu nesta terça que o EI vai perder seus últimos redutos na Síria em poucas semanas.
Mais de 99,5% dos vastos territórios ocupados pelo EI no norte da Síria já foram recuperados, indicou Shanahan a repórteres no Pentágono.
"Em duas semanas será 100%", disse.
O presidente Donald Trump anunciou antes do Natal, para surpresa geral, a retirada dos 2.000 militares americanos mobilizados no norte da Síria.
Desde então, diferentes autoridades deram informações contraditórias sobre o assunto, mas o Pentágono indicou que a retirada havia começado, embora sua duração permaneça incerta.
O relatório de Coats indica que "o EI provavelmente vai continuar realizando ataques externos a partir do Iraque e da Síria contra adversários regionais e ocidentais, incluindo os Estados Unidos".
Coats explicou ainda que o EI se concentra em explorar as tensões sectárias no Iraque e na Síria e "provavelmente sabe que controlar novos territórios não é sustentável em curto prazo".
"Acreditamos que o EI vise explorar as reivindicações sunitas, a instabilidade social e estender as forças de segurança para ganhar território na Síria e no Iraque em longo prazo", acrescenta.
Sobre a Al-Qaeda, organização responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o relatório diz que enquanto os líderes do grupo promovem ataques contra o Ocidente, incluindo os Estados Unidos, muitos dos ataques associados "foram de pequena escala e limitados à sua região".
Os afiliadas à Al-Qaeda no leste e no norte da África, no Sahel e no Iêmen, "continuam sendo os maiores grupos terroristas e os mais capazes em suas regiões", acrescenta o relatório.
"Todos mantiveram um ritmo elevado de operações no ano passado, apesar dos contratempos no Iêmen, e alguns deles expandiram suas áreas de influência".
Alguns elementos da Al-Qaeda continuam a minar os esforços para resolver o conflito na Síria. Enquanto isso, no sul da Ásia, o braço da organização apoia os talibãs.
Na Síria, as tropas americanas ainda presentes são principalmente forças especiais destinadas a combater o EI e treinar forças locais nas zonas recuperadas dos extremistas.
Trump estima que o EI "praticamente desapareceu" e que as tropas americanas precisam voltar "para casa para se reunir com suas famílias".
Embora seu autoproclamado "califado" tenha se desmembrado depois de várias ofensivas, a organização extremista mantém alguns redutos e ainda é capaz de executar ataques na Síria e em outras partes do mundo.

Fonte: AFP
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Conselho Otan-Rússia elogia iniciativa russa no Afeganistão

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Durante a reunião do Conselho Otan-Rússia em Bruxelas, na semana passada, o ministro da Defesa da Rússia, Serguêi Choigu, propôs a criação de um sistema de formação de sapadores (engenheiros de combate) afegãos para complementar a formação de especialistas destinados à Força Aérea afegã, que estão realizando um treinamento em instituições russas na Sibéria, e dos policiais que vêm se especializando no combate ao narcotráfico.
 
As ideias apresentadas por Choigu na luta contra o terrorismo internacional, particularmente no Afeganistão, de onde a Aliança internacional irá retirar as suas forças principais no próximo ano, foram bem recebidas por praticamente todos os participantes do conselho.
 
Além de ajudar a livrar o país das minas e projéteis não detonados, a formação de tais sapadores irá fornecer um trabalho digno para um grande número de jovens afegãos que, caso contrário, poderiam preencher as fileiras dos terroristas.
 
Choigu também ofereceu à comunidade internacional o auxílio de especialistas militares russos na destruição das armas químicas sírias e manifestou a esperança de que, no próximo ano, o projeto conjunto para a destruição ecologicamente correta de munições obsoletas na região de Kaliningrado, com base na tecnologia desenvolvida em países da Otan, entrará em sua fase operacional.
 
“Se avaliarmos de uma maneira geral a nossa ação conjunta, então podemos afirmar que os participantes da reunião do conselho foram unânimes na opinião que, ultimamente, a cooperação entre a Rússia e a Otan avançou significativamente, apesar da presença de problemas prementes”, disse Choigu durante a coletiva final.
 
Confiança em dia...
 
Na véspera da reunião do Conselho OTAN-Rússia, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, realizou uma coletiva exclusiva com jornalistas russos, na qual havia destacado “maior franqueza, previsibilidade e confiança”na relação entre as partes do conselho.
 
Rasmussen não apenas elogiou a transparência das Forças Armadas russas durante a realização dos exercícios “Zapad-2013”, aos quais tiveram acesso mais de 80 representantes de Estados estrangeiros, mas também prometeu a mesma transparência nos exercícios da Otan que serão realizados no território da Polônia e dos Países Bálticos, no início de novembro.
 
...mas nem tanto
 
Depois da reunião em Bruxelas, Choigu falou sobre os “cenários desajeitados” que freiam a cooperação entre a Rússia e a Aliança ocidental, como as tentativas de reviver o antigo Tratado Sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (CFE), o avanço da infraestrutura militar da Otan em direção às fronteiras russas e a política de ampliação da Aliança, que poderá incluir Geórgia e Ucrânia a partir de 2014. Mas a ênfase maior foi dada à polêmica implantação de um escudo antimíssil na Europa.
 
"Não estamos conseguindo realizar um trabalho conjunto em relação ao Programa de Defesa Antimíssil na Europa”, disse Choigu. “Gostaria de salientar que continuamos defendendo a proposta de uma cooperação mutuamente vantajosa no campo da defesa antimíssil. No entanto, antes de iniciar a elaboração de projetos de defesa antimíssil comuns precisamos de garantias legais sólidas e confiáveis de que o sistema antimíssil americano não será usado contra a força de dissuasão nuclear da Rússia”, acrescentou o ministro russo.
 
Fontes nas Forças Armadas russas garantem que a questão do escudo antimíssil carrega uma grande carga política, dificultando que as partes cheguem a um acordo sobre algum de seus pontos. Enquanto algumas acreditam que especialistas encontrarão uma opção viável técnica e tecnologicamente, outras sugerem que é preciso buscar uma solução para o problema no nível Moscou-Washington, e não Moscou-Bruxelas.
 
Fonte: Gazeta Russa
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Quem são os rebeldes na Síria?

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A transformação da revolução síria em jihad é um fato consumado. A maioria dos que foram apresentados pelo Ocidente como “forças laicas” que combatem sob os slogans da “liberdade e democracia” pela “libertação da Síria de um regime tirânico” neste momento já declararam abertamente a sua unidade com a Al-Qaeda ou então têm pontos de vista semelhantes sobre o futuro desse país.
 
No dia 24 de setembro em Alepo 13 grupos islamitas, incluindo a Jаubhat al-Nusrah, uma filial da Al-Qaeda, anunciaram a sua fusão numa nova aliança – a Coalizão Islâmica, e a sua ruptura total com a oposição “laica” apoiada pelo Ocidente e representada pela Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias e pelo seu Exército Livre da Síria (ELS).
 
Isso foi o fim definitivo do mito difundido no Ocidente sobre a unidade existente no ELS. A coalizão incluiu as “unidades militares” mais operacionais do ELS: o Ahrar ash-Sham e o Liwaa at-Tawheed. Além disso, a Coalizão Islâmica recusou o auxílio do Ocidente. A declaração pela Al-Qaeda de uma guerra aberta pelo poder na Síria foi uma notícia desagradável tanto para os EUA como para a Arábia Saudita.
 
A resposta dos sauditas era previsível. No dia 29 de setembro outros 43 destacamentos islamitas anunciaram, já às portas de Damasco, a criação do Exército do Islã (Jaysh al-Islam). O comandante desse “exército” passou a ser Zahran Alloush, antigo comandante do grupo Liwaa al-Islam. A sua “brigada” também fez anteriormente parte do ELS. Agora é precisamente o Exército do Islã que é apresentado pela Arábia Saudita como a força principal da oposição que poderá vencer tanto o regime de Assad como a Al-Qaeda. Será que consegue?
 
Mesmo para o grupo de combatentes da região de Damasco a criação do Exército do Islã não terá qualquer importância estratégica séria: ele continua a ser apenas mais um dos vários grupos aqui presentes. Nem as suas forças aumentaram. As quarenta “brigadas” e “batalhões” referidos na sua declaração já existiam na realidade sob a bandeira do Liwaa al-Islam. Os nomes de dois ou três eram até então completamente desconhecidos e as restantes “novas brigadas” são pouco numerosas.
 
Mas será possível que o Exército do Islã atraia para as suas fileiras milhares de verdadeiros patriotas sírios cansados do domínio do terror e da injustiça? Dificilmente.
 
Numa recente entrevista ao canal televisivo Al Jazeera, Zahran Alloush expressou abertamente o seu ponto de vista sobre o futuro da Síria. Na sua opinião ele consiste no “restabelecimento do Império dos Omíadas” (o segundo califado islâmico com capital em Damasco) e na “limpeza” da Síria dos iranianos, xiitas e alauitas. Tal como a maioria dos líderes rebeldes, ele considera as minorias religiosas da Síria como infiéis (cafres) que devem aceitar a sua interpretação salafita do Islã ou ser mortos. Relativamente a uma sociedade civil e à democracia Alloush foi ainda mais determinado: “O Islã não pode chegar ao poder pela democracia, as uvas não podem crescer dos espinhos. Tal como a verdade não pode ser misturada com a mentira, assim o Islã não pode conviver com o secularismo”.
 
Parece que o projeto saudita em criar a sua versão de um “exército de libertação” na Síria ainda é mais utópico que o projeto ocidental do desmembrado ELS. A história da Síria lembra cada vez mais a substituição regular e inútil de “patrocinadores” no Afeganistão. Neste país é evidente o resultado de um fluxo interminável de dinheiro e armas para todas as partes em confronto: é uma guerra sem fim à vista. Será que mais uma “guerra infindável” é precisamente o tal objetivo estratégico?
 
Os comandantes operacionais gostam desse tipo de objetivo. Segundo declarou um alto dignitário ocidental, “o aspecto militar (da criação do Exército do Islã) não tem importância. Esse passo é político. Todos esses novos grupos rebeldes apenas alteram os seus nomes e criam novas estruturas dirigentes. Isso faz parte dos jogos políticos internos cujo objetivo principal é a luta pelos recursos”.
 
Assim, as direções dos novos “exércitos” recebem grandes fortunas, os combatentes das fileiras – a morte, e a população da Síria – sofrimento e medo. E não haverá quaisquer negociações enquanto a Síria não se tornar num emirado islâmico da Al-Qaeda ou em um “califado” salafita.
 
Claro que isso não irá acontecer, mas enquanto se investe na guerra haverá sempre motivos para continuá-la.
Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os SEALs na Somália: uma nova abordagem do terrorismo

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O raid de 5 de outubro de um destacamento de operações especiais norte-americano contra a sede do movimento Al-Shabaab na cidade portuária de Barawe, na Somália, foi considerado pelos peritos como "a manifestação de uma nova abordagem na realização de operações especiais".
Na noite de 5 de outubro um destacamento de operações especiais da Marinha dos EUA, o SEAL Team Six, desembarcou das lanchas na costa perto dessa cidade e ocupou dissimuladamente as suas posições para o assalto no pátio de um edifício de dois andares a 200 metros da costa. O objetivo era a captura ou liquidação do comandante operacional Ikrima, o organizador do ataque terrorista a um centro comercial de Nairóbi. Contudo, um guarda que saiu para fumar notou algo de suspeito. Ele voltou calmamente a entrar no edifício, mas poucos minutos depois saltou para fora disparando sua metralhadora. O destacamento, porém, apesar de ter perdido o fator surpresa, iniciou o assalto. Ele se separou em dois grupos, um dos quais entrou no edifício e, apesar do fogo de resposta intenso e em crescendo por parte dos militantes, começou as buscas do "alvo" percorrendo as divisões da casa. De acordo com um dos participantes do raide, Ikrima já estava debaixo de mira quando foi repentinamente rodeado por um grupo compacto de mulheres e crianças. Menos de uma hora depois chegou a ordem de retirada devido "à elevada probabilidade de baixas entre civis". Com a cobertura de helicópteros de combate, o grupo retirou para o mar sem ter sofrido baixas.

Apesar de o combate ter resultado na morte de sete militantes, ainda há poucos anos este resultado teria sido considerado um fracasso. Ainda em finais dos anos 90 os norte-americanos tentaram impor a ordem com bombardeamentos e tiroteio contra povoações. Mas, tal como sempre ocorre, as vítimas entre a população só reforçavam as posições dos extremistas. A necessidade de uma mudança teve o seu argumento final com a triste experiência da incursão da Division Action, a divisão de operações especiais dos serviços secretos externos franceses DGSE, em janeiro deste ano para libertar na Somália o seu agente Denis Allex. Depois da morte de civis inocentes o Al-Shabaab, que já se estava a desagregar, obteve novos argumentos.
Os EUA perceberam a necessidade de “novas abordagens” muito antes dos seus colegas franceses. A incursão de outubro não foi o primeiro exemplo disso. Já durante a bem-sucedida operação do SEAL na Somália em dezembro de 2011, ao libertar reféns em condições semelhantes, o tradutor avisava os habitantes locais para não entrarem no pátio onde decorria o combate, enquanto os elementos do SEAL retiravam as mulheres e crianças de debaixo de fogo. Em Barawe eles atuaram da mesma forma. Todavia neste caso, quando os militantes começaram a colocar abertamente à sua frente “escudos humanos”, não houve uma escolha possível. De acordo com Daniel Goure, do Lexington Institute, “a presença de mulheres e crianças no aglomerado foi um fator determinante” que decidiu o cancelamento da operação.
Segundo as declarações do representante do Al-Shabaab, a operação foi bem-sucedida: os milicianos perderam o sossego e a paz no “seu próprio terreno”. De resto, Barawe dificilmente irá permanecer na sua posse. O Al-Shabaab já há muito que aumenta a animosidade da população contra si. Além das extorsões incomportáveis e das execuções, os terroristas estrangeiros do vizinho campo deAmbaresa dessa milícia, por exemplo, “tomam como esposas” à força mesmo meninas menores de uma forma generalizada. Já perspectiva de se tornarem “escudos humanos” durante a inevitável libertação da cidade do domínio do Al-Shabaab irá certamente determinar o comportamento da população.

Já Sun Tzu escrevia: “O verdadeiro estratego vence a guerra ainda antes de a começar, porque ele sabe quando se deve combater e quando não se deve.” Parece que finalmente começaram a prestar atenção à sabedoria do grande chinês.

Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alvo de ataque a base no Iêmen eram operações dos EUA com drones, diz Al Qaeda

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O grupo iemenita ligado à rede Al Qaeda afirmou nesta segunda-feira que seu ataque contra uma base do Exército do Iêmen, no mês passado, tinha como alvo uma sala de operações usada pelos Estados Unidos para comandar ataques de drones contra militantes. O grupo ameaçou realizar novas ações como essa.
 
Dezenas de militantes invadiram e tomaram o quartel-general da Segunda Divisão do Exército na cidade costeira de al-Mukalla, no leste do Iêmen, em 30 de setembro, tomando alguns militares como reféns. Autoridades militares disseram que quatro soldados iemenitas foram mortos e nove feridos em uma operação para retomar o controle da base.
 
Um alto funcionário do Iêmen negou que o local abrigasse uma sala de operações conjuntas com os EUA e disse que o objetivo da unidade era evitar a pirataria nas imediações das vias de navegação no Mar da Arábia.
 
Os EUA consideram o grupo Al Qaeda na Península Arábica um dos braços mais ativos da rede de militantes da organização e afirmam que representa uma séria ameaça aos interesses ocidentais, incluindo o tráfego de petroleiros.
 
O grupo diz que o Iêmen transformou nos últimos anos várias de suas instalações militares em "salas de inteligência e de operações para dirigir a guerra contra os mujahideen (guerreiros sagrados) e operar aviões não tripulados".
 
Fonte: Reuters
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domingo, 6 de outubro de 2013

Pentágono confirma captura na Líbia de importante líder da Al Qaeda

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O Pentágono confirmou a detenção, em uma operação militar dos Estados Unidos na Líbia, de um importante líder da Al Qaeda, acusado de planejar os ataques em 1998 contra as embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia.

"Como resultado de uma operação antiterrorista dos EUA, Abu Anas al Libbi se encontra atualmente detido de forma legal por militares americanos em um lugar seguro fora da Líbia", disse o porta-voz oficial do Pentágono, George Little, em sua conta no Twitter.

O anúncio oficial aconteceu pouco depois que Little também confirmou, através do Twitter, que militares americanos tinham participado de uma operação "contra um conhecido terrorista da Al Shabab" na Somália, embora neste caso sem dizer se aconteceu alguma detenção.

A captura de Libbi em uma operação ontem perto da capital líbia, Trípoli, tinha sido anunciada poe "The New York Times" e pela "CNN", que citavam funcionários americanos. 
 
Fonte: EFE
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sábado, 5 de outubro de 2013

SEALs: Elite da Marinha dos EUA ataca líder de grupo responsável por atentado no Quênia

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Em resposta ao massacre em um shopping no Quênia, que deixou ao menos 67 mortos no fim de outubro, uma equipe da elite da Marinha americana (conhecida sob a sigla em inglês Seal) realizou um ataque contra um dos líderes do grupo radical muçulmano Al Shabaab, responsável pelo atentado.
Segundo o "New York Times", o governo americano acredita que o líder do grupo ligado à Al Qaeda tenha morrido na ação, o que não pôde ser confirmado antes de os militares deixarem o local.
 
O ataque, que vinha sendo planejado há dez dias, ocorreu na madrugada deste sábado em uma vila litorânea junto à cidade de Baraawe, na Somália.
 
Os membros das forças especiais chegaram à casa do líder, cujo nome não foi revelado, pelo mar, atirando. O tiroteio teria durado mais de uma hora, segundo testemunhas.
 
Por ser muito arriscado, este tipo de ação é raro e indica que o alvo era considerado uma "prioridade".
 
Este foi o maior ataque de tropas americanas em solo somali desde o assassinato de Saleh Ali Saleh Nabhan, também líder do Al Shabaab e ligado à Al Qaeda, em 2009.
 
Uma fonte do governo somali disse ao jornal que seu país havia sido informado antes do ataque. Um porta-voz do grupo radical disse apenas que um de seus integrantes foi morto num tiroteio.
 
IDENTIDADES
 
Neste sábado, o porta-voz militar do Quênia, major Emmanuel Chirchir, confirmou o nome de quatro homens que seriam responsáveis pelo ataque ao shopping Westgate Mall, em Nairóbi, que matou ao menos 67 pessoas no mês passado. São eles: Abu Baara al-Sudani, Omar Nabhan, Khattab al-Kene e Umayr.
 
Os nomes foram transmitidos pela primeira vez por uma emissora de TV local. Em e-mail enviado para a agência de notícias The Associated Press, o major disse "eu confirmo que esses são os nomes dos terroristas".
 
A identificação foi feita a partir de imagens do circuito interno do shopping. Não são vistos mais de quatro homens, contradizendo a declaração anterior do governo que indicava entre 10 e 15 combatentes no ataque do dia 21 de setembro.
 
O Al Shabaab, afiliado da Al Qaeda na vizinha Somália, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo que era a vingança contra a intervenção militar do Quênia, na Somália, em 2011, que visava expulsar os extremistas.
 
Fonte: Folha
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Os jihadistas na Síria

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Vladimir Putin afastou, com brio e sem hipocrisia, a sombria ameaça que pairava sobre a Síria: o tirano Bashar Assad não poderá mais utilizar os gases tóxicos contra a rebelião. No futuro, Assad matará seus inimigos com bombas e metralhadoras.
Mas quem são os inimigos de Assad? Há dois anos e meio, quando as multidões pegaram em armas para rechaçar o ditador sírio, as coisas eram claras: um líder cruel reinava em Damasco. Contra ele, revoltaram-se estudantes e trabalhadores. O "bem" e o "mal" eram distintos.
Abaixo o tirano! Infelizmente, ao longo dos meses, esse límpido esquema foi se toldando. A guerra mudou, mudaram os atores, os chefes, os pilotos e as cores. Com a chegada incessante de jihadistas procedentes de todos os países muçulmanos e do cerco à cidade de Homs, os protagonistas já não são os mesmos.
Em alguns meses, será preciso inclusive mudar o discurso. Não se falará mais do confronto entre o tirano Assad e os rebeldes democráticos do Exército Sírio Livre (ESL), mas da guerra entre o regime de Bashar Assad e os islâmicos radicais. O Ocidente terá, então, de escolher não mais entre o "bem" (a democracia) e o "mal" (a tirania), mas entre a peste e a cólera, ou seja, entre um tirano detestável e terroristas assassinos.
Há uma semana, o jornal Al Hayat anunciou que os líderes dos grupos armados no norte da Síria pretendem unir suas forças e fundar o Exército de Maomé, com um efetivo de 50 mil homens, reagrupando apenas os "filhos da religião sunita". Outro sinal: no início de agosto, jihadistas pertencentes ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (a Al-Qaeda no Iraque) e a Frente Al-Nusra (ligada à Al-Qaeda) apoderaram-se de cerca de dez cidades controladas pelo regime sírio.
Nos dias seguintes, os soldados de Assad contra-atacaram e reconquistaram cidades perdidas. No entanto, o que surpreendeu foi que as brigadas do ESL recusaram-se, na ocasião, a apoiar os jihadistas. Esses incidentes estão se multiplicando. É como se agora as armas da guerra contra Assad não estivessem mais nas mãos do ESL, mas nas dos islamistas mais ou menos afiliados à Al-Qaeda. Por outro lado, o ESL tornou-se uma "farsa", afirmam em Damasco.
Evidentemente, Londres, Paris e Washington não ignoram nenhum detalhe dessas mudanças. Seus governos sabem que a "revolução síria" foi sequestrada pelos jihadistas, o que explica, certamente, os titubeios da diplomacia ocidental.
A temível questão que se coloca é: devemos amar os "rebeldes"? Não se tratará da ideia tresloucada de fornecer armas aos rebeldes com o risco de que elas caiam nas mãos da Al-Qaeda? Os americanos não esquecerão jamais que Bin Laden recebeu a ajuda dos EUA durante a guerra da Rússia no Afeganistão.
São verdades duras. Elas circulam, mas ninguém ousa expressá-las em voz alta, só algumas raras pessoas. Como, por exemplo, um repórter do jornal Le Figaro, Renaud Girard, que levanta, em seu último artigo, a questão à qual ele mesmo responde, sem rodeios: "Nosso principal inimigo na Síria é o jihadismo".
 
Fonte: Estadão
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Forças estrangeiras fazem ataque contra base do Al Shabab na Somália

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Um comando militar "estrangeiro" matou neste sábado um membro do grupo radical islâmico da Somália, o Al Shabab, após um ataque contra a base da milícia fundamentalista em Barawe, a cerca de 180 quilômetros da capital Mogadíscio, informou a emissora somali Shabelle.
Soldados armados chegaram durante a madrugada em embarcações na cidade litorânea de Barawe, onde vive o líder do Al Shabab, Mukhtar Abu Zubeyr, conhecido como Ahmed Godane, junto com outros membros da unidade de inteligência da milícia, conhecida como "Amniyat".
Segundo a rádio somali "RBC", este pode ser o primeiro ataque direto de "forças ocidentais" contra o líder do Al Shabab.
O assalto começou às 3h locais (21h de Brasília da sexta-feira), quando os moradores de Barawe ouviram tiros e várias explosões, antes que o enfrentamento derivasse em um intenso tiroteio.
Vários moradores disseram à emissora que os soldados eram, aparentemente, membros das forças especiais americanas ou francesas em Djibuti.
Os soldados chegaram em embarcações rápidas à praia de Barawe e, segundo testemunhas, a operação teve o apoio de uma aeronave.
O comando tentou acessar o interior da residência com o uso de escadas e, em seguida, houve o confronto entre as forças "estrangeiras" e os combatentes do Al Shabab, asseguraram os moradores da cidade.
Um dos milicianos do Al Shabab morreu no combate, que durou apenas uma hora, enquanto vários homens ficaram feridos.
As forças estrangeiras recuaram posteriormente e dispararam um foguete na cidade somali, onde há um número indeterminado de feridos, segundo os residentes.
Após o ataque, o Al Shabab retirou seus veículos de guerra com mísseis antiaéreos, disseram alguns moradores de Barawe à "Shabelle".
O Al Shabab reivindicou a autoria do ataque com reféns em um centro comercial de Nairóbi entre os dias 21 e 24 de setembro, no qual morreram, pelo menos, 74 pessoas.
A operação desta madrugada acontece um dia depois que quatro pessoas morreram e outras sete ficaram feridas em distúrbios ocorridos em Mombaça, no litoral sul do Quênia, devido ao assassinato do clérigo muçulmano Sheikh Ibrahim Rogo.
O líder muçulmano Abubakar Shariff, que esteve na cena do ataque, acusou à Unidade da Polícia Antiterrorismo (ATPU, sigla em inglês) do massacre em Mombaça.
Na sua opinião, a polícia quis se vingar do atentado terrorista realizado pelo Al Shabab no centro comercial Westgate de Nairóbi.
O Al Shabab, que anunciou em fevereiro de 2012 sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate às forças aliadas para instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista na Somália.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado e o país ficou sem um governo minimamente efetivo e nas mãos de milícias islâmicas.
 
Fonte: EFE
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domingo, 29 de setembro de 2013

Líder do Al-Shabab é 'culto e estudioso'

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Ele é um dos homens mais procurados pelos Estados Unidos. O governo americano, que o colocou em sua lista de terroristas, oferece uma recompensa de US$ 7 milhões (R$ 15,7 milhões) por sua captura.
Mas encontrá-lo não será nada fácil. Embora raramente seja visto em público, suas mensagens são amplamente divulgadas na Internet, e aqueles que o conhecem o descrevem como um sujeito cruel e brutal.
 
Seu nome é Ahmed Abdi Aw-Mohamed Godane, um dos fundadores da Karakat Shabaab al-Mujahedin, ou Al-Shabab, o grupo que nos últimos dias fez manchetes pelo mundo após o ataque no Shopping Westgate, no Quênia.
Nascido em Hargeisa, na região separatista da Somalilândia, no norte da Somália, acredita-se que Godane tenha entre 30 e 40 anos.
Culto e implacável
"Ele é conhecido como culto e estudioso. Muitas vezes recitava poemas para ilustrar seus discursos. Cita versos do Corão, e artigos acadêmicos obscuros", diz Yonis Nur, jornalista somali da BBC África.
"Ele fala bem tanto em árabe como em somali e, geralmente, grava e posta suas mensagens na Internet".
Mas Godane, também conhecido como Abu Zubeyr ou Moktar Ali Zubair, foi capaz de eliminar impiedosamente muitos de seus rivais pelo poder no Al-Shabab.
"Estudou no Paquistão no anos 1990, e lá se envolveu com círculos do jihad. Em seguida viajou para o Afeganistão, onde foi treinado pela Al Qaeda", disse Nur.
 
"Quando voltou para Somalilândia, ele organizou diversos grupos religiosos fundamentalistas locais e se juntou ao Al-Shabab".
Mas em 2008, quando o então líder supremo da organização, Moalim Aden Hashi Ayro, morreu em um ataque aéreo liderado pelos Estados Unidos, Godane começou uma luta implacável pelo poder do Al- Shabab.
"Enquanto seus rivais dentro do grupo, como Sehikh Hassan Dahir Aweys, buscavam uma abordagem mais local dentro da Somália, o objetivo de Godane sempre foi marcar presença internacional", Nur acrescentou.
"Assim, em 2010 Godane anunciou sua parceria com a Al Qaeda."
Em julho passado, Hassan Dahir Aweys se entregou ao governo da Somália, e muitos de seus companheiros estão mortos.
Segundo Nur, essa rendição foi resultado de um "golpe" orquestrado por Godane, o que para muitos foi o triunfo da "linha dura" dentro Al-Shabab.
Linha dura
"Com apenas um golpe, Godane conseguiu realinhar a dinâmica da liderança radical do grupo e consolidou ainda mais seu poder ao se livrar de seus principais detratores", disse o analista somali Abukar Hassan, um especialista da Royal African Society na Grã-Bretanha.
Entre os detratores que morreram durante o "golpe" estavam o co-fundador do Al-Shabab, Ibrahim al Afghani, um aliado próximo de Osama bin Laden, e um outro líder, Burhan Maalim.
Godane saiu vitorioso desta luta pelo poder e, nos últimos meses, tem realizado uma série de ataques dentro e fora da Somália, sempre intensificando sua campanha militar para se estabelecer como uma força mais radical, violenta e com uma agenda mais ampla e internacional.
"A mensagem enviada por Godane após o ataque em Nairobi, o mais mortal realizado pelo grupo até hoje, foi a de que esta foi uma retaliação à presença das força armadas quenianas na Somália", disse Nur.
"Mas, na verdade, a intenção do ataque era consolidar sua posição como líder da organização, e sua nova agenda globalizada", acrescenta.
Na Somália, no entanto, o grupo é isolado.
Nas áreas controladas pelo Al-Shabab na Somália, Godane impôs a estrita lei islâmica Sharia, que foi posta em prática com execuções públicas, amputações e apedrejamentos.
"Isso gerou falta de apoio, e um isolamento do grupo na Somália. Mas eles continuam com a busca por jovens para se juntar à sua causa", diz Nur.
Estratégia globalizada
 
Apesar das críticas que recebe dentro do Al-Shabab, Godane continua a eliminar seus oponentes.
A vítima mais recente, acredita-se, foi Omar Shakif Hammami, um conhecido dos Estados Unidos que foi chefe de propaganda do grupo.
Em entrevista ao Voz da América este mês, Hammami classificou Godane como "controlador e obsessivo", e em seguida tuitou que o líder do Al Shabab "havia enlouquecido".
No dia 12 de setembro foi noticiado que Hammami havia sido morto em uma emboscada por militantes do Al-Shabab.
Os especialistas agora preveem que Godane continuará com sua estratégia jihadista "globalizada" contra alvos tanto na Somália como na região. E continuará a trabalhar em estreita colaboração com a Al Qaeda.
"Por mais de três décadas, (o Al-Shabab) sob o controle de Dahir Aweys definiu a narrativa do islâmismo político, que ganhou tanto amigos como inimigos dentro dos movimentos islâmicos", disse à BBC Abdi Aynte, analista e diretor-executivo do Instituto do Patrimônio de Estudos Políticos, com sede em Mogadíscio, na Somália.
"Aweys (classificado como terrorista pelos Estados Unidos em 2001), apoiava, principalmente, a ideologia nacionalista na Somália."
"Ele argumentava que o islâmismo era a única resposta para a Somália e o único fator unificador contra o tribalismo e as facções."
Mas a geração mais jovem que está sendo lidera por Godane, acrescenta o especialista, "simplesmente está presa ao culto ao martírio, alimentado pela Al Qaeda."
"Eles não se importam com a opinião pública. O que eles querem é estabelecer um Estado islâmico através da conquista militar. E o que eles desejam, ao invés de poder, é o martírio", diz Aynte.
E como diz Yonis Nur, "enquanto o caos reinar na Somália, as coisas não vão mudar no país."
"E o Ocidente, que até agora ignorou o que acontece na Somália, deve perceber que o problema, como demonstrou o ataque em Nairobi, não é algo local. Tornou-se um problema global."
 
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rebeldes sírios rejeitam coalizão e querem liderança islâmica

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Milhares de rebeldes sírios romperam com a coalizão de oposição apoiada pelo Ocidente e pediram a formação de uma nova frente islâmica, enfraquecendo os esforços internacionais para organizar uma força militar pró-ocidental para substituir o presidente Bashar al-Assad.
Ainda mais dividida no campo de batalha, onde as tropas de Assad mais bem armadas vêm ganhando terreno, aliados do Exército Sírio Livre (ESL) estão entre as 13 facções rebeldes diferentes que repudiaram a liderança no exílio e formaram uma aliança islâmica que inclui a Frente Nusra, ligada à Al-Qaeda, disseram comandantes nesta terça-feira.
Não ficou claro os detalhes sobre o número de combatentes envolvidos e como eles cooperariam entre si. Mas, em um vídeo publicado na Internet, o líder da Brigada Islâmica Tawheed disse que o grupo rejeita a autoridade da Coalizão Nacional Síria (CNS) e do Ocidente - e a administração no exílio de Ahmad Tumeh, apoiada pela Arábia Saudita.
Uma porta-voz do presidente da CNS, Ahmed Jarba, presente na Assembleia-Geral da ONU em Nova York, disse que Jarba iria para a Síria na quinta-feira dar uma resposta: "Nós não vamos negociar com grupos individuais. Vamos criar uma estrutura melhor para organizar as forças combatentes", disse o porta-voz Loay Safi.
 
A medida significa um retrocesso para líderes estrangeiros que tentam impulsionar grupos rebeldes mais seculares, de modo a tranquilizar seus eleitores a respeito de um envolvimento maior na guerra civil da Síria. Alguns podem repensar sua ajuda aos militantes, que vai desde o fornecimento de armamento pelo Golfo a uma ajuda não-letal da Europa e EUA.
Para Assad, incentivado pela assistência diplomática russa que enfraqueceu os planos dos EUA para bombardear suas forças após um ataque com gás letal, qualquer coalizão rebelde mais poderosa poderia desafiar o avanço de seu Exército no campo de batalha. Mas isso poderia ser mais do que compensado pelo enfraquecimento do apoio internacional a seus inimigos.
Embora alguns combatentes islâmicos moderados tenham negado que a medida seja uma abordagem mais radical e sectária, um papel de maior destaque para islâmicos mais radicais em detrimento da CNS pode reforçar o argumento de Assad de que a alternativa para o seu governo é uma Síria administrada pela Al-Qaeda.
A facção de militância islâmica mais radical, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), da Al-Qaeda, responsável por convergir um elevado número de jihadistas estrangeiros para a Síria, não está entre as signatários do novo pacto. Não ficou claro, no entanto, se havia rejeitado se envolver ou se não havia sido convidada.
Os 13 grupos que assinaram o comunicado convocam a oposição a se reorganizar sob uma estrutura islâmica e a ser conduzida somente por grupos que lutam em território sírio. Os signatários vão desde extremistas como a Frente Nusra a grupos mais moderados, como a Brigada Tawheed e a Brigada Islâmica.
"Essas forças sentem que todos os grupos formados no estrangeiro sem ter voltado ao país não os representam, então as forças não os reconhecem", diz o comunicado lido em um vídeo publicado na Internet por Abdulaziz Salameh, líder político da Brigada Tawheed. "Sendo assim, a Coalizão Nacional e seu suposto governo liderado por Ahmad Tumeh não os representam e não vão ser reconhecidos", acrescentou.
 
Fonte: Reuters
 
Nota do GBN: Estão preparando um novo país falido, pois tal experiência em apoiar grupos rebeldes, ainda mais amparados por extremistas islâmicos, só resultaram em fracasso no que diz respeito á criação de um estado democratico estável, onde assistimos hoje o resultado desta mesma postura no Iraque e Líbia.
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terça-feira, 24 de setembro de 2013

OTAN e Rússia fecham os céus aos terroristas

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Têm início nesta seguda (23) os exercícios conjuntos da Rússia e da OTAN Vigilant Skies (Céus Vigilantes 2013) de combate ao terrorismo aéreo e que irão decorrer de 23 a 27 de setembro. Do lado da OTAN neles participam a Polônia, a Turquia e a Noruega. Durante os exercícios deverão ser praticadas missões práticas de intercepção e acompanhamento por caças de um avião com "criminosos" a bordo e a prevenção de um ataque terrorista.
 
Ainda há poucos anos era difícil imaginar que a Rússia e a OTAN poderiam realizar manobras conjuntas. Mas os tempos mudam e surgiram novas ameaças que obrigaram à união de esforços no combate a um mal como é o terrorismo aéreo, refere o analista Oleg Nechiporenko:
 
"Sem dúvida que neste momento já foi reforçada a cooperação internacional no âmbito das decisões legais e factuais do Conselho de Segurança da ONU que foram aprovadas depois dos acontecimentos nos EUA. É difícil prever que forma assumirá o terrorismo. Para isso se realizam este tipo de simulações. É positivo que os exercícios sejam internacionais e não ao nível de um só país. O fato de se alcançarem acordos para a realização desse tipo de iniciativas já de si contribui para a confiança mútua."
 
Os exercícios serão realizados em várias fases. Primeiro é verificado o funcionamento do sistema de trocas de informação no âmbito da Iniciativa para a Cooperação no Espaço Aéreo (CAI) do Conselho OTAN-Rússia. Depois terão início as missões de intercepção e acompanhamento.
 
O comando dos exercícios é realizado a partir dos centros coordenadores em Varsóvia e em Moscou. Toda a informação necessária lhes será enviada pelos seus postos de coordenação locais e estes, por sua vez, recebem-na dos centros de controle aéreo da aeronáutica civil.
 
No dia 24 de setembro, um avião comercial Tu-134 sequestrado por provaveis terroristas irá simular um aparelho em deslocação sobre o Mar Negro em direção à Turquia. Segundo o cenário dos exercícios, caças Su-27 da Força Aérea da Rússia e F-16 da Força Aérea Turca irão interceptar o avião sequestrado. No dia seguinte, um avião invasor irá partir da Polônia e será interceptado sobre o Mar Báltico por caças das forças aéreas da Polônia e da Rússia.
 
Qualquer atentado terrorista aéreo pertence à categoria dos mediáticos e, na maioria dos casos, resulta na morte de uma quantidade significativa de pessoas, sublinha o perito em situações de crise Lev Korolkov:
 
"A realização de exercícios permite às estruturas responsáveis pela segurança da navegação aérea coordenarem os seus esforços e encontrarem um entendimento entre si de uma forma mais rápida. Também permite preparar o pessoal encarregado dessa parte do tráfego aéreo. Essas situações devem ser simuladas, senão nós não conseguiremos elaborar o algoritmo para uma solução desse problema."
 
Na opinião dos peritos, os exercícios irão reforçar a prontidão dos sistemas de troca de informações entre a Rússia e os países da OTAN. Isso permitirá aumentar o nível de proteção contra ataques terroristas.

Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Novos tiros e explosões são ouvidos dentro de shopping no Quênia

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Mais de 36 horas após a invasão do shopping center Westgate em Nairóbi, capital do Quênia, entre 10 e 15 supostos membros do grupo militante islâmico somali Al-Shabab permanecem entrincheirados dentro do prédio. Não se sabe ao certo quantos reféns ainda continuam em poder dos militantes.
Na manhã desta segunda-feira foram ouvidos muitos tiros e algumas explosões. O intenso tiroteio teria durado cerca de 15 minutos.
 
Segundo a agência de notícias AFP, um representante das forças de segurança quenianas disse que soldados do Exército tinham invadido o complexo.
A Cruz Vermelha queniana confirmou na noite de domingo que ao menos 69 pessoas morreram e 175 pessoas ficaram feridas em consequência do ataque de sábado.
Autoridades quenianas comentaram as dificuldades da operação de resgate, ressaltando que a segurança dos reféns é a maior prioridade dos agentes.
Um porta-voz das forças de segurança locais disse à BBC que estariam recebendo ajuda dos Estados Unidos e de Israel.
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse no domingo que "os criminosos estão reunidos em um único local dentro do prédio". Ele acrescentou que as forças de segurança têm agora "boa chance de neutralizar os terroristas."
O presidente disse ainda que um de seus sobrinhos com a noiva estão entre os mortos no ataque.
Resposta
O grupo militante somali Al-Shabab afirmou ter realizado o ataque como uma resposta contra as operações militares do Quênia na Somália.
Cerca de 4 mil soldados quenianos estão no sul da Somália desde 2011, combatendo os militantes.
O shopping center Westgate é frequentado pela elite de Nairóbi e também é muito popular entre a comunidade estrangeira da cidade.
Entre os mortos, estão ao menos três britânicos, além de cidadãos de França, China, Gana, Holanda, África do Sul, Índia, Canadá e Austrália.
 
Segundo o correspondente da BBC Will Ross, que também está próximo ao shopping, será extremamente difícil para os militares invadirem rapidamente o shopping para atacar os militantes por causa dos civis ainda presos no local.
O Al-Shabab afirmou ter ao menos 36 reféns sob seu controle, mas a informação não foi confirmada por fonte independente.
Os atiradores entraram no shopping por volta das 12h (5h de Brasília) do sábado, atirando granadas e disparando com fuzis automáticos.
Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local, mas alguns ficaram presos do lado de dentro.
O shopping realizava no sábado um evento infantil, levando a crer que haveria crianças entre os mortos.
 
Fonte: BBC Brasil
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Síria: estudo aponta que quase metade dos rebeldes são extremistas

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Quase metade das forças rebeldes que lutam contra o regime sírio é formada por jihadistas e islamitas membros de grupos extremistas, segundo trechos de um estudo realizado pelo instituto britânico IHS Jane's publicados nesta segunda-feira pelo Daily Telegraph.
A análise do instituto de defesa, que será publicada nesta semana, calcula em 100 mil os rebeldes que se lançaram ao combate contra o regime do presidente Bashar al-Assad, segundo o jornal britânico. Estes combatentes, no entanto, se dividiram em 1 mil grupos desde o início da guerra civil na Síria, há dois anos e meio, segundo o estudo.
 
Os especialistas do IHS Jane's consideram que 10.000 deles são jihadistas (combatentes da "guerra santa") que lutam em grupos vinculados à Al-Qaeda e que outros 30 mil ou 35 mil são membros de grupos islamitas extremistas, que diferem dos jihadistas ao centrarem seu combate apenas na Síria.
"A insurgência agora está dominada por grupos que têm ao menos um ponto de vista islâmico do conflito", afirma Charles Lister, autor do estudo, citado pelo jornal. "A ideia de que são grupos seculares, em sua maioria, os que dirigem a oposição simplesmente não se confirma", acrescenta o especialista. "Se os ocidentais não se mostrarem interessados em depor Assad, então os islamitas moderados provavelmente cairão no campo dos extremistas", adverte Lister.
Este estudo se baseia em entrevistas com combatentes rebeldes e em estimativas de inteligência.
 
Fonte: AFP
 
Nota do GBN: Os EUA estão cometendo o mesmo erro que cometeu quando apoiou Osama durante a guerra afegã contra a extinta União Soviética.
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Atiradores deixam ao menos 4 mortos em Washington

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Um atirador foi morto e outros dois se encontram foragidos depois dos disparos realizados nesta segunda-feira em um complexo naval em Washington que deixou um número ainda não definido de mortos, informou a chefe da polícia local.
 
Os disparos ocorreram por volta das 8h20 da manhã (horário local, 9h20 em Brasília) na instalação Washington Navy Yard, onde trabalham 3 mil pessoas, a algumas quadras de distância do Congresso americano.
 
"Um dos atiradores que, acreditamos que esteve envolvido no caso, foi morto" afirmou Cathy Lanier. "A principal preocupação agora é que potencialmente temos outros dois atiradores que ainda não foram localizados".
"Também temos outras vítimas. Não posso dar um número exato neste momento, mas eu diria que temos várias vítimas fatais. Atualizaremos as informações assim que tivermos estes números confirmados", acrescentou. Lanier disse ainda que ao menos um policial ficou ferido, mas alertou que as informações são preliminares e podem mudar.
 
Ela descreveu um potencial suspeito como um homem branco usando uniforme da marinha.
 
"Temos um outro potencial suspeito que é um homem negro, de aproximadamente 50 anos, e que foi visto com um fuzil", acrescentou.
 
Segundo ela, este segundo homem também usava uniforme militar, mas não confirmou que se tratem realmente de militares.
 
Tiroteio de Washington foi um ato covarde, diz Obama
 
O presidente Barack Obama condenou nesta segunda-feira o tiroteio ocorrido numa base naval em Washington e afirmou que os autores serão levados perante a justiça. "Enquanto a investigação prossegue, faremos de tudo em nosso poder para assegurar que quem fez este ato covarde seja responsabilizado", afirmou Obama.
O presidente lamentou o fato de os americanos enfrentarem outro "tiroteio em massa" e destacou que as pessoas na linha de fogo sabiam dos perigos de servir no exterior, mas agora enfrentam o perigo dentro de sua própria casa.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
 
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Esforço para encontrar terroristas sempre será imperfeito, diz especialista

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O esforço para detectar e interceptar terroristas que se encaixam no perfil dos irmãos Tsarnaev, suspeitos pelo atentado à maratona de Boston, sempre será imperfeito, segundo o especialista Steve Flynn, diretor do instituto de pesquisa George J. Kostas para segurança nacional da Northeastern University.
 
O trabalho do FBI em identificar e capturar os suspeitos, que vinha sendo muito bem avaliado, passou a ser questionado por legisladores no aspecto preventivo.
 
Tanto democratas quanto republicanos sugerem que a polícia federal possa ter fraquejado em monitorar as atividades realizadas pelos irmãos antes do ataque.
 
O mais velho, Tamerlan, viajou à Rússia em 2012, onde teria recebido treinamento de grupos terroristas. O FBI também tinha indícios desde 2011 de que o suspeito era simpatizante de radicais islâmicos, mas, sem conclusão definitiva, o caso foi fechado.
 
Para Flynn, entretanto, a decisão tomada instituição não pode ser considerada uma falha.
 
"Muitos são puxados para a ideologia radical intelectualmente, mas poucos agirão com violência. O FBI não tem recursos para monitorar todos que viajam para uma parte perigosa do mundo ou que visitam sites radicais", afirma.
 
O papel da inteligência é tão importante imediatamente após o evento quanto teria sido antes dele, segundo o especialista em segurança. E, neste ponto, não houve faltas em Boston.
 
"Se o sentimento de risco permanece solto, como no 11 de Setembro, o impulso por parte das autoridades é trancar tudo. Mas fechar aeroportos e fronteiras tem custos e consequências, como motivar novos ataques. Encontrar respostas rápidas é uma chave."
 
Fonte: Folha
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O Brasil está seguro?

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O ataque terrorista na Maratona de Boston, nos Estados Unidos, na semana passada, fez acender a luz amarela no Brasil. Embora o País não faça parte da rota do terror, os grandes eventos internacionais que acontecerão aqui nos próximos anos irão atrair para as cidades brasileiras dezenas de autoridades e milhares de jornalistas e cidadãos de diferentes nações. Em junho, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza receberão jogos da Copa das Confederações e, no mês seguinte, o Rio será palco da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco. Serão eventos-teste para a Copa do Mundo de 2014, que incluirá outras seis capitais, e, dois anos depois, para os Jogos Olímpicos, majoritariamente sediados na capital fluminense. Quanto mais visibilidade, maior a comoção diante de tragédias – e é isso que os terroristas buscam. Por isso, as autoridades estão se preparando para todo tipo de emergência. O governo federal investirá, em parceria com os 12 Estados-sede da Copa e a iniciativa privada, mais de R$ 2 bilhões em segurança. Ao todo, serão cerca de 142 mil policiais de todas as esferas em ruas e em pontos estratégicos.

Horas depois das explosões em Boston, enquanto as autoridades americanas ainda tentavam entender o que havia acontecido, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Siqueira, convocou uma reunião com assessores militares e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para avaliar o caso. Pouco antes, ele havia recebido um recado da presidenta Dilma Rousseff para dar atenção especial ao episódio e verificar a necessidade de rever a estratégia de segurança dos grandes eventos. Uma das conclusões é que é preciso maior integração entre as forças envolvidas na proteção dos cidadãos. Em Brasília, cidade de abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho, o comitê local de organização montou uma espécie de gabinete de emergência, com representantes das polícias Civil, Militar e Federal e da polícia do Exército. “Sem integração, perdemos agilidade no atendimento às demandas”, diz Severo Augusto, coronel da reserva e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O aparato que está sendo montado é grande. Dos R$ 2 bilhões investidos, metade será empregada na instalação de centros de comando e controle. Serão 14 bases, duas de abrangência nacional – em Brasília e no Rio de Janeiro – e as outras regionais. Cada centro será dotado de dezenas de monitores que processarão imagens de centenas de câmeras espalhadas dentro e fora dos estádios. Esses centros serão operados por agentes das polícias Civil, Militar, Rodoviária e Federal e por órgãos da Defesa Civil. Na Copa das Confederações, as seis cidades-sede terão, cada uma, em torno de três mil militares e, juntas, 25 mil agentes de segurança pública. Durante a Jornada, o Rio terá o reforço de 8,5 mil homens das Forças Armadas e de 4,5 mil policiais das três esferas de governo. E na Copa do Mundo os números são ainda mais expressivos: 36 mil militares e 50 mil agentes de segurança. A questão é que falta treinamento. São poucas as oportunidades de se realizar uma ampla simulação com todos os envolvidos. Um evento-teste aconteceu um dia antes da tragédia de Boston, no jogo Fortaleza x Ceará, no Castelão. Foram destacados, para a operação, 665 policiais militares, dois delegados, 15 policiais civis e 40 bombeiros, além de 240 guardas municipais. No Carnaval, o Ministério da Saúde realizou ensaios no Recife e em Salvador. O objetivo foi avaliar a capacidade de planejamento, execução, resposta e avaliação das situações de emergência relativas à saúde em grandes aglomerações.
 
O secretário-extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do governo federal, delegado Valdinho Caetano, afirma que o Brasil está dotado de tecnologia de ponta para proteção contra grandes atos terroristas ou ações domésticas. O aparato inclui câmeras especiais que identificam uma única pessoa no meio da multidão e que estarão disponíveis até em helicópteros. “É uma filosofia inédita no País, de planejamento conjunto e de tomadas de decisão conjuntas”, explica Caetano. Há investimentos também em cursos no Exterior. Integrantes do Esquadrão Antibombas do Rio estão sendo treinados em países como Colômbia, Israel e Espanha a fim de aprender técnicas de elite para desativar carros-bombas. Oficiais espanhóis vieram ao Brasil dar cursos de treinamento de controle de massa, no mês passado. Em maio, militares serão enviados ao Centro de Treinamento da Guarda Costeira dos EUA, em Yorktown, no Estado da Virgínia, para um curso de Controle e Comando de Crises.

A missa campal que será celebrada pelo papa Francisco irá reunir a maior aglomeração de todos os eventos: são esperados 2,5 milhões de católicos no dia 28 de julho, em Guaratiba, zona oeste do Rio. Um grande esquema está sendo preparado. Haverá três hospitais de campanha (dois das Forças Armadas), 14 postos médicos, dez aeronaves e mais de mil bombeiros. “Nosso planejamento está acima de qualquer ameaça, até terrorismo. Mas sabemos que é difícil prevenir; nem os Estados Unidos conseguem”, diz o general José Alberto Abreu, responsável pela coordenação das Forças Armadas na Jornada e na Copa. No caso de o papa visitar o Cristo Redentor, o que ainda não foi definido pelo Vaticano, o Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) já se preparou com um treinamento recente junto à estátua.
 
As Forças Armadas deverão complementar a atuação da Segurança Pública nessas ocasiões. “Estamos trabalhando as áreas de controle aeroespacial, marítimo e fluvial, além da defesa cibernética, com a criação de um centro de controle em Brasília”, diz o coordenador do Ministério da Defesa para Grandes Eventos, general Jamil Megid Júnior. O risco maior dos ataques cibernéticos é a derrubada do sistema de comunicação por hackers, como foi tentado, sem sucesso, durante a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no ano passado. No Rio, tropas militares vão tomar conta da água para evitar sabotagem ou contaminação que possa prejudicar o abastecimento. Outros pontos estratégicos, como torres de transmissão de energia, refinarias de petróleo, usinas nucleares de Angra dos Reis, portos e aeroportos, também serão vigiados pelas Forças Armadas.

Na semana passada, o governo federal anunciou um plano para o setor aéreo. A Copa das Confederações será o primeiro grande teste do conjunto de medidas
que, entre outras coisas, amplia o número de servidores públicos que atuam nos aeroportos em 1.723 funcionários, restringe o espaço aéreo sobre os grandes eventos em um raio de até sete quilômetros e reforça a infraestrutura elétrica que serve os aeroportos. Um acréscimo no número de policiais federais nos principais terminais do País – de 313 para 1.153 – também é esperado, bem como a expansão no número de operadores aeroportuários, que hoje é de 1.023 e passará a ser de 1.537. Ainda há dúvidas, no entanto, sobre a capacidade do governo de colocar todas essas medidas em prática a tempo.

No caso da defesa aérea, o monitoramento será feito com veículos aéreos não tripulados (Vant), os drones. A Aeronáutica já tem dois em operação e espera ter mais dois disponíveis já para a Copa das Confederações. Assim como a Força Aérea Brasileira (FAB), o Exército prevê o uso de equipamentos de última geração para defesa dos estádios, inclusive baterias antiaéreas e modernos equipamentos de comunicação criptografada e 34 carros de combate Gepard alemães, comprados recentemente, capazes de derrubar mísseis, aviões comuns, helicópteros e aviões não tripulados.

O ataque de Boston, porém, chama a atenção para a necessidade de aprimoramento contra os artefatos artesanais. “Já há algumas práticas que são adotadas, como lacrar os bueiros, lixeiras e caixas de correio 48 horas antes. Como muitos explosivos são detonados por aparelhos celulares, há também o uso de misturadores de frequência que impedem a transmissão dos sinais”, explica Renato da Silva, consultor de segurança pública de grandes eventos. Dados do Esquadrão Antibomba da polícia fluminense a que ISTOÉ teve acesso revelam um número extraordinário de bombas caseiras apreendidas no Rio: 3.016, desde 2009, sem contar os artefatos que não foram destruídos pelo esquadrão. A maioria é de fabricação doméstica, mas também são encontrados rojões com capacidade para derrubar aviões, desviados de quartéis ou contrabandeados por traficantes de drogas. “É o Estado que tem mais ocorrências com explosivos. Pernambuco, por exemplo, arrecadou dois ou três no ano passado”, comparou um técnico.

Como o terror tem um alto grau de imprevisibilidade, as ações de inteligência são fundamentais. É necessária cooperação internacional para o País saber quais são os potenciais terroristas que podem desembarcar aqui, além de um sistema protegido e eficiente de comunicação interna para troca de dados. “A prevenção do terrorismo depende de informação”, resume o capitão de mar e guerra José Alberto Cunha Couto, que foi do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, é especializado em antiterror e participou das discussões para a elaboração de um projeto de lei para tipificar o crime. Aliás, a inexistência de uma legislação no Brasil que mencione o crime de terrorismo é um problema, na avaliação de especialistas. “Hoje, se um sujeito estiver diante do Palácio do Planalto fazendo desenhos da estrutura, for perguntado por um policial o que ele está fazendo e responder: ‘Planejando um ataque terrorista’, o policial não pode prendê-lo”, diz Fernando Fainzilber, assessor de segurança da Federação Israelita do Estado de São Paulo. “A menos que ele esteja com uma arma sem registro ou carregando explosivos.” A única possibilidade – remota – é tentar enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional. “Esse é o grande calcanhar de aquiles na nossa política antiterrorismo”, complementa o capitão Couto.
 
É preciso ainda integrar os cidadãos comuns na luta contra o terror. Por exemplo: treinar os chamados “first responders” (em inglês, algo como “quem vê primeiro”), ou seja, o gari, o porteiro, o guarda municipal. “Não é glamouroso, mas o esquema antiterrorismo precisa deles”, diz o coronel Severo Augusto. Afinal, foi um vendedor ambulante que percebeu algo estranho no furgão prestes a explodir na Times Square, em 2011. Graças ao aviso dele não houve uma grande tragédia no coração turístico de Nova York. “Temos que transformar o cidadão em um elo do sistema que garante a sua própria segurança, como já acontece na Inglaterra e nos Estados Unidos”, diz Vinícius Cavalcante, diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança no Rio de Janeiro.

Numa guerra em potencial na qual não se conhece o inimigo, o desafio é cercar todas as brechas possíveis. O cientista político especializado em terrorismo Graham T. Allison, da John F. Kennedy School of Government na Universidade Harvard, faz um alerta para os brasileiros: “O primeiro passo a ser tomado pelos órgãos de defesa e inteligência é imaginar o inimaginável.” E explica: “Antes do 11 de setembro, a ideia de que alguém podia usar aviões como mísseis para derrubar o World Trade Center, nos Estados Unidos, parecia inconcebível.” Não faltam avisos. O último veio de Boston.
 
Fonte: Isto É
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