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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Leonardo anuncia novo e moderno centro de suporte à helicópteros em Itapevi

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A Leonardo anunciou nesta sexta-feira (14) a criação de um moderno Centro de Suporte para o mercado de asas rotativas, ampliando suas capacidades regionais de atendimento aos clientes no Brasil com a construção de uma nova instalação em Itapevi, a 30 km de São Paulo. O anúncio do novo centro vem na sequência de outro grande empreendimento da Leonardo no Brasil, com a criação da Joint Venture com a Codemar no município de Maricá no Rio de Janeiro, firmado na última quarta-feira (12), evento no qual o GBN Defense esteve presente, e que irá promover a criação de um novo polo tecnológico e de comunicações no Brasil (Grupo Leonardo investe na criação de polo tecnológico em Maricá). O anúncio do novo centro de suporte, oficialmente realizado hoje (14), contou com a presença de autoridades locais e italianas e representantes da indústria. A construção das novas instalações, realizada pela Leonardo do Brasil em uma área de 79.000 m2, está prevista para ser concluída no quarto trimestre de 2020. Até então, a Leonardo manterá o suporte aos seus clientes regionais por meio do centro existente em São Paulo.


O novo Centro de Suporte irá incluir: hangares de manutenção, armazém aduaneiro, workshop e outros serviços de apoio, incluindo um heliporto dedicado. Existe a possibilidade de maior expansão no futuro. Os serviços prestados incluem: peças de reposição, manutenção, suporte ao produto, serviços de engenharia para as aeronaves da linha AW: AW119 single engine, AW109 light twin series, incluindo os tipos AW139, AW169 e AW189.


Até o momento, estão em operação no Brasil mais de 190 helicópteros produzidos pela Leonardo, os quais tem cumprido variadas missões, incluindo: transporte corporativo/privado, Segurança Pública, serviços públicos, transporte offshore e aplicações navais. O continuo crescimento mostrado na América do Sul nos últimos anos, junto com a introdução dos novos modelos, faz em modo que este último progresso seja de grande importância para apoiar a Empresa no desafio de atender as novas exigências da região. A América do Sul mostra um potencial significativo de médio a longo prazo para uma série de funções, incluindo EMS/SAR, aplicações de segurança e ajudas em caso de desastres.

Este novo centro de serviços e suporte ao cliente, marca o compromisso da empresa com a qualidade e suporte aos seus clientes, que passam a contar com uma ampla e especializada gama de serviços avançados que contribuirão para maximizar a eficácia da operação da frota de helicópteros e a sua segurança, um importante benefício para os operadores, equipes e comunidades atendidas. Os aprimoramentos excepcionais do serviço ao cliente também foram reconhecidos pela Professional Pilot’s (Magazine) Helicopter Product Support Survey, com a Leonardo em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo e em todas as categorias, incluindo tempo de resposta, manuais técnicos, rapidez em Aircraft On Ground, representantes técnicos, satisfação do serviço, disponibilidade de insumos e custo das peças. A Leonardo amplia sua presença no Brasil e investe pesado em tecnologia e desenvolvimento, sendo uma das gigantes mundiais em tecnologia aeroespacial e de comunicações.



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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Itália se junta ao Reino Unido e Suécia no desenvolvimento do Tempest

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O governo italiano assinou nesta terça-feira (10) uma declaração de intenções para colaborar no "Programa Tempest", o qual objetiva a concepção de uma aeronave de 6ª Geração. A assinatura ocorreu  durante o DSEI, importante evento internacional de defesa.

“A Declaração de Intenção compromete os dois governos a desenvolver ainda mais suas capacidades no setor de combate aéreo. É o resultado de um Estudo Conjunto de Viabilidade, lançado após a publicação da Estratégia Aérea de Combate do Reino Unido no Farnborough Air Show em julho de 2018”, afirma o comunicado do Ministério da Defesa italiano.

De acordo com as autoridades de defesa italianas, o estudo chegou à conclusão de que o Reino Unido e a Itália parceiros naturais no setor de defesa, graças à colaboração entre os países, em particular, entre a Força Aérea Italiana e a Royal Air Force que empregam a mesma aeronave: ..."ambos operam com o Eurofighter Typhoon e o F-35, tendo ainda operado há três décadas também o  Panavia Tornado. O emprego dos mesmos sistemas de armas permitiu que as duas armas aéreas desenvolvessem uma visão comum sobre doutrina, treinamento e desenvolvessem uma experiência operacional semelhante: isso significa que a Itália e o Reino Unido compartilham os mesmos objetivos e sabem como é necessário trabalhar na próxima geração de aeronaves de combate. Além disso, as indústrias aeroespaciais de ambas as nações cooperam há 50 anos no desenvolvimento e suporte de aeronaves de combate, tendo como marco programas como o Panavia Tornado e Eurofighter Typhoon."

O Programa Tempest é uma colaboração entre o governo britânico e as industrias BAE Systems, Rolls-Royce, MBDA e Leonardo. A Suécia ingressou oficialmente no programa em julho deste ano, portanto, a Itália é o terceiro país a ingressar como parceiro do programa.

O Reino Unido planeja investir aproximadamente 2 bilhões de libras esterlinas para financiar os estágios iniciais do programa de desenvolvimento do “Tempest”. A entrada de novos parceiros como a Suécia e a Itália, são cruciais para que seja viável o desenvolvimento da nova aeronave de combate europeia, representando maiores recursos para o desenvolvimento de tecnologia, além de representar um aumento no mercado, o que irá diluir ainda mais o custo final de produção, uma vez que a maior demanda reduz o custo unitário.

 “As decisões iniciais sobre o desenvolvimento serão confirmadas até o final de 2020, antes que as decisões finais de investimento sejam tomadas até 2025. O objetivo é que uma plataforma de próxima geração tenha capacidade operacional até 2035”, disse o Ministério da Defesa britânico em comunicado à imprensa.

O ingresso italiano no desenvolvimento do “Tempest” era previsível, uma vez que a italiana Leonardo figura entre os conglomerados de defesa envolvidos no desenvolvimento do novo caça. Outro ponto favorável ao posicionamento italiano, é a histórica parceria com Reino Unido, sendo digno de nota a capacidade tecnológica adquirida pela indústria de ambos os países com o desenvolvimento do Programa JSF, resultando no caça de 5ª Geração F-35, sendo essa expertise de extrema importância para o desenvolvimento da nova aeronave europeia.

Há grande possibilidade de que a Alemanha e a França possam vir a embarcar no "Programa Tempest", tendo em vista que ambos estão trabalhando no desenvolvimento conjunto de uma nova aeronave de combate, o que pode levar a decisão de se unir ao programa britânico, visto que já congrega como parceiros a Suécia e a Itália. Vale lembrar que programas como estes envolvem enormes custos de desenvolvimento, o que levanta a necessidade de uma determinada demanda no mercado para que o custo final não se torne proibitivo, o que pode no final dificultar demasiadamente a exportação da mesma e a capacidade de sustentar os seus custos de aquisição e operação.

Estamos acompanhando as informações sobre esse que promete ser um dos maiores programas de defesa europeus desta metade do século XXI, o GBN Defense News esta atento as tendências do mercado de defesa.


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sábado, 30 de junho de 2018

RIDEX 2018: SAAB-Damen, se destacam na disputa do Programa Tamandaré

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Durante a primeira edição da Ridex, conferimos um pouco mais sobre a proposta da SAAB-Damen para o Programa Corveta Classe Tamandaré, onde o consórcio que reúne a SAAB, Damen e o estaleiro nacional Wilson Sons dentre outras empresas.

A SAAB apresenta como solução seu sistema de combate 9LV que congrega diversos sensores e sistemas já integrados com sucesso em outras marinhas pelo mundo. Essa solução de sistema dá a Marinha do Brasil a possibilidade de ter seu sistema de combate, o SICONTA, integrado ao 9LV, provendo um aumento nas capacidades deste sistema nacional.

Com relação ao projeto do navio, trata-se de uma variante que tem por base as corvetas SIGMA 10514, similares ás que foram construídas para as marinhas do México e Indonésia, porém adequadas aos parâmetros brasileiros, sendo um navio já testado, com uma solução consolidada e total domínio tecnológico, sendo um projeto moderno. A proposta prevê que a construção do mesmo será modular, o que permite maior rapidez na construção do navio e a descentralização da construção do mesmo caso seja necessário, o que a principio não é o caso, uma vez que a parceria nacional com o estaleiro Wilson Sons, possui plena capacidade de produção e integração de cada módulo deste novo navio. Porém, o primeiro exemplar da corveta tem prevista a construção de dois módulos na Holanda, onde serão integrados todos os sistemas eletrônicos e de automação. 

Tal definição foi adotada visando capacitar as equipes técnicas brasileiras nesta atividade, tendo em vista que estes dois módulos encontram-se a parte sensível do navio, como os sistemas eletrônicos e de automação que são o coração do navio. Para que os engenheiros e técnicos brasileiros venham a absorver os processo de forma prática, estes dois módulos deverão ser construídos na Holanda, onde ficou claro que isso ocorrerá somente no primeiro navio, com os demais sendo completamente construídos e integrados no Brasil pela Wilson Sons e os parceiros envolvidos no programa.

A proposta que nos foi apresentada, deixou bem claro que não se trata apenas de aquisição de um navio com sistemas de alta complexidade, é compra de navio com sistemas modernos, construído de forma modular, o que permite que o mesmo tenha sua construção realizada em locais diferentes, embora esta não seja a proposta, uma vez que o estaleiro da Wilson Sons em Santos, será o responsável por todas as fases e processos de construção do navio,  e mais importante, será a inserção do conteúdo nacional ao projeto, o que torna muito mais simples e econômico não apenas o processo de construção dos navios, mas toda sua manutenção no seu ciclo de operação, tornando viável que a manutenção dos mesmos seja completamente feita no Brasil por brasileiros.

A escolha do estaleiro Wilson Sons como parceiro na construção nacional destas corvetas, foi uma decisão técnico-estratégica, uma vez que a Damen e a Wilson Sons já possuem uma parceria de muitos anos, com a Wilson Sons tendo construído dezenas de navios com os holandeses, logo já existe toda uma capacidade instalada para atender ao projeto da Damen no Brasil. O que não ocasionará em nenhum atraso com relação a construção da SIGMA 10514 por conta do conflito de "cultura" entre as empresas, uma vez que os técnicos e engenheiros da Wilson Sons já possuem larga experiência em trabalhar com projetos da Damen, um fato bastante relevante.

A impressão que tivemos ao conversar com os representantes da Damen e SAAB com relação a sua proposta, é que estamos diante de um projeto que apresenta bastante solidez, com soluções "simples" e que tendem a superar as expectativas, uma vez que já há uma sinergia entre os envolvidos no programa. Vale ressaltar que assim como a Damen e a Wilson Sons já tem um longo histórico de trabalho conjunto, o mesmo se dá com a SAAB e a Damen, as quais possuem um vasto histórico de parceria entre as duas europeias.

O executivo da SAAB, Alencar Leal, confirmou que o Brasil hoje possui a capacidade de absorver todo o processo que envolve as CCTs, com o sistema 9LV sendo capaz de integrar o SICONTA, bem como há capacidade de integrar diversos sistemas que venham a ser exigidos pela Marinha do Brasil. A Damen por sua vez domina processos construtivos de última geração e que podem ser realizados no Brasil, apresentando uma solução moderna, viável e eficiente para atender ao Brasil.

Esperamos por mais informações após a definição do short-list, uma vez que a empresa se limita a fornecer algumas informações sobre o projeto devido a possibilidade de que alguns parâmetros sujeitos a alterações se houver solicitação da Marinha do Brasil venham a ser atualizados e modificados visando atender as requisições brasileiras.

Agradecemos a toda equipe da SAAB, Damen e Wilson Sons, que nos receberam e apresentaram sua proposta de maneira clara e objetiva, e a conclusão que chegamos é que a SAAB-Damen se coloca como uma das favoritas na disputa do Programa de Corvetas Classe Tamandaré.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Missão da ONU usa drones pela primeira vez, no Congo

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A ONU lançou oficialmente nesta terça-feira, no leste da República Democrática do Congo (RDC), o primeiro avião teleguiado (drone) utilizado em uma de suas missões.
 
O aparelho, de fabricação italiana, decolou do aeroporto de Goma, capital da província congolesa de Kivu Norte, por ocasião de uma apresentação ante a imprensa na presença do chefe das operações de manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, e de vários diplomatas.
 
A Missão da ONU para a Estabilização da RDC (Monusco) dispõe no momento de dois aviões pilotados por controle remoto. Segundo um especialista militar, os dois drones começaram seus voos teste no domingo.
 
As aeronaves serão utilizadas para vigiar as ameaças de uma série de grupos armados locais e estrangeiros no leste do país, região rica em minerais.
 
Os aparelhos, que não possuem armas, permitirão aos capacetes azuis vigiar a província de Kivu Norte, onde ainda estão ativos dezenas de grupos armados que a Monusco deve neutralizar.
 
Também devem garantir um controle da fronteira entre a RDC e os dois países limítrofes de Kivu Norte, Uganda e Ruanda, para dissuadi-los a dar apoio a algumas milícias congolesas.
 
A ONU acusa Kigali e Kampala de ter apoiado o Movimento de 23 de Março (M23), derrotado pelas armas no início de novembro. Os dois países desmentem ter ajudado os rebeldes.
 
Os aparelhos podem voar entre oito e 14 horas seguidas, em área de até 200 quilômetros de distância de sua base.
 
"Os drones nos permitirão ter informações confiáveis ​​sobre o movimento das populações nas áreas onde há grupos armados", disse Ladsous, durante o lançamento do drone em Goma, a maior cidade no leste do Congo.
 
O General Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante da força da ONU no Congo, disse que os drones só irão voar sobre território congolês, já que os soldados da ONU não têm mandato para operar em países vizinhos.
 
ONU NO CONGO
 
As Forças de paz da ONU têm recebido muitas críticas por fazer pouco para acabar com os conflitos no leste do Congo, uma região montanhosa e de floresta densa, que Kinshasa tem lutado para controlar durante duas décadas de conflito praticamente constante.
 
A implantação dos drones ocorreram depois que a Missão de paz ajudou a derrotar o M23, o principal grupo rebelde em 12 anos de governo do presidente Joseph Kabila.
 
A vitória sobre o M23 foi a primeira vez que Kinshasa conseguiu derrotar militarmente uma grande revolta no leste. Para tanto, houve um forte apoio da ONU, além de grandes reformas no exército do país e de pressão diplomática intensa sobre os países vizinhos para impedir o apoio dos rebeldes.
 
Especialistas do Congo e da ONU dizem que o apoio externo para o M23 foi significativo. Após a derrota, investigadores estão analisando a origem de um estoque significativo de armas e caminhões encontrado em bases do M23 ao longo da fronteira com Ruanda.
 
Os drones deveriam ter sido lançados no início de setembro, no entanto os aviões chegaram somente após a derrota do M23.
 
Enquanto um acordo político final com o M23 ainda está em andamento, as forças congolesas e da ONU devem voltar suas atenções para outros grupos rebeldes situados no leste do Congo, como o FDLR, da Ruanda, e o ADF- NALU, da Uganda.
 
 
Fonte: Folha
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Avião "made in Brazil" é seguro e tecnológico

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Falhas humanas são a principal causa de um acidente aéreo, seguidas por deficiência na manutenção. Por isso, para especialistas em aviação, todo avião certificado a voar é, por princípio, seguro. Neste quesito, porém, o Brasil ocupa uma posição especial: impulsionada pela Embraer, a indústria aeronáutica brasileira tem conquistado mercado global com equipamentos altamente confiáveis, tecnologicamente avançados e que se envolveram em poucos incidentes.
 
Levantamento inédito do iG publicado nesta terça (3) mostrou que, desde a primeira tragédia comercial da aviação brasileira, em 3 de dezembro de 1928, um total de 3.527 pessoas morreram em acidentes aéreos. Naquele dia, há 85 anos, o desastre que deixou 14 vítimas foi testemunhado por Santos Dumont. Na sexta-feira (29), um Embraer 190 com as cores da Linhas Aéreas de Moçambique caiu na Namíbia matando 27 passageiros e seis tripulantes. Foi apenas o segundo acidente envolvendo a aeronave, há uma década no ar. O primeiro, ocorrido em 2010, na China, é também o mais grave com um produto da empresa - foram 44 mortos.
 
Na base de dados da fundação americana Flight Safety, que coleta informações sobre acidentes aéreos no mundo todo, há nove ocorrências envolvendo a linha de e-jets da Embraer (E-170, E-175, E-190 e E-195) e um total de 77 vítimas (justamente as que morreram na China e na Namíbia). A confiabilidade do equipamento está expressa na procura internacional: a linha de turbohélices e e-jets da Embraer, fundada em 1969 em São José dos Campos (SP), se espalha por quase 91 companhias de 60 países - num total de mais de 2.000 aviões.
 
Alta tecnologia também é um dos diferenciais da Neiva, de Botucatu (SP) e subsidiária da Embraer desde os anos 80. Seu avião Ipanema, com mais de mil unidades vendidas, domina 75% do mercado de aviação agrícola no Brasil e o único no mundo com motor 100% movido a etanol. Para sua produção, a companhia teve de dominar tecnologias de alta precisão como a oxidação controlada de superfícies, a soldagem em titânio e a solubilização (um tipo de processo térmico).
 
A Paradise, sediada em Feira de Santana (Bahia), obteve junto à FAA (Federal Administration Agency) certificação de aeronave autorizada a operar na aviação comercial e também de treinamento. O processo, bastante rigoroso, serve também como uma chancela técnica do projeto. A gaúcha Aeromot, hoje dedicada ao mercado de manutenção de aeronaves, foi responsável pela produção do monotor Ximango, usado como equipamento de instrução pela Força Aérea dos Estados Unidos.
 
Fonte: Último Segundo
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domingo, 1 de dezembro de 2013

China dá segunda vida aos supercanhões

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A revista Jane's Defense Weekly relatou a existência de uma série de fotos de satélite com imagens de um campo de tiro localizado perto da cidade chinesa de Baotou, nas quais se veem dois objetos que aparentam ser gigantes peças de artilharia com canos de 24 e 33 metros de comprimento. Segundo a publicação, essas bocas de fogo se assemelham a um canhão gigante que se pretendia construir no âmbito do Projeto Babilônia, desenvolvido em seu tempo pelo Iraque, mas não realizado.
 
O chefe do Babilônia, o renomado engenheiro militar norte-americano Gerald Bull, desenvolvia meios econômicos de lançamento e colocação de cargas em órbita. Ainda em 1962, Bull, utilizando um tubo modificado do antigo canhão naval de 406 mm, conseguiu lançar um projétil Martlet, de 150 kg, a uma altura de 66 km. Durante algum tempo, esses projéteis foram usados de forma ativa para sondagem de camadas altas da atmosfera. Posteriormente, o Martlet foi aperfeiçoado tornando-se capaz de subir a 249 km. Mas em 1967 o financiamento do projeto foi cortado.
 
Privado do apoio financeiro por parte do Estado, Bull intentou angariar os recursos necessários para continuar seus projetos espaciais, prestando ajuda na modernização de tecnologias de produção de peças de artilharia aos países como China, África do Sul, Iraque e Israel. O Projeto Babilônia, que Bull estava desenvolvendo para o Iraque, visava criar um canhão gigante, de 2.100 toneladas de peso e 156 metros de comprimento, destinado a lançar satélites espaciais. Todos os projetos de Bull acabaram com o assassinato de seu autor em 1990, em Bruxelas.
 
A China tinha desenvolvido seu próprio projeto de supercanhão Xianfeng, construído na década de 1960. Mais tarde, nos anos 1990, também houve relatos de que a China prosseguia trabalhando nos projetos de supercanhões. Merece a pena destacar que, no contexto atual, semelhantes sistemas não podem ser considerados como armas operativas. Os supercanhões não possuem mobilidade necessária, são de tamanho excessivamente grande e, portanto, vulneráveis. No caso de guerra, eles seriam inevitavelmente detetados e destruídos pelo opositor.
 
Sobre sua possível utilidade na época atual pode-se conjeturar voltando à experiência da antiga União Soviética. Na charneira das décadas 1940 e 1950, a URSS havia desenvolvido e construído um número de peças gigantes que eram usadas para testar potentes bombas aéreas destinadas a destruir porta-aviões norte-americanos. O uso de tais canhões permitia reduzir de modo substancial o custo dos ensaios em comparação com o lançamento de bombas a partir de aviões. Além disso, os canhões possibilitavam condições de teste estáveis e invariáveis, em primeiro lugar no que diz respeito à velocidade de voo da bomba.
 
É perfeitamente provável que os canhões chineses sejam usados para testes. Também se pode presumir que os chineses, quando tiverem acumulado uma experiência de uso de semelhantes canhões, decidam verificar as hipóteses de Gerald Bull sobre a possibilidade de os aplicar para baixar o custo dos lançamentos de engenhos espaciais, abrindo uma nova era na conquista do espaço pela humanidade. Mas isso ainda não é senão um sonho.

Fonte: Voz da Rússia
 
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Após 3 anos de atraso, Brasil lança satélite na China

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Dia 9 de dezembro, 11h26 no horário de Pequim, 1h26 em Brasília. Enquanto a maioria dos brasileiros estiver dormindo, um seleto grupo de engenheiros, cientistas, empresários e autoridades estará atento a uma contagem regressiva no Centro de Lançamento de Taiyuan, na China, sonhando acordado com o futuro do programa espacial brasileiro.
 
Se tudo correr bem, e a meteorologia colaborar, um foguete de 45 metros, modelo Chang Zheng 4B, deverá subir aos céus no horário indicado, levando a bordo o novo Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como CBERS-3. Metade construído no Brasil, metade na China.
 
As expectativas são as maiores possíveis. Um fracasso na missão poderá significar um golpe quase que fatal para o já fragilizado programa espacial brasileiro, que luta para se manter vivo e relevante em meio a uma série de limitações financeiras, tecnológicas e estruturais.
 
O programa CBERS (pronuncia-se "sibers") é uma das poucas coisas que já deram certo para o Brasil na área espacial. Apesar do número 3 no sobrenome, este será o quarto satélite da série, depois dos CBERS-1, 2 e 2B - o último dos quais parou de funcionar em maio de 2010, o que significa que o País está há 3,5 anos cego no espaço, dependendo exclusivamente das imagens de satélites estrangeiros para observar seu próprio território.
 
O plano original acertado com a China era lançar o CBERS-3 até 2010, no máximo, mas uma série de problemas levou a sucessivos adiamentos. O último deles, de ordem tecnológica, envolveu a detecção de falhas nos conversores elétricos usados na metade brasileira do projeto, quando o satélite já estava quase pronto para ser lançado, no final de 2012.
 
As peças defeituosas foram retiradas e agora, após mais um ano de testes e revisões, o CBERS-3 parece estar finalmente pronto para entrar em órbita. Posicionado a 778 quilômetros de altitude, ele terá quatro câmeras para observar a superfície do planeta: duas construídas pelo Brasil e duas pela China, com diferentes resoluções e características espectrais.
 
"São câmeras extremamente sofisticadas, que representam um salto tecnológico significativo em relação aos satélites anteriores", disse ao Estado o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. "É o projeto espacial mais sofisticado que já produzimos."
 
Uma das câmeras brasileiras, chamada MuxCam, vai observar uma faixa de terra de 120 quilômetros de largura, permitindo escanear toda a superfície do planeta a cada 26 dias, com 20 metros de resolução. A outra, chamada WFI, terá uma resolução menor (de 64 m), mas enxergará uma faixa muito maior (de 866 km), o que permitirá observar qualquer ponto da Terra repetidamente a cada cinco dias.
 
"É como se tivéssemos um supermercado de imagens", diz o coordenador do Segmento de Aplicações do Programa CBERS no Inpe, José Carlos Epiphanio. "Poderemos optar por uma câmera ou outra, dependendo do tipo de fenômeno que queremos observar, em maior ou menor grau de detalhe."
 
Apesar de trabalhar com satélites, Epiphanio é engenheiro agrônomo por formação, o que serve como um bom exemplo da variedade de empregos que se pode dar ao CBERS. A aplicação mais famosa é a de monitoramento de florestas, principalmente na Amazônia, mas há muitas outras, incluindo o monitoramento de atividades agrícolas e ocupações urbanas, processos de erosão, uso de recursos hídricos, desastres naturais e até vazamentos de petróleo.
 
As imagens produzidas pelo CBERS-2B, por exemplo, foram baixadas por mais de 50 mil usuários, de mais de 5 mil instituições, em mais de 50 países. "Não tem uma universidade, um órgão de governo no Brasil que não seja usuário do CBERS", destaca Epiphanio. Todas as imagens geradas pelo programa são distribuídas gratuitamente na internet pelo Inpe desde 2004.
 
Ainda que as imagens de satélites estrangeiros também estejam disponíveis gratuitamente, Epiphanio diz que o País não pode abrir mão de ter seu próprio equipamento no espaço. "Vale a pena investir em satélites? Sem dúvida nenhuma. O Brasil não pode ficar sem isso."
 
A fabricação do CBERS-3 custou cerca de US$ 125 milhões para cada país.
 
Fonte: Estadão
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sábado, 23 de novembro de 2013

Helibrás faz voo de teste do helicóptero militar EC725

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A Helibrás, de Itajubá (MG), realizou o primeiro voo do helicóptero militar EC725, o primeiro a ser 100% produzido pela empresa. O voo aconteceu dois meses antes do prazo previsto pelo cronograma da empresa. As aeronaves estão sendo produzidas sob encomenda das Forças Armadas. Outros sete aparelhos estão em produção.
No final de 2008, o Ministério da Defesa assinou contrato com a Helibras para a aquisição de 50 helicópteros EC725 para as Forças Armadas Brasileiras. O contrato é da ordem de € 1,9 bilhão, com investimento de R$ 420 milhões realizados na construção do novo hangar e de todas as instalações auxiliares, além da contratação das empresas que fornecerão partes, peças e serviços para a nova aeronave, aumentando o índice de nacionalização dos helicópteros para 50%. A produção das aeronaves teve início em maio de 2012, quando o novo hangar foi finalizado.
Além do EC725, a Helibrás também irá produzir o EC225, helicóptero civil semelhante ao modelo militar. O helicóptero que custa mais de US$ 30 milhões, o equivalente a cerca de R$ 70 milhões, deve atender principalmente empresários do ramo petrolífero. O EC225 será utilizado principalmente para atividades em alto mar e de salvamento, mas poderá ser usado também para o transporte de passageiros
 
Fonte: G1
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domingo, 3 de novembro de 2013

Avião movido a energia solar impulsiona criação de tecnologias limpas

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Completando neste mês uma década, o projeto de construção de um avião movido a energia solar já deu resultados importantes. O primeiro protótipo da aeronave Solar Impulse cruzou os Estados Unidos de costa a costa neste ano. O segundo protótipo deverá estar pronto no começo no ano que vem e disponível para dar uma volta ao mundo em 2015.
 
Os aviões já contribuíram para o aperfeiçoamento de diversas tecnologias inovadoras na área de energia "limpa" e renovável, independente de combustíveis fósseis.
 
Ironicamente, eles estão longe de serem uma antevisão do futuro da aviação comercial. São bons "demonstradores de tecnologias", mas uma aeronave para um ou dois tripulantes com peso máximo de até duas toneladas está bem distante de substituir um avião de passageiros como um Boeing ou Airbus, com mais de 500 toneladas e capazes de levar centenas de passageiros.

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"Queremos demonstrar a importância da sustentabilidade e da inovação. Vai demorar muito até podermos ver aviões limpos. Um Boeing 707 dos anos 1950 é muito similar a um Airbus de agora", diz um dos fundadores do projeto Solar Impulse, o engenheiro e piloto suíço André Borschberg, que visitou recentemente São Paulo.
 
Ele veio ao Brasil a convite da empresa Solvay, multinacional suíça que é uma das patrocinadoras do projeto. A empresa está presente no projeto com 11 produtos específicos em 20 aplicações --e em quase 6.000 peças do avião. Por exemplo, as células solares no topo das asas que geram a energia para as aeronaves precisam ser encapsuladas para proteção contra umidade; uma substância especial foi criada para isso.
 
E, para ser leve, o avião tem de usar o mínimo de metais, substituídos por fibras de carbono e plástico ultraleves mas resistentes. Alguns desses materiais têm metade da densidade do alumínio. A iniciativa do projeto foi do explorador suíço Bertrand Piccard, o outro piloto principal. Piccard percorreu o mundo em balão sem escalas em 1999 e sua família tem "pedigree" exploratório. Seu avô, Auguste Piccard (1884-1962), foi um pioneiro no uso de balões para grandes altitudes e de batiscafos para explorar o fundo do mar.
 
"Nossa equipe, nossas soluções não saíram da indústria aeronáutica. Temos bons engenheiros que vieram da Fórmula 1. O pessoal da aviação dizia que era impossível", diz Borschberg, ex-piloto de caça da Força Aérea Suíça.
 
"Não pretendemos revolucionar a aviação, mas usar essas tecnologias no dia a dia."
 
EM CASA, NO CELULAR
O projeto possibilitou, por exemplo, aumentar a eficiência e reduzir o peso das células solares e baterias elétricas. Essas tecnologias melhoram o desempenho de painéis solares para uso residencial e de baterias de computadores e telefones celulares.
 
A energia solar ainda é uma tecnologia na infância. Segundo a Solvay, um painel solar de 1 m2 gera em média 40 watts. Um litro de combustível tradicional contém 250 vezes mais energia.
Isso significa que, para fazer voar um avião de 1,6 tonelada (incluindo o peso do piloto), é preciso ter 200 metros quadrados de células solares, pois 40 watts proveem energia para 8 kg da aeronave.
 
"O ano que vem será para testes do voo de volta ao mundo com escalas em 2015. Um voo sem escalas só será possível em uma nova geração destes aviões", diz o piloto.
 
DESCONFORTO
Os voos demandam muito dos pilotos. São dezenas de horas a bordo, mudando muito pouco de posição. É preciso ter técnicas especiais que lembram uma forma de "auto-hipnose" para poder ter tempo para dormir.
 
A comida é liofilizada, não há como cozinhar. E a temperatura pode variar de 35° C a -15 ° C, o que exige uma vestimenta especial. Os pilotos usam uma roupa de baixo feita de fibras têxteis de poliamida que seu fabricante chama de "inteligentes". Trata-se da marca Emana, desenvolvida no Brasil pela Rhodia, do grupo Solvay.
 
O material absorve radiação infravermelha ("calor") do corpo e a devolve como outro tipo de onda, que facilita a regulagem térmica do corpo dos pilotos e minimiza os efeitos do esforço muscular. "A Emana foi desenvolvida no Brasil, ganhou prêmios de inovação e está sendo exportada para vários países", diz Thomas Canova, responsável pelo Centro de Pesquisas e Inovação do grupo Solvay na América Latina.
 
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Não esperem pelo exterminador, ele já chegou

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O uso regular de drones de combate pelos norte-americanos sofreu no final de outubro uma campanha maciça de condenação por parte de várias organizações internacionais que culminou com relatórios de peritos da Assembleia Geral da das Nações Unidas sobre o perigo de VANTs. Essencialmente, foi posta a questão da necessidade de controle internacional da produção e utilização de robôs de combate. A questão é atempada, mas permanecerá sem resposta, acreditam analistas.
Os exemplos mais deploráveis de uso de drones de combate são conhecidos através de relatos da mídia sobre a guerra e as operações especiais do exército dos EUA no Afeganistão e no Paquistão. Drones estão constantemente patrulhando o espaço aéreo desses países, e caso necessário atacam grupos de militantes. No entanto, simples civis se tornam vítimas de fogo de drones tão frequentemente como os mujahidin. Ou até talvez com mais frequência – o comando militar não tem pressa em publicar estatísticas de ataques robóticos do ar.
O uso descontrolado de drones é objeto de relatórios de organizações eminentes como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional. E a influente revista norte-americana Time relatou a existência de todo um movimento chamado Campaign to Stop Killer Robots (Campanha para Parar Robôs Assassinos), que exige uma proibição internacional de robôs assassinos totalmente autônomos. No entanto, quem abordou o problema de forma mais sistemática foram os peritos das Nações Unidas. Ou, como eles são chamados nesta estimada organização, relatores especiais da ONU.
Em dois documentos apresentados recentemente à Assembleia Geral da ONU são considerados os resultados do uso de drones contra terroristas, bem como o cumprimento de normas internacionais no processo. O perito da ONU na luta contra o terrorismo Ben Emmerson, convida em seu relatório todos os estados que utilizam drones a assegurarem "transparência no desenvolvimento, aquisição e uso de drones armados". Ele também apela aos governos para abrirem o máximo de informações sobre o uso de drones em operações de contra-terrorismo em território de outros estados e para divulgarem os respectivos números de vítimas reais entre a população civil. Os apelos do relator especial da ONU soam pelo menos ingenuamente, comentou à Voz da Rússia o perito militar Vladimir Scherbakov:
"Isso é impossível. Ninguém nunca vai fazer isso transparente, se eles realizam operações especiais. É como exigir da polícia que ela publique na Internet os planos de suas atividades operacional e de pesquisa. Ninguém, em nenhum lugar, nenhum país no mundo que se preocupa com o seu bem-estar e sua segurança, não concordará com esta abordagem da questão de como tornar transparente a utilização de seus serviços especiais. Isso pode ser restringido ou pode-se exigir o cumprimento de acordos internacionais existentes que proíbem o uso de qualquer força armada no território de outro estado soberano se não houver acordos internacionais."
Entretanto, já há bastante tempo que várias organizações de direitos humanos estão exigindo a proibição completa do uso de drones. Desde a primavera deste ano, as organizações que participam no movimento Campaign to Stop Killer Robots exigem a proibição não só sobre do uso, mas até mesmo do desenvolvimento de novos robôs de combate. Trata-se, no entanto, de robôs completamente autônomos, que são independentes na escolha de decisões. Os principais argumentos dos "neo-luditas" são os assassinato enganosos de inocentes por robôs ou drones; a probabilidade de tais tecnologias caírem nas mãos de inimigos ou de diferentes grupos extremistas e terroristas, falhas perigosas no programa, e assim por diante.
A introdução de proibições nessa área é uma questão bastante controversa, acredita o analista militar da agência de informações Rosinformburo, Anatoli Sokolov:
"Não considero expediente restringir por completo o futuro desenvolvimento da robótica, porque esse é um dos principais ramos de desenvolvimento científico e tecnológico moderno tanto no campo civil como militar. Mas se olharmos para longe, é claro, o desenvolvimento descontrolado de robôs e robôs assassinos pode trazer prejuízos bastante significativos."

Portanto, presume Anatoli Sokolov, se não for agora, então no futuro próximo é necessário começar a desenvolver regras e regulamentos que regem o desenvolvimento e a aplicação de sistemas robóticos. Destacar esse problema em separado na legislação é inútil, diz, por sua vez, Vladimir Scherbakov. Uma vez que já existem leis internacionais sobre o uso de armas de todos os tipos. Mas uma transformação dessas leis no que diz respeito ao uso de armas autônomas poderia fazer sentido. Assim, o problema não são os drones, mas a natureza de sua aplicação. E são pessoas que usam esses sistemas.

Fonte: Voz da Rússia
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Antigos foguetes empregados com fins pacíficos

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Os foguetes balísticos, que devem ser desmontados na Rússia e nos Estados Unidos, podem ser utilizados para o transporte de cargas aos locais de desastres naturais. Essa ideia foi proposta por participantes de uma conferência dedicada à aeronáutica, que aconteceu na cidade americana de San Diego. Na opinião de peritos, tal projeto pode ser realizado teoricamente, embora existam sérios problemas capazes de impedir seu desenvolvimento.
Foguetes balísticos reequipados podem transportar em poucos minutos cargas humanitárias aos locais de desastres naturais, levando a bordo medicamentos, geradores elétricos, água potável e alimentos. Estas cargas serão suficientes para salvar a vida de muitas pessoas, enquanto caminhões, navios e aviões chegarem ao local da catástrofe. Falando da Antártida ou ilhas do Pacífico, é difícil sobrevalorizar a importância deste método, afirmam os autores da proposta.
Teoricamente, em vez da ogiva de combate, o veículo balístico pode de fato transportar um contentor com cargas. Mas é necessário fazer com que este contentor não se despenhe durante a aterrissagem. A ideia é comentada pelo diretor do Centro de Pesquisas Sociais e Políticas, Vladimir Evseev:
“Referindo-se ao transporte de cargas humanitárias na parte superior do foguete, será necessário equipa-la com um para-quedas. Esta será uma considerável modificação estrutural. Destaque-se que a parte da cabeça do foguete intercontinental entra nas camadas superiores da atmosfera com uma velocidade de aproximadamente cinco quilômetros por segundo. Será necessário utilizar um grande sistema de para-quedas, mas não tenho a certeza que seja possível reduzir substancialmente a velocidade que é muito grande”.
Mais um problema diz respeito à exatidão do envio, da qual depende o acesso das pessoas a cargas. Ao mesmo tempo, a própria ideia de reequipar foguetes balísticos não é nova, lembra o redator da revista Novosti Kosmonautiki (Notícias da Cosmonáutica), Igor Afanassiev:
“Nos anos 90, empresas russas estudavam uma variante de transporte de cargas humanitárias com a ajuda de foguetes balísticos e aparelhos planadores para tripulações de navios que sofrem desastre no oceano. Foram efetuados cálculos e elaborados alguns projetos, mas, infelizmente, estes trabalhos não tiveram êxito”.
Com a ajuda de foguetes, foi previsto transportar também hospitais desmontáveis e equipamentos médicos. Mas todos esses projetos ficaram no papel. No período soviético, qualquer lançamento de foguetes podia ser interpretado como uma provocação, explica Yuri Karach, membro correspondente da Academia da Cosmonáutica Tsiolkovski da Rússia:
“Atualmente, será ainda mais difícil do que antes realizar esta ideia, porque se tornou consideravelmente mais forte o programa de mísseis da Coreia do Norte, do Paquistão e da Índia. Se os Estados Unidos lançarem um foguete com uma carga humanitária para o lado da Coreia do Norte, o país deverá ter certeza de que se trate realmente de ajuda. Neste caso, ele não responderá aos Estados Unidos com uma ogiva de combate”.

Em opinião de peritos, o “pronto-socorro” balístico não poderá ser desenvolvido, enquanto no planeta se manter um clima de desconfiança. Até aquela altura, os foguetes retirados da dotação são utilizados com outros fins. Na Rússia, por exemplo, são empregados para instalar grandes satélites em órbitas baixas próximas da Terra. Militares utilizam uma parte de foguetes em exercícios de tiro. Em qualquer caso, esta opção é melhor do que “achatar” foguetes com uma prensa ou cortá-los em fragmentos em usinas.

Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Atenção, seu chefe vigia cada passo que você dá no trabalho

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Dennis Gray suspeitou que os funcionarios de sua empresa de controle de pragas estavam gastando muito tempo durante o expediente com questões pessoais. Então, o gerente geral da Accurid Pest Solutions, no Estado americano da Virgínia, instalou na surdina um software de rastreamento GPS nos smartphones pagos pela empresa usados por cinco de seus 18 motoristas.
 
O software permitiu que Gray visualizasse em seu computador um mapa com a localização e a movimentação da equipe. Ele descobriu, por exemplo, que um funcionário estava visitando um mesmo endereço algumas vezes por semana durante o expediente. Nesse momento, Gray disse ao motorista que ele estava sendo monitorado.
 
O funcionário confessou que estava se encontrando com uma mulher durante o trabalho. Outro motorista admitiu que estava fazendo hora. Ambos foram demitidos. "Certamente ficamos impressionados com o software", diz Gray.
 
Funcionários sempre foram gerenciados de perto, mas agora há um novo nível de vigilância disponível. Graças a dispositivos móveis e softwares de monitoramento de baixo custo, gestores podem saber onde seus funcionários estão, escutar suas ligações, verificar se um motorista está usando cinto de segurança.
 
"Há 25 anos, isso era um sonho da indústria", disse Paul Sangster, diretor-presidente da JouBeh Technologies, empresa canadense que desenvolve tecnologia de rastreamento, ou "telemática", para empresas. "Agora é comumente aceito que você está sendo rastreado."
 
Funcionários de escritórios estão acostumados com o fato de que o teclado de seus computadores é monitorado, mas o rastreamento de outros profissionais, como os que recebem por hora, tem sido limitado a câmeras de vídeo na sala de repouso e a GPSs em caminhões.
 
Uma pesquisa de 2012 da firma Aberdeen Group descobriu que 37% das companhias que têm funcionários que saem às ruas para realizar seu trabalho rastream a localização deles em tempo real através de aparelhos portáteis ou instalados em veículos.
 
Esse tipo de monitoramento causa a sensação de violação da privacidade em alguns funcionários, mas empregadores dizem que ele melhora a segurança e a produtividade, além de ajudar a reduzir roubos, proteger informações confidenciais e investigar alegações de assédio ou discriminação, entre outros benefícios.
 
A tecnologia de rastreamento no trabalho não é muito regulamentada. Nos EUA não há leis federais que restrinjam o uso de GPSs por empregadores nem que os forcem a revelar seu uso. Apenas os Estados de Delaware e Connecticut obrigam os empregadores a avisar seus funcionários que suas comunicações eletrônicas estão sendo monitoradas.
 
"Não é uma questão de se as empresas devem monitorar", disse Lewis Maltby, fundador do Instituto Nacional de Direitos do Trabalhador. "É uma questão de como [fazê-lo]." Embora as empresas afirmem que o monitoramento não é usado apenas para disciplina, isso é exatamente o que elas fazem, diz Maltby. "Os empregadores suspeitam que alguns funcionários de serviços de campo estão jogando conversa fora e querem pegá-los."
 
A Telematics vai além do rastreamento via GPS, pioneiro na indústria de logística e transporte rodoviário há décadas. Agora, o mais recente software da empresa pode, por exemplo, desacelerar um caminhão se o motorista não diminuir a velocidade quando chegar muito perto da traseira de outro veículo.
 
A empresa de caminhões Schneider National Inc. usa um software da Telogis Inc. para ver se seus motoristas estão freando abruptamente ou entrando em uma área de alto risco de roubo. A empresa utiliza esses dados não só para disciplinar motoristas, mas também para premiar aqueles com mais registros de segurança, diz Don Osterberg, vice-presidente sênior de segurança da Schneider. Mas ele admite que alguns motoristas não gostam do controle.
 
Um estudo dete ano da NCR Corp, empresa de software de monitoramento de roubo, usado em 392 restaurantes, mostrou uma redução de 22% no roubo de pedidos depois que o software foi instalado e os funcionários foram informados a respeito. A venda de bebidas cresceu 10 %. O software alerta os gerentes se um número excessivo de vendas está sendo cancelado, o que pode indicar desvio de dinheiro.
 
Na Accurid Pest Solutions, Gray disse que a ferramenta de rastreamento de telefone custa cerca de US$ 50 por usuário por trimestre e US$ 200 por veículo rastreado por GPS. "Se os funcionários precisam sair das suas rotas, eles ligam e avisam que vão fazer algo pessoal", diz Gray. "Isso esstá mudando o comportamento deles de forma positiva."
 
Fonte: The Wall Street Journal
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cuidado! Drones podem estar de olho em você

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Usados na guerra, sistemas aéreos não tripulados ganham espaço no cotidiano das cidades para segurança ou trabalho

Rodney Brossart, dono de uma fazenda de 1.214 hectares em Dakota do Norte, é um definidor de tendências improvável. Em 2011, seis vacas de uma propriedade vizinha entraram em sua fazenda. Quando ele se recusou a devolver as vacas e impediu a entrada da lei em suas terras, a polícia solicitou um Predator (um veículo aéreo não tripulado) de uma base local da Força Aérea americana, que voou sobre sua fazenda para descobrir se Brossart estava armado.
 
No mês que vem, o fazendeiro será julgado por acusações de roubo, depois que uma corte rejeitou sua alegação de que ele foi submetido a uma "busca sem mandado". Mas ele já fez história como o primeiro cidadão a ser preso em solo americano com a ajuda de um drone - como são chamados no setor os sistemas aéreos não tripulados.
 
Armados com mísseis Hellfire, os drones se tornaram o símbolo da guerra global dos Estados Unidos contra o terrorismo. Operar um drone no país exige uma licença especial cuja concessão é criteriosa. Porém, o Congresso decidiu que, a partir de 2015, os drones deverão ter acesso ao espaço aéreo doméstico. Para seus defensores, isso equivale à criação do automóvel ou da internet - uma tecnologia poderosa capaz de transformar dezenas de setores da economia e mudar a ideia de distância.
 
Eles veem os drones, com um valor de mercado potencial de US$ 12 bilhões até 2023, como a chegada da era da robótica. "É como o lançamento do computador na década de 80, está no mesmo patamar", afirma Peter Singer, um acadêmico da Brookings Institution. "Ele apresenta muitos usos e aplicações diferentes, mas também levanta questões complexas."
 
Para os críticos, o advento dos drones domésticos traz a ameaça de um novo tipo de vigilância - uma versão exagerada da espionagem conduzida pela tecnologia, dramatizada recentemente pelas revelações de Edward Snowden sobre a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). "A maior das ameaças à privacidade dos americanos é o drone, seu uso e as poucas regulamentações que existem hoje", diz Dianne Feinstein, uma importante senadora pelo Partido Democrata.
 
Os drones apresentam as mais diversas formas e tamanhos. Os Predators e os Global Hawks, operados pelos militares, são quase tão grandes quanto um caça. Por outro lado, o Nano Hummingbird da Aerovironment tem uma envergadura de 16 centímetros. A Harvard University está desenvolvendo um robô voador do tamanho de um inseto chamado Robobee.
 
Chris Anderson, ex-editor da revista "Wired" e que hoje comanda a 3D Robotics, uma companhia que fabrica pequenos drones, diz que o setor de certa forma é "um subproduto da revolução do smartphone", que criou novas câmeras, sensores e dispositivos de localização que são ao mesmo tempo pequenos e baratos. "Os militares inventaram a internet, mas as pessoas a colonizaram", diz ele. "Queremos desmilitarizar e democratizar os drones."
 
Agências de aplicação da lei estão vendo os drones como uma alternativa muito mais barata aos helicópteros que elas usam em algumas operações. A polícia de Boston disse que gostaria de usar um drone para monitorar a rota da maratona da cidade depois que duas bombas explodiram na reta final da competição este ano.
 
Don Roby, um capitão da polícia de Baltimore e um dos maiores defensores dos drones, diz que a tecnologia poderia ser eficiente em operações de busca e resgate, para mapear cenários de crimes ou monitorar acidentes de trânsito. "Imagine que haja uma criança desaparecida em uma área pequena e confinada - esse é o tipo de coisa em que poderíamos usá-los", diz ele. "Comparado aos helicópteros, estamos falando de centavos de dólar para operar."
 
Entre as possíveis aplicações comerciais, a indústria do transporte de cargas é um dos candidatos óbvios. Nos últimos 18 meses, os fuzileiros navais americanos vêm usando um helicóptero não tripulado chamado K-Max para transportar cargas de até 2,7 mil quilos pelo Afeganistão, que despertou a atenção de empresas de logística como a FedEx e a UPS.
 
A Matternet, uma companhia iniciante, quer usar os drones para entregar medicamentos e outros bens essenciais em locais com infraestrutura rodoviária ruim. Os drones podem ser usados para detectar plantações ilegais de maconha, mas também poderiam dar um jeito na larica: entre os planos de negócios já propostos, está o de minidrones para entrega de burritos e tacos para estudantes.
 
Mas antes dessas ideias ganharem força, intensas preocupações políticas são despertadas com o impacto dos drones sobre a privacidade e o obstáculo previsto na Quarta Emenda da constituição americana, sobre "buscas e apreensões desmedidas". Após as revelações de Snowden, aumentaram as preocupações com os riscos à privacidade representados pela vigilância do Estado.
 
Os drones domésticos levantam muitas dúvidas sobre quando e onde o Estado pode monitorar as pessoas e como as informações são usadas. "Os drones aglutinam vários tipos de medos quanto a mudanças tecnológicas reais", diz Daniel Rothenberg, especialista em direitos humanos da Arizona State University. "Não aconteceu até agora, mas há potencial para intrusões profundas, escandalosas".
 
Os partidários dos drones dizem que houve o mesmo tipo de preocupação quando helicópteros e aviões pequenos foram usados pela primeira vez em áreas urbanas e que os abusos temidos por defensores da privacidade nunca se materializaram. Muitos Estados já têm leis contra assédio que poderiam ser aplicadas aos drones.
 
Executivos do setor dizem acreditar que os drones ganham mais visibilidade entre muitas formas de vigilância. "Nesta manhã, passei por 32 semáforos e 19 bancos, cada um provavelmente com uma câmera. Tenho GPS em meu carro e Bluetooth em meu telefone", diz Michael Toscano, presidente da AUVSI, o grupo lobista das empresas de drones. "Não é preciso um drone para rastrear meu paradeiro".
 
Alguns dos avanços tecnológicos em torno aos drones tornam as preocupações mais prementes. A Boeing desenvolve um drone, alimentado por painéis solares, que a empresa espera ter capacidade para ficar no ar por cinco anos. A BAE Systems desenvolveu um avião que opera com câmera de 1,8 bilhão de megapixels e pode filmar uma cidade média. A 5,3 mil metros de altitude, poderá detectar um objeto de 15 centímetros de largura.
 
Essas tecnologias ainda estão em fase experimental, mas demonstram o potencial para que os drones façam da vigilância permanente uma realidade. "Os drones são um lembrete muito mais visceral da situação de vigilância do que qualquer coisa que a NSA esteja fazendo", diz Ruan Calo, especialista jurídico em questões de privacidade na University of Washington.
 
Fonte: Valor Econômico
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terça-feira, 15 de outubro de 2013

'Homem de Ferro' inspira Pentágono para criar soldados do futuro

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Pesquisadores do Exército americano trabalham no desenvolvimento de uma armadura de alta tecnologia que dará aos soldados "força sobre-humana", similar à retratada em filmes de ação como "Iron Man".
 
Esta armadura "revolucionária", batizada como "Traje leve de operador para assalto tático" (TALOS, na sigla em inglês), será dotada de um esqueleto externo que permitirá aos soldados transportar equipamento pesado, além de um potente computador e proteção à prova de balas, assim como um sistema de controle dos sinais vitais, indicaram os funcionários.
 
"Algumas tecnologias previstas para o TALOS compreendem uma armadura avançada, computadores que permitem aos soldados saber onde estão a todo momento no campo de batalha e se comunicar com os comandos, assim como um sistema de alimentação elétrico e um esqueleto exterior muito móvel", destacou o Exército americano em um comunicado recente.
 
O comando de operações americano (US Special Operations Command), que supervisiona os comandos de elite da Marinha (os 'NAVY Seals'), e do Exército (os 'Army Rangers'), convocaram no mês passado cientistas para apresentar tecnologias que possam ser incorporadas a "uma armadura de combate inteligente".
 
Os projetos poderão ser enviados até setembro de 2014. Depois disto, o comando militar e encarregados do Pentágono decidirão como proceder, levando em conta as crescentes restrições orçamentárias, explicou o porta-voz do comandante do Exército para a pesquisa, o desenvolvimento e a engenharia, Roger Teel.
 
Esta futura armadura de combate poderia usar uma "blindagem líquida" que lembra o filme "O Exterminador do Futuro", mas esta tecnologia ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento, disse à AFP.
 
Segundo o projeto desenvolvido por cientistas do Massachussets Institute of Technology (MIT), o líquido viraria sólido com uma carga magnética ou elétrica.
 
Um vídeo de demonstração desta armadura, divulgado pelo Exército americano, mostra um soldado com este tipo de equipamento posicionado debaixo do batente da porta, enquanto os tiros disparados pelo inimigo de muito perto deslizam em sua proteção.
 
A sigla TALOS se refere aos robôs de bronze da mitologia grega que Zeus mobilizava para proteger Europa, sua amante.
 
Apesar da referência ao mito e ao fato de que ambiciosos projetos anteriores não tenham tido continuidade, os militares encarregados do projeto insistem no realismo das tecnologias para TALOS.
 
A ideia de por em um monitor no capacete de um soldado o local onde se encontram as forças no campo de batalha é similar aos esforços já existentes para desenvolver capacetes destinados a pilotos do novo caça F-35, revelaram militares.
 
O projeto se inscreve em uma tendência atual de pesquisas que se concentra na interface homem-máquina, que tenta desdobrar a capacidade de um único soldado.
 
Foi iniciado pelo almirante William McRaven, líder do comando de operações especiais, famoso por conduzir a missão dos 'Navy SEAL' para acabar com Osama Bin Laden, em maio de 2011.
 
Em julho, o almirante se declarou "muito vinculado" ao projeto. "Gosto de pensar que o último membro de um comando perdido em combate será verdadeiramente o último e penso que podemos consegui-lo", afirmou.
 
O projeto será desenvolvido em forma conjunta com as universidades, os cientistas que trabalham para as agências federais e as empresas de tecnologia, explicou James Geurts, encarregado de aquisições.
 
Ainda é cedo demais para estimar seu custo, acrescentaram os encarregados militares do projeto.
 
Embora admitam que TALOS remeta à armadura usada pelo personagem Tony Stark em "Homem de Ferro", os militares destacaram que a armadura do futuro, ao contrário da do super-herói, não permitirá voar.
 
Fonte: AFP
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domingo, 13 de outubro de 2013

China está criando armas antissatélite

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Os EUA acreditam que três satélites chineses, lançados no verão e que desde agosto vêm realizando estranhas manobras em órbita, fazem parte do programa de desenvolvimento de armas antissatélite, relatou a publicação online Washington Free Beacon. Os três satélites – SY-7, CX-3 e SJ-15 – efetuaram manobras de aproximação, e um deles, dotado de manipulador, capturou com a mão mecânica um outro satélite.
As autoridades chinesas anunciaram oficialmente que os satélites SY-7, CX-3 e SJ-15 iriam cumprir missões de pesquisa científica relacionadas com a manutenção de engenhos espaciais. Os testes da mão do manipulador responde plenamente a tal objetivo. Uma ferramenta similar havia, em particular, a bordo das espaçonaves americanas Space Shuttle.
Contudo, a tecnologia de aproximação em si pode ter aplicação militar. A União Soviética desenvolvia outrora satélites interceptadores destinados a se aproximarem de aparelhos espaciais do opositor para os explodir. Para além dos sistemas antissatélite já bem experimentados, que usam mísseis DF-21 e, possivelmente, DF-31 lançados a partir de bases em terra, a República Popular da China pode dispor também de satélites-assassinos ao jeito dos soviéticos. Colocados em órbita num período de crescente tensão bélica, tais satélites podem permanecer ali durante tempo prolongado esperando a ordem de ativação.
No entanto, o fato de aniquilação do satélite por uso de armas antissatélite pode ser provado com facilidade e, do ponto de vista jurídico, é um ato de guerra. A China, talvez, está procurando formas mais flexíveis para reduzir a eficiência dos satélites inimigos através de desarranjar seu funcionamento sem os destruir. As tecnologias que permitem capturar os satélites inimigos mediante o manipulador, alterar sua orientação ou estragar algumas partes, assim como as de geração de interferências podem ser muito mais convenientes. Em certos casos, o opositor inclusive não será capaz de detectar que seu satélite sofreu uma intromissão.
A China vê as armas antissatélite como uma das alternativas para contra-arrestar a supremacia tecnológica americana. A doutrina militar chinesa prevê a implementação simultânea de métodos de guerra radioeletrônica, ataques aos sistemas de comunicação, reconhecimento e comando, bem como realização de ataques nas redes informáticas. Nesse contexto, uma especial atenção aos métodos de supressão radioeletrônica dos satélites do adversário é natural e inevitável. Como resultado, a China já no presente momento tem um programa de criação de armas antissatélite mais sofisticado do mundo.
Fonte: Voz da Rússia
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