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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Ucrânia ataca navio de desembarque russo com USV ("drones kamikaze navais")

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Em 4 de agosto de 2023, um navio de desembarque russo da classe Ropucha foi avistado enquanto era rebocado por dois rebocadores como resultado do ataque de um USV ("drone naval kamikaze", veículo de superfície não tripulado) ucraniano.

O navio de desembarque Ropucha I-class parece danificado (Fonte: https://twitter.com/Capt_Navy)

Um usuário do Twitter apelidado de “Capt_Navy”, que é oficial aposentado da Marinha Russa e mora em Sevastopol, foi o primeiro a compartilhar o vídeo do navio (possivelmente) danificado enquanto era rebocado. O navio foi identificado como Projeto 775/ Ropucha I - navio de desembarque anfíbio Olenegorskiy Gornyak (SDK-91).


Os danos alegados a bombordo do navio pareciam significativos, o que fez com que o navio adernasse cerca de 40-50 graus para bombordo (lado esquerdo, para quem está atrás do navio). Ainda assim, não havia fumaça no navio indicando uma explosão. A seguir, uma pequena filmagem e algumas fotos do navio russo danificado acompanhado pelos navios/rebocadores de resgate.

A Ucrânia começou a usar USV na guerra desde o outono de 2022 . O primeiro ataque, ocorrido em 29 de outubro de 2022, foi chocante para a Frota Russa do Mar Negro, pois não era esperado. Uma fragata da classe Almirante Grigorovich e um navio de contramedidas de minas (MCM) foram atingidos pelo USV ucraniano durante o ataque.

Após o primeiro ataque, a Ucrânia realizou mais alguns na Base Naval de Sevastopol, na Ponte Kerch e em várias unidades russas no Mar Negro. Os primeiros ataques foram concluídos com grande sucesso, mas depois as unidades russas conseguiram repelir alguns ataques de USV com metralhadoras. 

Alguns analistas pensavam que a frota russa estava aprendendo com os erros anteriores, mas na última semana a Ucrânia parece ter causado danos significativos em um navio de desembarque, o que é importante para a frota russa do Mar Negro em termos de transporte logístico.

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sábado, 18 de maio de 2019

Os Drones e o teatro de operações do novo século.

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Neste novo século temos acompanhado um expressivo e consolidado avanço no desenvolvimento e emprego da tecnologia de veículos remotamente pilotados, os quais são usualmente conhecidos como “DRONES”, tendo sido notório o aumento do emprego desta solução no moderno teatro de operações, tendo um papel de destaque na “Guerra ao Terror” lançada contra grupos terroristas que operam no Oriente Médio, sendo o Paquistão um dos países com maior incidência do emprego de drones para ataques cirúrgicos contra alvos classificados.

Ao longo de sua existência, os Drones têm sucessivamente ampliado seu potencial de emprego, tendo diversas variantes e modelos destinados ao emprego em terra, mar e ar, capazes de cumprir um variado leque de missões, as quais vão desde reconhecimento/observação, coleta de dados (ELINT/SIGINT), ataque e por fim guerra eletrônica (EW) dentre diversas aplicações.

Hoje existem múltiplas aplicações conforme exemplificamos acima, além do constante desenvolvimento tecnológico de sua eletrônica embarcada, a qual integra diversos sistemas e sensores em uma única plataforma, fornecendo ao seu operador uma grande vantagem em relação aos meios convencionais, quer seja pelo menor custo e complexidade, quer seja pelo baixo custo em relação à uma hipotética perda, uma vez que só se perde o meio e não seu operador, sendo o segundo um ativo muito mais valioso que qualquer meio convencional operado, pois a perda de um operador, quer seja o piloto de uma aeronave, quer seja uma tripulação de um MBT, envolve não apenas um alto custo moral, mas também financeiro e orgânico, uma vez que se perde anos de investimento em treinamento e preparação do militar que irá operar o equipamento, uma perda que não pode ser reposta tão facilmente como um equipamento, seja convencional ou remotamente pilotada.

Inicialmente empregados como solução para coleta de inteligência, os drones foram largamente utilizados em tomadas de imagens aéreas, contando com uma série de sensores e câmeras para coleta de imagens aéreas do campo de batalha ou de zonas de interesse da inteligência, possuindo uma maior flexibilidade e menor custo que os satélites neste tipo de aplicações.

A indústria de Defesa foi rápida em transformar e desenvolver a tecnologia de UAV’s, as quais surgiram inicialmente com aeromodelos, isso mesmo! A tecnologia que surgiu através do hobby, onde amadores passaram a inserir câmeras em seus aeromodelos para captura de imagens aéreas, o que logo foi identificado como uma grande oportunidade pela indústria de defesa, a qual identificou um novo nicho a ser explorado, tendo um vasto e rentável mercado para esse tipo de solução, tendo percebido a importância que eles poderiam ter no emprego militar, sendo uma solução atraente para ser utilizados em ambientes inóspitos e de alto risco.

Nos primórdios, os drones enfrentavam grandes limitações técnicas, chegando a ser necessários 30 operadores para conduzir um voo de cerca de 20 minutos. Mas o israelense Abe Karem foi um divisor de águas no campo do desenvolvimento de drones, tendo sido responsável em 1977 por uma verdadeira revolução tecnológica no campo, algo que será abordado em nosso próximo artigo desta série, onde iremos falar desse “gênio” e as soluções que desenvolveu neste importante campo de defesa.


Hoje a tecnologia de drones, os quais ganharam diversas siglas de acordo com sua aplicação, como UAV (VANT em português que significa Veículo Aéreo Não Tripulado), UCAV (sigla traduzida para o português como Veículo Aéreo de Combate Não Tripulado), USV, ASV e etc... Todos serão abordados em artigos distintos para que se possa conhecer um pouco melhor sobre esta tecnologia, suas particularidades e a importância de se investir na pesquisa e desenvolvimento desse tipo de soluções no Brasil, onde iremos apresentar algumas inovações que a Quartzo Engenharia de Defesa apresentou durante a LAAD 2019.

Inicialmente focado em atividades de coleta de imagens para auxílio aos setores de inteligência, passaram a receber novas aplicações, incorporando equipamentos e sensores de inteligência eletrônica, passando a ser capazes de realizar coleta ELINT/SIGINT como já citamos, chegando a atuar como MAGE (Medida de Apoio a Guerra Eletrônica)

Assim como as aeronaves convencionais, os drones aéreos também incorporaram avanços significativos no que diz respeito a discrição, passando a incorporar os avanços obtidos com a tecnologia stealth, permitindo assim que os modernos drones possam operar com maior “liberdade” em zonas sob controle aéreo inimigo, passando também a contar com plataformas de emprego aeronaval, capazes de operar embarcados em diversas classes e tipos de navios, conferindo a estes meios um importante ganho em capacidade de monitoramento e controle, superando a barreira imposta aos sensores e radares usualmente integrados a estes pela curvatura da terra.

O emprego de drones hoje é algo fundamental para as principais potencias bélicas, podendo representar o sucesso em missões de combate pela sua capacidade de coleta de informações, interferência eletrônica através de EW e mesmo ataques com mísseis, tendo a seu favor a discrição obtida através da concepção dos novos projetos que incorporam tecnologia Stealth e o baixo custo operacional, sem falar no menor custo em caso de perda em combate.

Nesse contexto, os drones oferecem um vasto leque de vantagens em relação aos meios convencionais, podendo cumprir um variado leque de missões hoje desempenhadas por diversas aeronaves convencionais, apresentando o custo dos equipamentos envolvidos bem menor, além de propiciar maior autonomia.

Dentre os objetivos, pode-se citar a coleta de imagens de “alvos” de interesse, tais como radares, armamentos ou sensores; efetuar coleta de Inteligência Eletrônica, coletando as características de emissões dos radares; ou até mesmo Inteligência de Comunicações, possibilitando a interceptação do tráfego de informações criptografadas ou não.

A utilização de drones stealth permite a coleta de vários dados para a biblioteca de dados destinados á Guerra Eletrônica, fazendo-o mais próximo dos meios de interesse sem que eles possam ser detectados ou identificados pelos sensores inimigos. Isso permite aproximação suficiente de um meio, de forma que se posicione a uma distância inferior a distância mínima de detecção do radar, o que resulta em uma impossibilidade completa de identificação. Essa atividade possibilita a coleta de dados para posterior estudo, registro e difusão por parte dos analistas de Guerra Eletrônica.

No moderno teatro de operações navais, se faz de suma importância possuir a capacidade de identificação e acompanhamento de contatos no maior alcance possível, neste contexto é fundamental a presença do MAGE (Medida de Apoio a Guerra Eletrônica), o qual deve apresentar grande sensibilidade e alcance, sendo fundamental seu emprego nos modernos meios de superfície. Porém, esse equipamento quando embarcado apresenta algumas limitações quanto ao seu raio de alcance, onde meios inimigos podem se “esconder” na curvatura da terra. Tendo como premissa que tal equipamento permite aos operadores identificar os sinais detectados e a correta interpretação de possíveis ameaças, as limitações impostas pela curvatura da terra é um dos fatores limitantes da recepção MAGE.

Analisando a problemática imposta pela Curvatura da Terra, podemos superar tal limitação com emprego de drones, na Marinha do Brasil nomeados como ARP (Aeronave Remotamente Pilotada), os quais podem incorporar um sistema MAGE interligado ao sistema do navio por meio de uma antena com feixe direcional, poucos lóbulos secundários e com tamanho e peso reduzidos para impedir a captação da sua irradiação pela força inimiga, além de propiciar uma troca de dados em alta velocidade com o navio, recebendo os parâmetros coletados. Com isso seria possível obter sinais eletromagnéticos provenientes das mais diversas plataformas e com um alcance muito superior ao de qualquer equipamento embarcado em um navio, representando uma grande vantagem tática.

A utilização de drones para a Guerra Eletrônica é uma realidade que vem incorporando cada vez mais capacidades. Além das soluções de EW que citamos, como MAGE, há estudos para o emprego do laser de baixa potência embarcado em drones. Esse laser pode ser utilizado como arma de defesa, cegando ou confundindo o míssil disparado, de forma a evitar o seu impacto no alvo.

Portanto, o domínio, o constante desenvolvimento e o aprimoramento tecnológico dentro da capacidade de Guerra Eletrônica é essencial para manter o poder de dissuasão, e os drones hoje são um importante meio de emprego neste tipo de missão, tendo deixado o campo da ficção e se tornado uma real capacidade imprescindível no moderno teatro de operações. O GBN News irá trazer uma série especial sobre drones, onde iremos apresentar um pouco sobre essa tecnologia e as soluçôes do mercado.



Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.


Com dados obtidos de artigos publicados pelo Capitão-Tenente (EN) ANTÔNIO JOSÉ FERREIRA VIEIRA - Chefe do Depto. de Coordenação Técnica e Capacitação – CGEM Mestre em Engenharia Elétrica

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