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sábado, 21 de julho de 2018

A proposta indiana do GSL no Programa Tamandaré

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Seguindo em nossa apresentação das empresas que disputam o contrato do Programa Corvetas Classe Tamandaré (CCT), chegou a vez de apresentar a proposta indiana, onde o Goa Shipyard Limited (GSL), um dos gigantes da indústria de defesa indiana, fechou parceria com um dos mais sólidos e experientes estaleiros nacionais na construção de navios voltados a atender a Marinha do Brasil, o Estaleiro INACE. 

O Goa Shipyard Limited (GSL), um dos mais eficientes estaleiros do Ministério da Defesa da Índia (Defence PSU Shipyard), possui a capacidade de projetar uma ampla variedade de navios militares, detendo grande expertise em projetos navais voltados ao segmento militar. O Goa está na vanguarda da construção naval da Índia, tendo projetado e construído mais de 200 navios. Esse número incluí um vasto número de navios construídos, como as mais sofisticadas e compactas corvetas lançadoras de mísseis guiadas, uma variedade de navios patrulha e centenas de lanchas interceptadoras para a Indian Navy, a Indian Coast Guard e também para forças de países amigos.

O GSL possui um portfólio reconhecido por produtos de grande qualidade, com um desempenho sem paralelo na indústria naval indiana, o GSL entregou mais de 23 navios nos últimos quatro anos, todos entregues antes do prazo contratual. Tendo sido selecionado para construir fragatas lança-mísseis com mais de 4.000t de deslocamento e propulsão COGOG, armadas com os mísseis supersônicos Brahmos, além de múltiplos outros sistemas de armas.

Dentro de sua proposta à Marinha do Brasil, optou pelo próprio projeto desenvolvido pelo Centro de Projetos de Navios (CPN) da Marinha, visando minimizar ao máximo os riscos do programa á Marinha do Brasil, entendendo que, ninguém melhor do que a Marinha do Brasil para conhecer suas necessidades, contribuindo de forma expressiva para expansão da capacidade de engenharia naval brasileira. Porém, sendo a escolhida para construção das quatro novas corvetas brasileiras, o GSL irá antes de iniciar a construção, o projeto da corveta será totalmente revisado para garantir que o projeto obtenha os mais altos padrões internacionais de qualidade, além de ser o mais capaz e seguro para navegar os mares brasileiros e internacionais. 

A parceria entre o GSL e o INACE, se desdobrará em múltiplos campos da tecnologia, o que permitirá uma extensa transferência de tecnologia do parceiro indiano ao brasileiro, capacitando-o a dominar novas técnicas de projeto e construção naval no futuro. Essa parceria de longo prazo proporcionará a criação de um polo de produção regional abrangendo os mais diversos produtos do GSL. 

A escolha da INACE se deu após uma meticulosa análise das opções brasileiras, tendo recaído a escolha sobre este estaleiro nacional para compor a parceria com o grupo indiano, não apenas pela capacidade e experiência que possui o INACE, mas por se tratar do mais respeitado pela Marinha do Brasil devido ao seu importante legado. O estaleiro INACE se destaca entre os demais estaleiros brasileiros por sua incomparável experiência de 30 anos construindo navios militares para a Marinha do Brasil e para diversas outras marinhas, com uma sólida história de mais de 50 anos na indústria naval brasileira, tendo entregue ao longo de sua história, mais de 700 navios dos mais diversos tipos e tonelagens, estando o estaleiro localizado em Fortaleza, no Ceará, sendo 100% nacional. 

Um dos grandes diferenciais do INACE, é sua vasta experiência em trabalhar com chapas finas de aço empregadas na construção navios militares. O que requer técnica e Know How específicos, características que poucos dominam no Brasil. O INACE possui total capacidade construir navios utilizando tanto chapas finas, o que facilita a construção de navios militares, como as que serão empregadas em nossas corvetas, como mais grossas. Cabe aqui relembrar que os navios patrulha construídos no INACE atingiram um alto nível de qualidade, principalmente no que diz respeito a qualidade da solda e seu acabamento, sendo ímpar entre os envolvidos na construção daquela classe de navios.

A proposta Indiana ainda conta com a Bharat Electronics, principal centro de pesquisa, desenvolvimento e produção de sistemas da Índia. A estatal indiana reúne o expertise no campo de sistemas e sensores, o que soma a proposta realizada no âmbito do Programa CCT. Só para ter uma ideia, a Marinha requer a entrega do software e seus direitos de propriedade a Marinha do Brasil, e sendo assim, os indianos se propõe a desenvolver e entregar um novo sistemas afim de substituir e/ou complementar o SICONTA, de acordo com o que a Marinha definir, e toda documentação e chaves do sistema serão entregues á Marinha, se a escolha recair sobre a proposta indiana. A Bharat Electronics participa em conjunto com a brasileira SKM Eletro Eletrônica.

A Bharat Electronics possui um vasto portfólio, o qual possui uma linha completa afim de atender os requerimentos não só da Índia, mas de diversos clientes ao redor do globo, produzindo radares para as mais variadas aplicações, incluindo radares 3D, sistema de sonar completos, inclusive os consoles, dentro diversos sistemas. Em matéria posterior iremos aprofundar um pouco mais sobre a industria de defesa indiana e as possibilidades de parceria com Brasil.

O GSL apresenta solidez e uma larga experiência em desenvolvimento de novos projetos, o que é atraente do ponto de vista brasileiro, uma vez que espera-se obter não apenas quatro navios, mas estabelecer uma parceria e através desta capacitar a indústria naval de defesa, criando novas perspectivas de negócios.

Os indianos demonstraram através de sua proposta a intenção de ir além da simples concepção de quatro corvetas com offsets, eles encaram o Brasil como um importante e potencial parceiro para juntos conquistar o mercado naval de defesa, solucionando as necessidades internas de ambas nações e ao mesmo tempo explorando um rentável mercado de exportações de produtos e soluções. 

Projeto de modernização da infraestrutura do GSL
Atualmente o GSL esta conduzindo um arrojado plano de reestruturação de suas capacidades construtivas, processo que será finalizado no final deste ano de 2018 , investindo pesado na infraestrutura de sua principal instalação, construindo um moderníssimo estaleiro, o qual estará pronto para atender aos desafios impostos á industria naval indiano no século XXI, o que o tornará um dos mais modernos do mundo.

Durante a RIDEX 2018 o GSL esteve presente no stand do seu parceiro brasileiro, o qual teve diversas visitas por parte de integrantes da Marinha e imprensa especializada, onde foi possível obter diversas informações e proporcionar ao nosso público mais informações sobre um dos players que disputam esse importante programa naval brasileiro.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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sábado, 14 de julho de 2018

Quartzo - Inovação no mercado brasileiro de segurança e defesa

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Durante a Ridex-2018, uma empresa em especial nos despertou atenção, trata-se da Quartzo, a qual já tivemos contato durante a LAAD Security 2018, porém, devido ao tempo corrido, não pudemos realizar uma visita afim de conhecer melhor essa empresa nacional sediada em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. 

Lá encontramos os CMG (AvN) Carlos A. Cano e CMG (AvN) Campos, ambos sócios da empresa, que nos receberam e apresentaram a Quartzo Engenharia de Defesa. Realizamos uma breve entrevista com Cmte Campos, o que nos deu uma boa visão sobre a empresa e seu foco.

A Quartzo Engenharia e Defesa, é uma empresa que tem por missão trazer aos seus clientes soluções que aprimorem sua capacidade de defesa e resultados, quer seja através do aprimoramento dos processos ou serviços que melhorem seus processos, quer seja pela aquisição de equipamentos.

Campos frisou que a Quartzo mantém uma constante busca pelo que há de mais moderno, criativo e que apresente custo/benefício adequado ao mercado, focando trazer não apenas soluções inovadoras, mas que apresentem valor acessível e sustentável no longo prazo, o que significa um produto longevo e de qualidade aos seus clientes, que apresente capacidade e custo operacional e de manutenção que tornem sua operação viável e segura. 

Conforme nós conferimos, a Quartzo é uma empresa bastante versátil, atuando em variados segmentos no campo de segurança e defesa. Um dos segmentos mais importantes da empresa, tendo sido o foco inicial, são equipamentos optrônicos, trazendo a combinação da ótica com a eletrônica, permitindo ampliar a capacidade de detecção e identificação antecipada de ameaças, representando uma importante vantagem no campo de batalha moderno. A Quartzo oferece em parceria com empresas reconhecidas internacionalmente, sistemas de visão noturna NVG (Night Vision Glass) e disponibilizam uma ampla e completa linha de optrônicos de elevada qualidade, capazes de atender aos mais rigorosos requisitos, como miras holográficas, sensores termais, lunetas e designadores.

Ainda neste segmento, a Quatzo possui uma linha de capacetes especiais para emprego do sistemas de visão noturna, onde a inicialmente atendia ao mercado de aviação, hoje a empresa atende não apenas os aviadores, mas também as tropas terrestres e os combatentes de forças especiais, com diferencial de apresentar produtos desenvolvidos pensando na ergonomia, próprios para o uso destes sistemas, o que dá maior leveza e funcionalidade aos capacetes, conferindo maior mobilidade e conforto ao combatente, tornando o emprego mais eficiente dessa tecnologia.

Como uma empresa que busca apresentar soluções aos desafios que seus clientes enfrentam, a Quartzo também atua no segmento de simuladores operacionais, um campo que vem crescendo muito nos últimos anos e representa grande economia em recursos, apresentando uma solução que concilia baixo custo com treinamento operacional adequado aos diversos operadores. Mas o ponto mais importante do emprego de simuladores segundo Campos, não é apenas reduzir os custos com treinamentos, mas principalmente reduzir o risco associado ao determinados treinamentos, principalmente pelos riscos reais de acidentes ou danos irreparáveis que envolvem a prática real do exercício. A empresa deu inicio as suas atividades neste segmento em 2007, prestando apoio ao emprego de simuladores táticos de operações aéreas, navais e terrestres, dando suporte a Marinha do Brasil na manutenção do simulador de voo de helicópteros Bell 206 "Jet Ranger III". Há oito anos a Quartzo assumiu a manutenção do simulador dos submarinos da Classe Tupi utilizados pela Marinha do Brasil. Desde 2017 a empresa é responsável pela manutenção dos simuladores de voo das aeronaves C-105 Amazonas, A-29 Super Tucano e F-5M da FAB.

Mas embora o foco Inicial fosse direcionado as Forças Armadas, com o aumento da demanda pelas forças auxiliares e de segurança pública, levou a quartzo a redirecionar seu foco para esse novo cliente, onde tem desenvolvido parcerias com diversas empresas e com sucesso vem adentrando esse nicho do mercado, conforme conferimos na exposição externa, onde trouxeram para o evento um exemplar da viatura anti-distúrbios da BAT, a qual já opera com a PMERJ. A viatura apresenta importantes inovações, como o controle de pressão do jato de água, o que possibilita dispersa aglomerações sem colocar em risco os envolvidos. O controle impede que caso o ativista esteja próximo ao jato, esse indivíduo seja ferido, pois a pressão é reduzida automaticamente para não ferir essa pessoa. Outra novidade é a versatilidade de emprego do canhão, onde pode empregar um vasto leque de produtos para dispersão.

Ainda no segmento de produtos não letais, a Quartzo detectou um novo nicho de mercado, que vem a ser as forças municipais de segurança, onde os municípios vem investindo cada vez mais no aparelhamento de suas guardas municipais, o que tem criado um crescente mercado para esse tipo de produtos. Segundo nos relatou o Cmte Campos, a quartzo já esta estabelecendo parcerias afim de atender também a este importante mercado que emerge no Brasil, e recentemente, tendo vencido uma licitação para fornecer placas de proteção balística para lanchas, a empresa se viu estimulada a expandir seu leque de produtos,passando a oferecer coletes balísticos personalizados em parceria com a BCA.

E finalizando o leque de segmentos que a empresa atende, a Quartzo como detentora de grande expertise no segmento de gestão de empresa aérea, seja no transporte aéreo, manutenção de aeronaves, ou seja na administração de aeroportos, aeródromos e aeroclubes, onde cabe aqui ressaltar que todos seus sócios são aviadores experientes, a empresa desde 2017 já prepara empresas que visam atender aos programas de excelência da Petrobras, ou aperfeiçoar seus processos internos, seja em suas operações aéreas, manutenção de aeronaves, ou seja em segurança de voo e na garantia da qualidade, com isso reduzindo não só riscos, otimizando processos, reduzindo custos e otimizando os seus lucros.

"A Quartzo não se limita unicamente ao mercado militar, mas esta vendo com bons olhos o mercado de segurança pública, em especial as forças municipais. A Quartzo enxerga o Brasil como um mercado com grande capacidade, sendo uma economia de futuro onde a mesma tem investido", disse Campos.

A empresa possui em seu planejamento estratégico, planos de curto, médio e longo prazo. Onde busca fortalecer a imagem da empresa no mercado policial e militar, como fornecedor de soluções e equipamentos, continuando o que já tem feito com sucesso, no médio prazo visa adentrar o nicho identificado para produtos não letais voltados ás forças municipais e no longo prazo visa expandir seu alcance para o Mercosul, visando atender não apenas ao mercado nacional, mas aos países vizinhos, entendendo que os mesmo possuem demandas similares as que encontramos aqui no Brasil. 

A empresa é um exemplo de que embora hajam tantos obstáculos diante de nossa indústria de defesa, ainda existem pessoas que acreditam e investem no Brasil, levando ao sucesso de empreendimentos como é o caso da Quartzo, uma grata surpresa para nós que acompanhamos o mercado de segurança e defesa.

Agradecemos aos diretores que nos receberam durante nossa visita e a equipe presente no estande e na exposição externa, que nos apresentaram o portfólio e a história desta empresa brasileira.


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sábado, 7 de julho de 2018

GBN News e Canal Arte da Guerra na Ridex 2018

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Pessoal fechando nossa cobertura da Ridex 2018, nosso parceiro Robinson Farinazzo do Canal Arte da Guerra, produziu uma série de três vídeos que resumem bem os pontos mais relevantes da Ridex, complementando as nossas matérias que foram publicadas até o momento, restando-nos apenas a publicação de mais algumas matérias sobre inovações que vocês irão conferir em breve aqui conosco.

Como todos já tem acompanhado, o GBN News e o Canal Arte da Guerra, tem operado em sintonia, produzindo conteúdos que se complementam nas duas plataformas, o GBN News com matérias escritas e o Arte da Guerra nos trazendo vídeos que completam o panorama, trazendo sinergia e maior qualidade ao conteúdo disponibilizado ao nosso público.



O material ficou bem condensado, como a feira trás muita coisa, não é viável apresentar tudo, então foi feita uma seleção dos pontos que mais chamaram a atenção.

No primeiro vídeo produzido na cobertura da Ridex 2018, você confere algumas características da ergonomia do Gripen, uma análise que conta com a entrevista de um dos pilotos da Força Aérea Brasileira que aborda essa importante característica do novo caça. Confira clicando aqui




No segundo vídeo você terá contato com algumas novidades que tivemos contato na Ridex 2018, onde a Marinha apresentou uma gama de simuladores desenvolvidos aqui no Brasil, o que trás enorme ganho na qualidade do treinamento de nossos militares, marcando um importante domínio tecnológico que poucos tem conhecimento que nossas Forças Armadas possuem. Confira o vídeo aqui



No terceiro e último vídeo da série Ridex 2018, é apresentado um leque de inovações e soluções que podem ser empregadas pelas nossas Forças Armadas, assim como forças de segurança pública. Confira clicando aqui

Nos preocupamos em trazer um conteúdo que traga um panorama diversificado em relação ao que a maior parte da mídia trás, abrindo espaço para inovações e sistemas que são vitais, porém, relegados a segundo plano em sua divulgação.

O GBN News produziu matérias exclusivas sobre as concorrentes do Programa Corvetas Classe Tamandaré, o conceito 14X, dentre outras matérias que já estão no ar e outras que vão se somar a esse trabalho que fizemos na Ridex 2018, basta clicar aqui e conferir


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sexta-feira, 6 de julho de 2018

STM e sua proposta no Programa "Corveta Classe Tamandaré"

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Durante a primeira edição da Ridex conhecemos alguns dos concorrentes do Programa Corvetas Classe Tamandaré (CCT), apesar de algumas ausências, encontramos o proponente turco e seus parceiros que nos receberam em seu stand.

Conforme já foi veiculado através de release da empresa em diversas mídias, a proposta da STM (Savunma Teknolojileri Mühendislik) tem como base o projeto MILGEM, desenvolvido pela indústria de defesa da Turquia que resultou nas corvetas da "Classe ADA",  onde a STM foi responsável pelo projeto dos navios, testes, sistema de propulsão principal, todos os outros sistemas, classificação e toda parte relativa a construção do navio, o qual vamos apresentar ao longo desta matéria.

Voltando a nossa visita ao stand da STM e sua parceria DefenSea, tivemos uma breve conversa com os representantes de ambas empresas presentes, durante este encontro nos foram relatados pontos interessantes envolvendo as empresas que participam desta proposta. Conforme já foi divulgado anteriormente, a STM se aliou ao estaleiro nacional Brasfels, localizado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde eram as instalações do antigo Estaleiro Verolme. Tendo iniciado suas operações no ano 2000, a Brasfels é parte do asiático Keppel Fels de Singapura, o qual já construiu diversos navios para atender a Petrobras desde adquiriu as instalações no Brasil. Apesar do estaleiro, assim como diversos outros no Brasil, enfrentar momentos difíceis e incertos em face da grave crise no setor de construção naval brasileiro que sucedeu os escândalos da "Lava Jato", o que ocasionou o cancelamento de muitas encomendas da petrolífera brasileira, a Brasfels apresenta instalações modernas e com plena capacidade de atender a demanda necessária para construir as quatro corvetas previstas pelo Programa CCT.

Outros parceiros de peso na proposta da STM/Brasfels, são a brasileira Omnisys que apresenta enorme capacidade de fornecer soluções de alta tecnologia, desenvolvimento, fabricação, qualificação e instalação de equipamentos para aplicações em diversos segmentos e mercados, no campo de defesa possui expertise em defesa aérea, guerra eletrônica e sistemas de monitoramento de espectro eletromagnético dentre outros. Também participa desta proposta a francesa Thales com sistemas e sensores, devendo ser a fornecedora do sistema radar de vigilância aérea e de superfície, o sistema de gerenciamento de combate e outros sensores e componentes, e a Fundação EZUTE do Brasil.

Um dos primeiros pontos que foi abordado pelos representantes da STM e DefenSea, tratou do custo envolvido na proposta, a qual segundo veiculou outro site especializado, seria 100 milhões de dólares superior ao pago pelo Paquistão por navio similar as nossas CCT's, o que foi desmentido pelos representantes da empresa turca, deixando claro que os valores, embora não possam ser revelados, não seriam tão discrepantes conforme "revelou" a outra mídia. Ainda sobre a questão, cabe ressaltar que a proposta feita no âmbito do Programa CCT, difere muito do ocorrido com o Paquistão, primeiro por se tratar de construção local com parceiros e fornecedores locais, segundo por se tratar de acordo envolvendo transferência de tecnologias e por seguinte por tratar-se de um projeto "novo" que tem por base o projeto MILGEM que resultou na Classe "ADA". Como nós do GBN News e nosso parceiro Robinson Farinazzo do Canal Arte da Guerra sempre buscamos deixar claro aos nossos leitores, em tratando-se de Defesa, os custos são sempre muito relativos, não é como comprar uma televisão ou outro item similar, pois as características mudam de cliente para cliente, e isso altera completamente os custos finais de determinados meios empregados em defesa, pois cada operador requer determinados sistemas e meios integrados e isso altera o custo, defesa não é tão simples como muitos especulam.

Só para se ter uma ideia, a proposta feita ao Brasil compreende a integração do sistema VLS Sea-Ceptor, enquanto na versão paquistanesa este sistema não esta integrado, contando em seu lugar com o RIM-116, sistema muito menos capaz que o Sea-Ceptor, além de apresentar um custo de aquisição também menor, isso é apenas um dos dezenas de exemplos que poderíamos aqui elencar afim de compor um panorama comparativo de custos entre ambos navios. 

Tratando do projeto em si, os proponentes frisaram que a proposta apresentada á Marinha do Brasil, trás um navio extremamente moderno e com características de projeto avançado, sendo um conceito já comprovadamente eficaz e o qual já opera há sete anos com a Marinha da Turquia, sendo navios considerados extremamente eficientes, econômicos e confiáveis, os quais apresentam reduzido RCS, o que garante características stealth ao projeto.

Quanto as características do navio proposto, vamos traçar algumas comparações entre a "Classe Ada" e a "Classe Tamandaré" proposta pelos turcos. Ambos os navios possuem muito em comum, porém, há várias modificações que serão necessárias para atender aos requisitos brasileiros, o que de fato dará origem á um novo navio. Apesar dessas alterações que apresentaremos a seguir, é importante dizer que essas alterações são de certa forma limitadas, sendo relativamente econômica em comparação com original Classe Ada, o que significa que não trarão alterações significativas a parte estrutural e ao centro de gravidade do navio, o que em outras palavras, significa menor custo no desenvolvimento do projeto e a necessidade de tantos testes e certificações estruturais e de projeto para determinar o centro de gravidade, flutuação, etc...

Continuando nossa comparação entre a "Classe Ada" e a proposta "Classe Tamandaré" da STM, a versão brasileira terá incorporado um sistema de lançamento vertical (VLS) na proa, seguindo a exigência da Marinha do Brasil, o qual deverá ser o sistema Sea-Ceptor da MBDA, capaz de interceptar ameaças aérea á curto e médio alcance, prevista a instalação de oito células do sistema, o que significa a capacidade de portar 32 mísseis, uma vez que cada célula compreende 4 mísseis. Já na "Classe Ada", o principal sistema antiaéreo, está concentrado no sistema de mísseis RIM-116 de defesa de ponto, possuindo alcance de interceptação de ameaças aéreas na faixa de 9 km, sendo localizados na popa do navio, o qual será substituido na "Tamandaré" por um sistema CIWS de defesa de ponto.
A proposta "Classe Tamandaré" feita pela STM, possui menor capacidade antinavio que a "Classe Ada", onde originalmente a "Classe Ada" conta com duas células quadruplas para misseis antinavio, na "Classe Tamandaré" essa capacidade seria de apenas dois lançadores duplos de misseis antinavio, cumprindo as exigências da Marinha do Brasil em seu RFP.
A STM viu a necessidade de realizar algumas alterações no arranjo da superestrutura do "MILGEM", dentre essas mudanças, estão o recuo da superestrutura afim de obter espaço para integração do VLS na proa da "Tamandaré", assim como uma seção intermediária encurtada. Para entendermos um pouco melhor as intervenções que deverão ocorrer, a Marinha do Brasil em sua RFP requer o VLS na proa, o que aumentará o peso naquela seção do navio, o que deslocaria o CG do navio, além da redução de oito para apenas quatro misseis antinavio á meia-nau, o que resulta em redução do peso naquela seção, logo, ara que não houvesse a necessidade de testes para estabelecer o CG e outras classificações, a STM optou pelo deslocamento da superestrutura e algumas modificações sensíveis em seu design original como solução para manter as características náuticas do navio. A previsão é que a "Classe Tamandaré" proposta pela STM, tenha um deslocamento com cerca de 600 ton a mais que a apresentada pela "Classe Ada",  sendo estimada em 2.970 toneladas contra as. 2.300 toneladas da "Ada", o comprimento do casco também teria acréscimo de quatro metros, passando de 99,5 m para 103,4 m na versão brasileira da MILGEM.
A proposta apresenta no geral um navio atraente, quer seja por suas capacidades operacionais, quer seja pela tecnologia oferecida, e com certeza este programa trás grandes projetos e fica difícil apontar um vencedor, apesar de haver players de grande peso, a definição ainda é bastante incerta e não arriscaria apontar um provável vencedor neste programa da Marinha do Brasil.
Agradecemos aos representantes da STM e DefenSea que nos receberam em seu stand, nos fornecendo importantes informações sobre a sua proposta e desejamos sorte aos envolvidos nos esforços para fornecer a Marinha do Brasil um navio de grande complexidade e tecnologicamente avançado.

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sábado, 30 de junho de 2018

RIDEX 2018: 14X - O conceito hipersônico brasileiro

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Na última sexta-feira (29), conseguimos obter mais informações sobre o programa 14X da Força Aérea Brasileira, onde havia exposta uma maquete do 14X no estande "Dimensão 22" da FAB montado no Armazém 3 da RIDEX 2018. 

Como muitos de nossos leitores nos enviam pedidos através de e-mails, onde há um considerável número de pedidos por mais informações sobre o desenvolvimento do "14X", o demonstrador de conceito tecnológico para um veículo hipersônico. Como estava presente ao evento o 1 Ten Norton, um dos envolvidos no programa e com certeza a melhor pessoal para nos informar sobre os progressos do programa de desenvolvimento.

O Ten. Norton nos apresentou os desafios que representam o desenvolvimento de uma aeronave hipersônica, uma vez que as características de voo nesse regime de velocidade requerem muito da resistência dos materiais usados na construção dos sistemas e da própria fuselagem da aeronave. 

Segundo nos foi informado, já estamos em estágio bastante avançado com relação a concepção do motor Scramjet, o qual já passou por testes em túnel de impacto, onde são simuladas condições semelhantes a que serão encontradas pelo sistema em voo hipersônico, porém, vale aqui ressaltar que estes testes duram microssegundos, sendo necessário todo um aparato de alta tecnologia para coleta de dados fundamentais ao seu desenvolvimento.

Está previsto para os próximos anos o teste em voo com o motor que esta sendo projetado para atingir velocidades acima de Mach 10, o que representa cerca de 3 km/s. Uma velocidade dez vezes mais rápida que o som.

A tecnologia de propulsão hipersônica é simples, porém complexa, não requerendo partes móveis, já que o seu funcionamento de dá por um fenômeno físico característico encontrado em determinada velocidade supersônica que permite acionar o motor scramjet, o que leva a necessidade de um veículo lançador para que a aeronave consiga atingir os parâmetros necessários para seu acionamento. A tecnologia é muito restrita, são poucos os países que dominam ou desenvolvem programas deste tipo, estando o Brasil neste seleto grupo.

É preciso ainda alguns anos até que possamos chegar ao lançamento do veículo, pois há diversos desafios a serem superados por nossos pesquisadores, além do desenvolvimento do motor Scramjet, temos de desenvolver o material resistente para construção da fuselagem, tendo em vista a alta temperatura a qual será submetida, além deste desafio, ainda precisamos desenvolver sistemas de controle, telemetria e comunicação que viabilizem o lançamento e coleta de dados obtidos com o lançamento deste demonstrador tecnológico.

O Brasil investe de forma consistente no programa, mas seu desenvolvimento se mostra lento devido aos processos de aquisição de material e serviços destinados ao programa, há todo um processo que demanda muito tempo para que se consiga finalizar a compra de determinado insumo ao programa, este processo moroso e burocrático tem atrasado consideravelmente o avanço do programa.

Mas o Ten. Norton nos demonstrou grande entusiasmo com as conquistas que obtivemos nos últimos anos, e nos relatou que estamos bem próximos de validar o conceito do nosso motor scramjet, onde em breve deverá ser lançado para testes inicialmente através de um veículo foguete do tipo VSB-30, onde seria colocado na posição que normalmente é ocupada pela "coifa" e experimentos.

É muito gratificante saber que estamos caminhando rumo ao domínio de tecnologias avançadas, que embora haja muito ainda a ser feito neste sentido, principalmente como maior investimento no campo de pesquisa e desenvolvimento por nosso governo, nós brasileiros nos mantemos ainda "vivos" no campo da inovação e desenvolvimento, principalmente sendo o país do "Pai da Aviação", é motivo e orgulho saber que o programa 14X tem avançado em suas pesquisas. 

Agradecemos ao Tenente Norton por ter nos recebido e esclarecido pontos de suma importância sobre o programa e desejamos sucesso a toda equipe envolvida no desenvolvimento do 14X.

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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RIDEX 2018: SAAB-Damen, se destacam na disputa do Programa Tamandaré

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Durante a primeira edição da Ridex, conferimos um pouco mais sobre a proposta da SAAB-Damen para o Programa Corveta Classe Tamandaré, onde o consórcio que reúne a SAAB, Damen e o estaleiro nacional Wilson Sons dentre outras empresas.

A SAAB apresenta como solução seu sistema de combate 9LV que congrega diversos sensores e sistemas já integrados com sucesso em outras marinhas pelo mundo. Essa solução de sistema dá a Marinha do Brasil a possibilidade de ter seu sistema de combate, o SICONTA, integrado ao 9LV, provendo um aumento nas capacidades deste sistema nacional.

Com relação ao projeto do navio, trata-se de uma variante que tem por base as corvetas SIGMA 10514, similares ás que foram construídas para as marinhas do México e Indonésia, porém adequadas aos parâmetros brasileiros, sendo um navio já testado, com uma solução consolidada e total domínio tecnológico, sendo um projeto moderno. A proposta prevê que a construção do mesmo será modular, o que permite maior rapidez na construção do navio e a descentralização da construção do mesmo caso seja necessário, o que a principio não é o caso, uma vez que a parceria nacional com o estaleiro Wilson Sons, possui plena capacidade de produção e integração de cada módulo deste novo navio. Porém, o primeiro exemplar da corveta tem prevista a construção de dois módulos na Holanda, onde serão integrados todos os sistemas eletrônicos e de automação. 

Tal definição foi adotada visando capacitar as equipes técnicas brasileiras nesta atividade, tendo em vista que estes dois módulos encontram-se a parte sensível do navio, como os sistemas eletrônicos e de automação que são o coração do navio. Para que os engenheiros e técnicos brasileiros venham a absorver os processo de forma prática, estes dois módulos deverão ser construídos na Holanda, onde ficou claro que isso ocorrerá somente no primeiro navio, com os demais sendo completamente construídos e integrados no Brasil pela Wilson Sons e os parceiros envolvidos no programa.

A proposta que nos foi apresentada, deixou bem claro que não se trata apenas de aquisição de um navio com sistemas de alta complexidade, é compra de navio com sistemas modernos, construído de forma modular, o que permite que o mesmo tenha sua construção realizada em locais diferentes, embora esta não seja a proposta, uma vez que o estaleiro da Wilson Sons em Santos, será o responsável por todas as fases e processos de construção do navio,  e mais importante, será a inserção do conteúdo nacional ao projeto, o que torna muito mais simples e econômico não apenas o processo de construção dos navios, mas toda sua manutenção no seu ciclo de operação, tornando viável que a manutenção dos mesmos seja completamente feita no Brasil por brasileiros.

A escolha do estaleiro Wilson Sons como parceiro na construção nacional destas corvetas, foi uma decisão técnico-estratégica, uma vez que a Damen e a Wilson Sons já possuem uma parceria de muitos anos, com a Wilson Sons tendo construído dezenas de navios com os holandeses, logo já existe toda uma capacidade instalada para atender ao projeto da Damen no Brasil. O que não ocasionará em nenhum atraso com relação a construção da SIGMA 10514 por conta do conflito de "cultura" entre as empresas, uma vez que os técnicos e engenheiros da Wilson Sons já possuem larga experiência em trabalhar com projetos da Damen, um fato bastante relevante.

A impressão que tivemos ao conversar com os representantes da Damen e SAAB com relação a sua proposta, é que estamos diante de um projeto que apresenta bastante solidez, com soluções "simples" e que tendem a superar as expectativas, uma vez que já há uma sinergia entre os envolvidos no programa. Vale ressaltar que assim como a Damen e a Wilson Sons já tem um longo histórico de trabalho conjunto, o mesmo se dá com a SAAB e a Damen, as quais possuem um vasto histórico de parceria entre as duas europeias.

O executivo da SAAB, Alencar Leal, confirmou que o Brasil hoje possui a capacidade de absorver todo o processo que envolve as CCTs, com o sistema 9LV sendo capaz de integrar o SICONTA, bem como há capacidade de integrar diversos sistemas que venham a ser exigidos pela Marinha do Brasil. A Damen por sua vez domina processos construtivos de última geração e que podem ser realizados no Brasil, apresentando uma solução moderna, viável e eficiente para atender ao Brasil.

Esperamos por mais informações após a definição do short-list, uma vez que a empresa se limita a fornecer algumas informações sobre o projeto devido a possibilidade de que alguns parâmetros sujeitos a alterações se houver solicitação da Marinha do Brasil venham a ser atualizados e modificados visando atender as requisições brasileiras.

Agradecemos a toda equipe da SAAB, Damen e Wilson Sons, que nos receberam e apresentaram sua proposta de maneira clara e objetiva, e a conclusão que chegamos é que a SAAB-Damen se coloca como uma das favoritas na disputa do Programa de Corvetas Classe Tamandaré.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança.


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terça-feira, 26 de junho de 2018

RIDEX-2018: SAAB apresentará detalhes do MCMV e a parceria com a Damen

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Esta semana promete, a partir de quarta-feira (27) estaremos presentes na primeira edição da RIDEX, feira que reunirá as principais industrias de defesa brasileira e suas parceiras, o GBN News vai conferir o que será apresentado nesta edição. 

Dentre as grande industrias de defesa que estarão presentes, um estande que será foco das atenções, com certeza será o do Grupo SAAB, que participará demonstrando um pouco mais sobre os "caça-minas" MCMV, navio que já foi tema de algumas materias nossas e você confere nos link: "MCMV - Solução para Marinha do Brasil?" e "Classe Koster - A solução para Marinha do Brasil".

Amplamente reconhecido e testado em diversas operações de caça minas, inclusive com minas vivas e explosivos submarinos, o MCMV tem, entre seus diferenciais, a estrutura fabricada com material composto, desenvolvido a partir de plástico reforçado com fibra de vidro que não sofre os efeitos de corrosão ou degradação e é totalmente amagnético.

Dentre os sistemas subaquáticos que serão apresentados, estão o Double Eagle e o SUBROV, utilizados na varredura e destruição de minas, são veículos operados remotamente e que podem equipar o Navio de Contramedidas de Minagem. A alta tecnologia dos produtos possibilita maior efetividade das ações antiminas.

Para auxiliar no treinamento das tropas, a Saab apresenta o SAVIT,  solução para treinamento indoor para tiro com armas pequenas. O sistema fornece um treinamento efetivo e realista. As funções do SAVIT abrangem todas as fases do treinamento de tiro moderno, desde a teoria básica de habilidades com armas, treinamento de pontaria até treinamento tático.

Cabe aqui também ressaltar, que a SAAB esta na disputa do "Programa Corvetas Classe Tamandaré", onde se uniu a Damen Schelde Naval Shipbuilding para participar da concorrência que tem como objetivo o fornecimento de quatro corvetas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, e vamos buscar informações sobre o 9LV que é parte da proposta feita à Marinha do Brasil pela SAAB junto com a Damen, que ofertam o projeto Sigma 10514


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RIDEX-2018: Avibras marcará presença

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A renomada empresa brasileira AVIBRAS, estará presente à RIDEX 2018, evento que terá inicio na próxima quarta-feira (27). Reconhecida mundialmente pela excelência e qualidade de seus produtos e sistemas, irá apresentar durante a exposição o vigor e a capacidade tecnológica da Indústria Estratégica de Defesa Brasileira. Esta será a primeira edição da RIDEX (Rio International Defense Exhibition), a qual reunirá as principais indústrias de defesa nacionais e suas parceiras, o GBN News estará presente e trará uma cobertura especial do que acontecerá na RIDEX entre os dias 27 e 29 de junho, no Pier Mauá no centro da cidade do Rio de Janeiro. 

A AVIBRAS terá exposto na área externa o Sistema ASTROS do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, além de destacar a sólida parceria tecnológica e industrial com as Forças Armadas do Brasil através dos programas estratégicos ASTROS 2020 com o Exército Brasileiro, MANSUP com a Marinha do Brasil e A-Darter com a Força Aérea Brasileira. 


ASTROS 2020 

O Sistema de Foguetes de Artilharia para Saturação de Área (ASTROS) é adotado no Brasil tanto pelo Exército como pela Marinha, e pelas Forças Armadas de diversos países desde o início da década de 80. A AVIBRAS, no âmbito do Programa Estratégico ASTROS 2020 do Exército Brasileiro, o qual tem por objetivo ampliar a capacidade da Força Terrestre Nacional com um sistema tecnologicamente superior, de alta referência de desempenho e confiabilidade operacional, está desenvolvendo o Míssil Tático de Cruzeiro (AV-TCM), com tecnologia 100% nacional, desde a sua concepção, projeto de engenharia, protótipos e fabricação. A empresa também fornecerá novas viaturas na versão MK-6, constituídas por viaturas lançadoras, viaturas de comando e controle, meteorológicas, de apoio ao solo e remuniciadoras. 


MANSUP 

No programa do MANSUP (Míssil Antinavio de Superfície), a AVIBRAS é responsável pelo Sistema Propulsivo (Motor) e outros componentes, e também pela Montagem Final dos protótipos do míssil. O MANSUP deverá equipar os futuros navios da esquadra da Marinha do Brasil. 


A-DARTER 

A AVIBRAS também integra o programa binacional entre o Brasil e a África do Sul no desenvolvimento do míssil de combate aéreo de 5ª geração A-Darter, que tem o propósito de equipar os novos caças Grippen da Força Aérea Brasileira. 


Plataforma Giro Estabilizada 

Outro projeto em destaque na feira será a Plataforma Giro Estabilizada. Com tecnologia nacional, a plataforma é a base para o SLDM (Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis), único Sistema de Armas Brasileiro incluído nas corvetas da Marinha do Brasil. Trata-se de um projeto estratégico dentro dos programas de desenvolvimento do IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha). 

O produto possui potencial para novos negócios, pois serve como base para o Sistema de Armas Navais, como por exemplo, o ASTROS embarcado com o Míssil AV-TCM Mar‐Solo e Mar‐Mar. 



Pioneirismo e expertise no setor aeroespacial 

Com sua expertise no setor aeroespacial no desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais desde a pioneira participação no início do Programa Espacial Brasileiro na década de 1960, a Avibras é a única empresa brasileira de capital privado, com competências próprias para integrar veículos lançadores para o Programa Espacial Brasileiro. Atualmente participa do desenvolvimento e da fabricação dos motores foguetes S50 do VLM-1 (Veículo Lançador de Microssatélites), contratada pela FUNCATE (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais) e IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) no âmbito do Programa Nacional de Atividades Espaciais da AEB (Agência Espacial Brasileira). 

A AVIBRAS acredita que o Brasil pode desempenhar papel relevante no mercado Espacial, pois adquiriu diversas competências através de Pesquisa e Inovação ao longo de quase seis décadas, desenvolvendo uma base industrial sólida e competente. Além disso, o Brasil dispõe da base de Lançamento em Alcântara (CLA), com posição geográfica privilegiada, fatores decisivos para o setor. 


Soberania – A AVIBRAS vai investir em Lorena (SP) mais de R$ 72 milhões na construção da nova fábrica para produção de PBHT (Polibutadieno Hidroxilado), insumo fundamental na produção de combustível sólido. Essa capacitação é imprescindível para os foguetes do novo Programa Espacial Brasileiro. 

Essa é uma decisão de investimento estratégica para o Brasil e para a Avibras, fundamental para o resgate da soberania nacional na produção de combustível sólido e essencial para as atividades aeroespaciais. 

Com início das operações previsto para o final de 2019, a fábrica estará capacitada para produzir até 2000 toneladas de PBHT/ano. 

Além das aplicações no mercado de Defesa e Aeroespacial, o PBHT possui várias aplicações como insumo no mercado civil, tais como isolantes, selantes adesivos, impermeabilizantes, encapsulamento, revestimentos, películas, etc.


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 com informações da Avibras
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