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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Rússia construirá fábrica de munição para fuzis AK-47 em Cuba

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A Rússia construirá em Cuba uma fábrica de projéteis para fuzis AK-47, anunciou nesta quinta-feira o diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar russo, Konstantin Biriulin.

"Os componentes já foram levados a Cuba há alguns anos. Agora trata-se de tirá-los das caixas e iniciar a produção", disse.

O diretor russo não detalhou, no entanto, os prazos para a construção da fábrica nem o volume de produção das futuras instalações.

Anteriormente, Cuba expressou sua intenção de solicitar à Rússia tecnologia necessária para a produção de munição, segundo informações do jornal russo "Kommersant".

Segundo as fontes citadas pelo veículo, Havana pretende fabricar projéteis de 7,62 milímetros de calibre.

Fonte: EFE
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

13 Dias que abalaram o mundo - 1962: crise dos mísseis de Cuba

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No dia 22 de outubro de 1962, o então presidente dos EUA exigiu da União Soviética o desmonte das bases de lançamento de mísseis em Cuba. O conflito, afinal contornado, ficou conhecido como a crise dos mísseis de Cuba.

Em outubro de 1962, o confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética colocou o mundo à beira de um conflito nuclear. Aviões de reconhecimento norte-americanos descobriram mísseis soviéticos de médio alcance instalados em Cuba.

Com alcance de 1800 quilômetros, eles poderiam atingir alvos em todo o sudeste dos Estados Unidos, incluindo Nova Orleans, Houston, St. Louis e até Washington. A URSS ainda preparava a instalação de outras rampas de lançamento de mísseis no país centro-americano. Fotos aéreas não deixavam dúvidas de que os russos pretendiam colocar suas bases em condições de ataque.

Bloqueio naval contra Cuba

No dia 22 de outubro, o presidente John Kennedy denunciou, em pronunciamento pela televisão, a existência dos mísseis russos na América Central. "Essas rampas não devem ter outro objetivo que o ataque nuclear contra o mundo ocidental", declarou.

Para ele, a transformação de Cuba em base estratégica, com a instalação de armas de destruição em massa, representava uma ameaça à paz e à segurança do continente americano. "Nem os Estados Unidos, nem a comunidade internacional irão se iludir e aceitar essa ameaça", advertiu.

Ainda no mesmo dia, os EUA decretaram um bloqueio naval contra a ilha de Fidel Castro e deram um ultimato à URSS. Kennedy exigiu do chefe de Estado Nikita Khruchev o imediato desmonte das rampas, a retirada dos mísseis e a renúncia à instalação de novas armas ofensivas em Cuba. Washington advertiu também que, caso o bloqueio fracassasse, a ilha seria invadida.

ONU contorna ameaça de guerra

Qualquer transgressão do bloqueio por navios soviéticos poderia desencadear a guerra entre as duas potências atômicas. A Organização das Nações Unidas ofereceu-se para mediar. A crise foi administrada e acabou sendo contornada. No dia 28 de outubro, Khruchev cedeu à pressão norte-americana, retirando os mísseis e admitindo uma inspeção da ONU.

Em contrapartida, Kennedy garantiu que os Estados Unidos não fariam novas tentativas de invasão a Cuba, como a que fracassara na Baía dos Porcos em 1961. Num acordo secreto com a URSS, os EUA também se comprometeram a retirar seus mísseis tipo Júpiter da Turquia.

A crise de Cuba entrou para a história como a maior demonstração de força da administração Kennedy. Os preparativos militares soviéticos, à época, não só irritaram os norte-americanos como também foram interpretados como provocação bélica por outros países ocidentais.

"Telefone Vermelho" entre Washington e Moscou

A comunidade internacional reagiu aliviada ao fim da crise. Mesmo nos dias de maior tensão, Willy Brandt, então prefeito de Berlim Ocidental, manteve a convicção de que a superação dessa crise significaria um passo decisivo rumo à paz mundial.

Esse confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética evidenciou definitivamente a necessidade de uma política de distensão. A possibilidade de uma guerra nuclear persistiu até o último momento.

Tanto no Leste quanto no Ocidente, reconheceu-se o risco de uma corrida armamentista descontrolada e da rivalidade desenfreada entre as potências mundiais. Uma das consequências foi a instalação de uma "linha direta" (o chamado "telefone vermelho") entre Moscou e Washington, no verão europeu de 1963.

Fonte: Deutsche Welle

Nota do Blog: Na verdade a URSS não cedeu a pressão dos EUA, apenas teve em troca da retirada dos mísseis de Cuba a retirada dos mísseis da Turquia, ou seja um retirou o arsenal do quintal do outro, foi uma troca de igual valor estratégico, ambos saíram vioriosos desta crise.
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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Veleiro russo festeja em Havana 50 anos de relações entre Cuba e a extinta URSS

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O veleiro-escola russo Kruzenshtern atracou nesta sexta-feira no porto de Havana com duas exposições fotográficas a bordo, dedicadas à revolução cubana e ao 65º aniversário da vitória da União Soviética, seu aliado na Guerra Fria, sobre o nazismo.

O barco, considerado um dos maiores veleiros do mundo - com 114,5 metros de comprimento e 14 metros de largura -, "leva duas relevantes mostras dedicadas aos aniversários de 51 anos da Revolução" que levou Fidel Castro ao poder em 1959 e dos 65 anos da Grande Guerra Patriótica (como ficou conhecida na União Soviética a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945)".

O navio-escola das Forças Armadas russas "traz uma coleção de 73 fotos que retraram momentos relevantes da amizade" entre Cuba e a ex-URSS.

A exposição inclui fotos do cubano Alberto Korda (1929-2001), autor da imagem mais famosa do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara; e de arquivos da agência cubana Prensa Latina e da soviética TASS.

Moscou foi durante 30 anos o principal apoio econômico, político e militar de Havana, mas em 1991, com o desaparecimento do bloco soviético, a aliança rompeu-se. Somente a partir de 2005 Cuba e Rússia começaram um processo de retomada de vínculos, coroado por visitas presidenciais.

Tendo em vista uma relação mais pragmática, o chanceler russo Serguei Lavrov visitou a ilha em fevereiro e concordou realizar com seu colega Bruno Rodríguez a celebração conjunta do 50º aniversário do reestabelecimento dos vínculos diplomáticos entre Cuba e URSS, que será completado em 8 de maio.

Fonte: AFP
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