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quarta-feira, 6 de março de 2013

Ônibus separados para palestinos geram polêmica em Israel

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A decisão do Ministério dos Transportes de Israel de instituir ônibus separados para trabalhadores palestinos da Cisjordânia que vão trabalhar dentro do território israelense gerou acusações de "apartheid e segregação" contra o governo do país.
Nesta segunda-feira, o Ministério dos Transportes inaugura novas linhas de ônibus, especiais para trabalhadores palestinos que têm permissão para trabalhar em Israel. Elas sairão de diversos pontos de checagem militares na Cisjordânia em direção a Tel Aviv.
A iniciativa é o resultado de pressões por parte de líderes de colonos israelenses que moram em assentamentos na Cisjordânia e alegaram que a viagem de israelenses e palestinos nos mesmos ônibus constitui um "risco à segurança" dos colonos.
Até hoje os trabalhadores palestinos pegavam os ônibus em pontos na estrada no norte da Cisjordânia.
Esses ônibus, destinados principalmente aos colonos israelenses que moram na região, também têm pontos dentro dos assentamentos, mas os palestinos não têm autorização para entrar nessas áreas.

Melhoria de serviço

A inauguração das novas linhas foi divulgada por intermédio de panfletos, distribuídos nos pontos da Cisjordânia, somente no idioma árabe, informou o site de notícias Ynet.
De acordo com o jornal Haaretz, a polícia se prepara para implementar a separação entre as populações e, se um palestino for identificado dentro de um ônibus "normal", os policiais lhe pedirão para descer e esperar o ônibus "especial".
Mas o Ministério israelense dos Transportes afirmou que "não há qualquer instrução para impedir os trabalhadores palestinos de viajarem nas linhas de transporte público em Israel ou na Judeia e Samária (nome bíblico para Cisjordânia)".
"As novas linhas de ônibus têm o objetivo de melhorar o serviço para os trabalhadores palestinos que entram (em Israel) pelo ponto de checagem de Eyal (perto da cidade de Qalqylia, no norte da Cisjordânia)", diz a nota do Ministério.

Louisiana

O professor de Direito da Universidade de Tel Aviv Eyal Gross afirma que a decisão de instituir ônibus separados para palestinos e colonos "lembra a segregação racial nos Estados Unidos em 1896 e aproxima Israel do apartheid (da Africa do Sul)".
Em artigo no Haaretz, o jurista afirma que "em Israel estamos voltando no tempo para 1896: palestinos são instruídos a descer dos ônibus na Cisjordânia, e o Ministério dos Transportes institui linhas de ônibus separadas para palestinos".
Em 1896, a Suprema Corte do Estados Unidos emitiu uma sentença rejeitando um recurso contra a separação entre brancos e negros nos trens do Estado da Louisiana (sul do país).
Na época, os juízes afirmaram que o argumento de que a separação forçada constitui uma ofensa à igualdade, pois coloca os negros em uma situação de inferioridade, "não se baseia em fatos, mas sim na escolha dos negros de adotarem essa interpretação".
"O episódio dos ônibus é apenas mais uma camada na anexação de fato dos territórios (ocupados) a Israel, anexação que é acompanhada pela instituição de um regime de segregação – obviamente desigual – entre judeus e palestinos", acrescentou Gross.
Na Cisjordânia já existe uma rede de estradas exclusivas para a circulação de carros com placas israelenses e nas quais veículos com placas palestinas não podem transitar.
Cerca de 380 mil colonos israelenses que moram em assentamentos na Cisjordânia estão subordinados à lei civil de Israel. Já os 2,5 milhões de palestinos dessa região estão sujeitos à lei militar que vigora no território, no qual a autoridade principal é o Exército de Israel.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Políca russa se mobiliza em Moscou contra confrontos étnicos

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A polícia russa mobilizou 3 mil homens nesta quarta-feira em Moscou e realizou 700 prisões para tentar prevenir confrontos entre jovens nacionalistas e caucasianos, que estão em conflito após os graves enfrentamentos do final de semana junto ao Kremlin.

"Cerca de 3 mil policiais estão posicionados na cidade para garantir a manutenção da ordem", declarou o porta-voz da polícia de Moscou, Viktor Birioukov, enfatizando que a situação "estava sob controle".

Ele precisou que um terço dos policiais estariam concentrados no bairro da estação de trem Kievsky, no centro da cidade, já que sites de internet transmitiam desde o início da semana convocações de pessoas originárias do Cáucaso, região majoritariamente muçulmana do sul da Rússia, a se reunir neste local na tarde desta quarta-feira.

Fonte: AFP
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nacionalistas e antissemitas fazem manifestação na Rússia

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Vários grupos russos de extrema-direita e movimentos pró-Kremlin mobilizaram nesta quinta-feira milhares de pessoas em duas manifestações em Moscou para celebrar o dia da União do Povo, uma festa pouco conhecida do grande público.

Os jovens pró-poder Nachi informaram ter reunido 15 mil pessoas durante a "Marcha russa" ao longo do rio Moskva, no centro da capital, para marcar esse dia que lembra a libertação de Moscou em 1612, ocupada na época pelo exército polonês.

No extremo sudeste da cidade, os movimentos nacionalistas e antissemitas, de bandeiras ultraortodoxas e contra a imigração, reuniram, por sua vez, entre 5 mil e 7 mil militantes, segundo jornalistas da AFP no local, para uma passeata denunciando o poder russo, culpado, na opinião deles, de deixar a Rússia nas mãos dos não russos.

"Desde 1612, no Kremlin, não há nem poloneses, nem suecos. Só judeus. Isto é ainda mais assustador, horrível e doloroso para a nação russa", destacou o coronel Vladimir Kvatchkov, que dirige a Milícia Popular.

Os manifestantes, em maioria jovens homens com os rostos escondidos por capuzes ou máscaras cirúrgicas, lançavam slogans como "Europa para os brancos e a Rússia para os russos" ou ainda "Menos imigrantes, mais dinheiro".

Os crimes racistas na Rússia começaram a aumentar depois da queda da URSS e quando, paralelamente, milhares de cidadãos de ex-repúblicas soviéticas, em particular da Ásia Central, vieram trabalhar nas grandes cidades russas.

"Em Moscou, temos agora medo de andar nas ruas. 70% dos estupros são cometidos por cidadãos da Ásia Central", afirmou Alexandre Belov do Movimento contra a Imigração Clandestina.

Um jovem com rosto encoberto por uma echarpe azul e que se apresentou como Stavropol afirmou que o Kremlin está sob o controle de um complô "judeu-maçônico, sobretudo judaico", denunciando depois também a imigração.

"Não precisamos deles (...) eles que fiquem em seus territórios, trabalhando e construindo mesquitas", insistiu.

O chefe do Serviço Federal russo de Migração, Konstantin Romanovski, se preocupa com o aumento dos movimentos racistas em número e com a disseminação de suas ideias.

"É necessário garantir a liberdade de expressão, mas eu não acredito que neste caso possamos tirar algum benefício", declarou, segundo a agência Interfax.

Na segunda maior cidade da Rússia, a mobilização era menor, com cerca de 300 militantes de extrem- direita manifestando-se em São Petersburgo. "As autoridades destroem a Rússia e os russos, e pensam apenas em encher os bolsos", disse Serguei, 21 anos.

O dia da União do Povo foi instaurado em 2005 pelo atual primeiro-ministro Vladimir Putin (presidente de 2000 a 2008) com o objetivo de fortalecer a identidade nacional na Rússia que ainda não se enraizou desde a queda da União Soviética.

Mas esta celebração continua desconhecida para os russos, segundo uma pesquisa do Instituto Vtsiom realizada com 1.600 pessoas. Apenas 1% dos entrevistados classificaram a festa como uma das mais importantes na Rússia e só 10% conheciam o nome correto e suas origens históricas.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Xenofobia avança de Ocidente a Oriente

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As atitudes governamentais contra os imigrantes e os cidadãos de origem estrangeira aumentam de intensidade da Europa e nos Estados Unidos à medida que a crise económica se vai institucionalizado. “Em paralelo com as medidas de austeridade, a xenofobia é a arma que sai agora do arsenal dos governos neoliberais como forma de combate à crise e também como fuga à adopção das iniciativas sociais e políticas que poderiam efectivamente contribuir para a melhoria da situação a nível internacional”, comenta Miguel Portas, eurodeputado da Esquerda Unitária, GUE/NGL, eleito pelo Bloco de Esquerda. A França e os Estados Unidos avançam com medidas concretas enquanto numerosas organizações de extrema direita se reuniram no Japão para coordenar acções contra os imigrantes.

Apesar das fortes reacções de sectores políticos, intelectuais e humanistas do país, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, continua a trabalhar na elaboração das anunciadas medidas contra comunidades estrangeiras alegadamente orientadas pelo objectivo de combater a criminalidade. Entre as acções em preparação, ou já em execução, estão a expulsão de ciganos, a retirada da nacionalidade francesa a cidadãos condenados por criminalidade e o aumento das dificuldades para aquisição da nacionalidade por pessoas de origem estrangeira nas mesmas condições. Por acção do ministro do Interior, desde 28 de Julho foram desmantelados mais de 40 acampamentos de ciiganos enquanto os cerca de 700 ocupantes foram expulsos para a Roménia e a Bulgária. A última acção desta campanha foi desalojar cerca de mil ciganos de 274 caravanas em Anglet, no sudoeste de França.

A Comissão da ONU para a Eliminação da Discriminação Racial condenou a atitude do governo francês sublinhando que existe no país “um notável recrudescimento do racismo e da xenofobia”, parecer que provocou uma dura reacção governamental. O ministro do Interior condenou a ONU e afirmou que o governo de Sarkozy não tem vontade de “estigmatizar a comunidade cigana”.

Associações francesas de direitos humanos consideram que as medidas em preparação sobre a ligação entre a criminalidade e o estatuto da nacionalidade francesa são contrárias à Constituição. As propostas governamentais serão discutidas e votadas em Setembro pela Assembleia Nacional. Numerosos jornais e revistas divulgam entretanto sondagens através das quais os inquiridos, na sua maioria, apoiam as medidas anunciadas e em preparação pelo governo. O presidente Sarkozy promove três reuniões semanais no Eliseu dedicadas a estas questões como parte dos esforços para recuperar apoio político em plena contagem decrescente para as eleições presidenciais. Desgastado pelos problemas económicos e financeiros, pela crise social, pelos escândalos envolvendo ministros, Sarkozy procura recuperar terreno político através do regresso à estratégia nacionalista que supostamente lhe deu a vitória eleitoral. Pretende também recuperar votos que perdeu para a extrema direita nas recentes eleições regionais assumindo a política xenófoba da Frente Nacional de Le Pen, que continua muito activa no plano nacional e internacional.

A organização de Le Pen foi uma das que participou durante a última semana no “congresso” internacional das extremas direitas que se reuniu em Tóquio a convite do grupo fascista japonês Issuikai e que incluiu uma homenagem aos criminosos de guerra japoneses num recinto de Tóquio onde estes são evocados, o Yasukui. Além da Frente Nacional, participaram no “congresso” organizações fascistas britânicas, italianas, belgas (separatistas flamengos), holandesas, húngaras, ucracianas, espanholas, portuguesas (MNR), eslovacas, búlgaras e finlandesas integradas na chamada Aliança dos Movimentos Nacionalistas Europeus ou Europartido. O futuro dos movimentos nacionalistas, a análise demográfica das populações europeias e a política de combate à imigração estiveram na agenda do congresso fascista.

Em Itália, a Liga do Norte de Umberto Bossi, aliado governamental de Berlusconi, defendeu a aplicação das medidas de Sarkozy no território italiano como pilar da luta contra a imigração. “Devemos assumir a proposta de Sarkozy de vincular a cidadania ao facto de não se cometerem crimes”, disse Bossi numa entrevista concedida um ano depois de aprovado o “plano de segurança” italiano que criminaliza a chamada “imigração clandestina”.

Alguns Estados norte-americanos começam entretanto a adoptar leis anti-imigração no âmbito das medidas ditas de combate à crise, sobretudo num momento em que se tornam cada vez mais nítidos os sinais de estagnação económica no país. O presidente norte-americano aprovou entretanto um grande reforço orçamental para militarização da fronteira com o México de modo a combater a imigração com origem neste país. Obama assinou sem comentários públicos um pacote de 600 milhões de dólares para vigiar a fronteira com o México e que prevê a utilização de aviões não tripulados como os que são usados no Afeganistão e no Paquistão. A imprensa norte-americana comenta que o presidente pretende assumir medidas no âmbito da alteração das políticas de imigração uma vez que está preocupado com o êxito que sectores xenófobos estão a obter à medida que se vão desenrolando as consultas primárias para as eleições intermédias do próximo Outono que incluem a eleição de 36 governadores de Estados, de um terço do Senado e a renovação da Câmara dos Representantes. Os sectores da extrema direita republicana afectos a Sarah Pallin estão a alcançar importantes posições atribuídas à estratégia nacionalista e xenófoba claramente assumida.

Fonte: BEinternacional via Plano Brasil
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alcorões são queimados em ataque a mesquita na Cisjordânia

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Colonos judeus contrários a um acordo de paz entre Israel e os palestinos foram acusados de pôr fogo em uma mesquita na Cisjordânia nesta segunda-feira, queimando exemplares do Alcorão. No ataque foram feitas pichações em hebraico com ameaças.

"Mesquitas, nós queimamos", diz uma pichação feita na porta da mesquita chamuscada pelo fogo, em Beit Fajjar, ao sul de Belém, num dia em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um apelo por moderação para evitar o colapso das negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos.

O piso acarpetado da mesquita ficou queimado em uma dezena de lugares onde foi embebido com querosene e incendiado, por volta das 3h da madrugada. Exemplares do Alcorão foram tomados pelo fogo.

Os palestinos responsabilizaram os colonos judeus pelo ataque.

"A mensagem dos colonos é: aterrorizem o povo palestino", disse o grão-mufti de Jerusalém, Mohammad Hussein, que foi inspecionar os danos e falar com os moradores da área.

"Crimes como estes não aterrorizam o povo palestino. Pelo contrário, esses ataques só vão encorajar o povo palestino e aumentar nossa determinação para alcançar todos os nossos direitos", disse ele à Reuters, depois de fazer um breve sermão.

A violência na região poderia complicar os esforços liderados pelos Estados Unidos para impedir o colapso do processo de paz no Oriente Médio, retomado apenas um mês atrás.

Na semana passada, as negociações mergulharam em crise depois de encerrada uma moratória de 10 meses imposta por Israel às construções de casas nos assentamentos judaicos erguidos na Cisjordânia ocupada.

A ação contra a mesquita foi o quarto ataque desse tipo desde dezembro. "Foi um incidente muito sério, que estamos vendo com a maior gravidade", disse a porta-voz militar israelense tenente Avital Liebowitz.

Investigadores da polícia e do Exército de Israel -- que controla a Cisjordânia desde 1967 -- coletaram evidências no local, incluindo marcas de pegadas e um pedaço do carpete queimado, além de colher depoimentos de testemunhas.

(Reportagem de Mustafa Abu Ganeya e Joseph Nasr em Beit Fajjar, Ali Sawafta, Mohammed Assadi e Tom Perry, em Ramallah, e Ori Lewis, em Jerusalém)

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

União Europeia ameaça sancionar França por expulsão de ciganos

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A Comissão Europeia ameaçou a França nesta quarta-feira com uma ação legal pela expulsão de imigrantes ciganos, dizendo que Paris tem duas semanas para cumprir as leis da União Europeia ou enfrentará sanções.

Em vez de focar na questão sobre se a França violou as leis da UE contra a discriminação com a expulsão de 8 mil ciganos do país, a declaração da Comissão Europeia tratou da não incorporação pela França da legislação europeia em seu estatuto nacional, em um abrandamento substancial em relação a sua posição anterior.

Isso significa que a França agora tem mais tempo para fornecer provas de que as expulsões foram legais e para garantir que as leis da UE estão sendo totalmente transpostas para a lei francesa.

O caso estremeceu as relações entre a França e a Comissão Europeia. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu com vigor a expulsão diante das fortes críticas dos grupos de direitos humanos e da Igreja Católica.

"A Comissão decidiu hoje que emitirá uma notificação à França", afirmou a Comissão em comunicado, referindo-se ao procedimento que marca o início de uma ação disciplinar.

O órgão executivo acrescentou que tomaria essa medida a menos que "medidas de transposição e um cronograma detalhado de transposição sejam fornecidos até 15 de outubro de 2010", dando na prática duas semanas para a França cumprir a lei.

A comissária de Justiça da UE, Viviane Reding, disse mais cedo que a França havia garantido ao braço executivo da UE que suas políticas não eram discriminatórias. Ela afirmou, no entanto, que Paris teria de fornecer mais evidências sobre isso.

"A França não está assegurando como deveria a lei européia sobre liberdade de movimento, então nós decidimos lançar um procedimento de infração contra a França", afirmou ela a jornalistas.

Ela disse, porém, que a UE precisa "dar uma chance à França" para que ela se explique antes de tomar uma medida legal.

Em uma fala carregada de emoção a jornalistas no começo de setembro, Reding havia classificado a condução do caso pela França como "vergonhosa" e exortara o bloco a forçar a França a interromper as expulsões, associadas por ela ao tratamento dispensado aos ciganos pelos nazistas.

A França deportou cerca de 8 mil ciganos para a Romênia e a Bulgária este ano, destruindo campos ilegais onde eles viviam nos arredores de algumas cidades francesas. A medida integra o que Sarkozy chamou de repressão ao crime.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Alemanha contradiz Sarkozy após declarações sobre ciganos

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O ministro alemão de Exteriores, Guido Westerwelle, disse que as declarações do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que assegurou que a Alemanha desmantelaria os acampamentos de ciganos em seu território, foram fruto de um "mal-entendido", e negou categoricamente esta possibilidade.

"A chanceler (Angela Merkel) expressou publicamente e me informou pessoalmente como foi o desenvolvimento da conversa" com Sarkozy sobre esse assunto, disse Westerwelle, garantindo que "um anúncio assim nunca existiu" em declarações à emissora televisiva pública "Deutschlandfunk".

Perante o escândalo surgido na cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas nesta quinta-feira, Westerwelle recomendou que a França respeite o direito europeu, embora também tenha defendido o Governo desse país perante acusações severas.

"Encurralar a França na esquina dos crimes da Segunda Guerra Mundial é absolutamente inaceitável e ofensivo, e provavelmente causou a forte reação do presidente francês", comentou o chefe da diplomacia alemã.

A chanceler alemã, Angela Merkel, desmentiu na quinta-feira, através de um porta-voz, ter falado com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre o desmantelamento de acampamentos de ciganos também na Alemanha.

A questão não foi abordada pela chanceler nem na cúpula de líderes da UE nem em conversas com o presidente francês, afirmou o porta-voz governamental, Steffen Seibert, de volta a Berlim após a reunião em Bruxelas.

O presidente francês disse que a própria Merkel tinha expressado essa intenção durante a cúpula de chefes de Estado e do Governo da UE em Bruxelas.

Sarkozy queria deixar claro que outros Governos europeus compartilham sua rejeição a esse tipo de acampamentos, cuja evacuação na França causou polêmica em torno das expulsões de ciganos romenos e búlgaros do país.

"Veremos que efeito tem isso na vida política alemã", assinalou Sarkozy, a perguntas sobre a polêmica levantada na França.

O presidente francês assegurou ainda que continuará desmantelando "todos os acampamentos ilegais" do país independente de quem sejam as pessoas que os habitem.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O crescimento da xenofobia na Europa

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O primeiro ministro italiano, Silvio Berlusconi, mostrou seu apoio ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, em sua política de deportações de romenos e búlgaros de origem cigana. “A senhora Reding”, disse Berlusconi fazendo alusão à Comissária de Justiça da União Européia, faria melhor tratando desse assunto privadamente com os dirigentes franceses, ao invés de publicamente, como tem feito”. Em uma entrevista exclusiva concedida ao jornal francês Le Figaro, Berlusconi manifestou que “a convergência ítalo-francesa ajudará a agitar a Europa e a resolver os problemas com políticas comuns”.

As palavras de Berlusconi atiçam uma controvérsia que segue quente apesar de o governo francês ter pedido a Bruxelas calma e diálogo frente a uma possível sanção pela expulsão ilegal de romenos de origem cigana. Durante uma reunião com senadores, Sarkozy manifestou que “não haveria nenhum” problema se os luxemburgueses quisessem acolher os ciganos. O presidente respondia assim às críticas da comissária de Justiça, Viviane Reding, que é de Luxemburgo, que comparou as deportações com os fatos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial e depois foi obrigada a se retratar dizendo ter sido mal interpretada. Um alto funcionários dos Estados Unidos disse que “é preciso convidar a França e outros países a respeitar os direitos dos romenos”. A chanceler alemã Ângela Merkel criticou o tom e as declarações de Reding, qualificando-as como “não apropriadas”.

O porta-voz em Bruxelas da Liga Norte, partido xenófobo aliado do governo italiano, foi mais longe que Berlusconi. “Quantos romenos Luxemburgo vai acolher?” – perguntou Mario Borghezio. “Convido a senhora Reding a confirmar ou desmentir se em seu país há campos nômades graças ao endurecimento das normas de expulsão de 2008”, declarou o porta-voz.

A União Européia ainda não entendeu

“O problema com os romenos não é um problema especificamente francês”, disse Berlusconi na entrevista ao Le Figaro. “Concerne a todos os países da Europa. É preciso incluir esse assunto na ordem do dia do Conselho de Chefes de Estado e de Governo para que discutam juntos e encontrem uma posição comum”, afirmou o primeiro ministro italiano. Além disso, Berlusconi assinalou que a União Européia ainda não entendeu que o problema com os romenos e com a “imigração clandestina” não é só “francês, italiano, grego ou espanhol”.

O governo de Silvio Berlusconi empreendeu sua cruzada contra os ciganos em abril de 2008. Assim que tomou posse do cargo, o ministro do Interior, Roberto Maroni (da Liga Norte), proclamou que sua prioridade seria devolver aos cidadãos a segurança perdida sob o governo de centro-esquerda. Entre apelos para expulsar do país as “hordas de bárbaros”, o gabinete aprovou o Pacote de Segurança, um projeto que associava imigração com delinqüência e previa diversas medidas contra os 150 mil romenos que teoricamente estavam morando no país: fechamento de fronteiras e bloqueio do Tratado de Schengen contra os ciganos romenos, destruição dos acampamentos ilegais de romenos com prisões e deportações, e criação de cargos especiais para lidar com a “emergência” cigana em Nápoli, Roma e Milão.

Enquanto a lei era aprovada, houve um programa organizada pela Camorra em Ponticelli (Nápoli) e o Ministério do Interior realizou um censo dos nômades que viviam no país, utilizando fichas com a raça e a origem, incluindo aí crianças. Ambas as coisas levaram muitos romenos a sair do país por seus próprios meios. As recorrentes condenações da ONU, do Parlamento Europeu e da Comissão Européia chegaram tarde. Milão e Roma seguem ainda hoje destruindo acampamentos, mas só restam os ciganos para desalojar.

França tenta baixar a tensão

O conflito entre a Comissão Européia, personificada na figura da comissária da Justiça, Viviane Reding, e o governo francês, obrigou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a pedir calma e um cessar fogo. As duras críticas de Reding contra o que considera equívocos franceses e contra a política de expulsões de ciganos romenos e búlgaros (evocando inclusive a Segunda Guerra Mundial) irritaram o governo francês. Tanto o ministro da Imigração, Eric Besson, como o secretário de Estado para Assuntos Europeus, Pierre Lellouche, muito irritados, qualificaram de “escorregão” as declarações da comissária. O governo francês foi obrigado a fazer uma mediação e emitiu nesta quarta pela manhã um comunicado no qual critica a intervenção “não usual” de Reding, mas chama para “um diálogo tranquilo sobre o pano de fundo do problema”.

Mas pouco depois, durante um encontro com senadores da União por um Movimento Popular (UMP), Nicolas Sarkozy, segundo relato de várias pessoas presentes, insinuou que se Reding não estava de acordo com sua maneira de tratar os ciganos romenos que os acolhesse em Luxemburgo, país de origem da comissária. “O presidente disse que só estamos aplicando o regulamento europeu e as leis francesas e que não há nada a reprovar em nossa política, mas que se os luxemburgueses quiserem acolhê-los podem fazê-lo sem nenhum problema”, disse na saída da reunião o senador da região de Haute-Marne, Brudo Sido, para a agência France Press.

O comentário de Sarkozy chega logo após vários ministros e líderes políticos franceses, além do próprio governo por meio de seu comunicado, terem qualificado de “inaceitável”, de “escorregão” e de “escandaloso” a comparação feita por Reding das expulsões de ciganos romenos na França com fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial. Lellouche assegurou que essa frase de Reding “é muito grave, porque a França sofreu uma ocupação”. Depois acrescentou que o que busca agora, sobretudo, “é acabar com essa polêmica estéril e começar a trabalhar por essa minoria”. Agora, essa minoria deve regressar e ficar na Romênia. “Cada Estado deve ser responsável por sua população”. Lellouche recordou que o desmantelamento de acampamentos de ciganos romenos “não começou neste verão”, mas foi nas últimas semanas que se intensificou o ritmo de deportações e que, além disso, “acabou-se com a hipocrisia”. Ele acrescentou, referindo-se aos outros países europeus: “Quando deixarem de atacar a França, que olhem para o seu próprio jardim”.

Um pouco mais calmo, Besson também qualificou de “escorregão” a intervenção da comissária, que anunciou que pensa em propor ao presidente da Comissão a abertura de um processo de punição contra a França por uma aplicação discriminatória da diretriz de livre circulação de pessoas – os ciganos romenos e búlgaros são cidadãos da União Européia. Não obstante, anunciou que a França vai dar explicações a Bruxelas sobre a famosa circular de 5 de agosto, que esgotou a paciência de Reding. Nesta circular, o governo instrui a polícia para que desmantele os acampamentos ilegais “tomando como prioridade os dos ciganos romenos”, o que prova, para Reding, discriminação racial por um lado e equívocos do Executivo francês por outro, já que Besson e Lellouche deram garantias à própria comissária de que as expulsões estavam ocorrendo caso a caso, sem atender a critérios de raça ou nacionalidade. “Viviane Redin escreveu-me ontem para pedir explicações sobre a circular. Vamos responder e dar-lhe explicações”, disse Besson.

As explicações, basicamente, consistem em que dita circular já foi emendada, eliminando a referência aos ciganos romenos. Assim falou o secretário de Estado da habitação, Benoist Apparu. “Não dissimulamos nem mentimos. A circular existia e foi corrigida. Ponto. Acabou”.

Diálogo acabou
O fato é que o cruzamento de declarações fez a França reagir, buscando, sem êxito até aqui, que o assunto não siga adiante. Após a reunião do Conselho de Ministros, um porta-voz do governo tentou acalmar os ânimos: “Não se trata de polemizar, nem com a Comissão nem com o Parlamento.Não obstante, certas declarações simplesmente não são aceitáveis”. Recordando anteriores intervenções “moderadas” do presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, sobre o assunto, o governo francês atribuiu as palavras de Reding à famosa circular de 5 de agosto, “que foi substituída pela do dia 13 de setembro”.

É hora de um diálogo tranqüilo sobre o pano de fundo desse assunto. Há vontade de tratar as coisas a fundo e não deixar-se embarcar em uma polêmica estéril, declarou uma fonte da presidência que deixou escapar que o presidente francês, Nicolas Sarcozy, poderia entrevistar-se sobre o assunto com o presidente romeno, Traian Basescu, na próxima reunião do Conselho Europeu, que ocorrerá esta semana em Bruxelas.

Fonte: El Pais via Carta Maior
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Sarkozy ironiza comissária da UE sobre deportação de ciganos

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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, sugeriu hoje que Luxemburgo receba os ciganos deportados da França, ironizando assim as críticas feitas ao Governo de Paris pela comissária de Justiça da União Europeia (UE), Viviane Reding, que é luxemburguesa.

O comentário foi feito durante uma reunião mantida hoje pelo presidente francês com senadores da governista União por um Movimento Popular (UMP, de Sarkozy), informou a imprensa francesa.

Em declarações à emissora "TF1", o senador Bruno Sido disse que Sarkozy reprovou as críticas de Reding, que contestou as deportações de ciganos promovidas pelo Governo francês.

"Ele disse que são aplicados somente os regulamentos europeus e as leis francesas e que não há nada que reprovar a França no assunto, mas que, se os luxemburgueses quisessem recebê-los, não haveria problema", afirmou o senador.

A comissária luxemburguesa se opôs ferrenhamente às deportações de ciganos e as comparou implicitamente com a deportação de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: EFE
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Senado da França aprova lei que proíbe uso do véu islâmico integral em espaços públicos

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O projeto que proíbe o uso do véu integral em espaços públicos foi aprovado pelo Senado da França nesta terça-feira por 246 votos a um. O texto, que causou polêmica no país que tem uma das maiores comunidades muçulmanas da Europa já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em julho e agora deve virar lei e entrar em vigor em 2011.

Antes disso, deve ser analisado pelo Conselho de Estado, que terá um mês para se posicionar sobre o projeto.

Se for aprovada, a lei prevê imposição de multa de 150 euros para as pessoas que saiam às ruas vestidas com a burca ou o niqab. As dúvidas jurídicas sobre a proibição da vestimenta geraram divisão na França. No entanto, há cerca de dois meses, 335 deputados votaram a favor do projeto, e apenas um votou contra.

Antes que a lei seja colocada em prática, haverá um período de seis meses, que visa dar tempo para que as mulheres que atualmente usam o véu deixem de vesti-lo de forma voluntária.

Organizações muçulmanas já disseram que irão contatar as mulheres que usam a burca para informá-las de que o Alcorão não exige que usem a vestimenta e que, a partir do ano que vem, estarão infringindo a lei. Não há números oficiais sobre o véu integral na França, mas estimativas apontam que cerca de 2.000 mulheres, em uma população de pouco mais de 64 milhões, utilizam a vestimenta

Seja qual for o tipo, o véu é visto pela mulher muçulmana como uma demonstração de respeito a Deus e ao islamismo. Segundo especialistas, sua proibição nas ruas não levará as mulheres a deixar de usá-lo e sim de circular apenas nos espaços públicos.

Caso se recusem a deixar de lado a burca, além de serem multadas, as mulheres muçulmanas também podem ser obrigadas a passar por um "curso de cidadania". A punição será maior para quem obrigar uma mulher a usar a vestimenta, podendo ser preso por até um ano e receber multa de até 30 mil euros.

Organizações islâmicas moderadas dizem estar dispostas a colaborar com as autoridades, apesar de saberem que a lei causará indignação entre os mais radicais.

A direita governista alega que o uso da vestimenta fere a liberdade e a dignidade da mulher e é ainda um risco à segurança, já que não permite sua identificação.

Os opositores socialistas advertiram que a proibição geral da burca vai contra a Constituição francesa e, além disso, pode ter problemas práticos de aplicação. Em março passado, o Conselho de Estado da França, a máxima instância administrativa do país, afirmou que a proibição geral e absoluta do véu integral poderia ser impugnada juridicamente e que seria frágil do ponto de vista da não discriminação.

Críticos dizem ainda que a proposta é uma "tentativa cínica" do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de atrair os votos da ultradireita.

Fonte: Folha
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

EUA vivem "islamofobia" superior à do 11 de Setembro, diz imã

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Os níveis da "islamofobia" nos Estados Unidos "talvez superem à do período imediatamente depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001", disse hoje o imã Feisal Abdul Rauf.

Rauf, diretor do projeto para a construção de um centro islâmico a poucas quadras do local onde ficava o World Trade Center, fez estas declarações no programa "This Week", da emissora de TV "ABC".

"Há uma crescente islamofobia neste país. Os muçulmanos americanos são tratados como se não fossem americanos, mas somos médicos, banqueiros, motoristas de táxis, fazemos parte da nação", afirmou.

"O campo de batalha não é entre o Islã e o Ocidente, o campo de batalha é entre os moderados de todas as religiões no mundo todo e os radicais em todos os países", disse Rauf.

O ímã afirmou ainda que se Terry Jones, chefe de uma seita cristã em Gainesville (Flórida), tivesse levado adiante seu plano de queimar em uma fogueira exemplares do Corão, "teria acontecido um desastre no mundo muçulmano".

Jones voltou atrás e suspendeu o protesto alegando que seria parte de um acordo para que Rauf e seus associados transferissem o projeto do centro islâmico a outro lugar.

"Como é possível comparar as duas coisas?", perguntou hoje Rauf, que negou que haja tal acordo.

"Como é possível comparar a profanação de escrituras sagradas para qualquer pessoa com um esforço para construir a paz e o entendimento entre as religiões?", questionou.

"Os radicais e extremistas assumiram o controle da conversa sobre as relações entre os diferentes credos religiosos. Os radicais dos dois lados, os radicais nos Estados Unidos e os radicais no mundo muçulmano. Eles se nutrem reciprocamente", acrescentou Rauf.

O imã reiterou ainda que se tomasse a decisão de construir o centro islâmico em alguma outra parte de Nova York, como concessão aos protestos, o "mundo muçulmano diria que o Islã está sob ataque nos Estados Unidos".

"Isto fortalecerá os radicais no mundo muçulmano e lhes ajudará a recrutar militantes", continuou.

Rauf indicou que toda a controvérsia que cerca agora o projeto do centro islâmico responde a interesses políticos.

"Este projeto foi comentado em artigo na primeira página do 'New York Times' em dezembro passado. Mas desde maio certos políticos, por razões políticas, decidiram que este projeto poderia ser útil para suas ambições e espalharam a controvérsia", concluiu.

Fonte: EFE

Nota do Blog: O extremismo e a intolerância em ambas as partes, principalmente no ocidente, tende a levar o mundo civilizado a uma nova era de cruzadas e perseguições religiosas.

O preconceito e o desrespeito a cultura e a religião são os principais legados do 11/09, quando ficou marcado o choque de civilizações entre o mundo ocidental e o Islã. Uma verdade que soa muito surreal para um mundo globalizado dito moderno e civilizado, que ao longo dos séculos parecia ter aprendido tolerar as diferenças, hoje caminha para o extremismo de ambas as partes, predominando este fenômeno nos EUA e Europa, onde temos visto uma escalada na perseguição ao povo mulçumano, seja pelo desrespeito a seu livro sagrado, ou seja pela proibição de trajes da cultura islãmica, além disso há ainda a miopia ocidental que confunde a cultura do Islã á pratica terrorista.

Sigo o cristianismo, mas respeito o povo mulçumano e sua cultura, pois a fé e a religião são bens individuais, é direito de cada ser humano cultivar a fé que lhe convir, pois Deus,Jeová,Alah,Javé ou como preferir chamar, nos deu livre arbítrio e não fundou esta ou aquela religião, mas sim nos deu exemplos a seguir. Nos deixou como princípio o amor em suas variadas formas.

Bom não vou adentrar neste campo delicado e complexo, afinal cada um possui suas faculdades mentais e fórum intimo a este respeito.
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sábado, 11 de setembro de 2010

EUA lembram 11 de setembro em meio a polêmica sobre religião

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Em meio à ameaça feita por um pastor de queimar o Alcorão, os Estados Unidos preparam uma série de eventos este sábado para marcar o aniversário de nove anos dos ataques de 11 de setembro de 2001.

O presidente americano, Barack Obama, atenderá uma cerimônia no Pentágono e sua esposa, Michelle, participará de um evento ao lado da ex-primeira dama Laura Bush na Pensilvânia. Ambos os locais foram alvos dos ataques atribuídos à rede Al Qaeda.

O vice-presidente, Joe Biden, estará em Nova York, onde os nomes das vítimas que morreram nas torres gêmeas do World Trade Center vão ser lidos.

Quatro aviões foram sequestrados na manhã de 11 de setembro de 2001 nos EUA por 19 militantes em ataques que mataram quase três mil pessoas.

Controverso

A correspondente da BBC em Nova York Laura Trevelyan diz que este deve ser o aniversário mais polêmico dos ataques.

Após as celebrações oficiais, devem ocorrer manifestações a favor e contra os planos de construção de uma mesquita e um centro de atividades islâmicas nas proximidades do local do ataque em Nova York.

A manifestação contrária aos planos de construção deve ser atendida por políticos ligados ao partido Republicano e a administração anterior, de George W. Bush.

A jornalista afirma que ambos os lados pretendem usar a emoção para realçar seus argumentos.

Alguns parentes de vítimas do ataque manifestaram-se contra os planos enquanto outros o defendem como um símbolo do compromisso americano com a liberdade de expressão.

O pastor

Terry Jones, o pastor de uma pequena igreja da Flórida que ganhou manchetes em todo o mundo após anunciar planos para queimar um exemplar do Alcorão, viajou para Nova York.

Ele deixou em suspenso a ameaça de queima, afirmando que se encontraria com o clérigo responsável pela construção da mesquita, Feisal Abdul Rauf, para discutir o assunto.

Rauf disse estar aberto a “considerar o dialogo com qualquer um seriamente comprometido com a paz”, mas disse não ter planos de se encontrar com Jones.

Obama e outras autoridades americanas já manifestaram-se contra os planos do pastor, afirmando que queimar o livro sagrado muçulmano colocaria vidas de americanos no exterior, especialmente militares, em risco.

Fonte: BBC Brasil
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Fidel critica ameaça de queima do Alcorão e expulsão de ciganos da França

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O líder cubano Fidel Castro classificou nesta sexta-feira de "descomunal show midiático", próprio "de um império que afunda", a ameaça de um pastor da Flórida (Estados Unidos) de queimar no próximo sábado exemplares do Alcorão e chamou de "holocausto racial" a expulsão de ciganos da França.

É "um descomunal show midiático, um caos, coisas próprias de um império que afunda", disse Fidel, de 84 anos, em uma mensagem lida após a apresentação da segunda parte de seu livro autobiográfico em Havana.

Terry Jones, pastor de uma pequena igreja evangélica de Gainesville, Estados Unidos, havia ameaçado queimar exemplares do Alcorão no sábado, no aniversário de nove anos dos atentados de 11 de Setembro, o que desencadeou uma onda mundial de condenação, do Vaticano aos países islâmicos, passando pela UE.

"Ontem, quinta-feira 9, à noite, chegaram notícias de que o pastor tinha desistido. Seria necessário saber o que disseram a ele os agentes do FBI que o visitaram 'para persuadi-lo'", acrescentou o líder comunista, que está fora do poder desde julho de 2006.

Fidel destacou que "até os chefes militares ianques e europeus em missões punitivas de guerra tremeram diante de uma notícia que consideravam arriscada para seus soldados".

O pastor Jones, que condicionava a queima dos exemplares à mudança de local da construção de uma mesquita que ficaria localizada no Marco Zero, cancelou nesta sexta-feira a sua iniciativa, apesar do fracasso de uma reunião com o imã de Nova York para abordar o tema, indicou o líder evangélico K. A Paul em uma entrevista coletiva à imprensa em Gainsville.

O líder cubano também disse nesta sexta que os ciganos expulsos da França são "vítimas" da "extrema direita" daquele país, o que chamou de uma espécie de "holocausto racial".

"A última coisa que se podia esperar eram as notícias da expulsão de ciganos franceses, vítimas da crueldade da extrema direita francesa, que já atinge 7.000 deles, as vítimas de outra espécie de holocausto racial", disse Fidel.

O ex-presidente cubano referiu-se à expulsão de 7.000 ciganos romenos da França ordenada pelo presidente Nicolas Sarkozy, que desencadeou fortes protestos e condenações na Europa, inclusive críticas do Parlamento Europeu

Fonte: AFP
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sábado, 4 de setembro de 2010

França tem manifestações contra expulsão de ciganos e xenofobia

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Um dia de mobilização na França e na Europa está programado para este sábado (4) contra a "xenofobia" do governo do presidente Nicolas Sarkozy, que foi muito criticado dentro de fora do país após as expulsões em massa de ciganos romenos e búlgaros.

Milhares de pessoas protestavam na tarde deste sábado (horário local) em Paris, atrás de um grupo de ciganos franceses e do leste europeu que encabeçavam simbolicamente o desfile.

Mais de 100 manifestações devem acontecer na França e diante das embaixadas francesas de vários países da União Europeia (UE), com o apoio de dezenas de organizações de defesa dos direitos humanos, sindicatos e partidos de esquerda e ecologistas

"Diante da xenofobia e da política do desprezo: liberdade, igualdade, fraternidade", afirmam os cartazes de convocação dos protestos, em uma referência ao lema oficial da República Francesa.

Na manhã deste sábado, personalidades do mundo da cultura, como a cantora Jane Birkin e o cineasta Agnes Jaoui, compareceram às imediações do prédio do ministério de Imigração e Identidade Nacional para cantar músicas de apoio aos imigrantes sem documentos.

"Acho que transformaram os ciganos e os imigrantes ilegais em bodes expiatórios, que podem ser expulsos, enquanto eu, que também sou estrangeira, não sou expulsa", afirmou, indignada, Jane Birkin.

Fonte: Portal G1
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Romênia teme 'reações xenófobas' por repatriação de ciganos

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O chanceler da Romênia afirmou nesta quarta-feira temer "reações xenófobas", depois do anúncio de que a França pretende repatriar 700 ciganos romenos e búlgaros ilegais para seus respectivos países.

"Expresso minha preocupação pelos riscos de populismo e reações xenófobas em um contexto de crise econômica", declarou Teodor Baconschi a Radio France International (RFI).

"Se trocarmos acusações ou criminalizarmos coletivamente os grupos étnicos (...), ao invés de encontrar soluções, vamos gerar tensões", completou.

A França pretende repatriar até o fim do mês 700 ciganos ilegais para Romênia e Bulgária como parte de um plano de "retorno voluntário" a seus países de origem, uma decisão que aumenta a polêmica pela política de segurança do governo.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Islamofobia Varre a Europa

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O continente que produziu imperialismo, escravatura e Hitler agora produz Geert Wilders. Bélgica e França proibiram a burqah, um deputado britânico afirmou que ele irá recusar-se a falar a eleitores que se recusam revelar a sua cara e Geert Wilders, o líder holandês do Partido de Liberdade nos Países Baixos declara seu objetivo de lançar o seu movimento Stop Islam (Parem o Islão) em cinco países. É a Europa, não os muçulmanos, que estão buscando um choque entre as culturas.

Europa nunca deixa de surpreender com a sua abjecta arrogância, imperialismo imperioso e sua demagogia nojenta. O continente que produziu imperialismo, escravatura e Hitler agora produz Geert Wilders. As vítimas desta vez não são os judeus, mas os muçulmanos e, como foi o caso com o horrível movimento nazista, racista e genocida de Hitler, não só era endêmica à Alemanha, mas teve as suas metástases por todo o continente em movimentos semelhantes.

Como Hitler, na sua repugnante, cruel e inaceitável campanha contra os judeus, Geert Wilders pretende internacionalizar seu movimento, chamado "Stop Islam - defender a liberdade". "Liberdade" é uma daquelas palavras muito usadas e abusadas por aqueles que têm uma agenda, usada contra a União Soviética por aqueles cujas práticas estavam longe de ser pacíficas ou bem-intencionadas: "Liberdade" foi usada por aqueles que apoiaram a repressão de ditadores fascistas na África e na América Latina, "Liberdade" foi usada por aqueles que atacaram Fidel Castro e, em seguida, tentaram assassiná-lo 700 vezes.

Assim, não surpreendentemente, este odioso racismo de Wilders utiliza a mesma palavra, em vão, para justificar a sua “causa”. E precisamente o que é?
"Eu tenho um problema com a ideologia islâmica, a cultura islâmica, porque eu sinto que quanto mais islamismo temos nas nossas sociedades, menos liberdade temos" (Wilders, em Londres, 2009). Agora, para um homem que afirma que ele não é racista, com uma afirmação destas, é o quê? Fada-madrinha?

O que é alarmante é que Wilders montou passagens do Corão e mostrou-os em ataques terroristas islâmicos no filme "Fitna", e o que é ainda mais alarmante é que ele ganhou apoio entre o eleitorado holandês; o PVV Partido pela Liberdade ganhou 24 lugares em Parlamento (de um total de 150), tornando-se o terceiro maior político, na eleição de junho.

Num futuro próximo, Wilders promete levar o seu movimento para os E.U.A., Canadá, França, Alemanha e Reino Unido, onde o membro conservador do Parlamento Europeu para Kettering, Philip Hollobone, declarou que irá recusar-se a falar com mulheres que se recusam a remover suas burqahs. O que estamos tratando aqui é pura ignorância numa atitude de cima-para-baixo, isto no continente que andou pelo mundo fora "civilizando" os povos com a Bíblia e a bala. Jesus Cristo não foi o único profeta, o cristianismo é uma das muitas religiões, um dos muitos caminhos para Deus. Ninguém tem o monopólio da verdade, não há uma palavra única.

E se os europeus andavam em torno do Oriente Médio, colonizando vastas áreas do território islâmico no passado, impondo a sua vontade desviando os recursos, roubando o património, com que direito vêm dizer aos muçulmanos hoje o que podem ou não vestir?

E se os europeus andavam em torno do Oriente Médio, colonizando vastas áreas do território islâmico no passado, impondo a sua vontade desviando os recursos, roubando o património, com que direito vêm dizer aos muçulmanos hoje o que podem ou não vestir?

Só porque uma mulher islâmica usa uma burqah não significa que ela está usando um cinto-bomba, também não significa que qualquer homem que está vestido como um bispo anglicano é gay ou que o padre católico é um pedófilo. São afirmações absurdas.

O Islã é uma religião de paz, o fundamentalismo islamista é algo completamente diferente e é importante separar as duas questões, respeitando o Islão e a sua maravilhosa cultura, suas leis, e tradições de modo a não fazer paralelos entre os dois extremos perigosos que não existem, pintando todos com o mesmo pincel e criando uma nova onda de racismo num continente cuja equação constituinte parece ter esse nojento preceito como um factor constante.

Se é agora um valor europeu para dizer às pessoas o que podem e o que não podem usar, então, diz tudo sobre um continente que impôs a UE sobre os seus cidadãos de uma forma tão antidemocrática; que ameaçador que uma criatura odiosa como Wilders possa estar seriamente contemplando o internacionalismo de sua ignorância racista em vez de estar onde ele pertence - longe da humanidade.

Fonte: PRAVDA
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terça-feira, 25 de maio de 2010

Peru apoia menina que deixou primeira-dama americana em saia-justa

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A pequena Daisy, de 7 anos, que nos últimos dias deixou em uma saia-justa a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, ao dizer que sua mãe era uma imigrante ilegal que temia ser expulsa dos EUA, recebeu uma forte corrente de simpatia do Peru, onde o governo a vê como o símbolo do drama dos imigrantes.

A vida mudou na família de Daisy quando ela disse à Michelle Obama - que visitava a escola em Maryland onde a menina estuda - que o presidente Barack Obama "está levando todos os que não têm documentos".

Após uma resposta de Michelle, a menina insistiu: "mas minha mãe não tem documentos".

Esta última frase, em frente às câmeras de televisão, gerou um impacto imediato e trouxe à tona o espinhoso tema dos imigrantes ilegais.

Mas, para sua família, o comentário da menina converteu-se em um problema, ante a possibilidade de que - visíveis agora à imprensa - sua mãe e seu pai sejam deportados.

Os pais de Daisy - Natalia Julca e Angel Cuevas - viajaram aos Estados Unidos em julho de 2002. Deixaram em Lima, ao cuidado dos avós, sua filha July (de 9 anos e que atualmente mora em Lima). Daisy nasceria meses depois nos Estados Unidos, onde adquiriu a nacionalidade.

Genaro Julca, avô de Daisy, conversou na segunda-feira com sua filha Natalia e ela garantiu estar sendo ajudada por um advogado.

"Minha filha me disse 'não se preocupe, papai, eu estou tranquila, minha rotina está normal e Daisy segue indo ao colégio'", disse à AFP Genaro Julca, que vive em um bairro popular de Lima.

José Herrera Robles, advogado peruano especialista em temas migratórios, não é tão otimista.

Os pais de Daisy "correm o risco de ser deportados ainda que Michelle Obama tenha prometido o contrário. Juridicamente, é impossível que a primeira dama detenha a execução de uma lei contra alguém que cometeu um delito", explicou Herrera.

Já o presidente do Peru, Alan García, somou-se à onda de simpatia gerada pela menina. "Me enche de orgulho que uma menina peruana represente, neste momento, todo este enorme problema da imigração latino-americana nos Estados Unidos", disse o presidente.

Fonte: AFP
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Human Rights Watch critica proibição do véu integral

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A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) manifestou nesta quarta-feira sua oposição à proibição do uso do véu integral, no momento em que a Bélgica se dispõe a votar uma lei sobre o assunto amanhã, e que a França prevê seguir o mesmo caminho.

"Proibições deste tipo criam uma situação em que todo o mundo perde", declarou em comunicado Judith Sunderland, da Human Rights Watch.

"Representam uma violação dos direitos das que escolheram usá-lo e em nada ajudam as que são obrigadas a fazê-lo", acrescentou Sunderland.

Os deputados belgas se dispõem a votar nesta quinta-feira em sessão plenária a proibição total de toda roupa que cubra a totalidade do rosto exceto os olhos, medida dirigida, embora sem citá-lo, ao véu integral islâmico, como a burca ou o niqab.

A proposta de lei belga, já aprovada por unanimidade em 31 de março pela comissão parlamentar do Interior, amplia a proibição à rua, às lojas e a prédios públicos.

Seus promotores a apresentam como medida destinada à emancipação das mulheres e a garantir a segurança no espaço público, onde cada pessoa deve poder ser reconhecida.

O governo francês anunciou por sua vez que apresentará em maio um projeto de lei de proibição do uso do véu integral no conjunto do espaço público.

Para a Human Rights Watch, não existe prova de que o uso do véu integral represente ameaça para a segurança pública.

O veto total é também "incompatível com a Convenção Europeia de defesa dos direitos humanos" e, possivelmente, com a legislação da UE contra as discriminações, segundo Sunderland.

Fonte: AFP
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Véu Islâmico causa polêmicas na Europa

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A expulsão de uma jovem muçulmana espanhola de origem marroquina de um colégio do subúrbio de Madri por utilizar o veu islâmico desencadeou nesta quarta-feira um debate inédito na Espanha sobre o polêmico adereço.

A decisão de um instituto de Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madri, cujo regulamento interno proíbe que alunos assistam às aulas com a cabeça coberta, seja com veus, gorros ou chapéus, desatou a ira das associações muçulmanas causou também divergência no governo.

Em resposta à polêmica, a direção da instituição decidiu na terça-feira à tarde não modificar seu regulamento.

Algumas amigas de Najwa Malha, a estudante expulsa, assistiram às aulas utilizando o "hijab" (veu islâmico) como prova de solidariedade, segundo imagens televisivas.

Associações que representam a comunidade muçulmana na Espanha anunciaram nesta quarta-feira sua intenção de recorrer ao Tribunal Constitucional para denunciar que o regulamento interno de um colégio "não pode se colocar acima da lei" e atentar contra o direito de educação de um estudante.

A região de Madri, governada pela direita, apoia o instituto, enquanto no governo socialista alguns ministros emitiram opiniões divergentes, entre apelos à tolerância ou pelo respeito à educação laica.

Se, por um lado, a ministra de Assuntos Sociais, Trinidad Jiménez, disse que não havia necessidade alguma "nem de proibir, nem de regular" o tema, a ministra da Igualdade, Bibiana Aído, afirmou que era "pessoalmente" contra a utilização do veu islâmico pelas mulheres na Espanha.

As autoridades regionais propuseram transferir a aluna para outro colégio da região que não aplique este tipo de regulamento rigoroso.

Em 2007, houve outra expulsão na Espanha por causa do "hijab" em uma escola de Gerona (nordeste), mas pouco depois a aluna foi readmitida.


Sarkozy quer elaboração de lei para proibir véu islâmico

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, ordenou hoje a elaboração de um projeto de lei com o objetivo de impedir mulheres muçulmanas de utilizarem, na rua e em outros locais públicos, tradicionais véus islâmicos que cobrem o rosto. Na tentativa de impedir o uso do véu feminino em lugares públicos, Sarkozy preferiu ignorar as recomendações de especialistas consultados pelo governo segundo os quais tal medida provavelmente seria declarada inconstitucional.

A decisão de buscar uma proibição total, e não limitada, pegou os analistas políticos de surpresa. Caso o projeto de lei vá adiante, a França se colocaria na mesma posição de países como a Bélgica, que se mobiliza para proibir totalmente o uso do véu por considerar que a cultura islâmica estaria em conflito com "valores europeus".

Sarkozy já declarou em diversas ocasiões que considera os véus islâmicos um mecanismo de opressão à mulher e que seu uso "não é bem-vindo" na França. Luc Chatel, porta-voz do governo francês, disse hoje, depois da reunião semanal de gabinete, que o presidente decidiu seguir adiante com a ideia de apresentar em maio um projeto de lei ao Parlamento com o objetivo de banir totalmente o uso da burca e de outros véus similares em público.

"Isto é um transgressão, ou até mesmo uma agressão, no que concerne à liberdade do indivíduo", denunciou Abdellatif Lemsibak, integrante da Federação Nacional de Muçulmanos da França. "Os muçulmanos têm o direito a uma manifestação ortodoxa de sua religião. Estou chocado", prosseguiu.

A França é um país secular que abriga a maior população islâmica da Europa, estimada atualmente em cerca de 5 milhões. As autoridades locais consideram o véu incoerente com a igualdade entre os gêneros ao mesmo tempo em que temem a disseminação de uma forma radical do Islã dentro de suas fronteiras.

Fonte: Folha / Estadão

Nota do Blog: O preconceito e a intolerância cada dia maior com tudo que vem do Oriente Médio tende a elevar as possibilidades de choques entre as culturas islâmicas e as ocidentais, podendo ser um estopin para o atrito entre tais povos e propiciando um vasto território a ser explorado pelos radicais do Islã.

Quanto a minha opinião eu vejo como um atentado a liberdade individual que tanto prezamos no ocidente, onde esta a liberdade para os povos de culturas que diferem das nossas? A liberdade pregada pelos EUA e os seus pares europeus não são na pratica o que se poderia esperar, uma vez que só é aceitável o que eles julgam ser o correto, desrespeitando a liberdade religiosa e uma cultura milenar, que deve ser respeitada, pois se o povo que adere ao Islã decidir abolir o veu, que seja decisão deles, não é correto e nem um pouco salutar nós ocidentais interferirmos nas culturas de outros povos, impondo o que nós queremos, o nosso modo de vida.

Por isso eu admiro meu país, aqui no Brasil respeitamos todos, independente de credo ou etnia, ainda que alguns afirmem que existe racismo e preconceitos de classe, que na verdade são criados pelas proprias classes que se dizem prejudicadas.
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