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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pará quer criar força especial para combater pirataria nos rios

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Uma lancha com 11 homens armados se aproxima de um navio. A quadrilha atira para o alto, obrigando a embarcação a parar, e sobe a bordo. Agride com socos e pontapés parte dos 140 passageiros, rouba todos os seus pertences e foge.

O ataque, ocorrido no mês passado, não teve como cenário o oceano Índico ou o Golfo de Aden, áreas de atuação de piratas somalis, mas sim o norte do Pará. Suas vítimas, que perderam cerca de R$ 15 mil em dinheiro, além de joias e celulares, viajavam entre Soure, maior cidade na Ilha de Marajó, e Belém, a capital do Estado.

Para impedir ataques como esse – só no primeiro semestre deste ano, foram registrados 18 casos semelhantes nos arredores da Ilha de Marajó –, a polícia do Pará pretende criar uma unidade antipirataria, que agregará policiais civis e militares, além de membros do Corpo de Bombeiros.

Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de Segurança do Estado, Luiz Fernandes Rocha, afirma que o grupo reunirá entre 70 e 80 homens e terá como função “agregar forças de todas as instituições policiais para combater a pirataria de forma mais rápida, tornando as ações mais coordenadas e direcionadas”.

Segundo Rocha, um projeto de lei prevendo a criação da unidade, por ora batizada de Grupamento Fluvial, será encaminhado à Assembleia Legislativa assim que terminar o recesso de julho. Ele diz esperar que em até três meses o grupo, que desempenhará as funções de policiamento ostensivo, investigação e atendimento a vítimas, possa tornar-se efetivo.

“Mais do que baixar as ocorrências, nossa intenção é dar tranquilidade aos moradores, mostrar que polícia vai estar próxima deles”, afirma.

Barcos rápidos

Além da realocação de policiais e bombeiros, o secretário conta que a criação da unidade exigirá a compra de embarcações rápidas, para fazer frente à agilidade dos “ratos d’água”, como define os criminosos.

Rocha diz não saber, contudo, quantos veículos novos serão necessários, já que a secretaria deverá primeiro finalizar um levantamento sobre quantos barcos atualmente fora de uso por problemas técnicos poderão ser repassados à unidade.

Mais à frente, o secretário afirma que o grupo antipirataria poderá contar também com helicópteros – segundo ele, uma aeronave já está disponível, e há previsão de comprar outras três.

Rocha atribui a pirataria à disseminação das drogas no Estado. “Notamos que muitos municípios pequenos e distritos onde antes não havia casos relacionados ao consumo de drogas hoje já enfrentam problemas. E muitos usuários recorrem ao crime para sustentar o vício.”

Ele nega, porém, que os ataques tenham se tornado mais frequentes, dizendo ter havido redução de 15% dos casos no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010.

Ainda assim, a própria secretaria admite que muitos casos podem não ser registrados, já que há comunidades ribeirinhas isoladas, longe de delegacias.

Fase de testes

O delegado João Bosco Rodrigues, diretor de Polícia Especializada e encarregado pelas ações da Polícia Civil nos rios paraenses, diz à BBC Brasil que o novo grupamento antipirataria funcionou em caráter experimental há um mês, quando ocorreu a Operação Carnapijó.

Segundo Rodrigues, a operação agregou membros das polícias estaduais e da Marinha e identificou quadrilhas que atuam nas ilhas próximas a Belém.

Ele conta que há, entre os criminosos, grupos organizados, que detêm armamentos pesados e são provenientes de várias regiões do Estado, mas as quadrilhas em geral são compostas por ribeirinhos, que usam revólveres e conhecem muito bem as regiões onde atuam.

“Estamos na maior bacia hidrográfica do mundo. Nossa geografia favorece esse tipo de ação criminosa.”

Proteção armada

Enquanto o grupo não é criado, moradores se mobilizam contra os piratas. Um habitante de Abaetetuba, uma das cidades mais afetadas por ataques, conta à BBC Brasil que ribeirinhos estão comprando armas para se proteger.

Segundo ele, que não quis ser identificado, quatro piratas foram surpreendidos no fim de 2010 ao tentar furtar o motor de um barco aportado. No embate, dois criminosos teriam sido mortos.

O morador conta que a mobilização dos barqueiros ocorreu porque se tornaram frequentes, nos últimos anos, casos de pirataria na região. Os criminosos, diz ele, costumam visar embarcações pequenas, roubando seus motores e deixando os barqueiros à deriva. Por isso, afirma que muitos se recusam a viajar à noite, quando o risco de ataques aumenta.

Além das perdas materiais, os ribeirinhos temem os métodos violentos dos piratas. “Eles agridem de graça, atiram de graça, matam de graça.”

Também em resposta às ações, o morador conta que muitos barcos maiores, de linhas regulares, passaram a circular com seguranças armados à paisana entre os passageiros.

Fonte: BBC Brasil
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Navios mercantes ignoram a ameaça pirata.

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A Organização Marítima Internacional (IMO) adverte que uma "elevada proporção inaceitável de navios que transitam pelo Golfo de Aden e no Oceano Índico ocidental" não estão levando a sério a ameaça da pirataria por não acatarem avisos ou tomar medidas para proteger seus navios.

Em uma carta circular aos membros da IMO, as Nações Unidas e outras organizações, a IMO, disse que as forças navais ao largo da costa da Somália têm observado vários navios na área, que não estão inscritos no Centro de Segurança Marítima do Chifre da África ; não informando o United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO), não mostram dissuasão da pirataria e não estão acatando as advertências das atividades piratas. Pelo menos 25% dos navios comerciais que cruzam o Golfo de Aden ignoram as precauções de segurança.

A IMO observou que a partir de 14 de fevereiro, 685 tripulantes a bordo de 30 navios estão sendo mantidos como reféns na costa somali, o que reflete um agravamento da situação e como piratas estão expandindo seu alcance para o Oceano Índico, especialmente através da utilização crescente de navios-mãe. A organização também diz que os ataques piratas estão se tornando mais violentos e que os piratas estão usando a tripulação capturada como escudo humano.

Falha ao aplicar integralmente as orientações da IMO e a indústria que desenvolveram as melhores práticas de gestão, aumentam significativamente o risco de ataques bem sucedidos, segundo a Organização Marítima Internacional (IMO). Algumas das orientações de gestão incluem manter uma velocidade de cruzeiro alta (viajando á 18 nós ou mais, fazendo com que seja quase impossível para os piratas subir a bordo), a montagem de barreiras físicas usando mangueiras e espuma para impedir o acesso dos piratas.

"Infelizmente, há indícios perturbadores para mostrar que, em muitos casos, estes conselhos ou não chegaram ás empresas de navegação ou de seus navios ou não tenham sido atendidos", diz a carta circular. A IMO continua a exortar "a todos aqueles das administrações envolvidas, nomeadamente, entidades representativas da indústria, associações de marítimos, armadores e empresas a tomar medidas para assegurar que os comandantes dos navios recebam informações atualizadas, infalivelmente, e que todas as medidas preventivas recomendadas, evasiva e defensiva são totalmente e efetivamente implementadas".

O anúncio segue o lançamento, em 03 de fevereiro do plano de ação anti-pirataria da IMO, na Organização Marítima Mundial 2011, com tema do Dia: "Pirataria: orquestrar a resposta". O plano de ação foi lançado pelo Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon, que disse que a escalada da pirataria ao largo da costa da Somália é "completamente inaceitável" e exige medidas urgentes. Ele saudou a decisão da IMO em prestar especial atenção a esta ameaça grave durante o próximo ano.

Também presente no lançamento estava o coronel Richard Spencer, que criticou a indústria de transporte que em muitos casos não toma as medidas adequadas de auto-proteção ou ajuda os órgãos de coordenação naval, mesmo quando tinha aconselhado as autoridades que estavam na zona de alto risco. "A OTAN informa aos navios se dentro de 50 milhas há um avistamento de navio-mãe para avisá-los do risco, mas os navios não estão lendo os avisos. Eles estão velejando no escuro", disse ele. "Há uma razão pela qual algumas bandeiras de forma consistente têm o maior número de navios tomados. Estou sem palavras a respeito do porque alguns Estados não estão fazendo mais. "Ele disse que as forças navais tinham", observado que não estavam em conformidade "a bordo dos navios dos quatro principais Estados de pavilhão, a Libéria, Panamá, Ilhas Marshall e Bahamas.

Como resultado do flagelo da pirataria continua, a IMO incentiva os governos a fornecer vigilância naval e aérea extra em áreas afetadas pela pirataria e a fornecer as forças de segurança informações sobre os movimentos dos navios.

A IMO acrescentou que uma instalação de distribuição de informação (IDF) foi criada para ajudar as forças de segurança que operam no Golfo de Aden e o Oceano Índico a obter uma melhor imagem do local onde os navios estão, a fim de fornecer alertas de atividade de pirataria e facilitar a repressão mais eficaz da pirataria e assaltos à mão armada contra navios através da utilização mais eficaz dos limitados recursos naval e militar disponíveis.

Através do plano de ação anti-pirataria, a IMO pretende reforçar suas capacidades anti-pirataria e ampliar seu alcance para criar um esforço mais amplo e global. O plano tem seis metas principais para 2011. São eles:

• aumentar a pressão política para garantir a libertação de reféns;
• rever e melhorar as orientações da IMO e promover o cumprimento das melhores práticas de gestão e das medidas preventivas, evasivas e defensivas que os navios devem seguir;
• melhorar o suporte e coordenação com as marinhas;
• promover a cooperação entre os Estados e a indústria de transporte marítimo no combate a pirataria;
• prevenir, proibir e trazer à justiça os piratas;
• prestar assistência, durante o período pós-traumático, para aqueles atacados ou seqüestrados por piratas.

Fonte: Defense Web
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tribunal alemão julga primeiro caso de pirataria em quase 400 anos

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Mais de sete meses após ataque ao navio de bandeira alemã Taipan, começa em Hamburgo o julgamento de dez somalis acusados de pirataria. Direito internacional determina que, no navio atacado, vale a lei do país de origem.

Dez réus da Somália acusados de pirataria estão sendo julgados por um tribunal regional de Hamburgo a partir desta segunda-feira (22/11). Um dia após a Páscoa deste ano, os piratas interceptaram a embarcação alemã Taipan, que transportava contêineres em alto-mar, na altura do litoral da Somália.

Quatro horas após o assalto, a Marinha holandesa libertou o navio, prendendo os supostos piratas e entregando-os às autoridades alemãs. Após um tribunal de Hamburgo ter emitido ordem de prisão contra os criminosos, inicia-se agora na cidade hanseática o primeiro processo judicial de pirataria realizado na Alemanha em quase quatro séculos.

Pirataria, uma complexa questão jurídica

Nos últimos anos, a pirataria voltou a se tornar um problema internacional. Embora esse tipo de crime estivesse quase extinto, ele ainda constava do direito internacional, tendo bases processuais e penais bem claras.

Como o navio da companhia de navegação Komrowski circulava sob bandeira alemã na altura do litoral somali, o que impera a bordo são as leis e o direito penal da Alemanha. Segundo o parágrafo 10 do Código Penal alemão, a autoridade de julgar crimes a bordo compete ao tribunal que tem jurisdição sobre o porto de origem do navio em questão. No caso do Taipan, o porto originário era Hamburgo.

A extradição dos supostos piratas somalis para a Alemanha, por sua vez, se respalda nas determinações da missão europeia Atalanta e na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, também ratificada pela Alemanha.

Apesar de se sustentar no direito internacional, a punição do crime de pirataria segue o direito nacional, explica Uwe Jenisch, professor de direito marítimo da Universidade de Kiel: "A pirataria em alto-mar é passível de punição segundo as regras do direito alemão. As penas costumam ser de cinco anos de prisão para crimes medianos, mas em casos de homicídio ou de sequestro, a sentença nunca é inferior a dez anos", explica o jurista.

Punição de piratas não é fácil

Os réus do tribunal de Hamburgo podem ser condenados a 15 anos de prisão. Mas isso só é possível porque o direito penal alemão prevê como crime qualquer "ataque contra o tráfego marítimo", ou seja, a pirataria. Isso não é uma obviedade em nível internacional. Países como a Dinamarca e o Canadá, por exemplo, não reconhecem juridicamente o crime da pirataria em alto-mar, diz Jenisch.

Mesmo prevendo esse tipo de criminalidade, o direito alemão impõe critérios rigorosos para que casos de pirataria sejam levados a julgamento. Em primeiro lugar, é necessário confirmar a identidade e a idade dos supostos criminosos. Quem alegar ser menor de 18 anos só poderá ser julgado de acordo com o direito penal juvenil, que prevê penas mais brandas.

A validade das provas jurídicas também pode causar dificuldades à Promotoria. Mesmo que os criminosos portassem armas no momento em que foram dominados, como prova são requeridas impressões digitais nas armas.

Piratas raramente são julgados na Alemanha. Em geral, eles são levados a tribunal em países com os quais a Alemanha tem acordos judiciais, como o Quênia e a Tanzânia.

Instrumentos internacionais de perseguição à pirataria

Neste ano se registraram em todo o mundo 196 casos de pirataria, o que representa um retrocesso de 20% em relação ao ano passado, segundo aponta o mais recente relatório da polícia federal marítima da Alemanha.

No entanto, para a Associação Alemã de Direito Internacional Marítimo, isso não deve ser motivo de despreocupação. Afinal, no último ano, mais de mil marinheiros se tornaram reféns de piratas, uma situação sem precedentes até então. Os assaltos contra navios vêm aumentando sobretudo nas águas da Indonésia e ao sul da China.

Em Hamburgo também se localiza a sede do Tribunal Internacional de Direito do Mar das Nações Unidas, responsável por regulamentar disputas entre Estados, mas também entre pessoas, como capitães, por exemplo.

No entanto, os processos jurídicos não representam uma solução duradoura para o problema da pirataria, constata Mahmed Garani Kadham, da agência de notícias Irin, um serviço do escritório das Nações Unidas para coordenação de assuntos humanitários. "Não adianta lutar contra os piratas. Para cortar o mal pela raiz, é necessário solucionar os problemas nos países [de onde eles vêm]", argumenta.

Atalanta aumenta esfera de ação

Mesmo assim, o fenômeno da pirataria no litoral da África não deixa de mobilizar a comunidade internacional. As Nações Unidas promulgaram uma série de resoluções, com base nas quais a União Europeia (UE) criou a Força Naval Europeia para a Somália (EU Navfor), incumbida da operação Atalanta. Sua meta é proteger o tráfego naval internacional de ataques piratas nessa região e entregar criminosos eventualmente capturados às autoridades penais competentes.

A operação Atalanta reúne 1.800 militares da Marinha, navios de guerra e helicópteros provindos de oito países da UE e também da Noruega, Croácia, Montenegro e Ucrânia.

A ação militar conjunta visa proteger a navegação comercial e os carregamentos do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas nos mares do Chifre da África e nas regiões adjacentes ao Oceano Índico – uma área que corresponde à extensão do Mar Mediterrâneo.

Até julho de 2010, as unidades da marinha submetidas à Atalanta escoltaram 75 carregamentos de produtos alimentícios do programa da ONU, garantindo que 415 mil toneladas chegassem ao destino previsto. A frota militar internacional também protege transportes militares e fornece indicações de segurança a navios comerciais, podendo também escoltá-los.

Além disso, os navios de guerra da EU Navfor podem deter embarcações suspeitas, se preciso até com uso de violência, a fim de revistá-las, prender possíveis piratas e extraditá-los às autoridades competentes de algum país da União Europeia ou do Quênia.

De acordo com os órgãos internacionais de controle marítimo, mais da metade dos ataques piratas são liderados por somalis.

Pode ser que a diminuição dos casos de pirataria nos primeiros meses de 2010 se deva à presença militar internacional ou a uma mudança de estratégia dos piratas, que parecem estar se deslocando para áreas mais distantes do Oceano Índico. Paralelamente, a área de alcance da operação Atalanta – cujos custos anuais chegam a 8 milhões de euros – também foi ampliada de 3,5 milhões para 5 milhões de quilômetros quadrados.

Fonte: Deutsche Welle
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Piratas somalis capturam cargueiro grego com 24 a bordo

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Um cargueiro MV Eleni P da companhia grega Eurobulk Ltd., com 24 tripulantes a bordo, foi capturado nesta quarta-feira por piratas somalis, a 620 milhas marítimas do golfo de Áden. O navio, de bandeira liberiana, navegava da Ucrânia à China, por Cingapura.

Segundo o Ministério de Marinha Mercante grego, a tripulação é formada por dois gregos, o capitão e o chefe dos engenheiros, um ucraniano, um romeno e 20 tripulantes filipinos.

As autoridades gregas disseram que o navio transportava metal.

Um funcionário de segurança da Eurobulk, que não quis se identificar, disse à agência de notícias Reuters que dez pessoas invadiram o navio às 3h10 desta quarta-feira.

"Nós não temos nenhuma informação sobre a situação de segurança dos tripulantes", disse.

No último ano, vários navios gregos foram sequestrados por piratas somalis, que pedem grandes somas de dinheiro como resgate. Atualmente, 20 embarcações de vários países estão sob posse dos piratas somalis.

Sem governo efetivo desde 1991, a Somália se transformou em berço de piratas, que conseguem valores multimilionários pelos resgates.

Fonte: Folha
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terça-feira, 11 de maio de 2010

Rússia diz que piratas somalis que sequestraram petroleiro estariam mortos

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Os dez piratas somalis detidos durante a operação de resgate do petroleiro MV Moscow University e depois libertados não chegaram à costa e provavelmente estão mortos, informou nesta terça-feira um alto representante do Ministério da Defesa da Rússia.

"Segundo os últimos dados, os piratas não conseguiram chegar à costa. Ao que tudo indica, todos morreram", disse o oficial.

O Moscow University foi sequestrado no último dia 5, a cerca de 350 milhas do litoral de Socatra (Iêmen) quando se dirigia à China com uma carga de 86 mil toneladas de petróleo com valor superior a US$ 50 milhões. O barco levava 23 tripulantes a bordo.

Os piratas, detidos por infantes de marinha da fragata russa Marshal Shaposhnikov, foram transferidos a uma barca e libertados a 300 milhas do litoral, sem armas e equipamentos de navegação, informa a agência de notícias Ria Novosti.

O sinal do barco com os piratas desapareceu dos radares da fragata russa uma hora depois da libertação, disse o oficial, que não confirmou se a embarcação era uma das lanchas de assalto dos próprios sequestradores nem deu outros detalhes.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou no último dia 7 de maio, dia seguinte ao resgate do petroleiro pela fragata militar russa, sua decisão de libertar os piratas por conta das "deficiências das normas jurídicas internacionais".

O presidente da Associação de Direito Marítimo Internacional e juiz do Tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o tema, Anatoli Kolodkin, indicou então que o capitão de fragata que detém piratas tem direito a decidir se os entrega para ser julgados ou os liberta.

Durante o assalto do petroleiro pelos piratas e sua libertação pela fragata não houve feridos nem entre os militares russos nem entre os sequestrados, que se fecharam na sala de máquinas à espera da chegada da embarcação de guerra.

Após assegurar que os marinheiros estavam a salvo, a fragata abriu fogo com metralhadoras contra os piratas, matando um deles e ferindo vários outros. A seguir, os sequestradores foram rendidos por infantes de marinha, segundo a versão oficial.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Rússia envia fragata para resgatar marinheiros russos sequestrados

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A Rússia enviou a fragata Marshal Shaposhnikov para resgatar os 23 marinheiros russos do petroleiro de bandeira liberiana Moscow University, sequestrados nesta quarta-feira por piratas em frente ao litoral do Iêmen, informou o Ministério russo de Defesa.

"O Marshal Shaposhnikov se encaminha para prestar socorro à tripulação do petroleiro. Nosso navio deveria chegar à região onde está o Moscow University às 19h [16h em Brasília]", afirmou o ministério, citado pela agência de notícias Interfax.

Segundo a proprietária do petroleiro, Novoship, pertencente ao consórcio estatal Sovkomflot, nenhum marinheiro ficou ferido no ataque. "Segundo a última informação recebida do capitão, todos os membros da tripulação estão sãos. A carga também não sofreu danos", assinalou a companhia em comunicado.

Novoship confirmou que o Moscow University transportava 86 mil toneladas de petróleo à China, aonde deveria chegar no próximo dia 17 de maio.

O Ministério de Relações Exteriores disse que Moscou estuda pedir ajuda à União Europeia e à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para colaborar no resgate da tripulação russa.

O petroleiro foi sequestrado a 350 milhas do litoral de Socatra (Iêmen), segundo informou a força naval europeia Atalanta.

O ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, informou ao presidente russo, Dmitri Medvedev, comandante supremo das Forças Armadas, sobre o incidente no golfo de Áden e as medidas adotadas para resgatar aos marinheiros.

Fonte: EFE
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domingo, 2 de maio de 2010

Missão europeia afunda navio pirata no oceano Índico

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Uma embarcação de guerra francesa afundou um navio pirata e deteve nove suspeitos de ações de pirataria no oceano Índico, informa neste domingo a Navfor-Atalanta, a missão da UE (União Europeia) no golfo de Áden.

É o segundo dia consecutivo em que um navio francês da Atalanta afunda uma embarcação pirata. Ontem, a fragata "Tonnerre" foi responsável pela ação.

Segundo o comunicado divulgado hoje, um helicóptero da fragata "Lafayette" localizou um "grupo de ação pirata" composto por um "navio mãe" e um esquife no oceano Índico, entre Mogadíscio e as ilhas Seychelles.

Uma vez detectado, os suspeitos tentaram escapar e jogaram ferramentas no mar. O helicóptero precisou fazer disparos de aviso.

Para os responsáveis pela operação "Atalanta", as duas ações contra os piratas em 24 horas mostram um "excelente trabalho em equipe e a determinação de combate aos atos criminosos".

Fonte: Folha

Nota do Blog: Fragata Tonnerre???? Acho que confundiram as classes ou o nome da embarcação, pois pelo que conheço o Tonnerre é um LPD/LHD e não uma fragata como cita a notícia.

A foto que ilustra esta postagem é da Fragata LaFayette citada
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Piratas somalis sequestram navio panamenho com 21 tripulantes

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Piratas somalis capturaram nesta quarta-feira o cargueiro "Voc Daisy", de bandeira panamenha, com 21 tripulantes filipinos (que estão bem), a cerca de 190 milhas náuticas a sudeste de Omã, segundo confirmou o Programa de Assistência Marítima (PAM), com sede no porto queniano de Mombaça.

Andrew Mwangura, diretor do PAM, disse que os piratas ainda não exigiram resgate porque "demorarão entre um dia e meio e dois dias a chegar à costa da Somália".

"Quando chegarem, entrarão em contato com o proprietário da mercadoria e com o proprietário do navio e então revelarão suas exigências", explicou Mwangura à Efe.

A missão europeia EU NAVFOR "Atalanta", que patrulha as águas do golfo de Áden e do Índico para proteger navios comerciais de ataques piradas, também confirmou o sequestro em comunicado.

"O 'Voc Daisy' enviou sinal de alarme antes que quatro piratas, armados com três fuzis AK47 e um lança-granadas, invadiram o navio e cortaram suas linhas de comunicação", detalhou o comunicado da EU NAVFOR.



Com o de hoje, os piratas somalis têm em seu poder pelo menos 24 navios, com um mínimo de 405 pessoas sequestradas, segundo números da organização ambientalista Ecoterra, com sede em Nairóbi (Quênia) e que se dedica a vigiar a pesca ilegal e os atos de pirataria em águas do Índico e do golfo de Áden.

A Somália não conta com um Estado ou um governo efetivo desde 1991, quando o ditador Siad Barre foi derrubado, o que deu lugar um conflito entre diferentes clãs, senhores da guerra e milícias islamitas.

Na atualidade, o frágil governo federal de transição, apoiado pelos Estados Unidos, Europa e a ONU, está enfrentado diversas milícias radicais islâmicas que querem impor na Somália uma versão estrita da lei islâmica [sharia].

A situação de caos e miséria originada pelo conflito e a possibilidade de conseguir grandes quantidades de dinheiro mediante resgates levam jovens somalis e antigos pescadores a se dedicarem à pirataria, segundo especialistas da ONU e organizações marítimas.

Fonte: EFE
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