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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Grupo Leonardo investe na criação de polo tecnológico em Maricá

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Na tarde desta quarta-feira (12), o GBN Defense foi até o Aeroporto Laélio Baptista em Maricá, acompanhar um momento histórico à convite da gigante italiana do setor aeroespacial e de defesa, Leonardo, que junto com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), formam um ousado empreendimento com o estabelecimento da Joint Venture Leonardo & Codemar S.A, a qual terá a participação de 51% do grupo italiano e 49% pela Codemar, dando o ponta pé inicial para o município de Maricá se tornar um dos mais importantes Polos de tecnologia do Brasil, com destaque nos setores manutenção e serviços aeroespaciais, de comunicações e segurança, voltados ao mercado offshore. 

O evento ocorrido no Aeroporto Laélio Baptista em Maricá, contou com a presença do CEO da Leonardo, Lorenzo Mariani, o Presidente da Codemar, José Orlando Dias, o Prefeito de Maricá, Fabiano Horta, o Cônsul Geral Italiano no Rio de Janeiro, Paolo Miraglia Del Giudice, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues e o CEO da Telespazio, Marzio Laurenti, dentre outras autoridades e convidados.

Durante o evento foi realizada a assinatura do documento que prevê um investimento inicial na faixa dos 2 milhões de reais, com a criação de um centro de manutenção de aeronaves, bem como o centro de formação e qualificação de pilotos, empregando modernos sistemas de simulação. Toda essa infraestrutura será erguida nas futuras instalações da Leonardo no Aeroporto Municipal de Maricá (Aeroporto Laélio Baptista). Outra importante parceria que trará grande ganho na capacitação profissional e geração de empregos na região, diz respeito a implantação de uma unidade da FAETEC, rede de ensino técnico-profissionalizante, que segundo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, terá como objetivo a qualificação de técnicos para o setor de manutenção de aeronaves, atendendo a necessidade emergente por mão de obra qualificada, o que resultará na geração de milhares de postos de trabalho, contribuindo para o crescimento econômico do município.

Durante a cerimônia foi anunciado um acordo firmado entre a Telespazio e o Município de Maricá, que através da Codemar iniciam um revolucionário projeto no campo das comunicações, conforme anunciado pelo Prefeito Fabiano Horta e o CEO da Telespazio, Marzio Laurenti, que divulgaram a criação de um moderno Teleporto pela subsidiária do grupo Leonardo, o qual trará uma capacidade de transmissão de dados inédita na América Latina, contando com conjunto de 30 antenas interligadas à uma rede com mais de 800 satélites de órbita baixa, o que representa uma grande capacidade de transmissão de dados, atendendo as necessidades do setor de "Óleo e Gás" e demais setores, sendo compatível com a banda larga 5G.  

“Basicamente, a Telespazio irá disponibilizar serviços de banda larga numa dimensão que não existe hoje. Isso é absurdamente inovador, não há nada igual na América Latina. O sistema estará em operação até o fim do ano, oferecendo transmissões de baixa latência sobretudo para o setor de óleo e gás, que gera uma demanda enorme por esse serviço”, explicou Marzio Laurenti, CEO da Telespazio.

“Aqui se estabelece hoje uma dimensão de notório desenvolvimento e de imenso desafio. É um despertar de possibilidades para além da parceria, de desenvolvimento científico e tecnológico. O teleporto dá à cidade um protagonismo que ainda não há na América Latina”, disse Fabiano Horta.

Ainda de acordo com o CEO da Telespazio, o prazo de implantação está correndo rápido. “O sistema estará em operação até o fim do ano, oferecendo transmissões de baixa latência. Temos pressa para começar a implantação porque 60 desses satélites já foram lançados pela empresa americana que é nossa parceira nesse desenvolvimento”, acrescenta Marzio Laurenti.

O Município de Maricá passa a ganhar grande destaque, tornando-se um importante case para estudo, com a chegada da Leonardo e uma infraestrutura logística com capacidade de suprir as necessidade do setor de aviação offshore, em especial, irá tornar o município atrativo aos investidores, o inserindo na cadeia logística de um mercado que movimenta bilhões de dólares ao ano.  Ao passo que a Leonardo passa a contar com uma importante presença no continente, abrindo as perspectivas para prospecção de novos negócios na América Latina,  qual possui um mercado potencial em vários setores onde o Grupo Leonardo possui expertise e produtos que apresentam custo-benefício atraente, aliado a consagrada qualidade dos produtos do conglomerado italiano.

Nosso jornalista Valter Andrade esta preparando uma matéria especial sobre a Leonardo, onde você vai poder conhecer melhor a Leonardo e um pouco sobre seu histórico e alguns de seus produtos e serviços.


GBN Defense  - A informação começa aqui

Fotos e texto: Angelo Nicolaci


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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dilma comemora resultado do leilão de Libra e diz que não é privatização

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A presidenta Dilma Rousseff disse há pouco que o leilão da exploração do pré-sal no Campo de Libra, na Bacia de Santos, foi um sucesso e que não pode ser confundido com privatização. Em pronunciamento na rede nacional de rádio e TV, a presidenta declarou que há “equilíbrio justo” entre os interesses do Estado e das empresas que vão explorar e produzir o petróleo.
 
“Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização. As empresas privadas parceiras também serão beneficiadas, pois ao produzir essa riqueza vão obter lucros significativos, compatíveis com o risco assumido e com os investimentos que estarão realizando no país”, disse
Segundo Dilma Rousseff, o leilão representa um marco na história do Brasil. “Seu sucesso vai se repetir, com certeza, nas futuras licitações do pré-sal. Começamos a transformar uma riqueza finita, que é o petróleo, em um tesouro indestrutível que é a educação de alta qualidade”, declarou a presidenta, em referência à aprovação dos 75% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. "Em uma década Libra pode representar sozinho 67% de toda a produção atual de petróleo do Brasil", acrescentou.
Após a oferta do leilão, um consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC e a Petrobras – venceu a disputa. Dos 70% arrematados pelo consórcio, 20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a Cnooc têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já tinha garantidos 30%.
Segundo Dilma, “o sucesso do leilão” vai permitir que sejam repassados à União R$ 270 bilhões em royalties, R$ 736 bilhões a título de excedente de óleo sob o regime de partilha e R$ 15 bilhões como bônus da assinatura do contrato. “Isso alcança um fabuloso montante de mais de R$ 1 trilhão”, ressaltou.
A presidenta da República defendeu também a aplicação correta dos recursos para que seja garantida uma “pequena revolução, benéfica e transformadora”, no Brasil. Segundo ela, a exploração do Campo de Libra possibilitará a geração de milhões de empregos e o desenvolvimento industrial e tecnológico do parque naval e da indústria de fornecedores e prestadores brasileira.
Os benefícios trazidos pela exploração também estão no campo da balança comercial brasileira, que, de acordo com Dilma, aumentará em decorrência da elevação das exportações por meio do acréscimo do volume de óleo produzido.
Segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, o contrato de partilha será assinado dentro de um mês.
 
Manifestação contra o leilão de Libra termina sem incidentes no centro do Rio
 
Um grupo de pessoas fez uma passeata contra o leilão do Campo de Libra hoje (21) no centro do Rio. Acompanhado de forte aparato policial, sindicalistas, integrantes de partidos políticos e movimentos sociais seguiram da Igreja da Candelária até a sede da Petrobras, na Avenida Chile.
O prédio estava cercado por policiais militares e os manifestantes se juntaram ao acampamento de petroleiros em greve, montado na passarela entre as sedes da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). A todo momento, a polícia revistava os manifestantes. Quando isso ocorria, um grupo de jovens cantava: "Não adianta me revistar, é o Amarildo que você tem que achar".
Com gritos de ordem contra o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, o leilão do petróleo e a Polícia Militar, a passeata transcorreu tranquilamente e começou a dispersar por volta de 19h30, mas o trânsito na Avenida Chile continua interrompido.
 
Fonte: Agência Brasil
 
Nota do GBN: Qual a sua opinião amigo leitor sobre esse leilão?
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domingo, 13 de outubro de 2013

Conheça as três semiestatais chinesas que estarão no leilão do dia 21

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Há uma grande expectativa para o leilão do pré-sal no dia 21, já que o número de empresas inscritas para a disputa ficou bem abaixo do esperado. Além disso, gigantes como Chevron e BP preferiram ficar de fora da 1ª Rodada. São 11 as empresas que vão participar. Entre elas, três semiestatais chinesas desconhecidas para a maioria dos brasileiros. A CNPC, a CNOOC e a Sinopec são resultado do processo de reforma do setor petrolífero da China, nos anos 80. No começo, a CNPC se especializou em exploração onshore, ou seja, com a perfuração realizada em terra, a CNOOC em offshore, perfuração em solo marítimo, e a Sinopec em refino.
 
Fundada em 1988, a CNPC é a maior produtora e fornecedora de óleo e gás da China e está presente em quase 70 países. Ela aparece como a 5º maior empresa do mundo em pesquisa da Fortune desse ano. Sua intenção em estreitar as relações com a América Latina não é segredo: no site, o presidente, Zhou Jiping diz que a aliança resultou em conquistas impressionantes. "Em outubro de 1993, a CNPC começou sua atuação no Peru. (...) Ao longo das últimas duas décadas, temos assistido a um progresso constante. Como prova, visitei a Venezuela, o Peru e o Equador muitas vezes, estabelecendo parceria e amizade com os governos locais", ele diz. Há quase 3 anos, a Baoji Oilfield Machinery Co Ltd, subsidiária da CNPC, estabeleceu uma parceria com as brasileiras Brasil China Petróleo e Asperbras. Juntas, fabricam equipamentos ligados ao setor petrolífero. A chinesa fica com 34% do capital, e as brasileiras com 33%. Em 1999, as atividades foram dividadas em uma nova empresa, a PetroChina. Subsidiária da CNPC, foi considerada, em 2010, a que possui o maior valor de mercado pela Ernst and Young, com números em torno de US$ 353,2 bilhões.
 
A CNOOC é gigante chinesa fundada em 1982 e responsável, principalmente, pela produção offshore, que lhe garante o posto de maior produtora de petróleo em perfuração de solo marinho no país. Seu acionista majoritário é o governo da China, que detém 70% da empresa, o que a coloca no posto de semiestatal. Por conta disso, a empresa assume 51% de qualquer exploração em alto mar realizada na China, sem custos adicionais. Em 2005, a CNOOC tentou comprar a petrolífera americana Unocal Corporation. A oferta de US$ 18,5 bilhões não chegou a se concretizar por bloqueio dos Estados Unidos, que justificou ter razões de "Segurança Nacional". Seus ativos totais alcançam, aproximadamente, US$ 75 bilhões. No leilão, CNOOC e CNPC deverão estar em um mesmo consórcio para disputar, já o controlador é o mesmo: o governo chinês.
 
Em 2004, a Sinopec iniciou suas atividades no Brasil, quando assinou um contrato de cooperação estratégica com a Petrobrás. No leilão, marca seu lugar através de outras empresas. Ela participa dos capitais da Petrogal, petroleira de Portugal, e da Repsol Sinopec Brasil, da Repsol Espanha. Ela não se encaixa no mesmo caso das chinesas que precisarão participar de um único consórcio porque a Sinopec não é a controladora das que participam do leilão. Em 2012, ela foi eleita pela Forbes a quinta maior empresa do mundo.
 
O LEILÃO NO CAMPO DE LIBRA
 
O leilão do Campo de Libra é muito esperado, já que as regiões do pré-sal guardam grandes quantidades de petróleo em águas profundas. Estima-se que o óleo esteja de 5 a 7 mil metros abaixo do nível do mar, o que dificulta e encarece a exploração. Os números assustam: segundo a ANP, o campo poderá render R$ 900 bilhões para o Brasil em 30 anos. Pela lei, 75% dos royalties do petróleo serão destinados para a educação. Em seu auge, Libra será capaz de produzir um milhão de barris de petróleo por dia, o que corresponde à metade da produção anual no país inteiro. No total, a expectativa é de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis na área.
 
A disputa funcionará sob o regime de partilha da produção para as áreas do polígono do pré-sal, enquanto o restante das bacias sedimentares atua pelo regime de concessões. Isso quer dizer que qualquer bloco leiloado na região de de águas profundas a União e a empresa vencedora partilham a produção. Dessa forma, a Petrobrás tem participação mínima de 30% no contrato, como operadora da área, qualquer que seja a oferta vencedora. Nesse leilão, apenas um bloco está em jogo, com 12 a 18 plataformas.
 
Para fazer ofertas no dia, as 11 empresas precisam apresentar a "garantia de oferta" (no caso de Libra, R$ 156 milhões). A previsão é de que a produção se inicie 5 anos após a assinatura do contrato.
 
Fonte: JB On Line
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Duas visões: O modelo de exploração do pré-sal é bom para o Brasil?

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A ausência de várias gigantes do setor petrolífero no leilão do campo de Libra abriu um debate sobre o modelo adotado pelo Brasil em 2010 para explorar o pré-sal.
 
O leilão, previsto para 21 de outubro, será o primeiro realizado sob vigência do novo modelo, que substituiu o regime de concessões pelo regime de produção partilhada e muitas análises atribuíram seu esvaziamento a um suposto "excesso de regras e de participação estatal" nesse novo sistema.
Se as estimativas oficiais estiverem corretas, Libra é a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil e, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), poderia produzir em dez anos até um milhão de barris diários - metade de toda a atual produção brasileira.
As britânicas British Petroleum e British Gas e as americanas ExxonMobil e Chevron, porém, decidiram não se inscrever para participar do leilão.
Além disso, apenas 11 empresas ou consórcios se mostraram interessados em fazer ofertas pelo direito de explorar a área, enquanto a ANP esperava até 40 interessados.
Afinal, o novo modelo de exploração do pré-sal é bom para o Brasil? Até que ponto ele foi mesmo responsável pelo esvaziamento do leilão?
A BBC ouviu dois especialistas com pontos de vista opostos sobre esse tema:
 
Francisco Lopreato, professor do departamento de economia da Universidade de Campinas (Unicamp)
Para Lopreato, o novo regime permite que os recursos do pré-sal tenham um papel central no desenvolvimento do país no futuro.
 
Ele foi adotado em 2010 com o objetivo de direcionar uma fatia maior de tais recursos para os cofres públicos.
"Esses são recursos que poderão ser aplicados em educação e saúde. Assegurar que eles estarão a disposição dos brasileiros era uma oportunidade ímpar que não poderíamos perder", diz Lopreato.
Segundo o economista, o que justificaria a mudança do regime de concessão para o regime de produção partilhada é o fato de o pré-sal ser uma área de exploração de baixo risco.
"Faz sentido adotar um regime de concessão em uma área em que, apesar de terem sido feitos estudos geológicos, ainda há algum grau de dúvida sobre o potencial das reservas", afirma o professor.
"No caso do pré-sal, porém, todas as áreas parecem estar mapeadas e atividades de exploração preliminar têm mostrado que o risco é muito baixo: a única dúvida é se a vazão do petróleo será boa ou ótima."
Para Lopreato, é difícil estabelecer se o desinteresse da BP, da British Gas, da Chevron e da ExxonMobil pelo leilão de Libra teve mesmo como causa uma resistência ao modelo de produção partilhada ou mesmo a percepção de que há um "excesso de intervencionismo estatal" no novo regime.
Ele ressalta que outras empresas - como a francesa Total e a Shell - não parecem ter visto grandes problemas no novo modelo e nenhuma das "desistentes" se pronunciou oficialmente sobre o tema.
"Muitos fatores podem ter influenciado a decisão dessas petrolíferas em não participar do leilão. Investir no campo de Libra pressupõe um esforço financeiro gigantesco e pode ser que elas já estivessem com seus recursos muito comprometidos com outros projetos, por exemplo."
Apesar de defender o novo modelo, o professor faz a ressalva de que também há riscos importantes a serem evitados durante sua implementação.
Ele lembra que a obrigatoriedade de a Petrobras estar presente em todos os projetos, com uma participação de 30%, exigirá da empresa a mobilização de muitos recursos: "Nesse contexto, comprometer os recursos da empresa com uma política para segurar os preços da gasolina pode ser complicado."
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)
Para Pires, Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, as novas regras tendem a afastar grandes empresas privadas, com larga experiência no setor, e atrair petrolíferas estatais.
Elas teriam sido ao menos parcialmente responsáveis pelo esvaziamento do leilão de Libra - que criaria um cenário de menos competição pela área.
De fato, das 11 empresas que se registraram para o leilão, seis são controladas pelo Estado, com destaque para as chinesas (a CNOOC e a China National Petroleum vão concorrer sozinhas, e a Sinopec concorrerá em associação com a espanhola Repsol).
Além disso, entre as cinco privadas, apenas duas estão entre as maiores do setor: a francesa Total e a anglo-holandesa Shell.
Segundo Pires, o interesse das empresas privadas tende a ser menor dentro do novo modelo porque, para elas, o lucro seria um fator de suma importância e há incertezas sobre as condições para se obter retorno do projeto. Já as estatais - como as chinesas - também estariam interessadas em garantir acesso às reservas de petróleo.
Para o especialista, o novo modelo de exploração do pré-sal pecaria pelo excesso de intervencionismo e participação do governo e entes estatais.
"A Petrobras é monopolista na operação do campo, e a exigência de que o projeto tenha uma determinada porcentagem de conteúdo nacional (que use bens e serviços produzidos no país) também pode afastar investidores", diz.
Além disso, Pires acredita que o modelo é contraproducente pela mensagem que passa ao mercado.
"A impressão que se tem é que o governo está estendendo a mão para o capital privado não por convicção, mas por pura necessidade, já que não pode explorar essas reservas sozinho e precisa dos investimentos das empresas para reativar a economia", afirma. "Os investidores não estão seguros de que não poderá haver uma mudança de regras no futuro, por exemplo."

Produção partilhada vs concessões

Uma diferença básica entre o regime de concessões e o de produção partilhada é que, no primeiro, as petrolíferas são donas do petróleo produzido, remunerando o Estado por meio de royalties e de um bônus de assinatura (pagamento feito ao assinar o contrato). Já no segundo, além de o Estado receber os royalties e bônus de assinatura, também é dono da produção.
No modelo adotado pelo Brasil em 2010, a Petrobras tem uma parcela de 30% em todos os projetos do pré-sal e só os outros 70% é que vão a leilão. Além disso, a petrolífera brasileira também é a "operadora" dos campos, o que lhe dá mais controle sobre o ritmo de produção.
As empresas entregam a produção ao Estado depois de descontar os custos e recebem em troca parte de seu excedente de produção. Essa parcela pode variar e, no leilão, a petrolífera vencedora será a que oferecer uma maior fatia ao Estado.
 
No novo modelo também foram incluídos requerimentos sobre o conteúdo nacional dos projetos. O percentual mínimo de componentes brasileiros usados na operação tem de ser de 37% na fase de exploração, 55% na fase de desenvolvimento até 2021 e 59% depois desse ano.
 
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Guarda Costeira russa faz disparos e prisões durante protesto do Greenpeace

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A Guarda Costeira russa fez disparos de advertência e deteve dois ativistas do Greenpeace que escalaram uma plataforma petrolífera no Ártico durante um protesto. A plataforma de Prirazlomnaya, pertencente à estatal Gazprom, deveria ter começado a funcionar no ano passado, mas a inauguração foi adiada para este ano após outros protestos ambientais. A Gazprom alegou "razões técnicas".
Esse é o primeiro projeto desse tipo da Rússia no mar de Barents, que é parte do oceano Ártico, onde se estima que fiquem 13% das reservas petrolíferas não descobertas do planeta, e 30% das reservas de gás não descobertas. Ainda há divergências sobre a viabilidade econômica e a segurança ambiental da exploração.
Os ativistas detidos estavam a bordo do navio quebra-gelo Arctic Sunrise, do Greenpeace. Depois que eles escalaram a plataforma, um navio da Guarda Costeira fez os disparos para obrigar o barco a se afastar da base da plataforma.
Antes da retirada, fotógrafos do Greenpeace mostraram um grupo de embarcações - os da Guarda Costeira e os botes infláveis do Arctic Sunrise - disputando posição na base da plataforma.
Em nota, o Serviço Federal de Segurança da Rússia disse que a Guarda Costeira fez quatro disparos de advertência para afastar o barco dos ativistas. O Greenpeace disse que houve ameaças de disparos diretos contra o seu navio.
O grupo, que disse ter mobilizado outras quatro embarcações na operação, afirmou que "apesar do enorme financiamento para Prirazlomnaya, (a Rússia) não é capaz de garantir a produção segura de petróleo no Ártico".
A Gazprom e a Gazprom Neft, braço petrolífero da estatal gasífera, não quiseram comentar o assunto.
Grandes empresas globais do setor, como Exxon, Eni e Statoil, estão associadas à estatal russa Rosneft para explorar hidrocarbonetos no Ártico. A maioria desses projetos deve começar a produzir na próxima década, e eles são vistos como cruciais para manter a produção de 10 milhões de barris diários da Rússia, maior produtor mundial de gás e petróleo.
Ativistas ambientais temem o impacto dessa atividade sobre os frágeis ecossistemas árticos, e como seria o eventual trabalho de recuperação em caso de vazamento num local tão remoto.
 
Fonte: Reuters
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Espionagem? Pré-sal do Brasil vale hoje R$ 20 trilhões

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O pré-sal do Brasil teria reservas de, no mínimo, 70 bilhões de barris de petróleo. Pode ter até 80 bilhões de barris, segundo estimativa de quem é muito do ramo. Isso, a preços do momento, significa uns 8 trilhões e 800 bilhões de dólares. Ou algo como 20 trilhões e 400 bilhões de reais.
 
Vinte trilhões e 400 bilhões de reais equivalem a uns 5 PIBs do Brasil. Cinco vezes tudo o que o Brasil produz a cada ano.
 
Por algo que vale US$ 8 trilhões e 800 bilhões, Estados Unidos, Inglaterra, as chamadas grandes potências fariam, farão qualquer coisa.
 
Espionaram e espionarão o que entenderem ser preciso. Na moita, ou com a colaboração da própria Polícia Federal, espionaram abertamente o Brasil até o início dos anos 2000. Na marra, fazem e admitem fazer agora.
 
Isso é absolutamente inaceitável. Por aqui, por ignorância profunda, acentuado complexo de vira-lata, ingenuidade ou boçalidade, há quem diga ser desimportante a ciberespionagem. Ou ache que "isso é assim mesmo".
 
Não é. Na Alemanha, em porções da Europa, esse é um importante debate travado nestes dias. O parâmetro da privacidade de cada um de nós daqui por diante dependerá da reação, ou da tibieza nas reações, a essa espionagem em escala quase absoluta.
 
Com reservas estimadas em US$ 8 trilhões e 800 bilhões, a preços de hoje, Petrobras e pré-sal têm sido objeto de opiniões na mídia nas 48 últimas horas. Opiniões nos mesmos dias e quase sempre na mesma direção.
 
O leilão do campo de Libra, de Santos, está previsto para 21 de outubro. O governo ensaia a formação de um consórcio com a chinesa Sinopec, entre outros parceiros. Consórcio que aumentaria a presença da Petrobras no negócio.
 
O que está posto é, em resumo, um debate que agora concentra duas posições: de um lado os que defendem a Petrobras ampliando ao máximo sua presença no negócio do pré-sal. Na outra ponta, os que preferem a participação maior do setor privado. A estes, no momento, o que resta é defender, torcer para um adiamento do leilão do campo de Libra.
 
Quem entende de Petrobras avalia ser improvável que todo o sistema de defesa tenha sido quebrado e a espionagem tenha chegado até as informações mais sensíveis do pré-sal. Mas, ao mesmo tempo, considera a mera tentativa uma brutal agressão norte-americana.
 
Não se pode falar em "deslealdade" porque isso seria ingênuo num jogo de poder e de trilhões de dólares. O presidente Barack Obama prometeu à presidente Dilma Rousseff transparência total nas informações sobre ciberespionagem. Isso até a quarta-feira, 11.
 
É ver para crer. E aguardar, a depender do desenrolar, se as agendas serão mantidas. O leilão do campo de Libra, marcado para 21 de outubro. E a visita de Dilma aos Estados Unidos, e a Obama, agendada para dois dias depois do anunciado leilão.
 
Fonte: Terra via Hangar do Vinna
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões este ano, diz Lobão

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira que a Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões neste ano. A afirmação foi feita em resposta a jornalistas que questionavam se a ausência de reajustes dos combustíveis não poderia comprometer os investimentos da petroleira.
“Esse argumento de que a Petrobras tem seus investimentos comprometidos é antigo, e ela nunca deixou de fazer seus investimentos. Este ano, a Petrobras vai ter lucro de mais de R$ 20 bilhões. Ela vai cumprir rigorosamente com seu cronograma de investimentos”, afirmou o ministro, ao chegar ao evento Brazil Windpower.
 
Em 2012, a estatal registrou lucro líquido de R$ 21,2 bilhões, após um rrecuou 36% na comparação com 2011. E a receita, na mesma base de comparação subiu 14%, para R$ 281,4 bilhões.
 
Reajuste
 
Lobão também afirmou hoje que “não se cogita neste momento” o reajuste dos preços de combustíveis para este ano. Segundo ele, a Petrobras “sempre pede” ajustes nos preços.
 
“Os preços não estão alinhados, ela quer alinhar”, afirmou o ministro. “É papel dela [a Petrobras] pedir.” Segundo o ministro, o não alinhamento dos preços não compromete os investimentos da Petrobras.
 
Lobão afirmou que o governo olha com cuidado os pedidos feitos pela Petrobras, mas destacou que também é preciso analisar a situação econômica do país.

Fonte: Valor Economico
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terça-feira, 19 de março de 2013

Pré-sal deverá representar metade da produção da Petrobras em 2020

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Após a queda da produção de petróleo em 2012, a Petrobras se mostra, em seu novo plano de negócios, otimista com o aumento da extração de óleo nos próximos anos.
 
A estatal projeta produção de óleo em campos brasileiros de 2,75 milhões de barris/dia em 2017 --último ano de vigência do plano 2013 a 2017. Já para 2020, a projeção aponta para 4,2 milhões de barris/dia.
 
"A configuração dessa curva [de aumento da produção] vem sendo exaustivamente planejada e executada", disse Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, durante apresentação do plano a analistas na manhã desta terça-feira.
 
Do total previsto para 2017, 42% devem vir do pré-sal e dos campos da cessão onerosa (recebidos da União durante o processo de capitalização da companhia).
 
Atualmente, o pré-sal corresponde a uma produção de 300 mil barris/dia. A nova província exploratória representou 7% da produção da Petrobras no ano passado --o percentual foi de 5% em 2011. Para 2020, a previsão é que seja extraído dos campos pré-sal metade do óleo da companhia.
 
A presidente da companhia, Maria das Graças Foster, disse que a produção do pré-sal é "uma realidade", com o menor tempo de perfuração de poços (eram 130 dias; agora são 70, em média) e a "ótima" produtividade de poço, alguns com a extração diária de até 30 mil barris.
 
A executiva disse que a empresa tem "muita convicção da materialidade dessa curva de aumento da produção de óleo" diante da entrada de novos projetos.
 
Para 2013, porém, a produção deve ficar estagnada em 2 milhões de barris/dia, apesar da entrada em operação de sete novas plataformas. Essas unidades, porém, vão aumentar a produção gradualmente e o maior impacto virá em 2014.
 
Foster disse que a execução dos investimentos em 2013 foi "a melhor da história da companhia", com R$ 84,1 bilhões e avanço físico de 104% do previsto.
 
Um exemplo, diz, é a refinaria Abreu e Lima (PE), cujo avanço físico subiu para 71% com desembolsos US$ 11,7 bilhões. A previsão é investir US$ 17 bilhões e iniciar a produção em novembro de 2014 numa primeira etapa e em março de 2015 na segunda fase.
 
Fonte Folha
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Congresso marca votação de royalties para antes do Orçamento

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Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), acertaram que a votação do veto sobre royalties do petróleo será realizada antes da decisão sobre o Orçamento de 2013. A sessão do Congresso para debater os dois temas foi convocada para a noite da próxima terça-feira, dia 5 de março.
 
Apesar de a bancada do Rio de Janeiro já preparar uma ofensiva para tentar retardar ao máximo a votação do veto, Alves acredita ser possível votar os dois temas na mesma semana. "Sou otimista, acho que vai ser uma votação simples", disse.
 
Renan Calheiros justificou a decisão argumentando que o processo legislativo não pode ficar pela metade e já foi aprovada urgência para votação do veto sobre os royalties. Ele afirmou que somente após resolver esses dois temas a Casa irá se debruçar sobre o estoque de mais de 3 mil vetos que aguardam votação. O presidente do Senado, porém, afirmou que quase a metade deles estão prejudicados porque as leis foram substituídas por outras normas, e, portanto, não precisariam ser votados.
 
O veto que será colocado em votação foi feito pela presidente Dilma Rousseff para evitar uma mudança na distribuição dos royalties que alterasse as regras para os campos já licitados. A medida protegeu Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados produtores, que teriam suas receitas congeladas em volumes semelhantes aos obtidos em 2010. Se o veto for derrubado, os recursos passariam a ser divididos por critérios que aumentariam a receita dos outros estados e municípios.
 
Fonte: Estadão
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos

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Poço batizado de Florim tem 2.009 metros de profundidade, abaixo do pré sal
 
A Petrobras informou nesta quarta-feira que descobriu petróleo no sexto poço perfurado após a assinatura do contrato de Cessão Onerosa, na área denominada Florim, no pré-sal da Bacia de Santos.
Batizado informalmente como Florim, o poço localiza-se em profundidade de 2.009 metros, a uma distância de 206 km da costa do Estado do Rio de Janeiro e comprovou a existência de petróleo de boa qualidade (29º API), em reservatórios carbonáticos de excelente qualidade situados logo abaixo da camada de sal.
 
O poço ainda está sendo perfurado, tendo chegado, até agora, à profundidade de 5.498 metros. A perfuração prosseguirá até o nível previsto no contrato de Cessão Onerosa, que é de aproximadamente 6.100 metros.
 
Concluída a perfuração, será feito um teste de formação para avaliar a produtividade dos reservatórios, de acordo com as atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do Contrato de Cessão Onerosa. Pelo contrato, a fase exploratória deverá terminar até setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.
 
Fonte: JB On Line
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Petrobras volta a investir na Bolívia 7 anos após 'perder' refinarias no país

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A Petrobras venceu uma licitação para explorar um campo de produção de gás na Bolívia, no Departamento (Estado) de Santa Cruz, região que abriga as maiores reservas de gás natural do país. A informação foi divulgada em reportagem do jornal "Valor Econômico" nesta sexta-feira (1).
 
O investimento da estatal brasileira ocorre quase sete anos depois de o presidente boliviano, Evo Morales, determinar a estatização dos ativos da empresa no país. Em maio de 2006, Morales anunciou a estatização de todo o setor de hidrocarbonetos boliviano, cumprindo uma promessa eleitoral. A Petrobras teve as refinarias expropriadas e passou a pagar royalties maiores pelo gás que explora no país.
A exploração do novo campo vai ocorrer por meio de um contrato de prestação de serviços com a estatal boliviana YPFB, e os trabalhos no local podem começar no segundo semestre deste ano. A estatal não divulgou o valor do investimento previsto ou o tamanho das reservas.
Segundo o "Valor", uma preocupação do governo é que a produção nas jazidas hoje operadas pela Petrobras na Bolívia deve começar a declinar a partir de 2017.
A procura por novas reservas é estratégica para o Brasil, frente aos seguidos recordes na demanda por gás no país, segundo a reportagem. Em novembro, o Brasil demandou 70,9 milhões de metros cúbicos diários, alta de 41,5% em relação ao mesmo período de 2011, por conta do acionamento das termelétricas, devido ao baixo nível dos reservatórios. De janeiro a novembro, a alta foi de 18,2%.
O contrato entre Petrobras e YPFB prevê a exportação de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil, através do gasoduto Brasil-Bolívia, diz a reportagem.
 
A Bolívia tem no Brasil seu principal cliente no mercado de gás. No ano passado, as exportações de gás da Bolívia somaram US$ 5,741 bilhões, sendo 75% desse valor ao Brasil. O gás é um produto essencial para a balança comercial do país vizinho, representando 48,8% de suas exportações.
 
Fonte: Valor Econõmico
 
Nota do GPB: Realmente o Brasil é um mãe... Sete anos após se apropriarem dos bens da Petrobrás lá na Bolívia, um prejuízo enorme ao Brasil que investiu bilhões naquele país, agora assistimos á uma reedição do filme.
 
Acho na minha concepção que a Petrobrás não deveria por um bom tempo adentrar aquele mercado, e o governo brasileiro não deu uma resposta apropriada aquele contento, mas fazer o que se aqui a memória é de peixe?
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os desafios da Petrobras para se manter na liderança regional

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Na lista dos problemas domésticos citados pelos analistas, estão desde as perdas registradas recentemente pela petrolífera até o aumento da interferência política por parte do governo.

Maior empresa brasileira, a Petrobras tem sofrido com a queda no valor de suas ações a tal ponto de ter perdido neste mês o posto de maior empresa latino-americana em valor de mercado para a petrolífera colombiana Ecopetrol, segundo informou a consultoria Economática.

Para analistas, a variação negativa no preço dos papéis da companhia refletem um pessimismo do mercado sobre a atual condução do modelo de negócios da estatal brasileira.

Segundo eles, os custos operacionais aumentaram quando a empresa decidiu não repassar ao consumidor a alta no preço dos combustíveis, resultado da apreciação do dólar no exterior, seguindo uma política do governo de controle da inflação.

Além disso, na opinião dos especialistas, a companhia teria sofrido outro baque com a recente desvalorização do câmbio, uma vez que suas dívidas na moeda americana acabaram aumentando.

Como resultado, nos três primeiros meses deste ano, o lucro da Petrobras caiu 16% em relação a igual período do ano anterior, segundo o balanço divulgado pela companhia.

Pré-sal

Especialistas dizem que o maior desafio da estatal será cumprir as metas estabelecidas, entre as quais dobrar a capacidade de produção até 2020, para 6 milhões de barris por dia.

Para isso, dizem, a empresa conta com o início da exploração comercial na camada pré-sal, localizada a mais de 6 mil metros de profundidade e a 300 quilômetros da costa brasileira.

Segundo o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), foi a partir do descobrimento das reservas que, paradoxalmente, os grandes problemas e desafios da Petrobras surgiram.

“A partir de 2007, com o anúncio do pré-sal, o modelo não foi mais exportável”, disse. “A Petrobras passou a ser uma empresa que se voltou novamente para o mercado interno e o próprio Estado brasileiro se tornou mais intervencionista”, acrescentou.

Anunciadas com pompa pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as grandes reservas do pré-sal são estimadas em, pelo menos, 50 bilhões de barris de petróleo, o que poderia elevar o Brasil à condição de um dos cinco maiores produtores de petróleo do mundo na próxima década.

Por outro lado, há um longo caminho até explorá-lo comercialmente, afirmam os especialistas ouvidos pela BBC.

Além da barreira geológica, composta por grossas camadas de rocha e sal, serão necessários vultosos investimentos para retirar o petróleo do fundo do mar.

Para atingir tal objetivo, a Petrobras realizou em 2010 uma venda de ações de US$ 67 bilhões (R$ 134 bilhões), considerada na ocasião a maior ampliação de capital da história.

Liderança

Embora ainda tenha imensos desafios pela frente, a Petrobras continua bem avaliada por alguns analistas e governantes latino-americanos, ora por sua importância ora por sua trajetória de sucesso quando comparada a outras empresas estatais da região.

Além disso, com a descoberta do pré-sal, as perspectivas sobre o desempenho da petrolífera tendem a ser mais otimistas.

O êxito da estatal brasileira foi um dos recursos utilizados pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, para nacionalizar, no mês passado, a petrolífera YPF, então sob o controle da espanhola Repsol.

Mais recentemente, a candidata à Presidência do México Josefina Vázquez, do governista Partido de Ação Nacional (PAN), lembrou que a Petrobras é um “modelo muito inspirador” para a petrolífera mexicana Pemex.

“(A Petrobras) tem sido um exemplo muito importante de como uma empresa deficitária (…), vulnerável e debilitada se tornou uma instituição sólida”, disse dias atrás.

Segundo Tony Volpon, analista do banco de investimento Nomura Securities, “como qualquer empresa petrolífera estatal, a Petrobras alinha suas metas com as necessidades do desenvolvimento do país”, disse à BBC.

“Mas isso não é necessariamente destrutivo do ponto de vista do valor acionário”, acrescentou. “Em geral, acredito que a Petrobras continua sendo uma companhia bem administrada e líder em seu segmento, além de permanecer na dianteira ao construir uma cadeia de produção e distribuição em torno das reservas do pré-sal”, afirmou.

Histórico

Criada em 1953 como um monopólio estatal durante o governo de Getúlio Vargas, a Petrobras atravessou ao longo de sua história períodos de altos e baixos, assim como importantes transformações.

Um das principais mudanças ocorreu com a lei de 1997, promulgada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, que acabou com o monopólio da estatal afim de atrair investimentos privados para o mercado de hidrocarbonetos no Brasil.

O fim do monopólio representou uma virada histórica para a companhia, que conseguiu se internacionalizar e ser alçada ao topo da lista das empresas latino-americanas.

“Essa lei transformou a Petrobras num caso de sucesso”, disse Adriano Pires.

Ainda que sempre tenha se mantido sob controle estatal, a Petrobras abriu seu capital ao mercado e se expandiu. Atualmente, suas ações são negociadas nas Bolsas de São Paulo e Nova York e a empresa está presente em 24 países de cinco continentes.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Rio caminha nos próximos quatro dias para perder royalties do petróleo

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De acordo com informações dos bastidores do Senado, o presidente da Casa, José Sarney, decidiu não criar uma comissão para analisar a questão da distribuição dos royalties do petróleo entre estados produtores e não produtores. O assunto deve ser colocado em votação nos próximos dias. 
A decisão de Sarney contraria as reivindicações dos parlamentares dos estados produtores, liderados pelos senadores do Rio de Janeiro Lindbergh Faria (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Francisco Dornelles (PP). A atitude do ex-presidente teria sido motivada por uma intensa pressão por parte dos governadores dos estados não produtores, que querem se apropriar daquilo que não é deles. 
Na próxima semana, senadores contrários aos direitos do Rio de Janeiro devem tentar encontrar uma brecha na pauta do Senado para conseguir votar o tema ainda no começo do mês de março.
A votação deve ser tratada como prioridade, sendo votada antes mesmo do aumento do piso dos professores, outro assunto de grande repercussão na mídia. 

O Jornal do Brasil espera que haja uma mobilização em  todo o estado contra esta apropriação dos nossos direitos. O JB informa que o movimento correto em defesa dos nossos interesses é o caminho da Justiça, batendo às portas do Supremo Tribunal Federal (STF). 
O JB informa ainda que convidou dois grandes escritórios de advocacia para, em nome de nossa população, acionarem o Judiciário

Fonte: JB On Line
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Militares dizem que investimento em defesa é fundamental na era do pré-sal

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O fortalecimento do poder naval brasileiro, com o objetivo de garantir a soberania nacional sobre riquezas como as reservas de petróleo, exigirá investimentos de R$ 223,5 bilhões até 2030. Os números foram apresentados pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça, em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), ontem.

Até 2030, disse o almirante, será necessária a aquisição de 20 submarinos convencionais e de seis nucleares, entre outras embarcações, além da constituição de uma segunda esquadra a ser sediada em um estado ainda não definido das regiões Norte ou Nordeste. Com o investimento previsto, explicou, será possível desenvolver os mais importantes projetos da Marinha, como o programa nuclear.

— Não é megalomania. A estratégia de dissuasão é prioritária em tempos de paz e a melhor forma de se evitar conflito armado — afirmou Mendonça durante o painel "Pré-Sal: papel das Forças Armadas na defesa do patrimônio e alocação de recursos para essa finalidade", parte do terceiro ciclo do conjunto de debates promovido pela comissão a respeito dos rumos da política externa brasileira.

Na abertura da audiência, presidida por Cristovam Buarque (PDT-DF) e que contou com a presença de diplomatas de oito países, o professor Simon Rosental, da Escola Superior de Guerra (ESG), observou que o mundo só dispõe de reservas conhecidas de petróleo para os próximos 45 anos — e os Estados Unidos, para apenas dez anos. Em sua ­avaliação, o século 21 ­marcará o fim do período ­histórico de queima de petróleo como combustível.

— O Brasil descobriu o pré-sal quando no mundo as reservas declinam. O que devemos fazer? Utilizar as três Forças conjuntamente para garantir poder de dissuasão sobre toda essa área e defender a soberania e a integridade do país. É comum ouvir que não há necessidade de recursos para as Forças Armadas, pois estamos no Atlântico Sul, o lugar mais tranquilo do planeta. Há certa verdade nisso, mas o erro é o foco. A ameaça vem da linha do Equador para cima — alertou Rosental.

Área sensível

O presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, ­brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, afirmou que a região onde estão localizadas as reservas do pré-sal será uma "área sensível" do território brasileiro, pois o país precisará estar preparado para garantir "pronta resposta" a qualquer ameaça externa. Ele informou que será montado para a região um moderno sistema de controle de tráfego aéreo e disse que aguarda "com ansiedade" a decisão final do governo a respeito da compra dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

— O pré-sal é e será ponto de cobiça. Trata-se de uma riqueza que precisa ser defendida, por isso a dissuasão deve ser permanente — observou Baptista.

Cristovam observou que, se os investimentos para defesa dos recursos do pré-sal forem maiores do que os previstos para a defesa do país, isso deve ser feito com recursos provenientes dessas próprias riquezas e "não da nação brasileira como um todo". Ana Amélia (PP-RS) ressaltou a necessidade de uma atenção especial à defesa da Amazônia, apesar da ênfase atual à região onde se encontram as jazidas de petróleo.

Fonte: Jornal do Senado via Notimp
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Petrobras anuncia investimento de US$ 3,4 bilhões na Amazônia

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A Petrobras investirá US$ 3,4 bilhões de dólares nos próximo quatro anos na ampliação da produção e na melhoria da província petrolífera de Urucu, no coração da floresta amazônica. A empresa aplicará esse valor na extração e produção de gás e petróleo e em obras de infraestrutura, segundo anunciaram dirigentes da companhia num encontro com jornalistas realizado nesta segunda.

O complexo, que completa 25 anos de seu descobrimento, tem uma área de 342 quilômetros quadrados e produz diariamente cerca de 53 mil barris de petróleo, 11,4 mil metros cúbicos de gás natural e 1.300 toneladas de gás para uso caseiro.

A Petrobras aumentará sua produção por meio de um gasoduto de 140 quilômetros que conecta as reservas de Aracanga com Urucu, segundo informou o diretor-geral da Unidade de Operações da Amazônia, Luiz Ferradans.

Descoberta em 1986, o complexo é um dos principais produtores de petróleo do país. A mão de obra empregada no local é de 5.700 trabalhadores.

Atualmente, companhia está realizando investigações na região de Itapiranga, para avaliar se existem novas reservas no local. "Em julho iniciamos os estudos sísmicos dos terrenos. Ainda não há uma data determinada para concluir esses trabalhos", disse Ferradans.

Fonte: EFE
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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Marinha começa a comprar sistema que irá monitorar pré-sal

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A Marinha assinou contrato de R$ 31 milhões para definir a arquitetura técnica, operacional e financeira de um sistema de satélite, radares e equipamentos de sensoriamento submarino para monitorar o mar territorial brasileiro, especialmente a área do pré-sal.
Chama-se Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) e, segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, a presidente Dilma e o ministro da Defesa, Celso amorim, garantiram recursos para deflagrar e posteriormente implantar o projeto.

O contrato foi assinado com a Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (Atech), entidade de direito privado sem fins lucrativos.

O sistema terá como alvo a chamada "amazônia azul", que compreende a foz do rio Amazonas, todo o litoral e o mar territorial brasileiro (as milhas sobre as quais o país tem jurisdição).

A área se tornou estratégica com a sucessiva ampliação do espaço petrolífero.

Moura Neto explicou que o futuro sistema se integrará a outro em elaboração pelo Exército e destinado às fronteiras terrestres do Norte. Ambos terão uso civil e militar.

O sistema também será voltado para socorro e salvamento, controle da pesquisa de espécimes, meteorologia e repressão ao tráfico de drogas, ao contrabando, à pirataria e à poluição hídrica.

Os valores globais dependem da conclusão do projeto da Atech, em até dois anos, quando será lançado o edital de licitação. A estimativa para o outro sistema, o Sisfron, por exemplo, é R$ 10 bilhões.

O projeto prevê o desenvolvimento de radares de vigilância baseados em terra e de diferentes alcances, o sensoriamento remoto por radar, câmeras nos principais portos e a aviação de vigilância marítima, além de Vants (veículos aéreos não tripulados) e Blimps (dirigíveis).

A indústria internacional acompanha o passo-a-passo do projeto, mas o comandante destaca uma determinação direta da presidente: o principal satélite de monitoramento será nacional.

"A independência brasileira é crucial. Nosso objetivo não é de ataque, é de dissuasão. Nenhum outro país ou organização pode ter condições de cegar um satélite que é para enxergar, calar um satélite que é para falar", disse.

Segundo ele, a mudança de ministro da Defesa, do jurista Nelson Jobim para o diplomata Celso amorim, seu ex-colega de escola primária, "foi só de personalidade, não de metas, porque a Defesa está muito bem estruturada".

O comandante disse que, apesar dos pesados gastos no Orçamento da Defesa, o programa nuclear e de construção de submarinos convencionais da Marinha "está passando bem por 2011". Quanto a 2012, os recursos previstos são de R$ 2,1 bilhões.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Navio de R$ 75 milhões vai ajudar Brasil a explorar o pré-sal

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O Brasil terá no ano que vem seu primeiro grande navio oceanográfico. A compra está sendo finalizada em um estaleiro chinês por um consórcio formado por governo, Vale e Petrobras, e deve ser anunciada em breve pela presidente Dilma Rousseff.

O barco, de cerca de 80 m de comprimento, terá capacidade para 90 pessoas e autonomia para ficar até três meses seguidos no mar.

O brinquedo é caro, mas responde a uma necessidade antiga do país: a de ter uma plataforma de pesquisa oceânica capaz de explorar o Atlântico Sul, a porção de mar menos conhecida do planeta. Hoje quase não há navios totalmente dedicados à pesquisa no país.

"Com 4,5 milhões de quilômetros quadrados de mar, um navio é pouco. Precisamos de dúzias", disse o almirante Ilques Barbosa Junior, secretário de Ciência e Tecnologia da Marinha.

A conta trai um dos objetivos por trás da compra: 4,5 milhões de km2 é a área de mar sobre a qual o Brasil se autoconcedeu soberania econômica, na chamada plataforma continental. Trata-se de uma área maior que a Zona Econômica Exclusiva, que soma 3,5 milhões de km2.

FRONTEIRA

Essa fronteira marítima, declarada pelo Brasil no âmbito da Unclos (Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar), é uma extensão geológica do pré-sal e provavelmente contém reservas ainda desconhecidas de petróleo, gás e minérios.

Para exercer plenos direitos sobre a plataforma continental, porém, o país precisa fazer pesquisa. E até agora não está equipado para isso.

Daí o interesse da Petrobras e da Vale, que aceitaram o pedido do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, para que bancassem a parte do leão da compra do navio.

"Há muita pesquisa básica que é de interesse estratégico das empresas", disse o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa do ministério, Carlos Nobre.

A Marinha também tem interesse em ocupar a zona do pré-sal, e manter navios oceanográficos na região é uma forma de fazer isso.

O ministério realizou uma consulta a oceanógrafos sobre os equipamentos que eles gostariam de ter no barco. A resposta foi uma "lista de compras" com 48 itens, que inclui até uma broca para coletar amostras de rocha.

"A gente participa como coadjuvante de vários grandes programas, porque temos instrumentação, mas não temos plataforma [navio] para entrar no clube", afirma Carlos Eiras Garcia, diretor do Instituto de Oceanografia da Furg (Universidade Federal de Rio Grande).

Segundo Nobre, o governo estuda a aquisição de um segundo navio oceanográfico, em 2014, a ser produzido por um estaleiro nacional.

Garcia afirma que a comunidade científica está animada com o navio, mas ainda não foi chamada para conversar. "A longo prazo, o que precisamos é de um instituto oceanográfico nacional, nos moldes do que têm os EUA."

Fonte: Folha
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Explosão destrói gasoduto egípcio que abastece Israel e Jordânia

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Homens armados explodiram na madrugada desta terça-feira o trecho de um um gasoduto egípcio que abastece Israel e Jordânia, em uma ação que deixou um ferido, informaram testemunhas e fontes da segurança local.

A explosão ocorreu na região da cidade egípcia de Al Arish, no norte da península do Sinai, revelou um oficial.

Segundo testemunhas, uma pessoa ficou ferida no ataque, realizado por três homens que chegaram em uma caminhonete e abriram fogo contra o gasoduto.

Desde fevereiro passado, quando o ditador Hosni Mubarak foi deposto, este é o sexto ataque contra o gasoduto, provocando interrupções no fornecimento a Israel e Jordânia.

Nos últimos meses, o Egito reforçou o patrulhamento no Sinai para proteger melhor o gasoduto, que fornece 43% do gás natural consumido por Israel, onde produz 40% da eletricidade do país.

Fonte: Folha
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Brasil reduz mistura de etanol na gasolina para 20%

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O governo brasileiro decidiu reduzir de 25% para 20% a mistura de etanol anidro à gasolina a partir de 1º de outubro, em meio a uma oferta apertada do biocombustível no país, informou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Segundo ele, o governo já trabalha com a perspectiva de que a safra de cana 2012/13 não fique muito maior do que a atual e, por isso, a decisão de reduzir a mistura.

"Verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor... Então temos de tomar providências desde logo, para garantir o presente e o futuro. É uma medida de precaução", disse Lobão a jornalistas, após participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff na qual a decisão foi tomada.

A redução da mistura para 20% valerá por tempo indeterminado, segundo Lobão, mas pode ser revisada futuramente, quando houver garantia de suprimento para isso. "Depois calibraremos, modificando a resolução no momento em que acharmos que já temos segurança", disse.

O Brasil, maior produtor mundial de açúcar e também de etanol feito a partir de cana, passa por um momento de escassez na oferta do biocombustível.

A falta de investimento nos últimos anos na expansão e melhoria dos canaviais, em um momento em que o consumo do combustível registrou forte crescimento, reduziu a disponibilidade de etanol e elevou os preços do produto.

O governo quer evitar que um aumento ainda maior do etanol anidro com a aproximação do fim da safra eleve muito os preços da gasolina, preferindo, então, reduzir a mistura.

Para a Petrobras, a medida terá o efeito indesejado de elevar o consumo de gasolina no mercado doméstico, o que poderá acarretar em aumento das importações do combustível, já que o parque de refino está operando a capacidade plena.

Estímulos a caminho
Lobão reiterou que além da redução da mistura, o governo finaliza medidas para incentivar o financiamento à estocagem e renovação dos canaviais.

As medidas --que devem incluir desonerações de operações no setor-- devem ser anunciadas em breve pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"O ministro Guido Mantega está tomando as deliberações finais e vai anunciar todas essas medidas de favorecimento ao setor nos próximos dias", disse Lobão.

Além de Lobão e Mantega, participaram da reunião desta segunda-feira com a presidente Dilma o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

A Unica, entidade que reúne as usinas, era contra a redução da mistura, afirmando que os usineiros estavam privilegiando a produção de etanol anidro para garantir a oferta para a mistura de 25 por cento.

Fonte: Reuters

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Royalties do pré-sal: contagem regressiva para acordo ou guerra

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A maior disputa federativa do Brasil na atualidade, a divisão dos bilionários royalties do petróleo da camada pré-sal, entrou em contagem regressiva. Ou os estados, por meio de seus representantes no Senado, e o governo federal chegam a um acordo nas próximas semanas, ou o assunto tem tudo para se transformar numa batalha judicial e se arrastar na Justiça.

A tentativa de entendimento tem prazo de validade fixado pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP). Ele planeja botar em votação, a partir de 15 de setembro, veto que o ex-presidente do Lula fez à lei do pré-sal para excluir do texto dispositivo que modificava a atual distribuição de royalties.

A lei tirava dinheiro do governo federal e dos estados beneficiados pelo pré-sal - Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo – e dava para os demais estados. Pressionado pelos estados que ganhariam se o veto fosse anulado, como o Maranhão governado pela filha, Roseana Sarney (PMDB), o presidente do Congresso decidiu que não vai pagar sozinho a conta política de segurar a votação do veto.

Com base no prazo de 15 de setembro, as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Infra-Estrutura do Senado montaram nesta terça-feira (23/08) um calendário de audiências públicas, para buscar consenso entre todos os envolvidos.

De cara, fizeram um debate com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão. Na quarta, vão ouvir o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Na quinta, o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

Na próxima semana, será a vez de discutir com governadores. Primeiro, dos dois estados que mais têm a perder, Sérgio Cabral (RJ) e Renato Casagrande (ES), na quarta 31. No dia seguinte, dos governadores eleitos porta-vozes dos demais, Eduardo Campos (PE) e Marcelo Deda (SE).

“A maior tarefa do Senado hoje é chegar a um equilíbrio. Se não houver acordo aqui, vai para a Justiça”, disse o senador Lindbergh Farias (PT), do Rio de Janeiro.

As cifras envolvidas explicam a polêmica. No ano passado, royalties e um outro tipo de dinheiro originado da exploração de petróleo, as “participações oficiais”, geraram R$ 21 bilhões para todos os governos juntos, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com a alta da cotação internacional do petróleo em 2011, até maio, o movimento já era igual (R$ 21 bilhões).

A expectativa de aumento da produção - e, portanto, de royalties e participações especiais - do pré-sal nos próximos anos aguça o apetite dos estados. Hoje, o pré-sal representa apenas 2% da produção da Petrobras. Até 2020, a estatal planeja multiplicar por vinte esta fatia.

A briga é por nacos mais polpudos desta riqueza. O governo federal não aceita a derrubada do veto de Lula e o restabelecimento do texto aprovado pelo Congresso no ano passado. E avisa que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o veto caia. “É um projeto absolutamente inviável do ponto de vista do Executivo”, afirmou Lobão.

E não há dúvida de que o veto será derrubado, caso seja posto em votação. São 24 estados contra governo federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

“Claramente, o Congresso já colocou uma posição [ao votar a lei do pré-sal]. Se [o veto] for a voto, vai acontecer de novo o que já aconteceu lá atrás”, afirmou o senador Wellington Dias (PT-PI), autor de uma proposta de acordo. “Este debate nos impede de discutir o que é essencial, que é o destino destes recursos”, completou.

Fonte: Carta Maior

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