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sexta-feira, 25 de maio de 2012

No Afeganistão, Hollande defende saída antecipada das tropas

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O presidente da França, François Hollande, fez nesta sexta-feira uma viagem surpresa ao Afeganistão, onde encontrou alguns dos soldados franceses que ele pretende retirar do país ainda neste ano, e defendeu essa decisão em reunião com o presidente local, Hamid Karzai.

Hollande foi duramente criticado durante a cúpula da Otan, no fim de semana passado, por acelerar a retirada dos cerca de 3.400 soldados franceses presentes no Afeganistão. O governo francês pretende retirá-los até o final de 2012, dois anos antes do prazo previsto no cronograma da aliança militar ocidental.

"A missão de combater o terrorismo e perseguir o Taliban está perto de ser cumprida, e isso é algo que de podemos nos orgulhar muito", disse Hollande a jornalistas nos jardins do palácio presidencial afegão.

"Vamos permanecer no Afeganistão, mas com um papel diferente, nossa cooperação vai focar nas frentes civis", afirmou.

A retirada era uma promessa eleitoral de Hollande, apesar de a Otan só prever a desocupação no final de 2014. Críticos disseram que isso pode estimular outros países a também anteciparem a saída, entregando prematuramente a segurança do Afeganistão às precárias forças locais.

Durante a recente cúpula da Otan, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse que os envolvidos deveriam seguir a atual estratégia da aliança, de "entrar juntos e sair juntos".

Cerca de 2.000 soldados franceses devem sair neste ano, e os demais devem assumir tarefas de apoio, treinamento e cuidados com os equipamentos. A França tem 14 helicópteros, 900 veículos e 1.400 contêineres, que precisam ser retirados por via aérea ou terrestre.

Em visita a um quartel na instável província de Kapisa, Hollande agradeceu aos soldados franceses pelo que fizeram pela França e pelo Afeganistão, e prometeu uma retirada "ordeira... em estreita coordenação com os aliados da França".

Ele também prestou homenagem aos 83 soldados franceses mortos em mais de dez anos de guerra. "Chegou a hora da soberania afegã. A ameaça terrorista que tinha nosso território como alvo não desapareceu completamente, mas foi parcialmente suprimida", disse Hollande.

A França foi chamada a contribuir com quase 200 milhões de dólares por ano para um fundo de longo prazo para o Afeganistão, parte de um valor anual de 4,1 bilhões de dólares destinado a manter as forças afegãs depois de 2014. Mas Hollande deixou claro que não irá liberar nenhum dinheiro enquanto não houver clareza sobre como a verba será gerida.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ahmadinejad diz que Ocidente quer administrar a Líbia

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Os países ocidentais apoiaram Muammar Gaddafi quando isso lhes era vantajoso, mas bombardearam o ditador líbio quando ele não servia mais a seus propósitos, a fim de "saquear" o país rico em petróleo, disse o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nesta terça-feira.

Embora o governo iraniano tenha aplaudido o povo líbio por ter derrubado o homem que considerava um ditador ilegítimo, Ahmadinejad advertiu os líbios que o Ocidente agora visava administrar o país.

"Mostre-me um presidente europeu ou americano que não tenha viajado para a Líbia ou não tenha assinado um acordo (com Gaddafi)", disse Ahmadinejad em um discurso transmitido ao vivo e no qual acusou o Ocidente de ordenar a execução do ditador.

"Algumas pessoas disseram que eles mataram esse cavalheiro para garantir que ele não pudesse dizer nada, o mesmo que eles fizeram com Osama bin Laden", disse.

O Irã acusa o Ocidente de ter ajudado a criar a rede terrorista Al Qaeda, liderado por Bin Laden, morto pelas forças especiais norte-americanas no Paquistão em maio.

Ahmadinejad disse que a resolução da ONU que aprovou a ação contra Gaddafi foi uma autorização para "saquear" o petróleo líbio.

"Qualquer decisão que reforce a presença, a dominação ou a influência de estrangeiros seria contrária aos interesses da nação líbia", disse Ahmadinejad.

Fonte: Reuters
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