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terça-feira, 10 de março de 2020

EUA pedem à Turquia que garanta que os sistemas S-400 não entrem em operação

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Estados Unidos solicitaram à Turquia que garantisse que os sistemas de defesa aérea S-400 comprados da Rússia não entrem em operação, disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a jornalistas nesta terça-feira (10).
"Como você sabe, fizemos uma proposta aos Estados Unidos sobre a questão dos sistemas de defesa aérea Patriot: se vocês vão nos fornecer lançadores Patriot, vamos comprá-los. Mas, quanto aos S-400, eles têm insistido bastante, nos pedindo para prometer que não colocaremos os S-400 em operação", disse o presidente turco.
O presidente turco disse em 6 de março, no entanto, que a Turquia começaria a implantar seu novo sistemas de defesa aérea S-400 em abril.
A Rússia anunciou em setembro de 2017 que havia assinado um acordo de 2,5 bilhões de dólares com a Turquia, visando a entrega de sistemas S-400 para Ancara. Sob o contrato, Ancara receberá um conjunto do sistema de mísseis de defesa aérea S-400 (dois batalhões). O acordo também prevê transferência parcial da tecnologia de produção para o lado turco.
A Turquia é o primeiro estado membro da OTAN a comprar esses sistemas de mísseis de defesa aérea da Rússia. As entregas dos lançadores S-400 para a Turquia começaram em 12 de julho de 2019.
Os Estados Unidos e a Otan têm tentado impedir a Turquia de comprar o sistema S-400 da Rússia. Washington alertou em muitas ocasiões que pode impor sanções à Turquia, caso Ancara continue com o acordo sobre o S-400. Em 17 de julho de 2019, o secretário de imprensa da Casa Branca, disse em comunicado que a decisão da Turquia de adquirir o sistema de defesa aérea S-400 fabricados na Rússia tornou impossível a participação de Ancara no programa americano do caça de quinta geração F-35.
O S-400 'Triumf' é o sistema de mísseis de defesa aérea de longo alcance mais avançado, tendo entrado em serviço na Rússia em 2007. Projetado para destruir aeronaves, mísseis de cruzeiro e balísticos, incluindo armas de médio alcance, também pode ser usado contra instalações no solo. O S-400 pode atingir alvos a uma distância de 400 km e a uma altitude de até 30 km.

GBN Defense - A informação começa aqui
com Agência TASS 
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Análise - Crise de Idlib: Última chance para ONU e UE

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O estabelecimento da Liga das Nações foi o primeiro passo dado para preservar a paz mundial após a Primeira Guerra Mundial. No entanto, sua relevância e existência cessaram devido a um fracasso bastante semelhante à ineficiência exibida hoje pela ONU no diz respeito a guerra civil síria.
Enquanto a invasão da Polônia pela Alemanha em 1939 foi o prego final em seu caixão, a longa cadeia de eventos que levou ao fim da Liga das Nações começou logo após o Tratado de Versalhes.
Nacionalistas italianos que invadiram o Porto de Flume na Iugoslávia em 1919 foram seguidos no mesmo ano pela disputa entre a Polônia e a Tchecoslováquia por Teschen e suas cobiçadas minas de carvão. Em 1920, a Polônia invadiu a cidade de Vilna, na Lituânia, e depois ocupou 80 quilômetros de terras reivindicadas pela Rússia. Seguiram-se as crises da Manchúria e da Abissínia em 1931 e 1935, respectivamente.

A Liga das Nações não tinha o poder ou a capacidade de sancionar os agressores em todos esses conflitos, uma incapacidade que anunciava sua eventual destruição. Os EUA, que lançaram as bases, mas nunca entraram na Liga, também a abandonaram e abriram as portas para a Segunda Guerra Mundial.
Depois de quase um século, a comunidade internacional está novamente testemunhando a ineficiência de organizações multilaterais como a ONU e a UE em meio a contínuas crises e conflitos humanitários em todo o mundo. O fim da Guerra Fria, simbolizado pela Queda do Muro de Berlim em 1989, desencadeou uma série de conflitos, em vez de ser o precursor da paz global que era esperada.

A primeira Guerra do Golfo, a guerra civil iugoslava, as guerras chechenas, a invasão do Alto Karabakh pela Armênia, a invasão norte-americana do Iraque e do Afeganistão e a instabilidade na Líbia, Egito e Síria após a Primavera Árabe, todas são crises internacionais das últimas três décadas.
O resultado mútuo de todos esses conflitos sempre foram os migrantes irregulares, que somam dezenas de milhões. O fato de muitos civis que escapam dessas zonas de conflito acabarem na Turquia, de um jeito ou de outro, é outro resultado indispensável do significado geopolítico da Anatólia.

Idlib: o último suspiro da ONU


A ONU, tendo fracassado em seu papel esperado de conter conflitos e preservar a paz, agora deu seu último suspiro em Idlib. Depois do chamado "Acordo do Século" dos EUA, que anula todas as decisões da ONU que defendem os direitos dos palestinos, a posição da ONU sobre a crise humanitária Idlib indica que, a partir de 2020, ele está próximo de seu destino e aguarda apenas um golpe final. A UE também está no mesmo barco metafórico.
A França apoiando a Sérvia e a Alemanha apoiando a Croácia na guerra civil iugoslava; A França bombardeou a Líbia na guerra civil da Líbia, sem um decreto da ONU, e se tornou uma parte do conflito; A Europa dá as costas às pessoas que querem a democracia após a Primavera Árabe e pretendem apoiar ditadores militares como Sisi no Egito e Haftar na Líbia.
Tudo isso mostra que o objetivo do mecanismo de tomada de decisão em Bruxelas não é alcançar a prosperidade global, mas criar uma sociedade de bem-estar restrita à Europa. Neste ponto, a questão do Idlib tornou-se um teste decisivo para a ONU e a UE. E os resultados desse teste até agora indicam que a UE continuará negando seu papel na crise de Idlib e não assumirá nenhuma responsabilidade.
A abordagem insensível da ONU e da UE diante da crise humanitária de Idlib não se restringe aos últimos nove anos. 
O regime de Assad entrou no Líbano sob o pretexto de por fim a guerra civil, mas se tornou parte do conflito e infligiu miséria monumental ao povo do Líbano.
O Vale Bekaa no Líbano, que gozava de imenso significado histórico e geopolítico, tornou-se o lar de organizações terroristas internacionais, incluindo o PKK, na década de 1980.
No entanto, os crimes do regime Sírio no Líbano foram calados depois que ele se juntou à coalizão formada pelos EUA após a invasão do Kuwait pelo Iraque. O fato da Síria ingressar na coalizão anti-Iraque rejuvenesceu as relações entre os EUA, a Síria e o Egito.
Com a morte de Hafez em 2000 e a ascensão de Bashar ao poder, as esperanças de democratização na Síria foram reduzidas. As forças sírias deixaram Beirute em 2001, mas no mesmo mês de setembro foram detidos legisladores que apoiavam reformas.
Em 2002, a dinastia de Assad foi incluída no "eixo do mal" pelo então presidente dos EUA, George W. Bush, e sua gama de ações no Oriente Médio foi reduzida ainda mais depois que surgiram alegações sobre o papel de Damasco no assassinato do líder libanês em 2005 Rafik Hariri.
A estação nuclear do regime de Assad, que foi construída em Deir ez-Zour com a ajuda da Coréia do Norte, foi atingida por Israel. Desta vez, porém, foi o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy que correu em socorro de Assad para salvar o regime do isolamento e castigo internacional. Hospedando Assad em Paris em 2008, Sarkozy reabriu os portões do Ocidente para a Síria, após o isolamento do país devido ao assassinato de Hariri. Sarkozy já havia adotado um favor semelhante antes de receber Muammar Gaddafi da Líbia em Paris, pouco depois de se tornar presidente da França em 2007. Mais tarde, para derrubar o líder líbio, enviou aviões de guerra franceses sem esperar por um decreto da ONU. Anos depois, foi revelado que Sarkozy recebeu 8 milhões de dólares em doações de Kadafi por sua campanha eleitoral em 2007.
Como Bashar Assad ainda está no poder, ainda não sabemos se ele teve um relacionamento semelhante com Sarkozy ou qualquer outro líder ocidental.
Essa é apenas uma fração das relações do regime sírio com o Ocidente, que estão entrelaçadas com padrões duplos.

Quando analisamos a capacidade do regime sírio justificar todos os seus crimes e erros através de acordos com o Ocidente, não é tão difícil entender por que a comunidade internacional permanece calada diante da crescente crise humanitária em Idlib.

Relatório de Segurança de Munique 2020: Nenhuma menção ao Idlib
Testemunhamos um exemplo retumbante da apatia e silêncio do mundo há apenas um mês. O Relatório de Segurança de Munique 2020 foi publicado na segunda semana de fevereiro, pouco antes da 56ª Conferência de Segurança de Munique. Ele contém uma lista de áreas de crise que estarão sob estreita observação em 2020.
Da perspectiva da Turquia, porém, havia um problema evidente no relatório; Síria ou Idlib não foram mencionados na lista. Nas avaliações da Conferência de Segurança de Munique e do Grupo Internacional de Crises, que prepararam o relatório, Síria e Idlib não estavam entre as regiões em crise.

O que isto significa?
Em minha análise publicada pela Agência Anadolu logo após a conferência, sugeri que a Síria poderia se tornar um tabu para a comunidade internacional, incluindo a Europa, devido a seus problemas muito complicados e à questão dos migrantes.
A falta de resposta da ONU e da UE diante da crise de Idlib indica que a questão da Síria agora está fora do radar da comunidade internacional e agora é uma questão entre os EUA e a Rússia.

UE em pânico com migrantes
Os ataques do regime, que visavam assumir o controle total da província de Idlib, e a situação dos migrantes desencadeados por esses ataques, prova que essa questão é muito complicada para ser resolvida apenas pelos EUA e pela Rússia.
Com a chegada de quase quatro milhões de sírios à fronteira com a Turquia, Ancara deixou de lado o acordo de refugiados assinado com a UE em março de 2016, porque a UE não havia cumprido suas responsabilidades no acordo, e abriu suas fronteiras para os migrantes.
A resposta da UE foi fornecer 1 milhão de euros em apoio financeiro prometido e sugerir a criação de uma zona segura no norte da Síria.
O trauma dos 856.723 migrantes irregulares que chegaram à Europa passando pela Turquia em 2015 foi ressuscitado nas capitais europeias. Dos migrantes que foram para a Europa, 56% eram sírios, 24% eram afegãos e 10% deles iraquianos. Nesses países, que hoje podem ser definidos como fonte de migrantes irregulares, a instabilidade aumentou exponencialmente nos últimos cinco anos.
Como os líderes da UE tiveram que admitir, o que realmente os preocupa não são os migrantes irregulares que atualmente alcançam a fronteira grega, mas os 4 milhões de sírios que agora se reúnem na fronteira turca devido a ataques do regime de Assad e da Rússia.

Ignorando o alerta precoce da Turquia
Já em 2012, enquanto a perda de vidas ainda era de cerca de 5.000 e a guerra civil síria havia acabado de terminar seu primeiro ano, Ancara instou a comunidade internacional a criar uma zona de exclusão aérea no norte da Síria.
Em 1º de setembro de 2012, o então primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan apontou a necessidade de uma zona de exclusão aérea onde os civis pudessem se refugiar.
No entanto, houve uma resposta negativa do Conselho de Segurança da ONU, um fórum que, em primeiro lugar, foi estabelecido pelos vencedores da Segunda Guerra Mundial com o objetivo de possuir armas nucleares.
Em julho de 2013, quando a guerra civil estava se intensificando, algo interessante aconteceu em Washington. O então secretário de defesa, Martin Dempsey, escreveu uma carta ao presidente Barack Obama sobre as possíveis opções de ação militar na Síria.
Embora tenha sido trazida à atenção da mídia internacional, esta carta não foi analisada adequadamente pela mídia e foi interpretada como "os EUA tomando medidas para derrubar o regime de Assad".
No entanto, a carta de Dempsey refletia a abordagem ocidental típica das questões no Oriente Médio.
Dempsey simplesmente preparou um cálculo de custos para Washington e propôs cinco opções para ações militares.
A primeira opção foi o treinamento militar e o apoio à oposição síria, que custaria 500 milhões de dólares por ano. No entanto, ele também apontou a possibilidade das armas americanas caírem em mãos erradas.
A segunda opção foi atacar as forças do regime para restringir sua capacidade, o que reduziria a durabilidade do regime de Assad. Para Dempsey, essa opção pode custar milhões de dólares.
A terceira opção foi anunciar uma zona de exclusão aérea. No entanto, ele disse que os riscos para os soldados americanos e o custo também seriam muito altos nessa opção.
A quarta opção foi a criação de zonas-tampão nas fronteiras da Turquia e da Jordânia, onde os civis sírios poderiam se refugiar. Isso implicaria os mesmos riscos militares e financeiros que a terceira opção.
A quinta e última opção proposta por Dempsey estava anunciando uma zona de exclusão aérea, atacando com mísseis e enviando milhares de soldados americanos para a Síria.
Ele enfatizou que essa opção também custaria mais de 1 bilhão.

Cálculos nos EUA causaram desastre no Idlib
Embora não tenha sido anunciada oficialmente, a resposta de Obama a essas sugestões foi que os EUA, já sentindo os efeitos da crise econômica global de 2009, não podem arcar com esse tipo de despesa.
Segundo Obama, os EUA ainda estavam pagando a dívida desde a primeira Guerra do Golfo e não podiam destinar tanto dinheiro para a Síria em tempos de crise econômica global.
Como resultado dessa resposta, as linhas vermelhas traçadas pela Casa Branca contra os ataques com armas químicas de Assad foram completamente violadas.
Essa abordagem de ganhos e perdas dos EUA, como se fosse uma empresa comercial, resultou no monumental desastre humanitário em Idlib hoje, cujo preço nunca pode ser medido em termos monetários.
Apesar dos truques baratos de Washington, a Turquia não deixou o assunto passar. Em 2015, para romper a influência do Daesh no Iraque e na Síria, foi sugerida a possibilidade de operações dos EUA a partir da base militar Incirlik na Turquia. A Turquia iniciou negociações sobre o assunto, além de exigir a criação de zonas seguras no norte da Síria.
No entanto, os esforços da Turquia foram inúteis, pois os EUA queriam usar a base de Incirlik para apoiar o grupo terrorista YPG / PKK e Obama não estava disposto a usar soldados americanos para criar uma zona segura na Síria.
A Turquia iniciou a missão de criar zonas seguras para proteger suas fronteiras de ameaças terroristas e preparar o caminho para os civis voltarem para casa.
A Operação Eufrates Shield foi o primeiro resultado das divergências da Turquia com seus aliados da OTAN e membros da UE.
Em 24 de agosto de 2016, no mesmo dia em que o vice-presidente dos EUA Joe Biden fez uma visita a Ancara, o presidente Erdogan explicou a operação ao público com as seguintes palavras: “Dissemos repetidamente a todos os líderes do mundo que era preciso haver uma zona segura na Síria para resolver o problema dos migrantes. ”
Esta missão de criar zonas seguras, continuada pela Turquia através das operações Olive Branch e Peace Spring, atingiu agora um novo nível com a Operação Spring Shield.
É simplesmente ingênuo esperar algo da ONU neste momento, que entregou sua eficiência às mãos dos cinco membros permanentes.
Ainda assim, para implementar o acordo que assinou em 2016 e para reparar os danos causados ​​pela proteção da dinastia de Assad nos últimos 50 anos, a UE agora tem uma última chance de compensar seus erros. Pode, no mínimo, liderar e executar com êxito uma iniciativa diplomática para criar uma zona segura na Síria.

Por Mehmet A. Kanci é jornalista de Ancara, com foco na política externa turca

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publicado originalmente pela Agência Anadolu - Traduzido e Adaptado por GBN Defense
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domingo, 1 de março de 2020

Erdogan e Macron discutem sobre Idlib

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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conversou por telefone com seu colega francês, Emmanuel Macron, sobre a recente situação em Idlib, no noroeste da Síria, segundo a nota emitida neste domingo (1) pelo governo turco.
Erdogan e Macron discutiram relações bilaterais, a crise de refugiados e questões regionais, disse a nota.
O presidente da Turquia salientou que retaliará contra os ataques do regime de Assad, Erdogan disse ainda durante a conversa, que espera a solidariedade concreta e clara da OTAN.
Ele sublinhou que a crise humanitária na região será aprofundada à medida que o regime de Assad continuar seus ataques.
Observando que o fluxo de refugiados começou a pressionar as fronteiras europeias com a Turquia, Erdogan disse que esperava da Europa e da França oferecer soluções concretas e apoio às pessoas deslocadas.

Macron pede que Rússia  acabe imediatamente com ataques em Idlib.
No final da quinta-feira (27), pelo menos 34 soldados turcos foram mortos e dezenas de outros feridos durante um ataque aéreo lançado pelas forças do regime de Bashar al-Assad em Idlib, no noroeste da Síria.
Soldados turcos estão trabalhando para proteger civis locais sob um acordo assinado com a Rússia em setembro de 2018, o que proíbe atos de agressão na zona de Idlib.
Porém, mais de 1.300 civis foram mortos durante os ataques de Assad contra as posições turcas, com apoio das forças russas, o cessar-fogo continua sendo violado, segundo o presidente francês.

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com agências de notícias
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domingo, 22 de dezembro de 2019

Incirlik - O que os EUA perdem se forem despejados da estratégica base aérea turca

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No último dia 15 de dezembro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que Ancara pode fechar suas bases em Incirlik e Kurecik para as forças americanas, sendo uma resposta às sanções de Washington por conta da aquisição do sistema de defesa aérea S-400. O Pentágono tem feito tudo o que pode para impedir que as relações com a Turquia e Washington se deteriorem ainda mais, enquanto Ancara se aproxima cada vez mais de Moscou.

A Base Aérea de Incirlik possui uma pista de 3.048 metros de comprimento, permitindo a operação de qualquer aeronave do inventário norte americano, incluindo bombardeiros estratégicos. Existem áreas de dispersão de aeronaves, abrigos, armazéns, centros de comunicação, além de rádio, iluminação,  modernos equipamentos de navegação, áreas de manutenção e auxiliares. Além de toda infraestrutura disponibilizada aos EUA, a base também abriga quarenta bombas nucleares estratégicas B-61.

O Incirlik acomoda os aviões de reabastecimento KC-135 Stratotanker, importante ativo, além de aeronaves de reconhecimento e drones, muitos empregados no conflito da Síria e Iraque.

Incirlik foi de suma importância em vários momentos, sendo o trampolim da Força Aérea dos EUA durante a crise do Líbano em 1958, Operação Tempestade no Deserto (1991), Operação Desert Fox (1998), bem como as guerras no Afeganistão, Iraque e Síria.

Crise 


Se Recep Tayyip Erdogan realmente cumprir suas ameaças de "despejar" as forças americanas de Incirlik e Kurecik, isso reduzirá definitivamente a capacidade operacional e de combate da Força Aérea dos EUA no Oriente Médio. A Incirlik oferece a Washington vantagem estratégica nas negociações com países da região através de sua capacidade de impactar em cenários políticos e militares.

Portanto, se os Estados Unidos perdessem a Base Aérea de Incirlik, isso reduziria seriamente suas capacidades de defesa e ataque, especialmente no caso hipotético de uma ameaça vinda do Irã. Erdogan sabe muito bem disso. Ele sabe quais cartas jogar e quando as joga para ganhar.

Outras perdas

Outro ativo importante das forças armadas dos EUA e um elemento-chave da rede de defesa antimísseis da OTAN, é o radar transportável instalado em Kurecik, no sudeste da Turquia, não muito longe da fronteira com a Síria. A estação está localizada na província de Malatya, em uma colina a 2.100 metros acima do nível do mar e é capaz de detectar mísseis balísticos em distâncias de até 1.000 km. Perder esse radar limitaria significativamente os recursos de alerta de ataque de mísseis da OTAN.

Quanto às armas nucleares dos EUA, que supostamente foram armazenadas em Incirlik, elas provavelmente não estão mais lá. Temos razões para acreditar que os americanos mudaram as armas nucleares logo após a tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho de 2016. Portanto, é possível que os armazéns de Incirlik onde as bombas B-61 costumavam ser armazenadas estejam vazios.

Aliança dividida


Levará muito tempo para os EUA arrumarem o que resta e cumprirem o prazo apertado que Erdogan definitivamente definirá se esse cenário se desenrolar? As aeronaves dos EUA precisam de apenas algumas horas. O radar AN / TPY-2 também pode ser colocado em um Boeing C-17 Globemaster III e enviado para a base européia mais próxima.

No entanto, será muito mais difícil estimar os investimentos na infraestrutura que seriam perdidos com uma saída apressada. Estruturas permanentes não podem ser transportadas por via aérea ou ferroviária.

Seria uma extravagância da parte dos EUA desistir de ativos como a base aérea de Incirlik. Seu valor geopolítico é excepcional.

Eventualmente, Ankara e Washington podem chegar a algum acordo (compromisso). Tentativas dos EUA de aumentar a pressão sobre Erdogan podem levar a ramificações extremamente adversas, possivelmente com uma grande divisão no que até recentemente era uma aliança monolítica.

Certamente, Ancara ainda se apóia fortemente nas importações de muitos tipos de armamentos, ferragens e peças de reposição do Ocidente. No entanto, a adesão à OTAN não é mais uma necessidade vital para Ancara.

O bloco não ajudará a Turquia a resolver uma ampla gama de questões militares e políticas que o país está enfrentando, como as relações com a vizinha Grécia e a situação das reservas offshore de petróleo e gás no Mediterrâneo Oriental.

por: Mikhail Khodarenok comentarista militar do RT News. Coronel da reserva, serviu como oficial no Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.

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com informações da RT News
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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Macron critica a operação de Ancara na Síria e recebe resposta áspera de Cavusoglu

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O presidente francês e o ministro das Relações Exteriores da Turquia estão trocando farpas e "agressões" verbais, o motivo é a incursão militar de Ancara na Síria, o que provocou um embate entre os membros da Otan.
O presidente francês Emmanuel Macron alertou a Turquia nesta quinta-feira (28) que está afastando aliados e não deve depender do apoio da aliança multinacional enquanto realiza operações militares amplamente condenadas contra os curdos no norte da Síria.
Mevlut Cavusoglu foi rápido em responder: "Ele já é o patrocinador da organização terrorista e os hospeda constantemente no Eliseu. Se ele diz que seu aliado é a organização terrorista ... não há realmente mais nada a dizer", disse Cavusoglu a repórteres no parlamento. Ele continuou com mais ataques à política externa de Macron, dizendo que o presidente francês "não pode ser o líder da Europa assim".
"No momento, há um vazio na Europa, ele está tentando ser seu líder", replicou Cavusoglu.
A operação turca na Síria começou no início de outubro, teve como alvo as forças curdas no norte do país, que considera "terroristas". Embora a Turquia tenha insistido que a operação é necessária para o retorno seguro dos refugiados sírios à sua terra natal, a incursão foi condenada pelos aliados da OTAN. As forças apoiadas pela Turquia também foram acusadas de abusos graves e crimes de guerra durante a operação.
No meio da operação, Macron recebeu Jihane Ahmed, porta-voz das Forças Democráticas Sírias (SDF), liderada pelos curdos, para mostrar o apoio da França a eles na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.
Irritada com a falta de apoio que suas operações na Síria receberam da aliança, a Turquia, a segunda maior força da OTAN, supostamente não apoiaria a proposta de defesa da aliança para a Polônia e os países bálticos. O novo plano militar do bloco contra o que ele afirma ser uma "ameaça" da Rússia, precisa de uma aprovação unânime de todos os estados membros.

Fonte: RT News

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Assad ataca 'ocupação' francesa na Síria

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Não há grande diferença entre apoiar o terrorismo em solo sírio e enviar tropas para lá sem a aprovação formal de seu governo, disse Bashar Al-Assad enquanto criticava o papel da França na guerra civil da Síria.
A Síria "percorreu um longo caminho" para derrotar grande parte da insurgência terrorista em seu território, mas ainda há bolsões de resistência, já que os jihadistas estão recebendo apoio da Turquia e dos países ocidentais, disse Bashar Assad à revista Paris Match, destacando os EUA, o Reino Unido e "especialmente a França".
A França se juntou à coalizão  contra o EI (ISIS), fornecendo apoio aéreo e destacando forças especiais para atuar na Síria. Mas, para Assad, a intervenção francesa representou uma "ocupação", pois Paris, assim como seu principal aliado na OTAN, Washington, não tiveram a autorização de Damasco para essa missão.
Agora, quando forças estrangeiras chegam à Síria sem serem convidadas pelo governo legítimo, "isso é chamado ocupação", insistiu o presidente sírio, acrescentando: "não há grande diferença entre apoiar o terrorismo e empregar militares para ocupar um país.”
Apelidada de Operação Chammal, o destacamento francês deveria, oficialmente, realizar voos de reconhecimento e apoiar combatentes curdos e árabes na Síria. Os ativos da França no Oriente Médio incluíam um grupo de ataque do porta-aviões Charles de Gaulle, um esquadrão de aviões de caça e várias unidades de fuzileiros no solo.
A informação foi confirmada pelos avanços do exército sírio na província de Idlib, no norte. As tropas agora estão tentando abrir caminho para as últimas cidades controladas por militantes ao longo da estratégica estrada Damasco-Aleppo.
Enquanto os combates continuam, Assad disse que a Síria pode lidar com a guerra sem qualquer apoio do Ocidente. "Podemos gerenciar nosso próprio país... Mas queremos voltar a uma ordem mundial que não é mais respeitada, porque o caos reina" , concluiu.

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com Russian Today
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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O EPEx na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)

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O Escritório de Projetos do Exército (EPEx) representou o Exército Brasileiro, o Ministério Defesa e o Brasil na Reunião do GT 3 (Custo do Ciclo de Vida) do Comitê Aliado 327 da OTAN (Grupo Principal do Ciclo de Vida) com o objetivo de desenvolver uma Metodologia Comum de Custo de Ciclo de Vida para a OTAN.
A reunião ocorreu nos dias 24 e 25 de setembro de 2019 no Supreme Headquarters Allied Powers Europe (SHAPE), sede do Comando de Operações da OTAN, na cidade de Mons - Bélgica.
OTAN

O Cap Antônio Henrique Duarte, representante do Escritório de Projetos do Exército integrou o grupo com especialistas da Alemanha, França, Espanha, Itália, Noruega, Dinamarca, Canadá, Turquia, Croácia, Polônia e Holanda.
Além dos representantes dos países, também fizeram parte do grupo integrantes do Grupo Consultivo Industrial da OTAN (NIAG), da Agência de Comunicação e Informação da OTAN (NCIA) e da Organização Conjunta de Cooperação em Armamentos (OCCAR). Sendo esta última uma Agência internacional de compras para o gerenciamento de programas de armamento, formado pela Bélgica, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido. Outros países da OTAN como Luxemburgo, Holanda e Turquia também participam de certos programas da OCCAR sem serem membros da Organização.
A participação em um grupo de tamanha relevância internacional possibilita ao Exército Brasileiro atuar junto a grandes atores mundiais no gerenciamento de desenvolvimento de produtos de defesa, criando métodos, compartilhando experiências e prospectando possíveis parcerias.

Fonte: EPEX


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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

"USS Fort McHenry" irá realizar exercícios com a Romênia

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O navio de desembarque "USS Fort McHenry", fez uma escala no porto romeno de Constanta nesta segunda-feira (7), segundo informou a Marinha Romena.

O navio permanecerá no porto até 10 de janeiro. Após a visita, o "USS Fort McHenry" realizará manobras marítimas conjuntas com a fragata "Regele Ferdinand" da Romênia nas águas territoriais da Romênia e nas águas internacionais do Mar Negro.

A fragata russa "Pytlivy", da Frota do Mar Negro, observa as operações do norte-americano "USS Fort McHenry" no Mar Negro.

Um porta-voz da Marinha dos EUA disse nesta segunda-feira (7) que o navio foi enviado ao Mar Negro de acordo com a lei internacional, incluindo a Convenção de Montreaux de 1936, que especifica os tipos de navios que podem patrulhar o mar e a quantidade de tempo que um navio pode permanecer na área.

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Por que a Alemanha busca até estrangeiros para reforçar sua debilitada força militar

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A Alemanha está em busca de militares qualificados. Com urgência. Tanto que está até pensando em recorrer a cidadãos estrangeiros da União Europeia, uma medida sem precedentes nos últimos 50 anos.
Sete anos depois que a Alemanha acabou com o serviço militar obrigatório, o país está avaliando essa opção para preencher os postos qualificados.
O inspetor-geral das Forças Armadas alemão, Eberhard Zorn, disse que o Exército tem que "olhar em todas as direções nos momentos em que falta pessoal qualificado", como médicos e especialistas em tecnologia da informação.
Houve pouco investimento nas Forças Armadas da Alemanha nos últimos anos. Agora, o país quer aumentar o Exército com mais 21 mil efetivos além dos atuais até 2025. A ministra de Defesa alemã, Ursula von der Leyen, disse em uma entrevista recente que o Exército é composto atualmente de 182 mil soldados, um aumento de 6.500 em dois anos. Em sete anos, deverá chegar a 203 mil.
Segundo ela, o Exército alemão atualmente tem 12% de mulheres e que só neste ano uma em cada três pessoas que se candidataram a uma vaga de oficial era mulher.
A Alemanha também se comprometeu a aumentar o orçamento da Defesa de 1,2% a 1,5% do PIB para 2024, tendo sido criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por não cumprir com o objetivo da Otan (aliança militar ocidental) de chegar a 2%.
Foto da ministra de Defesa Ursula von der Leyen em visita às Forças alemãs no Afeganistão em dezembroDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA ministra de Defesa Ursula von der Leyen visitou as forças alemãs no Afeganistão em dezembro

A proposta

O general e inspetor Zorn disse ao grupo de mídia Funke que "claro, a Bundeswehr (como as Forças Armadas alemãs são conhecidas) precisa de pessoal" e que o Exército teve que "pressionar para conseguir uma nova geração adequada" de militares. Os cidadãos da União Europeia serão "uma opção" a ser avaliada só para preencher vagas em setores especializados, diz ele.
Segundo a reportagem do Funke, o governo havia consultado parceiros da União Europeia e que a maioria deles reagiu com cautela, particularmente no Leste Europeu. Isso porque as leis posteriores à Segunda Guerra Mundial estabelecem que os soldados da Bundeswehr têm que ser alemães.
Avião da BundeswehrDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHouve pouco investimento nas Forças Armadas alemãs, e agora o Exército quer crescer
Mas Hans-Peter Bartels, o político responsável pelas Forças Armadas no Bundestag (o Parlamento alemão), disse que recrutar cidadãos da União Europeia poderia ser feito com "certa normalidade", porque muitos soldados têm dupla nacionalidade.
Segundo o grupo Funke, mais de 900 cidadãos estrangeiros já estão empregados pelo Exército em postos civis.
Qual é o estado do Exército alemão?
A Alemanha quer ter 70% de sua capacidade pronta para combate a qualquer momento, mas informes recentes mostra que essa meta está ficando para trás:
-Só ao redor de um terço dos 97 tanques, aviões de combate e helicópteros de nova fabricação estão prontos para combate, informou o jornal Die Zeit em outubro.
-Nem submarinos nem grandes aviões de transporte estavam prontos para a decolagem no final do ano passado, segundo um relatório militar de fevereiro.
-O mesmo relatório diz que os aviões de combate, tanques, helicópteros e barcos existentes se encontravam em condições "dramaticamente ruins".
-Ao redor de 21 mil postos de oficiais permanecem vagos.
A chanceler alemã Angela Merkel descendo do avião "Konrad Adenauer" em 29 de novembro de 2018Direito de imagemAFP
Image captionA chanceler Angela Merkel teve que voar a um encontro do G20 da Argentina em um avião de passageiros devido a uma falha técnica em um avião do Exército
As condições do equipamento militar foram foco de atenção no fim do mês passado quando a chanceler alemã Angela Merkel teve que voar ao encontro do G20 na Argentina em um avião de passageiros devido a uma falha técnica em um dos aviões de longa distância do Exército.
A recorrente escassez de equipamentos na Bundeswehr contrasta com o dinamismo da indústria bélica do país, quarto exportador mundial de armas em 2017, segundo dados do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI, em inglês).
Forças Armadas reduzidas
Para um país tão grande - a Alemanha é a quarta maior economia do mundo - pode parecer estranho ter um Exército relativamente mal equipado.
Mas, depois da reunificação alemã (nos anos 1990, após o fim da Guerra Fria), as Forças Armadas se reduziram gradualmente de 486 mil soldados em 1990 a 168 mil em 2015.
Não se percebia nenhuma ameaça militar depois da Guerra Fria, e os cortes de gastos na Defesa continuaram até 2014.
As Forças Armadas alemãs desempenharam função-chave, mas limitadas, na Otan em Kosovo e no Afeganistão. Mas isso foi antes de acontecimentos muito importantes na região: a anexação da Crimeia por parte da Rússia em 2014 e a expansão do grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico na Síria em 2013.
A cultura de cortes mudou, e uma sondagem de opinião sugeriu no mês passado que 43% dos alemães concordam com a necessidade de mais gastos com a Defesa, ante 32% em 2017.
Foto de um tanque da BundeswehrDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionUm terço dos 97 tanques, aviões e helicópteros novos estavam prontos para combate em outubro

Qual deveria ser o tamanho do Exército da Alemanha?

A ministra de Defesa da Alemanha diz que tudo depende da situação da segurança.
A Alemanha prometeu enviar centenas de tropas para reforçar a presença da Otan nos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) e na Polônia neste ano, mas também enfrenta outras formas de ameaças: há cerca de um mês, o Exército foi alvo de ataques cibernéticos, possivelmente procedentes da Rússia, e em meio a isso parte do novo orçamento se destinará a segurança computacional.

Fonte: BBC Brasil
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