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sábado, 3 de abril de 2021

Além do Canal de Suez, conheça 3 passagens essenciais ao comércio marítimo

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Os seis dias em que o cargueiro Ever Given ficou encalhado no Canal de Suez foram suficientes para causar grandes problemas no comércio internacional em todo o mundo.

O preço do petróleo subiu abruptamente, e inúmeras empresas foram seriamente afetadas, desde fornecedores de transporte doméstico a varejistas, supermercados e fabricantes.

Segundo a análise da seguradora alemã Allianz, isso pode gerar uma redução no crescimento comercial global anual entre 0,2 e 0,4 ponto percentual.

Isso porque esta passagem marítima é vital para as cadeias de abastecimento em todo o mundo. Mas não é a única.

O Canal de Suez se junta a uma longa lista de vias que são fundamentais para o funcionamento da economia global. Quais são quatro dessas vias e suas principais características?



1. Canal de Suez

Este portal entre o Oriente e o Ocidente, localizado no Egito, começou a funcionar em 1869. Tem 193 km de extensão e conecta o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

Canal de Suez

CRÉDITO,

GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Após o encalhe do Ever Given, centenas de navios tiveram que esperar dias atravessar o Canal de Suez

Em 2020, passaram por lá 19.311 navios, com cerca de 1,21 bilhões de toneladas de carga, segundo a Autoridade do Canal de Suez (ACS). Isso representa 12% do comércio global, o que o torna vital para o funcionamento normal da economia mundial.

Entre as mercadorias que passam por lá, uma das mais relevantes é o petróleo. Segundo estimativas da ACS, quase 2 milhões de barris de petróleo transitam no canal todos os dias. Além disso, cerca de 8% do gás natural liquefeito.

Principais mercadorias que passam pelo canal de Suez

"Este canal é muito importante para abastecer a Europa", diz o engenheiro naval espanhol Jorge Pla Peralonso, especialista em tráfego marítimo.

Sem o Canal de Suez, as remessas que viajam entre a Ásia-Pacífico, o Oceano Índico, o Mar da Arábia e a Europa teriam que cruzar todo o continente africano, o que aumentaria os custos e prolongaria substancialmente os tempos de viagem.

Uma das rotas alternativas, passando ao redor do Cabo da Boa Esperança, leva quase nove dias a mais.

Canal de Suez

Segundo Peralonso, esse canal só foi fechado três vezes na história, em decorrência de conflitos políticos. "E a crise foi gigantesca, mesmo sem haver o volume de tráfego que existe agora", diz.

O canal também é uma importante fonte de renda para o Egito. Até antes da pandemia, o comércio que por ali passava contribuía com 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo análise da Moody's Investors Service.

2. Canal do Panamá

A abertura do Canal do Panamá, em 1914, revolucionou o comércio marítimo no mundo.

Por mais de um século, uma das grandes obras da engenharia latino-americana do século 20 constituiu o caminho mais curto entre os dois maiores oceanos do mundo: o Atlântico e o Pacífico.

Canal de Panamá

CRÉDITO,

GETTY IMAGES

Legenda da foto,

6% do comércio mundial transita pelo Canal do Panamá

Quase 6% do comércio mundial transita por ali: mais de 13 mil navios cruzam de um lado para o outro anualmente para transportar suas mercadorias.

A dimensão é gigantesca: o canal está em 144 rotas marítimas que ligam 160 países e com destino a cerca de 1,7 mil portos.

Também é crucial para o Panamá: no ano fiscal de 2020, a contribuição direta do canal ao país foi de 2,7% do PIB, segundo dados da Autoridade do Canal do Panamá (ACP).

"É uma grande fonte de receita para o Panamá. É um passo muito importante para todo o tráfego para os Estados Unidos e é obviamente uma alternativa ao tráfego leste-oeste do mundo", diz Peralonso.

Canal do Panamá

"Para a região da América Latina, é fundamental. A maioria dos países se beneficia desse canal, há muito comércio para o Caribe e do Caribe para o Pacífico."

Mas esse canal, em comparação aos demais, é mais complexo. É construído com base num sistema de eclusas que, embora lhe tenha permitido funcionar de forma ininterrupta, pode ser o seu principal ponto fraco, porque depende das chuvas para funcionar.

Nos últimos anos, principalmente em 2016, o canal foi ampliado para otimizar o uso da água.

Principais mercadorias que passam pelo canal do Panamá

Mas a via sofreu uma de suas piores crises naturais em 2020, quando foi descoberto que estava ficando sem água.

A falta de chuvas em 2019 colocou em cheque o complicado mecanismo de eclusas que move os navios de um mar para o outro.

Assim, a instituição responsável pelo canal continua a trabalhar em várias medidas para manter seu funcionamento, incluindo a redução do número de navios que o atravessam.

3. Estreito de Ormuz

É sem dúvida uma das travessias marítimas mais estratégicas do mundo, conectando produtores de petróleo no Oriente Médio com os principais mercados na Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte.

Com cerca de 160 km de extensão, o Estreito de Ormuz é, ao contrário dos canais de Suez e do Panamá, uma passagem marítima natural e não é controlada por nenhum país.

O estreito liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã (onde estão países como Irã, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrein, Catar e os Emirados Árabes Unidos) e ao Mar da Arábia.

Estreito de Ormuz

CRÉDITO,

GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Uma média de 21 milhões de barris de petróleo por dia passam pelo Estreito de Ormuz

Em seu ponto mais estreito, o canal separa Omã e Irã por apenas 33 km. Ele possui duas vias marítimas, cada uma medindo apenas 3km.

Embora não haja dados oficiais sobre o trânsito desse canal, de acordo com a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), cerca de um quinto das exportações mundiais de petróleo passam por aqui.

Ou seja, uma média de quase 21 milhões de barris de petróleo transita por dia nessa passagem marítima. Isso representa, segundo o EIA, 21% do consumo mundial de líquidos derivados do petróleo.

Estreito de Ormuz

A maior parte da mercadoria (petróleo) que passa por este estreito é proveniente da Arábia Saudita e seus principais destinos são os mercados asiáticos da China, Índia, Japão, Coréia do Sul e Cingapura.

É de se esperar, então, que essa área seja o centro de tensão entre vários países.

Em 2018, aliás, ele ganhou destaque depois que o Irã ameaçou, mais uma vez, bloquear a passagem. Isso ocorreu depois que Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear, impondo sanções severas a Teerã.

As ameaças do Irã de bloquear a passagem preocupam o mundo, porque, se essa rota se tornar impraticável, a oferta mundial de petróleo cairia 20%, segundo dados compilados antes das últimas sanções americanas, publicadas pelo jornal The Washington Post.

No entanto, Peralonso diz que é um alerta para "colocar pressão". "É muito difícil para um país que vive de petróleo fechar seu escoamento", afirma.

4. Estreito de Malaca

Esta passagem marítima se estende por cerca de 930 km entre os oceanos Índico e Pacífico. Em sua parte mais estreita, voltada para Cingapura, tem apenas 2,7 km de largura.

De acordo com as publicações The Atlantic e Sea Trade Maritime, 84 mil navios cruzam esse estreito a cada ano, representando 25% do comércio mundial.

Dois terços do volume que passa pelo estreito são petróleo bruto do Golfo Pérsico. São cerca de 16 milhões de barris destinados, principalmente, à China e ao Japão. Mas a via também é importante para cargas a granel e contêineres.

Estreito de Malaca

O estreito tem se tornado cada vez mais importante para potências econômicas como China, Japão e Coréia do Sul, mas também para os emergentes do Sudeste Asiático.

"Este é um caminho fundamental para todas as trocas de mercadorias que existem entre o Oriente Médio e o Extremo Oriente. É um tráfego fundamental entre Índia, China e o Golfo Pérsico", diz Peralonso.

Mas a China não quer continuar dependendo desse estreito, porque muitas nações têm interesses geopolíticos ali.

Por isso, em 2013, o presidente chinês, Xi Jinping, lançou um ambicioso projeto de infraestrutura chamado Corredor Econômico China-Paquistão, como parte da Nova Rota da Seda, que o gigante asiático planeja finalizar nos próximos anos.

O objetivo é conectar a região oeste da China com o Mar da Arábia e o Oceano Índico, via Paquistão.

E a razão da China para apoiar o megaprojeto é estratégica: o gigante asiático quer conseguir um acesso terrestre mais prático e eficiente ao Oceano Índico do que o caminho que tem feito até agora, através do Estreito de Malaca.


Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Gosta de aviação? 5 profissões que vai gostar

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Você gosta de aviação e adoraria trabalhar na área? Então não podia estar em melhor lugar! Existem muitas profissões ligadas à aviação, e a boa notícia é que têm bastante procura no mercado de trabalho e os salários são bem acima da média. Curioso para saber quais são?

Nesse post resolvemos trazer algumas das profissões ligadas à aviação que têm muitas ofertas de trabalho e cuja remuneração é muito atraente.

Nos dias de hoje, com o mercado de trabalho saturado em muitas áreas profissionais, conhecer as profissões que têm melhores chances de sucesso é essencial, especialmente para aqueles que estão agora escolhendo a sua carreira.

Então, se está buscando por uma boa oportunidade para ter uma carreira de sucesso, não perca mais tempo e dê uma olhada nessa listinha de profissões que você vai amar!

5 Profissões perfeitas para quem gosta de aviação

Se o seu sonho sempre foi trabalhar na área da aviação, ou se tem um particular gosto por aviões, muito provavelmente já pensou em trabalhar como piloto ou comissário de bordo. Mas sabia que existem muitas outras profissões na área que estão sendo muito procuradas e oferecem bons salários e boas oportunidades de carreira?

É verdade!

Vamos dar uma olhada nessas profissões da aviação que, com toda a certeza, você vai adorar!

1 – Piloto

O piloto é o profissional que comanda a aeronave. Não existe ninguém mais importante dentro de um avião, até porque todo o mundo está, literalmente, nas suas mãos. Por ser um cargo de grande responsabilidade, os salários são bem acima da média.

Geralmente, em início de carreira, trabalha como piloto particular. Só depois de ter experiência e muitas horas de voo é que passa para voos comerciais.

O curso de piloto de avião é obrigatório e conta com 115 horas de treinamento prático, no mínimo. No final do curso, o credenciamento tem de ser reconhecido pela Anac.

Piloto e Co-Piloto são dois profissionais bastante requisitados pela aviação civil

Se quiser entrar numa companhia aérea (até porque os salários são mais altos) precisa ter entre 1000 e 1500 horas de experiência de voo.

2 – Co-piloto

Embora tenha menos prestígio que o piloto, esse profissional é muito requisitado. Apesar de ser olhado como um profissional inferior, o co-piloto tem a mesma formação do piloto, até porque se algo acontecer, é ele que passa para os comandos da aeronave.

Sendo assim, tem de fazer exatamente o mesmo curso e ter as mesmas horas práticas que o piloto. A entrada para as companhias aéreas pressupõe, também as mesmas horas de experiência de voo.

3 - Especialista em planejamento estratégico de malha

Nada no aeroporto seria possível se não houvesse um especialista em planejamento estratégico de malha. A verdade é que todo o funcionamento do aeroporto implica um grande planejamento, ou correríamos o risco de viver em um constante caos.

Pouco conhecido, o papel do profissional de planejamento estratégico de malha é fundamental

O especialista em planejamento estratégico de malha tem em suas mãos uma série de responsabilidades, como, por exemplo:

  • ·      Analisar o comportamento dos passageiros
  • ·      Analisar o comportamento do mercado
  • ·      Avaliar onde existe uma maior demanda de voos
  • ·      Entender quais as necessidades dos passageiros
  • ·      Buscar soluções para os passageiros que a companhia aérea possa oferecer

Desta forma, ele é o profissional que desenvolve uma inteligência competitiva para que os serviços da companhia aérea sejam mais eficientes.

4 – Controlador de tráfego aéreo

Um dos profissionais mais importantes em toda a logística de um aeroporto é o controlador de tráfego aéreo. Esse profissional é que faz o gerenciamento do tráfego aéreo e, por isso, fica responsável por fornecer as coordenadas e indicações aos pilotos e co-pilotos para as aterragens e decolagens.


É esse profissional que dá as informações mais importantes para os pilotos, como, por exemplo:

  • ·         Condições de pista
  • ·         Condições meteorológicas
  • ·         Velocidade indicada
  • ·         Altitude indicada

Como podemos conferir no site Guia das Profissões, eles podem atuar em diferentes locais do aeroporto, como a torre de controle, o centro de controle de área, controle de aproximação, defesa aérea e busca e salvamento.

Como essa é uma profissão de enorme responsabilidade e muito estresse diário, os salários também se fazem valer.

5 – Comissário de bordo

O comissário de bordo, embora não seja dos profissionais da aviação que mais ganha, é um profissional que trabalha dentro do avião e a oportunidade de viajar para vários países.

Ele ensina os passageiros o que devem fazer em caso de acidente, indicam as saídas, garantem que todos têm os cintos de segurança colocados, tiram dúvidas sobre o voo e servem as refeições e bebidas a quem quiser.

Para ser comissário de bordo tem de ter o curso correspondente. Geralmente, este curso é tirado já depois de uma pré-seleção da companhia aérea.

Concluindo:

Como teve oportunidade de ver ao longo desse artigo, existem profissões na aviação por onde escolher. Desde pilotos a profissionais dos aeroportos, as opções são várias e para todos os gostos.

Como as ofertas de trabalho são constantes e os salários são altos, é uma chance de entrar para uma carreira de sucesso e trabalhar na área da aviação.



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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Sucesso - "Super Hornet" demonstra com sucesso capacidade de operar no sistema STOBAR

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Foi anunciado pela Boeing a bem sucedida demonstração do F/A-18E "Super Hornet" operando com sistema STOBAR, comprovando sua capacidade de operar à bordo dos Navios-Aeródromos (NAe) indianos, os quais empregam o sistema de lançamento com uso de "Ski-jump". A demonstração faz parte dos esforços da norte americana Boeing, que é uma das participantes do programa que irá definir a nova aeronave embarcada da Marinha da Índia.

A demonstração que foi realizadas em coordenação com a US Navy, se deu nas instalação da Naval Air Station Patuxent river em Maryland, nos EUA, onde foi exibida a capacidade de decolagem curta do F/A-18E "Super Hornet" empregando o sistema STOBAR, com auxílio de uma rampa (Ski-jump) como se dá nos Navios-Aeródromos da Índia, validando estudos e simulação anteriores feitos nos últimos anos.

O primeiro lançamento bem-sucedido e seguro do "Super Hornet" com uma Ski-jump marca o inicio do processo de validação e certificação para aeronave operar efetivamente a partir dos porta-aviões da Marinha indiana, o que coloca a aeronave norte americana como uma das potenciais opções indianas.

A Boeing vem ofertando o F/A-18E Block III "Super Hornet" à Marinha da Índia, dentre os argumentos apresentados pela norte americana, esta a capacidade superior de combate que sua aeronave confere, além das oportunidades de cooperação entre a aviação naval dos EUA e Índia. Segundo publicado em um site indiano, o representante da Boeing na Índia, Ankur Kanaglekar disse que o "Super Hornet" é um "alicerce" para cooperação entre as Marinhas da Índia e dos Estados Unidos. No entanto, ele ressalta que os requisitos da Marinha indiana e da Força Aérea Indiana eram diferentes.

Ele ainda destacou a capacidade de integração entre o "Super Hornet" e o P-8I da Marinha indiana, sendo um “multiplicador de força”.

Como parte do programa proposto pela Boeing “By India, for India”, o "Super Hornet" Block III poderia ter grande parte da manutenção realizada pela própria Marinha indiana, bem como com parceiros da Índia e dos Estados Unidos durante todo o ciclo de vida da aeronave. Isso iria desenvolver ainda mais a experiência avançada em manutenção de aeronaves pela Índia, resultando em maior disponibilidade da aeronave, preços competitivos e risco reduzido para a Marinha indiana.

A Marinha da Índia atualmente avalia as propostas dos fabricantes recebidas em resposta ao Pedido de Informações (RFI) lançado em 2017, o qual prevê a aquisição de até 57 aeronaves bimotoras para operações embarcadas nos seus NAes. No entanto, com o DRDO oferecendo o desenvolvimento de um vetor aeronaval bimotor. Recentemente a Marinha indiana manifestou o interesse reduzir do número inicial de 57 para cerca de 36 aeronaves.

O único NAe indiano em serviço, o INS Vikramaditya, e o NAe INS Vikrant em avançado estágio de construção, contam com sistema STOBAR para lançamento e recolhimento de aeronaves, dotados de Skyjump.

Foi ventilado pela mídia local, que o Estado-Maior da Marinha Indiana tem buscado uma solução conjunto com a Força Aérea Indiana (IAF), tentando conciliar as necessidades e requisitos de ambas as forças, o que resultaria nua aquisição combinada, somando a intenção inicial de 57 aeronaves da Marinha, com as 114 aeronaves previstas pela IAF, o que resultaria no maior contrato da atualidade, somando 171 aeronaves.


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com agências de notícias indianas

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BNDES financia 3 Bi para clientes de exportação da Embraer

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No último dia 17 de dezembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de duas operações financeiras para financiar a exportações de aeronaves da bem sucedida família de E-Jets da Embraer, os negócios chegam à 3 bilhões de reais, e mostram que mesmo diante da crise desencadeada pelo COVID-19, a gigante brasileira continua firme no mercado.

As encomendas envolvem a encomenda de aeronaves E175 pela norte americana United Airlines e a venda de aeronaves E195-E2 pela holandesa AerCap Holdings, uma das maiores empresas de arrendamento de aeronaves do mercado global.

As aeronaves E175 encomendados pela United, fazem parte da família de maior sucesso do mercado, sendo líder de vendas no seu segmento, somando mais de 600 aeronaves em operação ao redor do mundo, parte da família E-jets da Embraer, com capacidade para transportar até 88 passageiros.

A encomenda da holandesa AerCap envolve os modernos E195-E2, maior e mais novo modelo da família E-Jets, sendo a nova geração denominada "E2" pela Embraer, a qual se destaca pelos avanços na redução de emissão de poluente, sendo mais silenciosa e eficiente que a geração anterior. Um dos trunfos da nova geração é o consumo de combustível que reduziu em cerca de 25%. Esta será a primeira exportação do modelo com financiamento pelo BNDES.

O apoio do BNDES as exportações é fundamental, e potencializa a capacidade de penetração dos produtos brasileiros no concorrido mercado internacional, sendo a oferta de financiamento um dos trunfos dos grandes fabricantes globais, que costumam oferecer suas aeronaves para companhias aéreas ou clientes militares já com uma linha de financiamento incluída no pacote, geralmente com crédito pré-aprovado, o que agiliza todo processo, aumentando o interesse do mercado.

“Nesse tipo de operação, os recursos do BNDES são desembolsados no Brasil, em reais, para a empresa exportadora brasileira, a Embraer. O financiamento será pago ao Banco em dólares pelas empresas estrangeiras compradoras dos bens. Isso significa a entrada de divisas no País, a partir do apoio ao desenvolvimento industrial e à exportação de produtos nacionais de alto valor agregado”, disse a nota do BNDES.


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com agências de notícias
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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Israel oferece embarcações Shaldag e sistemas navais ao Uruguai

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Segundo fontes, Yoed Magen, embaixador Israel no Uruguai, teria se reunido esta tarde com Almirante Jorge Wilson para discutir a parceria entre os dois países no campo de defesa, onde seria oferecido ao Uruguai sistemas navais de defesa e embarcações, dentre as quais especula-se que esteja na proposta embarcações de patrulha rápida (FPB) Shaldag e a possibilidade de fornecer três corvetas israelenses, dentre vários sistemas e meios que devem compor a proposta.


FPB Shaldag

Os barcos de patrulha rápida da classe SHALDAG são construídos pela Israel Shipyards Limited (ISL), tendo sido desenvolvidos para atender aos exigentes requisitos de segurança costeira, foi projetado especificamente para oferecer resposta imediata e interceptação de alta velocidade em situações de emergência.

A classe SHALDAG pode apoiar uma série de missões, como patrulha marítima, dar resposta a ameaças terroristas, tráfico de drogas, prevenção de imigração ilegal e operações de busca e salvamento (SAR).

Seu sistema de armas conta com uma metralhadora automática TYPHOON 23 mm-25 mm, duas metralhadoras pesadas MINI-TYPHOON de 12,7 mm ou 7,62 mm e outras metralhadoras de configuração semelhante. Sendo ainda capaz de empregar até oito mísseis anti-navio de curto alcance.

O sistema de navegação integrado a bordo da embarcação inclui um telêmetro a laser, câmeras de alta definição, equipamento de imagem térmica e um console de controle com displays multifuncionais de 15 polegadas.

O conjunto de sensores integra um radar de busca de superfície de banda X e o sistema eletro-óptico (EOS) Rafael TOPLITE ou IAI POP para vigilância e controle de incêndio durante o dia e a noite.

A classe SHALDAG é propulsada por dois motores diesel MTU de operação independente, do tipo 16V2000 ou 12V4000. Os motores alimentam  dois sistemas de hidrojato MJP 550DD ou 650DD.

A classe SHALDAG possui três variantes, denominadas SHALDAG MK II, SHALDAG MK III / IV e SHALDAG MK V.

O SHALDAG MK II tem um comprimento total de 24,8m e calado máximo de 1,15m, deslocando 58 ton. Com capacidade para oito a dez tripulantes, sua autonomia chega a 650nm, podendo permanecer no mar por quatro dias, capaz de atingir a velocidade máxima de 45 nós. 

O SHALDAG MK III / IV tem 26,7m de comprimento e possui um calado máximo de 1,2m e deslocando 64 ton. A variante pode atingir uma autonomia de até 700nm sem suprimentos, permanecendo no mar por até quatro dias. Pode comportar até 12 tripulantes.

O SHALDAG MK V é uma variante avançada em comparação com as outras variantes em termos de desempenho e atributos. Apresenta um comprimento total de 31,2m, calado de 1,25m, deslocando 95 ton. A resistência e o alcance máximos da embarcação são de seis dias de mar e 1.000 nm, respectivamente. Com até 14 tripulantes.


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Japão cancela sistema AEGIS Ashore, e considera mudar postura defensiva

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Após realizar estudo detalhado, o Conselho de Segurança Nacional do Japão aprovou o plano para cancelar a implantação de dois sistemas de defesa antimísseis Aegis Ashore junto aos EUA. O sistema de defesa é uma versão baseada em terra do Aegis que equipa diversas classes de destróieres, porém, o aumento vertiginoso do programa levou a necessidade de um estudo criterioso, o qual apontou para o cancelamento como melhor opção.

O Japão encontrou no Aegis Ashore, uma solução contra a ameaça representada pelos mísseis balísticos da Coréia do Norte, onde um contrato firmado com os EUA visava a implantação de dois sistemas do tipo, o quais seriam implantados em Yamaguchi, no sul, e outro em Akita, no norte, o que permitiria uma cobertura completa do território japonês. Hoje as defesas consistem em destróieres equipados com sistema Aegis no mar e mísseis Patriot em terra.

Segundo o ministro da Defesa, Taro Kono, o Japão agora revisará seu programa de defesa antimísseis e revisará toda sua postura de defesa.

O conselho tomou sua decisão na última quarta-feira (24) e agora o governo precisará entrar em negociações com os EUA sobre o que fazer com os pagamentos já realizados e o contrato de compra dos sistemas Aegis Ashore.

Segundo justificou Taro Kono, o principal fator que corroborou para essa decisão foi a descoberta que a segurança de uma das duas comunidades de host não poderia ser garantida sem um redesenho de hardware, o que seria muito demorado e dispendioso. Além do custo ter duplicado, chegando aos 4,1 bilhões de dólares.

O primeiro-ministro Shinzo Abe, constantemente tem pressionado para aumentar a capacidade de defesa do Japão. Abe disse que o governo consideraria a possibilidade de adquirir capacidades preventiva de ataque, um plano controverso que vai de encontro com a Constituição do país, que desde sua capitulação na Segunda Guerra Mundial, renunciou as capacidades ofensivas, mantendo forças de defesa estritamente limitadas a defesa. 

Tal mudança com a aquisição de capacidades ofensivas, e uma doutrina de emprego que vislumbre a possibilidade de lançar ataques preventivos, violaria a Constituição em vigor, o que viria a reforçar inúmeras mudanças observadas na última década internamente no que diz respeito as capacidades militares do país. O que é notável através de alterações em programas e sistemas de defesa do país, os quais cada vez mais vem ganhando capacidade ofensiva, a qual vem sendo travestida de diversas formas para burlar as limitações impostas pela Constituição.

É compreensível a mudança na postura que o Japão vem adotando, onde observamos um aumento no nível de conflitabilidade na região Ásia-Pacífico, onde além da ameaça representada pelos mísseis balísticos norte-coreanos, vislumbramos um crescimento vertiginoso nas capacidades navais chinesas, bem como uma postura que suscita desconfiança, uma vez que a China esta na corrida para obter a hegemonia no seu entorno geoestratégico imediato, o que tende a ser ampliado nas próximas décadas, buscando uma capacidade de projeção capaz de se impor a players globais.


Por: Angelo Nicolaci

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