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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Iranianos vão às ruas contra EUA diante de embaixada em Teerã

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Ultraconservadores iranianos contrários à reaproximação com os EUA mobilizaram nesta segunda-feira dezenas de milhares de pessoas na frente da antiga embaixada americana em Teerã para celebrar o 34º aniversário da tomada de reféns que levou os dois países à ruptura.
A invasão da representação diplomática, na qual 52 reféns americanos permaneceram em cativeiro por 444 dias, é comemorada a cada 4 de novembro, mas esta celebração foi a maior dos últimos anos, segundo testemunhas.
 
O volume da manifestação é amplamente atribuído a esforços da milícia linha dura basij, influente em mesquitas e universidades, para engrossar o coro contra o presidente Hasan Rowhani, cujos acenos ao Ocidente são vistos como capitulação.
 
Formada em grande parte por estudantes transportados em ônibus fretados, a multidão que se espremeu na rua Taleghani, no centro de Teerã, entoava a todo instante o grito de "Morte à América", em sinal de rejeição a apelos do campo pró-Rowhani para que a conclamação seja abolida.

Protesto no Irã

Numerosos cartazes anti-EUA erguiam-se sobre a maré humana. Muitos ostentavam a pergunta: "Por que não abolir o grito de 'morte à América?'", com variações de respostas.
 
Algumas mensagens diziam: "porque os EUA impõem sanções" ou "porque os EUA fazem filmes anti-iranianos", referência a "Argo", cujo tema é o sequestro da embaixada americana.
 
"Todos os problemas que enfrentamos são causados pelos EUA. Continuaremos com o slogan enquanto eles mantiverem sua política de tirania e injustiça", esbravejou o estudante Mohamad E., 16.
 
Veterano da guerra contra o Iraque, na qual os EUA apoiaram o ditador Saddam Hussein na invasão do Irã, um senhor que se identificou apenas como Pirhayati, 64, disse que é "impossível ser amigo da América."
 
"A relação entre o Irã e os EUA é a mesma que a de uma ovelha com um lobo. Nunca poderão ser amigos", afirmou o veterano, cujo olho esquerdo, perdido na guerra, estava forrado com algodão.
 
O único politico a discursar foi o ex-negociador nuclear Saeed Jalili, que se candidatou à última eleição presidencial, em junho, com uma plataforma ultraconservadora contrária a concessões nas conversas atômicas.
 
"Pela lógica do [aiatolá Ruhollah] Khomeini [fundador da teocracia iraniana], 'Morte à América'pregava a morte da humilhação das nações [e] e da violência que permite ocupar países", disse Jalili, ombros cobertos com o lenço xadrez preto e branco dos milicianos basijis.
 
RACHA INTERNO
 
A demonstração de força dos ultraconservadores evidencia um racha interno acerca dos esforços diplomáticos do governo Rowhani, que oferece ao Ocidente importantes concessões nucleares em troca do fim das severas sanções econômicas ao Irã.
 
A primeira rodada de negociações com as potências na era Rowhani, iniciada no mês passado, retoma nesta quinta-feira, em Genebra, num ambiente elogiado por ambas as partes.
 
O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, reiterou no último domingo que apoia acenos do presidente.
Mas, embora seja detentor da palavra final no país, Khamenei está sob pressão de facções como a Guarda Revolucionária, que temem perder relevância ideológica e privilégios econômicos em caso de normalização com o Ocidente. A milícia basij, protagonista do protesto desta segunda-feira, é ligada à guarda.
 
Um analista ligado ao regime disse à Folha que as contradições refletem a dupla estratégia do Irã.
 
"Os EUA negociam e ao mesmo tempo dizem que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive um ataque. O Irã decidiu fazer o mesmo. Negocia e grita 'Morte à América'".
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sindicato de professores do RJ apoia Black Blocs e quer autodefesa

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O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio de Janeiro aprovou em assembleia realizada nesta quarta-feira, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, apoio incondicional aos Black Blocs diante das ações policiais nas próximas manifestações e quer organizar um grupo de autodefesa da categoria para os próximos atos – nesta quinta-feira está marcado outro protesto dos docentes, em greve há quase dois meses.
Esta é a primeira vez que o sindicato, que vem batendo de frente com a Prefeitura contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) aprovado pela Câmara de Vereadores e promovendo seguidas manifestações reivindicando gratificações e aumento salarial para a categoria, declara estar de acordo com a participação dos mascarados nos atos.
A decisão ocorre mesmo diante do fato de que os professores não participam do vandalismo promovido pelo grupo de preto, que na última segunda-feira tentou incendiar a Câmara, quebrou agências bancárias e ateou fogo num ônibus em plena avenida Rio Branco, coração do centro do Rio. Diz o texto, escrito à mão, lido e aprovado na assembleia do Sepe, que “toda ajuda é bem-vinda desde que se submeta às concepções e condições da nossa categoria” e que, portanto, “defendemos incondicionalmente os Black Blocs das ações policiais”. ​
 
“Não podemos falar em nome desses setores, mas a categoria teve uma boa recepção à atitude desses no dia 1º de outubro, quando fomos duramente reprimidos e estes grupos radicais saíram em nossa defesa”, declarou ao Terra Ivanete Conceição Silva, coordenadora geral do Sepe, acerca da aprovação do PCCR pelos vereadores, dia em que a Cinelândia, mais uma vez, tornou-se palco de confrontos, com os docentes em meio a bombas e gás lacrimogêneo. Na ocasião, os Black Blocs defenderam os docentes em greve da PM.
“Sobre a ação acontecida (na última segunda-feira), nós não somos defensores de atos de violência e dano ao patrimônio. Não temos acordo com essas ações”, deixou claro ainda Ivanete, que disse ainda duvidar dos que colocam a culpa nos Black Blocs na totalidade dos atos de vandalismo, sempre subsequentes às passeatas pacíficas. “As ações de quebra-quebra e queima de ônibus nos parecem algo orquestrado por outros setores, muito mais do que os grupos radicalizados que estão vindo às ruas fazerem suas manifestações”, completou.
 
Para Suzana Gutierrez, uma das coordenadoras do Sepe, “quem começou o processo de truculência e arbitrariedade foi o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes ao utilizarem a força policial fortemente armada contra os profissionais de educação. Obviamente, isto fez com quem outros grupos nos apoiassem. Para nós, não há criminalização nenhuma para professores e manifestantes”.
Diretor da 13ª regional do Sepe, Gualberto Tinoco acredita que os dois tipos de manifestos ocorridos nas ruas possam coexistir, pois “um tem o caráter mais incisivo, contra o capitalismo, de quebrar banco, quebra tudo. E outro, de fazer manifestação de forma pacífica e ordeira. Agora, nós encaramos estas duas formas de manifestação como legítimas. E a polícia e o aparato do Estado tem que ter políticas e medidas para atuar em uma, e na outra”.
Sobre o fato de o Sepe estar organizando entre seus diretores uma forma de autoproteção para os docentes nas demais manifestações, o sindicato ainda não divulgou maiores informações de como pretende colocar este artigo aprovado na assembleia em prática, tampouco se irá fazer uso de segurança privada durante as próximas passeatas.
 
Fonte: Terra
 
Nota do GBN: Estamos em uma situação preocupante, onde o governo esta perdendo cada vez mais o seu papel diante de nossa sociedade e alimentando com sua postura irresponsável para com as questões essênciais de nossa sociedade, relegando a segundo plano as reivindicações de toda sociedade resguardando interesses de uma pequena classe, com isso assistimos a cada dia o aumento na violência perpetrada nas manifestações e o aumento do apoio popular a essas ações violentas.
 
Movimentos sérios de classes importantes como nos são os professores, passam a dar apoio as organizações que confrontam violentamente o estado, com isso vemos o próprio governo semear as sementes de um levante popular que pode resultar em um futuro próximo a um conflito interno de consideráveis dimensões e que pode resultar da declaração de um estado de excessões, onde poderemos ver o surgimento de algo similar ao que ocorreu em 64, mas sob comando daqueles que outrora lutaram contra a "repressiva" ditadura como eles intitulavam. Estejamos atentos as manobras de subv; ersão contra subversão, como já foi tema de artigo oportuno publicado aqui no GBN: A Ameaça subversiva no cenário geopolítico
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Egito critica decisão dos EUA de suspender ajuda

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O Egito criticou nesta quinta-feira a decisão tomada pelos Estados Unidos de suspender parte da ajuda econômica e militar ao governo egípcio na esteira da repressão à Irmandade Muçulmana.
A medida adotada pelos EUA suspende o fornecimento de tanques e aviões de combate, mas assegura o apoio a atividades de contraterrorismo. O Egito é o segundo maior receptor de ajuda dos EUA, depois de Israel.
"A decisão foi errada. O Egito não vai se dobrar à pressão norte-americana e mantém o caminho para a democracia", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Badr Abdelatty, em entrevista a uma rádio privada egípcia.
Os EUA anunciaram na quarta-feira que suspenderiam o envio de tanques, caças, helicópteros e mísseis ao Egito, além de US$ 260 milhões em ajuda financeira, enquanto Washington avalia a situação da democracia e dos direitos humanos depois da tomada do poder pelos militares no país árabe.
A decisão demonstra a insatisfação norte-americana com os rumos do Egito desde a deposição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em 3 de julho
 
Fonte: Reuters
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Lei da ditadura para enquadrar vandalismo em manifestações

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Imagem da repressão durante a ditadura e hoje


Casal de manifestantes preso no quebra-quebra de segunda-feira, em São Paulo, é acusado com base na Lei de Segurança Nacional. No Rio de Janeiro, legislação mais dura vai ser usada contra vândalos


A ação de vândalos tem marcado a onda de protestos que começou em junho e julho, sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo. Governos e forças de segurança pública buscam formas de conter os atos de violência e a depredação de bens públicos e privados sem tirar das pessoas o direito de manifestação. Depois da aprovação de leis, em diversos estados, para proibir o uso de máscaras, um antigo dispositivo jurídico ainda vigente foi ressuscitado pela Polícia Civil paulista. Na segunda-feira, um casal de mascarados detido nos confrontos no centro da cidade foram enquadrados na Lei 7.170, de 1983, conhecida como Lei de Segurança Nacional. A norma, promulgada na ditadura militar, prevê punição para quem lesar ou ameaçar a integridade territorial, a soberania nacional, o regime vigente ou os chefes dos Poderes da União.
 
Humberto Caporalli, de 24 anos, e a namorada, Luana Bernardo Lopes, de 19, foram presos ao lado de um carro da Polícia Militar, que havia sido tombado por manifestantes. Com base em fotos e vídeos gravados nos equipamentos apreendidos com os dois — embora não tenham sido flagrados auxiliando a virar o veículo —, o casal teria, segundo a PM, incentivado os atos de vandalismo. Caso o Ministério Público tenha o mesmo entendimento do delegado que lavrou o boletim de ocorrência, Humberto e Luana poderão ser condenados de três a 10 anos de reclusão por "praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte", previsto no Artigo 15 da norma. O casal também responderá por associação criminosa, incitação ao crime, dano qualificado, pichação e posse de arma de fogo de uso restrito.
 
O uso da Lei de Segurança Nacional divide opiniões (veja Ponto crítico). Em nota, o grupo Advogados Ativistas, que faz a defesa do casal, lembrou que a norma não foi aplicada "nem mesmo quando dos ataques do PCC em São Paulo", em 2012. "Essa tentativa de se implantar a ordem pública através de ginásticas jurídicas é malefício incontestável para a segurança jurídica e os direitos humanos", diz trecho do documento.
 
Romualdo Sanches Calvo Filho, presidente da Academia Paulista de Direito Criminal, ressalta que a lei ainda está em vigor e, portanto, pode ser usada. "Nada impede que o Ministério Público ou mesmo o juiz entenda de outra forma, caso verifique que há excessos na acusação", ressalta o advogado criminal. Já o jurista Luiz Flávio Gomes crê que a utilização da norma "foi um erro". "A Lei de Segurança Nacional só pode ser usada quando se quer derrubar o governo, e os black blocs não querem isso. Eles são vândalos", opina. Para Gomes, o Código Penal bastaria para enquadrar os baderneiros.
 
Balas de borracha
 
Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o secretário da Segurança Pública do estado, Fernando Grella Vieira, evitou se posicionar sobre o uso do dispositivo legal, mas anunciou que as balas de borracha voltarão a ser usadas pela PM em caso de distúrbios e depredações. O armamento havia sido proibido pelo governador, Geraldo Alckmin, em 17 de junho, logo após as primeiras grandes manifestações que abalaram o país. As balas de borracha feriram vários manifestantes, alguns gravemente. Segundo Grella, no entanto, esse tipo de munição, considerado não letal, não deve ser usado contra manifestantes, mas contra "grupos de vândalos". Também foi anunciada a criação de um grupo de trabalho do governo paulista para identificar e punir os baderneiros. O trabalho será feito pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e poderá quebrar sigilos bancário, financeiro e telefônico dos suspeitos.
 
Protesto em Goiânia
 
Cerca de 300 professores invadiram ontem o plenário da Câmara Municipal de Goiânia. Em greve há duas semanas, os docentes protestam contra um projeto que altera as regras do auxílio-transporte da categoria. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a paralisação atinge 59% das escolas, e 70 mil alunos estão sem aulas. A prefeitura de Goiânia conseguiu que a Justiça impusesse ao sindicato multa de R$ 10 mil por dia de paralisação. Mas os docentes dizem que não vão encerrar o movimento ou desocupar o plenário da Câmara até serem atendidos.
 
Ponto crítico - Você concorda com a aplicação da Lei de Segurança Nacional?
SIM
Romualdo Sanches Filho - Presidente da Academia Paulista de Direito Criminal
 
Ainda que seja uma lei anacrônica, com resquícios da ditadura, ela pode ser empregada, em tese, porque ainda está em vigor. Há leis ainda mais antigas que esta e que continuam valendo. Portanto, na ausência de uma tipificação mais adequada, segundo a técnica jurídica, nada impede que seja usada. O que deverá ser analisado são as circunstâncias em que o casal foi detido. O que a polícia fez foi uma pré-classificação do crime. Nada impede que o Ministério Público ou mesmo o juiz entenda de outra forma, caso verifique que há excessos na acusação. Embora haja um entendimento de que essa Lei de Segurança Nacional não se encontra em harmonia com a Constituição Federal, ela produz efeitos.
 
NÃO
 
Wadih Damous - Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB
 
A Lei de Segurança Nacional foi uma invenção da ditadura, para se autojustificar. É uma lei de exceção, para um período de exceção, e que já deveria ter sido revogada. Mas esses grupos de mascarados não contam com o nosso apoio. Assim como condenamos a violência policial, condenamos a violência de onde quer que ela parta. Quem depreda o patrimônio público, depreda lojas, incendeia ônibus, tem que ser reprimido na forma da lei. O Código Penal é suficiente para punir essas situações. Temos instituições que funcionam livremente — polícia, Ministério Público e Judiciário. Não há nenhuma ameaça à segurança nacional.
 
Advogados criticam medidas do governo
 
O uso da Lei de Segurança Nacional e a estratégia anunciada pelo governo de enquadrar manifestantes por associação criminosa provocaram divergências entre juristas e advogados. "A Lei de Segurança Nacional foi promulgada em 1983, em plena ditadura militar. Tem termos típicos da ditadura, como grupos subversivos, subverter a ordem. Civis serão julgados por militares. Claro, excessos devem ser punidos, mas pelos militares? Os black blocs estão ameaçando a segurança nacional? Acho bastante exagerado", afirmou o advogado criminalista Marcelo Feller, que atuou na defesa de manifestantes detidos em protestos.
 
Ele também criticou a estratégia do governo de enquadrar os manifestantes por associação criminosa. "Só o fato de pegarem pessoas juntas não configura associação criminosa. Mas, sim, quando se juntam previamente para reiteradamente cometerem crimes. Isso gera também a discussão sobre a legitimidade dos black blocs. Em 1988, um alemão que arremessasse um martelo contra o muro de Berlim deveria ser processado por dano ao patrimônio?"
 
Já o jurista e professor Luiz Flavio Gomes defendeu a iniciativa. "Está juridicamente correto enquadrar por associação criminosa. É prudente, equilibrado. Tem de uniformizar. Não é o delegado inventar coisas da cabeça dele. É melhor uma única coisa. O juiz soma as penas para cada um depois", disse Gomes, que também criticou o uso da Lei de Segurança Nacional. "É forçar a barra. O crime político exige que haja destituição do poder. Esse grupo (de black blocs) age de forma toda errada, algo absurdo, o estado democrático não permite. Mas o erro deles não chega ao ponto de trocar o governo e, portanto, não se enquadra na Lei de Segurança Nacional."
 
fonte: GBN com agências de notícias
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Polícia Civil do Rio vai usar Lei de Organização Criminosa contra detidos por vandalismos

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A Polícia Civil fluminense usará a Lei de Organização Criminosa contra as pessoas flagradas em atos de vandalismos durante as manifestações na cidade. No ato organizado nesta segunda-feira (7/10) pelos professores em greve, um grupo de mascarados ateou fogo a ônibus, destruiu as paradas de coletivos, queimou lixeiras e danificou agências bancárias e prédios públicos.
 
O protesto ocorreu de forma pacífica até o fim, na Cinelândia, onde os participantes começaram a se dispersar. A partir daí, os integrantes de uma organização conhecida como Black Bloc deram início às ações de vandalismos e confrontos com policiais militares. O prédio histórico do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, foi um dos alvos das ações do grupo.
 
Segundo a Polícia Civil, as investigações de casos vandalismo durante as manifestações serão baseadas agora na Lei 12.850, aprovada em agosto deste ano e em vigor desde o fim setembro. "A Lei de Organização Criminosa prevê que a reunião de quatro ou mais indivíduos, formal ou informalmente, por qualquer meio, para a prática criminosa, seja autuada como organização criminosa, podendo [os integrantes] pegar até oito anos de prisão".
Na confusão desta terça-feira (8/10), de acordo com a PM (Polícia Militar), a corporação agiu com todos os recursos adequados para esse tipo de situação, quando começaram as depredações do patrimônio público e privado. Ao todo, segundo a PM, 18 suspeitos foram detidos e levados para delegacias da Polícia Civil.
 
Fonte: Agência Brasil
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Sancionada proibição de máscaras em manifestações no Rio. E durante as eleições?

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Após o governador Sérgio Cabral sancionar a lei 2.405/13, na última quarta (11), que proíbe o uso de máscaras em manifestações em todo o Estado do Rio.


O projeto de autoria dos deputados Paulo Melo (PMDB) e Domingos Brazão (PMDB) regulamenta o artigo 23 da Constituição Estadual, que trata do direito às manifestações pacíficas. Que vem a estender a proibição a qualquer recurso usado para cobrir o rosto, e não apenas máscaras. Com Lei 6.528 publicada no Diário Oficial do Estado  nesta quinta-feira (12).
 
Agora resta não só a população do estado do Rio de Janeiro, mas a todo brasileiro pressionar para que seja aprovada a lei que proíba as máscaras durante o período eleitoral, para que o povo não venha a sofrer com um mau antigo da decepção com nossa política, pois após ser eleitos as máscaras caem e vemos um mar de corrupção e falta de comprometimento com as questões públicas e o bem de nossa nação.

Autor: Angelo Nicolaci - Editor GBN GeoPolítica Brasil
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Egito prorroga estado de emergência por mais dois meses

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O presidente interino do Egito, Adly Mansour, prolongou nesta quinta-feira por mais dois meses o estado de emergência, em vigor desde 14 de agosto. A medida foi aplicada por um mês como resposta aos protestos de grupos islamitas contra a deposição do presidente Mohammed Mursi, em 3 de julho.
 
A retirada do mandatário islamita, escolhido em eleições diretas, foi coordenada pelos militares, depois que seu governo foi contestado por liberais por tomar medidas autoritárias, querer a aplicação da lei islâmica e ser considerado responsável pela forte crise econômica no país.
 
A saída de Mursi provocou uma forte crise política e intensos protestos da Irmandade Muçulmana, grupo ao qual ele era vinculado. As manifestações terminaram em uma série de confrontos violentos que deixaram mais de 1.200 mortos em dois meses.
 
Em comunicado, o presidente justificou a decisão por causa da "evolução e da situação de segurança no país" e a atentados terroristas. Na última quinta (5), o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, foi vítima de uma explosão de um carro-bomba, reivindicada por um grupo radical islâmico.
 
A prorrogação foi aprovada pelo Conselho de Ministros e entra em vigor a partir desta quinta. Com o decreto, o governo interino chega a seu limite de tempo para manter o estado de emergência, se for seguido o anúncio constitucional emitido em julho, logo após a queda de Mursi.
 
A medida só poderá ser prorrogada se o governo interino convocar um referendo que, se aprovado, pode prolongá-lo por três meses. Durante o período de exceção, o Exército ganha pode de polícia e são suspensos direitos como greve, defesa, propriedade privada e celebração de comícios e eventos políticos.
 
Além do estado de emergência, diversas cidades egípcias, incluindo a capital Cairo, estão submetidas a toque de recolher noturno, que também foi estipulado em 14 de agosto e deveria durar um mês. O governo ainda não se pronunciou a respeito da manutenção da medida.
 
Fonte: Folha
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domingo, 8 de setembro de 2013

Black Blocs cativam e assustam manifestantes mundo afora

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Jovens mascarados e vestidos de preto andam em grupo no meio de protestos. Portam bandeiras negras ou símbolos anarquistas, quebram vidraças, entram em confronto com a polícia e embora não possuam líderança clara, têm nome definido: Black Blocs.
Essa poderia ser uma cena vista no Brasil, no Egito, na Turquia, na Grécia, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar do mundo.
 
Para Francis Dupuis-Déri, professor de ciência política da UQAM (Université du Québec à Montréal) e autor do livro "Les Black Blocs", a internet e a crescente insatisfação com os governos e a economia impulsionam o movimento.
"Os Black Blocs são fáceis de identificar, eles usam roupas específicas. É algo simples de ser reproduzido. Alguém pode vê-los na TV e imitá-los. Acredito que a internet também tenha um papel crucial", disse.
De acordo com Dupuis-Déri, que pesquisa os grupos há dez anos, a internet se tornou o seu principal canal de comunicação porque permite que os grupos interajam rapidamente e organizem protestos.
"Os Black Blocs não são uma organização permanente. Pelo caráter anarquista desses grupos, eles não têm um líder ou um representante para falar com o governo, por exemplo. Antes e depois de uma manifestação, eles não existem", explicou.
No Brasil, como em outras partes, os Black Blocs usam o Facebook para postar vídeos, fotos e organizar atos. Foi por meio do perfil Black Bloc Egypt que jovens egípcios convocaram ataques ao palácio presencial e o fechamento de pontes no Cairo.
Identificando-se apenas como Morro, um dos administradores da página egípcia contou à BBC Brasil que o grupo já se reunia há dois anos para protestar. "Primeiro, pensamos em formar um movimento hooligan, mas depois vimos vídeos e Black Blocs na Grécia e nos inspiramos", disse.
As táticas violentas dos Black Blocs no Egito foram duramente reprimidas pelas forças de segurança. Ao menos três membros do grupo foram mortos e dezenas estão presos. Atualmente, o grupo tem presença tímida nas manifestações.
Assim como no Brasil, onde Black Blocs têm depredado agências bancárias e concessionárias de carro, no Egito o grupo provocou a desconfiança do público e de outros manifestantes.
"A maior parte das pessoas no Egito tem medo deles, acha que são vândalos ou bandidos", afirmou a ativista egípcia Nihal Zaghloul.
Tática
Surgida nos anos 1980 na Alemanha no âmbito dos movimentos de contra-cultura e em defesa dos squats, a tática de protesto Black Bloc originalmente pode ou não usar a violência e tem alvos específicos, como agências bancárias.
Da década de 1990 em diante, a técnica Black Bloc se espalhou pelas cenas anarquistas, punk, anti-facistas e ecológicas. E ganhou força em mobilizações contra o neoliberalismo e o capitalismo, como na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1999, em Seattle, em 2001, em Roma, ou durante a reunião do G20 em Toronto, em 2010.
Segundo Dupuis-Déri, os Black Blocs são em geral indivíduos com ativa participação política no dia a dia.
Os Black Blocs que participaram dos protestos de 2012 no Quèbéc, Canadá, se disseram "estudantes, trabalhadores, desempregados e revoltados", no "Manifeste du Carré Noir", que fizeram circular na internet.
Recentemente, grupos Black Blocs atuaram em diferentes protestos contra os governos na Grécia, na Turquia, no Chile e no México.
"Os Black Blocs são sintomáticos de uma crescente insatisfação mundial com os governos e o sistema econômico. A violência em um movimento social sempre tende a assustar e afastar as pessoas, isso é senso comum. Mas há casos em que a violência chamou a atenção da mídia, levantou um debate público, denunciou repressões", explicou o cientista político.
Violência
Movimentos como os protestos de Seatlle fizeram conhecida a face violenta desses grupos, mas a violência "não é necessariamente usada pelos Black Blocs", diz o professor de ciência política canadense.
"Os atos violentos são dirigidos a alvos determinados como as forças de segurança e os bancos. Casos de furtos ou roubos não são comuns".
O acadêmico lembra também que a violência é uma constante histórica em lutas de movimentos sociais e revoluções.
"Mesmo o movimento feminista pelo direito ao voto no início do século 20 viu momentos de violência", diz Dupuis-Déri.
Em 1911, centenas de mulheres saíram às ruas de Londres em protesto e quebraram janelas e vitrines no centro comercial da cidade. A então líder do movimento feminista Emmeline Pankhurst disse que "o argumento da vidraça quebrada era o argumento mais valorizado na política moderna".
Depois da prisão em massa das ativistas ela ainda alegou que "elas tinham tentado tudo – protestos e reuniões — mas nada funcionara".
 
Fonte: BBC Brasil
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sábado, 7 de setembro de 2013

Jornalistas sofrem ataques da PM e são hostilizados por manifestantes

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A jornada de protestos pelo país no Dia da Independência resultou em agressões a jornalistas.
 
Em Brasília, o fotógrafo Ueslei Marcelino, da agência Reuters, foi ferido enquanto cobria a ação policial para barrar manifestantes que tentavam chegar ao Estádio Nacional de Brasília, onde a seleção brasileira pega a Austrália neste sábado.
 
Segundo relatos iniciais, ele caiu ao fugir de um dos cães utilizados pelo Batalhão de Choque para conter os manifestantes. Marcelino foi removido pela própria PM para receber atendimento.
 
Enquanto fotografavam e conversavam com Marcelino, repórteres e fotógrafos foram atacados com spray de pimenta por alguns policiais. Houve correria e bate-boca.
 
O fotógrafo Fábio Braga, da Folha, foi atacado por cachorros da PM, mas não ficou ferido
 
Mais cedo, também em Brasília, integrantes do grupo 'black blocs' ameaçaram repórteres da Folha que acompanhavam depredações promovidas pelos manifestantes contra concessionárias de automóveis. Poucos antes, os 'black blocs' haviam tentado invadir um prédio da TV Globo, no que foram rechaçados pela polícia.
 
No Rio, uma equipe da TV Globo foi hostilizada por manifestantes. O repórter só conseguiu deixar o local dentro de um carro da PM.
 
Em Manaus, a polícia deteve um manifestante suspeito de agredir duas jornalistas que cobriam o protesto
 
Fonte: Folha
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Manifestações em todo Brasil, choques com a policia no Rio e Brasília

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Protestos de rua eram realizados em várias cidades do Brasil neste sábado 7 de setembro, Dia da Independência, e no Rio de Janeiro, e Brasília, manifestantes enfrentaram a polícia, que tentou dispersá-los com gás lacrimogêneo e gás de pimenta.
 
Vários grupos convocaram manifestações em mais de 100 cidades do país através de redes sociais, mas são até agora significativamente menores que as de junho, quando mais de um milhão de pessoas protestaram contra a corrupção, os gastos milionários como Mundial 2014 e os serviços de saúde, educação e transporte de má qualidade.
 
No Rio, um grupo de mais de 100 manifestantes, alguns mascarados, invadiram o desfile militar pela independência no centro.
 
A polícia disparou gás lacrimogêneo perto dos espectadores, muitos deles famílias com crianças, que correram para se proteger, constatou a AFP.
 
Nove pessoas ficaram feridas, segundo a secretaria municipal da Saúde, e ao menos 12 manifestantes foram detidos, indicou a Polícia Civil.
 
Uma agência bancária próxima ao local do desfile foi destruída pelos manifestantes, segundo o site G1.
 
Nem o prefeito do Rio, Eduardo Paes, nem o governador do Estado, Sérgio Cabral, assistiam ao desfile, cuja duração e número de participantes foi reduzido devido aos protestos previstos.
 
"A educação brasileira é uma vergonha, os salários tambem, há investimento para iniciativas privadas invés de iniciativas públicas", denunciou à AFP Eduardo Marques, de 25 anos, que acaba de se formar como professor e exige "a inserção social de todos os brasileiros".
 
Nem todos os manifestantes são de esquerda: alguns como Paula Cohen, uma empresária imobiliária de 32 anos, exigem uma intervenção militar que ponha fim ao governo da presidente Dilma Rousseff.
"A insatisfação do povo de bem, que trabalha, é de 1.000%. Desde que chegou ao poder, o governo do PT destruiu o país. Somos a favor da volta dos militares", afirmou Cohen.
 
A segurança foi reforçada em todas as cidades principalmente me Brasília, onde Dilma participou sem incidentes do tradicional desfile militar a bordo de um automóvel oficial.
 
Apenas 5.000 espectadores assistiram ao desfile na Esplanada dos Ministérios, que tem lugar para 24.000 pessoas.
 
Depois do fim do desfile, cerca de 2.000 manifestantes contra a corrupção marcharam até o Congresso, e foi registrado um confronto com a polícia, que lançou spray de pimenta contra algumas de novo.
 
"Queremos melhorias na educação, reforma e democratização da mídia, os protestos de junho serviram para pressionar o Congresso para que aprove medidas, temos de manter isso vivo", afirmu à AFP Philip Leite, do movimento estudantil Kizamba.
 
Um grupo de manifestantes percorreu o trajeto com uma espécie de carro alegórico, o "Papuda-móvel", a prisão de Brasília, para onde querem que os políticos corruptos vão para poder "limpar" o Congresso brasileiro.
 
Está previsto que as manifestações durem todo o dia. Em Brasília, coincidirão, à tarde, com a disputa do amistoso da seleção brasileira contra a Austrália no estádio Mané Garrincha.
 
Quase 4 mil policiais protegem a capital federal, onde a polícia advertiu que os manifestantes mascarados serão identificados e detidos, uma medida que já começou a entrar em vigor no Rio para impedir atos de vandalismo contra bancos, comércio e bens públicos.
 
A presidente Dilma disse na véspera, durante a transmissão de um pronunciamento à nação, que "a população tem todo o direito de indignar-se com o que está errado e exigir mudanças", mas pediu para que não deixem que "uma camada de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos".
 
A popularidade da presidente caiu de 63% a 30% depois dos protestos de junho, mas subiu para 36% no início de agosto depois do anúncio de mais investimentos nos serviços públicos e sua decisão de promover uma reforma política.
 
Em São Paulo, uma manifestação convocada com o lema "Grito dos Excluídos" bloqueou o trânsito em parte da Avenida Paulista, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
 
"Vim hoje porque quero uma casa digna (...). Esta é uma marcha pacífica por uma moradia digna e também pela saúde e educação", explicou Regina Silva, de 50 anos.
 
Em Recife, os manifestantes começavam a se concentrar usando traje de praia, com a ideia de fazer um protestos em bicicleta, segundo o site G1. A princípio, o objetivo era fazer o protestos com todos nus, mas a polícia alertou que haveria prisões caso isso acontecesse.
 
Outras manifestações também são realizadas em Porto Alegre, Belo Horizonte, Cuiabá, Belém, Fortaleza e Maceió, entre outras cidades.
 
Fonte: AFP
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Tropa de Choque usa gás lacrimogêneo contra manifestantes no Rio

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Centenas de manifestantes burlaram neste sábado um forte cerco policial, invadiram o desfile militar pelo Dia da Independência no Rio de Janeiro e entraram em confronto com a polícia. Os manifestantes, em grande parte convocados pelas redes sociais, foram à avenida Presidente Vargas, onde era realizado o desfile. Por alguns minutos, eles ocuparam uma das pistas e enfrentaram policiais, enquanto em outra os militares continuavam o desfile.
A Polícia Militar disparou bombas de gás lacrimogêneo e dispersou os manifestantes, que correram em direção a ruas próximas, onde tentavam se reagrupar, enquanto grande parte do público que assistia ao desfile deixou o local. As autoridades informaram inicialmente sobre cinco detenções e pelo menos um ferido, que teria sido atingido por uma pedrada na cabeça.
A confusão espantou o público que assistia o desfile. Muitas crianças passaram mal e estão sendo atendidas pelos socorristas. Duas senhoras, Maria Imaculada, 65 anos, e Maria Aparecida, 42 anos, choravam e foram atendidas por integrantes da Polícia do Exército. Elas vieram de Valença, no interior do estado. "Foi o maior susto. A gente só veio assistir ao desfile", disse Maria Imaculada, ao deixar a área.
Muitos pais com crianças deixaram a área do desfile e seguiram pela Praça da República e procuraram abrigo na entrada do Hospital Souza Aguiar, devido às bombas de gás lacrimogêneo atiradas pelos militares.
Após a confusão, dezenas de manifestantes deixaram a área da Avenida Passos próximo à área do desfile da Independência, na Avenida Presidente Vargas, e seguiram para a Praça Tiradentes, onde tentaram invadir o quartel desativado do 13º Batalhão da Polícia Militar. Uma bomba caseira foi atirada por um dos manifestantes contra a entrada do quartel e policiais militares que acompanham a manifestação jogaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão, que conta com mais de 100 pessoas, de acordo com a PM.
Uma agência bancária teve os vidros estilhaçados por pedras atiradas pelos manifestantes. Muitos deles estão com os rostos cobertos, outros usam bonés com óculos escuros e alguns estão com os rostos pintados e usando bandeiras com as hastes feitas de pedaços de paus.
Outro grupo - de cerca de 50 manifestantes - está tentando passar pelo cordão de isolamento feito pela Polícia Militar e seguir para se juntar ao outro grupo que participa do protesto na Avenida Presidente Vargas. Dezenas de manifestantes se concentram também na Rua Uruguaiana, levando faixas e cartazes, e estão isolados por uma barreira feita pela Tropa de Choque da PM.
 
Fonte: EFE
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Protestos e segurança reforçada mudam a cara do 7 de Setembro

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Quase três meses após a onda de protestos que tomou as ruas do país, o Brasil celebra neste sábado o Dia da Independência com expectativa de novas manifestações em centenas de cidades, que devem marcar as comemorações oficiais do 7 de Setembro.
 
No Facebook, a convocação do grupo Anonymous para o autodenominado "maior protesto da história do Brasil" tinha mais de 400 mil confirmações para eventos em 149 cidades até sexta-feira, ainda que isso não necessariamente reflita o número de pessoas que estarão nas ruas.
 
Outros grupos, como o Grito dos Excluídos e o Movimento Brasil Contra a Corrupção, também convocaram protestos em quase todos os Estados.
 
As polícias das principais capitais planejam aumentar seus efetivos nas ruas.
 
Brasília deve ser um dos maiores focos de protesto, já que a capital federal terá também os principais desfiles cívicos de 7 de Setembro - que devem ter duração menor neste ano, sob justificativa oficial de que a umidade do ar está muito baixa - e um amistoso de futebol entre Brasil e Austrália, no Estádio Mané Garrincha.
 
Edifícios públicos, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, foram protegidos por barreiras. O Congresso fechará às portas, suspenderá as visitas de turistas e reforçará a segurança no seu entorno.
 
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal diz esperar cerca de 150 mil pessoas nas ruas - entre manifestantes, torcedores e espectadores dos desfiles - e colocará 4 mil policiais extras nas ruas. As Forças Armadas também farão a patrulha do desfile cívico, informou o Ministério da Defesa à Agência Brasil.
 
O uso de máscaras também promete ser um dos pontos polêmicos durante as manifestações. Diferentes Estados criaram regras distintas sobre o assunto. No Distrito Federal, manifestantes mascarados que não quiserem se identificar serão detidos. Pernambuco também proibiu que os manifestantes cubram o rosto. Já em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin disse que não há orientação nenhuma à Polícia Militar para abordar pessoas com máscaras.
 
"Não tem nada que proíba o fato de a pessoa estar usando máscara ou não estar usando máscara. O que não pode é a depredação do patrimônio público ou privado", disse o governador na sexta-feira.
 
No Rio de Janeiro, o governo voltou atrás e decidiu permitir o uso de máscaras, mas os policiais fluminenses poderão pedir às pessoas que descuram o rosto e se identifiquem.
 
Participação popular
 
Em sua página de convocação no Facebook, o grupo Anonymous disse que as reivindicações dos protestos foram "escolhidas em votação pública e aberta" e incluem a prisão dos réus do mensalão, a aprovação de projeto de lei de combate à corrupção e uma reforma tributária, entre outros.
 
Pelo Brasil, as bandeiras dos manifestantes incluem reforma política, boicote à Copa do Mundo e melhorias nos serviços públicos.
 
O clima maior de insatisfação deste ano deve engrossar protestos já tradicionais, como o do Grito dos Excluídos, movimento que desde 1995 realiza manifestações na semana de 7 de setembro.
 
"Esperamos um número muito maior de pessoas", diz à BBC Brasil José Carlos Alves Pereira, membro da coordenação nacional da Pastoral dos Migrantes/Grito dos Excluídos Nacional. "Há um significado maior, (com reivindicações) por mais formas de participação popular."
 
A percepção, diz Alves Pereira, é de que, ainda que questões como o preço das passagens do transporte público - tema central dos protestos anteriores - tenham sido atendidas, "há coisas que não foram mexidas (pelo poder público) porque não mudam do dia para a noite, e precisamos de um período maior de manifestações".
 
Na opinião do cientista político Paulo Baía, da UFRJ, que tem acompanhado a onda de protestos, as manifestações deste sábado não devem levar às ruas um número tão grande de pessoas quanto levaram em junho, mas contarão com o apoio da maioria das pessoas em casa.
 
"As pessoas estão com medo da polícia e dos manifestantes que agem com violência. E não há um catalisador que estimule sua ida às ruas (como foi o aumento do preço das passagens)", diz Baía à BBC Brasil. "Mas há um sentimento entre a população de querer ser mais bem tratada, respeitada pelas instituições e participar dos processos decisórios."
 
Temores de violência
 
Possíveis cenas de violência nas manifestações, tanto por parte das forças de segurança como de manifestantes, também geraram debate ao longo da semana.
 
A página do Black Bloc Brasil no Facebook convoca para um "badernaço em todos os Estados" neste 7 de setembro. O subtítulo do evento diz: "sem violência é o c*****o".
 
Na página, a organização diz que não é "um grupo ou movimento" e defende "uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnam com objetivo de protestar em manifestações antiglobalização e/ou anticapitalistas".
 
Alves Pereira, da Pastoral dos Migrantes, diz que há uma preocupação no movimento do Grito dos Excluídos para evitar que os protestos ganhem um caráter violento. "Nossa tradição é de reivindicar direitos sem violência. A orientação é de não entrar em conflitos, mas também não se misturar (a atos de violência)."
 
Reforço policial
 
No Rio, onde a polícia foi autorizada a deter manifestantes com o rosto coberto até que estes sejam identificados, artistas e intelectuais levaram uma carta ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, pedindo moderação na ação policial durante os protestos.
 
O cantor Caetano Veloso disse à Agência Brasil que a carta a Beltrame faz um "pedido pontual sobre a atuação da polícia, mas também gostaríamos de pedir aos manifestantes que contribuíssem para que (os protestos) se deem em paz".
 
O cantor também divulgou foto sua com o rosto coberto, em solidariedade aos manifestantes mascarados. "Em favor da paz, no dia 7 de setembro, todos deveriam sair mascarados como no carnaval, respondendo à violência simbólica, sem usar a violência. Proibir o uso de máscaras numa cidade como o Rio de Janeiro é uma violência simbólica", escreveu Caetano.
 
A Secretaria de Segurança fluminense disse por e-mail que "manifestantes mascarados serão obrigados a se identificar, quando abordados" e que a Polícia Militar fará um esquema especial de segurança, com 1,9 mil policiais, em locais não divulgados por "questões de segurança".
 
Em São Paulo, a PM diz que reforçará o policiamento no Anhembi (zona norte), onde haverá desfiles cívicos, e em regiões nas quais espera-se grande concentração de pessoas, como a Avenida Paulista, onde estão agendados protestos.
 
Segundo a corporação, o público será revistado na entrada do Anhembi e será impedido de entrar com bebidas alcóolicas, fogos de artifício, "papel em rolo de qualquer espécie", como jornais e revistas, vasilhames como copos de vidro e outros "materiais e objetos que possam causar ferimentos".
 
Em nota, a PM paulista disse que "o direito de manifestação pacífica é previsto constitucionalmente e a Polícia Militar estará presente para assegurá-lo. A instituição estará preparada para coibir crimes e contravenções penais, se houver".
 
Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 9 de abril de 2013

Embargo contra Israel?

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Quem chegou hoje ao Riocentro para entrar na LAAD se deparou com manifestantes Pró-Palestina ostentando bandeiras e faixas pedindo o embargo de armas contra Israel.
 
As principais indústrias de defesa do mundo estão reunidas entre os dias 9-12 de Abril para apresentar o que há de mais moderno no campo de defesa, onde a indústria israelense marca forte presença.
 
Hoje, delegações de vários países e chefes de Estado irão conhecer a feira, sendo esta a ocasião escolhida pelos manifestantes para chamar a atenção do mundo para o conflito na Palestina.
 
O GBN-GeoPolítica Brasil irá acompanhar de perto a repercussão desta.

Fonte: GBN- GeoPolítica Brasil
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quarta-feira, 20 de março de 2013

Palestinos protestam contra visita de Obama

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Ativistas palestinos montaram um acampamento em protesto nesta quarta-feira perto de onde Israel quer construir um novo assentamento na Cisjordânia ocupada, chamando a atenção para a sua luta, durante uma visita à região pelo presidente dos EUA, Barack Obama.
Mais de uma centena de manifestantes ergueram quatro grandes tendas e uma bandeira enorme palestina foi asteada, perto de Jerusalém, assim que Obama chegou nas proximidades de Tel Aviv para três dias de palestras e reuniões.
"Estamos aqui para enviar uma mensagem ao presidente Obama, a nossa luta, a nossa resistência não-violenta e pacífica continuará até que nós sejamos livres", disse o político palestino Mustafa Barghouti.
A polícia israelense entrou na tenda e ordenou que os manifestantes limpem a área, que eles chamaram de uma "zona militar fechada", mas não derrubaram o acampamento.
Obama estava em conversações com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e deve viajar para a Cisjordânia na quinta-feira para atender ao presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ele disse que estava vindo para ouvir e não trazer uma nova iniciativa de paz, três anos após as últimas negociações diretas entre israelenses e palestinos sobre a questão da construção de assentamentos judaicos.
Os palestinos se queixam de que Obama não coloca pressão suficiente sobre Israel para parar os assentamentos e avisam que a perspectiva de criação de um Estado viável, independente está desaparecendo rapidamente.
Netanyahu anunciou em dezembro planos de construir centenas de casas para colonos em uma área sensível na periferia de Jerusalém, que é conhecida pelo seu nome administrativo E1.
Se a construção for adiante, E1 criaria um trecho ligando de bairros judeus na Cisjordânia entre Pisgat Zeev e Maale Adumim, um assentamento de cerca de 30.000 israelenses.
Os palestinos dizem que isso iria destruir as esperanças de unificar suas comunidades em toda Jerusalém Oriental, que eles querem como a capital de seu país.
Na cidade de Hebron, um caldeirão de tensão entre palestinos e colonos israelenses, dezenas de crianças palestinas em idade escolar usavam máscaras de Obama para protestar contra a visita e marcharam pelas ruas.
As forças israelenses prenderam vários dos manifestantes que estavam marchando pela Shuhada Street, centro comercial da cidade palestina até que Israel unilateralmente a fechou em 1994.
GAZA em Chamas
"Dissemos a Obama, que visitar a Palestina ocupada é uma péssima idéia. Se você quer paz para dois estados, busque a justiça para nós", disse Jamal Jafar, um ativista envolvido no protesto desta quarta-feira.
Ativistas palestinos têm repetidamente estabelecido acampamentos em áreas próximas aos assentamentos israelenses nos últimos meses em uma tentativa de jogar um holofote sobre a construção judaica sem impedimentos.
Todos os locais foram posteriormente demolidos por forças israelenses, que dizem que eles apresentam um risco de segurança e faltam licenças de construção . Um punhado de soldados israelenses se reuniram às margens do acampamento, mas não tentar desalojá-los.
Protestos um pouco mais exaltados contra a visita de Obama tem ocorrido na Faixa de Gaza, um enclave na fronteira de Israel e Egito, a partir do qual Israel retirou colonos em 2005.
Os manifestantes atearam fogo em pôsteres de Obama e bandeiras dos Estados Unidos, dizendo que a viagem do presidente não faria nenhuma diferença para as aspirações palestinas.
"Sangue palestino está em suas mãos Obama", dizia uma bandeira. Outro diz: "Obama, o Hitler do século 21".
Kayed al-Ghoul, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), disse que todas as facções palestinas concordaram que a chegada de Obama só atende aos propósitos de Israel.
"Neste momento, a visita tem como objectivo apoiar o novo governo israelense e colocar pressão sobre a liderança palestina para voltar às negociações bilaterais que provaram ser um fracasso", disse ele.

Fonte: Reuters -
Tradução: Angelo D. Nicolaci - GBN GeoPolítica Brasil 
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chefe militar adverte sobre risco de colapso de Estado no Egito

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Egito, Abdel Fattah al Sisi, advertiu nesta terça-feira sobre o risco de colapso do Estado por causa dos protestos violentos da oposição do Egito. Desde sexta (25), mais de 60 pessoas morreram no país.
 
Os protestos acontecem em meio aos dois anos de lembrança da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, e dias após o veredicto que condenou à morte 21 envolvidos no massacre durante um jogo de futebol em Port Said, que deixou 74 mortos em fevereiro de 2012.
 
Devido à violência dos protestos, o presidente Mohamed Mursi decretou no domingo (27) toque de recolher em três cidades do país e pediu ao Parlamento que autorizasse o uso do Exército na segurança pública, o que aprovado pelo Legislativo na segunda (28).
 
Em mensagem na página do Exército na rede social Facebook, o comandante militar disse que os desafios econômicos, políticos e sociais que o Egito enfrenta representam "uma verdadeira ameaça à segurança do Egito e à coesão do Estado egípcio".
 
"A continuação do conflito entre as diferentes forças políticas e suas diferenças em relação ao comando do país podem levar ao colapso do Estado e ameaçam gerações futuras. A continuação desse cenário sem ser resolvido conduzirá a consequências graves que influenciarão a estabilidade".
Considerando esse cenário, Sisi defendeu que as Forças Armadas continuem a controlar o país e sejam "o bloco coeso e sólido" em que o Estado repousa. Ele também apoiou o toque de recolher em Suez, Port Said e Ismailia, que, para o chefe militar, são cidades estratégicas.
 
No entanto, ele reconheceu que os militares enfrentam o dilema de não poder interferir no direito de livre manifestação dos cidadãos, mas precisam proteger locais cruciais que afetam à segurança nacional. Por isso, ele pediu que as manifestações da oposição sejam pacíficas.
 
AUTORIZAÇÃO
 
Na segunda (28), o Parlamento do Egito autorizou que as Forças Armadas se juntem à polícia para controlar os protestos no país. De acordo com a nova lei,, as forças armadas podem prender civis e encaminhar as queixas para o Ministério Público para que sejam julgadas por tribunais civis.
 
O envio do Exército às ruas foi usado para controlar os ânimos dos opositores em diversas ocasiões pela junta militar que governava o país até junho e pelo próprio Mursi. Na semana passada, as tropas foram usadas para garantir a segurança no Cairo, em Suez e em Port Said.
 
O lei aprovada pelo Senado é parte de uma série de medidas anunciadas por Mursi após cinco dias de manifestações violentas contra seu governo nas principais cidades do país, que coincidiram com os dois anos do início da revolta que levou à queda do ditador Hosni Mubarak.
 
A violência tomou proporções maiores em Port Said, onde foi divulgada no sábado (26) a condenação à pena de morte de 21 acusados de terem provocado o massacre em um estádio de futebol da cidade, em fevereiro de 2012, em que 74 pessoas morreram. Nos protestos de três dias atrás, houve 32 mortes.
 
O presidente também propôs mais uma rodada de diálogos nacionais, assim como feito durante os protestos de dezembro contra a nova Constituição. Assim como no mês passado, o evento foi novamente boicotado pela oposição.
 
Fonte: Folha
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domingo, 20 de novembro de 2011

Presidente sírio diz que não se curva diante de pressão internacional

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que seu país não vai se curvar diante da pressão internacional e que vai continuar enfrentando as "gangues armadas" que, segundo ele, vêm gerando violência nas ruas.

Em entrevista ao jornal britânico Sunday Times, ele disse que a unidade e a estabilidade na Síria estão em risco.

Um ultimato dado pela Liga Árabe ao país para o fim da repressão violenta dos protestos anti-governo terminou na noite de sábado, mas não há sinais de que os confrontos estejam diminuindo.

Assad aceitou em princípio o plano de paz do grupo de nações árabes, mas teria proposto mudanças no número de observadores a ser enviado ao país, que seria reduzido de 500 para 40.

O papel dos observadores seria supervisionar a implementação do plano de paz, que prevê que o governo pare de atacar manifestantes, retire militares de áreas de tensão e comece negociações com a oposição.

As alterações estão sendo analisadas pela Liga Árabe, mas críticos dizem que a negociação é apenas uma manobra do governo sírio para ganhar tempo.

'Terremoto' no Oriente Médio

Na entrevista ao Sunday Times, Assad acusou a Liga Árabe de criar um pretexto para uma invasão ocidental em seu país, o que, segundo ele, criaria um "terremoto" no Oriente Médio.

O presidente prometeu realizar eleições em fevereiro ou março, quando os sírios escolheriam representantes no Parlamento para criar uma nova constituição. Esta, por sua vez, determinaria a realização eleições presidenciais no futuro.

"Essa constituição vai lançar as bases de como eleger um presidente, se um presidente é necessário ou não... As urnas vão decidir quem deve ser presidente", disse ele.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha, ao menos 27 pessoas morreram em confrontos no sábado.

Quatro delas eram agentes da inteligência do governo, cujo carro teria sofrido uma emboscada na cidade de Hama realizada por homens armados, que seriam desertores do Exército.

Granadas


Duas granadas teriam atingido nesta madrugada um prédio do partido do governo, o Baath, na capital Damasco, segundo relatos de moradores e ativistas.

Se confirmado, este seria o primeiro ataque do tipo na capital, desde o início do levante contra o governo do presidente Bashar al-Assad em março.

Após relatos iniciais de fumaça no prédio, bombeiros teriam sido enviados até o local.

A situação teria voltado ao normal na manhã deste domingo, mas um repórter da BBC diz que as forças de segurança ainda estão dentro do prédio.

Um grupo de desertores do Exército sírio teria assumido a responsabilidade pelo ataque.

Analistas afirmam, no entanto, que há alguma suspeita de que o próprio regime possa estar por trás do incidente, como forma de justificar sua posição de que terroristas armados são os responsáveis pelos protestos no país.

Segundo a ONU, mais de 3,5 mil pessoas já morreram na Siria desde o início dos protestos pró-democracia, em março.

O governo sírio vem restringindo a entrada de jornalistas estrangeiros no país, tornando difícil a verificação e a confirmação dos acontecimentos no local.
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Emir do Kuwait ordena repressão aos protestos

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O emir do Kuwait ordenou nesta quinta-feira às forças de segurança que adotem "todas as medidas necessárias" para manter a ordem, um dia após milhares de manifestantes ocuparem o Parlamento.

O emir, xeque Sabah Al Ahmad Al Sabah, presidiu hoje uma reunião extraordinária do governo dedicada à manifestação da noite de quarta-feira, quando milhares de pessoas invadiram o Parlamento para exigir a renúncia do primeiro-ministro, xeque Nasser Mohamad al Ahmad al Sabah, sobrinho do emir.

"O emir ordenou ao ministério do Interior e à Guarda Nacional que adote todas as medidas necessárias" para enfrentar "tudo o que possa atentar contra a segurança e a estabilidade do país".

O dirigente também concedeu às forças de segurança "todas as prerrogativas necessárias para garantir a firme aplicação da lei com a finalidade de sufocar estes atos de provocação".

O emir qualificou a manifestação de "ato irresponsável" e afirmou que trata-se de um passo "para o caos e a instabilidade do país".

Segundo o ministério do Interior, cinco membros das forças de segurança e um guarda nacional ficaram feridos nos confrontos.

A oposição acusou hoje o governo de querer "instaurar um Estado policial" no Kuwait e convocou novas manifestações.

Para o deputado da oposição Mubarak al Waalan, "os jovens militantes utilizaram seu direito legítimo de protestar contra a corrupção generalizada e os ataques à Constituição".

Milhares de manifestantes invadiram na quarta-feira o prédio do Parlamento, após as forças da ordem reprimirem um protesto exigindo a demissão do primeiro-ministro.

Os manifestantes forçaram as portas e entraram na sala principal do prédio, onde cantaram o hino nacional, antes de sair do local. O grupo, reunido diante do Parlamento, pretendia inicialmente seguir para a residência do primeiro-ministro, mas foi dissuadido pela polícia, que agiu com violência.

Segundo testemunhas, cinco pessoas ficaram feridas e tiveram que receber atenção médica.

O Kuwait é sacudido há várias semanas por um escândalo de corrupção, no qual vários deputados ligados ao governo receberam subornos milionários.

A revelação do escândalo provocou uma forte mobilização da oposição contra o governo do xeque Nasser Mohamad, acusado de ser responsável pela corrupção generalizada e pela deterioração dos serviços públicos.

Fonte: AFP
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EUA divergem da Rússia sobre possibilidade de guerra civil na Síria

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Os Estados Unidos negaram nesta quinta-feira que o movimento de protesto na Síria conduza a uma guerra civil, rejeitando assim os comentários do ministro russo de Relações Exteriores, Sergueï Lavrov, e responsabilizando o regime sírio pela violência nesse país.

Os "métodos" empregados pela oposição síria contra o regime do presidente Bashar al Assad correm o risco de afundar o país na "guerra civil", considerou nesta quinta-feira Lavrov.

Mas os Estados Unidos declararam que esta "é uma impressão errônea", segundo disse os jornalistas Mark Toner, porta-voz adjunto do Departamento de Estado.

Para Washington, "é o regime de Assad que está realizando uma campanha de violência, intimidação e repressão contra manifestantes inocentes", afirmou Toner. "Nós não consideramos isso como uma guerra civil", completou.

As declarações de Lavrov ocorrem um dia depois de o 'Exército Livre Sírio', uma força armada de oposição, realizar um ataque contra um centro dos serviços secretos sírios, perto de Damasco.

Segundo um alto funcionário do Departamento de Estado, que falou sem se idenficar, os comentários da Rússia vão ao encontro da propaganda do regime de Assad que afirma que as revoltas são lideradas por terroristas.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ataque de desertores na Síria parece "guerra civil", diz Rússia

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O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira que o ataque de desertores do Exército sírio contra um complexo de inteligência se parecia com um ato de guerra civil e reiterou o pedido de Moscou de abertura de negociações entre o regime Sírio e seus opositores.

Ele disse que tais negociações deveriam ocorrer na sede da Liga Árabe.

"Assistimos a notícias na televisão indicando que uma nova força, o chamado Exército Livre da Síria, eu acredito, organizou um ataque contra um prédio do governo pertencente às forças armadas sírias. Isso já é completamente igual a uma verdadeira guerra civil", disse Lavrov a jornalistas, após encontro com o ministro de Relações Exteriores da índia, S.M. Krishna, em Moscou.

O ataque ao complexo de inteligência na periferia da capital síria, Damasco, ocorreu na madrugada de quarta-feira.

A Rússia pediu ao ditador sírio, Bashar Assad, a implementação mais rápida das reformas prometidas, mas disse que seus opositores também têm culpa pela violência.

Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 3.500 pessoas morreram desde o início da repressão do governo contra manifestantes, há oito meses.

A Rússia e a China vetaram, no mês passado, uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que teria condenado o regime de Assad pela violência.

Fonte: Reuters
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