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quinta-feira, 21 de março de 2013

Obama diz que tratamento de Israel a palestinos é 'injusto' e pede paz

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O presidente dos EUA, Barack Obama, realizou nesta quinta-feira um forte discurso a respeito do processo de paz entre israelenses e palestinos, em Jerusalém.
 
Em suas declarações, Obama reafirmou apoio a Israel, mas também fez um pedido para que os israelenses se coloquem no lugar dos palestinos e lhes deem o direito a um Estado próprio e à Justiça.
 
"Não é justo que as crianças palestinas tenham de crescer sem um Estado próprio", afirmou. O presidente disse ainda que não é justo que a violência de colonos israelenses contra palestinos fique impune, que os palestinos não possam se mover ou plantar com liberdade dentro de seu território.
 
Disse ainda que nem a ocupação nem a expulsão dos palestinos são soluções para o conflito. "E a paz é necessária, eu acredito nisso", afirmou.
 
No discurso, feito diante de uma plateia de universitários, Obama afirmou também que a paz no Oriente Médio é necessária pois é o único caminho para a segurança. "Nenhum muro é alto o bastante e nenhum Domo de Ferro é forte o bastante", disse, em uma referência ao muro construído por Israel em torno dos territórios palestinos e ao sistema antimísseis israelense.
 
Tanto em Israel quanto na Cisjordânia, Obama fez pedidos para que ambos os lados retomem as negociações de paz. Em Jerusalém, ele afirmou que Israel possui "verdadeiros parceiros" nos líderes palestinos Mahmoud Abbas e Salam Fayyad, respectivamente presidente e premiê da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que controla a Cisjordânia.
 
Durante o discurso, Obama foi alvo de protestos por parte de pessoas na plateia. Ele reagiu afirmando que, assim, "se sentia em casa".
 
Mais cedo, Obama esteve em Ramallah, na Cisjordânia, onde criticou o Estado judaico por estabelecer colônias que, segundo ele, "não são construtivas" para o processo de paz e afirmou que a chamada solução de dois Estados --ou seja, um Estado israelense e um palestino convivendo lado a lado-- ainda é possível.
 
Horas antes da visita à Cisjordânia, dois foguetes vindos de Gaza --controlada não pela ANP, mas pelo movimento radical islâmico Hamas-- caíram na cidade de Siderot, no sul de Israel, sem deixar feridos. A região não será visitada por Obama desta vez, mas o americano esteve na cidade em 2008, durante a campanha eleitoral para seu primeiro mandato.
 
Em comunicado, o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, do Hamas, disse que não espera "nenhum resultado desta visita". "Não esperamos que Obama vá mudar a equação política no terreno. Não acreditamos que a política americana vá pôr fim à ocupação israelense".
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 20 de março de 2013

Palestinos protestam contra visita de Obama

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Ativistas palestinos montaram um acampamento em protesto nesta quarta-feira perto de onde Israel quer construir um novo assentamento na Cisjordânia ocupada, chamando a atenção para a sua luta, durante uma visita à região pelo presidente dos EUA, Barack Obama.
Mais de uma centena de manifestantes ergueram quatro grandes tendas e uma bandeira enorme palestina foi asteada, perto de Jerusalém, assim que Obama chegou nas proximidades de Tel Aviv para três dias de palestras e reuniões.
"Estamos aqui para enviar uma mensagem ao presidente Obama, a nossa luta, a nossa resistência não-violenta e pacífica continuará até que nós sejamos livres", disse o político palestino Mustafa Barghouti.
A polícia israelense entrou na tenda e ordenou que os manifestantes limpem a área, que eles chamaram de uma "zona militar fechada", mas não derrubaram o acampamento.
Obama estava em conversações com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e deve viajar para a Cisjordânia na quinta-feira para atender ao presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ele disse que estava vindo para ouvir e não trazer uma nova iniciativa de paz, três anos após as últimas negociações diretas entre israelenses e palestinos sobre a questão da construção de assentamentos judaicos.
Os palestinos se queixam de que Obama não coloca pressão suficiente sobre Israel para parar os assentamentos e avisam que a perspectiva de criação de um Estado viável, independente está desaparecendo rapidamente.
Netanyahu anunciou em dezembro planos de construir centenas de casas para colonos em uma área sensível na periferia de Jerusalém, que é conhecida pelo seu nome administrativo E1.
Se a construção for adiante, E1 criaria um trecho ligando de bairros judeus na Cisjordânia entre Pisgat Zeev e Maale Adumim, um assentamento de cerca de 30.000 israelenses.
Os palestinos dizem que isso iria destruir as esperanças de unificar suas comunidades em toda Jerusalém Oriental, que eles querem como a capital de seu país.
Na cidade de Hebron, um caldeirão de tensão entre palestinos e colonos israelenses, dezenas de crianças palestinas em idade escolar usavam máscaras de Obama para protestar contra a visita e marcharam pelas ruas.
As forças israelenses prenderam vários dos manifestantes que estavam marchando pela Shuhada Street, centro comercial da cidade palestina até que Israel unilateralmente a fechou em 1994.
GAZA em Chamas
"Dissemos a Obama, que visitar a Palestina ocupada é uma péssima idéia. Se você quer paz para dois estados, busque a justiça para nós", disse Jamal Jafar, um ativista envolvido no protesto desta quarta-feira.
Ativistas palestinos têm repetidamente estabelecido acampamentos em áreas próximas aos assentamentos israelenses nos últimos meses em uma tentativa de jogar um holofote sobre a construção judaica sem impedimentos.
Todos os locais foram posteriormente demolidos por forças israelenses, que dizem que eles apresentam um risco de segurança e faltam licenças de construção . Um punhado de soldados israelenses se reuniram às margens do acampamento, mas não tentar desalojá-los.
Protestos um pouco mais exaltados contra a visita de Obama tem ocorrido na Faixa de Gaza, um enclave na fronteira de Israel e Egito, a partir do qual Israel retirou colonos em 2005.
Os manifestantes atearam fogo em pôsteres de Obama e bandeiras dos Estados Unidos, dizendo que a viagem do presidente não faria nenhuma diferença para as aspirações palestinas.
"Sangue palestino está em suas mãos Obama", dizia uma bandeira. Outro diz: "Obama, o Hitler do século 21".
Kayed al-Ghoul, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), disse que todas as facções palestinas concordaram que a chegada de Obama só atende aos propósitos de Israel.
"Neste momento, a visita tem como objectivo apoiar o novo governo israelense e colocar pressão sobre a liderança palestina para voltar às negociações bilaterais que provaram ser um fracasso", disse ele.

Fonte: Reuters -
Tradução: Angelo D. Nicolaci - GBN GeoPolítica Brasil 
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Após 45 anos de ocupação, OLP pedirá reconhecimento à Assembleia da ONU

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A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) estuda solicitar nos próximos meses à Assembleia Geral da ONU o reconhecimento de um Estado nas fronteiras de 1967, mesmo que a Palestina não se torne membro dessa organização.

"Estudamos seriamente comparecer à Assembleia Geral da ONU para pedir o reconhecimento de um Estado com base nas linhas de 1967, independentemente se somos um Estado-membro ou não", manifestou o negociador palestino e assessor próximo ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohammed Stayeh.

Em um ato com jornalistas por ocasião dos 45 anos do começo da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel ocupou Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, Stayeh declarou à Agência Efe que essa ação teria como fim "impedir Israel de seguir qualificando os territórios ocupados palestinos como terras em disputa".

Em uma alocução sob o título "O que resta da solução de dois Estados após 45 anos de ocupação?", o assessor palestino, que também é membro do Comitê Central do Fatah, disse ter dúvidas sobre a conquista de esse objetivo algum dia.

"A atual situação de status quo na qual Israel está interessada põe em risco os dois Estados e nos conduz definitivamente a uma solução de um só Estado do apartheid", disse.

Stayeh lamentou que o povo palestino esteja "perdendo gradualmente a base geográfica para poder estabelecer um Estado", e deu como exemplo o caso da aldeia de Dura al Qara, cujos habitantes acionaram o Supremo Tribunal de Israel para impedir a construção de casas em terrenos locais, no que é conhecido como o enclave judaico de Ulpana.

Essa aldeia, situada ao norte da cidade cisjordaniana de Ramala, conta com 560 hectares de terreno, das quais Israel confiscou 180, "em benefício dos colonos judeus no alto daquela colina em Bet El e Psagot", disse.

O político palestino ressaltou que, quando foram iniciadas as negociações entre israelenses e palestinos na Conferência de Madri, em outubro de 1991, 1.900 colonos israelenses residiam em Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, número que hoje é de 531 mil.

"Quarenta e cinco anos depois do começo da ocupação, Israel continua violando deliberadamente a lei internacional através de políticas que minam e ameaçam anular as perspectivas de uma solução de dois Estados", expressou Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP, em comunicado.
Fonte: EFE
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Bolsonaro levanta debate sobre sexualidade de Dilma e questiona "Kit Gay" em escolas

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O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criou nova polêmica na Câmara dos Deputados hoje ao questionar a sexualidade da presidente Dilma Rousseff em discurso no plenário. O parlamentar destacou que, em audiência na Câmara ontem, representantes do Ministério da Educação teriam discutido a inclusão do combate à homofobia nos currículos escolares. Bolsonaro lembrou que a presidente Dilma tinha ordenado a não distribuição nas escolas de material relativo ao combate à homofobia, chamado de kit gay pelo deputado do PP e outros parlamentares evangélicos.

"O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma. Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau", afirmou Bolsonaro. O pronunciamento de Bolsonaro foi retirado das notas taquigráficas pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, a pedido do deputado Marcon (PT-RS). Caberá agora ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidir se o pronunciamento ficará registrado nos documentos da Casa.

Em conversa por telefone com a reportagem, Bolsonaro afirmou que não era sua intenção questionar a sexualidade da presidente da República. "Não me interessa a opção sexual dela, eu só não quero que esse material vá para a escola". Ele afirmou que estava falando do amor de Dilma com a "causa homossexual". Chegou a comemorar e disse que a polêmica criada em cima da declaração era positiva. "Uma frase equivocada está ajudando a levantar o mérito da discussão".

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) criticou o colega ainda pela manhã durante a sessão. Afirmou que as declarações de Bolsonaro podem significar quebra de decoro parlamentar. A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), pediu que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tome "providências enérgicas" em relação a Bolsonaro. Marta afirmou que Bolsonaro está "sem freio de arrumação" e foi além dos limites do decoro parlamentar em seu pronunciamento, faltando com o respeito à presidente da República.

O discurso do deputado do PP teve ainda questionamentos ao ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. "Povo paulistano, será que o Haddad como prefeito vai colocar uma cadeira de homossexualismo no primeiro grau?", perguntou Bolsonaro. Mais tarde, o parlamentar voltou à tribuna da Câmara. Dessa vez, foi menos incisivo contra a presidente e sugeriu que ela possa estar sendo enganada por Haddad e pela ministra Maria do Rosário (Direito Humanos) na discussão sobre o combate à homofobia nas escolas.

O GeoPolítica Brasil defende que deve-se respeitar a opção sexual de cada indivíduo, porém isso não significa que devemos aceitar que nossos filhos venham a ser influênciados por tal material que eu classificaria como "subversivo", pois temos de respeitar a liberdade de cada individuo e grupo social, caso contrário será aberto o precedente para que haja entre nossa sociedade não uma relação de respeito mútuo, mas uma condição de conflito. É como se fossemos levar ás escolas a educação religiosa de uma determinada doutrina ignorando as demais, isso não é um exemplo democrático, mas uma forma de propagar uma determinada ideologia ou comportamento social que não cabe ás escolas influênciar, mas sim é um dever de cada familia inserir em seu meio os valores morais aos quais se espera que nossos filhos venham a seguir, respeitando a liberdade dos mesmos.

O debate é muito complexo, porém defendo que nossas crianças sejam preservadas, que se permitam ser crianças, meninos e meninas de acordo com sua fisiologia até que tenham idade e maturidade para decidir o que desejam para suas vidas, pois a individualidade não se aprende nas escolas, assim como o carater e a moral dependem de cada familia e indivíduo, não cabe ao governo se intrometer no seio desta questão, cabendo ao mesmo estabelecer leis para que se respeite as individualidades e a liberdade do ser social definir sua opção sexual, assim como pode optar por definir sua profissão e outras tantas escolhas comuns aos indivíduos sociais. Cabe ás escolas ensinar valores que há muito foram abandonados, como o civismo, o sentimento nacional, os direitos e deveres de cada cidadão e principalmente incentivar o sentimento de valorização de nossa sociedade e da importancia que cada um tem no destino de nosso país.

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agência Brasil
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domingo, 6 de novembro de 2011

Justiça britânica nega recurso contra extradição de fundador do Wikileaks

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A Alta Corte de Londres rejeitou nesta quarta-feira o recurso do fundador do site WikiLeaks (especializado em vazamento de informações), Julian Assange, contra sua extradição para a Suécia para ser interrogado sobre acusações de abuso sexual e estupro.

Assange nega as alegações e diz que elas têm motivação política.

"Não estuprei aquelas mulheres nem posso imaginar o que tenha ocorrido entre nós que as faria pensar isso, exceto má intenção após o fato, um plano conjunto para me apanhar em uma armadilha, ou um terrível equívoco alimentado entre elas", escreveu ele em um artigo publicado em setembro no diário The Independent.

"Posso ser uma espécie de porco chauvinista, mas não sou estuprador, e apenas uma visão distorcida das políticas sexuais pode tentar me transformar em um", afirmou.

Ainda não está claro se ele pode recorrer da decisão na Suprema Corte, a mais alta instância do Judiciário britânico.

Assange passou grande parte deste ano em prisão domiciliar na Inglaterra.

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Israel expulsa palestinos de Jerusalém Oriental, diz ONG

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Israel está expulsando palestinos de Jerusalém Oriental, como parte de uma política deliberada que pode constituir crime de guerra, disse uma ONG israelense nesta segunda-feira.

O Comitê Israelense Contra as Demolições de Casas (CICDC) apresentou suas conclusões à Organização das Nações Unidas (ONU) e exigiu um inquérito, alegando que Israel discrimina os palestinos ao demolir imóveis, revogar vistos de residência e piorar sua qualidade de vida.

"Estamos testemunhando um processo de deslocamento étnico", disse o advogado Michael Sfard, que participou da redação do relatório de 73 páginas. "Israel está manifestadamente e seriamente violando o direito internacional... e a motivação é demográfica."

Não houve comentários das autoridades israelenses, exceto por uma nota da prefeitura de Jerusalém, segundo a qual a parte leste da cidade está recebendo investimentos depois de passar anos sendo negligenciada.

"Jerusalém, sob a liderança do prefeito Nir Barkat, investiu uma quantidade de recursos e esforços sem precedentes para melhorar a qualidade de vida dos moradores muçulmanos de Jerusalém, após décadas de negligência das administrações anteriores", disse a nota.

Israel capturou Jerusalém Oriental, inclusive a Cidade Velha, na guerra de 1967 contra os vizinhos árabes.

Essa área e aldeias limítrofes da Cisjordânia foram posteriormente anexadas, sem reconhecimento internacional, à prefeitura de Jerusalém, que foi declarada capital única e eterna de Israel.

Os palestinos, no entanto, continuam reivindicando Jerusalém Oriental como capital do seu eventual Estado.

BAIRROS ÁRABES

Cerca de 300 mil palestinos vivem em Jerusalém Oriental, representando cerca de 35 % da população de toda a cidade. Mas o CICDC disse que Israel impede sistematicamente o desenvolvimento de bairros árabes.

Um terço da área de Jerusalém Oriental foi reservada para a construção de bairros judaicos, e apenas 9 por cento do restante está legalmente disponível para moradias. Todos esses terrenos já estão ocupados, o que inviabiliza a expansão.

"(Os palestinos) não têm opção senão deixar Jerusalém Oriental, construir ilegalmente ou viver em condições assustadoras, superlotadas", disse Emily Schaeffer, coautora do relatório.

Quem sai perde o visto de residência se passar pelo menos sete anos fora. Cerca de 14 mil palestinos perderam o direito à residência entre 1967 e 2010, sendo que metade disso foi desde 2006, disse o CICDC. O visto dá direito a benefícios como saúde e previdência.

Desde que tomou Jerusalém Oriental, Israel demoliu mais de 2.000 casas, sendo 771 desde 2000. Outras 1.500 ordens de demolição estão à espera de serem cumpridas.

"Os palestinos serão na prática deportados de Jerusalém Oriental, não pelo uso de armas ou caminhões, mas por não permitir que eles levem uma vida decente e normal", disse Sfard.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Iraque poderá se defender totalmente após 2020, diz relatório

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O chefe de Defesa do Iraque disse que as Forças Armadas do país não estarão totalmente preparadas para defender o Iraque contra ameaças externas até entre 2020 e 2024, segundo um relatório dos EUA divulgado neste domingo.

O tenente-general Babakir Zebari vem alertando repetidamente que as forças de segurança do Iraque, restauradas após a invasão de 2003 que derrubou o ditador Saddam Hussein, não estariam prontas por anos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou em 21 de outubro que as tropas americanas se retirariam completamente do Iraque até o final do ano, como programado sob um pacto de segurança de 2008 entre os dois países.

Tanto os líderes militares iraquianos quanto os norte-americanos disseram que o exército e a polícia são capazes de conter as ameaças internas de rebeldes sunitas e milícias xiitas que atacam continuamente, mas a defesa externa fica a desejar.

"O general Zebari sugeriu que o Ministério da Defesa não será capaz de executar todo o espectro de missões de defesa externa até em algum momento entre 2020 e 2024, citando (...) deficiências de financiamento como a principal razão para o atraso," disse o relatório da Inspeção Geral Especial da Reconstrução do Iraque (Sigir, na sigla em inglês).

Zebari disse que a força aérea não seria capaz de defender o espaço aéreo iraquiano até 2020 e não é capaz de sustentar operações de combate terrestre, segundo o relatório.

"Um exército sem uma força aérea fica exposto," Zebari disse, segundo o relatório.

O Iraque adiou a sua compra de caças F-16 no início deste ano para canalizar o dinheiro para programas sociais.

Autoridades disseram, no final de setembro, que o Iraque tinha assinado um acordo para a compra de 18 dos jatos de combate. A primeira entrega deve ocorrer daqui a vários anos.

Washington tem cerca de 39 mil soldados ainda no Iraque. No auge, teve cerca de 170 mil, durante a guerra. A violência caiu drasticamente depois do banho de sangue sectário de 2006-07, quando dezenas de milhares morreram.

À medida que tenta se reintegrar à região depois de anos como um pária, o Iraque está cautelosamente observando vizinhos como Irã, Arábia Saudita, Turquia e Síria.

Líderes iraquianos acusam os vizinhos de intromissão, e as autoridades militares dos EUA dizem que o Irã apoia as milícias xiitas no Iraque.

"Não temos inimigos, mas também não temos amigos de verdade," disse Zebari no relatório do Sigir sobre as relações do governo iraquiano com seus vizinhos.

Tropas americanas transferem-se para Kuwait

A administração de Barack Obama planeja aumentar presença militar dos EUA no golfo Pérsico depois de ter retirado as tropas americanas do Iraque em dezembro do ano corrente. No âmbito do projeto novas tropas dos EUA, prontas a reagir no caso de insegurança no Iraque ou confrontação militar com o Irã, vão reagrupar-se e podem instalar-se no Kuwait.

Junto com a transferência de tropas para o Kuwait, os Estados Unidos estão prevendo a possibilidade de enviar um número maior de navios militares para a região, através das águas internacionais. Ao mesmo tempo, tendo em conta a ameaça por parte do inimigo Irã, a administração do presidente americano tenta ampliar as relações militares com seis países-membros do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (a Arábia Saudita, o Kuwait, o Bahrein, o Qatar, os EAU e Omã).

Os efetivos que os EUA vão instalar no Kuwait ainda estão em discussão. As negociações sobre o assunto vão terminar em breve.

Fonte: Reuters / Voz da Rússia
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nova aliança militar vai apoiar Líbia no lugar da Otan

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O principal general do Catar disse na quarta-feira que os países ocidentais propuseram a criação de uma nova aliança liderada pelo Catar para apoiar a Líbia depois que a Otan terminar sua missão no país do norte africano.

O general falou depois que a Otan adiou até o final desta semana uma reunião que era esperada para formalizar a decisão de terminar a missão na Líbia no final do mês, depois que autoridades líbias pediram que a missão fosse mantida por mais tempo.

"Depois que ficou claro que a Otan tem uma visão para se retirar em um determinado ponto, os países ocidentais amigos da Líbia propuseram essa ideia de criar uma nova aliança para continuar a apoiar a Líbia", disse o chefe do Estado-Maior do Catar, general Hamad bin Ali al-Attiyah, em comentários transmitidos pela televisão Al Jazeera.

"E eles pediram que ela seja dirigida pelo Catar, porque o Catar é um amigo deles e um amigo próximo da Líbia", acrescentou sem dar mais detalhes.

Attiyah disse também que centenas de soldados do Catar estavam no terreno na Líbia ajudando os combatentes que derrubaram Muammar Gaddafi.

Em Paris, o Ministério das Relações Exteriores francês disse que uma proposta de extensão da missão da Otan seria estudada.

"Vamos levar em consideração com nossos parceiros este pedido. A França continua a apoiar e ajudar o Conselho Nacional de Transição (da Líbia). Nós saudamos a libertação da Líbia e o fato de que a operação, militarmente falando, está em seu fim", disse um porta-voz do ministério do Exterior.

Questionado se uma missão liderada pela Catar seria possível, o porta-voz disse: "Tomamos conhecimento desta notícia, mas é muito cedo para comentar sobre isso e não faria de forma unilateral".

O Catar desempenhou um papel-chave na obtenção de uma resolução da Liga Árabe pedindo proteção internacional aos civis da Líbia no início do levante em março, que culminou na derrubada de Gaddafi após mais de quatro décadas no poder.

Eles também enviaram aviões de guerra para ajudar a operação liderada pela Otan para cumprir o mandato da ONU para proteger os civis.

O líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, disse na quarta-feira na capital do Catar que a Otan deve continuar presente na Líbia até o final do ano para ajudar a prevenir que combatentes leais a Gaddafi fugam do país e escapem da Justiça.

A Otan disse que não tem a intenção de manter forças na região da Líbia após o término de sua missão e tem afirmado repetidamente que o seu mandato da ONU é para proteger os civis, não para perseguir indivíduos, embora o próprio Gaddafi tenha sido capturado depois que seu comboio foi atingido em um ataque aéreo da Otan.

Esperava-se que embaixadores da Otan se reunissem na quarta-feira para formalizar uma decisão preliminar tomada na semana passada de terminar a missão em 31 de outubro. A porta-voz da otan Carmen Romero disse que esta reunião foi adiada.

Fonte: Reuters
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Veículos jornalísticos devem ser sustentados pela sociedade, diz estudioso

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O professor de pós-graduação em jornalismo da ESPM Eugenio Bucci defendeu, durante seminário sobre ética nas mídias digitais promovido pela ANJ (Associação Nacional dos Jornais), que a sociedade, entendida como a comunidade de leitores, sustente a atividade jornalística.

Segundo Bucci, a independência econômica dos veículos de comunicação, seja nos meios impressos ou na versão digital, é fundamental para a democracia.

"Não é do interesse do cidadão que a notícia seja dada de graça, que o financiamento venha apenas da publicidade. É uma questão política, é gravíssimo para a sociedade democrática", diz Bucci. "A sociedade tem de sustentar autonomamente os jornais, por meio de assinaturas e de forma pulverizada, em nome de seus próprios interesses."

Para Bucci, os veículos tradicionais ganharam autoridade na era digital justamente por conta da credibilidade construída nos meios tradicionais. "O cidadão conhece a história de independência das redações", afirma. "Mas essa credibilidade só pode ser preservada se os interesses políticos, comerciais, religiosos, dos financiadores e dos acionistas, ficarem longe das redações."

Para ele, depender da publicidade "é menos pior" do que depender de financiamento do Estado. "Mas não podemos ter um modelo sustentado apenas pela publicidade [estatal ou privada]."

Para Pedro Dória, editor-executivo de "O Globo", o jornal americano "The New York Times" tem sido muito bem sucedido com a introdução de um novo modelo de cobrança na internet. "O 'NYT' desenvolveu um modelo complexo no qual consegue cobrar de quem mais valoriza o conteúdo, sem prejudicar uma percepção mais geral do público de que o jornalismo que se faz lá é diferente do resto do que se encontra na internet."

Na sua avaliação, as empresas jornalísticas não erraram ao liberar o conteúdo nos primórdios da internet, em meados dos anos 90. "No início tínhamos o Napster, que matou as grandes gravadoras. Se tivessem fechado o conteúdo, as empresas jornalísticas corriam o risco de ter o seu conteúdo reproduzido e distribuído, mas dissociado das marcas jornalísticas."

Fonte: Folha
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tropas norte-americanas não terão mais imunidade legal. Seguranças privados permanecem.

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Soldados norte-americanos devem deixar o país no final de 2011, mas quase 5 mil seguranças privados de diplomatas dos Estados Unidos continuarão em atividade. Violência étnica no país estaria menos intensa.

"Após nove anos, chega ao fim a guerra no Iraque". Com esta frase, dita nesta sexta-feira (21/10) aos repórteres reunidos na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, virou mais uma página na história da política externa norte-americana no Oriente Médio.

A declaração de Obama à imprensa foi feita após conversa com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki. Obama ressaltou que ambos chegaram a um acordo sobre como os dois países irão se relacionar no futuro. A retirada das tropas até o final de 2011 foi definida ainda na administração do antecessor de Obama, George W. Bush, num acordo assinado em 2008.

Ao mesmo tempo, com o fim da guerra, também termina a imunidade legal dos soldados estadunidenses em território iraquiano. A negociação de um prolongamento da atividade militar dos EUA no Iraque falhou.

Nuri al-Maliki já havia declarado que militares norte-americanos poderiam continuar treinando tropas locais, mas não gozariam de imunidade legal. Para os Estados Unidos, porém, a imunidade é uma condição
para continuar operando no país.

"Os EUA estão satisfeitos"

Obama deixou claro que as relações entre os Estados Unidos e o Iraque inauguram agora uma nova fase. "Será um comportamento normal entre Estados soberanos, uma parceria equilibrada, baseada em interesses comuns e respeito mútuo", disse. Ele convidou Al-Maliki para uma visita à Casa Branca em dezembro.

Obama espera discutir com o primeiro-ministro iraquiano uma forma de os Estados Unidos continuarem apoiando a formação técnica das forças de segurança do país do Golfo Pérsico, "como já é feito com outros países".

O representante da Casa Branca no Conselho Nacional de Segurança, Denis McDonough, classificou a guerra no Iraque como bem sucedida. Para ele, a estratégia de treinar as forças de segurança iraquianas funcionou. "Vários relatórios sobre as forças de segurança do país deixam claro que estes jovens estão prontos e qualificados. Estes jovens foram testados em várias situações de ameaça que eles deverão enfrentar mais adiante", disse McDonough.

Ele afirma que Washington ficou satisfeito, mas continuaria com o treinamento dos soldados iraquianos para adaptação ao sistema de armas vendidos pelos EUA ao Iraque. De 4 mil a 5 mil agentes privados foram contratados e deverão continuar provendo segurança aos diplomatas, embaixada e consulados estadunidenses em território iraquiano.

Promessa de campanha

Sobre a segurança no país, Tony Blinken, consultor de segurança nacional do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, considerou que a democracia começou a ser estabelecida nos últimos dois ou três anos. "Cada vez mais, os iraquianos estão descobrindo como resolver suas diferenças através de processos políticos".

Os números também indicariam que houve redução nos confrontos envolvendo grupos étnicos. Nos anos de 2007-2008 "havia cerca de 1,5 mil incidentes toda semana; agora este número caiu para 100" apontou Blinken.

Com o retorno dos 40 mil soldados que restam no Iraque, Obama vai cumprir uma de suas promessas de campanha. A guerra iniciada no dia 30 de março de 2003 mobilizou de mais de 1 milhão de soldados norte-americanos, dos quais cerca de 4,4 mil morreram em território iraquiano. O empreendimento militar custou, segundo relatórios, mais de 719 bilhões de euros.

Fonte: Deutsche Welle
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Declarações de líder do CNT sobre a sharia preocupam

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As declarações do chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT) Mustafá Abdul Jalil sobre a adoção da lei islâmica como base da legislação na Líbia preocupa, principalmente, as mulheres que temem por seus direitos.

Domingo, Abdul Jalil afirmou que a sharia será a principal fonte da legislação na nova Líbia, em discurso feito durante a cerimônia de proclamação da "libertação" do país.

"Como país islâmico, nós adotaremos a sharia como lei essencial. Toda lei que violar a sharia será legalmente nula e sem efeito", disse, citando como exemplo a lei de divórcio e casamento.

No regime de Muamar Kadhafi, a lei não proibia a poligamia, mas determinava pré-condições, como o consentimento da primeira esposa. O esposo também precisava provar perante a justiça que tinha capacidade financeira para sustentar uma família múltipla.

"É chocante e insultante constatar que depois do sacrifício de milhares de líbios pela liberdade, a prioridade dos novos líderes é permitir que os homens casem em segredo", lamentou Rim, uma feminista de 40 anos, "solteira e orgulhosa disto".

"Nós não vencemos Golias para viver na Inquisição", denunciou.

Azza Maghur, advogada e militante dos direitos Humanos, acredita que "este não é o momento para fazer tais declarações", e afirmou que prefere saber "sobre outros assuntos mais importantes, como o período de transição".

"Não queremos perder o que conquistamos durante a era socialista dos anos de 1970. São assuntos que devem ser dialogados. A mulher tem direito de voz", disse.

Ela considera que Abdul Jalil "expressou seu ponto de vista como pessoa e não como Estado. Ele não tem o poder de anular as leis".

Abdelrahman al-Chater, um dos fundadores do Partido da Solidariedade Nacional (centro-direita) afirmou que é "precoce falar na forma de Estado".

"Este é um assunto que precisa ser discutido pelas diferentes correntes políticas e pelo povo líbio", disse.

"Estas declarações provocam uma sensação de dor e amargura nas mulheres líbias, que sacrificaram suas vidas" para combater os homens do antigo regime, acrescentou.

"A anulação da lei do casamento, fará com que as mulheres percam o direito de ficar com a casa e os filhos em caso de divórcio. É uma catástrofe para as mulheres", denunciou.

A França e a União Europeia fizeram um apelo nesta segunda-feira pelo respeito aos direitos Humanos na Líbia, após as declarações de Abdul Jalil.

Antes, o chefe do CNT tentou acalmar a comunidade internacional.

"Eu quero que a comunidade internacional fique assegurada do fato de que na condição de líbios somos muçulmanos, mas muçulmanos moderados", declarou durante uma coletiva de imprensa.

"Eu citei (domingo) como exemplo a lei do casamento e do divórcio, eu apenas quis dar um exemplo (de leis que vão contra a sharia), pois a lei (atual) autoriza a poligamia apenas com certas condições. A sharia, que se baseia em um verso do Alcorão, autoriza a poligamia" sem pré-condições, disse.

No domingo, outro exemplo de lei foi dado por Abdul Jalil, que anunciou a abertura de bancos islâmicos, proibidos pela sharia de cobrar juros.

Fonte: AFP
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sábado, 22 de outubro de 2011

EUA vão retirar tropas do Iraque até o final do ano

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O presidente norte-americano, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que irá retirar suas tropas do Iraque até o fim de 2011, quase nove anos após a invasão dos Estados Unidos, depois que ele não conseguiu convencer o Iraque de que vários milhares de militares deveriam permanecer naquele país como contrapeso ao vizinho Irã.

Depois que meses de negociações com autoridades em Bagdá não chegaram a um consenso para manter, talvez, milhares de soldados dos EUA no Iraque como treinadores, Obama anunciou que irá manter os planos de retirar completamente as tropas até o final do ano.

"Como prometido, o restante de nossas tropas no Iraque voltará para casa até o final do ano. Após quase nove anos, a guerra da América no Iraque estará acabada", disse Obama a jornalistas.

A retirada total das tropas norte-americanas, com exceção de cerca de 160 soldados que permanecerão lá sob a autoridade do Departamento de Estado para treinar as forças iraquianas e um pequeno contingente de soldados que protege a embaixada dos EUA, representa um marco importante na guerra que começou em 2003 e resultou na remoção de Saddam Hussein do poder no Iraque.

Estima-se que 4.479 soldados dos EUA foram mortos na guerra do Iraque.

Obama fez essas declarações após uma videoconferência com o premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, e disse que os dois estavam em total acordo sobre como avançar.

Obama e Maliki disseram que a retirada dos cerca de 40.000 militares restantes permitirá que as duas nações avancem para uma nova fase na sua relação de laços fortes, mas complicada.

"Os pontos de vista dos dois lados são idênticos em termos de começar uma nova fase das nossas relações estratégicas ... depois da retirada no final do ano", afirmou o gabinete de Maliki em comunicado.

Mas o anúncio destaca as lacunas que permanecem nas prioridades e nas realidades políticas dos EUA e do Iraque.

No início desta semana, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que as autoridades norte-americanas e iraquianas estavam em contínuas discussões que podem permitir que soldados dos EUA fiquem no Iraque além do prazo de 31 de dezembro.

No final, os dois países aparentemente não conseguiram chegar a um acordo sobre a proteção legal para qualquer soldado dos EUA que ficasse no Iraque.

Durante meses, a debilitada elite política do Iraque esteve em desacordo sobre se os soldados norte-americanos deveriam permanecer como treinadores. Bagdá rejeitou qualquer imunidade legal para soldados dos EUA, e Washington disse que isso significaria nenhum acordo.

O papel militar dos EUA no Iraque tem sido quase sempre reduzido a aconselhar as forças de segurança em um país onde os níveis de violência diminuíram drasticamente de um pico de conflitos sectários em 2006-2007, mas os ataques continuam acontecendo todos os dias.

Autoridades de alto escalão iraquianas dizem em particular que gostariam de ter uma presença de tropas norte-americanas para manter a paz entre árabes e curdos iraquianos em uma disputa sobre quem controla as áreas ricas em petróleo no norte do país.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Que justiça?

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Amigos eu neste momento tento sinceramente compreender o sistema de justiça internacional, ou ao menos o que dizem ser isso. Ao observar os fatos recentes de nossa história humana, nos deparamos com casos e casos, algo tipo "um peso e duas medidas" nas penalidades internacionais e o julgamento dos crimes de guerra e contra a humanidade.

O que vem a ser realmente um crime contra a humanidade? Será que acusar e invadir um país sem provas concretas, ocupa-lo e matar milhares de civis com bombardeios e ataques militares não e um crime contra a humanidade? Será que isolar um povo, como assistimos na Faixa de Gaza, e promover uma estratégia de extermínio de civis inocentes com ataques contra hospitais e escolas, não é um crime contra a humanidade e de guerra? Será que deter em uma prisão sem direitos pessoas acusadas sem provas concretas de envolvimento com terrorismo e tortura-las não é motivo para se levar tal Estado á julgamento?

Bem amigos, sinceramente eu não sei mais o que dizer após assistir ao assassinato de Muamar Kadafi, acusado de crimes contra a humanidade, e diversos outros crimes pelo tribunal internacional, pelos seus algozes, não constitui um crime internacional ao qual deva ser investigado e julgado.

Muamar Kadafi ao longo de sua trajetória de líder líbio ao longo de 42 anos no poder, realmente pode e cometeu algumas transgressões ás leis internacionais, mas que atire a primeira pedra o país da OTAN, ou aliado dos EUA que não tenham cometido algum dos crimes imputados a Kadafi.

O interesse político-econômico internacional é o que realmente pauta o direcionamento da "justiça", afinal, como condenar Kadafi por reprimir uma revolta armada contra seu governo e lançar sobre ele toneladas de bombas em uma dita operação de proteção dos civis, onde tais bombas vitimaram centenas de civis inocentes, enquanto no Bahrein manifestantes desarmados são presos e executados pelo governo daquele país, contando ainda com apoio de tropas sauditas na repressão? Isso sem citarmos o que ocorre no Iêmen.

Justamente devido à atual conjuntura geopolítica e as ambições desenfreadas dos EUA e seus aliados que eu defendo sim que o Irã detenha domínio da tecnologia nuclear e possua capacidade de produzir caso necessário para sua autodefesa um modesto arsenal nuclear, pois seu vizinho Israel possui um arsenal nuclear potêncial desconhecido, ao qual o mundo fecha os olhos e não exibe qualquer interesse em inspecioná-lo, ou mesmo pressionar para que o Estado israelense venha a se desfazer de tais artefatos que desequilibram de forma considerável a balança de poder no Oriente Médio.

Sinceramente, eu adoraria ver realmente a justiça internacional funcionar, á começar pelo julgamento do ex-presidente americano George W. Bush e seus parceiros na invasão do Iraque, o julgamamento e condenação de Israel pelos crimes contra a humanidade cometidos em Gaza, a condenação da Geórgia pelos crimes cometidos durante o ataque a Ossétia do Sul, isso só para citar alguns casos.

Mas como o mundo é movido por interesses econômicos e pelo poderio bélico, acredito que a chance de vermos a lei se aplicar a todos tem uma remota chance de ser contemplada, afinal quem somos nós meros cidadãos do mundo, que sustentamos nossos países e pagamos a conta de guerras insanas e atos de violência desmedida para cobrar consciência e justiça para todos?

Bem vou encerrar por aqui, pedindo apenas que se abra a visão para essa realidade que vos apresento, e passemos a ser mais ativos em nossos atos enquanto cidadãos que definem os rumos de nossos governos através de pequenos atos, começando pela consciência ao definir que irá conduzir a política de nossos governos.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Shalit é solto em troca de 1.027 palestinos

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O soldado Gilad Shalit que passou cinco anos em cativeiro na faixa de Gaza foi libertado na madrugada desta terça-feira, no Egito, após o acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza, segundo confirmou uma fonte do Hamas à BBC.

Ele foi entregue em seguida a autoridades israelenses em Kerem Shalom, no lado israelense da fronteira, onde era aguardado por seus familiares, que não o viam desde 2006.

Israel confirmou que seu estado de saúde é bom.

Em troca, quase quinhentos prisioneiros palestinos vêm deixando prisões israelenses e se dirigindo para o Egito, de onde serão levados para uma grande festa de recepção preparada pelo Hamas na cidade de Gaza.

A movimentação chegou a sofrer atrasos depois que duas prisioneiras palestinas se recusaram a ser deportadas para Gaza, mas o problema já teria sido resolvido.

Ao todo, Shalit será trocado por mais de mil prisioneiros palestinos, dos quais 477 estão sendo soltos nesta terça-feira. Dentre esses, 280 haviam sido condenados à prisão perpétua pela morte de civis israelenses.
Israel terá agora de cumprir a segunda parte do acordo. Nos próximos dois meses, 550 outros prisioneiros devem ser libertados. Os nomes desses presos ainda não foram definidos.

CAPTURA

Shalit foi capturado em 25 de junho de 2006, quando tinha 19 anos, por militantes palestinos ligados ao Hamas. Ele servia em um posto do Exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza.

Meses depois, o Hamas assumiu a tutela de Shalit. Desde então, foram feitas várias negociações para a troca do soldado por prisioneiros palestinos. As conversas nunca progrediram.

Um ano após o sequestro, o Hamas divulgou um áudio no qual Shalit dava provas de que estava vivo. Em outubro de 2009, o soldado apareceu em um vídeo.

Os pais de Shalit, Noam e Aviva, passaram a liderar um movimento para a libertação do filho, que ganhou a adesão de israelenses, que se juntaram em grandes manifestações.

Nos últimos meses, ativistas montaram um acampamento em frente à residência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, para pressionar o governo a assumir um acordo.

CONEXÕES BRASILEIRAS

Um dos liberados em troca de Shalit é Tawfic Abdallah, preso com a mulher, a brasileira Lamia Maruf, em 1986, dois anos após o assassinato do soldado israelense David Manos.

A pista que levou as forças de segurança israelenses a prenderem o casal foi o fato de que o carro utilizado para o sequestro do soldado foi alugado com o passaporte brasileiro de Lamia.

Embora tenha afirmado não ter envolvimento no assassinato, Lamia também foi condenada à prisão perpétua, da qual cumpriu 11 anos, até ser libertada em fevereiro de 1997, após um acordo similar ao atual.
Quem também foi incluído na primeira lista é Husan Badran, condenado por planejar o atentado à pizzaria Sbarro, em Jerusalém, que provocou a morte de 15 pessoas, em 2001.

Entre os mortos estava o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos. A esposa de Balazs, Flora, e sua filha, Deborah, ficaram feridas pelos estilhaços da explosão.

FORTALECIMENTO DO HAMAS

O acordo firmado deverá fortalecer o grupo islâmico Hamas e enfraquecer seus rivais laicos do Fatah e a Autoridade Palestina, opinam analistas.

No dia posterior ao acordo, o analista militar do jornal Haaretz, Amos Harel, disse que haveria um "fortalecimento dramático" da posição do Hamas.

"Os pontos que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ganhou com o pedido de reconhecimento (do Estado palestino) na ONU, enfrentando o governo americano, são insignificantes comparados com o lucro político que o Hamas obterá desse acordo", afirma o analista.

O assessor de Segurança Nacional de Netanyahu, Yaacov Amidror, também opina que o acordo dará força ao Hamas, considerado por Israel um grupo terrorista.

"O Hamas ganha pontos e se fortalece às custas do Fatah", disse Amidror à radio estatal israelense, Kol Israel.

No entanto, Amidror afirmou que o acordo firmado entre Israel e o Hamas para libertar Shalit é o "melhor possível nas circunstâncias atuais".

Ele mencionou as mudanças nos regimes do Oriente Médio, decorrentes da chamada Primavera Árabe, como um fator catalisador para o acordo, agregando que a instabilidade que vigora na região levou o governo israelense a se apressar em concluir o plano porque "ninguém sabe o que acontecerá no futuro".

Fonte: BBC Brasil
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Justiça de Israel analisa recursos contra libertação de prisioneiros palestinos

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A Suprema Corte de Israel se reúne nesta segunda feira para analisar quatro recursos contra a libertação de prisioneiros palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, apresentados principalmente por famílias de vitimas de atentados.

Um dos recursos será apresentado por Meir Schijveschuurder, que perdeu os pais e três irmãos no atentado suicida cometido em 2001 na pizzaria Sbarro, em Jerusalém.

O atentado matou 15 pessoas, entre elas o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos.

A associação Almagor - que representa algumas famílias de vitimas de atentados e o advogado Zeev Dasberg, que perdeu sua irmã em um ataque em 1996, também entraram com recursos.

O quarto recurso é de autoria de uma residente de Jerusalém, Ronit Tamari, que afirma temer que a libertação dos prisioneiros "gere uma nova onda de terror".

Noam Shalit, pai do soldado Gilad, que será libertado em troca de 1.027 prisioneiros palestinos, também participará da discussão na Corte, defendendo o acordo.

De acordo com Noam, "qualquer mudança ou adiamento do acordo colocará em risco a vida de Gilad".

Precedentes


Segundo vários precedentes, a Suprema Corte costuma rejeitar recursos contra a libertação de prisioneiros palestinos, argumentando que trata-se de uma decisão politica de grande abrangência, que pode ter impacto na segurança nacional e nas relações exteriores do país.

De acordo com analistas locais, as chances de que neste caso a Corte aceite os recursos são "praticamente nulas".

A discussão na Suprema Corte é o último obstáculo para a troca dos prisioneiros palestinos por Shalit, prevista para a manhã desta terça feira.

As autoridades israelenses já concentraram 430 prisioneiros na cadeia de Ktziot, onde já foram identificados e examinados pela Cruz Vermelha.

De Ktziot, eles deverão ser transportados na terça, por ônibus da Cruz Vermelha, para pontos de checagem nas entradas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde serão libertados.

Outros 47 prisioneiros – 27 mulheres e 20 cidadãos árabes israelenses ou residentes de Jerusalém Oriental – foram concentrados na cadeia Hasharon, e de lá serão transportados no momento da libertação.

Pena de morte


Entre os prisioneiros a serem liberados, 279 foram condenados à prisão perpétua pela morte de israelenses.
O ministro dos Transportes de Israel, Israel Katz, do partido Likud, que apoiou a troca de Shalit por prisioneiros palestinos, afirmou nesta segunda-feira que vai exigir uma mudança no sistema penal de Israel, para que seja instituída a pena de morte "contra assassinos de judeus e de israelenses".

A pena de morte existe formalmente na legislação de 1945, herdada por Israel do Mandato Britânico, mas só foi aplicada uma vez, no caso do criminoso nazista Adolf Eichman.

"Não podemos mais permitir que os assassinos sejam libertados", disse o ministro à rádio estatal de Israel, Kol Israel.

Katz também disse que vai pedir ao primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que apoie a pena de morte especificamente no caso dos assassinos da família Fogel, do assentamento de Itamar, na Cisjordânia.

Dois palestinos da Cisjordânia estão sendo julgados pelo assassinato a facadas de dois adultos e três crianças da família Fogel, em março deste ano.

Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Palestinos avançam rumo a ingresso em agência da ONU

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Os palestinos deram nesta quarta-feira mais um passo rumo ao ingresso na Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), quando seu conselho executivo respaldou o pedido de adesão plena do Estado palestino à agência da ONU. Os EUA criticaram a medida, argumentando que tal decisão é incoerente com o pedido em curso no Conselho de Segurança, que ainda está sob análise.

A chancela da Unesco, uma das mais importantes agências das Nações Unidas, com sede em Paris, pode conceder mais peso ao pedido de ingresso palestino à ONU como Estado pleno, que atualmente está sendo discutido no Conselho de Segurança da entidade.

O pedido foi aprovado por 40 dos 58 membros do conselho executivo da Unesco, repassando o tema para a próxima etapa, a votação pelos 193 países-membros do organismo, no dia 25 deste mês.

Quatro países rejeitaram a solicitação, incluindo os EUA, e 14 optaram pela abstenção, entre eles França e Espanha.

Os palestinos têm status de observadores na Unesco desde 1974. Para ganhar status de membro pleno, os chamados "Estados" que não são membros da ONU podem ser admitidos na Unesco se forem aprovados por maioria de dois terços na Conferência Geral.

EUROPA

A notícia chega no mesmo dia em que Mahmoud Abbas, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), chegou a Estrasburgo, na França, para um encontro com os parlamentares europeus no Conselho da Europa, onde deve pedir apoio ao pedido de ingresso à ONU como Estado pleno.

Acompanhado pelo negociador-chefe Saeb Erekat e o chanceler palestino Riyad al Malki, Abbas deve se reunir com a chefe de diplomacia do bloco, Catherine Ashton, durante a viagem.

Ele discursará diante da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa nesta quinta-feira.

BATALHA DIPLOMÁTICA

O anúncio da Unesco pode ser considerado mais uma etapa da batalha diplomática que os palestinos travam para pressionar a comunidade internacional a aceitar seu ingresso nas Nações Unidas.
Fortemente rejeitada pelos EUA e Israel, que acusam os palestinos de quererem isolar os israelenses ao angariar apoio mundial para a criação de seu Estado, a pressão diplomática vem avançando.

Abbas já tem em curso um pedido de ingresso à OMC (Organização Mundial do Comércio) e recebeu nesta semana o status de "parceiro" no Conselho da Europa, o principal órgão de direitos humanos do bloco europeu.

EUA

Washington, que declarou antecipadamente seu veto também ao pedido palestino de ingressar na ONU --EUA, Rússia, China, França e Reino Unido detêm poder de veto no conselho-- mostrou indignação frente à decisão da Unesco, classificada como "incoerente".

"No Conselho de Segurança há um processo em curso. É, portanto, incoerente tomar decisões a respeito de organismos da ONU antes de o Conselho de Segurança se pronunciar", argumentou Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado.

Em comunicado, o embaixador dos EUA na Unesco, David Killion, pediu a todos os delegados que se juntem aos Estados Unidos em votar "não".

Os EUA, que respondem por 22% do orçamento da agência da ONU, podem retirar seu financiamento à Unesco como represália.

A presidente do comitê de relações exteriores da Câmara dos Deputados americana, Ileana Ros-Lehtinen, sugeriu a medida caso o pedido palestino seja aprovado.

"Temendo que seus esforços junto ao Conselho de Segurança fracassem, a liderança palestina está buscando reconhecimento em outras partes do sistema da ONU. Esta tentativa de manipular o processo precisa ser interrompida. Nossas contribuições são a alavancagem mais forte que temos na ONU e devem ser usadas para defender nossos interesses e nossos aliados e sustar este esforço palestino perigoso", disse.

ISRAEL

O governo israelense rejeitou o anúncio da Unesco, argumentando tratar-se de uma "rejeição ao caminho das negociações, assim como ao plano do Quarteto para continuar o processo político [como tentativa de resolver o conflito israelo-palestino]".

"A medida nega os esforços da comunidade internacional para avançar o processo político. Um decisão como esta não ajudará os palestinos em suas aspirações rumo à criação de seu Estado", disse a Chancelaria israelense em comunicado.

Diplomatas de Israel se mobilizam agora para tentar convencer os Estados-membros a abandonarem o pedido e "não politizar a Unesco, deixando o assunto para Nova York", disse o embaixador de Israel na agência da ONU, Nimrod Barkan.



Fonte: Folha
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Afegãos marcham contra EUA na véspera de aniversário da guerra

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Centenas de afegãos marcharam por Cabul nesta quinta-feira, véspera do aniversário de 10 anos da campanha militar norte-americana no Afeganistão, para condenar a ocupação dos Estados Unidos e exigir retirada imediata de todas as tropas estrangeiras.

Cerca de 300 homens e mulheres se reuniram logo cedo com placas e faixas acusando os Estados Unidos de "massacrar" civis e denunciando o presidente Hamid Karzai como um fantoche de Washington.

"Ocupação - atrocidades - brutalidade", dizia uma placa segurada por duas mulheres com lenços cobrindo a cabeça e o rosto.

"Não à ocupação", dizia outra placa, enquanto uma bandeira dos EUA era incendiada. Outra faixa mostrava uma caricatura de Karzai como um fantoche segurando uma caneta e assinando um documento intitulado "promessas aos EUA".

A marcha, perto de uma mesquita e um rio no centro de Cabul, durou cerca de três horas e terminou pacificamente.

Kazai se tornou líder do Afeganistão em junho de 2002, sete meses após forças da Otan apoiadas pelos Estados Unidos entrarem em Cabul e derrubarem o regime Taliban do poder. Ele ganhou eleições subsequentes em 2005 e 2009.

Até agora este ano já foram registrados níveis recordes de mortes de civis e, embora cerca de 80 por cento tenham sido causadas por insurgentes, as mortes causadas por forças estrangeiras costumam provocar mais ira pública. Os Estados Unidos levam a maior parte das críticas sobre a presença ocidental no Afeganistão.

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ONU - Você representa quem?

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A Organização das Nações Unidas nem é Unida, nem é uma organização, mas sim, um clube para troca dos interesses comerciais. Que comunidade das Nações representa? Ninguém votou por ela. Portanto, falar sobre a ONU e democracia na mesma frase é tão ridículo como afirmar que a União Europeia é democrática.

Na verdade, falar de "democracia" é tão absurdo como é hilariante pois o único sistema verdadeiramente democrático de governo é a Jamahiriya líbia, pensada e implementada por Muammar al-Kadhafi, um sistema baseado na auto-regulação de comunidades chamadas Conselhos Populares, que decidem quem são seus líderes, elaboram planos para o financiamento e equipamentos que precisam, fazem a requisição ao Conselho Central e o papel do governo nacional é distribuir a riqueza e servir os interesses do povo.

E vem a ONU, falando de "democracia". Mas quê "democracia"? Ninguém votou a favor da Organização das Nações Unidas. Então que direito tem um punhado de membros efetivos, em seu Conselho de Segurança, para implementar uma política que pode ter um efeito direto sobre nossas vidas? E quão "democráticos" são os Estados-Membros em apoiar as políticas que são implementadas, políticas que cada vez mais carimbam as aventuras colonialistas da OTAN?

Vamos dar uma olhada no Reino Unido de David Cameron, por exemplo. Aqui está um homem eleito por uma minoria da sua população. Então por quê ele está representando a nação? Ele foi eleito pelos eleitores dos Trabalhistas? Ele foi eleito pelo Plaid Cymru? Ele foi eleito pelo Partido Liberal Democrata? E quantas pessoas votaram a favor do Vice-Primeiro-Ministro, Nicholas Clegg? Então, por que ele é Vice-Primeiro Ministro? Por quê é que a política externa da Grã-Bretanha, em parte, está controlada pela OTAN? Ninguém votou na OTAN. E será que alguém no Reino Unido votou a favor do controle das suas políticas financeiras pela União Europeia?

Será que David Cameron, Nicolas Sarkozy e Barack Obama, os Senhores da OTAN, escutaram quando o governo líbio Jamahiriya se ofereceu para realizar eleições livres e justas? Não, eles se recusaram. E qual será o futuro? Vejam este espaço, enquanto são feitas tentativas de marginalizar a Jamahiriya e eliminá-la de qualquer processo eleitoral futuro.

A verdade da questão é que a maioria das pessoas na Líbia são contra esta guerra da OTAN, a maioria das pessoas na Líbia desprezam os membros do CNT como os terroristas que são, os elementos deste flagelo estão listados nos bancos de dados antiterroristas ocidentais e a maioria das pessoas na Líbia está a favor do governo Jamahiriya.

Então que direito tem esta Organização das Nações Unidas para começar a nomeação de grupos de "apoio"? Com amigos destes... Onde estava a ONU quando esta sujeira terrorista começou incendiando edifícios e decapitando pessoas negras na rua, saqueando propriedades do Estado e privadas? Onde estava a ONU para defender Muammar al-Kadhafi? O homem que eles estavam planejando premiar com um galardão humanitário?

Será que a ONU admite que apoia terroristas e racistas? Nesse caso, esta organização não representa a minha idéia de uma Organização das Nações Unidas, ela não representa os ideais estabelecidos na sua própria Carta e não representa um fórum que tem o direito de reclamar qualquer responsabilidade para defender ou formular a lei internacional.

É evidente que esta questão da Líbia não  tem nada a ver com a democracia ou proteger os civis. A OTAN, apesar de tudo, comete massacre após massacre, e nem sequer se preocupa hoje em pedir desculpas. Só vira as costas como o bando de criminosos insensível de sangue-frio e assassino que é.

Trata-se do desmantelamento da União Africana, trata-se de destruir as instituições da África e entregá-las de volta para ex-potências coloniais, aleijando a Comunidade Africana das Nações, prejudicando os africanos, mais uma vez aprisionando-os com amortizações de juros altíssimos, trata-se de canalizar os recursos da África para fora, desta vez gratuitamente, política ajudada pela ONU, ajudada pelos líderes africanos que olham inertes com as mãos nos bolsos, ajudada por aqueles que reconhecem e apoiam o que só pode ser chamada uma organização terrorista.

Este não é o meu mundo, esta não é a minha comunidade internacional, esta não é minha ONU - não foi capaz de representar a minha vontade, não conseguiu representar os desejos nos corações e mentes da comunidade mundial e, como tal, não existe mais como algo digno de respeito - é um clube de troca de interesses comerciais entre aqueles que não foram eleitos e, portanto, não têm o direito de permutar os recursos do mundo entre eles.

É o momento certo para criar uma nova comunidade internacional, é hora de uma nova abordagem, é o momento para o Estado de Direito ser aplicado igualmente a todos, é hora de responsabilizar esse punhado de líderes políticos, que cohabita entre os 7 bilhões de pessoas na comunidade mundial, pelas suas ações. O mundo não pertence a eles, é nosso!

A noção de que Muammar al-Qathafi deve parar de lutar é tão ridícula como é dizer a um dono da casa que ele deve entregar as chaves para um intruso que tenha entrado pela janela, que tenha estuprado sua esposa e que matou seus filhos. Nesta situação você luta com tudo que tem e tenta infligir o máximo de danos quanto você pode ... Se você é Homem, é claro!

Por: Timothy Bancroft-Hinchey
Fonte: Pravda.Ru

Nota do Blog: Excelente exposição do amigo editor do Pravda, quero aproveitar e convidar aos amigos leitores a participar deste debate, deixe sua opinião, participe, aqui sua voz tem espaço, aqui nós temos voz para expor nossa opinião com liberdade, compartilhe seu conhecimento e posicionamento.
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sábado, 1 de outubro de 2011

Irã "rejeita totalmente" proposta de inclusão palestina na ONU

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O líder supremo do Irã rejeitou neste sábado o pedido de inclusão da Palestina na ONU (Organização das Nações Unidas). Para ele, qualquer acordo que aceite a existência do Estado de Israel deixará um "tumor cancerígeno" que ameaçará a segurança do Oriente Médio.

O aiatolá Ali Khamenei ameaçou o Estado judaico e seus aliados de "golpes paralisantes" que o escudo antimísseis da Otan, a aliança militar do Ocidente, não poderá impedir.

"Qualquer plano que procure dividir os Palestinos é totalmente rejeitado", afirmou Khamenei em entrevista.

"O cenário de dois Estados, que foi camuflado na autoigualdade da aceitação do governo palestino e da entrada nas Nações Unidas, não é nada mais do que a capitulação das exigências dos sionistas ou o reconhecimento do regime sionista na terra palestina".

Os EUA, aliados de Israel, prometeram vetar o pedido palestino de se tornar membro total da ONU, que está sendo discutido por um painel do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O discurso de Khamenei salienta o apoio do Irã a grupos que se opõem a Israel, incluindo o Hamas, a facção islâmica que controla a faixa de Gaza e rejeitou a proposta apresentada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, classificando-a como uma "imploração" por status de nação.

O clérigo de 72 anos também procurou vender a imagem de que o Irã é o maior defensor da causa palestina, criticando outros países da região que têm laços estreitos com Washington. Dois deles, Egito e Jordânia, reconheceram a existência do Estado de Israel.

"Governos que abrigam embaixadas ou escritórios econômicos sionistas não podem advogar em apoio à Palestina", afirmou, em comentários direcionados inclusive para o Egito pós-Mubarak. Teerã tenta restabelecer os laços com os egípcios, cortados desde 1979.

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Líbia abriu "novo ciclo de guerras colonialistas", diz Chávez na ONU

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, denunciou nesta terça-feira, na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a "ameaça" de um "novo ciclo de guerras colonialistas" iniciado com o conflito na Líbia, em carta lida por seu chanceler, Nicolas Maduro.

"De imediato existe uma grave ameaça à paz mundial: um novo ciclo de guerras coloniais, que começou na Líbia, com o sinistro objetivo de dar um segundo fôlego ao sistema mundo-capitalista", disse Maduro na sessão da ONU.

Chávez não viajou a Nova York para a Assembleia Geral por estar sob tratamento contra um câncer.

"Desde o 11 de setembro de 2001, começou uma nova guerra imperialista que não tem precedentes históricos: uma guerra permanente, perpétua".

"Por que motivo os Estados Unidos são o único país que semeiam bases militares por todo o planeta? Por que motivo a ONU não faz nada para deter Washington?"--perguntou Maduro em nome de Chávez.

"Washington sabe que o mundo multipolar já é uma realidade irreversível. Sua estratégia consiste em deter, a todo custo, o ascenso firme de um conjunto de países emergentes, negociando grandes interesses com seus sócios para dar multipolaridade ao rumo que o Império deseja".

CRÍTICAS

Chávez citou a intervenção militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia contra o regime do ex-ditador Muammar Gaddafi como exemplo de uma guerra para "recolonizar" e "se apoderar das riquezas" do país africano.

O presidente venezuelano perguntou "por que se concede uma cadeira na ONU ao chamado 'Conselho Nacional de Transição' líbio enquanto é negado o ingresso da Palestina, ignorando não apenas uma aspiração legítima, mas a vontade majoritária da Assembleia Geral?".

Chávez disparou ainda contra a ONU: "Já não tem tempo para reformas. Não aceita reforma alguma; a doença que carrega é fatal".

"Se não assumirmos, de uma vez, o compromisso de refundar as Nações Unidas, esta organização perderá definitivamente a pouca credibilidade que ainda lhe resta (...) até a implosão final (...)".

Fonte: France Presse
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