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quarta-feira, 13 de março de 2019

Desembargador Reis Friede profere palestra na Junta Interamericana de Defesa, nos EUA

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O presidente eleito do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal Reis Friede, proferiu, no último dia 6 de março, na Junta Interamericana de Defesa (JID), palestra sobre “Combate à Corrupção no Brasil e Consequências para o Continente Americano”. A convite do chefe da Representação do Brasil na JID, contra-almirante Nelson Nunes da Rosa, Reis Friede viajou às próprias expensas a Washington, sede da Organização, para fazer explanação sobre o tema.
JID
A Junta Interamericana de Defesa (JID) é uma organização militar internacional composta por representantes civis e militares de 28 países que presta serviços de assessoramento técnico, consultivo e educacional em assuntos militares e de defesa, inerentes ao hemisfério americano, para a Organização dos Estados Americanos (OEA) e seus Estados Membros.
Criada em 30 de março de 1942 por uma Comissão Especial do Conselho Deliberativo da então União Panamericana, formada por embaixadores do Brasil, Panamá e Venezuela, a Junta Interamericana de Defesa está sediada na tradicional Casa do Soldado, localizada em Washington, DC.
Em 15 de março de 2006, por ocasião da celebração de seu 64º aniversário, a JID passou a ser considerada uma entidade da Organização dos Estados Americanos. Integram a Junta Interamericana de Defesa os seguintes países: Antígua e Barbuda, Argentina, Barbados, Belize, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis, Suriname, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela.

Fonte: Justiça Federal
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Anistia Internacional exige novamente prisão de Bush por 'tortura'

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A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional pediu a três países africanos que detenham o ex-presidente americano George W. Bush durante sua próxima visita, acusando-o de "crimes" e "torturas".

Bush viaja desta quinta (1º) a 5 de dezembro para Zâmbia, Tanzânia e Etiópia, no âmbito de um giro de promoção dos programas de saúde, baseados principalmente na luta contra o câncer de cérebro e de mama.

Em um comunicado, a Anistia Internacional afirma ter "provas suficientes de domínio público, que emanam de autoridades americanas e do próprio George W. Bush, para pedir à Etiópia, Tanzânia e Zâmbia que abram uma investigação sobre a suposta responsabilidade de atos de tortura e para garantir sua presença durante a investigação".

Bush é acusado de ter autorizado métodos de tortura nos Estados Unidos sob o lema da "guerra contra o terrorismo" nos anos 2000.

"Todos os países para os quais George W. Bush viaja têm a obrigação de apresentá-lo à justiça por seu papel em atos de tortura", afirmou Matt Pollard, conselheiro jurídico da Anistia.

Em outubro, a Anistia tomou a mesma iniciativa antes de uma viagem do ex-presidente americano ao Canadá para uma conferência. Ottawa acusou então a Anistia de "falência moral", "degeneração e politização".

Em fevereiro, Bush anulou uma visita à Suíça após pedidos similares.

Fonte: Reuters
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domingo, 6 de novembro de 2011

Justiça britânica nega recurso contra extradição de fundador do Wikileaks

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A Alta Corte de Londres rejeitou nesta quarta-feira o recurso do fundador do site WikiLeaks (especializado em vazamento de informações), Julian Assange, contra sua extradição para a Suécia para ser interrogado sobre acusações de abuso sexual e estupro.

Assange nega as alegações e diz que elas têm motivação política.

"Não estuprei aquelas mulheres nem posso imaginar o que tenha ocorrido entre nós que as faria pensar isso, exceto má intenção após o fato, um plano conjunto para me apanhar em uma armadilha, ou um terrível equívoco alimentado entre elas", escreveu ele em um artigo publicado em setembro no diário The Independent.

"Posso ser uma espécie de porco chauvinista, mas não sou estuprador, e apenas uma visão distorcida das políticas sexuais pode tentar me transformar em um", afirmou.

Ainda não está claro se ele pode recorrer da decisão na Suprema Corte, a mais alta instância do Judiciário britânico.

Assange passou grande parte deste ano em prisão domiciliar na Inglaterra.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O homem que inspirou 'O Senhor das Armas' condenado em todas as acusações

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Um júri de Nova York determinou esta quarta-feira que o russo Viktor Bout, julgado nos Estados Unidos como o maior traficante de armas ilegais do mundo, é culpado de todas as acusações feitas contra ele, constatou um jornalista da AFP.

Bout, conhecido como o "Senhor das Armas", foi condenado por quatro acusações ao todo, e poderá pegar uma pena que varia de 25 anos de prisão e prisão perpétua, segundo o veredicto lido pelo júri. O juiz informou que a sentença de Bout, que tem 44 anos e declara inocência, será anunciada em 8 de fevereiro.

Vestindo terno cinza e camisa branca, Bout ouviu o veredicto com ar abatido, embora tenha se mantido calmo. Ao final, abraçou seu advogado antes de ser reconduzido ao centro de detenção.

A defesa, por sua vez, anunciou que apresentará um recurso para tentar retirar as acusações.

"Este não é o final do processo. Vamos apelar. Temos uma chance", disse o advogado de defesa Albert Dayan.


O ex-piloto e tradutor das Forças Armadas soviéticas, que se declarou inocente, foi extraditado para os Estados Unidos em 2010, procedente da Tailândia.

Sua prisão ocorreu em 2008 neste país em uma operação secreta de agentes americanos em um hotel, e foi seguida por uma longa batalha judicial por sua extradição, que provocou tensões entre Washington e Moscou, que tentou evitá-la.

A defesa do acusado em Nova York admite que ele administrou uma frota de aviões de carga adquirida após o colapso da União Soviética, mas insiste que nunca vendeu nem serviu de intermediário em negócios com armas.

Bout, de 44 anos, é acusado de fornecer armas para guerras no Afeganistão, Angola, República Democrática do Congo, Libéria, Ruanda, Serra Leoa e Sudão.

Fonte: AFP
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Israel expulsa palestinos de Jerusalém Oriental, diz ONG

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Israel está expulsando palestinos de Jerusalém Oriental, como parte de uma política deliberada que pode constituir crime de guerra, disse uma ONG israelense nesta segunda-feira.

O Comitê Israelense Contra as Demolições de Casas (CICDC) apresentou suas conclusões à Organização das Nações Unidas (ONU) e exigiu um inquérito, alegando que Israel discrimina os palestinos ao demolir imóveis, revogar vistos de residência e piorar sua qualidade de vida.

"Estamos testemunhando um processo de deslocamento étnico", disse o advogado Michael Sfard, que participou da redação do relatório de 73 páginas. "Israel está manifestadamente e seriamente violando o direito internacional... e a motivação é demográfica."

Não houve comentários das autoridades israelenses, exceto por uma nota da prefeitura de Jerusalém, segundo a qual a parte leste da cidade está recebendo investimentos depois de passar anos sendo negligenciada.

"Jerusalém, sob a liderança do prefeito Nir Barkat, investiu uma quantidade de recursos e esforços sem precedentes para melhorar a qualidade de vida dos moradores muçulmanos de Jerusalém, após décadas de negligência das administrações anteriores", disse a nota.

Israel capturou Jerusalém Oriental, inclusive a Cidade Velha, na guerra de 1967 contra os vizinhos árabes.

Essa área e aldeias limítrofes da Cisjordânia foram posteriormente anexadas, sem reconhecimento internacional, à prefeitura de Jerusalém, que foi declarada capital única e eterna de Israel.

Os palestinos, no entanto, continuam reivindicando Jerusalém Oriental como capital do seu eventual Estado.

BAIRROS ÁRABES

Cerca de 300 mil palestinos vivem em Jerusalém Oriental, representando cerca de 35 % da população de toda a cidade. Mas o CICDC disse que Israel impede sistematicamente o desenvolvimento de bairros árabes.

Um terço da área de Jerusalém Oriental foi reservada para a construção de bairros judaicos, e apenas 9 por cento do restante está legalmente disponível para moradias. Todos esses terrenos já estão ocupados, o que inviabiliza a expansão.

"(Os palestinos) não têm opção senão deixar Jerusalém Oriental, construir ilegalmente ou viver em condições assustadoras, superlotadas", disse Emily Schaeffer, coautora do relatório.

Quem sai perde o visto de residência se passar pelo menos sete anos fora. Cerca de 14 mil palestinos perderam o direito à residência entre 1967 e 2010, sendo que metade disso foi desde 2006, disse o CICDC. O visto dá direito a benefícios como saúde e previdência.

Desde que tomou Jerusalém Oriental, Israel demoliu mais de 2.000 casas, sendo 771 desde 2000. Outras 1.500 ordens de demolição estão à espera de serem cumpridas.

"Os palestinos serão na prática deportados de Jerusalém Oriental, não pelo uso de armas ou caminhões, mas por não permitir que eles levem uma vida decente e normal", disse Sfard.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Israelense é condenada por divulgar segredos militares

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Um tribunal de Tel Aviv condenou a israelense Anat Kam, 24, a quatro anos e meio de prisão por espionagem e divulgação de documentos militares secretos, entregues ao jornal "Haaretz".

A jovem foi considerada culpada, em fevereiro passado, por ter repassado informações a um jornalista, quando cumpria serviço militar.

Segundo a acusação, Kam aproveitou-se das funções de secretária do general Yair Naveh, comandante da região militar central, que cobre a Cisjordânia ocupada, para se apoderar de 2.000 documentos, entre 2005 e 2007.

Graças a esses documentos, o jornal israelense publicou uma série de artigos sobre métodos polêmicos usados pelo exército de Israel. Em um deles, denunciava a instrução dada a soldados de realizar assassinatos de membros do movimento palestino Jihad Islâmica.

Fonte: France Presse
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Família Kadhafi estuda ação contra Otan por crime de guerra

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A família de Muamar Kadhafi estuda processar a Otan por "crime de guerra" no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia pela morte em Sirte do ex-dirigente líbio, afirmou à AFP o advogado francês Marcel Ceccaldi.

O advogado disse que a morte foi provocada "pelos disparos da Otan contra o comboio de Muamar Kadhafi, que depois foi executado".

Depois de escapar de Trípoli no fim de agosto, Muamar Kadhafi, de 69 anos, que durante 42 anos governou a Líbia com mão de ferro, foi capturado no dia 20 de outubro perto da cidade de Sirte (360 km ao leste de Trípoli), linchado e morto a tiros em circunstâncias que ainda são confusas.

"O homicídio voluntário está definido como um crime de guerra pelo artigo 8 do estatuto de Roma do TPI", afirmou o advogado.

Ceccaldi não informou quando apresentará exatamente a ação.

"O homicídio de Kadhafi mostra que os Estados membros não tinham a intenção de proteger a população, e sim derrubar o regime", disse.

O processo deve ter como objetos os "órgãos executivos da Otan que fixaram as condições da intervenção na Líbia", os dirigentes que adotaram decisões e os chefes de Estado dos países da coalizão internacional que participaram na operação militar", completou o advogado.

"Ou o TPI intervém como jurisdição independente e imparcial, ou não o faz, e neste caso, a força se impõe ao direito", acrescentou Ceccaldi.

Kadhafi foi enterrado na noite de segunda-feira em um local secreto, mas a morte ainda provoca polêmicas.

O Conselho Nacional de Transição (CNT) afirma que o ex-ditador morreu com um tiro na cabeça durante um tiroteio. Mas testemunhas e vídeos gravados no momento da detenção levantam as suspeitas de uma execução sumária.

Organizações internacionais, incluindo a ONU, pediram uma investigação. O CNT anunciou a formação de uma comissão para investigar o caso.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Direitos Humanos?

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Na Líbia chegou tragicamente ao fim o governo de Muamar Kadafi, deposto e assassinado pelos seus opositores com auxílio da OTAN e suas intervenções cada vez mais comuns fora do contexto para o qual foi criada.

Durante a “revolta” na Líbia, que na verdade não passou de uma manobra euro-americana para se apoderar das riquezas daquela nação, além de por fim a uma ameaça aos interesses capitalistas no continente africano. Uma vez que a Líbia possuía uma moeda independente do dólar e uma economia desatrelada do FMI, onde seu líder, Muamar Kadafi, possuía como uma de suas ambições criar uma moeda africana forte e desatrelada do dólar, o que representaria um impacto considerável na economia global diante das constantes crises que enfrenta a moeda norte-americana.

Eu agora pergunto o que seriam os tais direitos humanos defendidos como ignição da intervenção da OTAN na Líbia?

Pelo que pude acompanhar, tal alegação de proteger civis intervindo com a criação de uma zona de exclusão aérea que foi muito além de sua missão original. Principalmente se observarmos os inúmeros bombardeios contra áreas civis e residenciais que vitimaram centenas de inocentes, o ataque sistemático ao aparato de defesa do governo líbio e a clara intenção de vitimar Kadafi e sua família ao bombardear residências onde provavelmente estaria abrigado. Isso por si já poderia ser considerado e denunciado como crimes de guerra, porém não há que tenha interesse, ou coragem de levar essa questão ao tribunal internacional.

Outra atitude vergonhosa que não sofre qualquer forma de repressão da OTAN ou da comissão de direitos humanos da ONU, diz respeito á exposição do corpo de Kadafi em um frigorífico de Misrata como se fosse um troféu de caça, um claro desrespeito á figura humana e negando ao mesmo um digno repouso após o covarde ato perpetrado por seus algozes que o capturaram e executaram sem qualquer julgamento, algo que contraria os direitos humanos e deveria ser punido.

Os Direitos Humanos a cada dia me convence que são apenas uma bela desculpa para se proteger não civis e inocentes, mas algozes assassinos e os interesses de uma determinada elite. Cito aqui o caso brasileiro, onde um meliante mata e comete dezenas de crimes e quando sofre a reação de algum cidadão ou policial que ocasiona sua morte, os direitos humanos logo se levantam em defesa do criminoso, condenando quem em sua defesa ou de nossa sociedade pôs fim a um dos promotores da insegurança em nossa sociedade. Agora se o mesmo mata um cidadão ou policial, ainda assim é tratado como “o coitadinho” vítima da sociedade.

Sinceramente, estou farto de tantos absurdos em defesa dos ditos direitos humanos, e peço a Deus todos os dias que jamais eu venha a precisar desses tais “direitos humanos” defendidos pelo mundo afora.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Governo rebelde líbio diz que caso Lockerbie foi encerrado

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O governo interino da Líbia disse nesta segunda-feira que as investigações sobre o atentado aéreo de 1988 sobre a cidade escocesa de Lockerbie estão encerradas, e que Trípoli não entregará mais provas que possam levar a novos indiciamentos.

Promotores escoceses haviam pedido ao Conselho Nacional de Transição (CNT) que permitisse o acesso a documentos ou testemunhas que pudessem levar a novos suspeitos --incluindo provavelmente o deposto ditador Muammar Gaddafi.

Mas o ministro interino de Justiça da Líbia, Mohammed al Alagi, descartou essa hipótese, dizendo a jornalistas que "o caso está encerrado."

Abdel Basset al Megrahi, ex-agente líbio condenado em 2001 pelo atentado que matou 270 pessoas, foi libertado em 2009 e devolvido à Líbia por razões humanitárias --ele sofria de câncer em estágio terminal.

Sua libertação, sua recepção como herói e o fato de ter uma sobrevivência muito maior do que os médicos previam enfureceram muita gente no Reino Unido e nos Estados Unidos, país de origem da maioria das vítimas.

O Ministério Público escocês não se pronunciou sobre a posição do governo líbio. Antes, um porta-voz havia dito que a Escócia solicitara "qualquer evidência documental ou testemunhal que possa contribuir com os inquéritos em andamento."

"Lockerbie continua sendo um inquérito aberto a respeito do envolvimento de outros com o senhor Megrahi no assassinato de 270 pessoas", disse o porta-voz.

Fonte: Reuters
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domingo, 3 de julho de 2011

União Africana pede que países não cumpram mandado contra Gaddafi

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A União Africana pediu que seus membros não executem o mandado de prisão contra o ditador líbio Muammar Gaddafi, emitido pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) na última segunda-feira.

No encerramento da cúpula da União Africana, neste sábado, líderes dos países africanos disseram que o mandado de prisão traz sérias complicações aos esforços da instituição de encontrar uma solução pacífica para o conflito na Líbia.

Segundo o correspondente da BBC em Malabo, na Guiné Equatorial, Thomas Fessy, o chefe da comissão africana, Jean Ping, afirmou que os países não estão contra o tribunal.

No entanto, Ping disse que o tribunal parecia estar visando somente oficiais do continente africano e afirmou que o promotor-chefe do TPI, Luis Moreno-Ocampo, é "uma piada".

Não é a primeira vez que os países da União Africana vão contra uma decisão do TPI.

Os países do continente também optaram por permitir que o presidente do Sudão, Omar Bashir, viaje pelo continente impunemente, apesar de um mandado de prisão contra ele, também emitido pelo Tribunal.

DIÁLOGO

Horas antes, os rebeldes líbios aceitaram uma oferta de diálogo sobre o futuro do país, sem o envolvimento de Gaddafi, feita pelos países da União Africana.

Representantes dos rebeldes, que foram convidados para a cúpula, disseram que é a primeira vez que a instituição reconheceu a demanda do povo líbio por democracia e direitos humanos.

O representante do Conselho Nacional de Transição na França, Mansur Saif al-Nasr, disse à BBC que este a proposta de diálogo é um passo à frente.

"O espírito do documento é que Gaddafi não terá mais um papel a cumprir no teatro da Líbia", afirmou.

A União Africana também pediu um cessar-fogo imediato e a suspensão da zona de exclusão aérea aprovada pela ONU, que abriu o caminho para a intervenção militar da Otan no país.

No comunicado, os países dizem que os dois lados do conflito devem fazer um pedido forma à ONU para uma missão de paz na Líbia para monitorar a implementação da suspensão de hostilidades.

Mas os representantes dos rebeldes dizem que pediriam uma série de garantias da União Africana antes de concordar com um cessar-fogo.

Fonte: BBC Brasil
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Líbano: Nasrallah repudia a ordem de prisão contra membros do Hezbollah

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O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, rejeitou no sábado a detenção de quatro membros do movimento libanês citados nas ordens de prisão emitidas pelo tribunal da ONU que investiga o assassinato do ex-primeiro ministro Rafic Hariri em 2005.

"Nenhuma força poderá deter estes que são mencionados no documento de acusação (...) Eles não serão detidos em 30 dias, 30 anos nem em 3 séculos", afirmou num discurso de mais de uma hora transmitido pela tv do Hezbollah, Al Manar.

"Rejeitamos o tribunal internacional e todas as acusações sem fundamento provenientes desta instituição", acrescentou.

Os quatro membros do Hezbollah mencionados na ata de acusação do tribunal "têm um passado honrado na luta contra a ocupação" israelense, afirmou Nasrallah.

O Tribunal Especial para o Líbano (TEL) entregou na quinta-feira às autoridades libanesas uma ata de acusação e as ordens de prisão. O ministro do Interior libanês Marwan Sharbel confirmou no dia seguinte os nomes dos quatro suspeitos, membros do Hezbollah, citados no documento: Mustafá Badredin, Salim Ayash, Assad Sabra e Hussein Anaisi.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Regime de Gaddafi nega ter cometido crimes de guerra na Líbia

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O governo da Líbia negou nesta quinta-feira que forças leais ao líder do país, o coronel Muammar Gaddafi, tenham cometido crimes de guerra durante o conflito na nação africana.

Investigadores da ONU dizem ter provas de que Gaddafi deu ordens para que fossem realizados ataques indiscriminados contra civis, inclusive tortura e assassinato.

O diplomata líbio Mustafa Shaban disse no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que seu governo vem sendo ''vítima de uma ampla agressão'' e culpou rebeldes e mercenários de estrangeiros por violações de direitos humanos e até mesmo por ''atos de canibalismo''.

Shaban disse que o governo líbio "nega e reafirma sua negação quanto à existência de violações generalizadas e sistemáticas de direitos humanos feitas com o conhecimento das autoridades ou sob ordem das autoridades líbias ou com a cobertura delas".

"Nós também negamos as indicações de ataques genéricos ou sistemáticos contra civis, ou assassinatos extrajudiciais, ou prisões arbitrárias, detenções e torturas."

O governo de Gaddafi acusou também rebeldes líbios e forças da Otan de terem cometido violações contra o povo da Líbia.

Os agentes da ONU afirmam também ter provas de que rebeldes também cometeram abusos contra civis no conflito no país, mas que eles não foram tão numerosos quanto as cometidos por tropas do governo.

ABUSOS DE REBELDES

DNa quarta-feira, o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, disse que também há indícios de que o governo de Gaddafi deu ordem para que seus soldados estuprassem mulheres --até mesmo distribuindo Viagra a eles-- em uma estratégia contra os rebeldes.

O governo líbio não reconhece a autoridade do TPI.

No final do mês passado, o repórter da BBC Andrew Harding conversou com dois soldados das forças de Gaddafi capturados por forças rebeldes na cidade líbia de Misrata que disseram ter se envolvido em um estupro coletivo e que afirmaram que muitos outros foram cometidos durante as batalhas travadas pelo controle de Misrata, cidade no oeste do país.

Os militares contaram que participaram da invasão da casa de uma família, amarraram o pai, a mãe e crianças e que soldados deram tiros na perna de cada um.

Cerca de 20 soldados que invadiram a residência, segundo o relato do militar capturado, teriam participado do estupro de duas filhas do casal, na faixa dos 20 anos de idade.

Os soldados que falaram à BBC disseram ainda que foram forçados a participar do estupro coletivo, após terem sido ameaçados e espancados por um oficial.

Fonte: BBC Brasil
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Ministro italiano ameaça boicote do país à Copa de 2014

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O ministro italiano da Simplificação Normativa, Roberto Calderoli, indicou nesta quinta-feira em entrevista à Ansa que a Itália poderia boicotar a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil, como uma manifestação contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em libertar o ex-ativista Cesare Battisti.

"Boicotemos o Mundial de futebol de 2014. É um sinal que enviamos ao Brasil para a questão de Battisti, mas também um modo para tentar restituir a moralidade a todo o movimento futebolístico italiano", disse o ministro em entrevista por telefone.

Ele expressou que a decisão tomada ontem pelos ministros do STF "é uma decisão que ofende", e a qual classifica como "injusta e absurda". "Um modo para fazer entender nossa indignação pode ser o de boicotar o Mundial de futebol", explicou.

Calderoli ainda considerou que a medida "seria um sinal importante não só para o Brasil", mas também para o futebol italiano que, segundo ele, "está atravessando um período difícil".

Ele se referiu à investigação que a Justiça italiana empreende no país que já levou à prisão de 16 jogadores e dirigentes envolvidos em um esquema de comercialização de resultados de jogos da série B e C do Campeonato Italiano para uma rede de apostas.

"O boicote pode ser um sinal para dar a entender que o dinheiro não é tudo, mas que o esporte serve também para educar os jovens o sentimento de justiça", sublinhou.

Demetrio Albertini, ex-meio de campo do Nazionale, criticou a postura do ministro e disse que é preciso dar um "basta com a instrumentalização do futebol".

"Daqui até 2013, espero que Calderoli encontre a melhor [forma] para responder ao caso Battisti", disse. Ele afirmou ainda que o futebol é um instrumento social "e não pode ser um instrumento de protesto".

Fonte: ANSA
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Investigação de AF447 descarta temores sobre segurança de Airbus

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Leituras preliminares dos dados das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico em 2009 amenizaram, ao menos por enquanto, as preocupações imediatas sobre a segurança da aeronave Airbus A330, mas investigadores alertaram na terça-feira contra a precipitação em culpar a tripulação pelo desastre.

Investigadores franceses analisam os dados e as gravações da cabine da aeronave contidos nas duas caixas-pretas retiradas do fundo do mar dois anos após o acidente. Eles trabalham sob pressão para resolver o mistério que envolve a queda da aeronave na noite de 31 de maio para 1o de junho de 2009, que matou todas as 228 pessoas a bordo, durante o voo Rio-Paris.

Em comunicado, o BEA, escritório que investiga acidentes aéreos na França, reiterou que ainda é muito cedo para se tirar quaisquer conclusões sobre as causas do dramático desaparecimento da aeronave, que fazia o voo 447, em meio a uma tempestade.

Mas o órgão disse que a recuperação bem sucedida dos dados e das gravações das caixas-pretas "nos deixa praticamente certos de que toda luz será jogada sobre este acidente".

Os dois dispositivos, que contêm pistas vitais sobre a tragédia, foram recuperados neste mês e chegaram a Paris na quinta-feira. O BEA informou na segunda-feira que todos os dados estão intactos.

Na primeira indicação tangível da direção que as investigações estão tomando, a Airbus informou companhias aéreas na terça-feira que não tem novas recomendações de segurança como resultado do primeiro exame dos dados da aeronave, medida que sugere que a leitura preliminar não apontou falhas mecânicas.

A detecção de qualquer defeito levaria automaticamente a algum tipo de recomendação para evitar colocar em risco a segurança dos passageiros dos cerca de 1.000 aviões A330 em serviço ao redor do mundo.

"Nessa fase de análise preliminar do gravador digital dos dados de voo (DFDR, na sigla em inglês), a Airbus não tem recomendações imediatas para as operadoras", disse a fabricante europeia em comunicado ao setor obtido pela Reuters.

A Airbus confirmou que divulgou o boletim afirmando que não há novas recomendações e acrescentou que a medida foi aprovada pelo BEA.

NOTÍCIA NEGADA

Aviões de passageiros levam dois dispositivos para ajudar os especialistas no evento de um acidente --um gravador de dados que rastreia sistemas e mudanças no comportamento da aeronave, e um outro que guarda as conversas realizadas dentro da cabine, neste caso englobando as duas últimas horas antes do acidente.

O BEA afirma que a análise desses dados levará algumas semanas.

As equipes de investigação ainda têm de sincronizar as leituras do gravador de dados com as conversas da cabine, um processo crucial e demorado.

O BEA reagiu com irritação a uma reportagem do jornal francês Le Figaro apontando diretamente a Air France ou sua tripulação como culpados pela tragédia. O escritório de investigação classificou a notícia como "sensacionalista" e prematura.

Citando fontes do governo francês e pessoas próximas à investigação, o jornal informou que especialistas identificaram erros da tripulação, mas não determinou se esses erros resultaram em decisões da equipe a bordo ou a procedimentos da Air France.

O sindicato que representa os pilotos na França, o SNPL, disse que não há relação entre a falta de novas recomendações de segurança da Airbus e qualquer responsabilidade da tripulação.

A entidade acrescentou que, embora não tenha feito novas recomendações, a Airbus já havia feito algumas modificações para os procedimentos do A330.

Desde o acidente, as recomendações aos pilotos sobre como sair de uma perda aerodinâmica, uma perda de controle causada por voar muito rapidamente ou muito lentamente, disse o presidente do sindicato, Jean-Louis Barber.

Um cenário especulativo que surgiu após o acidente foi de que leituras inconsistentes dos sensores de velocidade pode ter deixado os pilotos sem informações confiáveis sobre quão rápido voavam numa altitude em que há pouco espaço para erros.

Transmissões automáticas para o centro de manutenção informaram sobre leituras inconsistentes dos três sensores, conhecido como tubos pitot, fornecidos pela empresa francesa Thales.

As leituras de velocidade podem ficar equivocadas quando os tubos congelam. Mas autoridades do BEA afirmaram que, mesmo que comprovada, essa situação sozinha não seria o suficiente para explicar o acidente.

Os investigadores e as partes envolvidas repetidamente alertaram contra tentativas de fazer muitas deduções com base em pedaços individuais de informação, incluindo leituras inconsistentes dos sensores de velocidade da aeronave, hipótese que dominou os estágios iniciais da investigação.

Ainda assim, o resultado da investigação tem implicações legais potenciais tanto para a fabricante da aeronave quanto para a companhia aérea.

Representantes de algumas das famílias das vítimas questionaram por que o jato da Air France, um dos vários a voar do Brasil para a Europa, entrou numa tempestade equatorial enquanto outros aviões conseguiram evitar a pior parte do fenômeno.

Autoridades meteorológicas afirmaram pouco depois da tragédia que dois aviões da Lufthansa passaram pela mesma área da aeronave da Air France por volta do mesmo horário sem qualquer incidente. Tempestades são comuns na linha do Equador.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Nova versão sobre morte de Bin Laden volta a contradizer Casa Branca

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Uma nova informação divulgada pela imprensa americana nesta sexta-feira voltou a contradizer relatos anteriores da Casa Branca sobre a operação que levou à morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, no último domingo (1º).

Segundo jornais americanos, fontes do governo afirmaram que, ao contrário do informado anteriormente, apenas uma pessoa - o mensageiro de Bin Laden - teria atirado contra as forças especiais americanas que invadiram o esconderijo do líder da Al Qaeda no Paquistão e o mataram.

O mensageiro estaria em um andar diferente da mansão onde Bin Laden vivia escondido - na cidade de Abbottabad - e teria sido morto pelas forças americanas no início da operação.

Essas novas informações representam mais mudanças no relato sobre como transcorreram os cerca de 40 minutos da operação.

Desde a noite de domingo, quando o presidente Barack Obama anunciou a morte do líder da Al Qaeda em cadeia nacional, membros da Casa Branca já mudaram repetidas vezes sua versão sobre a operação.

TROCA DE TIROS

Na segunda-feira, o principal assessor do governo para assuntos de segurança nacional e contraterrorismo, John Brennan, disse que Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça ao resistir à captura.

"Se nós tivéssemos a oportunidade de pegar Bin Laden vivo, se ele não apresentasse qualquer ameaça, os indivíduos envolvidos (na operação) estavam aptos e preparados para fazer isso", afirmou.

Brennan disse que o líder da Al-Qaeda resistiu e houve troca de tiros com as forças americanas que invadiram seu esconderijo. Afirmou ainda que Bin Laden tentou usar uma de suas esposas como escudo, e a mulher acabou morta na ação.

No dia seguinte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, mudou o relato, e disse que Bin Laden não estava armado.

De acordo com Carney, porém, mesmo desarmado Bin Laden resistiu à captura, e várias outras pessoas presentes no local estavam armadas, com "intensa" troca de tiros.

O porta-voz afirmou ainda que uma das esposas de Bin Laden confrontou as forças americanas e foi alvejada na perna, mas não morreu, contrariando a versão de Brennan.

LEGALIDADE

As versões contraditórias vêm aumentando os questionamentos sobre a legalidade da operação que levou à morte de Bin Laden, acusado de ser o mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas em Nova York e Washington.

Além desses ataques, Bin Laden era acusado de ser o mentor de diversos outros atentados contra alvos americanos e ocidentais e ocupava o primeiro lugar na lista dos mais procurados pelos Estados Unidos.

Na quarta-feira, ao ser questionado sobre detalhes da operação em audiência no Congresso, o secretário de Justiça, Eric Holder, defendeu sua legalidade e disse que foi um ato legítimo de autodefesa.

"Ele era o líder da Al Qaeda, uma organização que conduziu os ataques de 11 de Setembro. Ele admitiu seu envolvimento. A operação contra Bin Laden foi justificada como um ato de autodefesa nacional", disse Holder, em audiência na Comissão de Justiça do Senado.

Nesta quinta-feira, porém, a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, pediu ao governo americano "a divulgação completa dos fatos precisos" sobre a morte do líder da Al
Qaeda para estabelecer a legalidade da operação.

"As Nações Unidas condenam o terrorismo, mas também têm regras básicas sobre como deter atividades terroristas. Isso deve ser feito respeitando as leis internacionais", disse a comissária.

A ONG Anistia Internacional também já havia se manifestado a respeito da operação, ao dizer que Bin Laden deveria ter sido capturado vivo, já que estava desarmado.

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 3 de maio de 2011

"Bin Laden foi traído? Certamente que sim. O Paquistão sabia onde ele estava"

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A desaparição de Bin Laden lança uma luz sombria sobre o Paquistão. Durante meses, o presidente Alí Zardari nos disse que Osama vivia em uma caverna no Afeganistão. E agora descobrimos que ele vivia em uma mansão no Paquistão. Foi traído? Claro que sim. Pelos militares ou pelos serviços de inteligência do Paquistão? É muito provável que pelos dois. O Paquistão sabia onde estava. Há uma pergunta muito óbvia sem resposta: as forças de segurança do Paquistão não poderiam ter capturado Bin Laden?

Um dom nada de meia idade, um fracassado político, rebaixado pela história – pelos milhões de árabes que exigem liberdade e democracia no Oriente Médio -, morreu no Paquistão neste domingo. E o mundo enlouqueceu. Nem bem havia nos apresentado uma cópia de sua certidão de nascimento, o presidente estadunidense apareceu no meio da noite para nos oferecer ao vivo um atestado da morte de Osama Bin Laden, abatido em uma cidade batizada em homenagem a um major do exército do velho império britânico. Um só tiro na cabeça, nos dizem. Mas e o vôo secreto do corpo até o Afeganistão e o igualmente secreto sepultamento no mar?

A estranha forma pela qual se livraram do corpo – nada de santuários, por favor – foi quase tão grotesca como o homem e sua perversa organização.
Os estadunidenses estavam embriagados de alegria. David Cameron chamou-o de um enorme passo adiante. A Índia falou em feito vitorioso. Um triunfo retumbante, alardeou o primeiro ministro israelense Netanyahu. Mas, após 3 mil estadunidenses assassinados no 11 de setembro, incontáveis outros no Oriente Médio, cerca de meio milhão de vítimas mortais no Iraque e no Afeganistão e 10 anos empenhados na busca de Bin Laden, oremos para que não tenhamos mais triunfos retumbantes.

Ataques em represália? Talvez ocorram, de pequenos grupos no Ocidente que não têm contato direto com a Al Qaeda. Ninguém duvide que alguém já esteja sonhando com uma brigada do mártir Osama Bin Laden. Talvez no Afeganistão, entre os talibãs. Mas as revoluções de massas dos últimos quatro meses no mundo árabe significam que a Al Qaeda já estava politicamente morta. Bin Laden disse ao mundo – e, de fato, me disse pessoalmente – que queria destruir os regimes pró-ocidentais no mundo árabe, as ditaduras dos Mubaraks e dos Ben Alis. Queria criar um novo califado islâmico. Mas nestes últimos meses, milhões de árabes muçulmanos se levantaram, dispostos ao martírio, mas não pelo Islã e sim por democracia e liberdade. Bin Laden não derrubou os tiranos: foi o povo. E o povo não quer um califa.

Reuni-me três vezes com o homem e só me restou uma pergunta por fazer: o que pensava ao observar como se desenvolviam as revoluções este ano, sob as bandeiras de nações, mais que do islã, cristãos e muçulmanos juntos, pessoas que seus homens da Al Qaeda gostam de arrebentar?

Aos seus olhos, seu êxito foi criar a Al Qaeda, instituição que não tinha carteira de membro. Bastava levantar uma manhã querendo ser da Al Qaeda e já o era. Ele foi o fundador, mas nunca um guerreiro em batalha. Não havia um computador em sua caverna, nem fazia chamadas para que detonassem bombas. Enquanto os ditadores árabes governavam sem que ninguém os enfrentasse, com apoio ocidental, evitavam até onde fosse possível criticar a política de Washington; só Bin Laden o fazia. Os árabes nunca quiseram explodir aviões de altos edifícios, mas admiravam o homem que dizia o que eles queriam dizer. Mas agora, cada vez mais, podem dizê-lo. Não precisam de Bin Laden. Ele se tornou um dom nada.

Falando de cavernas, a desaparição de Bin Laden lança uma luz sombria sobre o Paquistão. Durante meses, o presidente Alí Zardari nos disse que Osama vivia em uma caverna no Afeganistão. E agora descobrimos que ele vivia em uma mansão no Paquistão. Foi traído? Claro que sim. Pelos militares ou pelos serviços de inteligência do Paquistão? É muito provável que pelos dois. O Paquistão sabia onde estava.

Abbottabad não é só o lugar que abriga o colégio militar desse país – a cidade foi fundada pelo major James Abbott, do exército britânico, em 1853 -, como também é o quartel da segunda divisão do corpo do exército do norte. Há apenas um ano, fui atrás de uma entrevista com um dos criminosos mais procurados, o líder do grupo responsável pelos massacres de Bombaim. Encontrei-o na cidade paquistanesa de Lahore, protegido por policiais paquistaneses armados com metralhadoras.

Desde logo, há uma pergunta muito óbvia sem resposta: as forças de segurança do Paquistão não poderiam ter capturado Bin Laden? Por acaso a CIA e os Seals da Marinha dos EUA, ou as forças especiais, ou qualquer que seja a força estadunidense que o tenha morto não tinha os meios para lançar uma rede no tigre. Justiça: foi assim que Barack Obama definiu essa morte. Nos velhos tempos, Justiça significada devido processo legal, um tribunal, uma audiência, um defensor, um julgamento. Como os filhos de Saddam Hussein, Bin Laden foi morto a tiros. Claro, ele jamais quis que o pegassem vivo...e havia sangue em abundância na casa onde morreu.

Mas um tribunal teria preocupado muito mais a outras pessoas do que a Bin Laden. Afinal, depois de tudo o que aconteceu, poderia ter falado de seus contatos com a CIA durante a ocupação soviética do Afeganistão, ou de suas acolhedoras reuniões em Islamabad com o príncipe Turki, chefe da Inteligência da Arábia Saudita. Assim como Saddam Hussein – que foi julgado pelo assassinato de apenas 153 pessoas e não pelos milhares de kurdos vítimas de bombas químicas – foi enforcado antes que tivesse a oportunidade de nos contar sobre os componentes do gás fornecidos pelos EUA, sobre sua amizade com Donald Rumsfeld ou sobre a ajuda militar que recebeu de Washington quando invadiu o Irã, em 1980.

É estranho que Bin Laden não tenha sido o criminoso mais procurado pelos crimes internacionais de lesa humanidade do 11 de setembro de 2001. Ele ganhou seu status do velho oeste por ataques anteriores da Al Qaeda a embaixadas dos EUA na África e ao quartel do exército desse país, em Durban. Sempre estava à espera dos mísseis de cruzeiro...e eu também quando me reuni com ele. Ele esperava a morte antes, nas cavernas de Tora Bora, em 2001, quando seus guarda costas não o deixaram resistir e o obrigaram a cruzar as montanhas a pé até o Paquistão. Seguramente passou algum tempo em Karachi. Estava obcecado com essa cidade: até me deu fotografias de grafites apoiando a sua causa nos muros da antiga capital paquistanesa, e elogiava os imãs locais.

Suas relações com outros muçulmanos eram um mistério. Quando me reuni com ele no Afeganistão, no início ele tinha medo do talibã e não deixou que eu deixasse seu acampamento e fosse para Jalalabad à noite. E me entregou a seus guardas mais próximos da Al Qaeda para que me protegessem na viagem no dia seguinte. Seus seguidores odiavam os muçulmanos xiitas, considerando-os hereges. Para eles todos eram ditadores e infiéis, ainda que Bin Laden estivesse disposto a cooperar com os ex-baazistas iraquianos (aliados de Saddam Hussein) contra os ocupantes estadunidenses, o que afirmou em uma gravação de áudio a qual a CIA, tipicamente, não deu importância. Nunca elogiou o Hamas e dificilmente seria digno da definição de “guerreiro sagrado” que esse grupo dedicou a ela, o que foi parar, como de hábito, diretamente nas mãos israelenses.

Nos anos posteriores a 2001, tive uma débil comunicação indireta com Bin Laden. Certa vez, reuni-me com um dos sócios no qual confiava na Al Qaeda, em uma localidade secreta do Paquistão. Escrevi uma lista de 12 perguntas, a primeira das quais era óbvia: que tipo de vitória a Al Qaeda pode proclamar, uma vez que suas ações conduziram à ocupação de nações muçulmanas por Washington? Durante semanas não houve resposta. De repente, em um fim de semana, quando esperava para dar uma conferência em San Louis, Missouri, nos EUA, me disseram que a Al Jazeera acabava de difundir uma nova gravação de Bin Laden. E ele respondeu – sem fazer menção a minha lista – uma a uma minhas 12 perguntas. Ele queria que os estadunidenses fossem ao mundo muçulmano...para poder destruí-los.

Quando Daniel Pearl, jornalista do Wall Street Journal, foi sequestrado, escrevi um longo artigo no The Independent, no qual suplicava a Bin Laden para que salvasse a sua vida. Pearl e sua esposa cuidaram de mim quando fui golpeado na fronteira afegã, em 2001; ele inclusive me deu o conteúdo de seu livro de contatos. Muito tempo depois me disseram que Bin Laden tinha lido meu artigo com tristeza. Mas Pearl já havia sido assassinado. Ou pelo menos foi isso que ele teria dito.

As obsessões de Bin Laden infestaram a sua família. Uma esposa deixou-o, outras duas parecem ter morrido com ele no ataque estadunidense do domingo. Conheci um de seus filhos, Omar, no Afeganistão, em 1994; estava com seu pai. Era um menino simpático e perguntei se ele era feliz. Sim, me respondeu ele em inglês. Mas no ano passado ele publicou um livro chamado “Living Bin Laden”, no qual, ao descrever como seu pai matou os cães que ele amava em um experimento de guerra química, chamou-o de homem malvado. Neste livro, também recordou nosso encontro e concluiu que devia ter respondido que não era uma criança feliz.

Ao meio dia desta segunda-feira eu já tinha recebido três chamadas telefônicas de árabes, todos seguros de que os estadunidenses mataram um dublê de Bin Laden, do mesmo modo que muitos iraquianos acreditam que os filhos de Saddam Hussein não morreram em 2003 e que o próprio Saddam tampouco foi enforcado. No seu devido tempo, a Al Qaeda nos dirá. Certamente, se todos estamos equivocados e era um dublê, veremos mais um vídeo do verdadeiro Bin Laden...e o presidente Obama perderá a próxima eleição.

Fonte: Carta Maior
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Chávez pede que ONU condene "vil crime" contra família de Kadafi

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou nesta segunda-feira o "assassinato" do filho mais novo e três netos do líder líbio, Muammar Kadafi, e exigiu que a Organização das Nações Unidas manifeste sua condenação do que denominou "vil crime" e "ato de guerra".

A Chancelaria venezuelana assinalou em comunicado divulgado nesta segunda-feira que Chávez "condena energicamente o assassinato perpetrado pela coalizão imperialista liderada pela Otan", em "um dos cruéis e covardes bombardeios que dia após dia massacram civis dessa irmã nação africana".

"O Governo bolivariano pede à ONU que condene este ato de guerra, ao tempo que faz um chamado aos povos e Governos do mundo para que exijam o fim imediato dos bombardeios", assinala o texto.

O presidente venezuelano manifesta suas condolências "aos irmãos líbios" pela morte do filho mais novo de Kadafi, Seif el Arab, de 29 anos.

O documento destaca que esta ação aconteceu após o bombardeio "ilegal" das instalações da televisão nacional líbia poucas horas depois que Kadafi formulasse uma proposta de solução negociada da crise.

Com este ato se demonstra "claramente", segundo Chávez, "quem busca a guerra e quem busca a paz" e "a intenção manifesta da coalizão imperial de assassinar a Muammar Kadafi".

O presidente venezuelano defendeu por promover uma solução "pacífica e negociada" do conflito líbio que preserve a soberania e integridade do estado norte-africano, e reiterou, mais uma vez, sua solidariedade com "a heroica resistência".

Fonte: EFE
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Americanos comemoram "vitória" sobre o Terror

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Americanos saem as ruas e comemoram a morte de Obama e saboreiam a "vitória" sobre o Terrorismo que inflingiu um duro golpe aos EUA em 2001.

O pronunciamento do presidente Barack Obama pouco além das 11:30, hora local, confirmou as notícias de que tropas especiais dos EUA haviam encontrado e emboscado Osama Bin Laden. Após o anuncio uma multidão tomou as ruas comemorando a vitória ostentando bandeiras e rostos pintados, muitos choravam em memória dos mortos no atentado de 11 de setembro e sentiam um sentimento de alívio ao saber que a justiça recaiu sobre o mentor deste que foi o maior ataque terrorista da história e alterou de forma fundamental os rumos da política externa americana, além de plantar a semente do medo e a paranóia no povo americano que passou a exibir um forte sentimento xenófobo a tudo que seja ligado ao Islã ou ao mundo árabe.

Após este anuncio, o presidente Obama que se prepara para concorrer a reeleição, se vê em uma posição muito confortável, gozando de um esponêncial aumento da popularidade de seu governo.

Embora Osama tenha caído, não é momento ainda de baixar a guarda, pois a rede Al Qaeda ainda é ativa e possui outras lideranças que podem ordenar uma retaliação ao ataque e morte de seu líder maior. O momento é de alerta máximo e monitoramento das redes para determinar e combater possiveis ameaças.

Nós do GeoPolítica Brasil parabenizamos o êxito da operação cirúrgica que culminou no abate de Osama sem causar danos colaterais, o que era comum nas operações orquestradas por George W. Bush, onde acreditava-se que bombas teleguiadas teriam maior efeito que uma operação cirúrgica com homens altamente treinados e equipados.

Esperamos agora ver uma mudança nas relações americanas com o povo do oriente médio, que hoje são vistos como terroristas ou radicais. Esperamos uma política de respeito as tradições milenares do Islã e o devido respeito aos cidadãos daquelas nações que buscam por paz.

Estamos anciosos pelas novas páginas da história que a humanidade esta por escrever após a morte do maior simbolo do terrorismo transnacional e torcemos para que o mesmo perca força no cenário mundial.

Fonte: GeoPolítica Brasil
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OSAMA is dead!!!

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Após um tiroteio de cerca de 40 minutos com tropas SEALS dos EUA, o líder da rede terrorista Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo, tombou ao ser baleado na cabeça durante o confronto.

Seu nome ficou em evidência e tornou-se sinônimo de terrorismo quando em 11 de setembro de 2001 sua rede terrorista atacou o centro do império americano com o ataque ás torres do WTC, vitimando mais de 3 mil pessoas de diversas nacionalidades. Osama Bin Laden, um saudita bilionário que décadas atrás foi importante aliado dos americanos no combate aos soviéticos na guerra do Afeganistão, passou de aliado a inimigo número um após uma série de atentados contra os EUA, começando com ataques á embaixadas americanas na África e posteriormente um ataque ao USS Cole em 2000, mas o ápice de sua ousadia foi o ataque ás torres gêmeas, quando inflingiu um pesado golpe aos EUA e sua cultura de segurança, ocasionando com isso o inicio da dita "Guerra ao Terror", sendo o começo de uma década negra na história moderna, responsável pela guerra no Afeganistão e Iraque, principalmente marcou o desrespeito aos direitos humanos perpetrados pelos EUA ao ignorar o veto da ONU a invasão do Iraque e mesmo pela criação da prisão de Guantánamo e atrocidades como a ocorrida na prisão de abugraib.

Agora jaz morto o líder da Al Qaeda, sagrando-se Obama o vencedor nesta caçada de quase dez anos, que começou durante o governo Bush que sem sucesso conduziu os EUA ao limbo de duas guerras de onde não encontram uma solução para sua saída e o insucesso na captura de Osama.

Osama bin Laden, foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares das forças especiais americanas que invadiram, de helicóptero, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa.

Fonte: GeoPolítica Brasil
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quinta-feira, 24 de março de 2011

Ditador do Iêmen diz que irá se defender "por todos os meios"

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O ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh cada vez mais isolado ante a revolta popular no país anunciou nesta quinta-feira que se defenderá por "todos os meios possíveis" e fez um apelo aos militares que desertaram a "refletir".

"Vamos nos apegar à legalidade constitucional e preservaremos a segurança, a independência e a estabilidade do Iêmen por todos os meios possíveis", declarou Saleh em um discurso divulgado pela televisão estatal.

Em um encontro com oficiais do Exército e da polícia fiéis ao presidente, o mandatário pediu "vigilância" na véspera de uma nova jornada de mobilização de jovens manifestantes e de seus partidários.

O chefe de Estado também criticou a oposição parlamentar, que defende os protestos populares, ao considerar que, "inclusive se nos envolvermos em um acordo com eles (líderes da oposição), a situação será pior".

Mesmo assim, convidou os oficiais e militares que desertaram a se unirem à oposição, para que "reflitam" depois de terem cometido uma "estupidez".

Os jovens manifestantes, que realizam protestos na Praça da Universidade de Sanaa há mais de um mês, decidiram fazer uma "jornada para a saída de Ali Abdullah Saleh" e marchar até o palácio presidencial na sexta-feira se este permanecer no poder.

Saleh pediu a seus partidários que se reúnam também na sexta em uma praça próxima ao palácio presidencial, a vários quilômetros do centro de Sanaa, longe da Praça da Universidade.

O chefe de Estado aumentou as concessões, tendo chegado inclusive a prometer sair no final do ano, mas a oposição e o povo exigem que saia imediatamente.

O Exército está dividido depois da baixa de seu líder, o general Mohsen Ali al-Ahmar, que se uniu aos manifestantes. Um novo incidente entre unidades rivais no sudeste do país deixou três feridos nesta quinta-feira.

VIOLÊNCIA

Um policial morreu e outras sete pessoa se feriram após a explosão de uma bomba durante a passagem de um veículo policial em Adén, principal cidade do sul do Iêmen, segundo um responsável pelos serviços de segurança.

"A bomba explodiu durante a passagem de um carro de polícia no bairro de Jor Maksar en Adén", disse a fonte.

Não foram divulgadas mais informações sobre o incidente.

Adén é um dos principais redutos dos rebeldes que se manifestam contra Saleh, no poder há 32 anos. Várias pessoas morreram desde o início dos confrontos entre opositores e membros das forças de segurança, no final de janeiro.

O governador de Adén, Ahmad Qaatabi, renunciou ao cargo na segunda-feira (21), enquanto que aumentan as deserções do regime do Iêmen

Fonte: Folha

Nota do blog: Onde está a ONU e OTAN para defender os "direitos humanos" dos iemenitas? Será que a vida deles vale menos que a dos rebeldes armados da Líbia?
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