Os talebans afegãos não querem desperdiçar o auge das redes sociais e recorrem a plataformas como Twitter e Facebook em sua guerra propagandística contra o governo de Cabul e as forças ocidentais lideradas pelos Estados Unidos.
Os insurgentes deram agora um novo passo nessa batalha de comunicação ao incorporar o inglês como idioma de sua conta no Twitter e, graças à nova ferramenta, fazer com que seu número de seguidores subisse para mais de 2.200.
Até agora, a conta "alemarah" só continha mensagens em urdu, pashtun, dari e árabe e, antes de incorporar o inglês, contava com pouco mais de 100 seguidores.
"O Twitter é uma plataforma com a qual podemos distribuir nossas informações ao povo do Afeganistão e ao mundo inteiro", disse o porta-voz taleban Zabiulá Mujahid.
A maior parte dos quase 800 "tweets" talebans se referem a ataques contra as tropas aliadas da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança) e os soldados afegãos, aos que os insurgentes tacham em suas mensagens de "marionetes".
As mensagens publicadas no microblog remetem a um site (www.shahamat-english.com) hospedado em um servidor da Malásia e que se autoproclama "a voz da Jihad".
"A maioria dos que passaram a 'seguir' o perfil deve ter feito isso pela novidade do inglês, mas muito poucos dão credibilidade ao lixo que publicam", afirmou um porta-voz das forças aliadas, o tenente-coronel John Dorraen.
Como exemplo do publicado pelos talebans no Twitter, uma mensagem postada na última sexta-feira na qual se afirma que "os 'mujahedin' do emirado islâmico derrubaram um avião espião não-tripulado das forças invasoras dos EUA na província de Wardak (próxima a Cabul), que depois disso se retiraram da zona", o que não foi confirmado por nenhuma outra fonte.
"Os talebans basearam grande parte de seu poder na habilidade para intimidar a população com desinformação, mas isto do Twitter em inglês não nos preocupa muito, porque a imprensa ocidental sabe que o que fazem os rebeldes é intoxicar", acrescentou Dorraen.
Apesar de promover a imposição no Afeganistão de um estado islâmico tradicional e afastado dos modos de vida ocidentais, os talebans não se furtaram a utilizar as novas tecnologias para fazer propaganda de suas ações em uma guerra que também é travada no campo da informação.
"Obviamente, não temos nenhum problema em enviar nossas informações por qualquer serviço de internet que acreditamos que possa ser útil", acrescentou Zabiulá, embora nem todas as ferramentas pareçam ter a mesma aceitação entre os estrategistas talebans.
"O Facebook é totalmente corrupto e usado para publicar imagens ilegais e mensagens anti-islâmicas", avaliou Zabiulá, lembrando que o Facebook e o YouTube levantaram críticas pela aparição de conteúdos considerados ofensivos por alguns muçulmanos no Paquistão e no Afeganistão.
Apesar disso, os talebans não tiveram dúvida em abrir contas nessas plataformas para distribuir imagens dos ataques que eventualmente realizem ou mensagens defendendo a "Jihad", mas os perfis não demoram a ser cancelados pelos administradores.
"Não vamos dizer ao Twitter nem a ninguém se deve encerrar ou não a conta dos talibãs. Cada um sabe o que tem que fazer", afirmou o porta-voz da Isaf.
Fonte: EFE
Os insurgentes deram agora um novo passo nessa batalha de comunicação ao incorporar o inglês como idioma de sua conta no Twitter e, graças à nova ferramenta, fazer com que seu número de seguidores subisse para mais de 2.200.
Até agora, a conta "alemarah" só continha mensagens em urdu, pashtun, dari e árabe e, antes de incorporar o inglês, contava com pouco mais de 100 seguidores.
"O Twitter é uma plataforma com a qual podemos distribuir nossas informações ao povo do Afeganistão e ao mundo inteiro", disse o porta-voz taleban Zabiulá Mujahid.
A maior parte dos quase 800 "tweets" talebans se referem a ataques contra as tropas aliadas da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança) e os soldados afegãos, aos que os insurgentes tacham em suas mensagens de "marionetes".
As mensagens publicadas no microblog remetem a um site (www.shahamat-english.com) hospedado em um servidor da Malásia e que se autoproclama "a voz da Jihad".
"A maioria dos que passaram a 'seguir' o perfil deve ter feito isso pela novidade do inglês, mas muito poucos dão credibilidade ao lixo que publicam", afirmou um porta-voz das forças aliadas, o tenente-coronel John Dorraen.
Como exemplo do publicado pelos talebans no Twitter, uma mensagem postada na última sexta-feira na qual se afirma que "os 'mujahedin' do emirado islâmico derrubaram um avião espião não-tripulado das forças invasoras dos EUA na província de Wardak (próxima a Cabul), que depois disso se retiraram da zona", o que não foi confirmado por nenhuma outra fonte.
"Os talebans basearam grande parte de seu poder na habilidade para intimidar a população com desinformação, mas isto do Twitter em inglês não nos preocupa muito, porque a imprensa ocidental sabe que o que fazem os rebeldes é intoxicar", acrescentou Dorraen.
Apesar de promover a imposição no Afeganistão de um estado islâmico tradicional e afastado dos modos de vida ocidentais, os talebans não se furtaram a utilizar as novas tecnologias para fazer propaganda de suas ações em uma guerra que também é travada no campo da informação.
"Obviamente, não temos nenhum problema em enviar nossas informações por qualquer serviço de internet que acreditamos que possa ser útil", acrescentou Zabiulá, embora nem todas as ferramentas pareçam ter a mesma aceitação entre os estrategistas talebans.
"O Facebook é totalmente corrupto e usado para publicar imagens ilegais e mensagens anti-islâmicas", avaliou Zabiulá, lembrando que o Facebook e o YouTube levantaram críticas pela aparição de conteúdos considerados ofensivos por alguns muçulmanos no Paquistão e no Afeganistão.
Apesar disso, os talebans não tiveram dúvida em abrir contas nessas plataformas para distribuir imagens dos ataques que eventualmente realizem ou mensagens defendendo a "Jihad", mas os perfis não demoram a ser cancelados pelos administradores.
"Não vamos dizer ao Twitter nem a ninguém se deve encerrar ou não a conta dos talibãs. Cada um sabe o que tem que fazer", afirmou o porta-voz da Isaf.
Fonte: EFE