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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Acordo nuclear pode ser fatal para Israel, diz embaixador no Brasil

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No último domingo, um grupo de potências ocidentais formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha chegou a um acordo histórico com o Irã: o regime dos aiatolás reduzirá suas atividades nucleares em troca da redução das sanções econômicas impostas pelo Ocidente ao país.
Se para parte significativa da comunidade internacional o passo – ainda que inicial e frágil – seja considerado um sucesso diplomático, para Israel é visto com receio. Tel Aviv não demorou a reagir. O premiê Benjamin Netanyahu taxou o acordo como “erro histórico”.
Em entrevista ao Terra, o embaixador israelense no Brasil, Rafael Eldad, fala sobre o que chama de “preocupação”. Para ele, o acordo ideal seria um no qual Teerã concordasse em extinguir seu programa nuclear. “O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação”, afirma.
Diplomata há 35 anos, Eldad já atuou na missão israelense junto a ONU, passou pela embaixada de Israel na Turquia e em países da América Latina, além de ter ocupado diversos cargos no Ministério das Relações Exteriores. Ele chefia o corpo diplomático israelense em Brasília desde 2011.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

Terra – Por que esse acordo das potências ocidentais com o Irã é perigoso?
Embaixador Rafael Eldad – Se tenho que caracterizar a situação na qual Israel está, a palavra chave é preocupação. Israel está preocupado. As razões são conhecidas e óbvias. A nossa pergunta é se esse acordo a que chegaram agora vai levar o Irã a ser um país sem armas nucleares. Se for assim, está bom. Mas temos preocupação de que o Irã esteja buscando enganar.
 
Terra - De que maneira? Eldad - Temos de perguntar por que o Irã tem de enriquecer urânio. Porque para produzir energia não é preciso. Está no mercado de maneira mais acessível, barata e fácil de conseguir. Outra coisa que temos de perguntar: por que um país tão rico em petróleo precisa produzir energia nuclear? Temos todas as razões de suspeitar. Em Israel, estamos preocupados que isso (o acordo) pode levar o Irã a ganhar tempo, a enganar o mundo. Um dia, vamos despertar quando for tarde demais. Isso, para muitos outros países pode ser preocupante. Para Israel é outra coisa: pode ser fatal.

Terra - Qual seria a alternativa que Israel acharia plausível? Apenas endurecer as sanções sem diálogo não poderia justamente levar o Irã a produzir armamento nuclear?
Eldad - Esse acordo não assegura que eles renunciaram (de armas nucleares). O Irã deu palavra e recebeu vantagens. O problema com um acordo nuclear é que um país como o Irã pode decidir chegar a uma etapa na qual falta pouco para desenvolver armas nucleares. E quando o mundo estiver dormindo, rapidamente, em poucos meses, podem se tornar uma potência nuclear.
 
Terra - Quando o governo iraniano se comprometeu a limitar seu enriquecimento de urânio em 5% ele não se distancia da margem para produção de armamento?
Eldad - Eles acordaram parar o processo durante seis meses, mas eles não acordaram em destruir o que têm.
Terra - O senhor disse que o Irã deu palavra em troca de vantagens. Há algum indício concreto contra o Irã? Não se trata também apenas de suspeitas israelenses?
Eldad - Quando é para uso pacífico da energia, não há problema. Por isso perguntamos por que o Irã precisa enriquecer urânio dentro do Irã. Por que necessitam dezenas de milhares de centrífugas para enriquecer? Não precisam de tudo isso para produzir energia. Não precisam. Por isso as suspeitas têm razões. É como sempre falamos: se alguém está lhe fazendo ameaças e um dia você vê essa pessoa em uma loja de armas comprando um revólver, é um pouco delicado, não? O mesmo se passa com Israel.
Terra - Com a mudança de presidentes, o senhor não vê mudanças na postura de Teerã
Eldad - Pode ser que seja boa, mas ainda temos de ver. O que vimos até agora são sorrisos e lindas palavras. É muito melhor do que Ahmadinejad, que falava como... Melhor não dizer como o que. Mas aqui temos que julgar com fatos. O assunto é tão delicado, pode ser fatal para Israel, que não podemos confiar somente em sorrisos e boas palavras.
Terra - A negociação foi realizada pelo Grupo 5 + 1 (membros permanente do Conselho de Segurança mais a Alemanha), isto é, potencias ocidentais. Não faltou a participação no foro de países do Oriente Médio, que são vizinhos do Irã?
Eldad – Eu não conheço em profundidade o assunto, mas acho que as potências fizeram consultas a aliados. Não é só apenas Israel que está preocupado. A Arábia Saudita não está menos preocupada, nem outros países do Golfo Pérsico. Acho que consultaram a todos. Foi bom que foi um grupo reduzido, porque quando é um grupo de 80 ou 100 países, nunca terminam de debater.
 
Terra - Como está o cenário doméstico em Israel? Há posições mais moderadas ou o sentimento geral é de preocupação?
Eldad - Temos uma piada: ‘a cada dois judeus, há três opiniões’. Estamos debatendo tudo em Israel. Sobre esse assunto, tenho de dizer que pelo menos na política israelense quase todos os partidos concordam com essa linha de preocupação. Nessa linha há um cuidado para o Irã não avançar para armas nucleares. A oposição no parlamento, que muitas vezes ataca o governo de uma maneira terrível, está acompanhando o governo.
Terra - Há tons diferentes, não é? O presidente Shimon Peres, por exemplo, fez declarações muito mais ponderadas do que a do premiê Benjamin Netanyahu.
Eldad - São maneiras de expressar. Cada pessoa tem sua maneira de expressar. Mas no fundo, no essencial, todos concordam com a mesma preocupação. Todos estão muito preocupados com o Irã.

Terra - Teerã concordou com inspeções frequentes e a presença de agentes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essas condições não reduzem a preocupação israelense sobre o eventual desenvolvimento de armamento nuclear?
Eldad - O assunto é tão importante para nosso futuro, para nossa existência, que é difícil dizer se é um pouco mais ou menos. O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação. Não é natural que um povo tenha de viver com um medo constante porque outro país quer lhe apagar do mapa.
 
Terra - Acabar com a preocupação seria o abandono definitivo do programa nuclear? Eldad - É muito simples. Acho que é o mesmo que está buscando o Grupo 5 + 1. Esse grupo está buscando exatamente isso. Mas pensamos que tem de conseguir isso mostrando ao Irã um pouco mais de firmeza. E não deixar que o Irã pense que pode enganar.

Terra - E quanto ao argumento da autodeterminação e o direito soberano de produzir energia a partir da matriz que se queira?
Eldad - Cada direito tem limites que dependem do outro. Eles podem ter todos os direitos do mundo, mas não têm direito de ameaçar ou de preparar para exterminar a outro povo. Esse não é um dos direitos humanos. Se eles estão falando de direitos, primeiro têm de dar direito de expressão dentro do Irã, direitos às mulheres... Se falamos de direitos, o caminho é longo. É um pouco cínico da parte do Irã falar desses direitos.
 
Fonte: Terra
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Israel prepara maior exercício de manobras aéreas de sua história

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Israel realiza nesta semana as maiores manobras aéreas de sua história com mais de 50 equipamentos de quatro países praticando situações de combate e ataque a superfície sobre o deserto do Neguev, no sul do país.
 
As manobras, denominadas Blue Flag e que pela primeira vez serão realizadas em território israelense, incluem aviões F-15, F-16, Tornado e AMX das forças aéreas de Israel, EUA, Grécia e Itália.
 
Após rejeitar o acordo alcançado neste fim de semana em Genebra sobre o programa nuclear iraniano, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Tel Aviv reserva o direito de se defender se Teerã obtiver armas nucleares.
 
Fonte: EFE
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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Forças de Defesa de Israel passarão por maior reestruturação desde a Guerra do Yom Kippur em 1973

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A Força Aérea de Israel ( IAF ) está reformulando o planejamento e procedimentos de suas operações aéreas para suportar um aumento de 10 vezes o número de alvos que podem ser detectados e destruidos , segundo anuncio do chefe de operações aéreas da Força Aérea de Israel.
Em uma entrevista exclusiva ao Defense News, o Gen. Amikam Norkin disse reformular todo o sistemas institucional, é a primeira vez que uma revisão desta amplitude é feita desde a Guerra do Yom Kippur em 1973, tendo como objetivo encurtar a duração de possiveis conflitos no futuro, reduzindo a demanda de manobrar as forças terrestres usando o poder aéreo de precisão, garantindo a superioridade aérea e neutralização de ameaças no solo.
É previsto que o trabalho de elaboração e implementação leve cerca de um ano e deve ser feita em fases, começando nos próximos meses, as mudanças são impulsionadas pelo Programa Expanding Attack Capacity (EAC) da IAF que visa expandir suas capacidades de combate.
Oficiais dizem que o programa afeta todos os aspectos das operações aéreas , das ordens recebidas da Israel Defense Forces (IDF) ao piloto no cockpit e as equipes de manutenção na redução do tempo de resposta .
Também envolve grandes mudanças no planejamento da missão , gestão de recursos , avaliação de danos causados ​​por bombas e a forma como o IAF coordena movimentos com as forças de coalizão ocidental que pode ser que operem na região .
Mas talvez o maior condutor do Programa EAC , segundo os especialistas dizem, são as melhorias significativas nos sistemas de comunicações. Por meio do cruzamento de informações do sistema de inteligência com o uso de armas de precisão , a IAF espera gerar um número exponencial de novos alvos, aumentando a eficiência da IAF.
Uma vez implementado, as ondas tradicionais de ataque aéreo deve dar lugar a um ataque de precisão , permitindo que a liderança  inimiga como o Hezbollah baseada Líbano e o Hamas baseado em Gaza tenham pouco tempo para se recuperar do choque inicial.
"Estamos nos concentrando em todo o sistema", disse Norkin . "O giro dessa engrenagem deve ser muito maior para suportar um grande aumento na quantidade de alvos que detectam e destroem a cada dia de uma campanha no futuro".
Em uma entrevista dada em 21 de outubro no centro da IAF no norte de Israel , Norkin observou que os 1.500 alvos atacados por Israel em novembro de 2012, a capacidade de ataque em oito dias de operação em Gaza dobrou o número de alvos atacados em relação á 34 dias na Guerra do Líbano  em 2006.
" O Pilar da defesa , é a nossa capacidade de ataque diário que dobrou desde o Líbano, apesar do fato de que [ Gaza ] é uma área muito menor e mais densamente povoada", disse Norkin . " Agora, quando estamos a falando de operações , estamos aspirando por uma expansão na magnitude de nossas operações com relação ao número de alvos a serem destruídos a cada dia"
Apesar da IAF possuir capacidades de comunicação avançadas demonstrada pela destruição de 120 lançadores de foguetes na última guerra do Líbano, Norkin disse que a IDF percebe que não pode mais perder tempo e recursos indo atrás de lançadores individuais. " Todos nós entendemos que os foguetes vão continuar a cair aqui até o último dia da guerra. A capacidade residual para lançar permanecerá com o inimigo " , disse ele.
De acordo com o novo conceito , Israel vai se concentrar em " ferir o inimigo onde dói mais ", disse Norkin, referindo-se a liderança, os comandantes e os ativos de combate significativos.
"Nós não vamos ser capazes de empurrar o inimigo para o ponto onde ele não possa mais atirar foguetes e mísseis. Portanto, precisamos empurrá-lo até o ponto onde ele não queira mais disparar seus foguetes e mísseis " , disse.
Em um memorando a todos os funcionários da IAF este mês , Eshel descreveu o EAC como um marco histórico, complexo e cheio de riscos .
"Alguns têm comparado a uma maratona que se realiza após uma cirurgia de coração e ainda terminar em primeiro lugar", escreveu Eshel.
No entanto, o comandante da IAF disse acreditar que a sua organização irá implementar com sucesso o programa EAC e que as mudanças prescritas serão comprovadas através de resultados concretos.
Acelerar o "fim do jogo".

Oficiais israelenses e especialistas de defesa disseram que a renovação da IAF é um elemento essencial na estratégia da IDF para acelerar o fim do jogo diplomático através da destruição máxima de ativos inimigos e danos mínimos aos civis não envolvidos.
"Assim que a guerra eclode , a ampulheta é virada ", disse o tenente-general Benjamin Gantz ,chefe de gabinete IDF, segundo Israel atingir o ganho operacional ideal , preservando o apoio interno e internacional antes de um cessar-fogo intermediado .
Devido as tensões entre o Hamas, o Hezbollah e Israel e a incerteza representada por qualquer tipo de paz negociada, os oficiais insistem que sua única opção é prolongar os períodos de relativa calma entre o inevitável surto de guerras futuras.
Como tal, a estratégia da IDF exige infligir tanta dor quanto possível através do combate de alta intensidade e ganhos rápidos no campo de batalha para deter a próxima rodada de lutas uma vez que um cessar-fogo entre em vigor.
Em um discurso neste mês na Universidade Bar Ilan de Estudos Estratégicos , Gantz citou a "confusão nas definições entre terroristas e civis ", particularmente no contexto do Hezbollah baseado no Líbano, "onde a sala de estar e a sala de mísseis é na mesma casa."
Nas guerras futuras , segundo Gantz , será "transparente" e sujeito a cobertura da mídia ao vivo e internacional . "Toda irregularidade do IDF será acompanhada por tentativas de deslegitimar Israel ".
Enquanto os comandantes em todos os setores e serviços deve estar pronto "para neutralizar ativos com força máxima, " Gantz sinalizado a preferência , quando possível, para precisão nas operações.
Como o oficial encarregado da campanha de novembro do ano passado contra a Faixa de Gaza e os lançadores de foguetes , Gantz apresentou resultados significativos através de ataques sem ter que embarcar em incursões amplas.
Mais de 20 mil militares da ativa e forças de reserva estavam posicionados na fronteira para a perspectiva real de uma guerra terrestre. Mas depois de oito dias de ataques de precisão , os líderes políticos israelenses estavam convencidos de que o Hamas tinha sido suficientemente dissuadido e aceito o cessar-fogo mediado pelo Egíto que pôs fim à luta.
Assaf Agmon , um general de brigada na reserva da IAF e diretor do Instituto Fisher de Israel para Estudos Estratégico Aéreo e Espaciais, advertiu contra confundir o Pilar de Defesa como um modelo para as futuras guerras que podem exigir manobras de tropas terrestres para apoiar os ganhos iniciais dos ataques aéreos.
No entanto, ele disse que as eficiências operacionais esperadas pelo EAC, em muitos cenários deve diminuir a probabilidade, ou pelo menos diminuir a duração de uma guerra terrestre cara e diplomaticamente prejudicial.
"O poder aéreo assume um enorme valor acrescentando ao nosso conceito de defesa e em todas as culturas ocidentais que são menos tolerantes com as pesadas baixas que vêm de guerras com manobras de tropas terrestres", disse Norkin . "É difícil parar a letalidade dos tanques quando eles começam a se mover. Em contraste , o poder aéreo pode ser controlado de uma forma muito calibrada de forma cirúrgica. É como um termostato que você pode controlar de acordo a necessidade ou desligado completamente quando for hora de parar. "
Alterações prescritas

Um novo chefe de operações aéreas será responsável ​​por planejar e executar todas as missões operacionais da IAF . A nova posição de uma estrela , aprovado por Gantz em 14 de outubro , será apoiado por três departamentos , cada um comandado por um coronel e focada em operações de ataque, defesa ativa e cooperação internacional. Exercícios aéreos formação, doutrina e joint permanecerão competência do chefe da IAF.
A IAF também vai estabelecer um novo departamento para operações conjuntas com outros campos de serviço da IDF e aumentar o departamento de inteligência que dá suporte as operações aéreas .
"Nos últimos 40 anos, temos trabalhado de acordo com a mesma estrutura, com apenas pequenas modificações aqui e ali. Mas a cadeia de comando é diferente da cadeia de treinamento da força", disse Norkin.
Norkin ressaltou o fato que, em Israel , não há exército separado e aviação naval . " Esta reestruturação irá otimizar nossa capacidade de atender a nação de forma cada vez maior e isso exige poder aéreo", disse ele .
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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domingo, 13 de outubro de 2013

Pesquisas confirmam que Arafat foi envenenado com polônio-210

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O ex-líder palestino, Yassir Arafat, falecido em 2004, foi possivelmente envenenado com polônio-210, diz um relatório publicado na revista médica The Lancet.
A revista publicou uma sinopse de pesquisas efetuadas nos últimos anos na Suíça. Após analisarem as amostras recolhidas em objetos pessoas de Arafat, os pesquisadores suíços detectaram neles um elevado nível de radiação.
Com base no relatório emitido pelos investigadores suíços, o tribunal de Paris instaurou um processo tendo por objeto o suposto envenamento de Yassir Arafat e em 27 de novembro de 2012 se procedeu à exumação do corpo. Os peritos russos envolvidos nas pesquisas concluirão a investigação dos restos mortais de Arafat até final de 2013.
Fonte: Voz da Rússia
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Exército israelense dispara contra Síria

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O exército israelense disparou nesta quarta-feira contra território sírio depois que duas bombas caíram na Colinas de Golã e feriram um soldado.
 
Os dois projéteis caíram nesta manhã no norte do planalto, que Israel ocupou a Síria em 1967, segundo fontes militares em um ataque não deliberado.
 
Desde que a guerra civil síria eclodiu, há dois anos, houve vários impactos de projéteis, sobretudo quando os confrontos armados entre insurgentes e forças do presidente sírio, Bashar al Assad, se aproximam da linha fronteiriça.
Nos últimos dias foram retomados os combates na parte síria do planalto, o que aumentou rapidamente o número de feridos que buscam assistência em Israel e de refugiados.
No último ano, mais de uma centena de sírios, entre eles um número indeterminado de rebeldes, receberam assistência médica em hospitais da Galileia e em um centro médico de campanha aberto pelo exército em Golã.
Além disso, 18 civis sírios cruzaram ontem para Israel na busca de refúgio, mas foram devolvidos pouco depois.
Pelas repercussões que poderia ter para a estabilidade regional, o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenta permanecer oficialmente à margem do conflito na Síria, país com o qual assinou um acordo de não beligerâncias em 1974.
 
No entanto, Israel interveio militarmente na Síria desde 2011 em pelo menos três vezes, segundo veículos de imprensa internacionais, para destruir equipamentos militares avançadas que supostamente seriam entregues à milícia xiita libanesa Hezbollah.
 
Fonte: EFE
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domingo, 6 de outubro de 2013

1973: Síria e Egito atacam Israel

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No dia 6 de outubro de 1973, tropas egípcias e sírias atacaram Israel. Em pleno feriado do Yom Kippur, estourava o quarto conflito armado do Oriente Médio, que ficou conhecido como "Guerra de Outubro".
 
Em Israel, o maior feriado religioso judeu é o Yom Kippur, um dia de completa tranquilidade e de jejum: os transportes públicos param, o rádio e a televisão não fazem transmissões, e quem tem um mínimo de fé religiosa renuncia à comida e à bebida. As sinagogas ficam mais cheias que nunca: é o dia de pedir perdão a Deus pelos grandes e pequenos pecados do ano que se encerra.
 
Isso era o que se esperava também em 1973: na véspera do Yom Kippur, o país iniciou o tradicional retiro religioso, e os postos de fronteira com os territórios palestinos foram fechados. Porém, fatos fora do comum ocorreram no dia 6 de outubro. Começara o quarto conflito armado do Oriente Próximo, depois denominado Guerra do Yom Kippur, Guerra do Ramadã ou, simplesmente, Guerra de Outubro.
 
Ataques simultâneos
 
Israel fora inteiramente surpreendido: às 14 horas as forças armadas egípcias e sírias atacaram ao mesmo tempo: as primeiras, no Canal de Suez; as outras, nas colinas de Golã.
 
Cinco divisões egípcias, com 70 mil homens, cruzaram o Canal de Suez em diversos pontos e puderam vencer facilmente os cerca de 500 soldados israelenses que guardavam a chamada "Linha de Bar-Lev", na margem oriental do canal.
 
Até que chegasse o reforço do interior do país, os egípcios já tinham ampliado suas cabeças de ponte e reconquistado uma parte da Península de Sinai, que fora completamente perdida para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
 
Nas colinas de Golã, também ocupadas por Israel desde 1967, a guerra começou com um ataque maciço da força aérea e da artilharia sírias. Pouco depois, avançaram divisões blindadas com um total de 1.400 tanques de guerra, seguidas de duas outras divisões. Os israelenses foram surpreendidos também nas colinas de Golã, sofreram graves perdas e tiveram, principalmente, de evacuar os povoados construídos na região desde 1967.
 
Combates na Síria
 
Por pouco os israelenses não perderam o controle sobre as colinas de Golã. Somente no terceiro dia de guerra é que a contraofensiva começou a lograr êxito. As colinas foram reconquistadas em dois dias e, a partir do terceiro dia, o palco da guerra era o território sírio.
 
Os israelenses avançaram até Sasa, a aproximadamente 40 quilômetros de Damasco. Na frente egípcia, eles lograram cruzar o Canal de Suez e conquistar o território entre o canal e a estrada Suez-Cairo. Nesse avanço, o Terceiro Exército egípcio foi cercado e isolado do restante do país.
 
A guerra durou mais tempo do que as anteriores. Entre outras coisas, porque as superpotências abasteceram as partes beligerantes com grande quantidade de armas. E as Nações Unidas só puderam conclamar a uma trégua em 21 e 22 de outubro.
 
A conclamação foi acoplada à Resolução 338 do Conselho de Segurança, na qual se fala de uma solução justa para o conflito do Oriente Médio e da necessidade de devolução de territórios ocupados. Na Europa, sentiu-se pela primeira vez naqueles dias os efeitos da nova arma árabe, o boicote de petróleo.
 
Difíceis negociações
 
No dia 24 de outubro de 1973, os combates terminaram. O Egito teve um total de 15 mil vítimas; a Síria, 3 mil e Israel, 770. A situação territorial estava mais confusa que antes. No final de 1973, foi convocada uma conferência de paz da ONU em Genebra, cujos dois encontros em nada resultaram.
 
Em difíceis negociações no quilômetro 101 da estrada Suez-Cairo, foi feito então um acordo de desentrelaçamento das tropas. No início de 1974, Israel retirava-se da margem ocidental do Canal de Suez.
 
Também o Egito recuava para a posição anterior ao início da guerra. Com a Síria, as negociações foram feitas através da mediação dos Estados Unidos, representados pelo secretário de Estado Henry Kissinger. Também neste caso, chegou-se a um acordo de desentrelaçamento mútuo das tropas. No Sinai, foram novamente estacionadas tropas da ONU. Às colinas de Golã, foi enviada a tropa Undof, das Nações Unidas, com observadores para o cumprimento do acordo.
 
Busca dos responsáveis
 
Depois da guerra, começa em Israel uma busca sistemática dos responsáveis. Para tal, éi instituída uma comissão de inquérito, a Comissão Agranat. Constata-se logo que o serviço secreto militar e também os políticos fracassaram: os preparativos de guerra dos egípcios e dos sírios tinham sido observados desde 1972, mas sempre interpretados como manobras militares ou simulação.
 
Israel estava seguro demais de sua própria força, tanto da superioridade das próprias tropas como das instalações de defesa no Canal de Suez.
 
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas israelenses, David Elazar, quis mobilizar as tropas antes do início da guerra, mas os políticos vetaram. Eles não acreditavam numa guerra e não queriam, com a mobilização, aumentar a tensão reinante.
 
A primeira-ministra Golda Meir e o seu ministro da Defesa, Moshe Dayan, renunciaram. Também Elazar passou para a reserva. Eles jamais se recuperaram do fracasso durante a Guerra de Outubro.
 
Mas essa guerra abriu também as portas para os esforços políticos: ambos os lados viam-se como vencedores e assim em igualdade de direitos. Com isso, pelo menos o Egito e Israel finalmente se dispuseram a fazer um acordo de paz.
 
Fonte: Deutsche Welle
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Em Israel, o trauma da guerra do Yom Kippur permanece vivo

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Quarenta anos depois da Guerra do Yom Kippur, os israelenses ainda se perguntam se o seu país pode voltar a ser surpreendido por um ataque militar, em meio a um contexto de crescente tensão regional.
 
No dia 6 de outubro de 1973, às 14h00, em plena celebração do Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo, Egito e Síria iniciaram a ofensiva do Ramadã contra o Exército de Israel a oeste, ao longo do Canal de Suez, e a leste das Colinas de Golã.
 
Os líderes israelenses se convenceram da iminência de um ataque apenas cinco horas antes, e decretaram a mobilização geral dos reservistas.
 
Esse atraso custou caro aos militares, que sofreram pesadas perdas (mais de 2.500 mortos). As baixas acabaram com o mito da invencibilidade de Israel, após a sua esmagadora vitória na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967.
 
As imagens de soldados atordoados capturados nas Colinas de Golã, ou cercados perto do Canal de Suez, além da angústia nos rostos dos líderes políticos e militares, até hoje assombram a opinião pública.
 
Apesar de o ambiente atual ser menos hostil a Israel, graças à assinatura de tratados de paz com dois de seus vizinhos, Egito e Jordânia, e dos acordos com os palestinos, quase um terço dos israelenses acreditam na possibilidade de uma nova ação, de acordo com uma pesquisa divulgada por ocasião deste aniversário.
 
A ameaça que mais preocupa hoje o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a opinião pública é o programa nuclear do Irã, que tem mísseis capazes de atingir Israel.
 
Nos vizinhos Síria e Líbano estão os outros pontos de tensão, representados pelo regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e pelo grupo radical islâmico Hezbollah.
 
"Se Israel for forçado a agir sozinho, ele agirá sozinho" para afastar o perigo de o Irã adquirir armas nucleares, advertiu terça-feira Netanyahu na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 
Ironicamente, há 40 anos, era Israel o acusado de pensar em usar seu arsenal nuclear, que o governo nunca admitiu existir.
 
Diante de um desastre que parecia inevitável, o ministro da Defesa à época, Moshe Dayan, mencionou o uso de "armas não-convencionais", em caso de fracasso das frentes de defesa, em uma proposta rejeitada pela então primeira-ministra Golda Meir.
 
Em um documentário israelense, que será lançado em breve, o secretário de Estado americano na época, Henry Kissinger, assegura que os Estados Unidos não receberam "sinal algum" sobre tal projeto.
 
O fiasco de 1973 é atribuído principalmente à inteligência militar, convencida de que a probabilidade de um ataque egípcio-sírio era "muito baixa".
 
Israel foi surpreendido, apesar de dispor de informações em primeira mão, fornecidas por um espião egípcio, Ashraf Marwan, filho do ex-presidente Gamal Abdel Nasser, segundo Marius Schattner e Frédérique Schillo, autores de um livro recente intitulado "A Guerra do Yom Kippur não ocorrerá".
 
Baseado em arquivos recentemente desclassificados, o livro considera a tese de outros especialistas, segundo a qual Ashraf Marwan teria feito jogo duplo, avisando tarde demais Israel sobre o ataque após vários alarmes falsos.
 
Mas o Exército israelense também tem sua parcela de responsabilidade, reconhece o atual ministro da Defesa, Moshe Yaalon.
 
"Uma das raízes de nosso fracasso no início da guerra veio do sentimento de superioridade que prevalecia em nossas fileiras após a vitória relâmpago de junho de 1967", considera.
 
"Nunca mais vamos subestimar o inimigo", acrescentou esse ex-chefe do Estado Maior.
 
Mas a principal questão é se os políticos não se equivocaram grosseiramente a respeito das intenções do inimigo, rejeitando propostas de paz iniciadas pelo ex-mandatário egípcio Anwar al-Sadat antes da guerra, descritas como "pura propaganda" por Golda Meir.
 
Netanyahu expressa hoje o mesmo ceticismo quanto às propostas de diálogo lançadas pelo presidente iraniano Hassan Rohani, a quem ele chama de "lobo em pele de cordeiro".
 
Esse discurso suscitou críticas do New York Times, em um editorial pedindo ao líder israelense para não "sabotar a diplomacia antes de o Irã ser colocado à prova".
 
De acordo com o jornal de oposição Haaretz (centro-esquerda), "40 anos depois, Israel continua no mesmo caminho, confiando no poder militar e no apoio dos Estados Unidos, ignorando o seu isolamento e os limites de sua força".

Fonte: AFP
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domingo, 15 de setembro de 2013

Netanyahu diz que "só os fatos" contam na Síria e no Irã

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que "não são palavras e sim os fatos" que contam na hora de avaliar o acordo alcançado entre Rússia e Estados Unidos para desarmar a Síria de seu arsenal químico.
Em uma cerimônia no principal cemitério militar do país por ocasião do 40º aniversário da Guerra do Yom Kippur, Netanyahu se mostrou esperançoso de que "os entendimentos alcançados deem frutos".
O primeiro-ministro disse ainda que o acordo ajudará nos "esforços internacionais para frear o rearmamento nuclear do Irã".
"Também neste caso não serão as palavras que contarão mas os fatos", acrescentou.
O acordo entre Rússia e Estados Unidos alcançado no fim de semana é encarado por Israel como cautela, pois o país teme que a prudência do presidente americano, Barack Obama, ao abordar o ataque químico na Síria reflita sua postura na questão do Irã.
 
O jornal "Yedioth Ahronoth" afirmou hoje que do ponto de vista israelense, a forma com a qual a Casa Branca tratou a questão Síria coloca dúvidas se Washington ainda segue disposto a empregar todos os meios a seu alcance para impedir que Teerã produza armas nucleares.
"Israel deve estar preparado para se defender e a preparação é hoje mais importante que nunca", afirmou o primeiro-ministro.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chega hoje a Jerusalém para se reunir com Netanyahu e conversar sobre o acordo com a Síria e o processo de paz com os palestinos.
Na cerimônia de homenagem aos cerca de 2.500 mortos israelenses na guerra de 1973, o presidente Shimon Peres assegurou que o presidente sírio, Bashar al Assad, não terá saída a não ser "cumprir seus compromissos e se desarmar".
"Estados Unidos e Rússia, junto a muitos outros países, estão à frente deste processo, enquanto Obama esclareceu várias vezes que a opção militar segue aberta caso o acordo não seja cumprido", disse.
Da mesma como Netanyahu, embora mais diplomático, Peres também relacionou o acordo na Síria com o programa nuclear iraniano, ao afirmar que "um pacto de desarmamento sob ameaça do uso da força militar deve servir de lição aos dirigentes do Irã".
 
Fonte: EFE
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domingo, 8 de setembro de 2013

Analistas veem ‘baixa probabilidade’ de represália síria contra Israel

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As chances de que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, ordene bombardeios contra Israel em represália a um eventual ataque americano são "muito baixas", avaliam analistas israelenses. Mas há uma minoria que acredita que o "improvável" possa acontecer.
Entre os analistas políticos e militares em Israel é praticamente unânime a opinião de que se houver um ataque dos Estados Unidos contra a Síria, Damasco não responderá com mísseis contra Israel, o principal aliado americano no Oriente Médio.
 
Para Schlomi Eldar, colunista do site Al Monitor que há 20 anos cobre a região para canais de TV israelenses e é autor de livros e documentários sobre o Oriente Médio, o regime de Assad não teria força militar para lançar uma ofensiva contra Israel após dois anos de guerra civil.
"A Síria ameaça lançar mísseis contra Tel Aviv se os Estados Unidos a atacarem, como um mosquito que ameaça atacar um elefante. Assad pensa que ninguém percebeu que seu Exército está destroçado (...), que milhares de soldados desertaram e que necessita da ajuda do Hezbollah para retomar a cidade estratégica de Kussair", afirma Eldar em artigo no Al Monitor.
Status quo, Al Qaeda e poderio bélico
 
Para o jornalista e escritor Uri Avnery, existe um "acordo tácito" entre Assad, o presidente americano, Barack Obama, e o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu.
"Todos têm interesse em manter o status quo, ou seja, todos querem manter Assad no poder na Síria", disse em entrevista à BBC Brasil.
Avnery é fundador do movimento de paz Gush Shalom e ex-membro do Knesset, o Parlamento israelense, para partidos de esquerda.
 
"Tanto para os Estados Unidos como para Israel a alternativa a Assad seria pior. Os islamistas radicais da linha da Al Qaeda tomariam o poder", diz Avnery.
"Nessas circunstâncias, Assad não tem interesse em atacar Israel e ampliar o confronto", complementou.
O historiador Eyal Zisser, da Universidade de Tel Aviv, reforça a teoria de que Assad não tem meios para atacar Israel nesta altura da guerra civil que trava contra os rebeldes em seu próprio território.
"As capacidades do Exército sírio estão bastante desgastadas, há escassez de munição, não é a Siria de três anos atrás. A Força Aérea da Síria também está em situação difícil, há falta de peças de reposição e de combustível e a manutenção é precária", disse Zisser em entrevista ao site de noticias israelense Ynet.
Hezbollah e Irã
 
No entanto, para Yehuda Balanga, especialista em Síria da Universidade de Bar Ilan, se Assad se sentir "encurralado", ele será, sim, capaz de atacar Israel.
Balanga pertence a uma minoria entre os analistas que acha que a probabilidade de que o presidente sírio decida lançar mísseis contra Tel Aviv é significativa.
"Se Assad sentir que está com as costas contra a parede ele poderá mobilizar seus aliados - o Hezbollah e o Irã - para lançar uma represália".
Para Balanga, Assad não abrirá mão do poder na Síria "em hipótese alguma".
"Se perder o poder, os sunitas poderão massacrar os alauítas", afirmou.
Apreensão e incertezas
Nas últimas duas semanas, desde que um ataque americano à Síria vem se configurando como iminente, a mídia israelense vem debatendo incessantemente a possibilidade de que haja um ataque ao país.
Embora a maioria das previsões descarte esse cenário, o nervosismo do público vem aumentando e um dos sinais dessa tensão é a corrida de milhares de pessoas aos centros de distribuição de máscaras anti-gás.
Caso o cenário considerado "improvável" acabe se concretizando e as cidades israelenses se transformarem em alvos para mísseis da Síria ou de seus aliados, muitos dos civis em Israel estarão desprotegidos.
 
"Se mísseis de Bashar al-Assad caírem na retaguarda, não deveremos nos surpreender se houver caos, incerteza e falhas das autoridades que supostamente devem proteger os civis", afirma o analista militar Reuven Pedhatzur em artigo no jornal israelense Haaretz.
Pedhatzur aponta a "falta de coordenação" entre vários órgãos do governo que devem assumir a responsabilidade em casos de emergência e o fato de que faltam máscaras de gás para 40% da população.
"Se Assad concretizar suas ameaças, o que aconteceu há 20 anos, quando mísseis Al Hussein caíram em Tel Aviv, se repetirá", adverte Pedhatzur, em referência à primeira Guerra do Golfo, em 1991, quando as autoridades israelenses se mostraram despreparadas para proteger os civis dos mísseis lançados pelo Iraque.
 
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

General diz que Hezbollah pode disparar 3 mil foguetes diários contra Israel

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Israel pode ser alvo de 3 mil foguetes diários em uma futura guerra contra o Hezbollah, embora a Inteligência israelense não acredite que essa organização esteja interessada em um conflito armado neste momento, assim como o Irã.
 
"O Hezbollah tem um arsenal de 70 mil a 80 mil foguetes e uma capacidade de fogo imensa, podendo disparar até 3 mil foguetes diários. Este arsenal de foguete está situado entre os dez maiores do mundo", afirmou à Agência Efe um general israelense.
 
Estas previsões fazem parte dos cenários mais catastróficos que o Exército israelense prevê no caso de um ataque americano contra a Síria pelo suposto uso de armas químicas, fato que poderia desencadear uma guerra regional.
 
Segundo o militar israelense, com categoria de general e que falou com a Efe sob condição de anonimato, trata-se de um cenário completamente diferente do que Israel tinha conhecimente até o momento.
 
Na guerra de 2006, em 34 dias de hostilidades, o Hezbollah disparou 4 mil foguetes e bombas contra o território israelense, enquanto o movimento islamita Hamas lançou 1,5 nos oito dias que durou a operação israelense "Pilar defensivo", realizada em Gaza, em novembro de 2012.
 
Fonte: EFE
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Israel posiciona sistema de mísseis em Tel Aviv

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Israel posicionou o sistema de defesa de mísseis Iron Dome em Tel Aviv nesta sexta-feira, em meio a tensões na Síria, segundo a mídia local. A rádio militar informou que uma bateria do sistema móvel foi colocada na região durante a manhã.
O site de notícias Ynet afirmou que, diferentemente de novembro do ano passado, quando os mísseis interceptadores derrubaram foguetes disparados de Gaza, ao sul, desta vez eles estavam apontando para o norte, em direção à Síria.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel havia posicionado o sistema Iron Dome para atender suas atuais necessidades de segurança.
Ele não especificou o local, mas a imprensa informou no início da semana que o Exército estava deslocando duas de suas baterias Iron Dome de curto alcance e uma bateria de mísseis Patriot de médio alcance para o norte de Israel.
"Decidimos posicionar o Iron Dome e outros interceptadores", disse Netanyahu na quinta-feira em um comunicado. "Não estamos envolvidos na guerra na Síria, mas repito: se alguém tentar prejudicar os cidadãos israelenses, o Exército israelense vai responder com força", disse Netanyahu em outras declarações transmitidas pela televisão israelense.
 
Fonte: Dow Jones Newswires.
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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Bombardeios israelenses sugerem que o espaço aéreo de Assad não é tão impenetrável

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A aparente tranquilidade com que Israel atacou depósitos de mísseis e, segundo relatos sírios, um grande centro de pesquisa militar perto de Damasco nos últimos dias instigou o debate em Washington sobre se ataques aéreos liderados pelos EUA são o passo lógico para obstruir a capacidade do presidente Bashar Assad de conter as forças rebeldes ou de usar armas químicas.
Essa opção estava sendo debatida em segredo por EUA, Grã-Bretanha e França dias antes dos ataques israelenses. No domingo, o senador John McCain, que durante muito tempo defendeu um papel americano mais ativo na guerra civil síria, argumentou que os ataques israelenses - dos quais ao menos um parece ter sido feito do espaço aéreo sírio - contrariam o argumento de que o sistema de defesa da Síria seria um grande empecilho.
"Os israelenses parecem capazes de burlá-lo com muita facilidade", disse McCain ao programa Fox News Sunday. Ele prosseguiu dizendo que os EUA poderiam "neutralizar as defesas aéreas sírias em solo com mísseis de cruzeiro e esburacar pistas de pouso, pelas quais estão chegando por ar esses suprimentos do Irã e da Rússia". McCain defendeu que as baterias de mísseis antimísseis instaladas na Turquia poderiam defender uma zona capaz de abrigar rebeldes e refugiados.
Relutância. O Pentágono desenvolveu essas opções meses atrás, mas, nas últimas semanas, elas foram refinadas. Segundo várias autoridades do governo, estudou-se como os ataques seriam coordenados com os aliados - assim como nos dias iniciais das ações na Líbia, que acabaram derrubando Muamar Kadafi do poder. No entanto, o presidente Barack Obama tem mostrado relutância em seguir o curso que adotou naquele caso, segundo assessores, em parte por temer a capacidade das defesas aéreas da Síria e em parte porque as forças de oposição incluem muitos elementos jihadistas.
Por enquanto, Obama disse que só interviria se a Síria tivesse usado armas químicas - a atual investigação sobre o uso de gás sarin está concentrada em Alepo e em Damasco - ou se esse uso fosse iminente. Agora, um consultor de Obama disse: "Ficou muito claro para todos que Assad está calculando se essas armas poderiam salvá-lo".
O resultado é que o objetivo específico de impedir o uso de armas químicas está começando a se fundir com metas mais amplas de derrubar Assad e dar um fim a uma carnificina que já é bem maior do que a da Líbia, quando Obama justificou a intervenção americana utilizando o argumento humanitário.
Obama excluiu totalmente enviar forças de terra americanas à Síria, o que pareceu eliminar a opção de lançar paraquedistas para tomar os 15 a 20 locais onde há armas químicas. Isso torna mais prováveis ataques como os conduzidos por Israel, mas dirigidos aos vetores de armas químicas: mísseis e aviões.
No domingo, uma autoridade de alto escalão do governo americano disse: "Há muitas opções sem envolver soldados americanos em solo e não há nenhuma inclinação para alguma ação no atual estágio". Essas questões certamente virão à tona após a visita de dois dias do secretário de Estado John Kerry a Moscou - na qual, segundo William Burns, vice-secretário de Estado, os EUA argumentariam que a antiga aliança entre Rússia e Assad está se voltando contra os interesses do Kremlin. E um conflito prolongado só vai piorar os riscos de que a guerra síria se amplie e promova o extremismo islâmico.
A Rússia quase certamente seguirá vetando todos os esforços para que se obtenha autorização do Conselho de Segurança da ONU para empreender uma ação militar. Por enquanto, Obama evitou a busca de tal autorização e essa é uma razão pela qual o uso de armas químicas poderia servir de argumento legal para os ataques, desde que eles fossem limitados a reduzir a capacidade de usar essas armas.
Até agora, entre os membros do governo mais relutantes em intervir pesadamente na Síria está o próprio Obama. Ele não quis armar os rebeldes no ano passado, apesar das pressões da então secretária de Estado, Hillary Clinton, e do diretor da CIA, David Petraeus.
Na semana passada, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, disse que a opção de armar os rebeldes estava sendo analisada. Aliás, esse debate tem levado à opção de agir mais, segundo funcionários do governo.
O fraseado legalista de Obama - sobre se a "linha vermelha" de intervenção foi ou não cruzada quando surgiram evidências de um uso limitado de gás sarin - levou muitos de seus aliados, liderados pelos israelenses, a questionar a credibilidade de suas advertências.
Uma funcionário do governo americano reconheceu, no fim da semana passada, que as críticas haviam "começado a incomodar". Obama, porém, está determinado a avançar aos poucos, à espera de um relatório definitivo de inteligência sobre quem foi responsável pelo uso de gás sarin, antes de decidir dar o próximo passo.
 
Fonte: Estadão
 
Nota do GBN: O Pantsir é um dos sistemas antiaéreos em serviço nas forças sírias.
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terça-feira, 7 de maio de 2013

Turquia diz que ataques de Israel na Síria são inaceitáveis

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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou nesta terça-feira os recentes ataques israelenses em território sírio. Segundo Erdogan, as ações de Israel são "inaceitáveis" por favorecerem o regime sírio de Bashar al-Assad, de quem o premiê turco é crítico ferrenho. As informações são da rede de notícias CNN.
"O ataque aéreo israelense em Damasco (capital da Síria) é inaceitável. Nenhuma análise racional, nenhuma razão pode justificar a operação. Estes ataques são uma moeda de barganha, uma oportunidade entregue em uma bandeja de prata nas mãos de Assad, do ilegítimo regime sírio", disse Erdogan.
"Usando o ataque de Israel como uma desculpa, ele está tentando encobrir o genocídio em Banias", disse. Erdogan estava se referindo a uma cidade costeira da Síria, onde ativistas contrários ao governo disseram que pelo menos 62 pessoas foram mortas por combatentes aliados a Assad no fim de semana.
Israel conduziu dois ataques na Síria no final da semana passada, segundo confirmou à CNN uma autoridade americana. Um dos ataques teve como alvo um depósito de armas que abrigaria mísseis e outro atingiu um centro de pesquisa. A justificativa para o ataque seria a preocupação israelense com a transferência de armas do Irã para o grupo militante Hezbollah, sediado no Líbano, através do território sírio.
Logo após os ataques, o governo sírio tentou atrelar a operação como apoio israelense aos rebeldes, a quem chama de terroristas, como forma de atacar a legitimidade da oposição. Israel é considerado inimigo pelas duas partes envolvidas na guerra civil síria.
 
Ataque israelense expõe fraqueza militar de Assad, dizem rebeldes
 
Já era tarde demais quando as sirenes antiaéreas soaram em um dos mais fortificados quartéis da Síria. Os jatos israelenses já estavam bombardeando o complexo de Hameh, e os funcionários civis nos alojamentos dos arredores corriam para se proteger com suas famílias.
 
Nas primeiras horas de domingo, a aviação israelense realizou ataques nesse e em vários outros pontos de Damasco e arredores, incluindo contra as defesas antiaéreas do governo de Bashar al-Assad, segundo fontes rebeles e oposicionistas.
 
Mas nenhum deles teve resultados mais devastadores do que o ataque a Hameh, local vinculado ao programa sírio de armas químicas e biológicas.
 
"As famílias correram para os porões e permaneceram lá", disse uma testemunha do ataque em Hameh, que iluminou o céu noturno e fez o chão tremer num raio de vários quilômetros.
 
"Ouvimos ambulâncias. Havia pouquíssimos trabalhadores no complexo naquela hora, mas um ataque dessa escala deve ter matado muitos soltados das guardas e patrulhas."
 
Os bombardeios geraram temores de que Israel possa entrar na guerra civil da Síria, que segundo a ONU já causou 70 mil mortes em dois anos. A Síria acusa Israel de ter na prática ajudado os rebeldes -- que o governo de Assad diz serem terroristas islâmicos ligados à Al Qaeda.
 
Fontes ocidentais de inteligência dizem que os ataques serviram para impedir que a síria envie mísseis iranianos para o grupo xiita libanês Hezbollah, que poderia usar esse material contra Israel. A cúpula militar israelense negou a intenção de participar ativamente do conflito sírio.
 
Fontes da oposição disseram que os bombardeios israelenses também atingiram posições da Guarda Republicana --força de elite de Assad-- no monte Qasioun e na bacia do rio Barada, duas áreas próximas à capital.
 
Um comandante rebelde disse que as forças de Assad vinham fortificando suas posições no monte Qasioun desde março de 2011, mas que isso não impediu que os israelenses bombardeassem seus arsenais. Segundo essa fonte, as defesas antiaéreas de Assad, já debilitadas por causa da guerra civil, "nada puderam fazer" contra o ataque.
 
Por causa de restrições do governo sírio ao trabalho da imprensa, não foi possível verificar os relatos de forma independente.

Fonte:GBN GeoPolítica Brasil com agências de notícias
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Otan afirma não ter conhecimento de ataques israelenses na Síria

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O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta segunda-feira que não tem "indicações" de que Israel bombardeou alvos em território sírio, e disse que a Aliança Atlântica está focada na proteção da Turquia, país aliado limítrofe com a Síria.

"Não tenho indicações de tal atividade" na região da fronteira entre Turquia e Síria, na qual a Otan desdobrou mísseis Patriot, disse Rasmussen em sua entrevista coletiva mensal ao ser questionado sobre o suposto ataque de Israel.
 
"Certamente, os aliados da Otan acompanham de perto os eventos. Estamos focados em nosso desdobramento defensivo para proteger a população e o território da Turquia", acrescentou.
 
As autoridades sírias denunciaram que Israel bombardeou ontem um centro militar nos arredores de Damasco, ataque que não foi confirmado pelo governo israelense.
 
"Estou a par das informações publicadas pela imprensa, que não comentamos", disse Rasmussen, que assegurou não dispor de mais dados.
 
Ainda assim, assinalou que, para os aliados, "isso não é uma nova preocupação", uma que "já há algum tempo expressamos nossa preocupação com a possibilidade de o conflito estender-se" a outros países da região.
 
Armas químicas: "temos indicações"

Por outro lado, questionado sobre o suposto uso de armas químicas no conflito sírio por parte do regime de Bashar al-Assad ou dos opositores, o secretário-geral da Otan respondeu: "Temos indicações de que podem ter sido utilizadas".

"Mas não temos informações consolidadas sobre mais detalhes das circunstâncias, incluindo quem pode realmente tê-las usado", precisou.
 
O secretário-geral da Otan deixou claro que "qualquer uso de armas químicas, independentemente quem as tenha usado, é uma violação da lei internacional".
 
Rasmussen manifestou que a situação segue preocupando a Aliança Atlântica, e enfatizou "que o urgente é que a comunidade internacional redobre os seus esforços para encontrar uma solução política para esta crise", de modo a dar vez a uma transição que observe as aspirações do povo sírio.
 
De forma especial, o secretário-geral da Otan instou os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas a "alcançar um acordo e enviar uma mensagem forte e unificada a Damasco de que chegou o momento de iniciar uma transição".
 
"É da maior importância ter informações consolidadas (sobre um possível uso de armas químicas) para ter evidências claras. E que os inspetores da ONU tenham total e completo acesso à Síria para investigar o que aconteceu", concluiu
 
Fonte: EFE
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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Israel ataca carregamento de mísseis na Síria

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A notícia do bombardeio de Israel a um carregamento de mísseis no Aeroporto de Damasco, na Síria, elevou a tensão no Oriente Médio. O ataque, confirmado por autoridades israelenses, foi o segundo em quatro meses.

Segundo fontes militares de Israel, as Forças Aéreas israelenses atacaram a Síria para impedir que um carregamento de mísseis chegasse às mãos do grupo Hezbolá, no sul do Líbano. E, pelo que disse esta mesma fonte, os mísseis teriam capacidade para "mudar o jogo” na região que faz fronteira com a Síria e com Israel, onde o Exército israelense vive em estado de alerta, pronto para atacar.
A informação sobre o ataque aéreo vazou também por um funcionário do governo americano, mas o governo de Israel não confirmou.

Autoridades libanesas, no entanto, disseram ter percebido uma movimentação incomum dos caças israelenses nos últimos dias, que teriam inclusive invadido o espaço aéreo libanês na região da capital, Beirute.

Israel ataca para se defender, para evitar que armamentos produzidos pelos iranianos cheguem perto da fronteira onde inimigos teriam muito mais chances de jogar bombas sobre Tel Aviv ou mesmo sobre Jerusalém, como aconteceu no fim do ano passado.
E uma grande preocupação é evitar que essa constante troca de agressões ganhe o terrível reforço das armas químicas de Bashar al-Assad. O governo de Israel calcula que o presidente sírio tenha pelo menos 15 depósitos com esse tipo de armamento.

Neste sábado (4), na Costa Rica, o presidente americano, Barack Obama, disse que só Israel pode confirmar ou negar o ataque. E sem se referir ao bombardeio de quinta-feira (2), reafirmou que Israel tem o direito de se defender.

Enquanto o mundo pensa, a população Síria foge do país ou convive com os massacres. Teriam sido dois nos últimos dois dias, nas áreas costeiras da Síria. Ativistas de direitos humanos dizem que em uma única cidade 77 pessoas foram mortas por milícias ligadas ao governo. Só que em um lugar onde existe até recompensa pela captura de jornalistas, é muito difícil confirmar qualquer informação.

Fonte: Notimp
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domingo, 5 de maio de 2013

Israel volta a atacar Síria e tem pilotos abatidos

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Israel voltou a realizar ataques neste domingo á instalações sírias sob alegação de ataque teria por objetivo evitar que o Hezbollah venha a receber armamentos de origem iraniana como mísseis FATEH 110.
 
A onde de incursões e ataques de Israel iniciou-se na última sexta (3), quando posições sírias foram bombardeadas, resultando em várias vítimas fatais e feridos. Neste domingo (5) os ataques se concentraram na capital Damasco e suas proximidades, onde várias explosões foram registradas e há relatos de que o governo da Síria capturou dois pilotos israelenses que foram abatidos durante a incursão.
 
Em paralelo aos ataques israelenses forças rebeldes atacaram instalações militares, levantando a suspeita de apoio por parte de Israel ao opositores do regime do presidente Bashar Al Assad, atitude que pode aumentar as proporções do conflito interno sírio para um conflito de maiores dimensões no Oriente Médio. Segundo pronunciamento do governo dos EUA, não há pretenções do país em se envolver no conflito civil que aflige a Síria.
 
O apoio de países europeus e mesmo dos EUA aos rebeldes que tentam a todo custo derrubar o governo Sírio é claro, embora nenhuma nação tenh assumido oficialmente apoio militar ou fornecimento de material para o conflito que se arrasta por meses e vem causando muitas baixas civis.
 
Fonte: GBN-GeoPolítica Brasil com agências de notícias 
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terça-feira, 9 de abril de 2013

Embargo contra Israel?

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Quem chegou hoje ao Riocentro para entrar na LAAD se deparou com manifestantes Pró-Palestina ostentando bandeiras e faixas pedindo o embargo de armas contra Israel.
 
As principais indústrias de defesa do mundo estão reunidas entre os dias 9-12 de Abril para apresentar o que há de mais moderno no campo de defesa, onde a indústria israelense marca forte presença.
 
Hoje, delegações de vários países e chefes de Estado irão conhecer a feira, sendo esta a ocasião escolhida pelos manifestantes para chamar a atenção do mundo para o conflito na Palestina.
 
O GBN-GeoPolítica Brasil irá acompanhar de perto a repercussão desta.

Fonte: GBN- GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 22 de março de 2013

'Solução de dois Estados' com Israel e palestinos passa por reavaliação

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A "solução de dois Estados" para o duradouro conflito entre israelenses e palestinos é o objetivo declarado de seus líderes e de muitos políticos e diplomatas internacionais.
A ideia prevê um acordo que resulte na criação de um Estado palestino independente incluindo Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, vivendo em paz com o vizinho Israel.
 
A ONU, a Liga Árabe, a União Europeia, a Rússia e os EUA frequentemente reafirmam seu compromisso com o conceito, e o presidente americano, Barack Obama, fez o mesmo durante sua visita a Jerusalém e Ramallah nesta semana.
Mas muitos especialistas, além de cidadãos israelenses e palestinos, acreditam que a solução de dois Estados deve ser abandonada ou, ao menos, reavaliada - já que, passados 20 anos desde os Acordos de Oslo (que estabeleceram o objetivo de dois Estados), não há sinal de concretização desse projeto.
A construção de barreiras israelenses dentro e ao redor da Cisjordânia e a expansão de assentamentos judaicos em terra ocupada (sob a ótica da lei internacional) inviabilizam a criação de um Estado palestino.
Particularmente na esquerda e na extrema direita israelenses, bem como entre ativistas palestinos, crescem as conversas em torno de uma solução que envolveria apenas um Estado.
'Inviável'
Sob forte pressão dos EUA, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, fez um discurso em 2009 em que se comprometeu com "um Estado palestino desmilitarizado". Um ano depois, diálogos israelo-palestinos foram reavivados, mas rapidamente chegaram a um impasse, com o fim de um congelamento parcial dos assentamentos judaicos.
 
Recentemente, o governo de Netanyahu anunciou planos de construir milhares de novas casas nesses assentamentos, inclusive na sensível zona "E1", o que separaria Jerusalém Oriental da Cisjordânia.
Se isso se concretizar, até sob os olhos da ONU seria "um golpe quase fatal" à possibilidade de dois Estados.
Avi Shlaim, historiador britânico-israelense, é conhecido por dizer que Netanyahu "é como um homem que, enquanto negocia a divisão da pizza, continua comendo-a".
"Sempre fui um defensor da solução de dois Estados, mas chegamos a um ponto em que não é mais uma solução viável", diz ele. "Agora defendo a solução de um Estado, não como a escolha número um, mas como uma solução diante das ações de Israel."
Recentemente, mais esquerdistas israelenses e intelectuais palestinos começaram a fazer a defesa ideológica de um Estado binacional que dê cidadania e direitos iguais a todos os moradores de territórios israelenses e palestinos.
Até direitistas como o ex-presidente do Parlamento Reuven Rivlin, que pertence ao partido de Netanyahu (Likud), dizem preferir essa solução à partilha do território israelense.
Debate interno
No ano passado, o ex-premiê da Autoridade Palestina Ahmed Qurei, um dos arquitetos dos Acordos de Oslo, disse que os palestinos precisam começar seu próprio debate.
"Apesar dos aspectos negativos e de todas as diferenças, não devemos descartar a solução de um Estado", disse ele em um artigo. "Isso deve ser debatido internamente e colocado em referendo, antes de ser colocado na mesa de negociação."
Cientes de que a solução de um Estado limitaria a identidade judaica de Israel, autoridades palestinas frustradas com o impasse na negociação atual propõem abandonar a ideia de um Estado próprio.
Mas o presidente palestino, Mahmoud Abbas, diz que há o perigo de que se forme "um Estado semelhante ao (do) apartheid (África do Sul)".
O argumento é de que palestinos muçulmanos e cristãos, com sua população crescente, serão rapidamente mais numerosos que os judeus israelenses. Se Israel elevar apenas o status dos cidadãos judeus, poderia se criar um Estado segregacionista. Alguns dizem que isso já está em curso.
'Três Estados'
 
Em novembro passado, o conflito na Faixa de Gaza colocou outra ideia em ciruclação: a separação dos territórios palestinos, na "solução de três Estados".
Alguns analistas israelenses creem que, com o grupo Hamas (que não reconhece Israel) governando Gaza, esse território deveria ser estabilizado e tratado como um Estado separado da Cisjordânia, onde a Autoridade Palestina tem o controle das áreas palestinas.
O general Giora Eiland, ex-conselheiro de segurança nacional de Israel, propôs que, para isso, o país mude sua política e inicie um diálogo com o Hamas.
Mas há quem diga que o Egito - cujo presidente é membro da Irmandade Muçulmana, que tem elos ideológicos com o Hamas - deveria abrir suas fronteiras com Gaza e assumir responsabilidade pelo território.
Ao mesmo tempo, existe rejeição à ideia, defendida pela direita israelense, de que países árabes vizinhos acolham os palestinos (dando status de Estado apenas para Israel, Jordânia e Egito, que já têm tratados de paz assinados entre si).
"Os palestinos nunca vão se dissolver em outra entidade ou identidade", justifica Mahdi Abdul Hadi, da Sociedade Acadêmica Palestina de Estudos Internacionais.
Mudanças na ONU
No ano passado, as tensões israelo-palestinas aumentaram com a aprovação, na ONU, do status de Estado observador não-membro dado aos palestinos.
Isso permitiu que o termo "Estado da Palestina" seja usado em documentos da ONU e abre espaço para que a ocupação de terras palestinas por Israel possa ser questionada em cortes internacionais.
Mas, em termos objetivos, um Estado soberano palestino continua distante da realidade.
Uma pesquisa de opinião de novembro passado indica que o número de palestinos que apoiam a solução de dois Estados se mantém estável em 51%. Mas o apoio por uma solução binacional cresceu para 27%, cinco pontos percentuais a mais que no ano anterior.
Há sérias dúvidas em ambos os lados quanto a se Obama, atualmente em visita à região, seria capaz de trazer qualquer avanço ao diálogo bilateral. Além disso, os próprios líderes locais estão divididos, e as turbulências em curso no Oriente Médio só fazem aumentar a incerteza na região.
Enquanto isso, o conflito continua a crescer e não pode ser ignorado.
 
Fonte: BBC Brasil
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Obama diz que Estado de Israel não foi criado devido ao Holocausto

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No último dia de visitas a Israel, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que a criação do Estado judaico, definido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, não foi feita por causa do Holocausto.
 
Com isso, ele se retrata de uma declaração feita em uma visita ao Egito em 2009, em que atribuiu a criação do território ao genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A afirmação causou mal estar e dificultou a relação com os israelenses no primeiro mandato de Obama.
 
"Aqui, na terra sagrada dos judeus, deixem-me dizer uma coisa para todo o mundo ouvir. O Estado de Israel não existe por causa do Holocausto, mas algo como o Holocausto não deverá acontecer com a sobrevivência de um Estado judeu de Israel forte", disse Obama, em discurso após visita ao Memorial do Holocausto.
 
Ainda no local, o presidente ressaltou que o antissemitismo e o racismo em geral "não têm cabimento no mundo", porque "nossos filhos não nasceram para odiar".
 
"Aqui lembramos não só a maldade que pode chegar o ser humano, mas também sua bondade, como daqueles que não ficaram à margem (e salvaram judeus). É um relato da atrocidade, mas também um lugar de inspiração".
 
Acompanhado pelo presidente israelense, Shimon Peres, e o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, Obama começou o percurso na Sala dos Nomes, um espaço circular coberto que em suas paredes têm fotografias e biografias de vítimas do Holocausto.
 
ROTEIRO
 
O americano ainda visitou os mausoléus do ideólogo do Estado judeu, Thedor Herzl, e do ex-primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, assassinado em 1995, ao lado do museu Yad Vashem, em Jerusalém. Em seguida, seguiu para a igreja da Natividade, em Belém. A viagem precisou ser feita de carro devido ao mau tempo.
 
Depois, ele ainda se reunirá com Netanyahu e apresentará as propostas do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sobre uma retomada das negociações de paz. Os dois se reuniram em Ramallah na quinta (21) para sondar a criação do Estado palestino, a qual Obama defendeu como a "única possível".
 
Após o almoço, Obama seguirá para a Jordânia, onde fará uma reunião com o rei Abdullah 2º. No evento, os dois discutirão a solução da questão palestina e também os efeitos da crise na Síria no Oriente Médio. O país é o principal destino dos refugiados do conflito entre o regime de Bashar Assad e a oposição.
 
Fonte: Folha
 
Nota do GBN: Ao que me lembre o estado judaíco de Israel nasceu de uma iniciativa da ONU após a libertação de milhões de prisioneiros judeus dos campos de concentração nazista, foi uma medida para dar a todo esse povo que sofreu uma bárbarie nas mão nazistas para recomeçar, uma vez que tal holocausto gerou neste povo um sentimento que os uniu e deu o ponto de partida para a criação de um estado judeu. Algo que vejo como controverso ao deslocar populações que ocupavam aquela região por centenas de anos para abrigar um estado judeu. Essa medida ocasionou em uma tensão enorme entre os estados árabes que detinham as terras naquela região e gerou várias guerras e conflitos, onde Israel acabou por estender seu território sobre terras pertencentes á outros povos e nações.
 
Ao mudar sua percepção histórica dos fatos para amenizar as relações entre os estados, a posição tomada por Obama está sendo um sinal de fraqueza dentro de seu governo.
 
Por: Angelo D. Nicolaci e Kamila Afonso - GBN GeoPolítica Brasil
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