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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Acordo nuclear pode ser fatal para Israel, diz embaixador no Brasil

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No último domingo, um grupo de potências ocidentais formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha chegou a um acordo histórico com o Irã: o regime dos aiatolás reduzirá suas atividades nucleares em troca da redução das sanções econômicas impostas pelo Ocidente ao país.
Se para parte significativa da comunidade internacional o passo – ainda que inicial e frágil – seja considerado um sucesso diplomático, para Israel é visto com receio. Tel Aviv não demorou a reagir. O premiê Benjamin Netanyahu taxou o acordo como “erro histórico”.
Em entrevista ao Terra, o embaixador israelense no Brasil, Rafael Eldad, fala sobre o que chama de “preocupação”. Para ele, o acordo ideal seria um no qual Teerã concordasse em extinguir seu programa nuclear. “O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação”, afirma.
Diplomata há 35 anos, Eldad já atuou na missão israelense junto a ONU, passou pela embaixada de Israel na Turquia e em países da América Latina, além de ter ocupado diversos cargos no Ministério das Relações Exteriores. Ele chefia o corpo diplomático israelense em Brasília desde 2011.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

Terra – Por que esse acordo das potências ocidentais com o Irã é perigoso?
Embaixador Rafael Eldad – Se tenho que caracterizar a situação na qual Israel está, a palavra chave é preocupação. Israel está preocupado. As razões são conhecidas e óbvias. A nossa pergunta é se esse acordo a que chegaram agora vai levar o Irã a ser um país sem armas nucleares. Se for assim, está bom. Mas temos preocupação de que o Irã esteja buscando enganar.
 
Terra - De que maneira? Eldad - Temos de perguntar por que o Irã tem de enriquecer urânio. Porque para produzir energia não é preciso. Está no mercado de maneira mais acessível, barata e fácil de conseguir. Outra coisa que temos de perguntar: por que um país tão rico em petróleo precisa produzir energia nuclear? Temos todas as razões de suspeitar. Em Israel, estamos preocupados que isso (o acordo) pode levar o Irã a ganhar tempo, a enganar o mundo. Um dia, vamos despertar quando for tarde demais. Isso, para muitos outros países pode ser preocupante. Para Israel é outra coisa: pode ser fatal.

Terra - Qual seria a alternativa que Israel acharia plausível? Apenas endurecer as sanções sem diálogo não poderia justamente levar o Irã a produzir armamento nuclear?
Eldad - Esse acordo não assegura que eles renunciaram (de armas nucleares). O Irã deu palavra e recebeu vantagens. O problema com um acordo nuclear é que um país como o Irã pode decidir chegar a uma etapa na qual falta pouco para desenvolver armas nucleares. E quando o mundo estiver dormindo, rapidamente, em poucos meses, podem se tornar uma potência nuclear.
 
Terra - Quando o governo iraniano se comprometeu a limitar seu enriquecimento de urânio em 5% ele não se distancia da margem para produção de armamento?
Eldad - Eles acordaram parar o processo durante seis meses, mas eles não acordaram em destruir o que têm.
Terra - O senhor disse que o Irã deu palavra em troca de vantagens. Há algum indício concreto contra o Irã? Não se trata também apenas de suspeitas israelenses?
Eldad - Quando é para uso pacífico da energia, não há problema. Por isso perguntamos por que o Irã precisa enriquecer urânio dentro do Irã. Por que necessitam dezenas de milhares de centrífugas para enriquecer? Não precisam de tudo isso para produzir energia. Não precisam. Por isso as suspeitas têm razões. É como sempre falamos: se alguém está lhe fazendo ameaças e um dia você vê essa pessoa em uma loja de armas comprando um revólver, é um pouco delicado, não? O mesmo se passa com Israel.
Terra - Com a mudança de presidentes, o senhor não vê mudanças na postura de Teerã
Eldad - Pode ser que seja boa, mas ainda temos de ver. O que vimos até agora são sorrisos e lindas palavras. É muito melhor do que Ahmadinejad, que falava como... Melhor não dizer como o que. Mas aqui temos que julgar com fatos. O assunto é tão delicado, pode ser fatal para Israel, que não podemos confiar somente em sorrisos e boas palavras.
Terra - A negociação foi realizada pelo Grupo 5 + 1 (membros permanente do Conselho de Segurança mais a Alemanha), isto é, potencias ocidentais. Não faltou a participação no foro de países do Oriente Médio, que são vizinhos do Irã?
Eldad – Eu não conheço em profundidade o assunto, mas acho que as potências fizeram consultas a aliados. Não é só apenas Israel que está preocupado. A Arábia Saudita não está menos preocupada, nem outros países do Golfo Pérsico. Acho que consultaram a todos. Foi bom que foi um grupo reduzido, porque quando é um grupo de 80 ou 100 países, nunca terminam de debater.
 
Terra - Como está o cenário doméstico em Israel? Há posições mais moderadas ou o sentimento geral é de preocupação?
Eldad - Temos uma piada: ‘a cada dois judeus, há três opiniões’. Estamos debatendo tudo em Israel. Sobre esse assunto, tenho de dizer que pelo menos na política israelense quase todos os partidos concordam com essa linha de preocupação. Nessa linha há um cuidado para o Irã não avançar para armas nucleares. A oposição no parlamento, que muitas vezes ataca o governo de uma maneira terrível, está acompanhando o governo.
Terra - Há tons diferentes, não é? O presidente Shimon Peres, por exemplo, fez declarações muito mais ponderadas do que a do premiê Benjamin Netanyahu.
Eldad - São maneiras de expressar. Cada pessoa tem sua maneira de expressar. Mas no fundo, no essencial, todos concordam com a mesma preocupação. Todos estão muito preocupados com o Irã.

Terra - Teerã concordou com inspeções frequentes e a presença de agentes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essas condições não reduzem a preocupação israelense sobre o eventual desenvolvimento de armamento nuclear?
Eldad - O assunto é tão importante para nosso futuro, para nossa existência, que é difícil dizer se é um pouco mais ou menos. O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação. Não é natural que um povo tenha de viver com um medo constante porque outro país quer lhe apagar do mapa.
 
Terra - Acabar com a preocupação seria o abandono definitivo do programa nuclear? Eldad - É muito simples. Acho que é o mesmo que está buscando o Grupo 5 + 1. Esse grupo está buscando exatamente isso. Mas pensamos que tem de conseguir isso mostrando ao Irã um pouco mais de firmeza. E não deixar que o Irã pense que pode enganar.

Terra - E quanto ao argumento da autodeterminação e o direito soberano de produzir energia a partir da matriz que se queira?
Eldad - Cada direito tem limites que dependem do outro. Eles podem ter todos os direitos do mundo, mas não têm direito de ameaçar ou de preparar para exterminar a outro povo. Esse não é um dos direitos humanos. Se eles estão falando de direitos, primeiro têm de dar direito de expressão dentro do Irã, direitos às mulheres... Se falamos de direitos, o caminho é longo. É um pouco cínico da parte do Irã falar desses direitos.
 
Fonte: Terra
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

EUA- Irã: Opções ataque israelense em check.

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Israel está reavaliando suas opções para combater a ameaça nuclear iraniana com uma Casa Branca cansada da guerra e de outras potências mundiais se reunindo em Genebra, no final deste mês para sondar as perspectivas diplomáticas para um acordo com Teerã.

Fontes do governo e de defesa dizem que o presidente dos EUA Barack Obama esta disposto a " testar o caminho diplomático ", isso mina severamente a estratégia de desmantelamento completo e convincente do programa nuclear do Irã através de sanções reforçadas pela ameaça de ataque de forças militares de Israel.

Em 01 de outubro durante uma  Assembleia Geral da ONU em Nova York, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu advertiu que Hassan Rouhani , recém-eleito presidente do Irã, não busca uma reforma moderada, mas é um " mentor " da fraude , que teve como objetivo enganar o organismo mundial
" atrás de uma cortina de fumaça de envolvimento diplomático e da retórica diplomática. "

Netanyahu estava convencido de que Israel "jamais vai tolerar "  uma arma nuclear com o Irã.
Nem iria aceitar um acordo parcial que permite ao Irã reconstituir a ameaça se decidir romper com o acordo.

Contra tal ameaça , alertou repetidamente , "Israel não terá outra escolha a não ser se defender. "

Mas fontes dizem que em 27 de setembro um telefonema entre Washington e Teerã provocou um degelo no frio relacionamento com Teerã que perdura por  34 anos, minando a credibilidade das ameaças de Netanyahu .
Enquanto a Casa Branca continua diretamente envolvida no chamado P5 + 1 em negociações com o Irã , Israel não poderá contemplar um ataque preventivo .

"A relação de Obama com Rouhani pode ter aquecido, mas está nos forçando a colocar opções de ataque unilateral no gelo ", disse um ex-membro da Israel Defense Forces (IDF ) .

O major-general Seyed Hassan Firouzabadi , oficial militar de segundo escalão do Irã, rejeitou as ameaças de Netanyahu como " desespero " que não impediria de Teerã continuar seu" programa nuclear pacífico", segundo a agência de notícias Fars.

Apesar das garantias de Obama de que ambos os países compartilham o mesmo objetivo de prevenir um Irã com armas nucleares , a maioria está desanimada com a manipulação da ameaça química síria da Casa Branca e cada vez mais dúvida da capacidade dos EUA ou a intenção de exercer a opção militar que o presidente insiste que ainda esta
em sua mesa.

Washington , Londres e Paris , no entanto, afirmam que a ameaça de força ajudou a convencer a Síria a abandonar suas armas químicas e que uma abertura pelo novo líder do Irã oferece uma oportunidade estratégica que deve ser explorada.

Enquanto as autoridades dos EUA estão esperançosas, altos funcionários - bem como legisladores e estrategistas - acham que somente as ações do Irã sobre seu programa nuclear , em vez de sua retórica vai levar a uma mudança de sanções.

Em 30 de setembro em reunião no escritório Oval , Obama disse a Netanyahu que ele entra em negociações com o Irã " muito lúcido " e que qualquer acordo diplomático exigiria " os mais altos padrões de verificação " antes de aliviar as sanções como exigido pelo Irã.
Ele também disse: "Nós levamos nenhuma opção fora da mesa, incluindo opções militares".

A aproximação emergente entre seu patrono em Washington e seu inimigo em Teerã coloca problemas paralelos para o Estado judeu : É preciso garantir uma opção militar dos EUA credível se a diplomacia falhar ou estar preparado para agir unilateralmente se a diplomacia conseguir sucesso em um negócio que está aquém de nossa expectativas.

De qualquer maneira , as condições políticas e operacionais não substituem uma resposta militar convencional se a diplomacia falhar.

Com as negociações entre o Irã , a Alemanha e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU provávelmente se estendam ao próximo ano , os especialistas dizem que Israel vai intensificar a diplomacia pública em apoio de sanções e continuar sua guerra secreta contra os programas nuclear e cibernéticos do Irã .

O  major-general Amos Yadlin , ex-chefe da inteligência militar israelense , Netanyahu pediu a cooperação estreita de Obama em direção a um acordo de desarmamento positivo.

" Deve ser dada uma chance a um acordo, mesmo que pareça que o movimento iraniano é um exercício de engano .
Expor o engano pode trazer benefícios estratégicos ", Yadlin, Diretor do Institute for National Security Studies disse em 29 de setembro

De acordo com Yadlin , mesmo um acordo que carrega um certo risco "representa uma ameaça significativamente menor do que os perigos inerentes ao status quo , o que está levando a uma bomba iraniana ou a um movimento militar para impedir isso."
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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domingo, 29 de setembro de 2013

Israel diz ter capturado suposto espião do Irã em Tel Aviv

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Israel anunciou neste domingo a prisão de um cidadão belga-iraniano que, segundo o Estado judaico, é suspeito de espionar o Irã. Ali Mansouri, 55, foi preso no dia 11 de setembro, ao chegar ao aeroporto de Tel Aviv.
 
Em comunicado, o Serviço de Inteligência Interior israelense, o Shin Bet, afirma que o suspeito foi preso com fotos da embaixada dos Estados Unidos na cidade e pretendia estabelecer relações comerciais em Israel para dar cobertura a atos de espionagem.
 
O serviço de inteligência disse que Mansouri, nascido no Irã, havia legalmente mudado de nome na Bélgica para Alex Mans e usou o seu passaporte belga para entrar em Israel. Ele teria visitado o Estado judaico duas vezes antes da prisão.
 
O anúncio coincidiu com o início de uma visita do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aos EUA, e dois dias após a conversa histórica do presidente americano, Barack Obama, com o iraniano Hasan Rowhani. O programa nuclear iraniano é dos principais pontos em pauta de Obama e Netanyahu.
 
Israel e o Irã são fortes adversários. Israel, tido por muitos como o único país com poder nuclear no Oriente Médio, diz que os iranianos buscam desenvolver armas atômicas e ameaçou atacar o país persa. Teerã afirma que o seu enriquecimento de urânio é para fins pacíficos, mas mantém forte retórica contra os judeus.
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Presidente do Irã cobra assinatura de Israel ao Tratado de Não Proliferação Nuclear

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O presidente iraniano, Hasan Rohani, disse hoje (26) que Israel deve assinar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) “sem demora”, ao falar na Organização das Nações Unidas (ONU). O dirigente acrescentou que “nenhuma nação” deveria ter armas atômicas.
 
“Enquanto as armas nucleares existirem, o risco da sua utilização e a ameaça da sua proliferação persistem”, sustentou Rohani, em nome do Movimento dos Não Alinhados, em uma reunião sobre o assunto à margem da 68ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.
Para Rohani, o mundo “esperou demasiado tempo” para iniciar o desarmamento nuclear. “Quase 40 anos de esforços internacionais para criar uma zona sem armas nucleares no Oriente Médio infelizmente fracassaram”, disse o chefe de Estado iraniano.
“São necessários passos urgentes, práticos, para a criação de uma tal zona [livre de armas nucleares]. Israel, o único país na região que não é parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear, deveria assiná-lo sem mais demora”, disse Rohani. Ele defendeu que todas as atividades nucleares na região deveriam ser submetidas ao controle da Agência Internacional de Energia Atômica.
Essas declarações foram feitas algumas horas antes de uma reunião sem precedentes, em Nova York, dos chefes da diplomacia das grandes potências com o seu colega de Teerã sobre o programa nuclear iraniano.
As grandes potências ocidentais acusam o Irã de pretender produzir armas nucleares, o que Teerã desmente. As negociações estão suspensas há oito anos.
É a primeira vez que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se reunirá, na presença dos ministros dos outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e da Alemanha, com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif.
“Será uma boa reunião, tenho a certeza disso”, declarou Kerry, hoje de manhã, por ocasião de uma reunião com o seu colega chinês, Wang Yi.
A alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, indicou que se reunirá com Zarif em Genebra, em outubro, para a primeira série de negociações desde a chegada ao poder de Rohani, em junho.
 
Fonte: Agência Brasil
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ataque contra a Síria resultará no fim de Israel, diz comandante do Irã

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Um alto comandante militar do Irã disse nesta quinta-feira (29) que uma operação militar contra o aliado regime sírio de Bashar Al Assad selaria o fim de Israel e resultaria numa derrota para os Estados Unidos.
 
"Um ataque à Síria significará a destruição iminente de Israel", disse Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária, força de elite da república islâmica.
"A Síria se tornará [...] o segundo Vietnã para os EUA", afirma Jafari, numa referência ao conflito (1955-1975) no qual as forças comunistas do Vietnã do Norte venceram o Exército americano, que sofreu mais de 50 mil baixas.
 
Não ficou claro se a mensagem significa uma promessa de que forças iranianas defenderão o aliado.
 
O Irã é o principal parceiro estratégico da Síria, com quem forma, ao lado do grupo armado libanês uma Hizbollah, uma frente geopolítica que diz resistir à ordem regional imposta pelo Ocidente e Israel com apoio das monarquias árabes.
 
A Guarda Revolucionária iraniana já admitiu fornecer apoio militar ao regime de Bashar Al Assad.
 
O tom da ala militar contrasta com a do novo governo iraniano, que enfrenta seu primeiro grande desafio diplomático com a crise síria.
 
Empossado há três semanas, o presidente Hasan Rowhani condenou o recente ataque com armas químicas que matou centenas de civis e levou à atual escala militar.
 
Mas ele se absteve de culpar os rebeldes, destoando de outros setores do regime, que costumam atribuir os piores atos aos insurgentes.
 
Segundo analistas, Rowhani está dividido entre, de um lado, a necessidade de pragmatismo para cumprir a promessa de melhorar a relação com o Ocidente e, do outro, a lealdade à posição iraniana de apoio a Al Assad.
 
Alguns setores em Teerã temem que a ação contra o regime sírio tenha como verdadeiro objetivo enfraquecer e isolar o Irã.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 21 de março de 2013

Irã arrasará cidades israelenses se atacado, diz líder supremo

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O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quinta-feira que o país "arrasará Tel Aviv até os seus alicerces" se Israel atacar o Irã, em um discurso feito na cidade de Mashhad por ocasião do Ano-Novo persa, informou a televisão oficial em inglês do país árabe, PressTV.
 
"Por vezes, as autoridades do regime sionista [Israel] ameaçam lançar uma invasão militar. Mas eles mesmos sabem que, se cometerem o menor erro, a República Islâmica irá arrasar Tel Aviv e Haifa", afirmou.
 
Israel já ameaçou lançar operações militares contra o Irã para pôr fim às atividades nucleares do país persa que, afirma, possuem como fim obter uma bomba atômica. Teerã nega, e diz que o programa possui apenas fins civis, como a geração de energia.
 
O discurso de Khamenei coincide ainda com a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, a Israel e territórios palestinos.
 
No discurso, que foi televisionado, o aiatolá acusou as sanções impostas pelos EUA, pela UE (União Europeia) e pela ONU (Organização das Nações Unidas) de visarem "acabar" com o país. "O que houve no ano passado, temos de aprender uma lição", afirmou. "Essa nação vibrante nunca será colocada de joelhos."
 
Khamenei também voltou a afirmar que o Irã possui o direito de enriquecer urânio.
 
O diálogo entre o Irã e o chamado P5+1 (os membros do Conselho de Segurança da ONU, EUA, China, Reino Unido, Rússia e França, mais a Alemanha) deverá ser retomado no começo do mês que vem.
 
"Não estou otimista com relação a essas negociações. Por quê? Porque nossas experiências passadas mostram que dialogar com autoridades americanas não significam sentarmos e buscarmos uma solução lógica... O que significam é sentarmos e falarmos até que o Irã aceite o ponto de vista deles", disse o aiatolá.
 
Fonte: Folha
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Irã afirma que transferiu tecnologia de aviões não tripulados ao Hezbollah

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O Irã fabrica mais de 20 modelos de aviões militares não tripulados e transferiu tecnologia nesta área para o grupo libanês Hizbollah e vários outros países, afirmou nesta quinta-feira (7) o vice-ministro da Defesa, o general Mohammed Eslami, em declarações divulgadas pela agência local "Mehr".

Os aviões não tripulados do Irã "são muito requisitados por diversos países, por isso vamos transferir a linha de montagem, além de exportarmos alguns produtos", disse Eslami, que explicou que a tecnologia para fabricar o modelo "Ayub" foi repassada ao Hizbollah.

O comando militar informou que são fabricadas aeronaves de três tipos em função do seu tempo de voo: de longo, médio e curto alcance, e também os especiais que operam em baixa altitude.

Eslami disse que os de longo alcance são "estratégicos", enquanto os de médio alcance são utilizados em missões de vigilância e os de curto alcance, que não voam mais de 200 quilômetros, têm vários usos, desde o treinamento de pilotos até o apoio bélico "em operações ofensivas, defensivas e de prospecção".

Entre os aviões não tripulados, Eslami destacou o denominado "Karrar", com um motor a jato, e disse que no próximo mês de maio será exibida uma nova geração destas aeronaves que podem voar a cerca de 10 mil metros de altitude durante 24 horas, "por isso têm um grande número de aplicações".

Em sua nota, a "Mehr" mostra uma foto de uma linha de montagem do avião não tripulado "ScanEagle" no Irã, um pequeno modelo de observação desenvolvido pela companhia americana Boeing, que os iranianos disseram estar produzindo desde dezembro, após a captura de várias aeronaves desse modelo que invadiram seu espaço aéreo.

O Irã mostrou hoje, pela primeira vez, imagens supostamente feitas por um avião espião "invisível" não tripulado americano, o RQ-170 Sentinel, interceptado pelas forças da República Islâmica no final de 2011 e cujos dados ainda não foram totalmente decodificados.

O Irã afirma que capturou distintas aeronaves não tripuladas dos Estados Unidos e também de Israel enquanto voavam sobre o país e suas águas territoriais e ameaçou apresentar denúncias contra Washington perante os tribunais internacionais pelas violações do seu espaço aéreo.
 
Fonte: EFE
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Irã retomará diálogo nuclear com potências

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O Irã e as grandes potências do grupo 5+1 concordaram nesta terça-feira em retomar as negociações nucleares em 26 de fevereiro no Cazaquistão, depois de vários meses de suspensão. A reunião do dia 26 foi confirmada pela União Europeia.

"As negociações entre Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha) acontecerão em 26 de fevereiro no Cazaquistão", afirma um comunicado do Conselho Supremo da Segurança Nacional do Irã. "Ali Bagheri, adjunto do chefe do Conselho Supremo da Segurança Nacional, e Helga Schmid, auxiliar da chefe da diplomacia europeia (Catherine Ashton), chegaram a um acordo nesta terça-feira durante uma conversa telefônica", completa a nota.

O último ciclo de negociações aconteceu em Moscou em junho de 2012 e, assim como os anteriores, não registrou progressos sobre o tema do polêmico programa iraniano de enriquecimento de urânio.

Peres diz que Irã nuclear ameaça existência de Israel e paz no mundo

O presidente israelense Shimon Peres alertou nesta terça-feira o perigo de um Irã com armas nucleares, que "ameaça a nossa existência e a paz no mundo", durante a sessão inaugural do novo Parlamento.

"O perigo iraniano cresceu. Ele ameaça a nossa existência, a independência das nações árabes e a paz no mundo inteiro", declarou Peres perante os 120 deputados eleitos em 22 de janeiro. "Na liderança do Irã está um grupo de aiatolás em suas vestes religiosas, uma ditadura terrível, contaminando a história persa e constituindo um pesadelo para seu povo", acrescentou.

As grandes potências suspeitam que o Irã tenta desenvolver bombas atômicas sob a cobertura de um programa nuclear civil, o que Teerã nega veementemente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou nos últimos meses recorrer a ação militar contra as instalações nucleares iranianas.

Na cerimônia de abertura oficial do 19º Knesset (Parlamento), Peres também pediu às Nações Unidas e à Liga Árabe para agir urgentemente para acabar com a crise na Síria.

"O Irã é um perigo e a Síria é uma tragédia. Seu presidente massacre seu povo. Acho que a ONU deve encarregar a Liga Árabe de formar imediatamente um governo de transição na Síria para salvar o país da destruição. Assad, que massacra milhares de sírios também massacra seu próprio futuro", acrescentou.

Israel reivindicou um ataque aéreo na Síria na semana passada, justificado pelas ameaças de Teerã, principal aliado de Damasco. O governo israelense teme que armas da Síria sejam transferidas para o Hezbollah.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Irã diz que Israel vai se arrepender de suposto ataque à Síria

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Um alto funcionário do governo do Irã disse nesta segunda-feira que Israel vai se arrepender de ter feito um suposto ataque à Síria na última quarta (30). A ação foi informada pelo regime sírio e diplomatas americanos, mas não foi confirmada oficialmente por Israel. 

As autoridades sírias dizem que um centro de pesquisa militar foi atacado na cidade de Jamraya, próxima à capital Damasco e à região das colinas de Golã. Diplomatas americanos também afirmam que houve um bombardeio, mas que este atingiu um comboio de transporte de mísseis ao grupo radical libanês Hizbollah.

Em visita a Damasco, o secretário do Conselho Superior Nacional do Irã, Saeed Jalili, disse que o mundo islâmico não permitirá uma agressão contra os sírios. Para ele, os países muçulmanos devem prever a agressão contra o mundo islâmico e ter uma resposta adequada para provar sua união.

"O regime sionista [Israel] vai se arrepender do ataque. Hoje tanto o povo quanto o governo sírio tratam a questão com seriedade e a comunidade islâmica está apoiando a Síria".

Jalili afirma que Israel e seus aliados (em referência aos países ocidentais) querem debilitar o regime de Bashar Assad para diminuir a resistência ao Estado judaico e pediu uma solução negociada para o fim do conflito sírio, que dura 22 meses.

O Irã é o principal aliado do regime sírio na região, assim como Damasco é o maior apoiador da República Islâmica. Os dois países possuem cooperação militar há 30 anos, o que levou a acusações dos rebeldes de que combatentes de Teerã entraram no conflito sírio. O Irã nega participação nos confrontos.
 
DANOS

Neste domingo, o jornal americano "The New York Times" afirmou que o suposto ataque israelense provocou danos ao principal centro sírio de investigação de armas biológicas e químicas.

Segundo fontes do Exército dos EUA, os prejuízos foram provocados pelas bombas que eram transportadas no veículo supostamente bombardeado por Israel.

No domingo (3), o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, deu a entender que o ataque aconteceu, mas sem dar mais detalhes.

"Isso que aconteceu há alguns dias mostra que quando dizemos uma coisa, cumprimos. Dissemos que não pensamos que se possa permitir que sistemas sofisticados de armas sejam transferidos ao Líbano". 

Fonte: Folha
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Ahmadinejad pede que EUA e Israel respeitem Irã

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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu neste domingo aos Estados Unidos e Israel que respeitem seu país e os demais povos do mundo e disse relevar as ameaças das duas potências ocidentais sobre eventuais ataques contra a República Islâmica.

"Dizem que cogitam todas as opções (diplomáticas e militares de resolver o conflito com o Irã). Podem deixar suas opções sobre a mesa até que elas e vocês apodreçam juntos", disse o presidente iraniano em discurso televisionado na cidade de Karaj, a 35 quilômetros de Teerã.

Ahmadinejad afirmou que "o povo iraniano não dá nenhuma importância às ameaças com bombas, navios e aviões" e, por isso, pediu a americanos e israelenses que "respeitem os demais povos e colaborem com eles, se quiserem continuar" na comunidade internacional.

Os governos dos EUA e Israel "têm um pensamento congelado na Idade da Pedra que é desumano, por isso devem partir e deixar seu lugar a pessoas honradas e que ofereçam um serviço", ressaltou Ahmadinejad.

"O mundo está cansado e seus próprios povos também estão cansados deles. O mundo precisa de uma mudança de raiz", exclamou o presidente do Irã.

AMEAÇAS

Israel e EUA fizeram recentes ameaças de ataque contra a República Islâmica para frear o programa nuclear iraniano. Washington indicou que mantém "todas as opções sobre a mesa" - negociações, sanções e ataques militares - para consegui-lo.

Diversos países acusam o programa nuclear iraniano de ter fins militares, com o objetivo de fabricar bombas atômicas, mas Teerã nega e garante que enriquece urânio exclusivamente com fins pacíficos.

Fonte: EFE
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EUA poderiam estrear superbomba em conflito com o Irã

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Uma bomba "arrasa-bunker" de 13,6 toneladas, capaz de perfurar uma camada de até 65 metros de concreto antes de explodir, é uma "grande arma" a ser usada em um eventual conflito dos Estados Unidos com o Irã, disse um general norte-americano da Força Aérea na quinta-feira. 

O chefe-adjunto do Estado Maior da Força Aérea para operações, Herbert Carlisle, afirmou que a superbomba, que os militares começaram a receber no ano passado, é parte do arsenal disponível caso os EUA queiram bombardear países como o Irã, que possui instalações militares subterrâneas.

Washington suspeita que Teerã esteja desenvolvendo armas nucleares e não descarta uma opção militar contra isso, embora diga priorizar a pressão diplomática. O Irã diz que seu programa nuclear se destina apenas à geração de energia para fins civis.

"O explosivo penetrador em massa é uma grande arma. Continuamos a melhorá-la. Ela tem uma grande capacidade agora e vamos continuar a aprimorá-la. Ela é parte do nosso arsenal e será um potencial se precisarmos dela nesse tipo de cenário", disse Carlisle numa conferência sobre programas de defesa dos EUA.

O secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse em entrevista publicada na quinta-feira pelo National Journal que o planejamento para uma eventual ação militar contra o Irã começou há "muito tempo".

Israel também cogita atacar as instalações militares do Irã, mas seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que isso não deve ocorrer "nos próximos dias ou semanas".
Fonte: Estadão
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Os EUA e um ataque militar israelense contra o Irã: uma mudança de posição?

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Em 05 de fevereiro de 2012 durante entrevista com a NBC, o presidente Obama foi questionado se Israel pretende atacar o Irã. O Presidente respondeu que ele não acha que Israel decidiu fazer sobre o Irã. O Presidente esclareceu que Israel, como os Estados Unidos, acham que o Irã deve parar seu programa de desenvolvimento nuclear. Israel, afirmou o presidente, esta "com razão muito preocupado" com o programa nuclear iraniano. Os Estados Unidos estão "trabalhando em sintonia" com Israel, afim de impedir a nuclearização do Irã.

Apenas alguns dias antes, o Secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, foi citado como dizendo que há uma "forte probabilidade" de que Israel atacaria o Irã entre abril e junho deste ano, antes que o Irã entre no que Israel chama de "zona de imunidade" em seus esforços para alcançar a capacidade nuclear. Mais tarde, o secretário esclareceu que Israel está preocupado que "muito em breve" o Irã seja capaz de armazenar urânio enriquecido suficiente no subsolo para fazer uma bomba nuclear. Caso o Irã chegue a esse estágio, só os EUA seriam capazes de parar o desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

A importância destas observações reside não apenas no que foi dito, mas também, e talvez principalmente, no que não foi dito. O que é notável sobre as declarações de ambos foi a falta de qualquer tentativa real para dissuadir Israel de agir contra o Irã independente. Tal posição de nomes experientes como esses dois com estas formulações são susceptíveis de serem entendidos em Israel como um afrouxamento das rédeas com Israel caso ele decida atacar o Irã, mesmo que as declarações não foram destinadas como tais.

Essas declarações refletem uma atitude diferente, em termos de fraseado e tom geral, do que a caracterização de pronunciamentos oficiais americanos nos últimos meses. O secretário Panetta fala no Fórum Saban em dezembro de 2011, por exemplo, incluindo expressões explícitas de oposição americana à ação israelense no Irã. O secretário de Defesa fez questão de listar os riscos inerentes a um ataque militar contra o Irã, como visto pelos EUA. Ele também destacou a necessidade de Israel de agir em coordenação com os EUA. O presidente do Joint Chiefs of Staff, o general Martin Dempsey, expressou sentimentos semelhantes, expressando reservas claras sobre a ação israelense contra o Irã durante sua visita a Israel em meados de Janeiro de 2012.

No entanto, é importante ressaltar que, mesmo nestas declarações não havia nenhuma ameaça implícita contra Israel caso ele - apesar dos desejos americanos - decidir atacar o Irã. A história das relações entre Israel e os EUA está repleta de incidentes em que a administração sabia muito bem como advertir Israel sobre os passos punitivos de se recusar a cumprir as exigências americanas. Mesmo no diálogo entre a administração Obama e Israel sobre o processo político e o congelamento dos colonatos, havia sugestões, implícitas e explícitas, sobre a possibilidade de medidas punitivas contra Israel se recusa-se a cumprir as exigências americanas. Nesta situação atual, no entanto, a administração não tem enfatizado a Israel que ignorando a administração de demandas sobre o problema iraniano seria acompanhado por um preço determinado.

É difícil de responder definitivamente se estas declarações recentes são a ponta de um iceberg, indicando uma possível mudança na postura do governo em relação a uma ação militar israelense contra o Irã. Ao contrário das declarações anteriores, um tom mais reservado foi sondado pelo general Dempsey em 18 de fevereiro de 2012. Ele ressaltou as conseqüências sobre a estabilidade regional que tal ação teria. Ainda assim, ele achou suficiente para dizer que "neste momento" atacar o Irã não seria "prudente". Dempsey voltou a enfatizar o elemento tempo em uma reunião com o Orçamento do Senado, quando ele deixou claro que ele não alertou Israel contra golpear instalações nucleares iranianas. "Tivemos uma conversa com eles sobre o tempo, a questão do tempo", disse ele.

Se, de fato, alguma mudança está surgindo na atitude do governo Obama para a possível ação israelense contra o Irã, quase certamente deriva de uma avaliação sobre a eficácia da abordagem político-econômico-clandestina para o problema iraniano. É bem possível que sobre esta questão, a administração esteja funcionando em dois níveis paralelos: nas mensagens transmitidas para Israel, é chamado a dar a ação político-econômica contra o Irã uma chance, com base na esperança de que ela vá realmente causar no Irã a pôr termo aos seus esforços nucleares.

Ao mesmo tempo, a administração Obama pode estar percebendo que a "cesta de medidas punitivas" não está parando, ou mesmo desacelerando, os esforços do Irã para atingir uma capacidade nuclear. Além disso, a administração Obama não pode ignorar o fato de que, neste momento, o regime iraniano está intensificando sua retórica, a fim de projetar a auto-confiança em face das ameaças contra ela.

Dentro do governo norte-americano há sérias preocupações sobre os resultados de um ataque militar americano contra o Irã. Representantes da administração tem falado muitas vezes sobre estas preocupações. Na entrevista à NBC mesmo, o próprio presidente Obama deixou claro que um ataque militar no Golfo Pérsico seria "prejudicial". Ele é susceptível de aumentar drasticamente os preços do petróleo, gerar retaliações contra as forças americanas no Afeganistão, levar a ataques contra aliados dos EUA na região, e muito mais. Tudo isso pode ocorrer num momento em que o Oriente Médio está no meio de convulsões que estão mudando a região de forma sem precedentes. A administração quase certamente possui temores de que uma ação militar resultaria no aumento as hostilidade contra os EUA em países islâmicos e os esforços finais do presidente Obama para liderar uma reconciliação entre os EUA e os estados árabes.

Temores do governo sobre uma resposta iraniana à ação militar norte-americana foi dada uma expressão de destaque em suas tentativas extraordinárias para limpar-se da suspeita sobre o assassinato do cientista nuclear iraniano Prof Mustafa Ahmadi Roshan. O porta-voz da Casa Branca, o secretário de Estado e o Secretário de Defesa todos reuniram-se para um esforço concentrado em eliminar qualquer suspeita sobre o envolvimento do governo no incidente.

Nas circunstâncias atuais, a administração americana continua a insistir que há uma chance razoável de que a política de sanções econômicas, o isolamento político e atividades secretas acabarão por levar o Irã a renunciar ao seu desenvolvimento nuclear e concordam em pelo menos algumas das exigências do Ocidente  na questão. No entanto, a administração também certamente considera a possibilidade de que as ações atuais contra o Irã não vão detê-lo, apesar das dificuldades envolvidas. Sob tais circunstâncias, o governo teria de decidir se tolera um Irã nuclear ou inicia uma ação militar contra ele. O governo está bem consciente dos riscos inerentes à nuclearização do Irã, mas também é bem consciente dos riscos de uma ação militar norte-americana.

Também sobre a mesa esta a possibilidade de um ataque militar israelense. A posição atual da administração declarou se opôr a essa opção. As declarações feitas por funcionários do governo são uma prova clara da falta de vontade da administração para dar a Israel, mesmo uma luz verde tácita para atacar o Irã. No entanto, mesmo agora, a conduta do governo neste contexto, especialmente a falta de ameaças contra Israel se ignorar apelos dos EUA para desistir de atacar o Irã, mas não pode projetar a falta de uma postura decisiva. No futuro próximo e mais próximo da administração se aproxima o momento da verdade em relação ao Irã, pode muito bem ser, embora não haja certeza aqui, que a administração irá considerar a mudança de atitude corrente negativa em relação a uma ação militar israelense contra o Irã.

Fonte: Defense Professionals
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Especialistas alertam para risco de conflito entre Israel e Irã

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Distinguir os limites entre guerra psicológica e planos reais do governo israelense de atacar o Irã é uma tarefa difícil. Especialistas acreditam na possibilidade de um ataque e alertam para o risco de um conflito real.

O Irã já movimentou tropas em terra e ameaça com retaliações, caso Israel ataque mesmo o país. O presidente norte-americano, Barack Obama, tentou acalmar os ânimos: "Não acredito que Israel já tenha tomado uma decisão", disse ele no último domingo (05/02), na tentativa de encontrar uma solução diplomática para o conflito entre os dois países.

O mais recente debate sobre um possível ataque israelense a uma usina nuclear iraniana foi desencadeado por um artigo publicado pelo New York Times. Ronen Bergman, considerado um dos jornalistas israelenses mais bem informados, escreveu: "Depois de conversar com diversos políticos israelenses do alto escalão, bem como com autoridades militares e do serviço secreto, passei a acreditar que Israel vai atacar o Irã ainda em 2012". A seguir, o Washington Post escreveu sem ser contestado que o secretário norte-americano de Defesa, Leon Panetta, acredita que haverá um ataque entre abril e junho deste ano.

"O secretário de Defesa dispõe de fontes melhores do que eu", acrescentou Bergman. O jornalista parte do princípio de que o programa nuclear iraniano vá, nos próximos nove meses, chegar ao ponto de se tornar "imune" a ataques. Com isso, aumentaria a pressão de uma decisão em breve a respeito. Pois, para o governo israelense, o armamento nuclear do arqui-inimigo é um pesadelo em termos de política de segurança.

Os líderes iranianos conclamam regularmente a destruição do que chamam "complexo sionista", despertando em Israel temores de um novo Holocausto. Além disso, Teerã apoia abertamente grupos radicais islâmicos, como o Hisbolá. Bergman cita o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, em suas afirmações de que um Irã com armas nucleares poderia "limitar definitivamente nosso leque de operações" no combate aos grupos radicais.

Temores iranianos
Do outro lado, está um Irã não menos determinado. "Acredito que praticamente qualquer governo iraniano imaginável teria em mente a posse de armas nucleares", diz Bruce Riedel, ex-especialista da CIA em Oriente Médio e assessor principal dos quatro presidentes norte-americanos desde George Bush sênior. Afinal, o Irã está cercado por potências atômicas: Rússia, Israel, Paquistão, Índia e a quinta frota das Forças Armadas norte-americanas no Golfo Pérsico.

Além disso, ficou claro, no Afeganistão e no Iraque, como os países da região são indefesos contra a pressão de invasões do Ocidente. "Um paralelo interessante percebe-se também no caso da Líbia", diz Riedel. "Kadafi abdicou de seu programa de armas nucleares e se tornou, assim, impotente quando a Otan decidiu pelo bloqueio do espaço aéreo do país", completa o especialista. Ele duvida, contudo, que qualquer espécie de sanção, não importa o quão severa seja, possa levar o Irã a desistir de seu programa nuclear.

Em Israel, as esperanças de que sanções aplicadas ao Irã possam mudar a conduta do governo neste sentido estão também acabando. Por isso, discute-se há meses a respeito dos prós e contras de um ataque militar. "A elite está também dividida", diz Gabriel Ben-Dor, diretor do Centro de Segurança Nacional em Haifa. "Não se trata nem de uma divisão entre políticos e militares. A divergência de opiniões perpassa os dois grupos", completa. Por um lado, o debate público a respeito é uma questão de guerra psicológica. Israel tenta, com isso, intimidar o Irã e forçar o Ocidente a tomar medidas mais sérias. Por outro lado, a discussão é sinal de falta de consenso: "Não há consenso nestas questões fundamentais", fala Ben-Dor.

Imponderabilidade de um ataque
As Forças Armadas israelenses preparam-se há muito tempo para um ataque como esse. As perspectivas de sucesso na empreitada são, contudo, incertas. O material a ser atingido está espalhado por diversos locais no Irã, entre estes um bunker nas proximidades de Ghom, a cerca de 70 metros de profundidade, imune até mesmo a armamentos especiais contra bunkers.

Na pior das hipóteses, analisa Ben-Dor, os ataques israelenses não atingiriam seus alvos, provocando, contudo, saldos negativos para Tel Aviv e terminando com um contra-ataque por parte do Irã. Não se sabe, por exemplo, quais seriam os danos de um ataque de mísseis iranianos a Israel.

Outra possibilidade cogitada é a reação de organizações radicais islâmicas, financiadas pelo Irã.
Este foi um alerta feito pelo líder espiritual aiatolá Ali Khamenei, na última sexta-feira, frente à possibilidade de um ataque militar israelense ao país. Segundo ele, o Irã irá, no futuro, apoiar qualquer grupo que se oponha "ao regime sionista". Não há certezas a respeito da possível participação do Hisbolá no Líbano e do Hamas na Faixa de Gaza em uma operação de retaliação contra Israel.

Especulações sobre fogo aberto
"Israel pode se dar o luxo de esperar um ataque do Hisbolá ou o país iria se sentir obrigado a partir para um ataque preventivo?", questiona Riedel. Ele teme, neste contexto, não apenas uma ampliação do conflito para o Líbano, mas para toda a região. Riedel imagina tal cenário: As lideranças iranianas veem, no ataque com aviões e bombas norte-americanos, uma operação dos EUA. E contra-ataca com atentados às embaixadas e bases militares norte-americanas nos países vizinhos.

No oeste do Afeganistão, uma região até agora relativamente tranquila, Teerã apoia os talibãs e outras milícias. "O Irã poderia transformar a guerra no Afeganistão, que já é difícil, em tarefa incontrolável", acredita Riedel. O preço do petróleo, que subiria assustadoramente, traria efeitos catastróficos à conjuntura mundial, que já se encontra frágil.

Os EUA já acentuaram que não excluem a possibilidade de um ataque ao Irã. Em recente entrevista, Obama afirmou: "Nos últimos anos, analisamos detalhadamente todas as opções que temos no Golfo. E estamos dispostos a implementar essas opções, caso necessário".

"Chegou a hora de atacar o Irã"
"Não acredito que o presidente irá tomar esta decisão, pelo menos não enquanto ele não tiver que fazer isso a todo custo", afirma Matthew Kroenig. O especialista em armas atômicas foi, até junho de 2011, assessor especial do Secretário de Defesa para questões "estratégicas e políticas relacionadas ao Irã".

Com um ensaio intitulado "chegou a hora de atacar o Irã", ele "assustou os especialistas em Oriente Médio de Teerã a Tel Aviv", segundo a revista alemã Der Spiegel. Kroenig argumenta que uma solução diplomática é cada vez menos provável e que, por isso, a escolha se dê entre um Irã transformado em potência nuclear ou um ataque ao país. "São opções terríveis, mas acredito que um ataque militar seja o menos pior. Diante do fato de que os EUA são militarmente superiores, eles é que deveriam fazer isso e não Israel, caso nos decidamos por este caminho", disse o especialista.

Obama e Panetta já afirmaram perante lideranças israelenses, diversas vezes, que, no momento, são contra um ataque ao Irã, pois isso esvaziaria todos os esforços diplomáticos já feitos em prol de uma solução pacífica para o conflito. O governo alemão também defende uma postura de cautela. O ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, alertou o governo israelense frente ao risco de "aventuras" neste sentido.

Henning Riecke, especialista em política nuclear da Sociedade Alemã de Política Externa, lembra que a segurança de Israel é prioridade para a Alemanha: "Se Israel atacar o Irã militarmente, a Alemanha não iria criticar", aponta Riecke. Caso haja um conflito armado na região, é possível que a Alemanha, como ocorreu na guerra do Líbano, em 2006, participe de uma missão internacional em prol da estabilidade na região.

Caso Bruce Riedel tenha razão, é possível que ainda demore um bom tempo até que se possa pensar em estabilidade. "Há uma possibilidade muito real de um conflito concreto, que se estende de Beirute até o Afeganistão. E de que os EUA sejam aqueles que irão carregar a responsabilidade de encerrá-lo", conclui.

Fonte: Deutsche Welle
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EUA não sabem se Israel avisaria antes de atacar o Irã

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O principal general dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira à Reuters que não tem certeza de que Israel avisaria de antemão Washington caso decida realizar uma ação militar contra o Irã.

O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, admitiu também que há divergências entre Israel e EUA sobre a melhor maneira de lidar com o Irã e com o seu programa nuclear.

Ele afirmou que os norte-americanos estão convencidos de que as sanções e a pressão diplomática são o melhor caminho para convencer o Irã a abandonar seu programa atômico, mas sempre mantendo "a intenção declarada de não retirar nenhuma opção da mesa" - expressão habitualmente usada pelos EUA para dizer que não descartam uma ação militar no futuro.

"Não tenho certeza de que os israelenses partilham nossa avaliação sobre isso. E, como eles não (partilham), e como para eles isso é uma ameaça existencial, acho que provavelmente é justo dizer que nossas expectativas são diferentes no momento", disse Dempsey em entrevista durante o trajeto Washington-Londres.

Ele não explicou quais são essas divergências, e tampouco esclareceu se considera que Israel está se preparando efetivamente para atacar o Irã.

EUA, Israel e outros governos suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo clandestinamente armas nucleares, embora Teerã insista no caráter pacífico das suas atividades. O país está enfrentando novas sanções da comunidade internacional por causa de um recente relatório da agência nuclear da ONU que corroborava as preocupações ocidentais.

A ideia das novas sanções ganhou mais força nesta quarta-feira, quando fontes diplomáticas disseram que a Grã-Bretanha apoiaria a proibição de importação de petróleo iraniano. O Irã, no entanto, vê o programa nuclear como uma fonte de poder e prestígio, e não está claro se eventuais novas sanções alterariam a sua análise de custo e benefício.

Há temores de que, se as potências nucleares não conseguirem atrair Teerã para uma negociação séria a respeito do seu programa nuclear, Israel poderia se sentir ameaçado e atacar o país persa.

Questionado diretamente sobre se Israel alertaria os EUA de antemão caso optasse por uma ação militar, Dempsey respondeu de forma lacônica: "Não sei."

Israel exclui 'até o momento' possibilidade de atacar o Irã

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, excluiu "até o momento" a possibilidade de um ataque contra as instalações nucleares iranianas, em entrevista à rádio pública nesta quinta-feira.

"Não temos a intenção de atuar por enquanto. Não é preciso começar uma guerra quando não é necessário", afirmou.

"Nossa posição não mudou sobre três pontos: um Irã nuclear é inaceitável, estamos determinados a impedir isso e todas as opções estão sobre a mesa", advertiu Barak.

Em um recente relatório, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou as suspeitas das potências ocidentais segundo as quais Teerã, apesar dos desmentidos, trabalha na fabricação de uma arma nuclear.

Em relação às repercussões de um eventual conflito armado com o Irã no caso de ataques israelenses, Barak quis mostrar-se tranquilizador.

"Uma guerra não é um piquenique, mas se Israel for obrigado a agir, não teremos 50.000, 5.000 ou mesmo 500 mortos, contanto que as pessoas fiquem em suas casas", afirmou, lembrando que os quarenta mísseis armados convencionais disparados contra Israel pelo Iraque durante a Guerra do Golfo em 1991 só deixaram 1 morto.

O ministro da Defesa, próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, celebrou os incidentes e as explosões que afetaram as instalações iranianas.

"Tudo o que atrasar o programa nuclear iraniano, provenha do céu ou por outros meios, é bem-vindo", afirmou, se recusando a afirmar se os serviços secretos israelenses estavam envolvidos nesses "incidentes".

Segundo o último relatório da AIEA, de 8 de novembro, o Irã produziu um total de 4.922 kg (um pouco menos de 5 toneladas) de urânio levemente enriquecido (3,5%) e 73,7 kg de urânio enriquecido a 19,75%.
Israel, considerada a única potência atômica na região, jamais confirmou ou negou dispor de um arsenal nuclear.

Fonte: Reuters / AFP
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Irã revisa sua doutrina de defesa

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O Irã está pronto a atacar as instalações da defesa antimíssil da OTAN, que ficam no território da Turquia, caso haja ameaça por parte da aliança, comunicou este sábado o  chefe da divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária Islâmica, Amir Ali Hajizadeh.

Se algum objeto nos ameaçar, estamos prontos a golpear as instalações da defesa antimíssil da OTAN no território da Turquia e depois em outras regiões, disse Hajizadeh. Ele acrescentou que a política dos EUA e de Israel forçou o Irã a revisar a sua doutrina de defesa. Agora Teerã vai  ameaçar em resposta à ameaça.


Uma parte do arsenal de mísseis anti-aéreos líbios terá chegado aos Guardas da Revolução iranianos

Segundo fontes dos serviços secretos ocidentais, uma parte do arsenal de mísseis anti-aéreos líbios – saqueados do paióis do exército de Kadafi - terá chegado aos Guardas da Revolução iranianos. Já se sabia que o Hezbollah libanês tinha recebido mísseis SAM-7, sabe-se agora que também misseis SA-24 terão sido removidos da Líbia e transportados ate ao Irão, via Sudão.

É também conhecido que varias centenas de misseis – de vários tipos - estão agora à venda no mercado negro egípcio, alguns por apenas 4 mil dólares e que alguns terão já chegado à Al Qaeda do norte de África (especialmente ativa na Mauritânia e no Níger) e sido transferidos para Gaza através do túneis subterrâneos com o Egito. Outros terão sido já adquiridos por grupos terroristas com ramos na Europa, o que está a preocupar os serviços secretos ocidentais que temem que possam ser usados em ataques a aviões comerciais nos momentos da descolagem ou aterragem.

Fonte: Agências de Notícias
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domingo, 20 de novembro de 2011

Israel: tempo para parar um Irã nuclear está se esgotando

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O Irã está menos de um ano de distância de atingir sua meta de produzir uma arma nuclear, disse o ministro da Defesa israelense Ehud Barak, em entrevista à CNN divulgada no sábado.

Em uma transcrição antes da entrevista ir ao ar no "Fareed Zakaria GPS" da CNN, programa no domingo, Barak disse que Israel se concentrou na perspectiva de um Irã nuclear e que "pode e deve ser feito a respeito na hora certa."

"Não vai demorar três anos, provavelmente em menos de um ano ninguém poderá mais fazer praticamente qualquer coisa, porque os iranianos estão gradualmente, deliberadamente entrando no que eu chamo de uma zona de imunidade", disse ele.

Barak, ex-primeiro-ministro israelense, mencionou um relatório publicado do início do mês pela agência nuclear da ONU, em que afirmou que o Irã parecia ter trabalhado na elaboração de uma bomba atômica e de pesquisas secretas, que tiveram um efeito moderador sobre líderes mundiais, mas que Israel estava conduzindo uma atividade diplomática intensiva.

A Agência Internacional de Energia Atômica relatório (AIEA) confirmou a preocupação de longa data que o Irã pretende ter uma arma nuclear, o que Israel vê como uma ameaça à sua existência. Teerã diz que seu programa nuclear é para fins pacíficos.

Estados Unidos e Israel não descartam ataques aéreos em instalações nucleares iranianas.

"Eu não acho que isso é um assunto para discussão pública", disse Barak, quando perguntado se Israel estava preparado para atacar o Irã e coibir suas ambições nucleares.

Ele disse que um Irã nuclear teria repercussões profundas para o Oriente Médio.

Barak se recusou a comentar sobre especulações de uma explosão em uma base militar iraniana na semana passada, que matou 17 soldados, incluindo um oficial considerado arquiteto de sistemas de defesa anti-míssil do Irã, tenha sido um trabalho do Mossad, agência de inteligência de Israel.

"Não. Eu não sei de nada que eu possa contribuir para essa conversa", disse ele.

O Irã disse que a explosão ocorreu durante a pesquisa sobre as armas que poderia atingir Israel, mas negou a especulação de possível sabotagem por parte de Israel ou dos Estados Unidos.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Israel deveria abrir instalação nuclear para frear Irã, diz cientista

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Israel deve contribuir com os esforços para impedir que o Irã obtenha armamentos atômicos abrindo suas instalações nucleares à inspeção internacional, disse à BBC Brasil o cientista Uzi Even, que participou da construção do reator nuclear de Dimona.

Na opinião do físico nuclear israelense, o relatório publicado pela AIEA (Agencia Internacional de Energia Atômica) na última terça feira demonstra que o Irã está prestes a produzir armamentos nucleares e a comunidade internacional não deveria poupar esforços para convencer o país a interromper seu avanço nessa direção.

Segundo o cientista, Israel deveria contribuir com esses esforços abandonando a politica de ambiguidade em relação a seu próprio programa nuclear.

O governo não confirma nem nega possuir armas atômicas. O país não tem um programa declarado de produção de energia nuclear e não comenta a existência do reator de Dimona, conhecido oficialmente como Centro de Pesquisas Nucleares.

Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, ratificado por 189 países (entre eles o Irã).
Os signatários do tratado se comprometem a não desenvolver ou comprar armas atômicas e a se submeterem a inspeções da AIEA, da ONU, caso tenham um programa nuclear para fins pacíficos.

'SAÍDA HONROSA'

"Israel deveria abrir a instalação nuclear de Dimona à inspeção internacional", disse Uzi Even à BBC Brasil.

Para Even, que nos anos 1960 trabalhou na construção do reator nuclear de Dimona, a abertura do local poderia oferecer uma "saída honrosa" para o Irã.

"O Irã poderia apresentar a abertura de Dimona como uma grande vitória e aproveitar essa oportunidade para abandonar seus planos de produzir armamentos nucleares", explicou.

Uzi Even, professor do departamento de Química da Universidade de Tel Aviv, vem alertando há mais de dez anos para o "estado precário e perigoso" da instalação nuclear de Israel na cidade de Dimona, no sul do país.

Depois do vazamento radiativo dos reatores nucleares no Japão, em decorrência do terremoto ocorrido em março, Even advertiu que um acidente "semelhante ou pior" poderia ocorrer em Dimona.

"Dimona é um dos reatores nucleares mais velhos do mundo, tem mais de 50 anos, e por razões de segurança deve ser fechado", afirmou.

Para ele, a abertura de Dimona à inspeção internacional poderia causar o fechamento da instalação.

"Abrir Dimona seria uma contribuição por parte de Israel nos esforços para frear o Irã, sem perder seu poder de dissuasão", acrescentou.

RUMORES

Em Israel vem se intensificando nas últimas semanas os rumores e especulações sobre um suposto plano do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Ehud Barak, para atacar o Irã, cujo governo ameaça destruir Israel.

Os rumores, divulgados pela mídia local, deram início a um debate público sobre um eventual ataque de Israel ao Irã para impedir que o país obtenha armamentos nucleares.

De acordo com uma pesquisa de opinião, 41% dos israelenses apoiam a ideia do ataque e 39% são contra.
Entre os analistas militares, alguns consideram a ideia uma "loucura" e outros a consideram "razoável".

Segundo Uzi Even, o relatório da AIEA demonstra que "já é tarde demais para uma operação militar".

"Os iranianos têm a intenção, o conhecimento e os materiais para produzir uma bomba nuclear, e nessas circunstâncias um ataque já não poderia impedi-los de produzi-la", disse.

Segundo a avaliação de Even, o Irã já teria investido pelo menos US$ 10 bilhões em seu programa nuclear e milhares de funcionários já estariam envolvidos no projeto.

Na opinião dele, para frear o projeto seria necessário "convencer os iranianos de que, se continuassem, teriam que pagar um preço alto demais", por meio de sanções econômicas.

No entanto, o especialista em Irã da rádio estatal israelense, Menashe Amir, afirmou que o regime atual do Irã "jamais abrirá mão de seu projeto nuclear" e que as sanções econômicas não levarão à interrupção do projeto.

Para Amir, a única maneira de interromper a corrida do Irã em direção às armas nucleares seria por uma mudança de regime no país.

Fonte: BBC Brasil
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Ataque ao Irã teria "consequências inesperadas", diz Pentágono

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O secretário americano de Defesa, Leon Panetta, advertiu nesta quinta-feira sobre os riscos de um ataque militar contra o Irã, afirmando que isto pode ter um "sério impacto" na região, sem impedir o programa nuclear iraniano.

"Aqui é preciso ter cuidado com as consequências inesperadas, e tais consequências poderão não apenas fracassar em impedir o Irã de fazer o que quer, mas também poderão ter um sério impacto na região e sobre as forças americanas na região", disse Panetta em entrevista coletiva.

Uma ação militar apenas retardaria o programa nuclear iraniano em três anos, e não pode ser mais contemplada como o "último recurso", disse Panetta, estimando que a comunidade internacional deve aplicar "as sanções mais duras possíveis" contra Teerã.

Em um relatório divulgado na terça-feira, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) manifestou "sérias preocupações" sobre o programa nuclear iraniano, citando informações "críveis" de que o Irã trabalha para obter uma arma atômica.

Em discurso pronunciado ao Exército nesta quinta-feira, o guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o Irã responderá "com toda a sua força" a qualquer agressão militar por parte dos Estados Unidos ou de Israel.

"Os inimigos, em particular os Estados Unidos, seus vassalos e o regime sionista devem saber que a nação iraniana não quer agredir nenhum país, mas responderá com toda a sua força a qualquer agressão ou inclusive a qualquer ameaça, de modo que os agressores serão destruídos desde o seu interior".

"Quem pensar em uma agressão contra a República Islâmica do Irã deve se preparar para receber poderosos golpes e os punhos de aço do Exército, dos Guardas da Revolução ou dos Basij (milícia islâmica)", advertiu Khamenei.

Fonte: France Presse
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Irã ameaça destruir Israel em caso de ataque

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O chefe de Estado-Maior adjunto das Forças Armadas iranianas, o general Masud Jazayeri, ameaçou nesta quarta-feira destruir Israel se o Estado hebreu atacar as instalações nucleares do Irã.

A declaração ocorre um dia depois da divulgação de um relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) que adverte sobre o fato de o Irã estar aparentemente trabalhando no desenvolvimento de armas nucleares

"O centro (nuclear israelense) de Dimona é o local mais acessível para o qual podemos apontar e temos capacidades ainda mais importantes. Ante a maior ação de Israel, veremos sua destruição", advertiu o general Jazayeri, citado pela televisão iraniana em idioma árabe Al Alam.

O presidente israelense Shimon Peres advertiu no domingo que a possibilidade de um ataque militar contra o Irã é maior que a de uma ação diplomática.

"A possibilidade de um ataque militar contra o Irã parece mais próxima que a opção diplomática", afirmou o presidente em declarações ao jornal "Israel Hayom".

"Não acredito que já tenha sido tomada uma decisão a respeito, mas dá a impressão de que os iranianos vão se aproximando da bomba atômica", acrescentou. "Não temos que revelar nossas intenções ao inimigo", explicou.

A divulgação do documento da agência nuclear da ONU repercutiu em diversos países e organismos internacionais.

Nesta quarta-feira, a União Europeia afirmou que o conteúdo do relatório "agrava as preocupações existentes" sobre as intenções do programa nuclear do Irã.

O porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, disse que documento "confirma a contínua expansão das atividades de enriquecimento de urânio do Irã", em violação às resoluções da AIEA e do Conselho de Segurança da ONU.

Também nesta quarta, a França informou que pretende pedir a convocação do Conselho de Segurança e que poderá pressionar por sanções sem precedentes contra o Irã.

"Se o Irã se recusar à atender às demandas da comunidade internacional e recusar qualquer cooperação séria, nós estaremos firmes para adotar sanções em uma escala sem precedentes, com outros países que também estão dispostos a isso", disse o ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppé.

Diante da possibilidade de imposição de novas sanções contra o regime de Teerã, a China pediu diálogo e cooperação. "A China sempre acredita que o problema nuclear iraniano pode ser solucionado mediante o diálogo e a cooperação", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei.

RESPOSTA DO IRÃ

O presidente iraniano, Marmoud Ahmadinejad, afirmou nesta quarta-feira que seu país "não retrocederá nem um pingo" em seu programa nuclear e qualificou como "absurdas" as acusações contidas no relatório da AIEA.

Ahmadinejad acusou a AIEA de "perder seu prestígio" ao aceitar as pressões dos Estados Unidos e outros países ocidentais na redação do relatório sobre seu programa nuclear, segundo informou o site da rede de televisão oficial iraniana.

O presidente voltou a negar que o Irã esteja tentando construir armas nucleares e disse, em referência aos Estados Unidos: "Nós somos inteligentes e não vamos construir duas bombas para enfrentar as 20 mil que os senhores têm".

Ahmadinejad confirmou que o país continuará com seu programa nuclear, que as autoridades de Teerã insistem que tem exclusivamente fins pacíficos civis, e acrescentou que seu governo pretende construir um Irã "mais próspero e mais avançado para entregá-lo à próxima geração".

O embaixador iraniano ante a agência da ONU também declarou nesta quarta-feira que o Irã jamais abandonará seu programa nuclear, mas continuará cooperando com a agência nuclear da ONU.

"O Irã jamais abandonará seus direitos legítimos em termos nucleares, mas, como país responsável, continuará respeitando suas obrigações dentro do Tratado de Não Proliferação Nuclear", que prevê a supervisão de suas atividades pela AIEA, declarou Ali Asghar Soltaniyeh, citado pela agência oficial iraniana Irna.

Mesmo antes da divulgação do relatório, o chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, havia negado todas as acusações, afirmando que os ocidentais continuam sem "nenhuma prova séria".

"O Ocidente e os Estados Unidos exercem uma pressão sobre o Irã sem argumentos sérios nem provas", disse Salehi. "Sempre repetimos que não queremos fabricar armas nucleares. Nossa posição sempre foi de utilizar o programa nuclear para fins pacíficos".

A AIEA revelou na terça-feira que há indício claro de que o Irã pode estar desenvolvendo armas nucleares, afirmando que tem "sérias preocupações a respeito das dimensões militares do programa nuclear iraniano".
Citando informações "confiáveis" de inteligência estrangeira e investigações próprias, a entidade indicou que o Irã "praticou atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo nuclear explosivo".

Fonte: Folha
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