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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Monitorando seu inimigo: O "Projeto Dark Gene"

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Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos procuravam obter o máximo possível de informações sobre a evolução do poderio militar e da defesa aérea da União Soviética. Para isso eram executadas várias missões de reconhecimento partindo de países aliados dos EUA próximos da URSS, como a Turquia, a Noruega, Taiwan e o Irã, por exemplo. No caso desse último, várias missões de Inteligência de Sinais (ELINT) foram lançadas a partir do território iraniano, principalmente após o estreitamento das relações entre os EUA e o Irã nos anos 1960, na época governada pelo Xá (Shah) Reza Pahlevi. Essas missões fizeram parte do chamado “Projeto Dark Gene” (“Gene Sombrio”, em tradução livre).

O Projeto Dark Gene foi um programa de reconhecimento aéreo coordenado pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e executado pela Imperial Força Aérea do Irã (IIAF) a partir de bases dentro do Irã contra a União Soviética. O programa foi executado em conjunto com o “Projeto Ibex”, que era uma missão ELINT mais tradicional, usando bases em território iraniano, próximo a fronteira soviética. Aeronaves e pessoal norte-americano especializados foram estacionados em bases aéreas situadas em vários locais do Irã e voavam regularmente através da fronteira para a URSS através de possíveis buracos na cobertura do radar. A clara intenção do programa era testar a eficácia da defesa aérea e a interceptação soviética e resultaram pelo menos em uma perda confirmada e provavelmente mais aeronaves em combates contra aeronaves soviéticas.


Detalhes do projeto

O confronto direto entre os EUA e a URSS ocorreu ou estava ocorrendo em lugares como a Coreia, Taiwan e a Indochina. O confronto era geralmente limitado a pequenos conflitos, geralmente envolvendo o uso de conselheiros, instrutores e pessoal especializado dos dois países. Após a Guerra da Coreia, os EUA realizaram uma série de voos diretos de reconhecimento sobre a União Soviética, alguns secretos e altamente bem-sucedidos e outros que resultaram em abates e diplomacia tensa, como o incidente do U-2 de Francis Gary Powers em 1960. Para continuar reunindo informações, os EUA precisavam desenvolver métodos cada vez mais sofisticados à medida que a defesa aérea soviética se tornava mais avançada. Aeronaves como o Lockheed SR-71A Blackbird e modernos satélites de vigilância foram desenvolvidos para tais missões.

O Xá do Irã, um fiel aliado dos EUA que chegou ao poder com a ajuda de um Golpe de Estado organizado pela CIA nos anos 50, ofereceu-se para financiar operações de vigilância e inteligência militar contra a URSS como parte de ajudar os esforços norte-americanos na Guerra Fria. O Xá temia a União Soviética, em particular o relacionamento com o vizinho (e rival) Iraque. A CIA, a empresa aeronáutica Rockwell International e o empresário iraniano Albert Hakim (mais tarde envolvidos no “Caso Irã-Contras”) pagaram diversos subornos a membros influentes do governo do Xá, na área de Defesa, para obter o sinal verde do governo iraniano para facilitar o estabelecimento das operações no país contra a URSS.

A Operação Dark Gene e a Operação Ibex foram duas maneiras pelas quais os iranianos poderiam ajudar devido à sua localização estratégica, entre a URSS e o Golfo Pérsico. A geografia do território iraniano, repleto de grandes montanhas e vales profundos, ofereceu ao programa uma vantagem única, pois a cobertura do radar soviético tinha grandes buracos. A princípio, pilotos norte-americanos que pilotavam aeronaves iranianas operavam independentemente, mas com o tempo o pessoal iraniano se envolveu mais e começaram a realizar suas próprias operações.

Em um determinado ponto durante as operações, devido ao risco de os pilotos ejetarem sobre a URSS, foram criadas diferentes desculpas para explicar por que os pilotos norte-americanos seriam encontrados voando em aviões de combate com marcas iranianas sobre a União Soviética. A desculpa que eles usariam foi que os pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) estavam treinando os pilotos da IIAF em suas novas aeronaves e simplesmente se perderam. Normalmente, nesse estágio, um iraniano pilotava enquanto um oficial da USAF sentava no assento do navegador.

Como as operações continuaram, os EUA forneceram à Imperial Força Aérea Iraniana aeronaves avançadas no estado-da-arte, que não foram oferecidas a mais nenhum outro país na época, como o McDonnell Douglas RF-4C Phantom II (recheado com uma sofisticada e exclusiva suíte ELINT, sendo considerado os F-4 mais caros do mundo) e o Grumman F-14 Tomcat, que além de ter sido enviado para o Irã para combater os MiG-25 de reconhecimento que ocasionalmente sobrevoavam o território iraniano em alta velocidade, também provavelmente foram equipados com uma moderna suíte de reconhecimento eletrônico, superior até do que os caças da Marinha dos Estados Unidos (USN) eram equipados. Essas operações terminaram com a Revolução Iraniana em 1979 e supõe-se que o equipamento ELINT tenha sido tomado pela sucessora Força Aérea da República Islâmica do Irã (IRIAF).

Os  RF-4C/E iranianos eram os F-4 mais avançados do mundo, com equipamentos que nem as versões norte-americanas possuíram.
Os F-14A da IIAF também participaram do Projeto Dark Gene, efetuando missões de penetração e reconhecimento eletrônico em território soviético, usando sua alta velocidade para escapar dos interceptadores inimigos.


O "Projeto Ibex"

O Projeto Ibex estava intimamente ligado ao Projeto Dark Gene. Os mesmos aeródromos foram utilizados e as operações foram realizadas em conjunto. Em essência, eles podem ser considerados a mesma operação, cada um com objetivos separados e sobrepostos. Uma das vantagens de operá-los juntos foram os dados dos sistemas ELINT que poderiam ser coletados quando as defesas aéreas soviéticas fossem ativadas por uma aeronave do Projeto Dark Gene que foi detectada. As emissões e atividades resultantes seriam registradas pelas aeronaves do Projeto Ibex no lado iraniano da fronteira.

Financiados pelo Xá, os postos de escuta foram construídos no norte do Irã pela CIA. Após a Revolução Iraniana, o Irã manteve as instalações em “condição impecável”, apesar de ter pouco ou nenhum conhecimento sobre como operá-las, devido a fuga dos especialistas norte-americanos e iranianos fiéis ao antigo regime. Com o potencial de fornecer informações sobre movimentos de tropas iraquianas, antes e no início da Guerra Irã-Iraque, um ex-funcionário da CIA, chamado George Cave, aconselhou o governo interino do Irã a usar o sistema.


Em combate

Cerca de quatro a seis aeronaves envolvidas no projeto podem ter sido derrubadas por interceptadores soviéticos. Duas das aeronaves não confirmadas, mas reivindicadas pelos soviéticos, foram um RF-5B pilotado por pilotos norte-americanos e um RF-5A, pilotado por pessoal da IIAF, em missões de reconhecimento pela União Soviética adentro.


O Northrop RF-5B da IIAF também participou do Projeto Dark Gene (na foto, um F-5F iraniano).
No dia 28 de novembro de 1973 houve um engajamento entre uma aeronave RF-4C pilotada pelo major Shokouhnia da IIAF e o coronel da USAF John Saunders, no banco traseiro, e um Mikoyan MiG-21 Fishbed soviético pilotado pelo capitão Gennadii N. Eliseev. O piloto soviético disparou dois mísseis Vympel K-13 na aeronave iraniana, não conseguindo atingí-la. Ele recebeu ordens do controle de solo para continuar seu ataque a qualquer custo e, com o canhão emperrado e sem mísseis, resolveu colidir com a aeronave iraniana. Ele atingiu a cauda do RF-4C com sua asa (o momento do abalroamento está representado na imagem que abre esse artigo) e depois, após perder o controle, chocou-se em velocidade supersônica contra uma montanha, não conseguindo ejetar-se a tempo. Foi o primeiro abalroamento de jato a jato por uma aeronave soviética durante uma interceptação, uma prática comum durante a Segunda Guerra Mundial. O capitão Eliseev foi condecorado postumamente como um Herói da União Soviética. A tripulação da aeronave RF-4C ejetou com sucesso, mas foi capturada pelas forças terrestres soviéticas e liberada após 16 dias.

Em 1978, quatro Boeing CH-47C Chinook iranianos entraram na União Soviética enquanto supostamente efetuavam uma missão de treinamento (os soviéticos posteriormente acusaram os helicópteros de estarem efetuando uma missão ELINT). Um foi abatido e outro danificado por um Mikoyan MiG-23 Flogger soviético. A interceptação possivelmente ocorreu devido ao Projeto Dark Gene, pois os soviéticos haviam aumentado suas defesas aéreas na fronteira iraniana em resposta a incursões anteriores.


Um Boeing CH-47C Chinook da IIAF.


Equipamento

As bases aéreas envolvidas foram operadas em conjunto pela CIA e pela IIAF e protegidas por minas terrestres e arame farpado. Como parte da conexão com o Projeto Ibex, haviam cinco instalações em locais isolados para monitorar as comunicações na União Soviética. O contato deles com o mundo exterior foi mantido pelo ressuprimento aéreo apenas através de aeronaves de Havilland Canada DHC-4 Caribou. O equipamento especial foi fornecido pela Rockwell International e o financiamento foi amplamente fornecido pelo governo iraniano.

Outras aeronaves utilizadas durante o projeto, todas com marcas da IIAF mas operadas por pessoal norte-americano e iraniano: McDonnell Douglas RF-4C/E Phantom II, Northrop RF-5A/B Freedom Fighter, Boeing 707, Lockheed C-130H Hercules e o de Havilland Canada DHC-4 Caribou (apoio logístico).

A maioria das aeronaves a seguir tinha pacotes de guerra eletrônica personalizados instalados para suas missões. O Boeing 707, por exemplo, tinha treze tripulantes operando equipamentos de vigilância interna. Foram utilizados receptores de banda larga e banda estreita. Os RF-5A/B possuíam um equipamento de reconhecimento mais simples, enquanto os RF-4C/E possuíam equipamento bem mais sofisticado.

Os Boeing 707 da IIAF também participaram do Projeto Dark Gene, sendo equipados com sofisticados equipamentos eletrônicos.

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Por Luiz Reis, Professor de História da Rede Oficial de Ensino do Estado do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, Historiador Militar, entusiasta da Aviação Civil e Militar, fotógrafo amador. Brasiliense com alma paulista, reside em Fortaleza-CE. Luiz colaborou com o Canal Arte da Guerra e atua esporadicamente nos blogs da Trilogia Forças de Defesa e no Blog Velho General, também fazendo parte da equipe do GBN Defense. Presta consultoria sobre História da Aviação. Contato: [email protected]




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domingo, 10 de novembro de 2013

Mini submarinos iranianos são uma ameaça no Golfo Pérsico

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Os mini-submarinos iranianos são uma ameaça iminente à segurança marítima no Golfo Pérsico , e os líderes regionais estão procurando opções imediatas " ao seu alcance " para combater a ameaça .
Isso significa a aquisição de armamento anti-submarino no curto prazo e novos submarinos , a longo prazo , disse o contra-almirante Ibrahim al Musharrakh , comandante do Emirados Árabes Unidos (EAU).
"As operações anti-submarino estão causando um verdadeiro desafio para as nossas unidades nas águas do Golfo Pérsico , devido aos pequenos submarinos que estão sendo usados ​​em águas rasas , o que cria um desafio para os sistemas de sonares para detectá-los ", disse Musharrakh  em 6 de novembro . "Além disso, o tráfego mercante cria confusão e ruído que diminui a capacidade dos dispositivos submersíveis para localizar os mini submarinos que funcionam sem ser notados . "
A Marinha iraniana e o Comando da Guarda Revolucionária lançaram três classes de submarinos desde 2007, dois dos quais são submarinos de pequenas dimensões. Os programas , no entanto, têm sido muito reservados e a informação a respeito é limitada, na sua maioria divulgadas pelo comando naval iraniano.
De acordo com a NTI, três submarinos diesel-elétricos da Classe Kilo foram encomendados entre 1992-1996. Sendo conhecidos como classe Tareq no Iran.
O Irã teria pago $600 milhões por cada submarino e todos estão baseados em Bandar Abbas, no Estreito de Hormuz. Dois dos submarinos da classe Kilo estão operacionais a qualquer momento e são ocasionalmente operados na boca oriental do estreito, no Golfo de Omã e do Mar da Arábia .
No entanto, a verdadeira ameaça é representada pelos submarinos menores lançados em 2007. De acordo com o NTI , o Irã começou naquele ano a operar pequenos submarinos da classe Ghadir e classe Nahang para uso em águas costeiras rasas .
Segundi os relatórios do NTI, o número de submarinos classe Ghadir varia de 10 a 19.
A classe Ghadir é também referida como uma sub- lasse da classe Yono , sugerindo que os submarinos podem ser baseados na tecnologia norte-coreana, embora o nível de envolvimento da Coréia do Norte é desconhecida.
Os submarinos anões são operados tanto pela marinha iraniana, como pela Guarda Revolucionária Iraniana ( IRGCN ) . As suas capacidades operacionais incluem disparar torpedos ( tanto o Ghadir como a  classe Nahang possuem dois , tubos de torpedos de 533 milímetros ), colocação de minas para operações anti transporte, bem como a inserção de forças especiais em território inimigo. O Irã também está fazendo experiências com submersíveis.
Devido à sua resistência e carga útil limitada,  segundo o relatório do NTI lançado em julho, os submarinos iranianos são usadas principalmente para reconhecimento e operações especiais e são restritos a operar em águas costeiras .
Musharrakh afirmou que , apesar de as informações coletadas, continua a haver uma falta de inteligência .
" A inclinação natural do Golfo Pérsico e a navegação de embarcações grandes em determinadas rotas se tornaria muito difícil com os submarinos convencionais e mini operando nele ", disse ele . "No entanto , eles ainda representam um perigo claro para as unidades que operam no golfo e o tráfego mercante. "
"Precisamos de informações precisas sobre as capacidades destes pequenos submarinos, suas operações , áreas que são implantados e como eles são operados , bem como os seus pontos fracos ", acrescentou .
O Coronel Yousif al Mannaei , vice-comandante do Bahrain Naval Operations Center, repetiu o apelo de Musharrakh para mais coleta de informações.
" Como todos nós sabemos que o mar é muito importante para o nosso bem-estar e da economia mundial, a supremacia aérea e supremacia em terra foi alcançada ", disse ele . "No entanto , não temos a superioridade nas águas do Golfo Pérsico.
"É uma ameaça real , e o Conselho de Cooperação do Golfo realmente entende isso e estão buscando maneiras de combater essa ameaça neste momento , a troca e a partilha de informações , bem como a formação de um banco de dados, é vital ", disse ele .
Musharrakh disse que há muitas opções disponíveis no longo prazo, incluindo a aquisição de uma frota de submarinos .
"Há muitas opções diferentes para combater a ameaça de submarinos na região, a construção e a capacidade de adquirir submarinos é algo que ainda está em processo e vai levar um longo tempo. " Ele ressaltou que a ameaça é iminente e poderia atacar a qualquer momento .
"O que precisamos é algo ao alcance que possamos usar para combater a ameaça agora, no longo prazo você provavelmente vai ver as forças navais na região efetuando a aquisição de submarinos ", acrescentou .
A Marinha dos Emirados Árabes Unidos tem programas para aquisição de navios de superfície não-tripulados , entre outros desenvolvimentos em curso , mas Musharrakh disse que até agora nenhuma empresa de defesa apresentou uma solução clara e viável para a ameaça.
" Os USVs ainda não provaram ser uma solução viável ​​e eficaz para combater os mini submarinos ", disse ele . "O que nós precisamos é de navios com uma tripulação e capacidade de acompanhar e monitorar esses navios, e capazes de operar sonares de última geração que possam identificá-los ", disse ele.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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domingo, 6 de outubro de 2013

Teerã autoriza instalação de caças sírios no Irã

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A revista alemã Der Spiegel informou hoje (06) que, segundo os serviços de informação alemães, o Irã havia permitido ao governo sírio instalar seus caças no território iraniano.
 
No respetivo informe afirma-se que o Irã e a Síria celebraram em novembro de 2012 um acordo que permite ao presidente da Síria, Bashar Assad, "instalar uma parte considerável de sua Força Aérea no territorio iraniano, para poder utilizá-la em caso de necessidade".
 
Além disto, antes se informou que o Irã havia enviado para a Síria unidades de elite da Guarda Republicana para ajudar o governo de Damasco em sua guerra contra os insurgentes.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Irã rejeita última proposta internacional sobre programa nuclear

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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, rejeitou a validade da última proposta apresentada ao país pelas grandes potências nas negociações sobre a questão nuclear. "A proposta anterior do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha) passou para a história e agora devem comparecer à mesa de negociações com um novo enfoque", disse Zarif. As negociações devem ser retomadas em 15 e 16 de outubro em Genebra.
As grandes potências apresentaram uma proposta em fevereiro e abril ao Irã para a suspensão do programa de enriquecimento de urânio a 20% e a restrição das atividades de enriquecimento na central de Fordo, escondida em uma área montanhosa a 100 km de Teerã, o que dificulta a destruição em uma ação militar. Em contrapartida, se comprometiam a aliviar algumas sanções ao país no comércio de ouro e no setor petroquímico.
Neste domingo, o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), Ali Akbar Salehi, anunciou que quatro pessoas foram detidas por tentativa de sabotagem a uma instalação nuclear do país. Vários países ocidentais e Israel suspeitam que o programa nuclear iraniano oculta uma parte militar, o que o Irã nega, alegando que o mesmo tem apenas caráter civil.
"Há algum tempo descobrimos as atividades de sabotagem de várias pessoas em uma instalação nuclear. Permitimos que continuassem com suas atividades para obter mais informações. Nós os prendemos no momento oportuno e o interrogatório continua", declarou Salehi, citado pela agência Mehr. Salehi não revelou a instalação nuclear que era alvo e disse que outros casos foram identificados.
 
Fonte: AFP
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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Irã anuncia produção do Shahed-129, drone capaz de carregar 8 mísseis

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A Guarda Revolucionária do Irã apresentou uma aeronave não-tripulada (drone) de ataque capaz de carregar diversos mísseis e descrita como a unidade mais sofisticada do país até o momento, informa o site do jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira.

De acordo com o site iraniano sepahnews.com, o general Mohammad Ali Jafari anunciou que a aeronave entrou em operação nesta sexta-feira. No artigo, ele é citado dizendo que o drone de fabricação iraniana é um "ativo estratégico" para a proteger as fronteiras do país.
O drone, chamado Shahed-129 (Testemunha-129, em português), tem um alcance de 1,7 mil km e a capacidade de permanecer voando por 24 horas. Tal autonomia de voo lhe permitiria alcançar grande parte do Oriente Médio, incluindo Israel.
 
A aeronave também pode carregar até oito bombas or mísseis. De acordo com a agência AP, a TV estatal iraniana exibiu um vídeo do Shahed-129 voando e afirmou que Jafari ordenou a produção em larga escala do drone.
"Nossos cientistas produziram o mais estratégico avião não-tripulado", disse Jafari, segundo a AP. "Essa tecnologia inteligente pode fazer o trabalho de milhares de soldados, militares e guardas de fronteira...e proteger as nossas fronteiras", acrescentou.
Um comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária disse à agência AP que o drone tem a capacidade de monitorar um raio de 200 km. O militar também disse que o avião pode ter uso civil, como tirar fotos com fins agrícolas e ambientais.
Segundo a AP, o Irã frequentemente anuncia avanços em sua tecnologia militar, mas é virtualmente impossível determinar sua capacidades reais.
 
Fonte: Terra
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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Irã e potências ocidentais devem discutir questão nuclear na ONU

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O chanceler do Irã deve encontrar representantes de seis potências mundiais na ONU nesta semana para discutir o programa nuclear de Teerã, segundo autoridades americanas e da União Europeia.
O encontro com o chanceler Mohammed Javad Zarif pode incluir o secretário de Estado americano John Kerry. Esse pode ser o encontro face a face mais importante entre americanos e iranianos desde a Revolução Islâmica de 1979, segundo o correspondente diplomático da BBC, Jonathan Marcus.
A reunião deve acontecer em paralelo à Assembleia Geral da ONU em Nova York. O novo presidente iraniano Hassan Rouhani disse estar pronto para retomar, sem precondições, as negociações sobre o tema - que estavam paralisadas.
Segundo Marcus, a comunidade internacional espera encontrar um Irã decidido a fazer concessões em relação ao seu programa nuclear em troca da suspensão ou do alívio das sanções internacionais contra o país.
Teerã, por sua vez, quer uma indicação clara de que os Estados Unidos tratarão o país com respeito, o reconhecendo como uma potência regional. Em paralelo, o governo iraniano disse ter perdoado mais 80 prisioneiros.
Entre eles há um grupo que está detido desde os protestos ocorridos após as disputadas eleições presidenciais de 2009. A ação ocorre dias depois da libertação de outros 11 detentos.
Ações diplomáticas

 A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, disse que Zarif - que também é o negociador chefe da questão nuclear - encontraria nessa semana membros dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos) e da Alemanha (do grupo chamado de P5 +1).
"Tivemos uma boa e construtiva discussão", afirmou a baronesa Ashton depois da reunião com Zarif na segunda-feira.
Ela afirmou ter ficado impressionada com a "energia e a determinação" demonstrada pelos iranianos.
Autoridades da União Europeia disseram ainda que a equipe de Ashton deve se reunir novamente com Zarif no mês de outubro em Genebra para continuar a debater o tema.
Uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA disse à agência AFP que "ninguém deve ter expectativas de que vamos resolver esse assunto de décadas durante a reunião do P5+1 nesta semana".
Os encontros durante a Assembleia Geral da ONU são parte de uma ofensiva diplomática de Rouhani, segundo a correspondente da BBC em Nova York Bridget Kendall.
Em 2007, a secretária de Estado Condoleezza Rice deveria ter se sentado ao lado do então chanceler iraniano Manouchehr Mottaki em um jantar de cúpula no Egito, mas Mottaki não compareceu ao evento.
Na semana passada, Rouhani disse que seu país nunca construiria armas nucleares.
Em uma entrevista à rede american NBC, o presidente iraniano disse que tem completa autoridade para negociar com o Ocidente sobre o programa de enriquecimento de urânio de Teerã.
Ele classificou uma carta recente que recebeu do presidente americano Barack Obama como "positiva e construtiva".
Um porta-voz da Casa Branca disse que a carta de Obama "indicava que os Estados Unidos estão prontos para resolver a questão nuclear de uma forma que permita ao Irã demonstrar que seu programa nuclear é para propósitos exclusivamente pacíficos".
"A carta também transmitiu a necessidade de se agir com senso de urgência para resolver a questão porque, como dizemos há muito tempo, a janela de oportunidade para resolver isso diplomaticamente está aberta, mas não ficará aberta indefinidamente", o porta-voz afirmou.
Os últimos acontecimentos surgiram em meio a sugestões de que Obama e Rouhani podem se encontrar em paralelo à realização da Assembleia da ONU e apertar as mãos.
Em sua campanha eleitoral neste ano, Rouhani prometeu uma abordagem mais moderada e aberta sobre questões internacionais.
O Irã está sob sanções da ONU e do Ocidente relacionadas a seu controverso programa nuclear.
Teerã diz que está enriquecendo urânio com fins pacíficos, mas os EUA e seus aliados suspeitam que os líderes iranianos tentam construir uma arma nuclear.
 
Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Presidentes da Rússia e Irã vão discutir sobre S-300 nesta sexta.

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A Rússia espera resolver o litígio com o Irã sobre o revés envolvendo o fornecimento do sistema de defesa antiaérea S-300. A reunião ocorrerá na próxima sexta-feira (13) entre o presidente Vladimir Putin, e seu colega iraniano, Hassan Rouhani, segundo informado.

Os presidentes devem se reunir à margem de uma próxima cúpula da Organização de Cooperação de Xangai no Quirguistão.

"Estou certo de que vários aspectos da cooperação técnico-militar serão amplamente discutidos durante a reunião", disse Yury Ushakov.

"Fizemos nossa proposta e estamos esperando que esse problema seja resolvido", disse Ushakov, sem especificar os detalhes da oferta russa para a República Islâmica.

Moscou suspendeu o contrato original do S-300 em 2010 sob o então presidente Dmitry Medvedev, depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução proibindo certas exportações de armas para o Irã. O revés rendeu um processo de 4 bilhões movido pelo governo de Teerã contra a exportadora de armas estatal russa, Rosoboronexport, em um tribunal de Genebra.

Fontes militares disseram a RIA Novosti que a Rússia vem tentando convencer o Irã a desistir do processo e vê isso como um pré-requisito necessário para qualquer novo contrato envolvendo o S-300 ou algum outro sistema de defesa como o Tor ou Pantsir. As fontes pediram para não ser identificadas porque não estão autorizados a falar publicamente sobre o tema.

O Irã em Junho rejeitou a proposta da Rússia para substituir o S-300 pelo sistema de defesa aérea Tor-M1E, dizendo que o Tor não pode ser integrado á rede de defesa aérea do país.

Ushakov disse que também se espera que os líderes russos e iranianos tratem do comércio bilateral, em geral, uma vez que este sofreu um impacto substancial devido as sanções impostas pelos EUA e UE contra Teerã devido a controvérsia sobre seu programa nuclear.

"As sanções dos EUA e UE, levaram à redução do comércio russo-iraniano de 37,9% em 2012, as exportações russas para o Irã caíram 44,1%, somando umprejuízo de aproximadamente 1,9 bilhões", disse um funcionário do Kremlin.

Fonte: GBN GeoPolítica Brasil com informações da Ria Novosti
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