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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Após cirurgia exitosa, Cristina Kirchner passa bem

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A cirurgia para a retirada de um coágulo na cabeça de Cristina Kirchner, ontem pela manhã, durou quase duas horas e transcorreu sem complicações.
 
No início da tarde, o porta-voz da Presidência argentina, Alfredo Scoccimarro, apareceu na porta da Fundação Favaloro, em Buenos Aires, para anunciar que a cirurgia havia sido "satisfatória" e que a presidente já estava no quarto --o boletim médico dizia que Cristina se encontrava na Unidade de Terapia Intensiva.
 
"Ela está animada e mandou saudações a todos. Agradeceu à equipe médica e a todos que rezaram. Ela está de muito bom humor", disse.
 
O boletim médico divulgado não informou como foi o procedimento cirúrgico.
 
Segundo médicos ouvidos pela Folha, a operação mais comum em casos de hematoma subdural é feita com alguns orifícios no crânio para drenar o sangue acumulado. Após esse tipo de intervenção, os pacientes costumam ficar de quatro a cinco dias hospitalizados. Depois disso, é recomendado repouso de entre 30 dias a 45 dias.
 
O coágulo na cabeça de Cristina surgiu por causa de um trauma que ela teria sofrido no dia 12 de agosto, mas que não se sabe como.
 
REZA E MÚSICA
 
Cerca de 200 militantes e apoiadores de Cristina se concentraram na entrada do hospital ontem. Muitos cantavam hinos políticos e seguravam cartazes com mensagens como "Força, Cristina".
 
Uma outra parte rezava pela recuperação da mandatária. Era o caso de Bárbara Fernández, 62, sentada em um banquinho com um terço na mão. Ela montou na calçada um altar com a imagem de Nossa Senhora de Luján.
 
"Vou rezar muitos rosários por Cristina. Ela vai ficar boa logo", disse à Folha.
 
A seu lado, o casal Raúl García, 66, e Maria Savere, 60, da província de Chubut, levavam a mão no peito enquanto rezavam. "Deus cuida de quem olha para os pobres. E ela está fazendo com que os menos favorecidos tenham dignidade, trabalho. Cristina tem a pátria no coração", disse a dona de casa Maria. "Antes, o FMI [Fundo Monetário Nacional] mandava nesse país. Ela mudou isso."
 
A militante Ruth Vilta, 34, da organização Che Néstor, viajou de La Plata para a capital argentina com outras 30 pessoas. Ela estava "triste" com os comentários de que Cristina estaria usando a doença para ganhar votos na eleição legislativa do dia 27, na qual, de acordo com os prognósticos, o governo pode sofrer derrota.
 
"Não acredito que qualquer pessoa possa lucrar com uma doença", afirmou Vilta.
 
Ontem o presidente do Uruguai, José Mujica, desejou uma pronta recuperação para a colega argentina. E disse que a América Latina "precisa de sua presença guerreira e militante".
O Uruguai e a Argentina entraram em conflito mais uma vez, na semana passada, por causa da fábrica de celulose UPM, instalada às margens do rio Uruguai, fronteira entre os países.
 
INIMIGO NO HOSPITAL
 
À tarde, o apresentador Jorge Lanata, do programa "Periodismo para Todos", do canal 13, foi internado no mesmo hospital de Cristina, por causa de uma crise de insuficiência renal.
Lanata é autor de uma série de reportagens denunciando casos de corrupção no governo Kirchner. No final do dia, o jornalista foi transferido para outra instituição.
 
DIAGNÓSTICO
 
Cristina foi diagnosticada no sábado com um hematoma subdural crônico (quando há acúmulo de sangue próximo à meninge dura-máter, que fica entre o crânio e o cérebro), consequência de uma queda que teria sofrido em 12 de agosto. A Presidência não informa como foi o acidente.
 
No domingo à noite, de repouso na residência oficial de Olivos, ela começou a sentir um formigamento no braço esquerdo. Os médicos verificaram que ela estava perdendo força nesse membro, um dos sintomas da compressão cerebral. Ontem, ela deu entrada no hospital Fundação Favaloro, em Buenos Aires.
 
O boletim médico informou que a proposta inicial de repouso de 30 dias foi alterada para a cirurgia, mas não deu detalhes.
 
"Essa é uma operação comum e de baixo risco, já que é em uma parte externa do cérebro. Normalmente dura cerca de uma hora e são feitos três ou quatro orifícios na calota craniana para drenar o sangue", explica à Folha o neurocirurgião Santiago Gonzalez Abbati, da Universidade de Buenos Aires.
 
O pós-operatório tampouco é complicado, de acordo com o neurologista Ignacio Previgliano. "Como a cirurgia não mexe com o cérebro, a recuperação costuma ser rápida", diz.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 6 de março de 2013

O homem que mudou a história venezuelana e impressionou o mundo

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Existe uma opinião que Hugo Chávez se formou com base em ideias da revolução cubana. É uma característica bastante digna de um líder político que, em seu trabalho tanto no campo militar, como no serviço público, decidiu lutar pelas ideias de esquerda e pelas aspirações de pessoas comuns.
 
Ele é um daqueles políticos que podem muito bem ser chamados de seguidores dos "grandes barbudos" – Fidel Castro e Che Guevara. O que eles fizeram e Hugo Chávez continuou é um desafio não só para a oposição política, mas também para a hegemonia dos EUA, que era particularmente sentida nesta parte das duas Américas. E suas palavras não divergiam de suas ações. Basta lembrar a expulsão de empresas estrangeiras da Venezuela ou a nacionalização dos campos de petróleo e do setor energético, até lá dominado por norte-americanos.
 
As ideias de Chávez foram implementadas na política internacional, por exemplo, na Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), criada em oposição à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) a fim de reduzir a dependência dos países da região dos EUA. O essencial princípio por trás das ações de ALBA é a solidariedade dos povos da América do Sul e do Caribe.
 
Inteligível em seus longos discursos públicos, intransigente à oposição e ao mesmo tempo aberto ao debate, Hugo Chávez ligava tudo ao desejo de lutar contra a pobreza, o que significava criar um estado de "socialismo do século XXI". Pouco mais de duas décadas atrás, Chávez liderou um golpe militar fracassado, mas não fugiu do país, assumindo total responsabilidade. E já em 1998, ao vencer as eleições, passou a liderar a Venezuela.
 
Tribuno por natureza, ele rapidamente conquistou a simpatia do povo e, ao mesmo tempo, causou fortíssima irritação entre os poderosos do mundo. A Casa Branca se irritava com a atividade dos países da América Latina na política mundial, com o fortalecimento de seus contatos com os Estados do Pacífico e com o Japão, com os países da África e da Europa e, claro, com a Rússia.
 
Na história recente estão marcados os contatos entre os dois países nos primeiros anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial. Depois, o relacionamento é interrompido por causa do longo governo de uma junta militar na Venezuela, e é retomado apenas em 2001 com a visita do presidente Hugo Chávez à Rússia a convite do presidente russo Vladimir Putin. Hugo Chávez encontrou apoio no Kremlin e solicitou a colaboração de Moscou no fortalecimento da esfera militar. Assim, a Rússia se tornou para Caracas o maior parceiro técnico-militar depois que os EUA abandonaram seus suprimentos.
 
Ainda no início da década de 1990, num carro Lada russo, Hugo Chávez andou por toda a Venezuela. O presidente descreveu o Lada como um carro "popular". Ele expressou o desejo de estabelecer contatos na indústria automotiva. Concluiu-se, por exemplo, um acordo estratégico entre as autoridades da cidade de Valência e o fabricante russo de caminhões Kamaz.
 
Quanto a relações comerciais e econômicas, vale a pena mencionar o recém-criado Conselho de empresários Rússia-Venezuela. Os membros do Conselho são empresas pequenas, médias e grandes russas. Sua atividade consiste em fortalecer relações científico-tecnológicas e econômico-comerciais, formar mecanismos eficazes de cooperação.
 
O mais prolífico para as relações russo-venezuelanas foi o ano de 2010. Na sequência de negociações entre representantes dos países-parceiros, em abril foram assinados vários documentos, nomeadamente o Protocolo de Intenções entre a empresa russa Sovcomflot e a empresa venezuelana PDV Marina, que é especializada em transportes marítimos.
 
Durante sua última, nona, visita à Rússia, Hugo Chávez teve tempo de colocar em Moscou a pedra fundamental de um futuro monumento a Simon Bolívar, fazer um teste de condução do carro Lada Priora, e assinar mais de uma dúzia de acordos importantes durante as negociações com o líder russo.
 
Hugo Chávez era um excepcional político e estadista, um político de escala mundial. E disso não pode haver dúvida, independentemente de como ele era visto da "direita" ou "esquerda"!
 
Fonte: Voz da Rússia
 
Nota do GPB: O GeoPolítica Brasil e seu editor rendem aqui uma homenagem ao grande líder sulamericano, o qual deixou sua marca, quer seja por sua posição firme a frente do governo Venezuelano, quer por sua luta para manter a Venezuela consonante com a vontade de sua população.
 
Hugo Chávez foi um líder que conseguiu conquistar o respeito e a admiração não apenas do povo venezuelano que o tinha como o salvador da pátria, o grande comandante da Venezuela, mas conquistou admiradores e o respeito de muitos ao redor do globo. Ao longo de sua vida enfrentou várias lutas, onde citamos á ocasião em que tentou derrubar o governo pérez em no fracassado golpe de estado em 1992, onde após sair da prisão e deixar o exército se empenhou em lutar pelas vias democráticas pelo governo do país.
 
Venceu as eleições em 1998, enfrentou a oposição, criou uma nova consituição, legitimou-se mais uma vez em 2000 quando promoveu novas eleições que o garantiriam no poder até 2006. Enfrentou ainda muitas lutas para manter a liderança concedida no voto, em 2002 sofreu tentativa de golpe de estado, mas o povo foi para as ruas, manifestou-se e com apoio de militares leais ao governo Chávez retornou ao poder, onde se manteve firme conduzindo o país, promovendo o crescimento, as melhorias na condição de vida do povo daquele país. Como resultado de sua política, em 2006 mais uma vez pelo voto popular se reelegeu e seguiu como comandante da Venezuela, trilhando um caminho tempestuoso, mas firme.
 
Ao longo de seu governo se envolveu em alguns atritos com o governo dos EUA, por diversas vezes se envolveu em incidentes diplomáticos nas fronteiras com sua vizinha Colombia. Apoiou o Irã, estreitou laços comerciais com a China, Rússia e outras nações. Ao lado do Brasil liderou a voz do continente sulamericano diante do mundo.
 
O grande comandante sulamericano, vencedor de várias lutas viu-se diante de um traiçoeiro adversário, descobriu um tumor cancerígeno em 2011 e travou duramente a batalha por sua vida, em momento algum abriu mão de estar a frente do governo, mas infelizmente nosso herói bolivariano sucumbiu diante do câncer após uma intensa luta e nos deixou seu legado.
 
O GeoPolítica Brasil e seu editor rendem as justas homenagens a esse homem que deixa a vida e entra para a história, um exemplo de garra e determinação, uma figura que fez parte de maneira importante no tabuleiro geopolítico regional e porque não mundial. Hugo Chávez, descanse em paz...
 
 
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O Brasil e a Venezuela de Chávez

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O Brasil foi um parceiro fundamental para a Venezuela de Hugo Chávez e, ao mesmo tempo, aproveitou-se do discurso radical do comandante venezuelano, sobretudo contra os Estados Unidos, para firmar-se como a principal liderança continental. Apesar da boa relação que Chávez tinha com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — a quem chamava de mi maestro —, foi ao longo do governo do PT que essa aliança se consolidou. Tanto que, em outubro de 2012, às vésperas da eleição de Chávez para o quarto mandato, Lula, já ex-presidente, gravou um vídeo de apoio ao colega socialista. “Chávez, conte comigo, conte com o PT, conte com a solidariedade e o apoio de cada militante de esquerda, de cada democrata e de cada latino-americano. Sua vitória será a nossa vitória.”
 
No poder por 14 anos, o venezuelano ganhou espaço no noticiário como porta-voz do continente, aglutinou em um bloco alternativo países como Bolívia e Equador, e defendeu políticas claramente antibrasileiras, como a nacionalização de ativos da Petrobras pelo presidente boliviano, Evo Morales.
“Em troca dessa aproximação política e ideológica, o Brasil acabou, em vários momentos, abrindo mão de uma agenda comercial mais efetiva”, observou Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria.
 
Chávez manteve um relacionamento estreito com os mandatários brasileiros. Desde 1999, fez 27 visitas ao país, a maioria (22) no governo Lula, período em que as relações econômicas fermentaram. Para encontrar-se com Dilma, foram duas visitas, enquanto a presidente brasileira foi ao país vizinho apenas uma vez. As trocas comerciais entre os dois países saltaram de US$ 883,3 milhões em 2003 para US$ 5,6 bilhões em 2012. No ano passado, o Brasil exportou US$ 3,8 bilhões a mais do que importou. Para o professor do curso de história da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em relações internacionais Carlos Eduardo Vidigal, o superáavit brasileiro pode explicar a “paciência da diplomacia do país” com Chávez.
 
Paciência porque o venezuelano provocou alguns momentos de mal-estar com o governo brasileiro. Em 2005, propôs que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) buscasse um modelo econômico alternativo ao Mercosul. No ano seguinte, incentivou Morales a nacionalizar unidades de extração de gás da Petrobras na Bolívia. Ao longo do mandato, Chávez deixou para trás acordos na área petrolífera. Não cumpriu, por exemplo, sua parte na construção da Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape, em Pernambuco. Já o Itamaraty, nos bastidores, se preocupou com a decisão de Chávez de comprar armamento russo.
 
A Embraer também foi proibida de vender aviões para o país sul-americano. Em 2006, Chávez acertara um contrato de US$ 470 milhões com a empresa brasileira para a aquisição de 12 aviões AMX-T (última geração da família de aeronaves AMX A-1), ao custo de US$ 300 milhões, e de 24 aeronaves Super Tucano, por US$ 170 milhões. Emissários do governo de George W. Bush ameaçaram suspender o fornecimento de componentes para os aviões da Embraer, inclusive civis, caso a compra fosse efetivada.
 
Mas o Brasil teve papel preponderante na entrada da Venezuela no Mercosul. A permissão deu-se após o polêmico impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Como o Paraguai — que não aprovou a entrada da Venezuela — foi suspenso do bloco comercial, abriu-se espaço para a admissão dos venezuelanos.
 
Fonte: Correio Braziliense
 
Nota do GPB: O título original da matéria é "Parceiros estratégicos", e a matéria sofreu algumas correções com respeito ao contrato que foi cancelado entre a Venezuela e a Embraer.
 
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Candidato à presidência do Paraguai morre em acidente aéreo

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O general aposentado e candidato à presidência do Paraguai, Lino Oviedo, morreu no sábado à noite em um acidente de helicóptero.

A mídia paraguaia informou que os restos da aeronave foram encontrados por equipes de resgate no domingo, em uma fazenda no norte do Paraguai.

Ainda não se sabe quais foram as causas do acidente.

Após a confirmação da notícia, o presidente paraguaio, Federico Franco, manifestou suas condolências "à família do general, aos seguidores de seu partido e a todo o povo do Paraguai pela perda de um dos heróis militares da libertação épica de 2 e 3 Fevereiro de 1989'', uma referência ao golpe de Estado que pôs fim à ditadura de Alfredo Stroessner.

Oviedo foi candidato presidencial em duas ocasiões anteriores. A última delas em 2008, em um pleito que foi vencido pelo ex-bispo católico Fernando Lugo, destituído do poder em 22 de junho do ano passado.
 
 
Fonte: Estadão
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Câncer acontece quando Lula é 'mais dominante' no Brasil, diz 'New York Times'

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O diagnóstico do câncer do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repercutiu na imprensa internacional neste domingo.

O jornal americano The New York Times publicou uma reportagem na qual afirma que o diagnóstico do câncer acontece em um momento em que o ex-presidente é visto como dominante na política brasileira.

"A revelação da sua condição acontece em um momento em que ele ainda é admirado aqui como o líder político contemporâneo mais dominante do Brasil", escreve o jornalista do New York Times Simon Romero, do Rio de Janeiro.

"Desde que deixou a presidência, Silva, um ex-líder sindical, manteve ampla influência na política brasileira. Ele viajou muito dentro do Brasil e no exterior, fazendo discursos por cachês altos, e na semana passada ele apareceu ao lado [da presidente Dilma] Rousseff na inauguração de uma ponte na cidade amazônica de Manaus."

O New York Times diz que a notícia sobre Lula mostra um "contraste grande" em relação à forma como o presidente venezuelano, Hugo Chávez, revelou seu câncer, em junho.

Enquanto o brasileiro optou por revelar rapidamente a doença, Chávez "surpreendeu os venezuelanos" ao anunciar que já havia sido submetido a uma cirurgia, segundo o New York Times. O jornal também lembra que o venezuelano nunca revelou o tipo de câncer que teve.

Fonte: BBC / Estadão via Hangar do Vinna
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Família Kadhafi estuda ação contra Otan por crime de guerra

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A família de Muamar Kadhafi estuda processar a Otan por "crime de guerra" no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia pela morte em Sirte do ex-dirigente líbio, afirmou à AFP o advogado francês Marcel Ceccaldi.

O advogado disse que a morte foi provocada "pelos disparos da Otan contra o comboio de Muamar Kadhafi, que depois foi executado".

Depois de escapar de Trípoli no fim de agosto, Muamar Kadhafi, de 69 anos, que durante 42 anos governou a Líbia com mão de ferro, foi capturado no dia 20 de outubro perto da cidade de Sirte (360 km ao leste de Trípoli), linchado e morto a tiros em circunstâncias que ainda são confusas.

"O homicídio voluntário está definido como um crime de guerra pelo artigo 8 do estatuto de Roma do TPI", afirmou o advogado.

Ceccaldi não informou quando apresentará exatamente a ação.

"O homicídio de Kadhafi mostra que os Estados membros não tinham a intenção de proteger a população, e sim derrubar o regime", disse.

O processo deve ter como objetos os "órgãos executivos da Otan que fixaram as condições da intervenção na Líbia", os dirigentes que adotaram decisões e os chefes de Estado dos países da coalizão internacional que participaram na operação militar", completou o advogado.

"Ou o TPI intervém como jurisdição independente e imparcial, ou não o faz, e neste caso, a força se impõe ao direito", acrescentou Ceccaldi.

Kadhafi foi enterrado na noite de segunda-feira em um local secreto, mas a morte ainda provoca polêmicas.

O Conselho Nacional de Transição (CNT) afirma que o ex-ditador morreu com um tiro na cabeça durante um tiroteio. Mas testemunhas e vídeos gravados no momento da detenção levantam as suspeitas de uma execução sumária.

Organizações internacionais, incluindo a ONU, pediram uma investigação. O CNT anunciou a formação de uma comissão para investigar o caso.

Fonte: AFP
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Coronel Kadhafi, desafiador e combativo até o fim

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O coronel Muamar Kadhafi, fiel a sua reputação de indivíduo combativo e desafiador, ignorou até o fim os chamados da comunidade internacional e dos rebeldes para se render.

Após governar a Líbia com mão de ferro por 42 anos, o coronel líbio terminou deposto em meio à chamada "Primavera Árabe", seguindo os passos do tunisiano Zine al Abidine Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak.

Perseguido pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade cometidos em seu país desde o início da rebelião, no dia 15 de fevereiro, o coronel havia chamado os rebeldes líbios de "ratos" durante todo o conflito.

Kadhafi, o veterano entre os líderes árabes e africanos, nasceu - segundo sua própria lenda - em uma tenda beduína no deserto de Sirte em 1942 em uma família de pastores da tribo dos Gadafa. Recebeu uma educação religiosa rigorosa e ingressou no exército em 1965.

No dia 1 de setembro de 1969, aos 27 anos, liderou o golpe de Estado que depôs, sem derramamento de sangue, o velho rei Idris.

Em 1977, proclamou a "Jamahiriya", que definiu como uma "República de Massas" governada por meio de comitês populares eleitos, e concedeu a si mesmo o título de "Guia da Revolução".

Seu estilo de vida, seus trajes tradicionais, sua maneira caprichosa de exercer o poder neste imenso e rico país petroleiro, pouco povoado, resultaram inconsistentes e imprevisíveis para os ocidentais e também para os árabes.

Com a saariana cáqui, um uniforme militar adornado com dourados, ou com a "gandura", a túnica dos beduínos, Kadhafi gostava de receber autoridades em uma tenda, em Sirte ou no pátio de sua residência-quartel de Bab el Aziziya, no centro de Trípoli.

Este sedutor apreciava a companhia feminina e com frequência se apresentava rodeado de mulheres com uniforme militar, suas "amazonas". Alimentava-se de forma frugal, sobretudo com leite de camelo.

Personagem teatral, costumava se distinguir por atos e palavras que divertiam as pessoas, mas também lançou insultos contra seus homólogos árabes e elaborou teorias muito pessoais sobre a história e os homens.

Em uma cúpula árabe, em 1988, utilizou uma luva branca apenas na mão direita e explicou que queria deste modo evitar apertar "mãos manchadas de sangue".

Seu Livro Verde, que instituiu a "Jamahiriya", afirma que a democracia não pode ser criada a partir das urnas: "As eleições são uma farsa", afirmou.

Kadhafi declarou sua admiração por Gamal Abdel Nasser, por seu nacionalismo pan-árabe, e várias vezes expressou sua simpatia por Mao, Stalin e Hitler.

Durante décadas, foi acusado de dar apoio a grupos terroristas e utilizar a renda petroleira para financiar rebeliões na África e em outros continentes.

Em 1986, escapou de um bombardeio americano no qual morreu um de seus nove filhos.

Kadhafi tornou-se um pária internacional após ser vinculado ao atentado contra um avião americano no céu de Lockerbie, na Escócia (270 mortos em 1988), e contra um avião francês no Níger (170 mortos em 1989).

Mas, para surpresa de todos, em 2003 aceitou pagar indenizações às famílias das vítimas e anunciou que renunciava a qualquer tipo de vínculo com atividades terroristas, assim como o desmantelamento de seus programas secretos de armas de destruição em massa.

Esses gestos lhe permitiram se reconciliar com o Ocidente. Foi recebido com honras em Paris em 2007 e em Roma em 2010.

Em fevereiro de 2009, foi eleito presidente da União Africana.

Mais recentemente, conseguiu dobrar a Suíça, que lhe pediu desculpas pela detenção de seu filho Hannibal em Genebra por agredir os funcionários de um hotel.

E também conseguiu receber triunfalmente em seu país Abdelbaset al Megrahi, o líbio condenado pelo atentado de Lockerbie, libertado pela Escócia por razões de saúde, para a raiva de Washington e Londres

Fonte: AFP

Nota do Blog: Infelizmente nós anunciamos a morte do maior líder no continente africano, único a alcançar um IDH comparável ao europeu em um continente tido pelo mundo como miserável, um homem polêmico como todo ditador, mas que conseguiu conquistar o respeito e admiração de muitos ao redor do mundo. O GeoPolítica Brasil e seu editor lamentam a morte desta figura histórica que lutou até a morte por seus ideais.
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gaddafi está no poder desde 1969 na Líbia

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Os rebeldes oposicionistas chegaram nesta segunda-feira ao coração da capital da Líbia, Trípoli, e foram ovacionados por multidões que celebravam o fim iminente dos 42 anos do regime de Muammar Gaddafi.

Em uma mensagem de áudio, transmitida no domingo desde local desconhecido, Gaddafi, 69, pediu aos civis que peguem em armas contra os "ratos" rebeldes, e disse que continuará em Trípoli "com vocês até o final".

Mas ditador que comandou com braço de ferro e os obrigatórios óculos escuros o país africano, está desaparecido acuado diante do avanço dos rebeldes.

Conheça sua trajetória:

Presidente e chefe do Conselho Revolucionário da Líbia, Gaddafi nasceu em Sirte, em 1942, em uma família de beduínos influente nas esferas do poder.

Seu pai, pastor de camelos, garantiu os estudos primários e secundários do filho. A formação de Gaddafi foi completada na Academia Militar.

Em 1º de setembro de 1969, ajudado por um grupo de oficiais, tomou o poder seguindo o modelo egípcio e derrubou o rei Idris quando este visitava Atenas, na Grécia.

Herdeiro do pan-arabismo do ex-presidente egípcio Abdel Nasser, copiou a Constituição egípcia e emulou seu lema nacional: "Liberdade, socialismo e unidade".

Assumiu a Presidência do Conselho de Comando da Revolução e proclamou a República Árabe Líbia, que a partir de 1977 adotou o nome de Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia.

Sua política girou em torno da unidade do mundo árabe. Por isso buscou alianças que o levaram a sonhar com os Estados Unidos do Saara, e fusões efêmeras com o Egito, Tunísia, Argélia e Marrocos. Em 1971, criou a União Socialista Árabe, único partido no país.

GOLPES

Em 15 de abril de 1973, após um fracassado golpe de Estado, anunciou uma revolução cultural com a inclusão dos chamados comitês populares de base (que atuam como pequenos ministérios).

Dois anos depois, ele superou uma tentativa de golpe de estado causado pelo mal-estar social e no ano seguinte publicou o Livro Verde, uma espécie de Constituição onde defendia a "terceira teoria universal" na qual rejeitava o capitalismo e o socialismo, por considerá-los alheios ao contexto social árabe.

Em 1977, proclamou a República de Massas com a qual daria voz ao povo por meio da criação do Congresso Geral do Povo (fórum legislativo que serve de intermediário entre as massas e a liderança do executivo) e os chamados comitês revolucionários (organizações de base que controlavam a atividade política do país) do novo Estado.

Contrário à paz com Israel, em 1977, se opôs à iniciativa proposta pelo presidente egípcio Anwar Al Sadat.

OPOSIÇÃO

Em 1984, renovou o Congresso Geral do Povo e criou duas novas secretarias, a de Universidades e de Segurança Exterior.

A criação do organismo e a repressão aos dissidentes aumentaram a atividade de grupos opositores, principalmente a Frente Nacional para a Salvação da Líbia que, segundo Gaddafi, era patrocinada por governos estrangeiros.

Enquadrado por parte dos Estados Unidos na órbita do terrorismo internacional, em abril de 1986 aviões norte-americanos bombardearam Trípoli e Benghazi.

Ao menos 40 pessoas morreram no ataque, entre elas uma das filhas adotivas de Gaddafi. Paradoxalmente, a chegada ao poder de Gaddafi foi bem recebida pelos EUA e a CIA (órgão de inteligência americano) ajudou-o em três ocasiões a sufocar golpes de Estado.

Com relação à política externa, em 1988, reconciliou-se com a Tunísia e a Argélia e em 1989 aderiu à União Árabe Norte Africana. No que diz respeito à política interna, ele voltou a mandar prender fundamentalistas islâmicos.

ATENTADO DE LOCKERBIE

Em 1992, a ONU impôs embargo aéreo pela recusa de entregar aos EUA e ao Reino Unido dois suspeitos do atentado contra um avião de Pan Am na localidade escocesa de Lockerbie em 1988, no qual morreram 270 pessoas. Depois da mediação de Nelson Mandela em 1999, Gaddafi entregou os líbios para que fossem julgados.

Em tentativa de aproximação com o Ocidente, em 2002, ele anunciou a detenção na Líbia de membros da Al Qaeda que eram acusados pelos atentados contra os EUA em 2001, apesar de ter se mostrado contrário ao ataque dos EUA contra o Iraque.

Além disso, em 2004 anunciou a indenização às vítimas (160 ao todo) do atentado contra a discoteca berlinense "La Belle" em 1986, do qual foram acusados os serviços secretos líbios, como parte de seus esforços para retornar à comunidade internacional

Neste mesmo ano, o governo líbio assinou um acordo de indenização de US$ 1 milhão com os familiares das 170 vítimas do atentado contra o avião da companhia UTA em 1989, pelo qual a Líbia também foi culpada.

O acordo melhorou os laços entre Paris e Trípoli. Pouco depois, os EUA levantaram várias sanções.

No final de 2010, relatos de diplomatas americanos divulgados pelo site Wikileaks classificaram o líder como "volúvel e excêntrico", afetado por graves fobias e de atuar conforme seus caprichos.

PRIMAVERA ÁRABE

Em fevereiro de 2011, por causa dos protestos populares na Tunísia e no Egito que acabaram com seus respectivos regimes, enfrentou uma revolta similar contra si e em menos de duas semanas as forças da oposição assumiram o controle de 85% do país.

Os protestos, que foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança, causaram, segundo as organizações humanitárias, ao menos 10 mil mortos, situação que levou em março a intervenção militar de uma força internacional da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Gaddafi continuou negando ter perdido o controle da situação na Líbia, diante da justificativa de que "tinha o amor do povo", apesar de ter sido isolado pela comunidade internacional e estar entrincheirado no quartel-general de Trípoli ao lado de seus filhos.

Em maio de 2011, após o país estar imerso no conflito civil, o Tribunal Penal Internacional emitiu ordem de detenção contra ele, seu filho Saif al Islam e o diretor da inteligência militar do regime, seu cunhado Abdullah al Senussi, por supostos crimes contra a humanidade.

Fonte: EFE

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sábado, 30 de julho de 2011

Lula diz que Jobim em seu governo não dependeu de voto

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) não ter ficado chateado com a declaração do ministro Nelson Jobim (Defesa) de que votou no tucano José Serra na última eleição presidencial.

"Nunca me preocupei em perguntar aos meus amigos em que votam, o voto é sagrado e cada um vota em quem quer. O Jobim não foi convidado para o meu governo por causa do voto dele."

Jobim deu entrevista na terça-feira (25) ao programa "Poder e Política", realizado em Brasília pela Folha.

Segundo ele, que é filiado ao PMDB, a presidente Dilma Rousseff já sabia de sua preferência.

Além de revelar o voto em Serra, Jobim disse que o tucano teria tomado as mesmas atitudes de Dilma se tivesse vencido a eleição e fosse confrontado com escândalos como os que derrubaram os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes).

Na entrevista, Jobim respondeu a perguntas sobre vários temas. Falou, por exemplo, sobre sigilo eterno de dados públicos, documentos da ditadura militar que foram destruídos, relação de dissidentes do PMDB com o governo Dilma e a perda de poder do Ministério da Defesa sobre a Aviação Civil.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Gaddafi descarta negociação e comício enfatiza divisão na Líbia

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O líder líbio Muammar Gaddafi descartou na quinta-feira a possibilidade de negociar com os rebeldes que tentam derrubá-lo, gerando dúvidas sobre as chances de sucesso do Ocidente em mediar um fim para o conflito.

"Não haverá diálogo entre mim e eles até o Dia do Juízo", disse Gaddafi numa transmissão de áudio a milhares de simpatizantes em Sirte, sua cidade natal. "Eles precisam dialogar com o povo líbio ... e a eles que responderão."

O comício nessa pacata cidade litorânea atraiu homens com bonés verdes, mulheres agitando bandeiras e crianças com slogans pró-Gaddafi pintados no rosto, e mostrou como a Líbia pode estar distante de um fim negociado para o conflito que já dura cinco meses.

Com a aproximação do mês islâmico do ramadã, quando os confrontos armados devem parar, nem os rebeldes nem as forças de Gaddafi parecem ter uma vantagem decisiva.

Desde março, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ajuda os rebeldes com bombardeios aéreos, mas isso não foi suficiente para permitir avanços significativos. Diante de uma campanha militar mais custosa e demorada do que o previsto, os governos ocidentais parecem agora se empenhar em uma solução negociada.

Na quarta-feira, a França disse que Gaddafi poderia permanecer na Líbia caso renuncie ao poder, que ocupa há 41 anos. Os EUA dizem que Gaddafi deve abdicar, mas que caberá ao povo líbio decidir se ele poderá ou não ficar no país. A União Africana também propôs negociações.

Mas, no pronunciamento de quinta-feira, Gaddafi pareceu confiante sobre suas chances de vitória sobre os rebeldes e sobre o Ocidente.

"Então a batalha está decidida em favor do povo. A Otan não pode de jeito nenhum derrotá-los; eles serão derrotados e vão fugir."

O governo levou jornalistas estrangeiros de ônibus para ver o comício em Sirte, onde simpatizantes erguiam fotos gigantescas do dirigente e gritavam palavras de ordem exaltando sua lealdade. Depois, jovens dispararam armas e soltaram fogos de artifício, iluminando o céu noturno.

Muitos participantes também faziam questão de demonstrar sua revolta contra a interferência estrangeira no país. "O Ocidente está realmente piorando as coisas (ao ajudar os rebeldes)", disse o engenheiro petrolífero Jamal Allafi, que leciona na universidade local.

"Eu choro com tudo isso. (Os rebeldes) são nossos irmãos, mas nós temos razão, nosso líder tem razão, e seremos vitoriosos", afirmou a universitária Iman Hussein, que usava no pulso um relógio com a imagem de Gaddafi vestindo farda.

Como muitos outros participantes do comício, ela disse que a riqueza petrolífera líbia é a verdadeira razão por trás do envolvimento ocidental a favor do movimento rebelde. "É impossível dividir este país. As pessoas que desejam isso não são líbias."

Fonte: Reuters
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domingo, 3 de julho de 2011

Morre Itamar Franco, o presidente do Plano Real

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O ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG) morreu neste sábado aos 81 anos após um acidente vascular na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O senador, que havia contraído uma pneumonia grave durante o tratamento contra leucemia ao qual era submetido desde o dia 21 de maio, era divorciado e deixa duas filhas.

De acordo com o hospital, Itamar morreu às 10h15. O corpo sairá de Congonhas às 7h30 deste domingo, com chegada prevista para as 10h em Juiz de Fora, onde será levado do aeroporto à Câmara Municipal da cidade, para o velório, em carro aberto. Na segunda-feira, irá para Belo Horizonte para ser velado no Palácio da Liberdade. Ainda na segunda-feira, o corpo será cremado em Contagem.

Políticos brasileiros lamentaram a morte de Itamar. A presidenta Dilma Rousseff, que decretou luto oficial de sete dias, diz que recebeu notícia da morte com "tristeza" e que senador "deixa trajetória exemplar de honra pública". O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve organizar uma comitiva de parlamentares para acompanhar as cerimônias fúnebres em homenagem ao ex-presidente. A informação foi dada ao iG pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, que confirmou presença na comitiva, os parlamentares devem seguir para Minas Gerais domingo.

O peemedebista assinalou ainda que o Senado deve realizar homenagens a Itamar durante a semana. “O País perde um grande brasileiro, um homem autêntico, que encarava a política com muita seriedade. Ele tinha uma forma peculiar de fazer política, com muita paixão”, disse.

Foi durante o mandato de pouco mais de dois anos – entre outubro de 1992 e dezembro de 1994 – à frente do Palácio do Planalto que surgiu o Plano Real, programa econômico responsável pela estabilização da moeda. O plano, apresentado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, permitiu o crescimento e o otimismo que o País viveu nas últimas duas décadas.

Ao mesmo tempo em que enfrentava a inflação, Itamar foi alvo da língua afiada de críticos de seu governo, que apelidaram sua gestão de “República do Pão de Queijo”, uma alusão às nomeações de políticos do segundo e terceiro escalões de Minas Gerais, seu berço político, para ministérios em Brasília. Depois do mandato, de volta a Minas, Itamar exibiu um lado genioso ao decretar a moratória das dívidas do Estado.

Com a morte de Itamar, assume sua cadeira no Senado Federal o suplente José Perrella de Oliveira Costa, conhecido como Zezé Perrella, ex-presidente do clube mineiro de futebol Cruzeiro.

Trajetória

Nascido em 28 de junho de 1930 em um barco que ia de Salvador, capital baiana, para o Rio de Janeiro, capital fluminense, Itamar Augusto Cautiero Franco foi criado em Juiz de Fora.

Órfão de pai, teve infância pobre na cidade, localizada a 260 quilômetros da capital mineira, Belo Horizonte. Formou-se em engenharia e eletrotécnica pela Escola de Engenharia de Juiz de Fora, em 1955.

Antes de iniciar sua carreira política, foi auxiliar de estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), topógrafo do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), diretor da Divisão Industrial de Juiz de Fora e do Departamento de Água e Esgoto de Juiz de Fora, eletrotécnico, industrial, engenheiro, servidor público e administrador.

Pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Itamar elegeu-se prefeito de Juiz de Fora em 1966 e 1972. No segundo mandato como prefeito, permaneceu por apenas um ano e deixou o cargo em busca de voos mais altos. Chegou ao Senado pela primeira vez em 1974, sendo reeleito em 1982. Em 1986, disputou e perdeu o governo de Minas para Newton Cardoso, hoje deputado federal pelo PMDB.

Real, Fusca e carnaval

Para candidatar-se a vice-presidente, Itamar filiou-se ao PRN em 1989, ano em que foi eleito na chapa encabeçada pelo ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PRTB-AL). Com o impeachment de Collor, Itamar assumiu a presidência em dezembro de 1992, com inflação anual de 1.100%.

Em 1993, primeiro ano do governo Itamar, enquanto a inflação chegou a 6.000%, ministros da Economia passaram pelo desafio de estabilizar a moeda até que o ministro Fernando Henrique Cardoso apresentou a proposta de implementação do Plano Real. O plano deu certo. Com a inflação em queda, subia a popularidade de Itamar e de Fernando Henrique, eleito seu sucessor.

No mesmo ano, Itamar decidiu incentivar a venda de carros populares no Brasil e, por sugestão do presidente, a Volkswagen retomou a fabricação do Fusca, interrompida em 1986. A comercialização do carro não correspondeu às expectativas e o plano do presidente foi abortado prematuramente. Contudo, o “Fusca Itamar”, como ficou conhecido, até hoje reúne uma legião de apaixonados pelo modelo mais popular da história automotiva brasileira.

No carnaval de 1994, segundo e último ano de seu mandato, o então presidente Itamar Franco foi fotografado no camarote da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, na Sapucaí, ao lado da modelo Lilian Ramos. A surpresa era que a jovem cearense, então com 27 anos, estava sem calcinha. As fotos da morena só de camiseta ao lado do presidente brasileiro foram publicadas em dezenas de jornais e revistas no País e do mundo. Apesar do discurso de escândalo adotado pela oposição, o episódio acabou rendendo uma série inesgotável de comentários bem humorados sobre o presidente.

Itamar inspirou cartunistas e cronistas com sua principal característica física, um topete minuciosamente penteado

De volta a Minas

Depois de deixar a presidência e eleger FHC seu sucessor, em 1994, Itamar foi eleito governador de Minas Gerais pelo PMDB em 1998. Polêmico, ele declarou moratória da dívida do Estado à União, por 90 dias, logo quando assumiu, em janeiro de 1999. Com a medida, ele comprou briga não apenas com o Governo Federal, mas também com outros Estados, temerosos com uma eventual desestabilização econômica.

Um dos argumentos utilizados por Itamar para declarar a moratória foi o de que a dívida de Minas com a União, à época em R$ 16,2 bilhões, não tinha como ser paga. Cerca de um mês após o comunicado, a União renegociou a dívida de Minas. A medida, entretanto, causou turbulência na sua relação com o então presidente FHC. Itamar também se posicionou contra a privatização de Furnas, à época em que governou Minas.

Quatro anos depois, apoiou a candidatura do hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se tornou governador e foi reeleito também com o apoio de Itamar. Quando terminou seu primeiro mandato no Senado, o ex-presidente tornou-se embaixador do Brasil na Itália, onde morou até 2005, por indicação do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).

Ao regressar para o Brasil, em 2006, após tentativa fracassada de disputar o Senado, Itamar decidiu deixar o PMDB. Ele foi derrotado internamente em convenção por Newton Cardoso, para quem perdeu a disputa ao Governo de Minas em 1986. Candidato ao Senado, Newton perdeu a disputa para Eliseu Resende (PFL, atual DEM).

Em 2009, Itamar filiou-se ao PPS. No novo partido, concorreu novamente ao Senado por seu Estado e venceu, com o apoio de Aécio, derrotando adversários como o atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Atualmente, possuía grande influência na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O presidente da companhia, Djalma Bastos de Morais, ocupa o posto desde o tempo em que Itamar era governador do Estado. Itamar estava afastado de suas atividades no Senado para tratar-se da leucemia em São Paulo.

Fusca, topete e Plano Real, as marcas de Itamar Franco

Em 1993, a inflação no Brasil foi de 2.447%. O jogador de maior destaque no Campeonato Brasileiro foi Zinho, do Palmeiras. Uma das mais badaladas capas da revista Playboy foi com uma modelo paraguaia, Veronica Castiñeira. E, em um ano pródigo em improbabilidades, a maior novidade no mercado automobilístico foi o anacrônico Fusca, aposentado havia sete anos.

Itamar Franco, então presidente da República (e falecido neste sábado, aos 81 anos), queria que a expressão “carro popular” fosse literal. Se era para o povo ter carro, que ele fosse barato. E, claro, que tivesse apelo com o público. Parecia jogo ganho: o Fusca, carro mais popular do País, mesmo após a interrupção de sua produção nacional, em 1986, estava de volta às linhas de montagem por iniciativa da Volkswagen, que acatou pedido do presidente Itamar.

O Fusca renascido passaria a ser o Fusca Itamar. Aos críticos de um carro já fora do mercado havia muito, a Volkswagen argumentava que o Fusca Itamar era bem mais silencioso que a versão fabricada em 1986 e também de desempenho muito mais vistoso: fazia de 0 a 100km/hora em 14,5 segundos e atingia velocidade máxima de 140km/hora.

Em tempos de cruzeiro real, a moeda do País naquele período, o projeto de retomada da produção do modelo consumiu investimento de US$ 30 milhões. As máquinas foram azeitadas para que viessem ao mundo 100 novos Fuscas por dia, ou 20 mil por ano. O preço sugerido era de US$ 7,2 mil, valor que, no câmbio de hoje, daria pouco mais de R$ 11 mil.

Mas o jogo não se mostrou tão favas contadas. O Fusca era popular, mas custava praticamente a mesma coisa que os populares da vez, o Uno Mille, da Fiat, e o Corsa, da GM, dois modelos mais confortáveis e bem acabados. E, assim, a popularização que se pretendia com o renascimento de um modelo tão querido acabou ficando pelo caminho. Entre 1993 e 1996, quando a montagem nacional do Fusca foi abortada de vez – e no último ano ele saiu em uma edição especial, a Série Ouro –, foram produzidas em torno de 47 mil unidades.

O Fusca saiu da vida, mas já tinha entrado na história. Pioneiro entre os carros nacionais a serem exportados, ele começou a ser montado em 1953 em um barracão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, com 100% das peças importadas da Alemanha. Depois, em 1959, passou a ter uma casa para chamar de sua: naquele ano, com pompa e circunstância, a Volkswagen recebeu o presidente Juscelino Kubitschek para inaugurar a fábrica. O ato permanece como um marco no processo de industrialização do Brasil.

O Fusca é, ainda hoje, um dos dez carros usados mais vendidos do País, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) – foram 16 mil unidades em 2010. E, com o renascimento estimulado por Itamar Franco, o Fusquinha – ou, ao menos, a última roupagem do modelo – tornou-se também uma das marcas registradas do presidente que viria a ter um epíteto de respeito: o Plano Real. E que já tinha outro: o imaculado topete.


Fonte: Último Segundo
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União Africana pede que países não cumpram mandado contra Gaddafi

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A União Africana pediu que seus membros não executem o mandado de prisão contra o ditador líbio Muammar Gaddafi, emitido pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) na última segunda-feira.

No encerramento da cúpula da União Africana, neste sábado, líderes dos países africanos disseram que o mandado de prisão traz sérias complicações aos esforços da instituição de encontrar uma solução pacífica para o conflito na Líbia.

Segundo o correspondente da BBC em Malabo, na Guiné Equatorial, Thomas Fessy, o chefe da comissão africana, Jean Ping, afirmou que os países não estão contra o tribunal.

No entanto, Ping disse que o tribunal parecia estar visando somente oficiais do continente africano e afirmou que o promotor-chefe do TPI, Luis Moreno-Ocampo, é "uma piada".

Não é a primeira vez que os países da União Africana vão contra uma decisão do TPI.

Os países do continente também optaram por permitir que o presidente do Sudão, Omar Bashir, viaje pelo continente impunemente, apesar de um mandado de prisão contra ele, também emitido pelo Tribunal.

DIÁLOGO

Horas antes, os rebeldes líbios aceitaram uma oferta de diálogo sobre o futuro do país, sem o envolvimento de Gaddafi, feita pelos países da União Africana.

Representantes dos rebeldes, que foram convidados para a cúpula, disseram que é a primeira vez que a instituição reconheceu a demanda do povo líbio por democracia e direitos humanos.

O representante do Conselho Nacional de Transição na França, Mansur Saif al-Nasr, disse à BBC que este a proposta de diálogo é um passo à frente.

"O espírito do documento é que Gaddafi não terá mais um papel a cumprir no teatro da Líbia", afirmou.

A União Africana também pediu um cessar-fogo imediato e a suspensão da zona de exclusão aérea aprovada pela ONU, que abriu o caminho para a intervenção militar da Otan no país.

No comunicado, os países dizem que os dois lados do conflito devem fazer um pedido forma à ONU para uma missão de paz na Líbia para monitorar a implementação da suspensão de hostilidades.

Mas os representantes dos rebeldes dizem que pediriam uma série de garantias da União Africana antes de concordar com um cessar-fogo.

Fonte: BBC Brasil
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sábado, 2 de julho de 2011

Lula reivindica mais peso à América Latina e África no Conselho de Segurança

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O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou que América Latina e África devem "gritar mais alto" para contar com uma maior representação no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Após desenvolver a conferência "Desenvolvimento do Brasil: Um modelo possível para a África" nesta sexta-feira em Luanda, capital angolana, o ex-líder brasileiro assinalou: "Acredito que a América Latina e o continente africano têm de estar mais representados no Conselho de Segurança".

Para Lula, estas mudanças nesse órgão da ONU são "questão de tempo".

Além disso, o ex-chefe de Estado se mostrou otimista com o futuro do continente africano e alertou que a "África é vista no resto do mundo como se fosse pobre e miserável", pelo que, na sua opinião, "é preciso mostrar que tem uma forte classe média e que conseguirá ser um continente mais desenvolvido".

Durante sua visita a Angola, iniciada na quinta-feira e concluída com uma recepção com o presidente do país africano, José Eduardo dos Santos, Lula assegurou que seu país tem a "obrigação política e moral" de ajudar no desenvolvimento da África e, em particular, no dos países de língua portuguesa do continente.

Fonte: EFE
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sexta-feira, 13 de maio de 2011

TV líbia reproduz áudio de Gaddafi desafiando Otan

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A TV estatal da Líbia transmitiu na sexta-feira gravação em áudio de declarações feitas por Muammar Gaddafi em que o líder líbio afirma que a Otan faz uma cruzada covarde e que está em um lugar onde ela não conseguirá encontrá-lo.

Os comentários foram ao ar depois que o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, disse que Gaddafi teria provavelmente deixado a capital da Líbia e que teria sido ferido pelos ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

"Digo aos guerreiros covardes que estou num lugar que não podem me encontrar nem me matar", disse Gaddafi na mensagem transmitida pela rede de TV Al-Jamahiriya.

Ele acrescentou que estava fazendo a declaração após ter recebido um grande número de ligações perguntando sobre sua condição após um ataque da Otan ao complexo dele, na quinta-feira.

O chanceler italiano disse que ouviu o relato sobre Gaddafi do bispo católico de Trípoli, Giovanni Innocenzo Martinelli.

"Eu costumo dar crédito aos comentários do bispo de Trípoli, o monsenhor Martinelli, que tem estado em contato estreito conosco nas últimas semanas, quando nos disse que Gaddafi está muito provavelmente fora de Trípoli e deve estar ferido. Nós não sabemos onde e como", disse Frattini a repórteres na Itália.

Uma autoridade da Otan em Nápoles disse não ter qualquer informação sobre a informação divulgada por Frattini.

Aliados da Otan, incluindo os Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, estão bombardeando a Líbia, como parte de um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU) para proteger os civis. Os bombardeios não vão parar até que o regime de 41 anos do líder líbio seja derrubado, disseram eles.

Gaddafi está enfrentando um levante de três meses por rebeldes que controlam Benghazi e a região produtora de petróleo no leste do país.

O governo acusa os rebeldes de serem criminosos armados e simpatizantes da Al Qaeda, e diz que os ataques aéreos da Otan são um ato de agressão colonialista.

"ABSURDO"

Não houve confirmação independente do relato de Frattini. O governo líbio foi sarcástico com ele.

"É absurdo", disse o porta-voz do governo da Líbia, Mussa Ibrahim, em Trípoli. "O líder está de moral alta. Está de bom humor. Está liderando o país dia após dia. Ele não foi ferido de maneira nenhuma."

Os rebeldes encontraram-se com altos funcionários da Casa Branca em Washington na sexta-feira para conseguir dinheiro e legitimidade diplomática para sua batalha. Os rebeldes também estão fazendo um apelo por fundos para ajudá-los a manter posições já conquistadas.

A televisão estatal da Líbia disse que um ataque da Otan na cidade de Brega, na sexta-feira, matou pelo menos 16 civis e feriu até 40. A TV mostrou imagens de pelo menos nove corpos com ferimentos múltiplos, embrulhados em cobertores, em um local desconhecido.

Ataques com mísseis pela forças estacionadas de Gaddafi contra rebeldes nos arredores de Misrata mataram dez pessoas e feriram 20, disse um médico.

"Cinco casas foram destruídas, dois bebês foram mortos. A mãe foi ferida e a irmã de quatro anos está sendo operada e corre o risco de amputação de uma perna", disse um médico, que deu o nome de Khalid, por telefone, de Misrata.

Esse relato também não pode ser verificado por outras fontes.

As forças de Gaddafi foram expulsas da cidade portuária desde que os rebeldes tomaram o aeroporto nesta semana, mas Misrata continua vulnerável a ataques de mísseis pelo leste e oeste, disse ele. "O perigo que enfrentamos agora são os foguetes disparados de longe, de 25 quilômetros ou mais".

A guerra obrigou milhares de líbios a fugir, muitas vezes por águas perigosas. Migrantes tentando escapar pelo mar têm uma em dez chances de morrer no mar Mediterrâneo, em viagens em condições terríveis, superlotadas e em barcos despreparados, disse na sexta-feira a agência de refugiados da ONU.

Cerca de 12 mil imigrantes chegaram nos centros de acolhimento em Malta e Itália, enquanto estimados 1.200 estão desaparecidos, presumivelmente mortos.

Gaddafi, que assumiu o poder num golpe em 1969 e diz que tem o apoio de seu povo, se recusou a renunciar. Os rebeldes dizem que não confiam em suas ofertas de um cessar-fogo.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 3 de maio de 2011

Chávez pede que ONU condene "vil crime" contra família de Kadafi

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou nesta segunda-feira o "assassinato" do filho mais novo e três netos do líder líbio, Muammar Kadafi, e exigiu que a Organização das Nações Unidas manifeste sua condenação do que denominou "vil crime" e "ato de guerra".

A Chancelaria venezuelana assinalou em comunicado divulgado nesta segunda-feira que Chávez "condena energicamente o assassinato perpetrado pela coalizão imperialista liderada pela Otan", em "um dos cruéis e covardes bombardeios que dia após dia massacram civis dessa irmã nação africana".

"O Governo bolivariano pede à ONU que condene este ato de guerra, ao tempo que faz um chamado aos povos e Governos do mundo para que exijam o fim imediato dos bombardeios", assinala o texto.

O presidente venezuelano manifesta suas condolências "aos irmãos líbios" pela morte do filho mais novo de Kadafi, Seif el Arab, de 29 anos.

O documento destaca que esta ação aconteceu após o bombardeio "ilegal" das instalações da televisão nacional líbia poucas horas depois que Kadafi formulasse uma proposta de solução negociada da crise.

Com este ato se demonstra "claramente", segundo Chávez, "quem busca a guerra e quem busca a paz" e "a intenção manifesta da coalizão imperial de assassinar a Muammar Kadafi".

O presidente venezuelano defendeu por promover uma solução "pacífica e negociada" do conflito líbio que preserve a soberania e integridade do estado norte-africano, e reiterou, mais uma vez, sua solidariedade com "a heroica resistência".

Fonte: EFE
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segunda-feira, 2 de maio de 2011

OSAMA is dead!!!

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Após um tiroteio de cerca de 40 minutos com tropas SEALS dos EUA, o líder da rede terrorista Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo, tombou ao ser baleado na cabeça durante o confronto.

Seu nome ficou em evidência e tornou-se sinônimo de terrorismo quando em 11 de setembro de 2001 sua rede terrorista atacou o centro do império americano com o ataque ás torres do WTC, vitimando mais de 3 mil pessoas de diversas nacionalidades. Osama Bin Laden, um saudita bilionário que décadas atrás foi importante aliado dos americanos no combate aos soviéticos na guerra do Afeganistão, passou de aliado a inimigo número um após uma série de atentados contra os EUA, começando com ataques á embaixadas americanas na África e posteriormente um ataque ao USS Cole em 2000, mas o ápice de sua ousadia foi o ataque ás torres gêmeas, quando inflingiu um pesado golpe aos EUA e sua cultura de segurança, ocasionando com isso o inicio da dita "Guerra ao Terror", sendo o começo de uma década negra na história moderna, responsável pela guerra no Afeganistão e Iraque, principalmente marcou o desrespeito aos direitos humanos perpetrados pelos EUA ao ignorar o veto da ONU a invasão do Iraque e mesmo pela criação da prisão de Guantánamo e atrocidades como a ocorrida na prisão de abugraib.

Agora jaz morto o líder da Al Qaeda, sagrando-se Obama o vencedor nesta caçada de quase dez anos, que começou durante o governo Bush que sem sucesso conduziu os EUA ao limbo de duas guerras de onde não encontram uma solução para sua saída e o insucesso na captura de Osama.

Osama bin Laden, foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares das forças especiais americanas que invadiram, de helicóptero, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa.

Fonte: GeoPolítica Brasil
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Kadafi contorna sanções da ONU para financiar contrarrevolução

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O ditador Muammar Kadafi e seus parceiros comerciais internacionais têm conseguido contornar as sanções da ONU para canalizar dinheiro e petróleo para a Líbia, a fim de financiar e abastecer suas forças militares.

Se a aliança internacional contra Kadafi tem aprendido alguma lição com a campanha para assumir o controle sobre o regime – ou de fato derrubá-lo e substituí-lo – a mais evidente até agora deve ser que o líder líbio é muito mais resistente e empreendedor do que muitos pensavam.

Os ataques aéreos da Otan e a zona de exclusão aérea estabelecida com a anuência das Nações Unidas deveriam dizimar as forças de Kadafi e manter seus jatos de combate no solo. Mas mesmo que a força aérea líbia não represente mais ameaça para os rebeldes ou para civis no conturbado país norte-africano, os bombardeios, que já duram mais de um mês, aparentemente falharam em deter o exército de Kadafi.

Longe do campo de batalha, esforços diplomáticos empregados para pressionar o regime na Líbia também tiveram menos impacto do que os opositores de Kadafi esperavam.

Apesar da recente afirmação do ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, de que as sanções contra o regime estariam funcionando e por isso deveriam ser mantidas, evidências apontam que, embora a Líbia esteja certamente sentindo seus efeitos, as restrições internacionais sobre o regime ainda estão longe de subjugar o ditador tão rapidamente quanto os líderes da Otan esperavam. "Para este fim, elas têm sido ineficazes", disse à Deutsche Welle Kristian Ulrichsen, especialista em Oriente Médio e Norte da África na universidade britânica London School of Economics (LSE).

"Enquanto a população civil de Misrata e outras cidades continuarem sendo alvo do regime, as sanções não terão cumprido seu objetivo principal, que é oferecer proteção humanitária para a população civil", acresceu.

Parece que a experiência de Kadafi em conviver com sanções durante a maior parte dos seus 42 anos no poder ensinou ao ditador líbio como contornar as tentativas da comunidade internacional de confiscar suas finanças e destruir os negócios que financiam seu regime.

Comércio de petróleo e gás abastece regime

Uma das táticas do ditador foi revelada recentemente em uma reportagem da agência Reuters, que afirma que o regime usa intermediários na Tunísia e uma companhia registrada em Hong Kong para importar gasolina para o oeste da Líbia através da transferência entre navios.

Essas transferências, que incluem mudanças duvidosas de nomes em documentos oficiais sobre origem e destino, seriam supostamente destinadas a driblar as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que banem qualquer transação com a companhia estatal de petróleo da Líbia (NOC, na sigla em inglês).

Atualmente não é ilegal a Líbia importar ou exportar petróleo ou gasolina, mas é ilegal fazer negócios com a NOC. E ainda que não haja fortes evidências do envolvimento da NOC, os investigadores da ONU acreditam ser quase impossível que a NOC não esteja ligada de alguma forma à importação de gasolina para a Líbia.

Uma matéria posterior da Reuters revelou também que a Companhia Nacional de Transporte Marítimo da Líbia (GNMTC) importou gasolina da refinaria italiana Saras no início de abril, aproveitando uma lacuna nas sanções da ONU que permite aquisições por companhias que não estejam em uma lista de empresas banidas.

A GNMTC, que se acredita ser controlada pelo filho de Kadafi, Hannibal, não está em qualquer lista negra da ONU, embora Hannibal esteja. Negociar com a GNMTC é legal apenas se não houver evidências de que Hannibal obtenha benefício direto de qualquer transação.

Boicote às sanções

Outros países envolvidos em negociações com Kadafi têm ignorado de bom grado as sanções da ONU em benefício e lucro próprios.

Enquanto os Estados Unidos e a União Europeia bloquearam o acesso do ditador líbio a mais de 41 bilhões de euros em investimentos e contas em bancos estrangeiros, países como a Turquia e o Quênia recusaram-se a congelar os bens de Kadafi e permitiram que ele redirecionasse bilhões de euros para Trípoli desde o início da rebelião, em meados de fevereiro.

Outros países como Índia, China e Rússia, que resistiram aos esforços de expandir as sanções, prometeram apenas suspender pagamentos para suas próprias empresas que operam na Líbia – e não impor restrições aos negócios da Líbia.

"O fato de Kadafi poder contar com a entrada de capital proveniente de negócios e países que ignoram as sanções demonstra uma das principais falhas", diz Ulrichsen. "Até que isso seja corrigido e as sanções se tornem absolutas, Kadafi vai continuar a receber financiamento e apoio para prolongar a sobrevivência de seu regime."

Não se sabe exatamente quanto dinheiro o ditador líbio tem guardado, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que antes de Kadafi ter redirecionado seu fluxo de dinheiro de todas as partes do mundo para Trípoli, ele estaria sentado sobre uma fortuna estimada em 104 bilhões de dólares em dinheiro e ouro. Acredita-se que essa quantia aumentou significativamente durante os primeiros dias da rebelião.

Kadafi ganha tempo

A hesitação da comunidade internacional em agir mais rapidamente pode ter dado a Kadafi o tempo necessário para limpar suas contas bancárias antes que as bombas começassem a cair.

Kimberly Ann Elliott, especialista em sanções econômicas associada ao Instituto Peterson para Economia Internacional, nos Estados Unidos, disse que as sanções geralmente falham porque os ditadores têm tempo suficiente para transferir seus bens e evitar um choque financeiro.

"Normalmente, as ações com vista a esse tipo de sanção são anunciadas antes de sua imposição, então sempre há tempo para esses homens transferirem ou esconderem seus bens", disse Elliott à Deutsche Welle.

Já para Ulrichsen, ao apostar que o apoio internacional aos ataques aéreos enfraquecerá na medida em que continue o atual impasse, o regime de Kadafi tenta sobreviver aos bombardeios.

"Isso representa o principal perigo para a coalizão, no momento em que sérias questões já começam a ser levantadas sobre a eficácia da atual estratégia, o consenso deve começar a se desfazer em breve, se não houver qualquer sinal de uma solução bem-sucedida", conclui o especialista da LSE.

Fonte: Deutsche Welle
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domingo, 17 de abril de 2011

Fidel diz ser 'soldados das ideias'

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.O líder cubano, Fidel Castro, afirmou neste domingo que, apesar de suas limitações de saúde, ainda pode ser "um soldado das ideias", para justificar o fato de que não participou do desfile pelos 50 anos de socialismo em Cuba, realizado neste sábado.

"Eu prometi que seria um soldado das ideias e esse dever ainda posso cumprir", escreveu o ex-presidente cubano em mais um artigo publicado na imprensa oficial.

Fidel explicou que gostaria de ter ido à Praça da Revolução, mas que não poderia ter ficado muito tempo por causa do sol forte e do calor.

"Vale a pena ter vivido para ver o espetáculo (...) e vale a pena recordar sempre os que morreram para torná-lo possível", afirmou Fidel, referindo-se ao desfile que também comemorou o aniversário de 50 anos da derrota da invasão anticastrista da Baía dos Porcos.

Ele também mencionou que viu pela televisão a abertura do VI Congresso do Partido Comunista Cubano, mas não comentou o discurso de seu irmão, o presidente Raúl Castro.

No discurso, Raúl falou da contribuição de Fidel com a publicação de seus artigos e destacou que o "aporte moral e a liderança indiscutível" do "Comandante-em-chefe" não dependem de cargo algum.

Cuba celebra neste fim de semana até o dia 19 o VI Congresso do Partido Comunista (PCC), o primeiro em quase 14 anos, que aprovará as reformas do modelo econômico e decidirá se Fidel Castro, afastado do governo desde 2006, continua como seu primeiro secretário.

Único partido legal, o PCC é "a força dirigente superior da sociedade e do Estado", segundo a Constituição; elege a cada congresso o primeiro e o segundo secretários - os irmãos Fidel e Raúl Castro desde sua fundação em 1965.

O Congresso do PCC é decisivo em um sistema comunista porque define as políticas de defesa, assim como as políticas e o programa econômico para o quinquênio seguinte.
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Fonte: AFP
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quarta-feira, 30 de março de 2011

José Alencar morre aos 79 anos em São Paulo

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O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira, aos 79 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de câncer. Ele foi internado ontem com quadro de suboclusão intestinal.

Segundo nota do hospital, Alencar teve falência múltipla de órgãos, em decorrência de um câncer na região abdominal. Ele enfrentava a doença havia mais de 15 anos, passou por 17 cirurgias e várias internações.

Por conta do tratamento, ele decidiu que não concorreria às eleições em outubro, por considerar uma injustiça com os eleitores.

No aniversário da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro, ele foi homenageado em cerimônia na Prefeitura de São Paulo, com presença da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Em novembro, após sofrer um infarto agudo do miocárdio, Alencar chegou a interromper o tratamento contra o câncer por alguns dias. De lá para cá, o sarcoma teve "progressão clara", segundo o oncologista Paulo Hoff, da equipe médica responsável pelo ex-vice.

COTEMINAS

O ex-vice entrou na política graças a sua atuação empresarial bem sucedida. O sucesso frente à Coteminas, uma das maiores indústrias de tecido do Brasil, o levou para instituições que o colocaram em contato direto com a sociedade civil.

Alencar passou pelas associações comerciais de Caratinga e de Ubá, pela Associação Comercial de Minas e pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. Essa trajetória culminou com sua eleição para presidente da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), que o projetou nacionalmente.

Os recursos do Sesi e do Senai --ligados à FIEMG-- o colocou em contato com setores ligado à educação, cultura, saúde, esporte e lazer.

POLÍTICA

A visibilidade em Minas impeliu Alencar a entrar para a política, e em 1993 ele se filiou ao PMDB. No ano seguinte, ele se lançou candidato ao Governo de Minas, quando ficou em terceiro lugar. Em 1998, ele tentou uma vaga no Senado Federal por seu Estado: acabou eleito com quase 3 milhões de votos.

No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infraestrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.

PLANALTO

O passo mais importante na política, no entanto, aconteceu na eleição presidencial de 2002, quando, já pelo PL, ele foi o vice na chapa vencedora encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.

No início, Alencar foi um vice polêmico. Ele se notabilizou como um dos principais críticos da política econômica do governo. Suas farpas miravam principalmente a política de juros altos do governo, que tentava, com isso, conter a inflação.

As críticas renderam reclamações da equipe econômica e conversas reservadas com o
presidente.

Mas foi a pedido de Lula que a partir de 2004 ele passou a acumular os cargos de vice-presidente e de ministro da Defesa. Ele comandou o ministério até março de 2006.

Foi também naquele ano que a dupla Lula-Alencar disputou e venceu a reeleição presidencial, o que permitiu sua permanência no poder até o final do mandato.

Alencar, casado com Mariza Campos Gomes da Silva, deixa três filhos (Maria da Graça, Patrícia e Josué) e cinco netos: Ricardo, Geovana, Barbará, Josué e Davi.

PATERNIDADE

Em julho do ano passado, o ex-vice foi declarado oficialmente pai de Rosemary, depois do julgamento de uma ação de reconhecimento de paternidade ajuizada por ela em 2001. Na ocasião, o juiz José Antonio de Oliveira Cordeiro, da comarca de Caratinga, determinou que ela passasse a usar o mesmo sobrenome dele.

A professora alega ser fruto de um romance entre Alencar e a enfermeira Francisca Nicolina de Morais, em 1954, quando ambos moravam em Caratinga.

Na ocasião, Alencar negou ser pai de Rosemary e chegou a insinuar que a mãe dela era prostituta, alegando que "são milhões de casos de pessoas que foram à zona".

Em setembro, conseguiu uma liminar impedindo que ela alterasse a certidão de nascimento para incluir o sobrenome de Alencar.

'Brasil deve a Alencar muito do que aconteceu'

"O José Alencar morreu?", perguntou o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) ao ser informado por jornalistas, no Palácio do Planalto, da morte do ex-vice-presidente. Carvalho, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Lula desde 2003, dava entrevista sobre uma reunião realizada mais cedo no Palácio do Planalto, com centrais sindicais e representantes de empreiteiras.

Ao saber da notícia, ficou visivelmente abalado. Chegou a cambalear e começou a passar os dedos da mão direita na palma da outra mão, nervosamente. Depois de dez segundos de silêncio, começou a falar.

"Bem, eu não esperava essa informação, embora a gente estivesse acompanhando. No entanto, ele deu tantos bailes nos médicos, a gente achava que ele ia poder ainda aguentar mais um pouco no meio de nós", disse Gilberto Carvalho.

"Acho que vocês não podem ter noção da importância que o José Alencar teve para o presidente Lula e para todos nós, nesses oito anos. A nossa gratidão a ele é eterna, e o Brasil deve a ele muito do que aconteceu nesse tempo, porque foi o equilíbrio dele, foi a ternura dele, a amizade dele que nos confortou nas horas mais difíceis. Então, eu queria dizer para o José Alencar que ele fica aqui no meio de nós. Ele está no nosso coração e no coração de todos os brasileiros."


Fonte: Folha
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Clinton defende a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

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Bill Clinton, 42º presidente dos Estados Unidos, defendeu a participação permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) durante a sua participação no 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade, que terminou neste sábado em Manaus (AM).

- Apoio um assento permanente no Conselho de Segurança para o Brasil.

Ele acrescentou que Índia e Japão também deveriam ter lugar no grupo.

O Conselho de Segurança da ONU é formado por China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, além de dez outros países que participam temporariamente e se alternam a cada dois anos. O Brasil é um dos países temporários e fica até o final de 2011.

Outro ponto polêmico apoiado por Clinton é a entrada do etanol brasileiro no mercado americano. Ele acha que o atual presidente de seu país, Barack Obama, deve rever os subsídios dados aos produtores do etanol de milho nos Estados Unidos para deixar mais igualitária a competitividade com demais países produtores, como Brasil e República Dominicana.

Para Clinton, além da questão dos subsídios, o etanol brasileiro é de melhor qualidade que o fabricado nos Estados Unidos. Ele ainda mandou um recado aos presidentes Obama e para a brasileira Dilma Rousseff.

- A recente visita de Obama ao Brasil poderia ter servido também para que fosse discutida a entrada do etanol brasileiro no mercado americano. Vocês produzem etanol de forma mais inteligente que a gente.

Ele lembrou que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush também assinaram um acordo de biocombustível, mas que este não deu em nada.

- Espero que agora vocês consigam levar a produção de vocês para a América.

Hidrelétricas

Cliton fez muitos elogios ao país, mas não deixou de tocar em outro ponto polêmico: a construção de hidrelétricas na Amazônia.

- Qual a alternativa? Vocês precisam de eletricidade e querem preservar a floresta. E 20% do oxigênio mundial vem de vocês. Não é fácil, mas vocês têm que pensar sobre essas coisas, sobre o futuro de seus filhos e netos. É preciso pensar na população indígena, nos animais, nas espécies de plantas que podem ter a cura para doenças.

Clinton comprou dois charutos cubanos, da marca ‘Montecristo’, em uma tabacaria dentro do Hotel Tropical, em Manaus, onde acontece o evento. Cada charuto custa R$ 62,00 na loja. Durante a compra, ele foi simpático e brincou com uma das atendentes.

Fonte: R7
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