A França vai reforçar a sua presença militar na República Centro-Africana até o final do ano sob uma próxima resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a impedir que o país saia do controle, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, neste domingo.
Fabius e a comissária da União Europeia para a ajuda humanitária, Kristalina Georgieva, estão no país para angariar apoio e despertar o interesse internacional para uma crise em grande parte esquecida.
A República Centro-Africana mergulhou no caos desde que rebeldes da etnia seleka, majoritariamente muçulmanos, depuseram o presidente François Bozize, em março, no mais recente golpe de Estado no país, que continua sendo um dos mais pobres do mundo, apesar da existência de recursos que vão do ouro ao urânio.
A França pediu que potências mundiais e regionais não ignorem o conflito que provocou a expulsão de mais de 400 mil pessoas de suas casas por atos de violência, como homicídio e estupro.
Atualmente, a França tem cerca de 400 tropas em Bangui, protegendo o aeroporto e os interesses franceses. Fabius não disse quantos soldados serão enviados, mas fontes disseram à Reuters que os números poderiam ser aumentados para cerca de 700 a 750.
Fonte: Reuters