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domingo, 29 de setembro de 2019

Chirac apontado como um dos melhores presidentes da França, enquanto Macron fica na vice-liderança entre os piores segundo franceses

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Os franceses acreditam que o finado ex-presidente Jacques Chirac, foi um dos melhores líderes que o país teve desde a Segunda Guerra Mundial, dividindo o primeiro lugar com o herói de guerra Charles de Gaulle, segundo revela uma nova pesquisa de opinião realizada pelo IFOP.

A nova pesquisa realizada pelo Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) revelou que 30% dos franceses apontam Jacques Chirac (presidente entre 1995 e 2007) como o melhor líder da Quinta República Francesa, criada em 1958. Chirac teve alcançou um índice de popularidade comparável ao herói nacional Charles de Gaulle, que liderou a resistência contra a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial e também obteve a marca de 30% na pesquisa.

O segundo presidente mais popular apontado pela pesquisa, foi o antecessor de Chirac, François Mitterrand que obteve 17% dos votos. Miterrand liderou a França entre os anos 80 e início dos anos 90. O atual líder francês, Emmanuel Macron, obteve apenas 7% do apoio popular segundo a pesquisa, ficando à frente apenas de François Hollande, que ficou em último com apenas 1% nas pesquisas.

Apelidado de 'The Bulldozer' durante sua presidência, Chirac faleceu na quinta-feira (26) aos 86 anos. Apesar de ter sido condenado por corrupção depois de deixar o cargo, sua popularidade aumentou constantemente nos últimos anos, especialmente entre os mais jovens.

O vice-diretor do IFOP, Frederic Dabi, falando à mídia francesa, explicou que o aumento da popularidade de Chirac (em comparação com apenas 10% em 2013) se devia pelo menos em parte a uma resposta emocional à sua morte, mas também lembrou que Chirac desfrutou de 70% de favorabilidade em 2009, dois anos após deixar o cargo e se aposentar da política.

A apreciação renovada pelo ex-presidente também pode ser devido à decepção dos franceses com Macron, cujo governo tem sido marcado por escândalos de corrupção e quase um ano de protestos maciços, somados as "barbeiragens" no cenário internacional, em especial com relação ao Brasil, um dos grandes clientes da indústria de defesa francesa, que foi "atacado" por Macron devido as queimadas na Amazônia.

Quando solicitados a listar as ações mais importantes de Chirac como presidente, 71% dos entrevistados recordaram sua forte oposição à invasão liderada pelos EUA no Iraque em 2003. Eles também mencionaram Chirac finalizando o recrutamento militar obrigatório (41%) e dizendo a famosa frase "Nossa casa está queimando" em referência às mudanças climáticas (33%).

Jacques Chirac com certeza escreveu uma importante página da história francesa, o que o coloca hoje ao lado de Charles de Gaulle segundo a opinião francesa, enquanto o atual presidente Macron se depara com um dos piores índices de popularidade entre os presidentes franceses.

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com agências 
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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Análise: Renovação das escoltas brasileiras

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Urge a necessidade de renovação de meios de escolta da MB, pois as Fragatas Classe Niterói já estão chegando no fim de suas vidas úteis, mesmo com modernizações seus cascos e estruturas já sentem a fadiga de material chegando.

O país deve deixar de lado a velha tradição de compras de oportunidade, que em aparência são econômicas, mas só trazem mais despesas com o passar dos anos, já que as belonaves assim adquiridas já trazem em si, um peso devido à sua utilização por outras marinhas e, inúmeros problemas logísticos e de manutenção. A Marinha do Brasil deve procurar comprar um projeto e nacionalizá-lo, construindo-o em estaleiros nacionais, o que trará novas tecnologias, e principalmente gerar empregos para nossos cidadãos.

Há no mercado internacional, diversos projetos à venda que podem, apesar de no primeiro momento parecer antieconômicos, devido ao alto custo inicial, mas que apresentam vantagens, quer seja pela transferência de tecnologia envolvida, quer pela construção nacional, e o alto índice de nacionalização que envolve e a geração de empregos que contribui para nossa economia.

As Corvetas Classe Inhaúma e até mesmo a Classe Barroso não se mostram belonaves de tonelagem capazes de enfrentar o mar grosso do Atlântico sul, área de nossa responsabilidade internacional e, proteger nossas rotas marítimas em águas azuis em todo o globo. Até mesmo as futuras corvetas da Classe Tamandaré, apesar da tonelagem e as características que a aproximam muito das fragatas, no cenário naval possuem algumas limitações.

Vamos apresentar aqui os meios que se encaixam perfeitamente nos planos do Programa de Reaparelhamento da Marinha do Brasil (PRM 2006-2025), que prevê a construção de pelo menos 6 novos navios de escolta, onde a Marinha do Brasil já elaborou o Plano de Equipamento e Articulação (PEA) que foi entregue ao MD. Neste plano está contido todo o sumário que orientam quais meios devem ser adquiridos, qual a quantidade, e qual será a parcela de responsabilidade da indústria nacional de defesa no desenvolvimento e construção dos mesmos. Foram estabelecidos os Requisitos de Estado-Maior (REM) dos futuros navios de escolta e nele está definido que estas belonaves terão de deslocar, ao menos 6.000 toneladas, terão que ser de múltiplo emprego, capazes de realizar todas as tarefas destinadas aos escolta, como escoltar a frota em deslocamentos expedicionários de longa distância, defesa antiaérea, antinavio e antissubmarina.

Vamos ao que o mercado internacional oferta:


Coreia do Sul: 

O Estaleiro Hyundai ofereceu o projeto de seus Destroyers lança-mísseis KDX-II, cujo design é alemão, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:

Deslocamento 5.520 toneladas
Propulsão CODOG (Combined diesel or gas) 
Velocidade máxima de 30 nós

Sensores:

Radar 2D Raytheon AN/SPS-49(V)5 de longo alcance
Radar 3D Thales Nederland MW08 de direção de tiro
2 Radares STIR240 de direção de tiro com iluminadores CWI OT-134A
Sistema de guerra eletrônica SLQ-200(V)K SONATA
Sistema de comando e controle tático KDCOM-II.
Sistema WDS Mk.14, que tem a função de avaliar ameaças, priorizá-las e engajá-las com o SM-2.

Armamento:

Sistema VLS MK.41 na proa com 32 células, para mísseis Standard SM-2 Block III de defesa antiaérea de área.
Sistema VLS para o VL-ASROC (foguete anti-submarino) coreano
Sistema lançador RAM de defesa de ponto e antimíssil
Sistema CIWS Goalkeeper de 30mm
Canhão de 127mm Mk.45 Mod.4
8 Mísseis Harpoon antinavio
2 Sistemas lançadores triplos de torpedos anti-submarino de 324mm.

Meios aéreos: 1 helicóptero MH-16 Seahawk


Franco-Italiano


A Naval Group (ex-DCNS) ofereceu o projeto das fragatas lança-mísseis FREMM, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:

Deslocamento 6.000 toneladas
Propulsão CODLOC (Combined Diesel Electric or Gas) 
Velocidade máxima de 27 nós

Cabe uma ressalva quanto a suíte eletrônica e armamentos que equipará as FREMM, pois há duas alternativas a francesa e a italiana, vamos analisá-las:

Versão francesa

Sensores:

Radar Thales Herakles 3D multifunção
Radar Thales ESM/ELINT de vigilância
Sistema de Navegação Inercial Sagem SIGMA 40
Sistema Thales TSB 3520 ATC & IFF
Sistema Thales ALTESSE C-ESM de segurança de telecomunicações
Sonar Thales UMS 4110 CL de baixa frequência ativo/passivo no casco
Sonar Thales CAPTAS 4/UMS 4249 de baixa frequência ativo/passivo towed array
Sistemas de Guerra Eletrônica Thales SIGEN R ECM
Sistema de comunicações submarinas Thales TUUM-6 Digital
Sistema de comunicações Thales TRN 4000 UHF
Sistema de Gestão Segura de Comunicações Thales PARTNER
Sistema Comando e Controle de Informações Thales SIC-21
Sistema de Gerenciamento de Combate DCNS SENIT
Sistema Rastreador Eletro Óptico de Controle de Fogo Multimissão Sagem VIGY M
Sistema Naval de Busca e Travamento de Alvos Infravermelho IRTS Thales Artemis

Armamento

1 Canhão de duplo emprego Oto Melara 76/62 de 76 mm
2 CIWS Nexter Narwhal de 20 mm
1 Sistema VLS A50 para mísseis MBDA ASTER 15 antiaéreos
1 Sistema VLS A70 para mísseis MBDA Scalp/antiaéreos
1 Sistema de lançamento de mísseis antinavio Exocet MM 40 Block III
2 Sistemas de lançamento de torpedos MU-90

Meios aéreos: 2 Helicópteros MH-16 Seahawk

Versão italiana 

O Radar multifuncional phased array será o EMPAR da Selex, o Sistema
Naval de Busca e Travamento de Alvos Infravermelho IRTS será o SASS (Silent Acquisition Surveillance System) da Galileo Avionica.


Espanha

O Estaleiro Navantia ofereceu o projeto das fragatas lança-mísseis F-100, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:

Deslocamento 6.250 toneladas
Propulsão CODAG (Combined Diesel and Gas)
Velocidade máxima de 29 nós

Sensores:

Radar Lockheed AN/SPY1 D1 phased array multifunção
Radar de Direção de Tiro DORNA R/E/O
Sistema Aegis de combate Baseline 7 Phase 1
Sistema de Contramedidas Eletrônicas Ativas Indra ESM/ECM Alderbaran
Sistema de Contramedidas Eletrônicas Passivas Lockheed Martin Sippican MK36 SRBC
Sonar Raytheon DE 160 LF towed array
Sonar Boeing AN/SLQ 25A Nixie no casco

Armamento:

1 Canhão Mk45 Model 2 de 127 mm
1 CIWS FABA 120 Meroka 20 mm
1 Sistema VLS MK41 com 48 células capazes de lançar os mísseis Raytheon RIM-66 SM-2MR Block IIIA e RIM-162 Evolved Sea Sparow antiaéreos.
1 Sistema de lançamento de mísseis de cruzeiro BGM-109 Tomahawk
1 Sistema de lançamento de mísseis antinavio McDonnell Douglas RGM-84 Harpoon
1 Sistemas de lançamento de torpedos MK32 Model 9 e torpedos antissubmarinos Honeywell MK46 Model 5
Meios aéreos: 1 Helicóptero MH-16 Seahawk




Alemanha


O Estaleiro Blohm+Voss alemão ofereceu o projeto das Fragatas lança-mísseis da Classe Sachsen, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:




Deslocamento 8.100 toneladas
Propulsão CODLOC (Combined Diesel Electric or Gas)
Velocidade máxima de 29 nós

Sensores:

Radar multifunção Airbus Defense and SpaceAESA TRS-4D phased array
Radar de navegação Raytheon Anschütz
Sistema IFF Hensoldt MSSR 2000I & LTR 400 F
Sistema Rastreador Eletro Óptico Rheinmetall MSP 600-125
Sistema de Contra Medidas Eletrônicas Airbus FL 1800U
Sistema IRTS Diehl Defense SIMONE (Sistema de Observação e Navegação de Monitoramento Infravermelho do Navio) com capacidade de vigilância de 360°
Sistema de Reconhecimento Eletrônico de GEDIS RESM/CESM KORA 18
Sonar de profundidade variável Atlas Electronics (MTDS) Cerberus Mod2 towed array

Armamento

1 Canhão Leonardo SpA 127 mm
2 Sistemas de lançamento de mísseis antinavio McDonnell Douglas RGM-84 Harpoon
1 Sistema VLS MK31 com 21 células capazes de lançar os mísseis Raytheon RIM-116 e General Dynamics FIM-92 Stinger

Meios aéreos: 2 Helicópteros AH-11 B Super Lynx


China

O Estaleiro Jiangnan Shipyard ofereceu uma variante do projeto Type 052B, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:

Deslocamento: 6.500 toneladas
Propulsão: CODAD 
Velocidade máxima de 30 nós

Sensores:


Radar de busca 3D Fregat-MAE-5 
Radar Type 382
Radar de busca aéreo / superfície 3D, montado no topo do o mastro dianteiro.
4 Radares Front-Dome MR90 fornecem controle de tiro para os mísseis SA-N-12.
Radar de controle de tiro Type 344 controla a arma principal.
Radar de controle de tiro para o míssil YJ-83 ASCM

Armamento:

16 mísseis YJ-83 SSM
Sistema VLS com 48 células SA-N-12 SAM 
Canhão de 100 mm
2 Sistemas CIWS type 730 de 30 mm
2 Sistemas de torpedo triplo de 324 mm
2 Lançadores de foguete antissubmarino type 75
4 Sistemas type 726-4 lançadores de isca / chaff

Meios aéreos: 1 Helicóptero MH-16 Seahawk


Rússia

O Estaleiro Northern Wharf Shipyard ofereceu o projeto das Fragatas lança-mísseis da Classe Project 22350, com capacidade ASW, ASuW, AAW e ataque contra alvos em terra, vamos às suas especificações técnicas:

Deslocamento: 4.500 toneladas
Propulsão: CODAG 
Velocidade máxima de 29,5 nós 

Sensores:

Radar Ativo Phased Array Furke-4 5P-27 para detecção, rastreamento e segmentação de alvos de ar e superfície
Radar Monolit 34K1 de busca de superfície
3 Radares Pal-N de navegação
Radar Puma 5P-10 de controle de fogo principal
Radar Poliment 5P-20K 4 de controle de fogo secundário
Radar AShM de segmentação de controle de fogo terciário
2 Radares 2 de controle de fogo dos CIWS
Sistema de comunicações Vigstar Centaurus-NM
Sistema Eletro Ópticos MTK-201M
2 Sistemas Eletro Ópticos 5P-520
Sistema de Controle de Combate Sigma 22350
Sistema de Guerra Eletrônica Prosvet-M
2 Sistemas de Contra Medidas Eletrônicas PU KT-308
8 Sistemas de Contra Medidas Eletrônicas PU KT-216
Receptor de alerta radar 922-1 HZ-100 ECM & ELINT

Armamento:

1 Canhão A 192M Amethyst 130 mm
Sistema VLS com 16 células, podendo lançar tanto o míssil 3M-54 Kalibr quanto o 3M-14 Biryuza, ambos mísseis de cruzeiro e de ataque antinavio
Sistema VLS Redut antiaéreo com 32 células que pode lançar toda a família dos mísseis antiaéreos de curto alcance da série 9M96, 9M96M, 9M96D, 9M96DM(M2), inclusive o novo 9M100
2 CIWS AK-630M 30 mm
2 Sistemas lança-torpedos Paket-NK de 330 mm para torpedos, anti-torpedos e torpedos antissubmarinos

Meios aéreos: Helicóptero MH-16 Seahawk


Esses são os principais projetos que podem vir no futuro próximo disputar o PROSUPER da Marinha do Brasil, excelentes navios que poderão atender de maneira plena nossas necessidades por um longo período.


Por: Augusto Cesar Peixoto Vianna ("Guto Vianna") - Colaborador do GBN News, formado em História pela UFF e pós-graduado em História Militar pela UNIRIO,


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