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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brics estão prontos para ajudar zona do euro via FMI, diz Rússia

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As grandes economias emergentes estão prontas para fornecer ajuda financeira para a zona do euro por meio do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas em troca querem compromissos de reforma, disse o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, nesta segunda-feira.

Os Brics (grupo de emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) "estão prontos para participar de esforços conjuntos, incluindo a provisão de créditos, sob aquelas regras e canais que existem no FMI", disse Lavrov em entrevista coletiva em Moscou.

Os comentários de Lavrov reforçaram a posição conjunta sobre a gestão da crise da dívida soberana da zona euro adotada pelo grupo de economias emergentes adotada na cúpula do G20 na semana passada.

As declarações reforçaram também a aversão da Rússia, detentora da terceira maior reserva internacional do mundo, em apoiar diretamente o fundo de resgate da zona do euro EFSF (sigla em inglês para Fundo Europeu de Estabilidade Financeira).

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, deve se reunir nesta segunda-feira com o presidente russo, Dmitry Medvedev, em Moscou para conversas que devem se concentrar em como as economias emergentes podem apoiar a luta da Europa para conter a crise da dívida soberana.

Ainda hoje, os ministros dos 17 países da zona do euro e uma representação do FMI se reúnem para discutir a concretização dos acordos alcançados em outubro para dar auxílio à Grécia e a outras nações do bloco que enfrentam problemas com suas finanças.

Entre os pontos a serem esclarecidos, estão a forma como ocorrerá o desconto de 50% da dívida grega, o fortalecimento do EFSF e a recapitalização do sistema bancário europeu.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Real têm potencial para internacionalização, diz FMI

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O uso das moedas de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul (países conhecidos como Brics) em operações internacionais cresceu nos últimos anos e pode aumentar ainda mais daqui para frente, visto que todas essas economias possuem importância significativa em termos regionais e até mesmo globais - caso dos chineses -, de acordo com um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
 
De acordo com o órgão, o uso de reais em operações com derivativos internacionais aumentou cerca de 50% entre 2004 e 2010, enquanto a utilização da rupia indiana e do rublo russo mais que dobrou. O uso do yuan aumentou cerca de 12 vezes durante o período.
 
"No longo prazo, as moedas emergentes demonstram potencial para atingir um uso internacional mais amplo, como o de economias avançadas. Por exemplo, moedas de exportadores de commodities (o rublo russo e o real) podem desempenhar papéis regionais mais amplos e se tornar parte de reservas de ativos de forma similar ao que ocorre com os dólares da Austrália e do Canadá. O yuan poderia chegar ao uso global por causa do tamanho da economia chinesa" e do fato de ela estar no centro do comércio internacional, segundo o estudo do FMI.
 
Em 2010, a China respondeu por quase 9% do comércio mundial, mais do que o Japão, que ficou com uma fatia de 4,5%. Além disso, o fluxo comercial chinês deve superar o dos EUA nos próximos cinco anos. Os demais Brics estão conquistando espaço no comércio mundial ou mantendo suas posições - caso do Brasil e da África do Sul, mas todos estão bastante atrás da China e encontram-se a uma distância significativa de países desenvolvidos, algo que não deve mudar nos próximos anos. Em termos de comércio regional, no entanto, o Brasil teve um crescimento considerável nos últimos dez anos, superando seus parceiros de BRICS, com exceção da China.
 
Segundo o FMI, além do comércio, também contribuem para a internacionalização das moedas emergentes a profundidade dos mercados financeiros domésticos e a liquidez dos mercados externos, a abertura financeira de cada economia e as políticas de cada país para estimular o uso global de sua divisa.
 
"Os países emergentes progrediram em termos de aprofundamento dos mercados financeiros, sendo China e Brasil destaques pela expansão de seu mercado interno de bônus. A Rússia e o Brasil também registraram o avanço mais significativo na liberalização de suas contas de capital, mas o potencial (para o uso de suas moedas) em transações comerciais pode ser limitado por suas respectivas estruturas comerciais e pela dependência das exportações de commodities."
 
O documento afirma que o interesse em moedas emergentes começou a crescer depois que a crise financeira mundial e as preocupações com o caráter de reserva de valor das principais moedas mundiais vieram à tona. A maior procura foi "motivada pelos fortes fundamentos (dessas divisas) e também reflete o desejo de maior diversificação e menos ativos correlatos".

O FMI ressaltou também que a concentração de várias funções do sistema monetário internacional em duas moedas, o dólar e o euro, embora seja eficiente, pode aumentar a vulnerabilidade sistêmica aos choques e às políticas dos emissores dessas divisas.

Fonte: Agência Estado
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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Brasil proporá a Brics ajuda à Europa via FMI

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O Brasil vai propor aos outros países do Brics que disponibilizem bilhões de dólares em recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) como forma de aliviar a crise na zona do euro, disse uma fonte à Reuters nesta segunda-feira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentará a proposta nesta semana durante reunião do Brics em Washington, disse a fonte sob condição de anonimato. O Brics é composto por grandes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Dar mais recursos ao FMI parece uma das opções mais atraentes que nós temos para ajudar a Europa”, disse a fonte.

O Brasil poderia disponibilizar até 10 bilhões de dólares de seus próprios recursos para ajudar a Europa através de vários canais, incluindo o FMI ou a compra de títulos soberanos da dívida, acrescentou fonte.

A contribuição do Brasil, sozinha, certamente seria muito pequena para fazer diferença. Mas um esforço coordenado que inclua China e Rússia, em particular, poderia ter um impacto maior no momento em que os investidores olham para as reservas internacionais dos países emergentes como esperança de ajuda.

Um consenso a respeito de uma ação coordenada parecia ganhar corpo na segunda-feira. O ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin, disse a jornalistas que os países com reservas substanciais poderiam ajudar a socorrer as nações da zona do euro sob "certas condições."

Os países do Brics já compram títulos europeus emitidos pelo Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, reportou o jornal Valor Econômico nesta segunda-feira.

Mantega havia proposto anteriormente que os Brics fizessem compras coordenadas de bônus europeus, mas a ideia encontrou resistência em outros integrantes do grupo, que temem a compra de ativos de risco ou duvidam ter capacidade para poder ajudar. O FMI seria um veículo mais "seguro" para uma ação coordenada, disse a fonte.

Ideia satisfaz ambições brasileiras
A proposta atenderia a dois desejos do Brasil. A ajuda poderia aliviar o impacto da crise sobre economias da zona do euro em dificuldades --especialmente Portugal e Espanha, que têm grandes investimentos no país.

Uma participação maior no FMI também poderia aumentar o poder do Brasil dentro da instituição. Integrantes do governo da presidente Dilma Rousseff têm dito que veem a crise na Europa e nos Estados Unidos como uma oportunidade para que o Brasil e os países do Brics ganhem uma importância maior nos assuntos globais.

Uma forma de os países do Brics disponibilizarem mais recursos para o FMI poderia ser por meio de "Novos Acordos de Empréstimo" --tipo de fundo de crise que atualmente tem cerca de 591 bilhões de dólares disponíveis, segundo o FMI.

O Brasil recebeu consultas diretas de países europeus a respeito da compra de títulos soberanos, disse a fonte, mas as reservas internacionais somente podem ser usadas para a compra de papéis com grau de investimento.

Um porta-voz do Ministério da Fazenda do Brasil não estava imediatamente disponível para comentários.

Fonte: Reuters
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domingo, 3 de julho de 2011

Egito rejeita 'ajuda' e condições impostas pelo FMI

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O Egito recusou as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para conceder-lhe o empréstimo solicitado de mais de 3 bilhões de euros, por entender que violam a soberania nacional e atendendo à pressão exercida por manifestações populares. A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.

O general Sameh Sadeq, integrante do conselho militar governante, afirmou que foram suspensos outros pacotes que estavam sendo negociados com o Banco Mundial em razão de “cinco condições que atentavam contra os princípios de soberania nacional”, informaram vários jornais locais. Mas não foram dados mais detalhes sobre o assunto.

Se tivesse aceito, o Egito seria o primeiro país a receber dinheiro do FMI no Oriente Médio após a Primavera Árabe, levante popular contra os regimes autoritários apoiados pelo Ocidente iniciado no ano passado. O FMI anunciou em maio, durante a cúpula do Grupo dos Oito países mais ricos do mundo, que poderia emprestar mais de 24 bilhões de euros aos Estados do Oriente Médio nos próximos anos.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciou nesse mesmo mês que poderia conceder cerca de 4 bilhões de euros em dois anos ao Egito e à Tunísia para contribuir para a modernização das suas economias. O Cairo teria recebido 3,1 bilhões de euros desse pacote. Os movimentos revolucionários começaram nesses dois países antes de se espalhar pela região.

A declaração feita no dia 28 pelo general Sadeq contradiz as do primeiro-ministro, Essam Sharaf, e do ministro das Finanças, Samir Radwan, sobre os empréstimos não estarem acompanhados de condições. Os funcionários ocupam os cargos interinamente desde a queda do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro deste ano. Ambos defenderam publicamente a necessidade de empréstimos para espantar o fantasma do déficit, principal argumento de muitos países que solicitam ajuda das duas instituições multilaterais de crédito.

A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.

O ministro das Finanças teve que voltar atrás e escreveu no seu site que a decisão de rejeitar os empréstimos ocorreu após “debate público e consultas ao Conselho Supremo das Forças Armadas” (CSFA), à frente do governo interino. Também informou que após modificar o déficit orçamental este ficou em 15,4 bilhões de euros, em relação aos 19,6 bilhões de euros previstos antes de aceitar o empréstimo do FMI.

O CSFA, que cumpre funções presidenciais até ser eleito o novo parlamento em setembro, disse que os fundos locais e regionais permitem não recorrer às instituições multilaterais de crédito. “Pode-se cobrir o déficit com o mercado local e com empréstimos e assistência de nações amigas e outras instituições internacionais”, diz a declaração do Ministério das Finanças.

Nas últimas semanas, Arábia Saudita, Estados Unidos e Quatar, entre outros, prometeram grandes somas de dinheiro ao Egito. Os bancos locais podem cobrir facilmente o déficit, afirmou Moustapha Abdelsalam, especialista do jornal de negócios Al Alam Alyoum. O governo conseguiu 13,8 bilhões de euros internamente.

A decisão do CSFA acompanhou os protestos populares. Vários ativistas alertaram que, com os novos empréstimos o Egito poderia ficar sujeito às condições do Banco Mundial e do FMI, bem como à pressão externa, o que muitas pessoas temiam que pudesse acabar com a revolução.

“Os empréstimos do exterior contradizem os princípios da revolução que reclamavam ser livres de toda pressão, local e estrangeira”, diz uma declaração do Conselho de Administração Revolucionária, uma organização não governamental formada após a queda de Mubarak por defensores da democracia que enfrentaram as forças de segurança do regime. “O povo egípcio, que está começando uma nova era, não quer fazê-lo com novos empréstimos. Preferimos passar fome a mendigar a essas instituições”, afirma o comunicado.

Surpreendeu a solicitude do governo de Sharaf por ser interino e não ter suficiente autoridade. Foi criticado por tomar essa decisão carecendo de representação popular.

O Banco Mundial, o FMI e outros bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram a “Associação Deauville para o Oriente Médio” para conceder empréstimos a outros países da região, no contexto da cúpula do G-8 realizada em maio nessa cidade francesa. O Banco Mundial prometeu 3,1 bilhões de euros ao Egito nos próximos dois anos para compensar a queda das reservas e o orçamento, e financiar as mudanças económicas a fim de fortalecer os seus projetos de investimento e créditos.

Agora é esperar para ver se desta vez os países da região seguirão o exemplo do Egito.

Fonte: Carta Maior
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil e alerta para gastos governamentais

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Em relatório prévio, datado de abril, a previsão era de que o PIB do Brasil crescesse 4,5% neste ano e 4,1% em 2012. Essas estimativas foram rebaixadas, respectivamente, para 4,1% e 3,6%.

Economia globalSarkozy pede união para salvar euro e ajudar GréciaSucesso do Brasil 'atraiu holofotes para América Latina', diz presidente do BIDTópicos relacionadosEconomiaNo relatório divulgado nesta sexta-feira, o Fundo pede redução no ritmo das despesas estatais na América Latina e no Caribe, para que o controle de problemas como a inflação e a valorização da moeda não dependam excessivamente de políticas monetárias (como, por exemplo, as taxas de juros).

“Ainda que muitos países tenham ido na direção de aumentar as taxas de juros nos meses recentes, é importante que se (...) reduza o ritmo dos gastos governamentais, para evitar um fardo excessivo sobre a política monetária, num contexto de considerável fluxo de capitais e de apreciação monetária”, afirma o relatório.

O trecho do relatório não cita nominalmente o Brasil, que na semana passada promoveu novo aumento na taxa básica de juros (Selic) – atualmente em 12,25% ao ano -, em esforço para conter as pressões inflacionárias.

Mas em texto específico sobre monitoramento fiscal, o FMI destaca que o Brasil está no caminho para cumprir sua meta de superávit fiscal (receita menos despesas, antes do pagamento dos juros da dívida) em 2011 e atribui o provável cumprimento à redução de estímulos estatais.

'Volatilidade financeira'

No cenário internacional, “após acalmar durante boa parte da primeira metade de 2011, as condições financeiras globais ficaram mais voláteis desde o fim de maio”, adverte o relatório do Fundo.

“Isso reflete preocupações do mercado quanto a riscos relacionados a acontecimentos na zona periférica do euro (em aparente referência à crise da dívida em países como a Grécia) e ao recente arrefecimento das atividades (econômicas) e debilidade do mercado imobiliário nos Estados Unidos.”

Outro perigo apontado no relatório é o de que se alastre a falta de confiança na recuperação da zona do euro.

“Preocupações do mercado sobre possíveis reveses na recuperação americana também surgiram. Se esses riscos se concretizarem, eles vão reverberar pelo resto do mundo”, dificultando a obtenção de dinheiro por parte de bancos e corporações nos países desenvolvidos e reduzindo o fluxo de capital para economias emergentes, aponta o relatório.

Para Japão e Estados Unidos, o FMI pede “a implementação de programas críveis e ritmados que foquem a sustentabilidade de médio prazo” dos deficits públicos de ambos os países.

O relatório destaca a piora nas notas de classificação de risco em economias como Grécia, Irlanda e Portugal e em outras da zona do euro, “refletindo preocupações de que será difícil chegar ao consenso político necessário para a consolidação fiscal e para reformas estruturais” que permitam a redução das dívidas públicas dessas nações.

Atividade econômica

Nas economias emergentes, o perigo apontado pelo Fundo continua sendo o de superaquecimento e o de pressão inflacionária.

O FMI prevê que a atividade econômica global registre redução neste trimestre, mas volte a acelerar no segundo semestre deste ano. Nas economias avançadas, a média de crescimento é estimada em cerca de 2,5% entre 2011 e 2012; nos emergentes, essa previsão é de cerca de 6,5%.

Já os preços das commodities, cuja recente alta provocou apreensão e protestos em diversas partes do mundo, parecem estar “se estabilizando”, ainda que o risco de alta não esteja descartado – especialmente no caso do petróleo, por conta dos distúrbios nos países árabes.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Brics expressam preocupação quanto à escolha de novo chefe do FMI

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Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul divulgaram nesta terça-feira um comunicado em que expressão "preocupação" quanto ao processo de escolha do novo diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional).

O grupo dos Brics afirmou que a escolha com base na nacionalidade prejudica a legitimidade do Fundo.

Tradicionalmente, o cargo de diretor-gerente é ocupado por um europeu. O francês Dominique Strauss-Kahn recentemente abdicou do cargo, acusado em um escândalo sexual nos Estados Unidos.

A Europa defende sua continuidade na liderança do Fundo, num momento em que a principal tarefa do FMI é lidar com a crise da dívida em alguns países europeus.

Mas representantes dos Brics no FMI expressaram posição diferente em um comunicado conjunto.

"Estamos preocupados com declarações públicas feitas recentemente por autoridades seniores europeias quanto (ao fato de) a posição de diretor-gerente continuar sendo ocupada por um europeu", dizem eles.

"A recente crise financeira que eclodiu em países desenvolvidos mostrou a urgência em reformar instituições financeiras internacionais, de forma a refletir o crescente papel dos países desenvolvidos na economia global."

FAVORITA

As nações emergentes têm reclamado há anos mais poder de voto no Fundo --a votação é feita por meio de cotas.

Por enquanto, porém, a candidata que aparenta ter mais força é a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde.

Entre os países em desenvolvimento, acredita-se que o presidente do Banco Central mexicano, Agustin Carstens, deva se candidatar.

Em comunicado na última sexta-feira, o FMI disse que a decisão final sobre o novo diretor-gerente será anunciada em 30 de junho.

"O candidato escolhido terá um histórico eminente em políticas econômicas em nível sênior", diz o texto a respeito do "processo seletivo".

"Ele ou ela deve ter demonstrado as habilidades gerenciais e diplomáticas necessárias para liderar uma instituição global e será cidadão de qualquer um dos países-membros do Fundo."

Fonte:BBC Brasil
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Celso Amorim critica europeus e defende emergente à frente do FMI

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Diante da possível substituição de Dominique Strauss-Kahn na chefia do Fundo Monetário Internacional, países emergentes ofereceriam os melhores candidatos, afirma o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.

Em conversa com a Deutsche Welle, Celso Amorim defende que o FMI deveria ser chefiado por líderes de países emergentes. O diplomata, ex-ministro brasileiro das Relações Exteriores, é categórico ao afirmar que a instituição precisa de ideias novas, mentalidade nova e, "por que não, de um brasileiro" no seu comando.

Amorim ressalta que as soluções tradicionais europeias não funcionam mais, e critica a posição de Angela Merkel, que defende um europeu no cargo. Para o diplomata, além de estar atento às questões de crescimento e finanças, o novo diretor-gerente do FMI terá que olhar para as questões sociais, que foram responsáveis, entre outras, pelas recentes explosões no mundo árabe.

Deutsche Welle: Qual sua opinião sobre esse acordo de cavalheiros vigente entre Estados Unidos e Europa, de que a direção do FMI deve permanecer em mãos europeias e a do Banco Mundial com os norte-americanos?

Celso Amorim: Acho que isso é o reflexo de uma época totalmente superada na nossa história. Isso aí poderia fazer algum sentido quando a governança global era assegurada pelo G7, quando o único país de fora da Europa – além dos Estados Unidos – era o Japão, e que, por sua vez, aceitava mais ou menos essa divisão.

Hoje em dia isso não tem mais sentido. Temos os quatro Bric originais, sem a África do Sul, que estão entre os dez maiores cotistas do FMI, vários deles estão entre as dez maiores economias do mundo, seguramente o Brasil é um deles. Lemos notícias que eles são os motores do crescimento do mundo, da economia. Temos a nossa moeda fortíssima, até mais forte do que desejaríamos...

Obviamente a China tem uma posição fortíssima no mercado internacional, então acho que é mais do que natural que houvesse um diretor do FMI que pudesse dar, inclusive, uma feição nova à organização. Que pudesse atacar essa questão do equilíbrio monetário, que é muito importante hoje em dia, porque diz respeito ao comércio. Veja bem, as negociações da Rodada Doha estão paralisadas, e não vão andar enquanto não houver uma solução para esse problema monetário.

O FMI tem que se transformar num instrumento de ajuda aos países em desenvolvimento para enfrentar a crise, e que saiba também policiar os países desenvolvidos, coisa que o FMI nunca fez, e a maior crise que tivemos recentemente veio, justamente, dos países desenvolvidos.

Acho que é mais que natural que venha alguém de um país em desenvolvimento. Eu não tenho nenhum preconceito a favor ou contra nenhum deles. Mas acho, por exemplo, que se fosse a China seria forte demais.

Então, nesse contexto, o próximo chefe do FMI deveria vir de um país emergente?Talvez do Brasil?

Por que não um brasileiro? Não precisa ser só um brasileiro, pode ser um indiano, ou algum outro. É muito importante também que seja uma pessoa que esteja entrosada com, digamos, essas mudanças que ocorreram. Não adianta pegar um latino-americano com pensamento da época do consenso de Washington. Aí é melhor até que não seja!

O senhor arriscaria algum nome?

Acho muito difícil fazer isso porque nem sei se há pessoas que querem ou não assumir essa posição... Há, de fato, muitos brasileiros competentes. Nós mesmos temos um lá, que é o Paulo Nogueira Batista Júnior, que poderia ser um nome.

Pode ser que haja indiano, ou alguém de outra nacionalidade. Acho importante que seja alguém que tenha essa percepção do mundo emergente e a percepção dessas mudanças que estão ocorrendo no mundo, o que é fundamental.

Angela Merkel defende que o próximo chefe seja um europeu porque alguns países da zona do euro enfrentam problemas graves e que, portanto, precisam da ajuda do FMI.

Se fosse assim, nós teríamos que ter tido um diretor da América Latina durante toda a década de 1970, 1980 e 1990, se fôssemos seguir esse raciocínio. Ou um asiático na década de 1990. Esse é um raciocínio que, sinceramente, com todo respeito à senhora Merkel, não tem nenhum fundamento.

Nós tivemos todo um período de crise na América Latina, de crise asiática, nem por isso reivindicamos, naquela época, um diretor-gerente latino-americano. Acho, na verdade, o contrário, que temos que seguir quem aponta soluções. E pelo que tenho sentido, as soluções tradicionais europeias, inclusive para os problemas europeus, não têm funcionado.

Volto a dizer, não sou economista, não vou julgar os detalhes, mas o que se vê, acompanhando a própria imprensa especializada, é a Grécia em muito má situação, temores que Portugal, mesmo com o empréstimo, vá passar por uma recessão nos próximos três anos... Enfim, não vejo que a Europa esteja trazendo grandes soluções, para falar a verdade.

Acho que a Europa é fundamental no contexto, isso é óbvio. Mas talvez a gente precise de ideias novas. E também não podemos pensar num FMI que esteja voltado apenas para os problemas europeus porque o mundo continuará a ter problemas. O mundo continuará a ter problemas de alinhamento monetário, como hoje acontece com o real em função de uma política monetária norte-americana muito frouxa, entre outras coisas.

Então é preciso alguém que tenha capacidade de olhar para esses problemas, e falar sobre eles verdadeiramente e corajosamente, porque isso também é necessário. E é perfeitamente possível encontrar um brasileiro, ou indiano, ou um chinês, e eu não estou querendo excluir ninguém a princípio, que tenha esse perfil.

Diante de toda essa crise, gerada por um escândalo privado, o senhor acredita numa mudança de rumo, de fato, no FMI?

Não podemos nos precipitar e fazer julgamento sobre as pessoas, o caso ainda será julgado. Naturalmente, a situação política já se criou e acho muito difícil que Strauss-Kahn volte ao comando, com base no que leio nos jornais.

Isso não afeta em nada a instituição. O Banco Mundial teve um problema parecido e nem por isso entrou em crise. Acho que, tanto o FMI quanto o Banco Mundial precisam de pessoas novas, com visão nova de mundo. Afinal, não vivemos mais o pós-Segunda Guerra, não vivemos mais a época do Muro de Berlim, e nem o pós-Muro de Berlim.

Vivemos numa época nova. Vivemos a era do G20. Há outros países do G20 que poderiam ser considerados, mas acho que um dos grandes emergentes seria a melhor solução.

Fonte: Deutsche Welle
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terça-feira, 26 de abril de 2011

FMI estima que China ultrapassará EUA em cinco anos

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Uma estimativa indicando que a economia chinesa superará a americana em apenas cinco anos abriu um debate entre especialistas econômicos sobre um iminente fim da "era americana" no cenário mundial.

O debate foi aberto pelo website MarketWatch, do diário financeiro americano "The Wall Street Journal".

Em um artigo intitulado "A bomba do FMI: A Era Americana se Aproxima do Fim", o colunista Brett Arends analisa como o avanço econômico chinês põe em questão a hegemonia dos Estados Unidos no cenário mundial.

Os dados são estimativas extraídas do mais recente Panorama Econômico Mundial, o relatório World Economic Outlook, produzido pelo Fundo Monetário Internacional.

Segundo o FMI, em 2016 o PIB chinês medido pelo critério de poder de compra atingirá US$ 19 trilhões e superará o americano (US$ 18,8 trilhões) pela primeira vez na história.

Esse critério de medição do PIB considera o poder aquisitivo em determinado país, considerando não apenas os rendimentos, mas as diferenças de custo de vida entre os países.

Em cinco anos, China e Estados Unidos responderiam, respectivamente, por 18% e 17,7% da economia mundial, indicam as estimativas do fundo.

Por outro critério amplamente utilizado internacionalmente, entretanto, os EUA continuam e continuarão sendo de longe mais poderosos economicamente que a China.

Medido a preços correntes, no qual o valor da produção é convertido em dólares para efeito de comparação, o PIB americano (US$ 18,8 trilhões) ainda permaneceria quase 70% maior que o chinês (US$ 11,2 trilhões) em 2016.

FIM DE UMA ERA

Após o início da discussão, o FMI respondeu ao "WJS", afirmando não considerar adequado o critério usado pela coluna para basear suas ideias.

"Na paridade de poder de compra, os preços são influenciados por serviços não-comerciáveis, que são mais relevantes no plano doméstico que no plano global", disse, em nota, o fundo.

Ainda assim, o colunista do WSJ considerou que a comparação pela qual a China superaria os EUA em 2016 "é a que importa". "As taxas de câmbio variam rapidamente. E as taxas de câmbio adotadas pela China são falsas. A China mantém a sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizado através de grandes intervenções no mercado", escreve Arends.

"Isto é muito mais que uma questão de estatística. É o fim da Era Americana."

Outros especialistas econômicos acataram a mensagem de longo prazo trazida pela polêmica no "WSJ".

Um comentarista econômico do jornal britânico "Daily Telegraph" notou que as projeções do FMI serão "profundamente preocupantes para muitos americanos que temem que seu país esteja a ponto de ser ofuscado no curto prazo pela China e, mais adiante neste século, a Índia, ambos que, com uma população combinada de 2,5 bilhões de pessoas, fariam os 300 milhões que vivem nos Estados Unidos parecerem poucos".

Os autores da coluna "Beyondbrics" ("Além dos Brics", em tradução livre), do prestigiado "Financial Times", avaliaram que a questão da ascensão chinesa e a queda americana é "um debate contínuo".

Em outros veículos, a "disputa" China x EUA também está em foco. Em dezembro, a revista "Economist" propôs uma "brincadeira" para tentar definir a data em que o país asiático superará o ocidental pelos critérios de preços correntes.

A revista até criou um gráfico online (http://www.economist.com/blogs/dailychart/2010/12/save_date) no qual os usuários podem incluir os seus próprios parâmetros e assim calcular a data na qual os dois PIBs se cruzarão.

A revista aposta que, mantidas as atuais taxas de crescimento americana e chinesa, e levando em conta uma leve apreciação do yuan, a moeda chinesa, ao longo dos próximos anos, a China superará os Estados Unidos por volta de 2019

Fonte: BBC Brasil
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domingo, 24 de abril de 2011

EUA pagam o preço do declínio de seu poder

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Política econômica deixou de ser apenas uma preocupação interna. Isso é o que devemos concluir depois da instabilidade do mercado essa semana, incluindo a mudança da Standard & Poor em relação aos EUA, que deu com uma perspectiva negativa devido à elevada divida pública, e a reunião do FMI e do Banco Mundial.

Isso é um fato comum para os países menores. As nações emergentes há muito tempo já entenderam que julgamentos realizados em Wall Street ou na sede do FMI em Washington muitas vezes têm mais poder para moldar a sua política econômica do que as propostas dos seus próprios ministros de finanças e diretores do banco central. Mais recentemente, países fiscalmente mais fracos como Grécia, Irlanda e Portugal aprenderam essa lição, também.

Agora, quando o poder relativo dos EUA na economia global está caindo, essa é uma realidade com a qual os norte-americanos têm que aprender a conviver. Esse é um dos recados importantes que a decisão da S&P do começo dessa semana mandou, ao colocar os EUA sob uma perspectiva negativa. Isso é basicamente um aviso que a agência de classificação não tem mais a certeza que os EUA vão manter a sua classificação

"AAA".

Há uma série de razões para que o alerta do S&P seja encarado com cautela. Primeiro porque as agências de classificação não acertaram seus prognósticos no período que antecedeu a crise financeira e, certamente, não merecem status de oráculo hoje em dia, se é que alguma vez mereceram.

Por outro lado, o alerta da S&P não foi uma novidade. Com um déficit orçamentário de 10 por cento no ano passado, e com a dívida interna de 91,6 por cento do PIB, era óbvio há algum tempo que as finanças públicas dos EUA estavam um caos. Não precisava ser um gênio para concluir isso. A divida e o déficit se tornaram uma questão importante. Vide o crescimento do movimento Tea Party --um movimento social e político conservador de ultradireita--, que tem dominado os debates políticos em Washington nos últimos seis meses.

Mas há uma boa razão para que a perspectiva negativa da S&P tenha atraído tantas manchetes. Ela foi um lembrete de que a política econômica dos EUA não se prendia apenas aos debates em Washington ou a o que acontece nas convenções partidárias de Iowa. A política econômica dos EUA precisa se reunir com os mercados globais e com os credores estrangeiros também.

Isso é uma velha história para todos os outros países do mundo. Mas os EUA estavam acostumados a ser a economia dominante no mundo e a ser o dono da máquina de impressão das suas reservas. As duas coisas ainda são verdadeiras, mas menos do que antes. Além disso, pelo seu tamanho, a dívida colossal dos EUA significa que eles já estão dependendo da confiança dos compradores estrangeiros dos títulos do Tesouro Americano, incluindo governos que administram gigantescos superávits, como a China.

Isso quer dizer que as decisões econômicas nacionais, como gastos do governo ou a taxa de tributação, não são mais exclusivamente questões nacionais. Nos orgulhosos dias do chamado Consenso de Washington, após o colapso do muro de Berlim e do triunfo do capitalismo ocidental, experts americanos e legisladores se acostumaram a emitir decretos de Washington sobre como os mercados emergentes deviam administrar suas economias. O inverso ainda não é verdade, mas a ação da S&P é um sinal de que os EUA precisam começar a pensar sobre como sua política econômica vai refletir em Pequim e Dubai, assim como em Washington e New Hampshire.

Não é apenas a divida e o déficit que estão fazendo com que a política econômica seja econômica seja uma preocupação internacional. Como as reuniões do FMI e do Banco Mundial revelaram, uma das consequências da globalização foi de dar mais força internacional às decisões econômicas internas.

Essa não é uma noção completamente nova para os EUA. As queixas dos EUA sobre a política cambial da China e sua estratégia de crescimento devido às exportações, são um claro exemplo da convicção pública que a estratégia econômica interna de um país, é uma questão importante e legítima para debates internacionais.

Agora o resto do mundo está começando a tomar a mesma posição que os EUA. Na semana passada, em Washignton, o ministro de finanças do Brasil, Guido Mantega, reclamou que a política do Federal Reserve projetada para ajudar os EUA a se recuperar da sua pior crise financeira desde a Grande Depressão começou a ter consequências inesperadas e malignas em outras partes do mundo.

Baixas taxas de juros em países como os EUA, alertou Guido Mantega, "foram o gatilho primário de muitos dos problemas econômicos atuais."

"Coações políticas internas tem sido muito facilmente aplicadas por países emissores de reservas monetárias, como um motivo para adotar medidas monetárias ultra expansivas," ele disse numa declaração ao comitê de políticas do FMI. "Mas isso não muda o fato de que essas políticas geram excedentes que dificultaram a vida de outros países."

Mantega não é o único a se preocupar. Durante uma mesa redonda em Bretton Woods, na qual foi o moderador há algumas semanas, Andrés Velasco, ex-ministro das finanças do Chile alertou: "Então, se você é o Brasil hoje ou se é um dos muitos países do resto do mundo, você olha pela janela e vê um tremendo tsunami de riqueza vindo na sua direção. E isso, que poderia ter sido bem vindo em outros tempos, eu e muitos habitantes desses países vemos como uma visão realmente aterradora. Por quê? Porque esse tsunami dificultará a sua política, a sua vida, caso você seja ministro, muito desagradável e os seus macro vantagens e desvantagens realmente muito afiados".

Quando pensamos sobre as questões espinhosas da política externa, pensamos primeiro sobre a tumultuada intervenção na Líbia ou na guerra agonizante no Afeganistão. Mas o verdadeiro desafio de administrar as relações entre os países é o problema apontado por Velasco, Mantega e a S&P: administrar o mundo em que a minha política econômica doméstica é o seu tsunami econômico internacional.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Brasil supera países ricos no gasto em escola privada

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O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou, nesta segunda-feira, a previsão de crescimento da América Latina para 4,7% em 2011, mas alertou para um "significativo risco de superaquecimento" econômico.

A previsão anterior do FMI era de crescimento de 4,3% para os países latino-americanos.

"A perspectiva para exportadores de commodities é geralmente positiva. Há sinais, porém, de um potencial superaquecimento, e os ingressos de capital têm causado tensão na formulação de política monetária", disse o FMI.

"Por exemplo, o crescimento real de crédito no Brasil e na Colômbia está aumentando de 10% a 20% ao ano, de acordo com os dados mais recentes. Além disso, o crédito per capita no Brasil quase dobrou nos últimos cinco anos."

No relatório "Perspectivas da Economia Mundial", a organização também revisou ligeiramente para cima a perspectiva de expansão econômica na região para o ano que vem, para 4,2%.

O fundo alertou, ainda, que os riscos de inflação estão crescendo na região. A inflação na América Latina e no Caribe deve subir de 6% em 2010 para 6,7% neste ano, antes de diminuir novamente em 2012.

Impulsionada pela alta das commodities, a pressão inflacionária deve aumentar em muitas das economias sul-americanas neste ano. Paraguai, Bolívia e Chile devem ver uma alta considerável na taxa anual de inflação, segundo projeções do Fundo.

"As condições geralmente esperançosas estão associadas a uma inflação crescente na América do Sul e Central. Por outro lado, o México não está enfrentando pressão de superaquecimento desta vez", avaliou o credor internacional.

Apesar de alertar para riscos de superaquecimento, o FMI reconhece que o crescimento da América Latina esse ano será menor que o do ano passado. O crescimento do PIB cairá de pouco mais de 6% em 2010 para cerca de 4,7% neste ano e 4,2% no ano que vem, disse o FMI.

Bancos centrais da América do Sul têm elevado as taxas de juros nos últimos meses para combater as crescentes pressões de preços, com a taxa básica de juros brasileira em 11,75%.

BRASIL

Para o Brasil, a expectativa do Fundo é de desaceleração econômica, com um crescimento de 4,5% para este ano e de 4,1% para o ano que vem. No passado, o Brasil cresceu 7,5%.

O fundo cita que o ritmo de aumento do crédito no Brasil e destaca que o nível de empréstimos per capita praticamente duplicou nos últimos cinco anos.

O FMI faz uma advertência para o aumento de fluxo de capitais nas economias emergentes, inclusive o Brasil, que estão em níveis superiores aos anteriores à crise iniciada no segundo semestre de 2008. Para o fundo, esse movimento pode levar 'ao risco de futura instabilidade [na região], incluindo a fuga de capitais'.

ECONOMIA MUNDIAL

O clima de incerteza gerado em todo o planeta pelo terremoto do Japão, as revoltas nos países árabes e as crises na Europa, entre outros fatores, não deverão impedir um crescimento mundial de 4,4% neste ano e de 4,5% em 2012, segundo a previsão do FMI.

O Fundo avaliou que a escalada dos preços do petróleo e a inflação oferecem riscos à recuperação global, mas não são suficientemente fortes para tirar a economia mundial dos trilhos. Por isso, o fundo manteve a previsão de crescimento mundial para este ano e o próximo.

O FMI destacou, ainda, o impacto do aumento dos preços de alimentos e outras commodities para os países mais pobres. Esse foi um dos motivos do levante popular no mundo árabe, contra regimes ditatoriais.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Diretor-gerente do FMI fará giro por Brasil, Uruguai e Panamá

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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, fará um giro por Brasil, Uruguai e Panamá a partir de 28 de fevereiro, informou esta quinta-feira um porta-voz da instituição.

Strauss-Kahn viajará ao Panamá em 28 de fevereiro, ao Uruguai em 2 de março e ao Brasil, em 3 de março, informou durante entrevista coletiva David Hawley, que não deu maiores detalhes.

Strauss-Kahn participará a partir desta sexta-feira da reunião de ministros das Finanças do Grupo de Países Ricos e Emergentes (G20), em Paris.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Grécia reclama de inspetores da UE e FMI após visita de inspeção

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O primeiro-ministro grego, George Papandreou, se queixou ao diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, neste sábado, dizendo que o comportamento dos inspetores do FMI que monitoram o pacote de resgate multibilionário era "inaceitável".
Em um raro e duro ataque contra os credores internacionais que salvaram o país do colapso financeiro no ano passado, o governo pediu a eles que parem de interferir nos assuntos domésticos, mas fez isso apenas depois de a mídia local ter criticado o governo por não responder aos apelos dos inspetores por ações mais rápidas e drásticas.

O inspetores da UE, do FMI e do BCE deram à Grécia, país profundamente endividado, um sinal verde para receber mais ajuda financeira na sexta-feira, mas adotaram uma posição mais crítica do que em visitas anteriores, dizendo que Atenas deve acelerar as reformas e vender muito mais ativos.

Papandreou teve uma conversa telefônica com Strauss-Kahn "em que transmitiu a mensagem do governo grego sobre o comportamento inaceitável dos representantes da Comissão Europeia, do BCE e do FMI durante a coletiva de imprensa de ontem", informou o gabinete de Papandreou em um comunicado.

Fonte: Reuters
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domingo, 7 de novembro de 2010

Brasil será 7ª economia em 2011, diz FMI

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A presidente eleita, Dilma Rousseff, vai governar a sétima maior economia mundial, posto que o Brasil alcançará em 2011, segundo a projeção mais recente do Fundo Monetário Internacional.

Não será a primeira vez que o país terá chegado lá. A última foi em meados dos anos 90. Mas o Brasil só sustentou a sétima posição por dois anos, indo ladeira abaixo a partir de 1996 até baixar ao 12º lugar em 2002.

Desde então, a volatilidade do crescimento econômico do país diminuiu. Ou seja: o tradicional sobe e desce, ou os chamados voos de galinha, deu lugar à maior estabilidade na trajetória de expansão econômica.

O resultado é que a projeção do Fundo revisada em outubro indica que o país permanecerá no posto de sétima maior economia até, pelo menos, 2015, último ano para o qual há previsões.

Nos últimos anos, a economia brasileira ultrapassou em tamanho a canadense e a espanhola. Em 2010, quase empata com a Itália.

A implicação geopolítica para o futuro governo Dilma dessa consolidação do Brasil entre as potências econômicas pode ser resumida em um clichê: quanto maior o poder, maior a responsabilidade.

"O Brasil está ocupando a posição de países desenvolvidos e, com isso, cresce seu prestígio nas negociações internacionais", diz Ernesto Lozardo, professor de economia da Eaesp-FGV e autor do livro "Globalização - A Certeza Imprevisível das Nações".

A contrapartida é resumida por Fernando Cardim, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro: "As responsabilidades do país continuarão aumentando e o novo governo terá de mostrar se está preparado para isso".

De acordo com especialistas, para que o peso econômico do Brasil continue se traduzindo em crescente voz política, Dilma terá de consolidar os avanços alcançados pela política externa de Lula, como a posição de maior destaque nos fóruns globais.

Mas precisará também lidar com seu legado polêmico, que inclui aproximação com o governo do Irã e críticas a dissidentes cubanos.

DÚVIDAS

Antes da posse de Dilma, já pairam sobre o novo governo dúvidas sobre seu compromisso com o tripé macroeconômico --responsabilidade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante-- que ajudou o Brasil a consolidar a estabilidade econômica e galgar posições no ranking de maiores economias.

Para Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, a manutenção da política fiscal expansionista mesmo após o Brasil ter emergido da crise e a declaração recente do ministro Guido Mantega (Fazenda), que disse não haver relação entre controle do gasto público e o nível de juros no país, alimentam esses questionamentos.

"Uma política fiscal menos rigorosa torna o tripé capenga ao forçar um aumento de juros e, com isso, uma taxa de câmbio mais valorizada", diz Goldfajn.

Juros mais elevados para conter o impacto inflacionário de uma política fiscal expansionista tenderiam a prejudicar o crescimento do país nos próximos anos.
Em declarações depois da eleição, Dilma tem tentado dirimir dúvidas em relação ao seu compromisso com a responsabilidade fiscal. O mercado, por enquanto, parece estar dando à presidente eleita o benefício da dúvida.

Fonte: Folha
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sábado, 23 de outubro de 2010

G20 chega a acordo para que emergentes tenham mais poder no FMI

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Países emergentes ganharão mais poder de decisão. Proposta também visa aumentar o capital do FMI.

Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 – grupo que reúne os países ricos e as potências emergentes. - decidiram neste sábado (23), em Gyeongjuna, na Coreia do Sul, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve passar por uma grande reforma.

Dentre as principais mudanças acertadas na reunião está a transferência de maior poder de decisão aos países emergentes. Foi decidido também que haverá uma reestruturação no sistema bancário e a nas instituições financeiras dos países desenvolvidos, responsáveis pela crise econômica mundial de 2009.

O diretor-geral do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, classificou a reforma como "a mais importante já adotada no governo do Fundo Monetário Internacional". A alteração proposta também visa aumentar o capital do FMI.

A União Europeia se comprometeu a ceder dois dos nove assentos a que tem direito no diretório do organismo, composto por 24 membros. Ainda não há definição, no entanto, de como serão distribuídas essas duas cadeiras.

Câmbio Ao longo da sexta-feira, a “guerra cambial” e, na esteira dela, a proposta dos Estados Unidos de estabelecer limites para os desequilíbrios externos, como maneira de pressionar os países com superávit a deixar que suas moedas se valorizem foram os destaques do encontro.

Em uma carta aos ministros participantes do encontro, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou que os países deveriam implementar políticas para reduzir os desequilíbrios em conta corrente para um nível inferior a determinada parcela do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que Geithner propôs limitar os superávits e déficits em conta corrente a 4% do PIB.

Esse clima destacou as dificuldades que o G20 enfrenta, à medida que tenta colocar a economia mundial em um ritmo mais estável e acalmar as tensões cambiais.

Embora o G20 tenha sido parabenizado pela coordenação de pacotes de estímulo durante a crise financeira global, sua unidade tem sido testada por baixo crescimento nos países ricos e tentativas de algumas economias emergentes de preservar sua competitividade comercial mantendo as moedas desvalorizadas.

Histórico O G20 foi criado em 1999, na esteira da crise financeira asiática de 1997, para reunir as principais economias ricas e emergentes para estabilizar o mercado financeiro global.

Desde a sua criação, o G20 realiza reúne os ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais destes países para discutir medidas para promover a estabilidade financeira do mundo e alcançar um crescimento sustentável e equilibrado.


Fonte: Portal G1
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

'Guerra cambial' ameaça economia global, diz chefe do FMI

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O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta quinta-feira que a chamada “guerra cambial” em curso entre alguns países é prejudicial à economia global.

Alguns países têm sido criticados por supostamente manter suas moedas artificialmente desvalorizadas, o que gera vantagens no comércio internacional, tornando suas exportações mais competitivas. Um dos principais alvos das críticas é a China, que sofre pressões, principalmente por parte dos Estados Unidos, para permitir a valorização de sua moeda, o yuan.

"Muitos estão falando de uma guerra cambial. Eu próprio acho que já usei esse vocabulário, que pode ser um pouco militar demais", disse Strauss-Kahn, na abertura do encontro anual do FMI e do Banco Mundial, em Washington.

"Mas é correto dizer que muitos realmente consideram sua moeda uma arma, e isso certamente não é bom para a economia global."

"O que todos queremos é o reequilíbrio da economia global, e esse reequilíbrio não pode acontecer sem consequências, sem uma consequência natural, que é uma mudança relativa no valor das moedas", disse. "Opor-se a isso no médio prazo certamente não vai ajudar no reequilíbrio."

Segundo Strauss-Kahn, o tema será discutido durante as reuniões em Washington.

Mantega e Meirelles

Strauss-Kahn já havia alertado, em entrevista ao diário financeiro britânico Financial Times, que a ideia de uma guerra cambial poderia colocar em risco a recuperação da economia global, ainda lenta.

A existência dessa guerra também foi mencionada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Essas declarações acabaram atraindo atenção mundial para o tema.

Na ocasião, Mantega disse que países como Japão e Estados Unidos, ao permitir a desvalorização de suas moedas, acabavam roubando mercados de economias com bom desempenho, como a brasileira.

O ministro disse ainda que o Brasil não deveria ser prejudicado por causa da política cambial desses países.

Nesta semana, Mantega anunciou o aumento de 2% para 4% da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de estrangeiros no mercado de renda fixa no Brasil.

A medida tem o objetivo de reduzir o fluxo de capital de curto prazo em aplicações financeiras. O Brasil, assim como outros países da América Latina, tem recebido grandes volumes de capital estrangeiro, atraído pelas altas taxas de juros do país.

Essa entrada de capital estrangeiro tem impacto direto na valorização do real em relação ao dólar, o que acaba encarecendo as exportações brasileiras e fazendo com que os exportadores percam competitividade internacional.

China

Apesar de a mencionada guerra cambial envolver diversos países, um dos principais focos da reunião anual do FMI e do Banco Mundial deve ser a questão da moeda chinesa.

Os Estados Unidos vêm pressionando a China a permitir a valorização de sua moeda. Muitos países acusam a China de manter o yuan artificialmente desvalorizado, permitindo maior competitividade a suas exportações.

Strauss-Kahn disse que muitos grandes países emergentes querem estar "no centro do sistema", querem ter mais voz no FMI (posição defendida pelo Brasil e várias outras economias emergentes), mas para isso devem assumir as responsabilidades atreladas a esse novo status.

"É (uma reivindicação) absolutamente legítima, mas envolve também ter mais responsabilidade sobre o que você faz e sobre as consequências do que você faz sobre a economia global", disse.

A participação maior dos emergentes e a redistribuição de cotas no FMI é outro tema em debate na reunião em Washington.

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

FMI torna obrigatório exame do sistema financeiro do Brasil e mais 24 países

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O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta segunda-feira que está tornando obrigatório para 25 países-- entre eles, o Brasil--, um exame regular da saúde de seu sistema financeiro.

Segundo regulamento do FMI, todos os 187 países membros do fundo passam por um "check-up da saúde econômica anual", já que, até o momento, era realizado apenas com o consentimento dos Estados.

Agora, a mais alta instância de decisão do FMI, seu conselho de administração, votou para tornar obrigatórios os "programas de avaliação do setor financeiro" para os países considerados os mais importantes do sistema mundial, anunciou o fundo em comunicado.

O FMI informou que a escolha das 25 economias foi baseada "no tamanho de seus setores financeiros e suas conexões com os setores financeiros em outros países".

Trata-se dos maiores países desenvolvidos, entre eles o conjunto dos membros do G7 e os 12 países da Europa ocidental, assim como Austrália, economias asiáticas recentemente desenvolvidas (Coreia do Sul, Hong Kong, Cingapura) e emergentes (Brasil, China, Índia, México, Rússia e Turquia).

Esses relatórios foram criados a partir da crise asiática de fim dos anos 1990, com o objetivo de detectar eventuais desequilíbrios que surgirem em algum país em particular. Os primeiros datam de 2001.

Até agora, esses exames eram voluntários. Os Estados Unidos, país de origem da crise financeira mundial que explodiu em 2007, apenas submeteu-se a esses relatórios no fim de 2009.

O conselho de administração do fundo não decidiu ainda qual deverá ser a periodicidade desses relatórios, apesar de a direção do FMI ter proposto redigir um a cada três anos.

PAÍSES

Os 25 Estados que passarão pelo exame extra anunciado hoje são: Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Cingapura, China, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Holanda, Rússia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

Fonte: France Presse
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domingo, 2 de maio de 2010

FMI deve aprovar empréstimo de 30 bilhões de euros para Grécia

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O conselho de governadores do Fundo Monetário Internacional deve aprovar um empréstimo de emergência de 30 bilhões de euros [cerca de R$ 52 bilhões] para a Grécia "durante a semana", disse neste domingo (2) seu diretor-gerente, Dominique Strauss-Kahn.

"Com o objetivo de apoiar os esforços da Grécia para colocar sua economia nos trilhos, os países membros da zona do euro prometeram um total de 80 bilhões de euros [cerca de R$ 139 bilhões de reais] em forma de empréstimos bilaterais", destacou Strauss-Kahn em um comunicado.

"Uma missão do FMI, em coordenação com representantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu, também chegou a um acordo com as autoridades gregas para apoiar este programa com um empréstimo stand-by em três anos, de 26 bilhões de DTS (direitos especiais de giro), o que representa cerca de 30 bilhões de euros ou 40 bilhões de dólares", disse Strauss-Khan.

Pacote de ajuda

Ainda neste domingo os ministros de Finanças da zona do euro decidiram que a Grécia vai receber 110 bilhões de euros (US$ 146 bilhões) em ajuda internacional entre 2010 e 2012, sendo que 80 bilhões de euros sairão do bolso dos países que utilizam a moeda europeia.

"Decidimos ativar o plano de ajuda à Grécia", anunciou em entrevista coletiva o presidente do Eurogrupo (grupo de ministros de Finanças da zona do euro), Jean-Claude Juncker.

Antes dos primeiros desembolsos, será preciso, no entanto, completar nos próximos dias a tramitação parlamentar dos empréstimos bilaterais em alguns Estados-membros.

Juncker deixou claro que as autoridades gregas terão o dinheiro até o próximo dia 19, data de um importante vencimento da dívida pública do país.

O presidente do Eurogrupo também anunciou a realização de uma cúpula extraordinária dos líderes da zona no dia 7 para fazer uma primeira avaliação da tramitação dos empréstimos em nível nacional.

Na mesma entrevista coletiva, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, elogiou a decisão e assegurou que o programa de ajuste trienal está sujeito a estritas condições.

"É um dia importante para a Grécia e para a estabilidade financeira e o euro", afirmou o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da UE (União Europeia), Olli Rehn.

Medidas de austeridade

O ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou, assegurou hoje que o país deixará seu deficit abaixo de 3% em 2014 a partir do plano de austeridade.

"Em 2014 o deficit estará abaixo de 3%", assegurou o ministro, que acrescentou que as ajudas internacionais para evitar a quebra grega vão de 2010 até inícios de 2013, e seu montante será revelado ainda hoje, em Bruxelas.

"O programa [de austeridade] implica um esforço fiscal de 11 pontos do PIB, ou seja, 30 bilhões de euros em três anos [até 2013], em adição ao anunciado no programa econômico para 2010", explicou o ministro.

Para reduzir o deficit, que em 2009 atingiu quase 14% do PIB (soma das riquezas do país), para 3,6% em 2013, o governo grego deve se comprometer com os salários do funcionalismo público, estancar as contratações e congelar os salários durante três anos.

Além disso, as aposentadorias e pensões também foram cortadas, segundo a imprensa grega. Os impostos sobre álcool, tabaco e gasolina subiram em 10%, entre outras medidas.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gregos desaprovam pedido de ajuda para UE e FMI

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Os gregos desaprovam a decisão do primeiro-ministro do país, Georges Papandreu, de pedir ajuda à União Europeia e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para terminar com a crise financeira do país, e temem conflitos sociais, segundo uma pesquisa publicada nesta terça-feira.

Um total de 60,9% dos gregos são contrários à decisão do governo de recorrer a esta ajuda financeira, e 70,2% não desejam que o FMI empreste dinheiro à Grécia, segundo a primeira pesquisa publicada no país desde que a Grécia oficializou o pedido de ajuda na sexta-feira.

O aumento do deficit grego --que apenas no ano passado foi de 13,7% do PIB-- provocou uma crise que levou o governo do país, na sexta-feira passada, a pedir a ativação de um empréstimo de emergência de 45 bilhões de euros.

No entanto, o nível de popularidade do primeiro-ministro continua algo, com 50,8% de aprovação. O Partido Socialista (PASOK), no poder, tem 30,6% de opiniões positivas, contra apenas 21% para o principal partido de oposição, Nova Democracia (direita).

Além disso, 67,4% dos 1.400 entrevistados pelo instituto Public Opinion para o canal de TV Mega temem conflitos sociais no país.


Alemanha

Os alemães, que a princípio serão os maiores colaboradores do pacote de ajuda à Grécia, também expressaram desaprovação em relação ao empréstimo.

Segundo a pesquisa realizada para a emissora francesa de televisão France 24 e para o grupo alemão WELT, 57% dos alemães consideram que uma ajuda financeira à Grécia é uma "decisão ruim". Apenas 33% dos entrevistados se declaram favoráveis a um apoio financeiro.

Em dúvida sobre a liberação de fundos para a Grécia, o governo alemão emitiu opiniões divergentes na segunda-feira, preocupado em acalmar os mercados financeiros.

No entanto, Berlim impõe como condição a apresentação pelo governo grego de um programa de redução dos déficits públicos e de reformas de vários anos.

"Por quê nós pagamos aos gregos por suas aposentadorias de luxo?", questiona o jornal Bild na primeira página nesta terça-feira, na qual acrescenta que um retorno ao dracma, a antiga moeda grega, "seria o melhor para o euro".

Fonte:France Presse
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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bric pede reforma urgente do sistema financeiro global

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Os quatro principais países emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia e China (Bric)pediram nesta quinta-feira uma reforma das instituições financeiras internacionais para dar maior voz aos países em desenvolvimento, e argumentaram que o grupo é vital para uma nova ordem mundial.

O pedido de maior influência dos Brics em instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) acontece antes de encontros do G20 e do FMI, marcados para este mês em Washington.

Os líderes de Brasil, Rússia, Índia e China disseram que a reforma no sistema de votação do Banco Mundial deve ser aprovada nas reuniões do FMI para dar maior influência aos países em desenvolvimento.

Citando um prazo mais específico, os líderes afirmaram que essas reformas devem estar concluídas até um encontro do G20 marcado para novembro.

"Brasil, Rússia, Índia e China têm papel fundamental a desempenhar nessa nova ordem internacional mais justa, representativa e segura", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após reunir-se com os demais chefes de Estado do bloco.

O grupo vem pressionando por reformas desde a crise financeira global de 2008. Eles argumentam que o sistema atual é dominado de forma injusta pelas economias avançadas, como Estados Unidos, Japão e Europa.

O comunicado afirma que o grupo resistirá a todas as formas de protecionismo comercial e buscará um incremento no comércio entre si em moedas locais, deixando de lado o dólar norte-americano.

Mas os Brics recuaram das conversas feitas no ano passado de estabelecer uma nova moeda de reserva e enfatizaram a importância da manutenção da estabilidade das principais moedas de reserva. Como uma das maiores detentoras de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, a China não está disposta a ver diminuiur o valor de seus investimentos.

Apesar de o grupo ter força econômica e abrigar 40 por cento da população mundial, as diferenças entre os quatro países se tornaram mais evidentes desde o primeiro encontro na Rússia, no ano passado, o que expõe a limitação das ambições do Bric.

"Apoiamos uma ordem mundial multipolar, equânime, democrática e justa com a (Organização das Nações Unidas) desempenhando um papel central no combate aos desafios globais", disse o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

O encontro entre os países do Bric foi comprimido quando o presidente chinês Hu Jintao decidiu antecipar sua volta à China por conta de um forte terremoto no oeste do país.

Em uma das poucas medidas concretas na direção da cooperação entre os quatro países, os bancos de desenvolvimento dos integrantes dos Brics assinaram um memorando de entendimentos para financiamento conjunto de projetos.


CHINA E BRASIL ASSINAM ACORDOS

China e Brasil, que são as maiores economias da Ásia e da América Latina, usaram a cúpula para fortalecer seus laços, com acordos comerciais e de investimentos.

Hu e Lula assinaram um "plano de ação" com duração de cinco anos, destinado a reforçar a cooperação nas áreas de comércio e energia. Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

Outros projetos definidos incluem uma siderúrgica de 5 bilhões de dólares no porto de Açu (RJ), maior investimento já feito pela China no Brasil, que tem uma das maiores reservas mundias de ferro.

A chinesa Wuhan Iron and Steel e a brasileira LLX Logística, controlada pelo bilionário Eike Batista, irão construir a usina.

A chinesa Sinopec e o banco de desenvolvimento do país também assinaram um acordo de cooperação com a Petrobras, disse o presidente da Sinopec, Su Shulin, à Reuters.

Su afirmou que o acordo vai englobar o desenvolvimento de recursos petrolíferos brasileiros e negócios comerciais com a China.

Fonte: Reuters
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Brasil, Índia e África do Sul exigem reforma do sistema financeiro global

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Brasil, Índia e África do Sul exigiram nesta quita-feira (15) a reestruturação das instituições financeiras globais para assegurar um mundo mais equitativo e justo, no qual haja ênfase no desenvolvimento sustentável e no combate à pobreza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu colega da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, se reuniram em Brasília na quarta cúpula do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) e destacaram que ainda é necessário fortalecer o papel dos países em desenvolvimento no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial.

"Precisamos reformar as instituições de Bretton Woods para aumentar sua efetividade, transparência, credibilidade e legitimidade", diz a Declaração de Brasília, assinada pelos três líderes, segundo os quais a crise financeira que explodiu em 2008 ainda persiste.

Nesse sentido, exigiram um "aumento substancial" do capital do Banco Mundial para que possa melhorar sua capacidade de atender as necessidades creditícias dos países pobres e, especialmente, do continente africano.

Os três líderes também pediram uma "urgente" reforma e ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas para torná-lo "mais democrático e representativo" e com voz e voto para os países em desenvolvimento.

"Já não podemos aceitar que a maioria da população do mundo siga sem representação no Conselho de Segurança", disse Zuma, cuja declaração foi referendada pelo primeiro-ministro da Índia, para quem os países do Ibas coincidem "plenamente" em relação à "urgência" da reforma da ONU.

Os três governantes também apontaram que a comunidade internacional deve retomar as negociações da Rodada de Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), para acelerar a recuperação econômica e também como um instrumento de desenvolvimento, especialmente orientado aos mais pobres.

Nesse sentido, mostraram sua preocupação com as "excessivas exigências" dos países ricos em relação a nações em desenvolvimento sem oferecer contrapartidas "adequadas" nas negociações comerciais.

"A conclusão da Rodada de Doha é inadiável para corrigir de uma vez as anomalias" que ainda persistem no comércio internacional, disse Lula.

A mudança climática também esteve presente nas discussões. Os líderes se comprometeram a promover um "esforço global" para que haja um "acordo vinculativo" na Conferência sobre a Mudança Climática que será realizada no México no final deste ano.

Os três países reafirmaram seu compromisso com a meta de uma completa eliminação das armas atômicas, mas também reconheceram "o direito" do Irã de desenvolver seu programa nuclear com fins pacíficos e destacaram a necessidade de alcançar uma solução pacífica para o conflito e por vias diplomáticas.

"Pedimos ao Irã total cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica e que cumpra as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", diz a Declaração de Brasília.

Lula, Zuma e Singh manifestaram suas condolências a chilenos e haitianos pelos terremotos que os castigaram neste ano e, no caso do Haiti, convocaram a comunidade internacional para contribuir na reconstrução do país sob a liderança da ONU.

No âmbito da cooperação trilateral, foi decidido desenvolver um programa espacial conjunto com direito à construção de dois satélites para estudos meteorológicos, agrícolas, de navegação e observação da Terra, que inclusive poderão prestar serviços a outros países, segundo disse Lula.

Além disso, houve a assinatura de um acordo para aumentar a cooperação em energia solar e um memorando de entendimento que abrirá espaço para a cooperação futura na agricultura.

A reunião do fórum Ibas deu lugar à cúpula do grupo Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

Lula e Singh se uniram nessa segunda cúpula do dia aos presidentes da China, Hu Jintao, e da Rússia, Dmitri Medvedev.

A cúpula do Bric estava marcada para amanhã, mas foi antecipada a pedido de Hu Jintao, que decidiu antecipar seu retorno à China devido ao terremoto que sacudiu ontem a região de Qinghai, deixando mais de 600 mortos.

Fonte: EFE
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