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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Egito pode fechar acordo de 4 Bi com a Rússia

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O Egito está considerando gastar até 4 bilhões de dólares em armamentos avançados da Rússia após a suspensão parcial da ajuda militar e entregas de equipamentos dos Estados Unidos , segundo um jornal.
De acordo com Donia Al-Watan, Moscou tem oferecido ao Cairo " um acordo histórico dando ao Egito uma opção para comprar o armamento mais avançado , sem quaisquer restrições . "
As fontes citadas, afirmam que um país do Golfo Pérsico não revelado concordaram em fornecer o financiamento.
O relatório surge na véspera da visita ao Egito de uma delegação militar russa liderada pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu . Uma fonte no Ministério da Defesa russo disse à RIA Novosti nesta quinta-feira (7) que a delegação iria visitar a Sérvia e o Egito entre os dias 12-15 de novembro.
A fonte disse que a delegação russa inclui o primeiro vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar , Andrei Boitsov e funcionários da Rosoboronexport.
A visita foi precedida por um ataque de diplomacia entre Moscou e Cairo com troca de visitas não-oficiais a portas-fechadas nas últimas semanas.
Rumores sobre a assistência militar da Rússia ao Egito para atender às necessidades de segurança têm circulado na mídia desde a semana passada e intensificou-se em torno de uma recente visita ao Egito do secretário de Estado dos EUA , John Kerry , que foi amplamente considerado uma tentativa de consertar o enfraquecimento nos laços  bilateral e evitar possíveis acordos militares com a Rússia .
A administração Obama anunciou em 09 de outubro que haviam decidido "manter a entrega de certos sistemas militares de grande escala e ajuda em dinheiro para o governo egípcio, dependendo de seu caminho para um governo democraticamente eleito. "
De acordo com as autoridades americanas , a ajuda suspensa incluía a entrega de quatro caças  F-16, 10 helicópteros Apache , MBT's M1A1 e mísseis Harpoon antinavio.
O anúncio , bem como o apoio dos EUA ao presidente deposto Mohammed Morsi, irritou as autoridades egípcias , o que levou o ministro interino do Exterior Nabil Fahmy chamar as relações EUA-Egito "turbulentas" e "instaveis".
Fontes disseram que Kerry tinha oferecido ao Egito restaurar todos os elementos da ajuda militar , no valor de 1,5 bilhão por ano, e " trazer as relações bilaterais ao nível anterior ", mas o ministro da Defesa egípcio Abdel Fattah el- Sisi rejeitou todas as propostas norte-americanas .
Para Moscou, a renovação dos laços militares com o Egito poderia significar um retorno ao Oriente Médio , enquanto a diplomacia dos EUA está falhando em toda a região.
A União Soviética e o Egito possuíam estreitos laços durante a década de 1960 e início de 1970 , quando o país árabe foi liderado por Abdel Nasser. Mas, dentro de anos após a morte de Nasser , o novo presidente Anwar Sadat começou a reorientar o país em direção ao oeste e expulsou cerca de 20 mil conselheiros militares russao estacionados no Egito em julho de 1972. As relações bilaterais , desde então, nunca mais retornaram para ao nível anterior.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Egito critica decisão dos EUA de suspender ajuda

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O Egito criticou nesta quinta-feira a decisão tomada pelos Estados Unidos de suspender parte da ajuda econômica e militar ao governo egípcio na esteira da repressão à Irmandade Muçulmana.
A medida adotada pelos EUA suspende o fornecimento de tanques e aviões de combate, mas assegura o apoio a atividades de contraterrorismo. O Egito é o segundo maior receptor de ajuda dos EUA, depois de Israel.
"A decisão foi errada. O Egito não vai se dobrar à pressão norte-americana e mantém o caminho para a democracia", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Badr Abdelatty, em entrevista a uma rádio privada egípcia.
Os EUA anunciaram na quarta-feira que suspenderiam o envio de tanques, caças, helicópteros e mísseis ao Egito, além de US$ 260 milhões em ajuda financeira, enquanto Washington avalia a situação da democracia e dos direitos humanos depois da tomada do poder pelos militares no país árabe.
A decisão demonstra a insatisfação norte-americana com os rumos do Egito desde a deposição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em 3 de julho
 
Fonte: Reuters
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Os dois lados da ajuda dos EUA ao Egito

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Apesar das críticas, Washington continua a apoiar os militares no Cairo, que derrubaram em julho um governo eleito democraticamente. Setor de armamentos americano é um dos maiores beneficiados do acordo.
 
A resposta parecia ser difícil para Barack Obama. Quando foi questionado, durante entrevista na TV em agosto, sobre o porquê de Washington ainda continuar apoiando os militares no Egito, o presidente americano pareceu pesar cada frase. Ele observou que seu governo está reavaliando as relações com o Cairo e que é preciso considerar o que está nos interesses de longo prazo dos dois países.
 
Todo ano, 1,5 bilhão de dólares são destinados ao Egito, dos quais 1,3 bilhão vão para os militares. Depois que o Exército derrubou Mohammed Morsi da presidência, em julho de 2013, a ajuda financeira americana começou a ser alvo de críticas. Mas Washington mantém o auxílio – interrompê-lo poderia colocar em risco seus interesses de segurança na região.
 
Mas Obama evitou abordar um aspecto importante e menos conhecido dessa ajuda militar. O programa não tem apenas significado político: também está estreitamente ligado aos interesses na indústria bélica dos EUA, atrás da qual existe um poderoso lobby.
 
Aliança estratégica
 
O dinheiro para o Egito nunca deixa, de fato, os EUA, conforme define o acordo sobre o qual se baseia a ajuda militar. Assim que o Congresso americano aprova o pagamento, o valor é depositado numa conta no Federal Reserve (Fed, banco central), em Nova York, que repassa a verba a um fundo do Departamento do Tesouro. De lá, o dinheiro é transferido a parceiros contratuais, isto é, a empresas de material bélico e fornecedores.
 
Todos esses parceiros contratuais precisam ter uma base nos EUA. Em parte, há empresas multinacionais, mas que possuem subsidiárias no país. O importante é que a corporação contrate mão de obra americana. Ou seja, o dinheiro dos subsídios não flui em direção ao Cairo, mas acaba nos EUA, criando ali empregos de certa forma subsidiados pelo Estado.

A ajuda militar americana tem como fundamento o tratado de paz egípcio-israelense de 1979. O Egito, país mais populoso do mundo árabe, é um dos pilares mais importantes da política externa dos EUA no Oriente Médio – entre outras coisas devido à importância estratégica do Canal de Suez, controlado pelo Cairo.
 
"Em seus mais de 30 anos de história, a ajuda foi muitas vezes questionada no Congresso", lembra Shana Marshall, cientista política do Centro de Estudos sobre o Oriente Médio da Universidade George Washington. Quando isso acontece, a indústria bélica envia uma equipe de lobistas para convencer os membros do Congresso da importância da manutenção da ajuda militar. "Eles argumentam tanto com base nos interesses de segurança quanto com uma eventual queda na produção e a perda de postos de trabalho no país, caso o programa de assistência militar seja interrompido."
 
Tanques no armazém
 
Neste ano, um outro componente surgiu no debate político interno dos EUA. Desde o começo do ano, uma série de cortes orçamentários profundos passou a vigorar para reduzir o deficit orçamentário dos EUA. Um dos setores mais afetados é o Exército. Os cortes atingiram, entre outros, a produção de novos equipamentos militares, o que atinge a indústria de armamentos.
 
Para evitar que trabalhadores altamente qualificados sejam demitidos, algumas empresas têm exigido que o setor político mantenha os contratos de exportação de armas como uma espécie de "compensação". Há controvérsias sobre até que ponto essa posição é apoiada pelo Estado.
 
O certo é que nem todos os equipamentos bélicos que os militares egípcios compram nos EUA com a ajuda recebida são usados realmente. "Alguns tanques que foram entregues estão esquecidos em armazéns e depósitos no Egito", diz Jason Brownlee, cientista político da Universidade do Texas, especialista nas relações entre EUA e Egito. "Em geral, não há argumentos convincentes para se vender mais material bélico tradicional ao Egito."
 
Especialistas concordam que os EUA obtêm benefícios políticos de sua parceria com o Egito. Considerando os muitos privilégios que o país tem na região, o montante da ajuda é considerado relativamente baixo. Apesar de sua grande influência, as necessidades da indústria bélica parecem ter um papel secundário na decisão sobre a manutenção da ajuda.
 
O que fica em aberto é o que que ocorreria se os pagamentos fossem interrompidos por razões políticas. Nos contratos que os militares egípcios têm com as empresas americanas, o governo dos EUA também aparece como signatário e garante que as armas serão compradas.
 
"Diante da interrupção e como compensação, as empresas de armas dos EUA que tiverem contratos muito lucrativos com o Egito provavelmente recorrerão a contratos semelhantes com outros países, como Iraque, Afeganistão, Paquistão ou Somália, por exemplo", prevê Shana Marshall.
 
Na entrevista para a televisão, o autor da pergunta ficou satisfeito com a resposta evasiva de Obama. No fim de setembro, o presidente americano se pronunciou pela última vez sobre a ajuda ao Egito, em discurso perante as Nações Unidas. Ele repetiu sua afirmação de que as relações estão sendo revistas. No início de outubro, a parcela pendente para 2013 foi transferida.
 
Fonte: Deutsche Welle
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domingo, 6 de outubro de 2013

Confrontos deixam mais de 40 mortos e centenas de feridos no Egito

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Ao menos 44 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas no Egito, durante confrontos entre a polícia e partidários de Mohammed Morsi, presidente islâmico deposto em julho.
 
Uma multidão de pessoas pró-Morsi tentou entrar na Praça Tahrir, no centro da capital, onde milhares de manifestantes que defendem o Exército se reuniam para marcar o 40º aniversário da guerra entre o Egito e Israel, em 1973.
 
As forças de segurança usaram armas e bombas de gás para controlar a multidão. Jatos e helicópteros sobrevoavam a área, como uma grande demonstração de força por parte do governo.
 
Segundo o correspondente da BBC no Cairo, Quentin Sommerville, os simpatizantes de Morsi foram atingidos com munição de verdade - e responderam lançando pedras contra policiais e soldados.
 
As batalhas nas ruas do Cairo duraram horas, e era possível ver colunas de fumaça em várias partes da acpital.
 
Mas, de acordo com Sommerville, os militares acabaram conseguindo superar os manifestantes.
 
Polarização
 
Mas não foi apenas no Cairo que houve violência. Os protestos deste domingo terminaram em conftonso em diversas cidades do país. Em Delga, a 300 quilômetros ao sul da capital, uma pessoas foi morta. O mesmo aconteeu em Bani Suef, a 80 quilômetros do Cairo.
 
Milhares de manifestantes islâmicos já morreram em conflitos violentos no país desde que Morsi deixou o poder, 13 meses após ser eleito presidente.
 
Ele e outras figuras importantes da Irmandade Muçulmana foram presos e aguardam julgamento.
 
Apesar das ameaças das forças do governo, simpatizantes do grupo continuam a tomar as ruas para pedir a volta de Morsi, ainda que em menor número que antes.
 
Os conflitos evidenciam a forte polarização em curso no Egito. De um lado, islâmicos tentam mostrar sua força e contam com apoio de grande parte da população.
 
Mas a outra metade do Egito teme o avanço islâmico que se esboçou na política do país.
 
Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Explodem choques entre islamitas egípcios e forças da ordem no Cairo

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Islamitas egípcios e forças da ordem entraram em confronto nas imediações da praça Tahrir, no centro do Cairo, em uma nova jornada de protestos contra a deposição de Mohammed Mursi do poder, informaram à Agência Efe fontes de segurança.
 
As fontes explicaram que os seguidores do presidente deposto tentam entrar na Tahrir e lançam pedras contra os soldados, que estão respondendo com gás lacrimogêneo.
 
Os manifestantes ocupam vários acessos à praça, que se encontra bloqueada pelas forças da ordem.
 
Além disso, os militares cortaram com blindados e cercas de arame os acessos que levam ao palácio presidencial Itihadiya, no leste da capital, para onde se dirige outra marcha de islamitas.
 
As forças da ordem também reforçaram sua presença em outras praças do Cairo, como a de Rabea al Adauiya, de onde foram desalojados em 14 de agosto os acampamentos dos seguidores de Mursi, episódio que terminou com mais de 600 de mortos.
 
Além disso, hoje ocorreu um enfrentamento entre manifestantes e moradores do bairro cairota de Manial, onde centenas de islamitas se concentravam para reivindicar a volta ao poder do líder deposto, segundo a agência estatal de notícias "Mena".
 
Houve choques similares no distrito de Shubra, onde os partidários da Irmandade Muçulmana tentaram organizar uma marcha depois da oração do meio-dia.
 
Outras manifestações ocorreram em outras partes do país, como na cidade mediterrânea de Alexandria.
 
Grupos de islamitas egípcios iniciaram hoje uma nova série de protestos contra a queda de Mohammed Mursi que continuarão até a marcha de domingo na praça Tahrir.
 
A chamada Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade convocou em comunicado os egípcios a participar de manifestações "de forma ininterrupta e sem violência" de hoje até 6 de outubro, quando se lembra no país o aniversário da guerra árabe-israelense de 1973.
 
Os islamitas explicaram que a marcha de domingo, sob o lema "Cairo, a capital da revolução", representa um "tributo aos heróis do exército nacional e patriótico", em oposição aos militares que em 3 de julho depuseram Mursi.
 
A aliança considerou que "os verdadeiros líderes são aqueles que realizam sua responsabilidade em circunstâncias difíceis e apontam suas armas para o inimigo real, nas fronteiras da pátria".
 
Fonte: EFE
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Egito prorroga estado de emergência por mais dois meses

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O presidente interino do Egito, Adly Mansour, prolongou nesta quinta-feira por mais dois meses o estado de emergência, em vigor desde 14 de agosto. A medida foi aplicada por um mês como resposta aos protestos de grupos islamitas contra a deposição do presidente Mohammed Mursi, em 3 de julho.
 
A retirada do mandatário islamita, escolhido em eleições diretas, foi coordenada pelos militares, depois que seu governo foi contestado por liberais por tomar medidas autoritárias, querer a aplicação da lei islâmica e ser considerado responsável pela forte crise econômica no país.
 
A saída de Mursi provocou uma forte crise política e intensos protestos da Irmandade Muçulmana, grupo ao qual ele era vinculado. As manifestações terminaram em uma série de confrontos violentos que deixaram mais de 1.200 mortos em dois meses.
 
Em comunicado, o presidente justificou a decisão por causa da "evolução e da situação de segurança no país" e a atentados terroristas. Na última quinta (5), o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, foi vítima de uma explosão de um carro-bomba, reivindicada por um grupo radical islâmico.
 
A prorrogação foi aprovada pelo Conselho de Ministros e entra em vigor a partir desta quinta. Com o decreto, o governo interino chega a seu limite de tempo para manter o estado de emergência, se for seguido o anúncio constitucional emitido em julho, logo após a queda de Mursi.
 
A medida só poderá ser prorrogada se o governo interino convocar um referendo que, se aprovado, pode prolongá-lo por três meses. Durante o período de exceção, o Exército ganha pode de polícia e são suspensos direitos como greve, defesa, propriedade privada e celebração de comícios e eventos políticos.
 
Além do estado de emergência, diversas cidades egípcias, incluindo a capital Cairo, estão submetidas a toque de recolher noturno, que também foi estipulado em 14 de agosto e deveria durar um mês. O governo ainda não se pronunciou a respeito da manutenção da medida.
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Entenda a nova onda de protestos e a crise política no Egito

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Em meio a uma nova onda de protestos no Egito, o chefe das Forças Armadas do país afirmou nesta terça-feira que a crise política atual pode levar "ao colapso do Estado".
O comentário, feito pelo general Abdul Fattah al-Sisi na página do Exército no Facebook, se segue a uma madrugada de manifestações em cidades como Porto Said, Ismailia e Suez, onde a população ignorou um toque de recolher imposto pelo presidente egípcio, Mohammed Morsi.
 
Tropas militares foram enviadas às cidades ao longo do canal de Suez, para conter os protestos, que prosseguiram nesta terça. Muitos manifestantes pedem a saída de Morsi.
Nos últimos dias, mais de 50 pessoas morreram durante confrontos.
Leia, abaixo, o que está por trás da atual onda de protestos:
Como começaram os protestos?
Manifestações no Cairo, Alexandria e outras cidades egípcias marcaram, em 25 de janeiro, o segundo aniversário da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, mas os protestos acabaram se voltando contra Morsi.
Seculares, cristãos, liberais e outros críticos do governo de Morsi acusam o presidente (do Partido Irmandade Muçulmana), eleito no ano passado, de trair os ideais da revolução.
Há insatisfação popular com a ampliação dos poderes de Morsi e com a nova Constituição aprovada em referendo, mas que muitos dizem favorecer a parcela islâmica da população.
 
Em Porto Said, protestos continuaram no sábado, depois que uma corte local sentenciou 21 pessoas à morte pelos episódios de violência ocorridos em um jogo de futebol, em fevereiro de 2012. Na ocasião, 70 pessoas morreram em confrontos após uma partida do time local al-Masry, que jogava contra o al-Ahly, do Cairo.
Alguns moradores de Porto Said dizem que policais responsáveis pela segurança da partida não foram punidos e que apenas torcedores foram condenados, como bodes expiatórios.
Os protestos estão ligados entre si?
Os protestos nas cidades são separados, mas ligados por fatores comuns, como a perda de confiança nas instituições do Estado (em especial os serviços de segurança e o Poder Judiciário) e a sensação de ausência de lei e ordem.
Qual tem sido a resposta de Morsi?
Na noite de domingo, o presidente fez um pronunciamento na TV anunciando um estado de emergência em três cidades ao longo do canal de Suez: Porto Said, Ismailia e Porto Suez. Ele ordenou um toque de recolher noturno, válido por 30 dias.
Desde então, o gabinete deu ao presidente poderes para mandar o Exército às ruas "para ajudar a polícia a preservar a segurança".
Morsi também chamou a oposição para conversas no palácio presidencial, na tentativa de restaurar a unidade nacional. Mas a principal coalizão oposicionista, a Frente Nacional de Salvação, rejeitou a proposta, alegando que ela é apenas "cosmética" e "vazia de significado".
O que é a Frente Nacional de Salvação?
Em novembro passado, uma parte da fragmentada oposição egípcia se uniu para formar a Frente Nacional de Salvação, criticando um decreto que expandiu os poderes presidenciais e um projeto de Constituição que, na opinião de muitos, favorece os islâmicos.
A Frente alegava que as medidas representavam uma usurpação do poder por parte de Morsi e seu aliados.
Mohamed ElBaradei, ex-diplomata na ONU, é o coordenador da Frente, que inclui também o ex-chanceler e ex-chefe da Liga Árabe Amr Moussa e o líder esquerdista Hamdeen Sabahi.
Recentemente, o grupo ameaçou boicotar as eleições parlamentares, prevista para os próximos meses, caso suas exigências - a formação de um governo nacional e a antecipação do pleito presidencial - não sejam cumpridas.
 
Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chefe militar adverte sobre risco de colapso de Estado no Egito

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Egito, Abdel Fattah al Sisi, advertiu nesta terça-feira sobre o risco de colapso do Estado por causa dos protestos violentos da oposição do Egito. Desde sexta (25), mais de 60 pessoas morreram no país.
 
Os protestos acontecem em meio aos dois anos de lembrança da revolta que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak, em 2011, e dias após o veredicto que condenou à morte 21 envolvidos no massacre durante um jogo de futebol em Port Said, que deixou 74 mortos em fevereiro de 2012.
 
Devido à violência dos protestos, o presidente Mohamed Mursi decretou no domingo (27) toque de recolher em três cidades do país e pediu ao Parlamento que autorizasse o uso do Exército na segurança pública, o que aprovado pelo Legislativo na segunda (28).
 
Em mensagem na página do Exército na rede social Facebook, o comandante militar disse que os desafios econômicos, políticos e sociais que o Egito enfrenta representam "uma verdadeira ameaça à segurança do Egito e à coesão do Estado egípcio".
 
"A continuação do conflito entre as diferentes forças políticas e suas diferenças em relação ao comando do país podem levar ao colapso do Estado e ameaçam gerações futuras. A continuação desse cenário sem ser resolvido conduzirá a consequências graves que influenciarão a estabilidade".
Considerando esse cenário, Sisi defendeu que as Forças Armadas continuem a controlar o país e sejam "o bloco coeso e sólido" em que o Estado repousa. Ele também apoiou o toque de recolher em Suez, Port Said e Ismailia, que, para o chefe militar, são cidades estratégicas.
 
No entanto, ele reconheceu que os militares enfrentam o dilema de não poder interferir no direito de livre manifestação dos cidadãos, mas precisam proteger locais cruciais que afetam à segurança nacional. Por isso, ele pediu que as manifestações da oposição sejam pacíficas.
 
AUTORIZAÇÃO
 
Na segunda (28), o Parlamento do Egito autorizou que as Forças Armadas se juntem à polícia para controlar os protestos no país. De acordo com a nova lei,, as forças armadas podem prender civis e encaminhar as queixas para o Ministério Público para que sejam julgadas por tribunais civis.
 
O envio do Exército às ruas foi usado para controlar os ânimos dos opositores em diversas ocasiões pela junta militar que governava o país até junho e pelo próprio Mursi. Na semana passada, as tropas foram usadas para garantir a segurança no Cairo, em Suez e em Port Said.
 
O lei aprovada pelo Senado é parte de uma série de medidas anunciadas por Mursi após cinco dias de manifestações violentas contra seu governo nas principais cidades do país, que coincidiram com os dois anos do início da revolta que levou à queda do ditador Hosni Mubarak.
 
A violência tomou proporções maiores em Port Said, onde foi divulgada no sábado (26) a condenação à pena de morte de 21 acusados de terem provocado o massacre em um estádio de futebol da cidade, em fevereiro de 2012, em que 74 pessoas morreram. Nos protestos de três dias atrás, houve 32 mortes.
 
O presidente também propôs mais uma rodada de diálogos nacionais, assim como feito durante os protestos de dezembro contra a nova Constituição. Assim como no mês passado, o evento foi novamente boicotado pela oposição.
 
Fonte: Folha
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sábado, 26 de maio de 2012

Político islâmico e ex-militar farão 2o turno no Egito

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Resultados preliminares da eleição presidencial egípcia divulgados na sexta-feira indicam que o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, irá enfrentar o brigadeiro da reserva Ahmed Shafiq no segundo turno, em 16 e 17 de junho.

Os resultados oficiais estão previstos apenas para terça-feira, mas um juiz envolvido na totalização disse que, com 90 por cento das urnas apuradas, Mursi e Shafiq lideram. O esquerdista Hamdeen Sabahy aparece em terceiro, segundo essa fonte.

Funcionários da Irmandade Muçulmana disseram que seu candidato teve 25 por cento dos votos, e que Shafiq ficou em segundo lugar. De acordo com essa versão, porém, Sabahy ficou em quarto lugar, atrás do candidato islâmico independente Abdel Moneim Abol Fotouh.

O primeiro turno, realizado na quarta e quinta-feira desta semana, polarizou os egípcios entre aqueles que desejam evitar a eleição de um político religioso e os que temem a volta de políticos ligados ao deposto regime de Hosni Mubarak - de quem Shafiq foi o último premiê.

Shafiq, conhecido por seu jeito direto de falar, era o azarão numa disputa em que o ex-chanceler Amr Moussa e o ex-membro da Irmandade Abol Fotouh despontavam como favoritos.

Sua ascensão reflete a preocupação de muitos egípcios com a desordem e com a violência política que assola o país desde a deposição de Mubarak.

A eleição, que pela primeira vez na história egípcia representa uma disputa real, marca o apogeu de uma turbulenta transição desde a revolta que derrubou Mubarak, há 15 meses. Mas o segundo turno pode motivar mais distúrbios, pois adversários de Shafiq prometem sair às ruas se ele for eleito.

Já a vitória de Mursi, da Irmandade, pode agravar as tensões entre os políticos islâmicos, que são maioria no Parlamento, e as Forças Armadas, que há 60 anos dominam a política do país, e devem manter forte influência depois que a junta militar empossar o novo presidente, em 1o de julho.

Cristãos e liberais laicos, preocupados com suas próprias liberdades e com o futuro do vital setor turístico egípcio, veem com temor as propostas da Irmandade para a adoção de uma legislação islâmica.

"Agora os egípcios vão ter de escolher entre a revolução e a contrarrevolução. A próxima votação será o equivalente a um referendo sobre a revolução", disse à Reuters Mohamed Beltagy, dirigente da Irmandade.

Mas os políticos islâmicos demoraram a aderir à revolução que derrubou Mubarak no ano passado, e alguns jovens envolvidos naquele movimento ficaram indignados com o resultado do primeiro turno, que lhes privou de uma opção mais liberal.

"Estou chocado", disse o taxista Tareq Farouq, 34 anos, no Cairo. "Como isso pôde acontecer? As pessoas não querem Mursi nem Shafiq. Estamos fartos de ambos. Eles estão levando as pessoas de volta à praça Tahrir", afirmou, numa alusão ao local do Cairo que foi o epicentro da revolta contra Mubarak.

A direção da Irmandade disse que vai se reunir "para galvanizar os eleitores islâmicos e egípcios para enfrentar o bloco dos 'feloul'", termo pejorativo que alude a remanescentes do regime de Mubarak.

O partido convidou políticos de outras correntes, inclusive Abol Fotouh e Sabahy, para discutir uma futura coalizão, segundo Yasser Ali, dirigente do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade.

Fonte: Reuters
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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Irmandade Muçulmana diz que resultados iniciais indicam vitória de Mursi

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O movimento Irmandade Muçulmana anunciou nesta quinta-feira que seu candidato à Presidência do Egito, Mohammed Mursi, foi o mais votado no primeiro turno das eleições desta semana, segundo os primeiros resultados manejados pelo grupo.

Em entrevista coletiva, o vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça - braço político da Irmandade -, Essam el-Erian, explicou que o resultado nos mais de 200 colégios onde já terminou a contagem dos votos indica vitória de Mursi.

O coordenador da campanha de Mursi, Salah Abdel Maqsud, lembrou que os dados divulgados até agora são provisórios, pois há mais de 13 mil colégios eleitorais em todo o país, mas destacou que tudo indica que Mursi passará ao segundo turno, que, se necessário, será realizado nos dias 16 e 17 de junho.

Abdel Maqsud destacou que as eleições transcorreram em um ambiente tranquilo e sem incidentes significativos.

A expectativa é que os resultados oficiais só sejam divulgados na próxima terça-feira, mas a Irmandade Muçulmana já avisou que irá divulgar seus dados conforme vá recebendo de sua ampla rede de delegados nos colégios de todo o país.

Em declarações à imprensa, um dos principais dirigentes da Irmandade, Mohammed Beltagui, comentou sobre a possibilidade de o general reformado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, disputar o segundo turno com Mursi, o que a transformaria "em um plebiscito sobre a revolução".

"Se Shafiq chegar ao segundo turno, será como se os egípcios fossem perguntados se estão com a revolução ou se se arrependem e preferem voltar ao antigo regime", disse.

As históricas eleições presidenciais que começaram na quinta-feira no Egito se realizam 15 meses depois da revolução que conseguiu acabar com 30 anos de mandato autoritário de Mubarak.

Fonte:  EFE
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Os próximos passos da revolução egípcia

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O Egito é hoje um laboratório de ideias e de ação social. Há, na jovem sociedade egípcia, algo muito denso, estremecedor, uma espécie de fé coletiva na ação comum, na iniciativa. Persiste uma lúcida desconfiança em relação ao sistema político, mas, aqui, cada voz é uma idéia, cada dia um sonho distinto, cada mão uma vontade irrevogável de defender o que foi conquistado mediante a ação coletiva com um único fim: a liberdade.

A revolução da Praça Tahrir já tem o primeiro horizonte democrático aberto. Após meses de protestos e bloqueios contra a demora com que a junta militar no poder organizou os passos legais da transição democrática logo após a derrubada do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, o Conselho Supremo da Forças Armadas (CSFA) colocou o calendário eleitoral sobre a mesa com um processo que terá quatro etapas. A primeira foi fixada para o próximo dia 28 de novembro. Nesse momento, serão eleitos os representantes da Assembleia do Povo (Câmara baixa), dois terços dos quais virão de listas fechadas e o restante de listas abertas. A segunda etapa ocorrerá com a eleição da Shura, a Câmara Alta, no dia 29 de janeiro. Depois, ocorrerá a redação de uma nova Constituição e, até o final de 2012, as eleições presidenciais.

A junta terminou por ceder à pressão da rua pela demora em tornar tangíveis as conquistas da revolução que estourou no dia 25 de janeiro deste ano. « Queriam nos anestesiar com promessas, divagações e, além disso, nos furtar a Revolução com uma agenda eleitoral totalmente inadeaquada para o Egito de hoje. Esta é só uma primeira greve, ainda falta muita coisa », diz Ibrahim Ahlal, um dos muitos professores que participa da greve que paralisou a educação egípcia. O « falta muita coisa » é muito mesmo e levará semanas para que a Praça Tahrir seja de novo a caixa de ressonância da contestação. Ainda que os meuios de comunicação internacionais tenha relegado o Egito a um quarto plano, a sociedade que se levantou no início do ano segue em pé. O Egito pós-Mubarak é um comovedor conjunto de iniciativas cidadãs, de movimentos sociais, de grupos de jovens, de sindicalistas independentes, de blogueiros e de comitês populares que vão desenhando um país distinto contra uma classe política que busca recuperar uma revolução em seu próprio benefício.

Um grafite pintado há uma semana em uma das ruas que conduz à Praça Tahrir revela o espírito de desconfiança que há entre a juventude revolucionária : O povo quer que o próximo presidente da República se vá .

Os setores em greve são numerosos. Empregados da companhia de transporte público do Cairo e de Alexandria, médicos dos hospitais públicos, trabalhadores dos portos do Mar Vermelho, bancários, todos lutam por melhorias nas condições de trabalho e aumentos de salário em um contexto de gargalo financeiro para o Estado. O governo enfrenta um dos maiores déficits da história e enfrenta as consequências de um crescimento que passou de 6% para 2%.

As organizações laicas de esquerda e os movimentos de jovens militantes reclamam, por sua vez, um panorama eleitoral equitativo e o cumprimento das promessas mais substancisias feitas pelos dirigentes da transição, ou seja, as medidas que o povo reivindicou na Praça Tahrir durante a revolução, em especial as de ordem social, salário mínimo decente, e as que dizem respeito aos ideais mais genuínos da revolução de janeiro, em especial o ideal da justiça : prisão dos policiais implicados na violência sem limites contra os manifestantes, fim dos julgamentos de civis em tribunais militares, eliminação do dispositivo jurídico herdado do antigo regime que fecha o caminho para a liberdade política, a criação de partidos políticos, a liberdade de expressão, assim como a promulgação de uma lei contra a traição a fim de purgar a administração pública. A estes anseios soma-se outro, expresso de maneira forte pela opinião pública : o reexame dos acordos de paz de Camp David firmados entre Egito e Israel em setembro de 1978.

Esse novo Egito ainda espera por nascer. A única coisa realmente concreta até agora são os julgamentos dos caciques do antigo regime, o resto está em estágio de espera, diz Ahmed Ezzat, o coordenador dos comitês populares para a defesa da Revolução, que promete sem ambiguidades que, se o espírito da revolução não se configurar, cada bairro do país será uma nova Praça Tahrir .

O principal problema que a geração revolucionária tem hoje é o papel da Irmandade Muçulmana. Os islamistas estão muito mais organizados e muito mais presentes que os movimentos laicos que já existiam – Wafd, Ghad ou a Frente Democrática – e inclusive que o Movimento 6 de abril que nasceu no Facebook e esteve a frente dos protestos de 2008 . A Irmandade está muito bem estruturada, tem o acúmulo de 60 anos de uma sólida rede ação social da qual carecem os movimentos revolucionários. Nos subúrbios do Cairo, o grupo exibe uma presenaça eficaz : a Irmandade Muçulmana dirige bancos, hospitais, consultórios médicos, oferece escolas grátis e está a frente de numerosas associações de caridade.

O governo estima que a Irmandade soma engtre 3 e 4 milhões de pessoas. O cálculo do número dois da Irmandade, Rashad al-Bayoumi, talvez seja o mais realista : não sabemos quantos somos, não contamos. Sabemos que estamos em todas as partes, em cada povoado, em cada cidade, em cada rua .

Os dados da segunda fase do processo estão lançados. Partidos políticos tradicionais, novos movimentos, partidos marginalizados pelo regime deposto, grupos e alianças em criação. O Egito é hoje um laboratório de ideias e de ação social. Há, na jovem sociedade egípcia, algo muito denso, estremecedor, uma espécie de fé coletiva na ação comum, na iniciativa. Persiste uma lúcida desconfiança em relação ao sistema político, mas, aqui, cada voz é uma idéia, cada dia um sonho distinto, cada mão uma vontade irrevogável de defender o que foi conquistado mediante a ação coletiva com um único fim: a liberdade.
Fonte: Carta Maior
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Explosão destrói gasoduto egípcio que abastece Israel e Jordânia

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Homens armados explodiram na madrugada desta terça-feira o trecho de um um gasoduto egípcio que abastece Israel e Jordânia, em uma ação que deixou um ferido, informaram testemunhas e fontes da segurança local.

A explosão ocorreu na região da cidade egípcia de Al Arish, no norte da península do Sinai, revelou um oficial.

Segundo testemunhas, uma pessoa ficou ferida no ataque, realizado por três homens que chegaram em uma caminhonete e abriram fogo contra o gasoduto.

Desde fevereiro passado, quando o ditador Hosni Mubarak foi deposto, este é o sexto ataque contra o gasoduto, provocando interrupções no fornecimento a Israel e Jordânia.

Nos últimos meses, o Egito reforçou o patrulhamento no Sinai para proteger melhor o gasoduto, que fornece 43% do gás natural consumido por Israel, onde produz 40% da eletricidade do país.

Fonte: Folha
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Egito vai investir na fronteira; tensão com Israel cresce

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O Egito anunciou na segunda-feira planos para desenvolver sua região na fronteira com Israel, após autoridades israelenses acusarem o Cairo de negligenciarem a área, que foi usada na semana passada por militantes armados que mataram oito israelenses, num incidente que gerou tensões entre os dois países.

Cinco membros das forças egípcias de segurança foram mortos na reação israelense aos ataques no balneário de Eilat, no mar Vermelho, na quinta-feira. O Egito disse que a ação israelense violou um tratado de paz de 1979.

Israel diz que os militantes responsáveis pela emboscada eram palestinos da Faixa de Gaza que entraram na península do Sinai (nordeste do Egito) e de lá se infiltraram no sul de Israel.

O Cairo tem dificuldades para impor sua autoridade no Sinai, uma região remota e desértica. Esse problema se agravou depois da deposição, em fevereiro, do presidente Hosni Mubarak, o que deixou um vazio de poder que foi prontamente explorado por habitantes do Sinai ressentidos com o governo central egípcio.

Israel lamentou a morte dos soldados egípcios e disse estar investigando o incidente, mas ao mesmo tempo há pressão para que o Egito tome medidas mais rigorosas.

Vários políticos, entre eles Amr Moussa, ex-chefe da Liga Árabe, e outros candidatos à presidência egípcia pediram que o embaixador do país em Israel seja chamado ao Cairo, que haja mais presença militar no Sinai, e que os israelenses responsáveis pelas mortes sejam levados a julgamento.

"O Egito depois da revolução de janeiro não é como o Egito de antes. O regime corrupto, opressor e complacente se foi para sempre", disseram os políticos numa carta aberta publicada nos jornais.

Eles disseram que o governo de Mubarak era um "patrimônio estratégico para Israel". "Ele foi substituído por uma vontade forte e popular, que não conhece as fraquezas nem a cumplicidade, e entende bem como obter a retribuição pelo sangue dos mártires."

No fim de semana, centenas de pessoas fizeram um inflamado protesto em frente à embaixada de Israel no Cairo. Na época de Mubarak, qualquer protesto perto da embaixada, por menor que fosse, seria prontamente dissolvido.

A crise diplomática ilustra o dilema enfrentado pela junta militar que governa o Egito - pressionada simultaneamente a preservar o tratado de 1979 com Israel e a lidar com a hostilidade da população ao Estado judeu.

O Exército tenta controlar a tensão social no país enquanto prepara eleições neste semestre, como parte da prometida transição para um regime civil após a derrubada de Mubarak.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

No Egito, confronto na praça Tahrir deixa ao menos 54 feridos

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Ao menos 54 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira por confrontos entre manifestantes e vendedores ambulantes na praça Tahrir, epicentro da revolução que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak no início do ano, informou o Ministério da Saúde egípcio.

Segundo Jaled al Jatib, porta-voz ministerial, ao menos 20 pessoas foram atendidas em hospitais e outros receberam atendimento em ambulâncias.

Os confrontos ocorreram após os manifestantes terem se recusado a desmontar suas barracas, montadas desde a semana passada, durante um novo ciclo de protestos.

Vendedores ambulantes, sobretudo de chá, se irritaram e o embate resultou em dezenas de feridos.

Este é o primeiro incidente com feridos no local desde a batalha campal ocorrida no dia 29 de junho, quando policiais e manifestantes se enfrentaram deixando mais de mil feridos e 34 presos.

Fonte: EFE
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domingo, 3 de julho de 2011

Egito rejeita 'ajuda' e condições impostas pelo FMI

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O Egito recusou as condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional para conceder-lhe o empréstimo solicitado de mais de 3 bilhões de euros, por entender que violam a soberania nacional e atendendo à pressão exercida por manifestações populares. A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.

O general Sameh Sadeq, integrante do conselho militar governante, afirmou que foram suspensos outros pacotes que estavam sendo negociados com o Banco Mundial em razão de “cinco condições que atentavam contra os princípios de soberania nacional”, informaram vários jornais locais. Mas não foram dados mais detalhes sobre o assunto.

Se tivesse aceito, o Egito seria o primeiro país a receber dinheiro do FMI no Oriente Médio após a Primavera Árabe, levante popular contra os regimes autoritários apoiados pelo Ocidente iniciado no ano passado. O FMI anunciou em maio, durante a cúpula do Grupo dos Oito países mais ricos do mundo, que poderia emprestar mais de 24 bilhões de euros aos Estados do Oriente Médio nos próximos anos.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciou nesse mesmo mês que poderia conceder cerca de 4 bilhões de euros em dois anos ao Egito e à Tunísia para contribuir para a modernização das suas economias. O Cairo teria recebido 3,1 bilhões de euros desse pacote. Os movimentos revolucionários começaram nesses dois países antes de se espalhar pela região.

A declaração feita no dia 28 pelo general Sadeq contradiz as do primeiro-ministro, Essam Sharaf, e do ministro das Finanças, Samir Radwan, sobre os empréstimos não estarem acompanhados de condições. Os funcionários ocupam os cargos interinamente desde a queda do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro deste ano. Ambos defenderam publicamente a necessidade de empréstimos para espantar o fantasma do déficit, principal argumento de muitos países que solicitam ajuda das duas instituições multilaterais de crédito.

A decisão foi anunciada pelos governantes militares que assumiram o poder após a queda de Mubarak. Algumas das condições impostas pelo FMI e pelo Banco Mundial incluíam a privatização de bancos e uma maciça redução dos subsídios para energia e alimentos e já tinham desagradado a população.

O ministro das Finanças teve que voltar atrás e escreveu no seu site que a decisão de rejeitar os empréstimos ocorreu após “debate público e consultas ao Conselho Supremo das Forças Armadas” (CSFA), à frente do governo interino. Também informou que após modificar o déficit orçamental este ficou em 15,4 bilhões de euros, em relação aos 19,6 bilhões de euros previstos antes de aceitar o empréstimo do FMI.

O CSFA, que cumpre funções presidenciais até ser eleito o novo parlamento em setembro, disse que os fundos locais e regionais permitem não recorrer às instituições multilaterais de crédito. “Pode-se cobrir o déficit com o mercado local e com empréstimos e assistência de nações amigas e outras instituições internacionais”, diz a declaração do Ministério das Finanças.

Nas últimas semanas, Arábia Saudita, Estados Unidos e Quatar, entre outros, prometeram grandes somas de dinheiro ao Egito. Os bancos locais podem cobrir facilmente o déficit, afirmou Moustapha Abdelsalam, especialista do jornal de negócios Al Alam Alyoum. O governo conseguiu 13,8 bilhões de euros internamente.

A decisão do CSFA acompanhou os protestos populares. Vários ativistas alertaram que, com os novos empréstimos o Egito poderia ficar sujeito às condições do Banco Mundial e do FMI, bem como à pressão externa, o que muitas pessoas temiam que pudesse acabar com a revolução.

“Os empréstimos do exterior contradizem os princípios da revolução que reclamavam ser livres de toda pressão, local e estrangeira”, diz uma declaração do Conselho de Administração Revolucionária, uma organização não governamental formada após a queda de Mubarak por defensores da democracia que enfrentaram as forças de segurança do regime. “O povo egípcio, que está começando uma nova era, não quer fazê-lo com novos empréstimos. Preferimos passar fome a mendigar a essas instituições”, afirma o comunicado.

Surpreendeu a solicitude do governo de Sharaf por ser interino e não ter suficiente autoridade. Foi criticado por tomar essa decisão carecendo de representação popular.

O Banco Mundial, o FMI e outros bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram a “Associação Deauville para o Oriente Médio” para conceder empréstimos a outros países da região, no contexto da cúpula do G-8 realizada em maio nessa cidade francesa. O Banco Mundial prometeu 3,1 bilhões de euros ao Egito nos próximos dois anos para compensar a queda das reservas e o orçamento, e financiar as mudanças económicas a fim de fortalecer os seus projetos de investimento e créditos.

Agora é esperar para ver se desta vez os países da região seguirão o exemplo do Egito.

Fonte: Carta Maior
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Choques entre polícia e manifestantes ferem mais de mil no Egito

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Choques entre policiais e manifestantes no Cairo, capital do Egito, deixaram mais de mil feridos nos últimos dois dias, afirmou nesta quarta-feira o vice-ministro da Saúde, Abdul-Hameed Abazah. Desde terça-feira, milhares de egípcios participam de protestos que exigem mais rapidez no julgamento de autoridades acusadas de cometer abusos durante o governo do ex-presidente Hosni Mubarak.

De acordo com Abazah, nos dois dias de confronto cerca de 900 feridos receberam atendimento médico no local e mais de 120 foram levados ao hospital.

Os choques começaram na noite de terça-feira, quando supostos familiares de manifestantes mortos nos protestos contra Mubarak foram impedidos de participar de uma homenagem às vítimas. Cerca de cem supostos parentes tentaram invadir o teatro onde a cerimônia era realizada e nove foram detidos.

Os demais marcharam até o centro do Cairo, tomando a praça Tahrir e reunindo-se em frente à sede do Ministério do Interior para protestar contra o conselho militar, que acusam de manter a ordem da era Mubarak, não promover reformas e atrasar os julgamentos de autoridades leais ao ex-líder.

No início da semana, o julgamento de Habub el-Adly, que chefiou o Ministério do Interior durante o governo de Mubarak e é acusado deordenar o uso de força contra manifestantes durante os protestos do início do ano, foi adiado para 25 de julho.

De acordo com a AP o protesto reuniu seis mil egípcios na noite de terça-feira. Na manhã desta quarta-feira, 1.500 ainda estavam no local. Na tentativa de dispersá-los, policiais atiraram para o ar e usaram bombas de gás. Os manifestantes responderam atirando pedras e dezenas de carros e lojas foram destruídos.

Em comunicado divulgado no Facebook, o Exército afirmou que os protestos têm o objetivo de "desestabilizar o país" e fez um apelo para que os egípcios não participem das manifestações.

Fonte: Último Segundo
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A revolução egípcia: dez anos de gestação

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Na década de 1990, o nome de Hosni Mubarak só podia ser pronunciado entre sussurros. Evitava-se falar sobre política ou fazer piadas desse teor nos telefonemas. Este ano, milhões de egípcios lutaram, durante dezoito dias, contra o seu ditador ancião, fazendo face aos contingentes policiais que lhes lançavam gás lacrimogêneo, balas de borracha e fogo real. O povo egípcio perdeu o medo, mas tal não aconteceu de repente. Em vez de surgir, subitamente, do nada, o 25 de janeiro de 2011, a revolução egípcia é o resultado de um processo que foi se gerando ao longo da década anterior, uma reação em cadeia aos protestos do Outono de 2000 em solidariedade com a intifada palestina.

O governo com mão de ferro de Mubarak e o início da guerra suja entre o regime e os militantes islâmicos na década de 1990 supôs a morte da dissidência nas ruas. Proibiram-se reuniões públicas e protestos de rua, reprimidas pela força quando se realizavam. Utilizava-se fogo real contra os grevistas e os sindicatos ficaram sob o controlo do governo.

Só depois de desencadeada a Intifada palestina de setembro de 2000 saíram à rua, como forma de protesto, milhares de egípcios, provavelmente pela primeira vez desde 1997.

Apesar dessas manifestações se produzirem em solidariedade com os palestinos, depressa alcançaram uma dimensão contrária ao regime e apareceu a polícia para sufocar esses protestos pacíficos. No entanto, o presidente continuou a ser tema tabu e raras vezes pude ouvir lemas contrários a Mubarak.

Recordo a primeira vez que ouvi os que protestavam massivamente gritar contra o presidente em abril de 2002, durante os distúrbios pró-palestinos nos arredores da Universidade do Cairo. Em campo com as tristemente celebres forças centrais de segurança, os manifestantes gritavam em coro, em árabe: “ Hosni Mubarak, o mesmo que [Ariel] Sharon”.

A ira explodiria, em uma escala ainda maior, com o estouro da guerra do Iraque em março de 2003. Mais de 30.000 egípcios enfrentaram a polícia no centro do Cairo, ocupando a Praça Tahrir, durante um breve espaço de tempo, enquanto queimavam outdoors com a efígie de Mubarak. As cenas retransmitidas pela Al Jazeera e outras redes por satélite, da revolta palestina ou da invasão do Iraque dirigida pelos Estados Unidos, estimularam os ativistas a demolir o muro do medo, pedra por pedra. Foi em 2004 quando os que faziam campanha a favor da Palestina e contra a guerra, lançaram o movimento de Kefaya, que enfrentou o Presidente e a sua família.

Apesar de não conseguirem arrastar uma massa de seguidores, entre a classe trabalhadora e os pobres das cidades, o uso por parte de Kefaya dos meios de comunicação, tanto sociais como convencionais, contribuiu para deslocar a cultura política do país. Milhões de egípcios puderam ver, a partir das suas casas, como os audazes jovens ativistas se burlavam do presidente no centro de Cairo, levantando faixas com lemas inimagináveis uma década antes.

Em dezembro de 2006, os trabalhadores do maior centro têxtil do Oriente Médio, situado na cidade de Mahalla, no delta do Nilo, declararam greve. Esta ação produziu-se depois de duas décadas de tréguas na luta sindical causada pela repressão e de um agressivo programa neoliberal que contava com as bênçãos do FMI e do Banco Mundial. Depois da sua vitória, que recebeu ampla cobertura por parte da mídia, o setor têxtil viu-se inundado por uma vaga de greves nas quais os trabalhadores de outras fábricas exigiam o mesmo que os de Mahalla tinham alcançado. A militância sindical depressa se estendeu a outros setores da economia.

As imagens das greves, retransmitidas por meios tantos sociais como convencionais, fizeram com que milhões de trabalhadores pudessem vencer gradualmente os seus temores e organizassem protestos inspirados pelas notícias de vitórias grevistas de outros setores. Na minha condição de jornalista que cobriu a vaga de greves de 2007, ouvi com frequência afirmar aos grevistas: “ Animamo-nos a mobilizar-nos ao saber do ocorrido em Mahalla.”

Houve quem desprezasse a onda de greves, acreditando ser unicamente econômica, mas era essencialmente política. Em abril de 2008, aconteceu uma mini-revolta na cidade de Mahalla, causada pelo preço do pão. As forças de segurança esmagaram o levante num par de dias, deixando pelo menos três mortos e centenas de detidos e torturados. As cenas do que chegou a ser conhecido como “Intifada de Mahall” podem ter constituído um ensaio geral do que aconteceu em 2011, com os manifestantes deitando abaixo cartazes de Mubarak, enfrentando as forças policiais e desafiando os símbolos do odiado Partido Nacional Democrático.

Pouco depois, produziu-se uma revolta similar na cidade de El-Borollos, a norte do delta do Nilo. Embora ditos levantamentos tenham sido sufocados, o país continuou a ser testemunha, quase diariamente, de greves e paragens dos trabalhadores, assim como de manifestações mais reduzidas de ativistas no centro do Cairo e nas províncias. Os trabalhadores que se manifestaram na Primavera e Inverno de 2010 ocuparam a zona que rodeia o Parlamento, naquilo que os colunistas locais descreveram como “o Hyde Park do Cairo”.

Essas lutas políticas e econômicas do dia-a-dia contra o Estado, significaram uma rápida corrosão da legitimidade do regime de Mubarak, supondo que alguma vez tivesse existido. Em outubro de 2010, decididamente, já se respirava algo no ambiente. Tornou-se normal encontrar greves, aqui ou ali, a caminho do trabalho. Os funcionários que regressavam a casa cruzavam-se com grevistas que levavam a cabo alguns pequenos protestos, no centro do Cairo. Olhavam e, muito ocasionalmente, reagiam. Mas eram testemunhas de um desdobramento visual de dissidência quotidiana.

E então Tunís passou pela sua própria revolta, derrubou um tirano, e o mais importante, a revolução foi vista por milhões de espectadores do Egito e outros lugares, de novo em boa medida, através da Al Jazeera. Não foi mais do que um dos numerosos catalisadores: os incidentes diários de brutalidade policial proporcionaram muitos mais.

O levante que se iniciou em 25 de janeiro de 2011 foi o resultado de um largo processo em que o muro de temor se derrubou pedaço a pedaço. A chave de tudo consistiu na transmissão visual das ações sobre o terreno à maior audiência possível. Nada contribui tanto para a erosão do próprio medo como saber que há mais gente, noutros lugares, que compartilha o mesmo desejo de libertação e começou já a atuar.

Nota: [1] Kefaya e el-Hamla el-Sha3biya organizaram a sua primeira manifestação no Cairo contra Mubarak em frente ao Tribunal Supremo a 12 de Dezembro de 2004.

Por: Hossam el-Hamalawy - Jornalista independente egípcio, radicado no Cairo.

Fonte: Carta Maior
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terça-feira, 22 de março de 2011

Revolução no Egito deixou 685 mortos e 5 mil feridos

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A revolução que agitou o Egito entre 25 de janeiro e 11 de fevereiro deixou 685 mortos e mais de cinco mil feridos, segundo um relatório da comissão encarregada da investigação dos fatos ocorridos durante esse período.

O relatório, elaborado por um comitê do Conselho de Direitos Humanos egípcio, revela as irregularidades cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes durante a revolução, assim como os nomes de empresários, oficiais de polícia e altos cargos implicados nos ataques contra os manifestantes.

O documento foi entregue à Junta Militar que dirige o país, ao primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, e à Procuradoria Geral, e se baseou em informações fornecidas pelos hospitais que atenderam às vítimas.

O relatório detalha que 1.200 manifestantes ficaram feridos nos olhos, e que alguns deles perderam a visão, o que segundo o estudo revela a intenção dos policiais de matar as pessoas que participavam dos protestos.

A maioria dos ferimentos foi registrada na parte superior do corpo das vítimas, segundo o relatório.

Fonte: EFE
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Zawahiri critica novos líderes do Egito e Tunísia

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O número dois da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, criticou os novos dirigentes instalados no poder pelos Estados Unidos na Tunísia e Egito, além de ter solicitado aos muçulmanos que lutem contra os "invasores", informa o SITE, o centro americano de vigilância de sites islâmicos.

Segundo o SITE, Ayman al-Zawahiri divulgou a terceira mensagem de áudio desde o início das revoltas no mundo árabe. O discurso foi gravado entre a queda do regime do ex-presidente tunisiano Ben Ali e a do governo egípcio de Hosni Mubarak.

O número dois da Al-Qaeda também estimula os tunisianos a resistir contra o "ocupante francês" e a estabelecer um regime que seja um "modelo de assistência e justiça para vossos irmãos".

Segundo Al-Zawahiri, Washington deixou o presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali cair em janeiro quando ficou claro que era impossível manter o apoio.

"No entanto, o comando dos assuntos continua nas mãos de homens dos Estados Unidos, seus agentes e seus soldados", disse Al-Zawahiri.

O mesmo aconteceu no Egito, de acordo com a mensagem gravada antes da queda de Mubarak.

Segundo o auxiliar de Osama Bin Laden, uma "alternativa" se apresentou na pessoa de Mohamed ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Não sei onde será instalada a sede deste governo de transição, no Cairo, em Viena ou em Nova York?", questiona.

"Representa uma alternativa em harmonia com o sistema internacional, que responde a seus interesses e dá aos pobres e aos fracos poucas liberdades", afirma na mensagem.

"Mas o Egito continuará sendo uma base para a campanha de cruzada e um sócio de primeiro destaque dos Estados Unidos para a guerra contra o islã qualificada de guerra contra o terror, e um protetor da fronteira da entidade sionista (Israel)".

"A estrada ainda é longa antes da libertação da comunidade islâmica de seus agressores e invasores", conclui Al-Zawahiri.

Fonte: AFP
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mudanças no Governo do Egito

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O Egito realizou mudanças nesta terça-feira em seu governo de transição, 12 dias após a queda do presidente Hosni Mubarak, suprimindo o polêmico ministério da Informação, mas mantendo os titulares da Defesa, das Relações Exteriores, do Interior e das Finanças.

Dez ministérios mudam de mãos, entre eles os de Petróleo, Cultura, Saúde, e Comércio e Turismo.

O ministério da Informação, muito criticado por ter estado no centro do aparelho de propaganda de Mubarak, despareceu.

Foi nomeado vice-primeiro-ministro Yahia Elgamal, um professor de direito constitucional octogenário, com fama de independente, que trabalhará ao lado do primeiro-ministro reconduzido ao cargo, Ahmed Chafic.

Permanecem os ministros das Relações Exteriores, Ahmed Aboul Gheit, o do Interior, Mahmoud Wagdi e o das Finanças, Samir Radwane.

O marechal Hussein Tantaoui, homem forte do novo poder, prossegue no cargo de ministro da Defesa.

Ele também dirige o conselho supremo das forças armadas, ao qual o presidente Hosni Mubarak passou seus poderes, ao anunciar sua demissão, em 11 de fevereiro, após 18 dias de revolta popular.

Foi diante dele, em uniforme militar, que os novos ministros prestaram juramento, durante cerimônia transmitida pela televisão de Estado.

Uma mostra da abertura à oposição foi dada na composição do novo governo, com a escolha de uma personalidade vinda do partido da esquerda moderada Tagammouh, o professor de economia Gouda Abdel Khaleq, que se encarregará da Solidariedade Social.

Um membro do partido de oposição liberal leiga, Wafd, Mounir Fakhir Abdelnour, ficará com o ministério do Turismo. Seu partido anunciou, no entanto, que ele fará parte do novo governo a título pessoal.

O muito impopular ministro do Interior da época de Mubarak, Habib el-Adli, acusado de ser um dos principais artífices da repressão às manifestações, também foi afastado. Estão examinadas medidas judiciais contra ele, em estado de detenção.

O exército, que suspendeu a Constituição e dissolveu o Parlamento, prometeu para os próximos meses uma revisão constitucional e eleições legislativas e presidencial.

Fonte: AFP
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