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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Após a retirada do Afeganistão, os EUA ficarão no oriente Médio?

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No dia 29/02/2020, os EUA assinaram um acordo com o Taleban, que na prática põe fim ao conflito que iniciou-se pouco após o 9/11 (atentados terroristas ao World Trade Center em 11/09/2001). Muitas pessoas criticam os EUA por saírem desta forma do conflito, com o Afeganistão mais destruído que em 2001, e com o Taleban mais forte do que nunca. Mas o que poucos se perguntam é o que levou o Presidente Trump não apenas decidir sair do Afeganistão, mas também da Síria (outubro/2019), assim como o Presidente Obama tinha feito em relação ao Iraque (outubro/2011).

Uma pergunta recorrente da população americana em relação às ações militares do seu país é: “O que nossos meninos estão fazendo naquele fim de mundo?” Em anos como 2012 e 2020, em que há eleições presidenciais, ou também em épocas quando mais soldados americanos morrem em combate, esta pergunta se repete com mais frequência. As respostas variam, e os historiadores e analistas militares debatem estas respostas o tempo todo, pois o apoio popular é crucial em relação às decisões militares.

Victor Davis Hanson é um dos historiadores militares americanos mais respeitados dos últimos anos, e escreveu para o National Review um longo artigo intitulado “Must America Be in the Middle East?” (Os EUA tem a obrigação de permanecer no Oriente Médio?). É um artigo excelente, de leitura agradável, mas longo e de acesso limitado.

Neste post vamos debater alguns pontos do artigo de Hanson, que traça as origens históricas de tal mudança de postura.



HISTÓRICO

Devido a diversos problemas de ordem religiosa, social e geopolítica, o OM (Oriente Médio) sempre foi uma região instável. Como boa parte da produção mundial de petróleo e gás natural, inclusive os consumidos pelos EUA, vinha do OM, fazia muito sentido aos EUA se fazerem presentes na região, especialmente quando a presença britânica se reduziu após a Segunda Guerra Mundial, especialmente nos anos 1950.

Em 1956, os EUA tiveram sua atenção voltada para o OM pela primeira vez após a Segunda Guerra, com a Crise de Suez; o Egito chegou a fechar a navegação pelo Canal de Suez.

E em 1973, Egito e Síria invadiram Israel no Dia da Expiação (Yom Kippur), considerado por muitos o dia mais sagrado do judaísmo. Apesar dos reveses iniciais, Israel conseguiu resistir aos avanços árabes, e dentro de poucos dias já estava se aproximando das capitais dos invasores.

Temerosos dos resultados das ações israelenses, e através da OPAEP (Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), a Liga Árabe lançou um boicote contra os EUA, Europa Ocidental e Japão, na expectativa de que estes países forçassem Israel a concordar com um cessar fogo. A tática deu certo, e a partir daí os EUA começaram a investir maciçamente na região, com um grande aumento na presença militar.

Na esteira do boicote árabe, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) forçou um grande aumento nos preços do petróleo, no intuito de arrecadar mais dinheiro para seus governos. Esta junção de fatores ficou conhecida como Crise do Petróleo de 1973.

Por fim, mas não menos importante, a Guerra Irã-Iraque (1980-1988) levou a dificuldades de navegação no Estreito de Ormuz, o que complicou bastante não só os EUA mas também seus aliados na Europa, Japão e Coreia do Sul.

Um efeito colateral da Crise de 1973 foi que os EUA e vários outros países começaram a buscar fontes alternativas de petróleo, e a explorar suas jazidas em alto mar e outros locais de difícil acesso. Tais fontes, que eram antieconômicas, passaram a ser analisadas de forma diferente depois da Crise.

MUDANÇA DE PRIORIDADES

Os EUA foram, gradualmente, aumentando sua produção de petróleo, até que em setembro de 2019 conseguiram, pela primeira vez, exportar mais óleo e derivados do que importam. As projeções são de que, ao final de 2020 ou começo de 2021, tal capacidade se torne permanente, colocando os EUA como um dos maiores fornecedores mundiais de tais produtos.

Esta mudança de paradigma, por sua vez, também leva a uma mudança de atitude do americano comum em relação à presença militar americana no OM.

Ao mesmo tempo em que se torna cada vez mais difícil justificar a presença americana no OM em relação ao petróleo face à grande produção americana, os ataques de 9/11 trouxeram aos olhos do público americano a realidade dos diversos grupos terroristas de ação global sediados no OM.

A presença militar americana na região aumentou consideravelmente na chamada GWOT (Guerra Mundial contra o Terror), e em 2020 os EUA ainda tem mais de 65 mil militares no OM, número que já foi consideravelmente maior durante algumas fases da Guerra do Iraque e da Guerra do Afeganistão.

Entretanto, e para a surpresa de muitos americanos, a hostilidade do OM aos EUA não diminuiu - pelo contrário, até aumentou. Mas é inegável que a GWOT atingiu seus objetivos, e nenhum ataque terrorista de grande escala acabou acontecendo nos EUA pós 9/11.

Outro fator a se levar em consideração é que Israel se tornou cada vez mais capaz militarmente, conforme demonstrado nos ataques aos reatores nucleares no Iraque (1981) e Síria (2007), feitos sem apoio direto dos americanos. A crença geral é que Israel está prestes a fazer o mesmo contra o Irã, e a tendência é que, ao contrário de Obama, Trump não impeça tal ação.

Há de se considerar também que os países do Oriente Distante, como Japão e Coreia do Sul, tiveram suas rotas de fornecimento de petróleo relativamente seguras desde 1988, e a maior ameaça a eles, no momento, é a expansão militar chinesa, que tem pouco a ver com a situação do OM. A própria expansão chinesa já chama bastante a atenção dos EUA, e é bem provável que boa parte dos recursos militares sejam redirecionados para essa questão.

Junte-se a isso a crescente hostilidade da Europa aos EUA, inclusive devido à crescente presença de imigrantes do OM e de militares americanos nos países europeus, e o público sente que o custo em dinheiro e sangue americanos não devem ser gastos no OM, a não ser no contexto de apoio militar a Israel e de combater grupos terroristas.

Além destes fatores externos, questões internas acabam por preocupar muito mais os americanos de hoje: imigração ilegal, tensões sociais, crescimento econômico relativamente baixo… Um dos motivos de Trump ser eleito em 2016 foi exatamente levar tais questões em conta.

Somando-se estes fatores o resultado é que a tendência americana de retirar tropas do OM, iniciada por Obama, seguirá com Trump e muito provavelmente com seu sucessor - o grande número de baixas ao longo do tempo é altamente impopular.

CONCLUSÃO

Hanson chega à conclusão de que sim, os EUA devem permanecer no OM, mas sua presença deve ser muito menor do que é hoje, bem como sua influência. A fala de Trump após anunciar a saída americana da Síria - “Outros que resolvam o problema” - resume perfeitamente o raciocínio do seu magistral artigo.

Um artigo¹ de 05/03/2020 no New York Times reforça as conclusões de Hanson: “Nossos soldados estão cansados de lutar nesta guerra, sem objetivos claros e sem um término em vista”.

Muitos líderes ao redor do mundo pediram, por décadas, que os EUA não se intrometam no OM. Ao que parece, vão conseguir o que pediram.

Resta saber se vão gostar do resultado, cujas primeiras consequências já se fazem sentir - a Turquia iniciou uma campanha militar quando os EUA demonstraram interesse em sair da Síria, além de também interferir no conflito entre Azerbaijão e Armênia pela região de Nagorno-Karabakh.

REFERÊNCIAS

https://www.usatoday.com/story/news/politics/2020/02/29/u-s-taliban-sign-deal-peace-talks-begin-u-s-troops-withdraw/4738736002/

https://www.cnbc.com/2019/10/07/trump-other-countries-must-deal-with-isis-as-us-withdraws-from-northern-syria.html

https://www.nationalreview.com/magazine/2020/02/10/must-america-be-in-the-middle-east/

http://victorhanson.com/

https://www.belfercenter.org/publication/what-role-should-us-play-middle-east

https://thefederalist.com/2020/01/06/the-fundamental-question-is-why-is-america-still-in-the-middle-east/

https://www.ft.com/content/9cbba7b0-12dd-11ea-a7e6-62bf4f9e548a

https://www.cnbc.com/2019/12/12/oil-us-could-become-a-sustained-net-exporter-in-late-2020-iea-says.html

https://www.statista.com/chart/9727/where-us-troops-are-based-in-the-middle-east/

https://www.newamerica.org/in-depth/terrorism-in-america/what-threat-united-states-today/

¹https://www.nytimes.com/2020/03/05/magazine/05atwar-afghan-peace-deal-veterans.html?auth=link-dismiss-google1tap

https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,trump-anuncia-retirada-total-de-tropas-mobilizadas-no-afeganistao-ate-o-natal,70003467697


Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel).

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Atrito com sauditas leva Trump a remover Patriot e aeronaves estacionadas na Arábia Saudita

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Os EUA estão removendo duas baterias do sistema de defesa Patriot e dois esquadrões de aeronaves de combate estacionadas na Arábia Saudita, no que parece ser uma resposta de Trump a alta de produção do petróleo saudita que levou o preço do barril a despencar.

Apesar de algumas fontes citarem a retirada de quatro baterias, um anuncio realizado por autoridades norte americanas, confirmam a retirada de duas baterias de Patriot e dois esquadrões de caça, mas cita que duas baterias Patriot serão mantidas na Base Aérea Prince Sultan, no deserto da Arábia Saudita, junto com sistema THAAD de defesa aérea e outros esquadrões de caças, não detalhando o contingente que será mantido.

Dois esquadrões da USAF já deixaram a região, segundo fontes, autoridades americanas estão considerando uma redução na presença da US Navy no Golfo. Dizem que as reduções se baseiam em avaliações de algumas autoridades de que Teerã não representa mais uma ameaça imediata aos interesses estratégicos dos EUA.

Autoridades dos EUA disseram acreditar que o ataque em janeiro que matou o comandante iraniano General Qassem Soleimani, juntamente com a pandemia de coronavírus atrapalharam os planos do Irã, reduzindo as capacidades de Teerã na região. O Pentágono considera remanejar seus ativos para lidar com outras prioridades, incluindo esforços para combater a expansão da influência militar chinesa na Ásia.

A tradicional parceria entre os EUA e a Arábia Saudita ficou abalada nas últimas semanas, pois o preço do petróleo caiu devido a uma disputa de preços do petróleo saudita com a Rússia e à queda na demanda devido à pandemia de coronavírus. Muitas empresas de petróleo dos EUA estão enfrentando a falência, e o presidente Donald Trump está sob pressão para ajudar a reduzir as importações sauditas.

De acordo com um relatório da Reuters, Trump disse ao príncipe saudita Mohammed bin Salman no início de abril que, a menos que a OPEP começasse a cortar a produção de petróleo, ele não seria capaz de impedir o congresso de aprovar a retirada das tropas americanas do país.

A decisão marca uma redução na presença americana na Arábia Saudita apenas alguns meses após o Pentágono iniciar um aumento na presença militar na Arábia Saudita para combater as ameaças do Irã. Cerca de 300 militares destacados na operação das duas baterias também deixaram a Arábia Saudita.

Algumas fontes apontam a medida não como uma "retaliação" dos EUA, mas uma mudança estratégica após mísseis iranianos atingirem instalações de tropas dos EUA no Iraque, o que teria levado a uma revisão ocasionando no envios destes sistemas Patriot ao Iraque.


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Fim da Guerra do Afeganistão? EUA e Talibã chegam a acordo que pode levar a retida de tropas

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Norte americanos e Talibã concordaram com uma "redução da violência" por sete dias no Afeganistão. Se mantida, poderia abrir as portas para acordo que levaria as tropas americanas a se retirarem após 19 anos no Afeganistão.
A notícia veio quando o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o chefe do Pentágono, Mark Esper, se encontraram com o presidente afegão Ashraf Ghani à margem da Conferência de Segurança de Munique, onde discutiram a situação no país devastado pela longa guerra. Ambos sugeriram alguns desenvolvimentos nas negociações com o Talibã, que Pompeo descreveu como "um avanço muito importante".
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira (13) que um acordo esta "muito próximo". Autoridades do Departamento de Estado dos EUA confirmaram a vários meios de comunicação nesta sexta-feira (14) que um acordo de "redução da violência" foi realmente alcançado.
Aparentemente, o acordo deixa de chamar uma trégua completa, concentrando-se apenas em algumas atividades específicas. No entanto, também é descrito como "muito específico" e diz-se que envolve todos os lados, incluindo o exército afegão, não apenas os EUA e o Talibã. Ele também cobre bombas na estrada, ataques suicidas e lançamentos de foguetes. Os militares dos EUA estarão monitorando a situação para verificar se o acordo é mantido.
Se o acordo de  "redução da violência" for mantido por uma semana, Washington e o Talibã passariam a um acordo mais abrangente, que envolveria pelo menos o início de uma retirada significativa de tropas dos EUA. Em troca, o Talibã participaria do processo de paz junto com outras forças, incluindo o governo de Cabul, que anteriormente rejeitavam repetidamente como um “fantoche” do Ocidente.
Outra condição do futuro acordo exigiria que o Talibã não permitisse que o Afeganistão se transformasse em um refúgio seguro para grupos terroristas. Nenhum dos detalhes foi anunciado oficialmente ainda, com vários meios de comunicação sugerindo que o anúncio poderia acontecer já na próxima semana.
acordo de "redução da violência" entraria em vigor por volta de 22 de fevereiro, segundo algumas fontes do Talibã.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse em Munique nesta sexta-feira (14) que a aliança está "pronta para ajustar" o número de suas tropas enviadas para o Afeganistão "se o Talibã for capaz de demonstrar vontade real e capacidade real de reduzir a violência, e vemos um caminho para a paz“. Ele também disse que a Otan tem atualmente 16.000 soldados no país.
A guerra no Afeganistão se arrasta há mais de 19 anos, tornando-o o conflito ativo mais longo da história dos EUA. Embora Washington tenha investido 1 trilhão de dólares no esforço de guerra, os militares dos EUA ainda lutam para progredir, enquanto grandes porções do território afegão continuam sendo contestadas ou totalmente nas mãos dos militantes.
As negociações entre Washington e o Talibã em Doha, no Catar, duram mais de um ano, mas se mostraram bastante frágeis e atormentadas pela incerteza. Em setembro de 2019, o enviado especial de Trump para o Afeganistão anunciou que havia sido alcançado um acordo de paz até a aprovação final do presidente, mas Trump deixou o acordo e cancelou as negociações depois que um soldado americano morreu durante um ataque do Talibã. As negociações foram retomadas em dezembro, mesmo quando outro americano foi morto.
A situação no Afeganistão permanece tensa. As últimas notícias sobre um possível avanço ocorreram em meio a relatos de que oito pessoas foram mortas por um ataque aéreo na província oriental de Nangarhar, um dia depois que um comandante do Talibã e oito militantes foram mortos em outro ataque aéreo, segundo o Ministério da Defesa afegão.

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com informações da Russian Today

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Turquia continua sendo importante parceiro da OTAN, segundo oficial dos EUA

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O comandante das Forças Aéreas dos EUA para a Europa e África, general Jeffery L. Harrigian, disse em 13 de setembro que a Turquia é um parceiro importante para OTAN e a aliança continua comprometida com Ancara como aliada.
"Do ponto de vista dos EUA, claramente, enquanto os EUA em coordenação com a OTAN conversaram sobre o que ocorre com relação ao sistema de defesa aérea S-400, é um desafio, e é um problema que a curto prazo teremos que continuar trabalhando, reconhecendo que não há espaço para operar o S-400 dentro da Turquia ", disse o general Jeffery L. Harrigian em entrevista coletiva.
Ele enfatizou que os EUA continuarão trabalhando com a Turquia em termos de perspectiva militar e a cooperação continuará muito forte.
"Sempre haverá áreas em que haverá tensão, áreas pelas quais temos que trabalhar, mas garanto que o trabalho que estamos realizando em conjunto com nossos parceiros turcos permanece muito sólido", disse ele.
"De onde estou, meu trabalho é garantir que continuemos a ter um forte relacionamento com a Turquia que temos agora, e compartilharei com vocês que tenho vários oficiais turcos que estão na minha equipe no Comando Aéreo Aliado e eles são oficiais fenomenais que fazem um trabalho fantástico para mim ", acrescentou Harrigian.
Questionado sobre a base aérea Incirlik, Harrigian disse que a camaradagem e o trabalho em equipe na base turca entre os dois países são exemplares.
"Dito isto, a localização de Incirlik me fornece como comandante várias opções quando falamos sobre acesso à Síria, acesso a oeste ou a leste, se necessário.
"Portanto, estrategicamente, continua sendo um local incrivelmente importante e um local em que temos um ótimo relacionamento que foi realmente promovido ao longo de anos e anos de confiança e trabalho em conjunto", disse ele.
Harrigian disse que uma zona segura recentemente acordada entre os EUA e a Turquia precisava chegar a um ponto em que os dois países tivessem um entendimento compartilhado de onde iriam operar, como iriam operar, e isso levou algum tempo.
"Realizar isso em um período tão curto de tempo é realmente um reconhecimento ao relacionamento com os militares turcos, mas também àqueles jovens no campo que estão realmente entregando a missão", acrescentou.
Em 7 de agosto, oficiais militares turcos e norte-americanos concordaram em estabelecer uma zona segura no norte da Síria e desenvolver um corredor de paz para facilitar o movimento de sírios deslocados que desejam voltar para casa. Eles também concordaram em estabelecer um centro de operações conjunto.
O acordo também previa o estabelecimento de medidas de segurança necessárias para atender às preocupações de segurança da Turquia, incluindo a limpeza da zona de terrorista YPG e PKK, um grupo com o qual os EUA às vezes se aliaram, sob objeções da Turquia.
Em sua campanha terrorista de mais de 30 anos contra a Turquia, o PKK, listado como organização terrorista pela Turquia, EUA e UE, foi responsável pela morte de quase 40.000 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
Na quinta-feira (12), dois helicópteros turcos e dois helicópteros dos EUA decolaram de Akçakale, em Sanliurfa, no sudeste da Turquia, onde as forças armadas dos dois países têm um centro de operações conjunto de onde voaram para o lado sírio da fronteira.
As forças armadas dos países haviam realizado anteriormente três vôos conjuntos de helicóptero e uma patrulha terrestre.


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sábado, 14 de setembro de 2019

Turquia pode comprar Patriot dos EUA, diz Erdoğan

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Ancara discutirá a compra de mísseis Patriot dos EUA em uma reunião entre os líderes dos dois países no final deste mês, disse o presidente da Turquia na última sexta-feira (13).
"Eu disse que, independentemente do pacote do sistema S-400 que obtivermos, podemos comprar uma certa quantidade de Patriots", disse o presidente Recep Tayyip Erdoğan à agência de notícias Reuters durante entrevista em Istambul.
"Mas eu disse que temos que ver se as condições correspondem pelo menos aos S-400", acrescentou Erdoğan.
Erdoğan havia falado anteriormente sobre a compra de Patriots com Donald Trump durante um telefonema e os dois discutirão o assunto com mais detalhes nas reuniões da Assembléia Geral da ONU em Nova York no final deste mês.
"Na minha opinião, um país como os EUA não vão mais querer ferir sua aliada Turquia. Isso não é um comportamento racional", disse Erdoğan, que expressou esperança de que seu vínculo pessoal com Trump supere a atual crise entre dois países.
“Isso não é uma ofensa, mas um sistema de defesa. A Turquia precisa desse sistema de defesa ”, afirmou.
Sublinhando que Trump culpa o governo Obama por se recusar a assinar um acordo com a Turquia para vender o sistema de mísseis Patriot, Erdoğan disse: "É impossível pensar que ameaças de sanções reflitam a realidade".
Ele também reiterou que a Turquia cuidaria de si mesma se Washington continuasse sua posição atual sobre a exclusão da Turquia do programa F-35 JSF.
Destacando que a Rússia apóia a Turquia na indústria de defesa, Erdoğan enfatizou que a Rússia ofereceu à Turquia a venda de caças Su-57 e Su-35.
Em julho, os EUA suspenderam o envolvimento da Turquia no programa dos caças F-35, dizendo que a compra do sistema russo de defesa aérea S-400 poderia pôr em risco a aeronave, uma alegação que a Turquia negou consistentemente.
A Turquia produz algumas partes do F-35 e é parceira do programa JSF. Ele alertou que qualquer esforço para removê-lo da cadeia de produção seria muito caro.
"Apoiamos pessoas que tem migrado de Idlib no momento para a República Turca com a Agência de Gerenciamento de Desastres (AFAD) e o Crescente Vermelho, tentando fornecer todos os tipos de ajuda", disse Erdoğan.
Ele afirmou que já havia 3,6 milhões de refugiados sírios na Turquia e Ancara não pode mais receber migrantes, e acrescentou que o Ocidente não tem esse problema.
Erdoğan enfatizou que a Turquia realizará uma cúpula sobre Idlib em Ancara na segunda-feira (16), onde conversações com a Rússia e o Irã serão realizadas em uma trégua duradoura em Idlib.
O objetivo não era apenas uma trégua instantânea, mas uma forma de acabar com a migração, fornecer um cessar-fogo e acabar com as redes terroristas na área, disse ele.
O Presidente Erdoğan afirmou que a UE não cumpriu os seus compromissos com as despesas e que a Turquia não permaneceria calada diante da UE.
"Esse número agora é de 3 bilhões de euros. A UE prometeu ajuda de 6 bilhões de dólares (6,6 bilhões de dólares) para melhorar as condições de vida dos refugiados sírios na Turquia, mas apenas 2,22 bilhões de dólares (2,45 bilhões de dólares) foram desembolsados ​​até junho deste ano, segundo, a Turquia gastou mais de 40 bilhões de dólares até agora ", disse ele.
Ele observou que teve uma reunião com a chanceler alemã Angela Merkel durante a semana e também se encontrou com o presidente francês Emmanuel Macron e que as discussões continuariam em Nova York.
Ele disse que a criação de uma zona segura garantirá que os migrantes na Turquia retornem para suas próprias terras e que haja todos os tipos de educação, saúde e abrigo em suas próprias terras.
“É a Turquia que está lutando com esses grupos terroristas, somos seu parceiro na Otan”, afirmou.
"Estamos fartos de explicar isso... acho que Trump deve nos entender", acrescentou Erdoğan.

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S-400 - Turquia ainda pode ser alvo de sanções pelos EUA, alerta diplomata

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Os EUA ainda estão ponderando se devem impor sanções contra a Turquia pela compra do sistema de defesa aérea S-400 fabricado na Rússia, alertou quinta-feira (12) uma importante autoridade do Departamento de Estado dos EUA.

A Turquia “não está fora de perigo da imposição de sanções. Isso ainda está em jogo”, disse R. Clarke Cooper, secretário de Estado assistente para assuntos político-militares, durante um evento organizado pelo Grupo de Escritores de Defesa.

A decisão da Turquia em adquirir o S-400 de fabricação russa levou à retirada de Ancara do programa F-35 JSFDe acordo com a Lei de Combate aos Adversários da América através de Sanções, ou CAATSA, aprovada em 2017, qualquer país que adquirir um artigo importante de defesa da Rússia deve enfrentar grandes sanções.

Os membros do Congresso esperavam que essas sanções fossem aplicadas em julho após a aceitação do S-400 pela Turquia, mas o presidente Donald Trump demorou a agir e manifestou simpatia pela Turquia nessa situação.

A decisão de implementar sanções contra a Turquia não está vinculada a um cronograma específico, mas "baseada em condições", disse Cooper.

"Não há prazo finito, eu diria, "cronograma" por estatuto no que diz respeito às sanções", acrescentou o funcionário. "Todas as opções estão sobre a mesa sobre como lidar com isso. É algo que não foi completamente resolvido.”

Curiosamente, Cooper também indicou uma divisão dentro da Turquia com relação a questão do S-400, dizendo que “dependendo com quem se fala no governo turco, há aqueles que estão profundamente conscientes e sensíveis e apreciam que isso não acabou e estão querendo que volte ao modo como as coisas poderiam ter acontecido em um momento diferente, e as decisões que saem de Ancara não são necessariamente representativas da instituição militar ou do ministério das Relações Exteriores.”

O diplomata também mencionou por si próprio a importância da Turquia como uma espécie de teste para a determinação americana de impedir que os principais sistemas russos entrem no inventário de aliados e parceiros. "A Turquia é um caso interessante, porque temos vários parceiros com quem mantemos um relacionamento crescente que acompanham de perto como a Turquia é administrada e como eles podem buscar ou optar por não buscar a aquisição de um adversário próximo".

Questionado sobre se ele estava se referindo à Índia, que está pensando em comprar o S-400, Cooper reconheceu que Nova Délhi está em mente, mas que "existem outros estados que também estão assistindo".

“Fomos muito claros com a Índia, que queremos investir mais em nosso relacionamento com a Índia e suas capacidades, mas eles não podem se expandir para o que eu diria que são artigos de defesa maiores com o relacionamento anterior ”, disse Cooper. “Não estamos dizendo para se livrar de seus Kalashnikovs amanhã. Não é disso que estamos falando. Estamos falando de aquisições significativas. O S-400 é um exemplo perfeito de uma aquisição significativa. ”

No dia 27 de agosto, a Turquia recebeu o segundo lote dos sistemas de defesa aérea S-400 da Rússia. A entrega da primeira bateria foi concluída entre 12 e 25 de julho.
Cumprindo o acordo firmado entre a Turquia e a Rússia como resultado das negociações bilaterais iniciadas em novembro de 2016, as quais resultaram na aquisição do sistema de defesa aérea S-400, tendo a Turquia recebido em 12 de julho o primeiro carregamento de S-400. Desde então, os vôos de carga da Rússia chegam à Base Aérea de Mürted, na capital Ancara.
A implantação do primeiro lote dos sistemas será concluída até o final do ano, e a implantação total será concluída em abril de 2020, afirmou o presidente Recep Tayyip Erdoğan.
As tensões entre os Estados Unidos e a Turquia aumentaram nos últimos meses com a compra dos S-400, o que poderá desencadear sanções.
Lei de Combate aos Adversários da América através de Sanções, ou CAATSA, que foi aprovada em 2017 visa impor sanções ao Irã, Coréia do Norte e Rússia, combatendo a influência desses países em todo o mundo.
O governo Trump sustentou que o sistema S-400 poderia expor o caça avançado a possíveis subterfúgios russos e é incompatível com os sistemas da OTAN.      
A Turquia, no entanto, responde que o S-400 não seria integrado aos sistemas da OTAN e não representaria uma ameaça à aliança.      
Trump culpa o governo Obama pela disputa atual por sua recusa em assinar um acordo com a Turquia para vendê-lo o sistema de mísseis Patriot produzido pela Raytheon.      
Espera-se que a Turquia seja totalmente removida do programa F-35 "daqui a um ano, enquanto trabalhamos no memorando de entendimento de produção, manutenção e desenvolvimento subsequente, que é o documento geral da parceria", disse Ellen Lord , chefe de compras do Pentágono.    
Os dois F-35 turcos permanecem na Luke AFB, no Arizona, disse Lord, acrescentando que "estamos trabalhando em uma variedade de diferentes cursos de ação agora sobre a questão turca".

GBN Defense News  - A informação começa aqui
com agências de notícias

Nota do Editor: É preocupante a postura adotada pelos EUA, onde claramente interferem nas decisões tomadas pelos seus aliados e parceiros no que diz respeito a decisões estratégicas e de compra de materiais. Pois a tentativa de coibir a compra de material de defesa de outra origem por seus parceiros e aliados, como é o caso da Turquia e agora também da Índia, fere completamente uma série de fundamentos das relações internacionais e do reconhecimento da soberania e direito cabível as nações. 

Sinceramente, espero que Donald Trump abra os olhos para o futuro que se desenha para EUA diante da postura que tem sido adotada pelo seu país nas últimas décadas, o que tem levado ao afastamento político e que pode resultar em futuro isolamento em algumas décadas. Basta observar que nações historicamente aliadas e clientes fiéis aos produtos de defesa norte americano, tem optado por buscar novos caminhos e se tornar menos dependentes tecnologicamente dos EUA, como estados europeus que tem se unido para conceber aeronaves de próxima geração de forma independente dos EUA, sendo um claro reflexo da posição adotada em relação à Turquia e outros aliados, quando estes optam por outra fonte de material de defesa que não os "chancelados" por Washington, levando a situações como a recusa de entrega dos caças F-35 à Turquia.
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domingo, 8 de setembro de 2019

Governo Sírio protesta diante de patrulhas turco-americanas no norte do país

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A Síria condenou nos termos mais fortes o governo dos EUA e turco que realizam patrulhas conjuntas no norte da Síria, enfatizando que essa etapa constitui uma violação flagrante do direito internacional e de agressão descrita no sentido pleno da palavra.

Uma fonte oficial do Ministério de Relações Exteriores e Emigrantes disse hoje: "A República Árabe da Síria condena nos termos mais fortes o governo dos EUA e o regime turco que realizam patrulhas conjuntas na região insular da Síria em flagrante violação do direito internacional e da soberania e integridade territorial da República Árabe da Síria".
"A Síria confirma que esta etapa representa uma agressão descrita no sentido pleno da palavra e visa complicar e prolongar a crise na Síria após as realizações do Exército Árabe da Síria na busca de remanescentes grupos terroristas".
A fonte concluiu dizendo que a República Árabe da Síria, embora reiterasse sua absoluta rejeição à chamada zona segura, reafirma a determinação de abandonar todos os projetos que visam a unidade e a integridade territorial da República Árabe da Síria.

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com Agência SANA
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Iranianos vão às ruas contra EUA diante de embaixada em Teerã

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Ultraconservadores iranianos contrários à reaproximação com os EUA mobilizaram nesta segunda-feira dezenas de milhares de pessoas na frente da antiga embaixada americana em Teerã para celebrar o 34º aniversário da tomada de reféns que levou os dois países à ruptura.
A invasão da representação diplomática, na qual 52 reféns americanos permaneceram em cativeiro por 444 dias, é comemorada a cada 4 de novembro, mas esta celebração foi a maior dos últimos anos, segundo testemunhas.
 
O volume da manifestação é amplamente atribuído a esforços da milícia linha dura basij, influente em mesquitas e universidades, para engrossar o coro contra o presidente Hasan Rowhani, cujos acenos ao Ocidente são vistos como capitulação.
 
Formada em grande parte por estudantes transportados em ônibus fretados, a multidão que se espremeu na rua Taleghani, no centro de Teerã, entoava a todo instante o grito de "Morte à América", em sinal de rejeição a apelos do campo pró-Rowhani para que a conclamação seja abolida.

Protesto no Irã

Numerosos cartazes anti-EUA erguiam-se sobre a maré humana. Muitos ostentavam a pergunta: "Por que não abolir o grito de 'morte à América?'", com variações de respostas.
 
Algumas mensagens diziam: "porque os EUA impõem sanções" ou "porque os EUA fazem filmes anti-iranianos", referência a "Argo", cujo tema é o sequestro da embaixada americana.
 
"Todos os problemas que enfrentamos são causados pelos EUA. Continuaremos com o slogan enquanto eles mantiverem sua política de tirania e injustiça", esbravejou o estudante Mohamad E., 16.
 
Veterano da guerra contra o Iraque, na qual os EUA apoiaram o ditador Saddam Hussein na invasão do Irã, um senhor que se identificou apenas como Pirhayati, 64, disse que é "impossível ser amigo da América."
 
"A relação entre o Irã e os EUA é a mesma que a de uma ovelha com um lobo. Nunca poderão ser amigos", afirmou o veterano, cujo olho esquerdo, perdido na guerra, estava forrado com algodão.
 
O único politico a discursar foi o ex-negociador nuclear Saeed Jalili, que se candidatou à última eleição presidencial, em junho, com uma plataforma ultraconservadora contrária a concessões nas conversas atômicas.
 
"Pela lógica do [aiatolá Ruhollah] Khomeini [fundador da teocracia iraniana], 'Morte à América'pregava a morte da humilhação das nações [e] e da violência que permite ocupar países", disse Jalili, ombros cobertos com o lenço xadrez preto e branco dos milicianos basijis.
 
RACHA INTERNO
 
A demonstração de força dos ultraconservadores evidencia um racha interno acerca dos esforços diplomáticos do governo Rowhani, que oferece ao Ocidente importantes concessões nucleares em troca do fim das severas sanções econômicas ao Irã.
 
A primeira rodada de negociações com as potências na era Rowhani, iniciada no mês passado, retoma nesta quinta-feira, em Genebra, num ambiente elogiado por ambas as partes.
 
O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, reiterou no último domingo que apoia acenos do presidente.
Mas, embora seja detentor da palavra final no país, Khamenei está sob pressão de facções como a Guarda Revolucionária, que temem perder relevância ideológica e privilégios econômicos em caso de normalização com o Ocidente. A milícia basij, protagonista do protesto desta segunda-feira, é ligada à guarda.
 
Um analista ligado ao regime disse à Folha que as contradições refletem a dupla estratégia do Irã.
 
"Os EUA negociam e ao mesmo tempo dizem que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive um ataque. O Irã decidiu fazer o mesmo. Negocia e grita 'Morte à América'".
 
Fonte: Folha
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domingo, 3 de novembro de 2013

EUA compra helicopteros MI-17 V-5

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A Rosoboronexport anunciou na última sexta (1), a compra de 30 novos helicópteros de transporte Mi-17V-5 pelo governos dos EUA para equipar a aviação de asas rotativas do Exército Nacional Afegão.

O novo lote de Mi-17V-5 vai aumentar para 63 unidades em operação com as forças afegãs, fornecidos pelo acordo americano para equipar as forças daquele país como parte do plano de estabilização do governo daquele país e a retirada das tropas da coalizão.

O Mi-17V-5 faz parte da família de helicópteros Mi-8/17, que são operados por mais de 80 países.
 
Fonte: GBN com agências de noticias
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

EUA negam tensão nas relações com Arábia Saudita

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As relações entre Estados Unidos e Arábia Saudita continuam fortes, garantiu uma porta-voz do Departamento de Estado americano nesta terça-feira, descartando que esse aliado-chave no Golfo esteja se distanciando de Washington por diferenças em relação à Síria.
Ao ser questionada se Riad havia informado os EUA que pretendia reduzir a cooperação entre ambos os países, a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou: "que eu saiba essa mensagem não foi enviada ao Departamento de Estado por parte dos sauditas".
"A relação e o companheirismo com os sauditas é forte. Valorizamos seus esforços em um amplo leque de temas", acrescentou.
 
A declaração de Marie Harf foi dada depois da informação divulgada no "Wall Street Journal" de que o chefe dos serviços secretos da Arábia Saudita, príncipe Bandar bin Sultan, disse a diplomatas europeus que seu país reduziria a cooperação com os Estados Unidos no armamento e no treinamento dos rebeldes sírios.
A notícia coincide com a recusa de Riad a ocupar um assento no Conselho de Segurança da ONU, em protesto ao fracasso mundial para por fim à guerra na Síria.
Segundo os diplomatas, Bandar disse que "isso foi uma mensagem para os Estados Unidos, não (para as) Nações Unidas".
Em encontro privado no fim de semana, Bandar disse ainda aos diplomatas que seu país recuaria no trabalho com a Agência Central de Inteligência americana (CIA, na sigla em inglês) e com outros aliados como Jordânia e França.
Segundo o jornal, os sauditas estão particularmente irritados com a decisão dos EUA de não atacar o regime de Bashar al-Assad.
 
Fonte: AFP
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terça-feira, 22 de outubro de 2013

AI denuncia ataques de drones dos EUA: "ferem direito internacional"

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O governo dos Estados Unidos deve acabar com o "sigilo" dos ataques com aviões teleguiados (drones) no Paquistão e julgar os responsáveis pelas ações "ilegais", afirma um relatório da Anistia Internacional (AI) divulgado em Islamabad.
"O sigilo que cerca o programa dos drones concede ao governo americano um direito de matar superior aos tribunais e às normas fundamentais do direito internacional", afirmou Mustafa Qadri, analista da organização de defesa dos direitos humanos.
Desde 2004, entre 2.000 e 4.700 pessoas, incluindo centenas de civis, segundo diferentes avaliações, morreram em quase 300 ataques de drones americanos nas zonas tribais do noroeste do Paquistão, principal reduto dos talibãs e de outros grupos vinculados à Al-Qaeda na fronteira com o Afeganistão.
A divulgação do relatório coincide com uma visita do primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Shari, aos Estados Unidos.
 
Fonte: AFP
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EUA devem vender 10,8 Bilhões em armas á Arábia Saudita e EAU.

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O Pentágono anunciou nesta quinta-feira (17) que planeja vender a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos 10,8 bilhões de dólares em mísseis e munições , incluindo bombas " bunker buster" .
O movimento segue uma série de ofertas dos Estados Unidos nos últimos anos que têm reforçado o poder aéreo e os arsenais de mísseis dos Estados do Golfo , que tem o Irã como um rival ameaçador com suas prováveis ambições nucleares.
A venda vem demonstrar uma clara busca pela diplomacia high-stakes sobre o programa nuclear do Irã, apesar das negociações caminharem positivamento por ambos os lados.
As autoridades disseram que o Departamento de Defesa notificou o Congresso esta semana do negócio que irá fornecer mil bombas GBU-39 bunker buster para os sauditas e 5.000 para os Emirados Árabes Unidos .
A venda também inclui mísseis de cruzeiro sofisticados capazes atingir alvos a longa distância .
As armas são projetadas para uso dos caças F-15 e F- 16 adquiridos anteriormente pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos , de acordo com a Agência de Cooperação de Segurança de Defesa ( DSCA ) .
Em 2010, Israel comprou a mesma bunker buster "bombas planadoras guiadas de precisão", alimentando especulações de que estava se preparando para possíveis ataques aéreos preventivos contra instalações nucleares subterrâneas no Irã .
As vendas propostas contribuirá para a política externa e de segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança dos países aliados que restam", disse o DSCA .
De acordo com o pacote de armas, os sauditas investiram 6,8 milhões em armas , peças, treinamento e apoio logístico .
Os sauditas e os Emirados Árabes Unidos vão comprar centenas de mísseis de ataque terrestre Standoff.
Estes mísseis avançados permitirão a seus aviões atingir instalações de radar e outros alvos além do alcance dos sistemas de defesa aérea .
Os Emirados Árabes Unidos irá comprar 4 bilhões de dólares em armamento , incluindo as bombas bunker buster, 300 SLAMERS e 1.200 mísseis JSOW .
" Os Emirados Árabes Unidos continua apoiando as forças norte-americanas estacionados na Base Aérea de Al Dhafra e desempenha um papel vital no apoio aos interesses regionais dos EUA ", disse a DSCA .
"Esta proposta de venda irá melhorar a prontidão militar dos Emirados Árabes Unidos e suas capacidades para enfrentar as ameaças regionais atuais e futuras, reduzindo a dependência das forças dos EUA na região, e melhorando as operações da coalizão com os EUA."
A venda de armas deverá levantar novas críticas de grupos de direitos humanos e opositores dos governantes em ambos os Estados do Golfo , que reprimiram a dissidência interna e a repressão apoiada pelos militares do Egito .
Os Estados Unidos recentemente recuaram em sua ajuda militar ao Egito , na sequência do golpe militar que depôs o primeiro presidente democraticamente eleito do país, Mohamed Mursi .
Congresso tem 30 dias para bloquear a venda, mas a maioria dos legisladores aprovaram ofertas anteriores de armas com esses países do Golfo.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

EUA no Afeganistão: retirada ou “imunidade das tropas”?

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John Kerry partiu do Afeganistão sem ter resolvido apenas um problema - o da “imunidade das tropas” dos EUA no território do Afeganistão em relação à perseguição penal por estruturas judiciárias daquele país. É nomeadamente este problema que será resolvido em novembro pela Loya Jirga afegã.
Os EUA deverão de fato retirar em 2014 seu contingente militar do Afeganistão sem uma decisão positiva do conselho de decanos afegãos. Tal precedente já aconteceu: em 2011, devido à renúncia da direção do Iraque a assinar o mesmo acordo sobre a “imunidade das tropas” americanas naquele país, os EUA retiraram seu contingente. Teoricamente, isso pode acontecer também no Afeganistão.
Ainda no sábado passado, John Kerry declarou em uma conferência de imprensa conjunta com o presidente do Afeganistão que “infelizmente, um acordo bilateral de segurança não será assinado”, sem ter sido resolvida esta questão. Nas palavras de Kerry, tais acordos são padronizados em toda a parte, onde se encontram tropas dos EUA, inclusive no Japão, na Coreia do Sul, na Europa e na África. O Afeganistão não pode ser uma exceção. Segundo Kerry, “enquanto não for resolvido o problema da jurisdição, não teremos o direito de sujeitar cidadãos dos EUA a tal incerteza em relação a seus direitos e vidas”. Kerry colocou também em dúvida o termo da “imunidade das tropas”, que provoca aversão entre os parceiros nas conversações.
“Gostaria de esclarecer esta questão. Não há uma imunidade e já provámos isso reiteradas vezes. Infelizmente, há muitos casos, quando alguns militares dos Estados Unidos no exterior haviam violado a lei, mas eles sempre foram chamados à responsabilidade. Hoje, em prisões americanas encontram-se pessoas que cumprem a devida pena pelas suas ações”.
Na sua opinião, qualquer cidadão dos EUA, que faz parte das tropas expedicionárias e que violar a lei, será perseguido judicialmente em plena medida e qualquer infrator da lei ou criminoso será castigado, mas, naturalmente, em conformidade com as leis americanas.
Esta é uma prática corrente e a posição dos EUA em relação à “imunidade das tropas” não difere de modo algum das condições da permanência de contingentes militares de qualquer outro país fora de seus limites e em condições de ações militares. Mas a parte afegã está resolvendo durante muito tempo e com dificuldade esta questão evidente. Qual for a razão?
As despesas ligadas à segurança superam hoje o orçamento militar do Afeganistão, enquanto suas forças armadas não poderão ainda durante muito tempo cumprir independentemente tarefas combativas. Evidentemente, a direção do país compreende isso perfeitamente. Mas declarar abertamente dentro do país sobre a falta real de soberania significaria um suicídio político do atual regime. Por isso, todas as “disputas” ostentativas do presidente afegão com aliados ocidentais não são senão uma “mercadoria” propagandística tradicional das autoridades afegãs, destinada exclusivamente para o mercado interno.
Não é casual que Hamid Karzai já declarou no sábado passado que foi possível alcançar progresso em tais áreas-chave como o compromisso dos EUA de não efetuar operações militares unilaterais contra extremistas após 2014. De acordo com suas palavras, a partir de 2015, os Estados Unidos não irão realizar quaisquer ações e operações livres, o que foi fixado por escrito num documento que recebemos e em que se garante a proteção da vida e dos bens do nosso povo”.

Já após a partida de John Kerry de Cabul, a parte americana anunciou que falta regularizar apenas alguns detalhes do acordo bilateral de segurança (Bilateral Security Agreement) e que os grupos de trabalho dos dois países já podem começar a elaborar um projeto deste documento. Por isso, é pouco provável que a Loya Jirga imite seus colegas iraquianos que tomaram uma decisão precipitada, tanto mais que seu triste resultado é evidente.

Fonte: Voz da Rússia
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