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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diretor de Inteligência dos EUA nega espionagem de cidadãos franceses

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O diretor de Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, declarou nesta terça-feira que as matérias publicadas no jornal francês Le Monde esta semana contêm informações "imprecisas e enganosas" sobre as atividades de inteligência americana.
"A informação, segundo a qual a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) fez mais de 70 milhões de gravações de dados telefônicos de cidadãos franceses, é falsa", garantiu Clapper.
"Não vamos nos estender nos detalhes das nossas atividades, mas já dissemos claramente que os Estados Unidos reúnem elementos de inteligência do mesmo tipo que aqueles coletados por todos os países", acrescentou Clapper, que supervisiona 16 agências de inteligência.
"Os Estados Unidos coletam informações para proteger sua nação, seus interesses, e para proteger seus aliados, principalmente, de ameaças terroristas, ou da proliferação de armas de destruição em massa", acrescentou o diretor, concluindo que os EUA "concedem grande importância a sua longa amizade com a França e continuarão cooperando em matéria de segurança e inteligência".
Na segunda-feira, o jornal Le Monde revelou detalhes da espionagem telefônica da NSA a cidadãos franceses, com base nos documentos sigilosos vazados pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden. Nesta terça, o periódico divulgou novas informações sobre as escutas em embaixadas, incluindo a representação da França na sede da ONU, em Nova York.
Segundo o jornal, a NSA fez 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013.
Ontem, o presidente francês, François Hollande, expressou sua "profunda rejeição" às "práticas inaceitáveis" de seu aliado em uma conversa por telefone com Barack Obama
 
Fonte: AFP
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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Espionagem causa desconforto entre EUA e França

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A Casa Branca respondeu nesta segunda-feira às queixas feitas pela França sobre as novas denúncias de espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional americana alegando que "todas as nações realizam operações de espionagem".
"Já deixamos claro que os Estados Unidos recolhem informações de inteligência no exterior do mesmo modo que todos os países recolhem", afirmou a porta-voz da agência, Caitlin Hayden.
"Como disse o presidente (Barack Obama) em seu discurso na assembleia geral das Nações Unidas, começamos a revisar o modo com que obtemos informações para poder chegar a um equilíbrio entre as legítimas preocupações pela segurança de nossos concidadãos e aliados e as preocupações que todo o mundo compartilha a propósito da proteção de sua intimidade", acresentou.
Novas revelações sobre a espionagem em massa dos serviços norte-americanos provocaram reações iradas da França, que convocou o embaixador dos Estados Unidos em Paris.
Segundo o jornal Le Monde, em sua edição desta segunda-feira, a agência americana de Segurança (NSA) realizou 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses em um período de 30 dias entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013. O Le Monde cita documentos do ex-consultor da NSA Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.
"Estou profundamente escandalizado", declarou nesta segunda-feira em Copenhague o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.
 
França se diz chocada com alcance de espionagem dos EUA
 
As autoridades da França se disseram chocadas com o alcance da espionagem realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos no país e exigiram explicações do governo americano, após as revelações feitas pelo jornal "Le Monde" desta segunda-feira de que a agência interceptou mais de 70 milhões de comunicações telefônicas na França em apenas um mês.
 
"Estou profundamente chocado. É inacreditável que um país aliado como os Estados Unidos possa espionar a esse ponto tantas comunicações privadas que não têm nenhuma justificativa estratégica nem de defesa nacional", declarou o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.
 
Ele pediu aos Estados Unidos "respostas claras" sobre as razões que motivaram a utilização dessas práticas de espionagem e, sobretudo, para que sejam criadas "condições de transparência para pôr fim a isso".
 
Segundo o "Le Monde" desta segunda-feira, que cita documentos vazados pelo ex-consultor da NSA Edward Snowden, atualmente refugiado na Rússia, a agência americana espionou 70,3 milhões de ligações telefônicas de franceses entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro deste ano.
 
O jornal informou ainda que os documentos indicam que a NSA espionou pessoas suspeitas de ligações com atividades terroristas e também empresários, políticos e membros do governo francês.
 
A agência teria também interceptado e-mails com endereços Wanadoo (antiga filial do grupo Orange, ex-France Télécom), que ainda totaliza 4,5 milhões de usuários, e Alcatel-Lucent, empresa franco-americana de telecomunicações.
Convocando o embaixador
 
Após as revelações do jornal, o chanceler francês, Laurent Fabius anunciou a convocação "imediata" do embaixador americano em Paris, Charles Rivkin.
O novo caso de espionagem da NSA coincide com a chegada a Paris do secretário de Estado americano, John Kerry.
 
"Nós cooperamos de maneira útil na luta contra o terrorismo, mas isso não tem nenhuma justificativa", disse Fabius, acrescentando que irá pedir "explicações" sobre o assunto em uma reunião com Kerry na terça-feira.
 
"Esse tipo de prática entre parceiros que ataca a vida privada é totalmente inaceitável. É preciso se assegurar, muito rapidamente, em todo o caso, que ela não ocorra mais", declarou o chanceler francês.
 
O ministro do Interior, Manuel Valls, também afirmou que as revelações feitas pelo "Le Monde" são "chocantes e inaceitáveis".
 
'Natureza das coisas'
 
Em junho passado, já haviam surgido outras revelações de espionagem realizada pela NSA na França, que resultaram, em julho, na abertura de investigações por parte do Ministério Público de Paris.
 
Alguns especialistas afirmam que apesar das fortes críticas feitas contra a NSA, as revelações feitas pelo Monde não representariam uma surpresa para o governo francês, que também já espionou dados nos Estados Unidos.
 
"Espionar, mesmo seus amigos, faz parte da natureza das coisas. O objetivo é ter informações sobre os países mais importantes do mundo", afirma Louis Caprioli, ex-subdiretor da divisão responsável pela luta antiterrorismo na França e consultor de análise de riscos.
 
"O ministro francês do Interior havia declarado em julho, em um fórum sobre crime e segurança em Davos (Suíça), que para proteger suas populações todos os Estados precisam ter acesso a certas comunicações eletrônicas. É um sinal de que há escutas", afirma.
 
"O serviço de espionagem americano é colossal. Eles interceptam qualquer pessoa, às cegas, depois elaboram critérios para selecionar o que possui interesse", acrescenta Caprioli, se referindo ao fato de que empresários e políticos franceses também foram espionados.
 
"É uma pseudo-revelação. Todos os países aliados se espionam. Todos os países se espionam. Caio da cadeira quando ouço pessoas gritarem que isso é horrível. Sejamos realistas", disse à uma rádio francesa Arnaud Dangean, deputado do Partido Popular Europeu, de direita, e especialista em questões de inteligência.
 
A presidente Dilma também criticou fortemente a espionagem realizada pela NSA de suas comunicações e da Petrobras, afirmando que isso representa uma violação aos direitos humanos e um desrepeito às soberanias nacionais.
 
Após o surgimento das revelações de que a NSA espionou Dilma e a empresa de petróleo brasileira, a presidente decidiu cancelar a visita de Estado que faria aos Estados Unidos neste mês.
 
Fonte: GBN com AFP e BBC Brasil
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domingo, 6 de outubro de 2013

Avião está parado na França por paralisação dos EUA

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A companhia aérea US Airways informou que um jato A330 que encomendou da Airbus está parado na França por causa da dispensa de funcionários de um escritório da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, num episódio relacionado à paralisação parcial do governo norte-americano, iniciada na última terça-feira.
 
A europeia Airbus está tendo dificuldades de entregar aviões a clientes dos EUA porque o escritório da FAA na cidade de Oklahoma, que processa registros e transferências de títulos, está fechado desde o início da paralisação.
 
"Aguardamos sua reabertura com ansiedade para processar a papelada e poder trazer o avião", afirmou um porta-voz da US Airways.
Na terça-feira, a JetBlue Airways afirmou que a entrega de seu primeiro Airbus A321 sofreu atraso na Alemanha por causa da paralisação da FAA.
Já a Boeing e a Bombardier disseram que suas entregas podem ser prejudicadas se o problema continuar.

Fonte: Dow Jones Newswires.
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sábado, 31 de agosto de 2013

“A NSA tem posto de escuta em Viena?”

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“A Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) emprega equipes de espionagem nas embaixadas dos Estados Unidos, entre as quais a de Viena, alarmando no seguimento das revelações, da revista Der Spiegel.
 
Trata-se de uma equipe denominada “Serviço Especial de Coleta” (Special Collection Service-Team), atuando em colaboração com a CIA para interceptar as comunicações com a ajuda de aparelhos instalados nos telhados das embaixadas. O principal alvo da atenção da NSA em Viena é a Agência Internacional de Energia Atómica. Mas nem essa Agência, nem o Ministério do Interior austríaco confirmaram essas informações, precisa o diário, para quem a guerra fria acabou há muito tempo, mas os tempos em que Viena (na fronteira entre o Ocidente e os países de Leste) desempenhava um papel importante para os serviços secretos ainda não acabaram.
 
Fonte: Der Spiegel
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

EUA renovam depósitos de armas nucleares na Europa

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Os EUA decidiram modernizar suas armas táticas nucleares instaladas na Europa e no continente americano. Os peritos não são, por enquanto, unânimes quanto a eventuais ameaças relacionadas com a correlação de forças, sendo esta notícia pouco agradável para a Rússia.
 
Barack Obama, em sua mensagem ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, propôs elaborar um acordo bilateral sobre a transparência dos sistemas de defesa antimísseis. Trata-se da redução dos arsenais de armas nucleares. O Presidente dos EUA apela ainda a que o seu colega russo “deixe no passado as doutrinas nucleares da guerra fria”. Porém, um pouco antes disso, na segunda quinzena de abril, os Estados Unidos iniciaram um novo programa visando a modernização das armas nucleares táticas que se encontram em bases americanas na Europa e nos próprios EUA.
Segundo noticiou o Guardian britânico, para o referido programa foram alocados 11 bilhões de dólares. Essa medida prevê ainda o aperfeiçoamento de 200 bombas atômicas B-61, estacionadas na Europa, que serão dotadas de sistemas de guiamento de elevada precisão e que passarão a ser usadas por caças F-35. Deste modo, na fase final do projeto, em 2019-2020, os arsenais nucleares dos EUA na Europa receberão novas bombas atômicas, aliadas a veículos aéreos sofisticados – “aviões-fantasma”. Por isso, Barack Obama, conforme assinalaram analistas do Ocidente, efetuou uma reviravolta nuclear de 180 graus. Resta perguntar: para quê?
Os EUA precisam de armas nucleares táticas na Europa por razões diversas, reputa o diretor do Centro de Pesquisas Político-Sociais, Vladimir Evseev. No seu entender, os EUA querem “jogar pelo seguro perante futuros cenários menos otimistas”. No caso de agravamento das relações com a Rússia, poderão contar assim com os arsenais disponíveis na Europa. Mas, para a Rússia, estas armas são consideradas genericamente como estratégicas, por poderem atingir o território russo por meio de vetores da OTAN, frisou o perito.
“Realmente, os EUA têm pressionado a Rússia no sentido de Moscou reduzir as suas armas táticas, em que supera os EUA. Todavia, estas armas compensam a nossa falta das forças convencionais, de armas de alta precisão e a ausência de meios de defesa antimísseis. Deste ponto de vista, os EUA propõem a seguinte abordagem: apelam a não fazermos distinção entre forças táticas e estratégicas, fazendo um único acordo no âmbito do qual seria possível fazer reduções gerais de armas nucleares. Mas tal enfoque não convém à Rússia”.
As armas nucleares táticas da Rússia não ameaçam o território dos EUA, mas, teoricamente, podem ser usadas contra as bases militares norte-americanas na Europa, incluindo contra o sistema de DAM em vias de criação. Com efeito, tais armas põem em causa a segurança dos aliados europeus dos EUA. Desta forma, para os EUA e seus aliados na Europa, um lote de 200 bombas B-61 constituem um símbolo importante de comunhão e a prontidão de agir, em caso de necessidade, em defesa da Europa. Este é um símbolo de unidade da OTAN, especifica o perito militar Alexander Golts. Nas suas palavras, nem todos os membros da Aliança Atlântica se manifestam eufóricos face a esta situação, incluindo os países onde as bombas estão estacionadas. A Bélgica e a Alemanha, por exemplo, têm colocado a questão sobre a sua retirada.
Com isso, prossegue Alexander Golts, a Rússia não se recusa a negociar esta temática.
“A Rússia avança, como pré-condição, a necessidade de “repatriar” as armas táticas. Pode-se supor que as armas táticas sejam uma carta do futuro jogo a ser protagonizado pela Rússia. A ideia básica de redução também se afigura como muito complicada em termos concretos. Foram travadas negociações durante décadas até que as partes optassem por um algoritmo favorável para a redução dos armamentos estratégicos ofensivos. Mas esta tarefa foi mais fácil de alcançar. Era possível reduzir os armamentos, reduzindo os vetores.
Para Alexander Golts, a redução de armas nucleares táticas requer um patamar de confiança entre a Rússia e os EUA ainda maior do que o nível existente agora. Até hoje, ninguém, exceto a Rússia e os EUA, sabe ao certo a quantidade de cargas nucleares táticas. As avaliações de peritos têm sido diferentes. Assim, os arsenais russos se estimam em 3-10 mil bombas, ogivas de mísseis e projéteis de artilharia, enquanto os dos EUA se avaliam em 5 mil.
Desde os tempos da Guerra Fria, o conceito de equilíbrio na esfera nuclear mudou muito. Atualmente, seria difícil imaginar ataques nucleares entre as duas potências. A corrida armamentista e a competição militar têm tido mais um caráter mais virtual do que real. No entanto, a decisão sobre a modernização das bombas norte-americanas na Europa está passando de uma competição virtual para o plano prático.
 
Fonte: Voz da Rússia
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

EUA e União Europeia vão negociar mega-acordo de livre comércio

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Os EUA e a União Europeia anunciaram nesta quarta-feira que vão dar início a negociações para alcançar um amplo acordo de livre comércio e investimento, com o fim de eliminar barreiras tarifárias e regulatórias em uma gama de produtos.
A iniciativa foi anunciada através de um comunicado conjunto emitido pelo presidente americano, Barack Obama, o comissário da UE, José Manuel Barroso, e o presidente do Conselho Econômico Europeu, Herman Van Rompuy.
 
"O relacionamento econômico transatlântico já é o mais volumoso do mundo, respondendo por metade da produção econômica global e quase US$ 1 trilhão de comércio de mercadorias e serviços", diz o comunicado.
"Uma Parceria Comercial e de Investimento Transatlântica de alto nível impulsionaria a liberalização do comércio e dos investimentos, e abordaria questões regulatórias e outras barreiras não-tarifárias."
Se for implementado, o acordo de livre comércio será um dos mais complexos e ambiciosos já negociados. Analistas estimam que o entendimento possa incrementar a economia europeia em 0,5%.
"Através desta negociação, os Estados Unidos e a União Europeia terão a oportunidade não apenas de expandir o comércio e o investimento nos dois lados do Atlântico, mas também de contribuir para o desenvolvimento de regras globais que possam fortalecer o sistema multilateral de comércio", diz o comunicado.
 
Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A nova estratégia de defesa dos EUA e a Europa

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Os EUA têm desde 6 de Janeiro uma nova estratégia de defesa. O documento, como é costume, interessa a todo o mundo e, como tal, está a ser escalpelizado pelos especialistas. Conforme se previa, agora que acabaram os compromissos no Iraque e os do Afeganistão estão a encaminhar-se nesse sentido, o foco das atenções, em termos de presença militar, vai poder transferir-se mais abertamente para a Ásia e Pacífico. É um movimento esperado há bastante tempo; só não terá sido concretizado mais cedo devido aos compromissos das intervenções atrás referidas.

A postura em relação à Europa irá também evoluir. Também não é novidade, mas os europeus talvez ainda não tenham interiorizado as prováveis vertentes da mudança. Sabem que podem contar, pelo menos por enquanto, com o empenhamento de Washington em manter o compromisso de defesa colectiva, tal como expresso no artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte, pois o documento é explícito a esse respeito. Terão, no entanto, que passar a ter em conta que para os EUA esta é também uma oportunidade de “reequilibrar o investimento militar na Europa” («rebalance the military investment in Europe»). A frase chave, a que talvez ainda não se tenha prestado atenção suficiente, é a seguinte: «moving from a focus on current conflicts towards a focus on future capabilities».

É uma maneira de dizer que o que esperam dos europeus é sobretudo maior cooperação nos seus esforços para manter a paz e estabilidade no mundo; por outras palavras, que é preciso resolver o défice de cooperação europeia que tem vindo a desequilibrar o relacionamento transatlântico e vai minando a coesão da Aliança. É o desafio que está no lado europeu.

Do lado americano, o principal desafio reside, como se reconhece no texto, no facto de nunca o balanço entre recursos e necessidades ter sido tão delicado como é presentemente. Esse foi, com certeza, um dos principais condicionantes do processo de elaboração da orientação agora aprovada. E não é pequeno; para já são 450 mil milhões de dólares que será necessário reduzir durante os próximos dez anos. Poderão ser mais 500 mil milhões se no Congresso não se chegar a um entendimento sobre o plano de redução do défice.

É uma quantia enorme para cortar mas a verdade é que nunca o Pentágono tinha tido um período de 11 anos de sucessivos aumentos do orçamento. No tempo de Reagan, o crescimento histórico, então verificado, só durou quatro anos e foi seguido por 13 anos de reduções. Como serão concretizados os cortes necessários é matéria de decisão ulterior, à luz da postura que os EUA pretendem adoptar para o próximo ciclo de planeamento de defesa. Espera-se que o Secretário da Defesa anuncie nas próximas semanas os programas que serão afectados. Este passo será coordenado com o discurso da União que o Presidente fará a 25 de Janeiro e, em Fevereiro, a subsequente submissão do projecto de orçamento para 2013. Só então se terá uma visão mais completa do que será a nova estratégia de defesa.

Um dos aspectos de que se tem falado com alguma insistência é uma possível nova redução do arsenal nuclear, hipótese aliás aventada pelo Presidente, por altura da apresentação da nova estratégia. O tecto presentemente acordado com a Rússia no Tratado START prevê 1500 ogivas e 700 sistemas de lançamento, em fevereiro de 2018. Não se estima possível, em qualquer caso, poupar, neste sector, mais do que um décimo (45 mil milhões) do total requerido. Também não é provável que Washington tome decisões relevantes nesta área fora de conversações com a Rússia.

Outras possíveis áreas onde se irão verificar as restantes poupanças necessárias incluirão provavelmente o programa de construção de submarinos balísticos e novos bombardeiros estratégicos, entre outros. Entrar-se-á então na área onde muitos observadores localizam os verdadeiros problemas de gestão a que o Pentágono devia prestar atenção. São, sobretudo, os dispendiosos programas de aquisições de novos equipamentos e sistemas de armas, cujos custos têm “disparado” descontroladamente e cuja justificação militar, no actual contexto de segurança, levanta dúvidas. Saber-se-á brevemente quais são.

Fonte: JDRI

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Pacifista quer retirada de bombas nucleares da Alemanha

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Aposentada que mora perto da base aérea de Büchel, onde estariam depositadas armas nucleares dos EUA, luta na Justiça pela retirada definitiva dos armamentos da Alemanha.

A aposentada alemã Elke Koller, de 68 anos, anunciou que não desistirá tão cedo da sua luta contra a presença de bombas nucleares na Alemanha. Embora tenha perdido em primeira instância, já anunciou por meio de seu advogado que vai recorrer da decisão e escalar todas as instâncias jurídicas, até o Tribunal Constitucional Federal.

Ela reside perto da base aérea de Büchel, a 90 quilômetros de Bonn, sede do governo da antiga Alemanha Ocidental. Não há confirmação oficial, mas supõe-se que lá estejam armazenadas 20 bombas nucleares norte-americanas do tipo 61-B. Com 1,5 metro de comprimento e 50 centímetros de diâmetro, elas teriam 15 vezes o poder destrutivo da bomba lançada sobre Hiroshima em agosto de 1945.

Por ocasião da reunificação alemã, em 1990, foi acertado um amplo desarmamento das potências vencedoras da Segunda Guerra ainda presentes na Alemanha. Mesmo assim, teriam restado cerca de 20 bombas atômicas norte-americanas na base militar de Büchel, onde militares alemães são treinados – no contexto da colaboração da Alemanha com a Otan – para um eventual uso de armas nucleares.

Contradição

Por se sentir incomodada pelos voos rasantes dos aviões de caça sobre sua casa e pelo perigo que vê nas armas nucleares, a farmacêutica aposentada e filiada ao Partido Verde quer que o governo alemão as retire de lá.

Segundo ela, é uma contradição que o país exponha seus cidadãos a tal risco se Berlim se decidiu pelo desligamento de todas as usinas atômicas. Ela se apoia ainda num parecer emitido pela Corte Internacional de Haia em 1996, segundo o qual a intimidação através de armas nucleares, bem como o seu uso, contradizem o direito internacional.

O Tribunal Administrativo de Colônia rejeitou a queixa de Koller, alegando que cabe ao governo alemão decidir quais os meios mais adequados para garantir a paz. Além disso, argumenta que a estratégia da intimidação nuclear seria permitida pela lei internacional e que o governo alemão já teria demonstrado várias vezes seu engajamento pelo desarmamento nuclear.

Koller se diz desapontada com a decisão, mas acrescenta que, na realidade, não teria esperado que um tribunal de baixa instância tivesse coragem de criar problemas diplomáticos para Berlim.

A aposentada pretende seguir adiante com a queixa, e para isso conta com o apoio da Associação Internacional de Juristas contra Armas Nucleares.

Ameaçada pelos vizinhos

Desde o indeferimento do pedido, o telefone de Koller não para de tocar. "Até pessoas estranhas me ligam para me encorajar". Mas nem sempre foi assim. "No início, tentaram me agredir com uma tesoura de jardim", conta a ativista. Questionados sobre o problema, os moradores e o prefeito local se dizem conformados com a situação.

A base militar de Büchel gera cerca de 2.500 empregos, garantindo a economia de praticamente toda a região. Por isso, muitos vizinhos defendem a existência da base militar.

Fonte: Deutsche Welle
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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Antes de partir, Gates avisa que Otan arrisca virar irrelevante

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, fez críticas duras aos aliados europeus dos EUA na sexta-feira, dizendo que a Otan corre o risco de "irrelevância militar coletiva" se não começar a arcar com uma parte maior do ônus e elevar seus gastos militares.

Em um último discurso político antes de se aposentar, no final do mês, Gates disse que as operações lideradas pela Otan no Afeganistão e na Líbia chamaram a atenção para insuficiências importantes nas capacidades militares e vontade política entre os aliados.

Com os EUA diante da obrigação de fazer cortes orçamentários dolorosos em casa, na medida em que o presidente Barack Obama enfrenta um déficit de 1,4 trilhão de dólares, Gates avisou que os parlamentares americanos podem começar a questionar o fato de Washington custear 75 por cento dos gastos da Otan com a defesa.

Isso significa, disse ele, que existe "uma possibilidade real de um futuro desanimador, se não lúgubre, para a aliança transatlântica".

"A realidade nua e crua é que haverá vontade e paciência decrescentes (dos EUA) de gastar recursos cada vez mais preciosos em prol de países aparentemente não dispostos a dedicar os recursos necessários ou fazer as modificações necessárias para serem parceiros sérios e capazes em sua própria defesa", disse Gates.

"Se as tendências atuais de declínio nas capacidades de defesa europeias não foram sustadas e revertidas, líderes políticos futuros dos EUA - para quem a Guerra Fria não foi a experiência formativa que foi para mim - podem não considerar que os retornos sobre os investimentos da América na Otan justificam os custos."

Apesar de contarem com mais de 2 milhões de soldados uniformizados, os países da Otan, excetuando os EUA, têm dificuldade em manter 25 mil a 45 mil soldados no Afeganistão, "não apenas em termos de soldados em campo, mas em equipamentos de apoio cruciais como helicópteros, aviões de transporte, manutenção, inteligência e vigilância."

Gates disse que as operações aéreas contra as forças do líder líbio Muammar Gaddafi expuseram outras limitações, com um centro de operações aéreas projetado para lidar com mais de 300 saídas de aviões por dia tendo dificuldade em lançar 150 e os Estados Unidos sendo obrigado a completar as munições escassas.

Gates disse que os problemas com os investimentos em defesa constituem um mau presságio quanto a assegurar que a Otan possua capacidades comuns cruciais e atualizadas.

De acordo com ele, os EUA enfrentam uma crise econômica profunda, e a defesa terá que ser incluída entre os grandes cortes de despesas.

Suas declarações foram feitas após dois dias de reuniões da Otan em que Gates disse que poucos países estavam carregando o ônus maior das operações na Líbia e assinalou cinco países que exortou a fazerem mais.

Ele teria pedido que Espanha, Turquia e Holanda façam missões aéreas de ataque além das missões aéreas que já estão empreendendo. E exortou a Alemanha e Polônia, que não estão contribuindo, a encontrar maneiras de ajudar.

A porta-voz da Otan Oana Lungescu disse que o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, compartilha as preocupações de Gates.

Gates disse que apenas cinco dos 28 aliados - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Grécia e Albânia - gastam 2 por cento de seus PIBs com defesa, conforme prevê a Otan.

Obama nomeou o chefe da CIA, Leon Panetta, para assumir o lugar de Gates à frente do Pentágono.

Fonte: Reuters
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domingo, 4 de julho de 2010

EUA e Polônia fecham acordo sobre escudo antimísseis

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Estados Unidos e Polônia assinaram neste sábado um protocolo que concretiza o consentimento da Polônia para instalar em seu território um componente do futuro escudo antimísseis americano na Europa.

O documento, assinado em Cracóvia (sul) entre a secretária de Estado Hillary Clinton e seu colega polonês Radoslaw Sikorski, emenda o acordo sobre o escudo antimísseis americano assinado em Washington em agosto de 2008, para adaptá-lo ao projeto modificado pela administração de Barack Obama.

O dispositivo posicionado em uma base polonesa "ajudará a proteger o povo polonês e a todos na Europa, nossos aliados e os outros, da ameaça (...) representada pelo Irã", afirmou Hillary Clinton.

Os Estados Unidos abandonaram em setembro de 2009 o projeto inicial de escudo antimísseis na Europa Central, que previa instalar um poderoso radar na República Tcheca associado a dez interceptadores de mísseis balísticos de longo alcance na Polônia por um custo de 1,6 bilhão de dólares.

O projeto elaborado durante a administração de George W. Bush irritou a Rússia, que julgou sua segurança ameaçada.

O novo plano já não está elaborado para derrubar mísseis de longo alcance e sim de média e curta trajetória, depois de uma reavaliação da ameaça balística iraniana. Moscou recebeu positivamente o novo enfoque.

A Polônia prefere a nova versão do projeto, argumentou Sikorski: "Está fundado numa tecnologia existente, o que aumenta a probabilidade de que seja realista e eficaz".

Hillary Clinton recordou, por sua parte, que convidou a Rússia a participar neste esforço "puramente defensivo" e que esta oferta continua de pé.

Mas a Rússia não está convencida. Em fevereiro, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Nikolai Makarov, afirmou que o escudo antimísseis "visa à Rússia".

Makarov fez estas declarações depois da aprovação do presidente Dimitri Medvedev a uma nova doutrina militar que situação a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na liderança das ameaças que pesam sobre a segurança de seu país.

Em um comunicado conjunto publicado depois da coletiva de imprensa, Estados Unidos e Polônia precisaram que o acordo assinado neste sábado é "o primeiro acordo que coloca em andamento a mobilização por fase de mísseis antimísseis americanos SM-3".

A data geralmente evocada para a mobilização na Polônia é 2018. Mas Hillary, interrogada a respeito, não evocou uma data precisa e se contentou em afirmar que o compromisso de mobilizar os mísseis será mantido.

O secretário americano da Defesa, Robert Gates, havia afirmado em 17 de junho que o Irã era capaz de lançar um ataque contra a Europa utilizando "dezenas e, inclusive, centena de mísseis".

Seu colega iraniano, Ahmad Vahidi, respondeu no dia seguinte que os mísseis iranianos são apenas para a defesa do Irã contra uma eventual agressão e que não ameaçam nenhum país.

Os Estados Unidos investiram muito na investigação, o desenvolvimento e a colocação em funcionamento de sistemas para blindar seu território, em especial contra mísseis intercontinentais, uma das principais preocupações dos governantes desse país desde o começo da era atômica e espacial.

Entre 1951 e 1997, dedicou 100 bilhões de dólares (por seu valor em 1997) e durante os últimos dez anos gastou de novo uma cifra equivalente com esse objetivo.

Fonte: AFP
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rasmussen diz que armas táticas dos EUA na Europa são essenciais

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A presença de armas nucleares táticas americanas na Europa é "uma parte essencial" da dissuasão nuclear da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse hoje o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen.

Os ministros de Exteriores aliados começam esta noite o debate sobre o futuro da política nuclear de defesa da organização, mas Rasmussen disse, em entrevista coletiva antes da discussão, que é favorável à manutenção das armas táticas.

Cinco países da aliança (Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Noruega) convocaram o debate visando à retirada dessas armas táticas, já que a Otan dispõe de armamento atômico estratégico de Estados Unidos e Reino Unido, enquanto outro Estado-membro, a França, possui armas nucleares, mas que não estão incorporadas à estrutura militar aliada.

Rasmussen destacou que a Otan deve "fazer o que puder" dentro de um "compromisso ativo" para apoiar os esforços internacionais a favor do desarmamento, como os impulsionados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

No entanto, deixou claro que enquanto houver armas atômicas "a Otan necessita uma dissuasão nuclear crível, eficaz e administrada de forma segura".

O secretário-geral explicou que, durante a primeira sessão da reunião de dois dias na capital da Estônia, recebeu o "forte apoio" ministerial a várias ideias que apresentou para conseguir "profundas reformas" na organização, para uma melhor gestão dos recursos.

Rasmussen insistiu na urgência de mudanças profundas na Otan. Segundo ele, a aliança "tem uma estrutura de quartéis-gerais própria da Guerra Fria que já não pode ser permitida".

"Nossa sede é um paraíso para as pessoas que gostem de comitês, mas eu não sou uma delas e tenho certeza que podemos agilizar as coisas nesta área", disse Rasmussen.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Obama garante apoio a países do leste europeu

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu na noite desta quinta-feira aos líderes de onze países da Europa central e oriental que eles não serão isolados devido ao progresso das relações entre Washington e Moscou.

Durante a reunião de hoje, em Praga, Obama "garantiu que seguimos fazendo parte do espaço euroatlântico", declarou o primeiro-ministro tcheco, Jan Fischer, ao final de um jantar informal na residência do embaixador dos Estados Unidos.

Segundo a imprensa local, Obama quis garantir aos países da região o apoio dos Estados Unidos, após abandonar o projeto da administração anterior, de George W. Bush, de instalar um escudo antimísseis na Europa central.

O projeto, que provocou violentos protestos em Moscou, previa a instalação de um radar na República Tcheca, ligado a dez baterias de mísseis na Polônia.

Vários participantes do encontro em Praga pediram "transparência" e "eficácia" nas relações com a Rússia, algo que Obama "confirmou naturalmente", segundo Fischer.

A Casa Branca informou que durante o jantar da noite de hoje os dirigentes "opinaram que o progresso das relações entre Washington e Moscou reduziu as tensões e criou novas oportunidades para a melhoria das relações dos países (do leste europeu) com a Rússia".

Obama agradeceu aos dirigentes por sua participação e "sacrifícios" envolvendo as operações da Otan no Afeganistão, e todos concordaram em responder concretamente ao fato de o Irã não respeitar suas obrigações internacionais" em matéria nuclear.

Sobre a Otan, Obama insistiu na validade do artigo 5 da carta da Aliança Atlântica, que garante a assistência de todos os países da organização a um membro que seja atacado, destacou a Casa Branca.

Além de Obama e do presidente russo, Dmitri Medvedev, participaram da reunião em Praga os primeiros-ministros búlgaro, Boiko Borissov, croata, Jadranka Kosor, húngaro, Gordon Bajnai, lituano, Andrius Kubilius, esloveno, Borut Pahor, polonês, Donald Tusk, eslovaco, Robert Fico; e os presidentes de Letônia, Valdis Zatlers, Estônia, Toomas Hendrik Ilves, e Romênia, Traian Basescu.

Os anfitriões do encontro foram Jan Fischer e o presidente Vaclav Klaus.

"O ambiente do encontro foi muito aberto, muito construtivo", disse Fischer, destacando que Obama "não é apenas um bom orador, mas também um ouvinte atento".

Fonte: AFP
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sábado, 27 de março de 2010

Otan quer escudo antimísseis que proteja EUA e Rússia

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O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, defendeu neste sábado a criação de um novo sistema de defesa antimísseis que proteja tanto os Estados Unidos como a Rússia.

"Precisamos de um sistema de defesa antimísseis que inclua não apenas todos os países da Otan mas a Rússia também. Um telhado de segurança que seja construído, apoiado e mantido por todos nós", disse ele em Bruxelas.

Ramussen disse que a ameaça da proliferação de mísseis é real, vem crescendo e citou o caso do programa balístico e nuclear do Irã.

Mas o chefe da Otan (organização que compreende 26 países europeus, EUA e Canadá) disse que este sistema de defesa pode, mais do que apenas defender os países membros da organização, estreitar os laços entre a Europa e os EUA como também com os russos.

"Um telhado de segurança seria um forte símbolo de que a Rússia é parte integrante da família Europa-Atlântico, compartilhando os benefícios e os custos, não de fora, mas como integrante real", disse.

Correspondentes dizem que os EUA vêm tentando, sem sucesso, atrair a Rússia para se integrar aos seus planos de defesa antimísseis, mas Moscou temeria a diminuição de sua autonomia como país nuclear.

O correspondente da BBC em Bruxelas Jonathan Marcus disse que a Otan parece estar cada vez mais interessada em mecanismos de defesa como o citado por Ramussen e deve ir em frente com ou sem a Rússia.

Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Parlamento Europeu bloqueia acordo antiterrorista UE-EUA

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O Parlamento Europeu bloqueou nesta quinta-feira, com grande maioria, um controverso acordo que permitia transferir aos Estados Unidos dados bancários de cidadãos da União Europeia (UE), como parte da luta contra o terrorismo.

Por 378 votos contra 196, o Parlamento Europeu exerceu pela primeira vez o direito de veto sobre acordos internacionais concedido pelo novo Tratado de Lisboa, em vigor desde o início de dezembro.

O acordo, assinado em novembro pelos ministros do Interior da UE, permitia aos Estados Unidos continuar "rastreando" o financiamento do terrorismo utilizando os dados bancários reunidos pela SWIFT, uma empresa com sede na Bélgica e cuja rede é utilizada por 8.000 instituições financeiras.

Fonte: AFP
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

EUA posicionarão mísseis na Polônia

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Os Estados Unidos posicionarão nesta primavera as primeiras plataformas de lançamento de mísseis Patriot na Polônia, que ficarão finalmente no nordeste do país, e não nas proximidades de Varsóvia, informa hoje o jornal "Gazeta Wyborcza".

Junto com o sistema balístico, chegará também um primeiro contingente de cerca de 100 militares americanos, que se encarregarão de operar as bases de foguetes.

Os especialistas militares consultados pelo "Gazeta Wyborcza" afirmam que a futura localização dos Patriot será na região de Mazuria (nordeste do país), já que é a mais adequada do ponto de vista estratégico e permite melhores condições para as tropas.

A localização de mísseis americanos na Polônia, onde até agora os EUA não contam com presença militar, atende as exigências polonesas de mais segurança.

A Polônia, sempre pendente da política externa da Rússia, vinha lamentando a ausência em seu território de tropas e instalações militares americanas, dez anos após entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e apesar da notável participação nas missões do Iraque e do Afeganistão.

O acordo alcançado em 2008 entre o Executivo polonês e o Governo do então presidente americano, George W. Bush, previa o posicionamento do polêmico escudo antimísseis e baterias Patriot para reforçar a segurança da Polônia frente a países vizinhos.

O novo presidente americano, Barack Obama, cancelou o projeto de escudo antimísseis desenvolvido por seu antecessor, mas manteve os planos de colocar mísseis Patriot na Polônia, país que até 1991 fez parte do Pacto de Varsóvia.



Fonte: EFE
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Rússia e EUA divergem em Haia sobre a independência de Kosovo

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Os Estados Unidos e a Rússia divergiram nesta terça-feira na Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a declaração de independência do Kosovo em fevereiro de 2008, em que o primeiro é favorável e o segundo contrário.

A CIJ, máximo tribunal das Nações Unidas, realiza desde o dia 1º de dezembro uma série de audiências com 30 países que expõem seus argumentos favoráveis e contrários à legalidade da independência do Kosovo.

Com um discurso mais político do que legal, os EUA defendem que o direito internacional "não regula, nem autoriza, nem proíbe declarações de independência", as quais, defenderam, são "a vontade de uma população".

O advogado americano Harold Koh alertou o tribunal contra as tentativas de reativar conversações "fúteis" ou "desorganizar delicados arranjos políticos que trouxeram estabilidade a uma região conturbada".

A Rússia evitou apreciações políticas e centrou seus argumentos legais para manter que a declaração de independência do Kosovo contrariou o direito internacional e à resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU, que instaurou um governo provisório do Kosovo, dentro dos limites territoriais da Sérvia.

O advogado russo Kirill Gevorgian disse que uma resolução do Conselho de Segurança especificando que Kosovo deveria negociar seu status com a Sérvia ainda está em vigor.

"A solução final [...] está para ser negociada entre as partes e aprovado pelo Conselho de Segurança", disse ele. "Nenhuma ação unilateral pode ser considerada como uma solução final."

Mas os EUA ressaltaram que a resolução citada pela Rússia aludia à integridade territorial da ex-Iugoslávia, e não da Sérvia, por isso que o princípio de violação de integridade territorial não é válido neste caso.

Washington criticou que a Sérvia somente tenha posto em xeque a legalidade a separação do Kosovo e não a de outras de suas ex-repúblicas, como a Eslovênia e Croácia, que se declararam independência no início dos anos 90.

No total, 63 países, entre estes os Estados Unidos e a maioria dos membros da União Europeia, respaldaram a declaração de independência do Kosovo.

No início das audições deste mês, a Sérvia disse que a independência do Kosovo rasgou o tecido da identidade nacional sérvia. Kosovo advertiu que uma declaração de ilegalidade da declaração poderia levar a uma renovação da violência na região.

Na última sexta-feira, o representante do Brasil em Haia manifestou-se contra a declaração de independência do Kosovo, afirmando que o princípio de integridade territorial da Sérvia foi violado. Ele defendeu que, diante do fracasso nas negociações, caberia ao Conselho de Segurança da ONU e não ao governo provisório kosovar decidir sobre a independência.

As audiências devem continuar até 11 de dezembro.

No final das audiências, e após o período de deliberação dos juízes, a CIJ emitirá uma "opinião consultiva" que não é de obediência obrigatória, mas costuma ser respeitada pelas partes dado o prestígio do principal órgão judicial da ONU. Essa decisão deve sair em 2010.

O caso está sendo acompanhado de perto, não só porque a decisão tem o potencial de perturbar a paz na região da ex-Jugoslávia, mas também porque outros países com regiões que reivindicam independência, como Rússia, China e Espanha, temem que Kosovo poderia abrir um precedente.

Em uma aparente reação ao apoio americano à independência kosovar, a Rússia --tradicional aliada da Sérvia-- reconheceu a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul, duas regiões separatistas da ex-república soviética da Geórgia, que se afastou da influência russa nos últimos anos e se tornou uma aliada próximo dos EUA.

Nicarágua e Venezuela juntaram-se ao reconhecimento da independência das duas regiões depois que a Rússia e Geórgia travaram uma guerra limitada no ano passado em que morreram centenas de pessoas. A maioria da população de origem georgiana foi expulsa da Ossétia do Sul ao fim do conflito.

Fonte: Folha
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

EUA pedem que França envie mais 1.500 soldados ao Afeganistão

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Os Estados Unidos pediram à França que envie mais 1.500 soldados ao Afeganistão, informou nesta segunda-feira o jornal Le Monde. O Ministério francês das Relações Exteriores não confirmou a informação.

Segundo o jornal, que citou fontes diplomáticas não identificadas, a secretária de Estado Hillary Clinton formulou o pedido na quinta-feira passada, durante uma conversa por telefone com seu colega francês Bernard Kouchner.

O presidente americano, Barack Obama, deve apresentar na terça-feira sua nova estratégia para o Afeganistão, que incluirá provavelmente o envio de importantes reforços militares para enfrentar os rebeldes talibãs.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, confirmou nesta segunda-feira que seu país enviará mais 500 soldados ao Afeganistão no início de dezembro, elevando para mais de 10.000 homens seu contingente militar naquele país.

A França sempre se negou a aumentar seu contingente militar no Afeganistão, formado, atualmente, por 3.300 soldados.

Fonte: AFP
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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Brigadeiro alerta para exageros em defesa antimísseis dos EUA

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Um sistema antimísseis dos EUA robusto demais pode ter efeitos adversos e causar instabilidades, levando países como a China a ampliar seus arsenais nucleares, disse um brigadeiro norte-americano na terça-feira.

Kevin Chilton, chefe do Comando Estratégico dos EUA, não questionou o atual sistema, que foi revisto em setembro pelo presidente Barack Obama e pelo Pentágono. Mas ele explicou que será preciso realizar cálculos cuidadosos antes de fortalecer as defesas dos EUA contra ameaças de países como a Coreia do Norte.

"Temos de ser cautelosos com a defesa de mísseis. A defesa de mísseis pode ser desestabilizadora dependendo de como se monta", disse Chilton numa conferência sobre defesa em Washington.

Ele apresentou um cenário - o qual "nenhum de nós gostaríamos de ver" - em que centenas de interceptadores seriam instalados no lado leste dos EUA.

"Isso nos faz sentir mais seguros, não é? Mas o que isso faria os chineses pensarem sobre sua capacidade dissuasória? Isso poderia na verdade encorajá-los a duplicar, triplicar, quadruplicar suas atuais forças nucleares. Por que eles sentiriam que sua dissuasão já não é mais viável."

Críticos republicanos dizem que a decisão de Obama de alterar os planos para a defesa antimísseis na Europa, priorizando o combate a mísseis iranianos de curto e médio alcance, deixaria os EUA e parte da Europa Ocidental mais vulneráveis a ataques dos mísseis balísticos intercontinentais iranianos.

Mas o Pentágono assegurou que 30 interceptadores de mísseis a serem instalados no Alasca e na Califórnia até o final de 2010 deixarão os EUA totalmente protegidos contra os mísseis balísticos do Irã.

Chilton afirmou que a defesa antimísseis é crucial contra países como Coreia do Norte e Irã, pois eles não temem as ameaças norte-americanas de retaliação - o que torna ineficaz a estratégia de dissuasão usada contra a União Soviética na época da Guerra Fria.

"Não está claro que o puro poderio nuclear ou o poderio convencional possam dissuadi-los se eles tiverem a capacidade de (atacar) os EUA ou um aliado, um amigo na região, com um míssil de capacidade nuclear", disse Chilton. "Esse é um argumento convincente para a defesa antimísseis."

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Itália condena ex-agentes da CIA à prisão; EUA lamentam sentença

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Os Estados Unidos afirmaram estar desapontados com a decisão de um juiz de Milão (Itália) de condenar à prisão 23 ex-agentes da CIA (a agência de inteligência americana) por terem capturado nas ruas da cidade o imame egípcio Abou Omar e o levado para o Egito, para um interrogatório. O caso é um marco da "guerra ao terror" do ex-presidente americano George W. Bush (2001-2009).

O mecanismo da "rendição extraordinária" permitia que os suspeitos de terrorismo fossem capturados pelos EUA em um país e levados para outro, onde seriam interrogados sob as técnicas mais severas. "Fui pendurado como uma ovelha morta e recebi choques elétricos", disse o imame à ONG Human Rights Watch.

Os americanos foram julgados à revelia após os EUA terem se negado a extraditá-los. Mas o veredicto, o primeiro deste tipo, foi saudado por ativistas que há muito tempo afirmam que as políticas de rendição americanas violam direitos humanos básicos.

O juiz Oscar Magi atribui ao ex-chefe da CIA em Milão Robert Seldon Lady a maior pena, de oito anos de prisão --menos do que o pedido pela procuradoria, que era de 12. Os outros 21 ex-agentes da CIA foram condenados a cinco anos de prisão cada um. O coronel sênior da Aeronáutica Joseph Romano também condenado a cinco anos de prisão, apesar do pedido do Pentágono para que ele fosse julgado nos EUA.

Os americanos, ainda conforme a sentença, devem pagar 1 milhão de euros para o imame egípcio e 500 mil euros para a mulher dele, a título de indenização.

Magi retirou ar queixas contra três americanos, incluindo um ex-chefe da CIA em Roma, por imunidade diplomática. Outros cinco italianos, incluindo o ex-chefe do Sismi (serviço secreto militar da Itália) Nicolo Pollari, também tiveram as queixas retiradas porque a argumentação poderia violar segredos de Estado.

No entanto, dois ex-agentes do Sismi também foram condenados, a três anos de prisão, por serem considerados cúmplices.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ian Kelly, afirmou que o país está "desapontado com o veredicto", mas que não fará mais comentários porque o juiz não apresentou suas justificativas.

"Essa decisão envia uma mensagem clara a todos os governos de que, mesmo no combate ao terrorismo, você não pode esquecer direitos básicos de nossas democracias", afirmou o procurador italiano Armando Spataro. "Não há nenhuma estrutura legal na qual o Sismi e a CIA poderiam se aliar para praticar um sequestro. Isto é absolutamente contrário à lei italiana", havia dito Spataro em sua alegação.

Fonte: BBC
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

EUA abandonam projeto do escudo antimísseis na Europa

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O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (17) que o país abandonou o projeto de um grande escudo de defesa antimísseis no leste da Europa. Ao mesmo tempo, ele prometeu um sistema de defesa mais forte e ágil para proteger os EUA e seus aliados de qualquer ameaça do Irã.

Em um pronunciamento breve, Obama disse que estava desistindo do plano de basear mísseis de defesa na Polônia e de construir um sistema de radar na República Tcheca. O movimento, segundo analistas, deve diminuir as tensões com a Rússia. Mas também alimentar receios regionais sobre o ressurgimento da influência do Kremlin.

"A melhor maneira de avançar responsavelmente na questão de nossa segurança e na segurança de nossos aliados é criar um sistema de defesa de mísseis que melhor responda às ameaças que enfrentamos e que use tecnologia que prove ser eficiente e barata", disse.

A melhor maneira de promover de maneira responsável nossa segurança e a segurança de nossos aliados é instalar um sistema de defesa antimísseis que responda melhor às ameaças que enfrentamos e que faça uso de tecnologia comprovada e com boa relação custo-benefício," disse Obama.

Em entrevista coletiva no Pentágono, depois do anúncio de Obama, o secretário da Defesa, Robert Gates, disse que a decisão se deveu a uma mudança na percepção da ameaça representada pelo Irã.

Gates disse que os serviços de inteligência consideram que os mísseis de curto e médio alcance do Irã representam uma ameaça maior do que seus mísseis intercontinentais.

Os primeiros "estão se desenvolvendo mais rapidamente do que se tinha previsto a princípio", segundo os serviços de inteligência, disse Gates.

Por outro lado, os mísseis de longo alcance "não representam a ameaça que se tinha imaginado inicialmente", acrescentou.

Em lugar do sistema previsto até agora, Gates disse que "teremos a oportunidade de colocar novos sensores no norte e no leste da Europa".

Precisamente, disse, os Estados Unidos preveem agora posicionar até 2015 na Polônia e na República Tcheca interceptores SM-3, concebidos para destruir mísseis de curto e médio alcance.

Moscou celebra

Moscou disse que saúda a decisão de descartar os planos, que vinham complicando os esforços dos EUA para conseguir o apoio da Rússia com relação ao Afeganistão, Irã e o controle de armas nucleares.

Mas críticos se apressaram a acusar a Casa Branca a agir sem firmeza no setor de defesa ao desistir do projeto, que suscitara esperanças de contratos de valores altíssimos para grandes empresas americanas do setor da defesa.

O senador e ex-candidato presidencial republicano John McCain criticou a iniciativa, que qualificou como "seriamente equivocada."

A administração Bush tinha proposto a construção do escudo antimísseis, em meio a temores de que o Irã estaria tentando desenvolver ogivas nucleares que poderia montar sobre mísseis de longo alcance.


Ameaça reavaliada

A intenção era que o escudo servisse de defesa contra possíveis mísseis de longo alcance lançados por Estados "irresponsáveis" como Irã e Coreia do Norte. A Rússia o via como ameaça a suas defesas antimísseis e sua segurança geral.

Os Estados do leste europeu, especialmente a Polônia e os países bálticos, viam o escudo antimísseis como símbolo do compromisso dos EUA com a defesa da região contra qualquer avanço da Rússia, 20 anos após o fim do governo comunista.

Obama informou aos governos tcheco e polonês de sua decisão horas antes do anúncio, disseram autoridades.

Funcionários do Pentágono disseram que a decisão de desistir do escudo foi tomada com base em informações da inteligência indicando que o Irã quer desenvolver mísseis de curto e médio alcance, e não os mísseis intercontinentais de longo alcance inicialmente temidos.

O futuro dos planos de defesa antimísseis americanos envolvem contratos de muitos bilhões de dólares.

A Boeing, segunda maior fornecedora de equipamentos ao Pentágono, anunciou no mês passado uma proposta para construir um míssil interceptor móvel, visando reduzir os temores da Rússia em relação a pontos americanos fixos na Europa. A Boeing também cogitava em construir um interceptor de 21.500 quilos que poderia ser levado às bases da Otan por via aérea, conforme a necessidade.


Histórico

A administração Bush havia dito que o projeto antimísseis era uma estratégia importante para conter a ameaça iraniana ou de outra nação do Oriente Médio. A ideia sempre desagradou aos russos, que nunca aceitaram bem a possibilidade de ter interceptadores tão perto de seu país.

O governo Obama busca "reiniciar" suas relações com a Rússia, para que os dois ex-inimigos da Guerra Fria possam cooperar em questões como o fim do programa nuclear do Irã, o combate ao Taliban no Afeganistão e a redução de seus arsenais nucleares.


Repercussão

A chanceler alemã Angela Merkel saudou a decisão e a classificou de "sinal de esperança" para se aproximar da Rússia.

"Considero que a decisão deste dia é um sinal de esperança" que pode contribuir para "superar as dificuldades com a Rússia", declarou Merkel à imprensa, ao chegar a uma reunião de dirigentes da União Europeia (UE) às vésperas da cúpula do G20 de Pitsburgh.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, assegurou que apoia "totalmente" a decisão dos Estados Unidos.

"Apoio totalmente a decisão tomada pelo presidente (Barack) Obama hoje", declarou em uma entrevista coletiva à imprensa durante a cúpula de chefes de Estado e de Governo em Bruxelas.

O primeiro-ministro polonês e o presidente tcheco comentaram a decisão dos Estados Unidos, e se mostraram otimistas em relação à segurança de seus Estados e ao futuro de suas relações com Washington.

Mas algumas personalidades políticas polonesas e tchecas reagiram decepcionadas.

"Se isso se confirmar, será um fracasso do pensamento de longo prazo do governo norte-americano nesta parte da Europa", declarou à rede TVN24 Aleksander Szczyglo, chefe da gabinete para a segurança nacional da Presidência polonesa.

FONTE: G1 Noticias
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