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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Brasil e Argentina querem formar aliança contra espionagem americana

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O Brasil tentará estabelecer com a Argentina uma aliança para a “defesa cibernética”, como reação direta às supostas ações de espionagem feitas pela agência de inteligência americana, a NSA, contra o governo brasileiro e a Petrobras.
 
A convite do governo argentino, o ministro da Defesa, Celso Amorim, foi recebido nesta quinta-feira, 12, pela presidente argentina, Cristina Kirchner, na residência oficial de Olivos. Amorim terá encontros nesta sexta, 13, com o chanceler argentino, Hector Timerman, e o ministro da Defesa, Agustín Rossi, acompanhado do general José Carlos dos Santos, comandante do Centro de Defesa Cibernética do Exército.
 
“Esta é a mais importante área de defesa no século 21 e nós, ainda, estamos dando os primeiros passos e o que queremos é ter uma ação coordenada, conjunta com a Argentina”, disse Amorim.
 
Segundo ele, após a divulgação da suposta espionagem “a presidente Dilma Rousseff recomendou interesse redobrado nas questões de defesa”.
 
O ministro afirmou que houve contatos de segundo escalão entre as áreas dos dois países, para a Argentina conhecer o esquema de defesa cibernética da conferência Rio +20. “Mas aquilo era um amistoso. Esta é a Copa do Mundo”, disse o ministro. Horas antes do encontro com Cristina, Amorim disse desconhecer qual o estágio argentino em defesa cibernética e não comentou sobre o que trataria com a presidente.
 
Há dois meses, em audiência no Senado, Amorim reconheceu a vulnerabilidade da defesa cibernética brasileira. No mesmo mês, durante a cúpula do Mercosul, em Montevidéu, o chanceler argentino, Hector Timerman, afirmou que o governo do país estava investigando o vazamento de dados de e-mails de cem políticos e personalidades argentinas, entre eles os do vice-presidente, Amado Boudou.
 
Fonte: Valor Econômico
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sexta-feira, 8 de março de 2013

EUA vão aguardar oportunidades de melhorar relação com Venezuela

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Os EUA vão aguardar para ver se após a morte do presidente Hugo Chávez, na última terça, há chance real de melhorar a relação com a Venezuela --árida na discurso político, mas fluida no comércio, sobretudo no de petróleo de Caracas para Washington.
 
Com as relações regionais em segundo plano para os EUA, porém, especialistas acham pouco realista esperar dos americanos o primeiro passo, principalmente antes da eleição presidencial venezuelana, prevista para abril.
 
"É provável que os EUA continuem discretos e aguardem por uma chance de melhorar a relação caso as circunstâncias permitam", disse à Folha Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue, principal centro de estudos das relações regionais em Washington.
 
Ele vê, ainda assim, espaço para melhora. "Talvez começando com a troca de embaixadores", diz, aludindo à expulsão, em 2008, do representante dos EUA em Caracas, Patrick Duddy.
 
"As relações políticas têm sido péssimas entre os dois países. Por isso, devemos pensar em passos pequenos", pondera, concluindo que "o diálogo já seria um avanço".
 
Nicholas Burns, que era o número 3 do Departamento de Estado quando Chávez chamou o então presidente George W. Bush de demônio no púlpito da ONU, ressalta a baixa qualidade dos laços.
 
"Chávez saiu da linha ao criticar a política americana e o presidente Bush pessoalmente", lembra. "Ele se aproximou de adversários dos EUA como o Irã. Não há confiança entre esses dois governos [Washington e Caracas]."
 
Para o diplomata aposentado e professor de Harvard, futuros líderes do país serão aconselhados a parar de "demonizar os EUA" e a "respeitar a lei e o desejo popular".
 
Se comprometida com a relação, diz Burns, Caracas teria interesses comuns com os EUA: "a democracia em Cuba e o combate ao narcotráfico" --raro canal entre os países.
 
Já Shifter vê também possibilidade de cooperação na área energética. "Mas é improvável que a morte de Chávez afete substancialmente a política dos EUA. Washington está distraída demais com os seus problemas fiscais, e há outras prioridades mais urgentes na política externa."
 
A bancada cubano-americana da Flórida e centros conservadores sugeriram ao governo dos EUA fixar condições para a normalização (a principal, eleições livres).
 
Por ora, o Departamento de Estado se limitou a condolências, e o presidente Barack Obama, a uma nota lacônica em que chama o momento de "desafiador" para os venezuelanos e afirma interesse em restabelecer "relações construtivas" com Caracas.
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Obama diz que América Latina tem se tornado aliada mais forte

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a América Latina tem se tornado uma aliada mais forte e que o "envolvimento" de Washington com a região nos últimos anos "é muito mais robusto, muito mais sério".

As declarações do mandatário foram dadas nesta quinta-feira durante uma coletiva de imprensa realizada na Casa Branca para um pequeno grupo de veículos de língua espanhola.

Durante o encontro com jornalistas, Obama buscou deixar claro que, do ponto de vista de Washington, a situação no continente é diferente da que se vivia no passado e que a "América Latina é um aliado mais forte do que quando [o presidente John] Kennedy anunciou a 'Aliança para o Progresso'", no início da década de 1960.

"Eu acredito que o nosso envolvimento com a América Latina hoje é muito mais robusto, muito mais sério do que foi em muito tempo", afirmou Obama, acrescentando que "nós temos sido consistentes" nessa relação.

Ele citou como exemplo ações que têm sido desenvolvidas com países da região. "[Estamos] trabalhando com o Panamá e a Colômbia para concretizar acordos de livre comércio, com o Brasil para formar uma sociedade em assuntos de energia, com a Argentina nos segmentos de ciência e tecnologia".

Na terça-feira, durante a audiência de confirmação da nova subsecretária de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, no Congresso norte-americano, o senador democrata Bob Menendez, de Nova Jersey, mostrou-se decepcionado com as políticas do governo de Obama em relação à região.

Menendez destacou a redução de 14% no montante de ajudas externas do país à região, além de cortes nos auxílios de combate ao narcotráfico, algo que foi confirmado por Obama: "Quando se trata de dinheiro, quando se trata de ajuda, é absolutamente certo que, diante da crise financeira e econômica, nós não temos sido capazes de fazer tudo o que queríamos ter feito".

Apesar disso, ele afirmou que muitos países da América Latina agora são mercados "emergentes" que, em alguns casos, até "poderiam nos ajudar", e apontou em particular o Brasil.

"O Brasil está crescendo três vezes mais do que o ritmo dos Estados Unidos. Há economias emergentes com muita força, então, naturalmente, haverá uma relação distinta, não haverá sócios seniores e sócios juniores. Haverá cenários nos quais eles nos ajudarão e outros nos quais nós os ajudaremos", declarou.

Fonte: ANSA
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domingo, 6 de novembro de 2011

A "Donna" da Boeing

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A Boeing está de piloto novo no Brasil. Ou melhor, de pilota. A gigante aeroespacial escolheu a diplomata americana Donna Hrinak, que esteve à frente da embaixada dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004, para a cabine de comando de seu novo escritório em São Paulo. Considerada a maior especialista em Brasil e América Latina que já passou pelo serviço diplomático dos EUA, Donna terá uma missão espinhosa pela frente: recolocar o caça F/A-18 Super Hornet, fabricado pela empresa, no páreo do arrastado programa FX-2, que prevê a compra de 36 jatos para a  Força Aérea Brasileira (FAB), num valor estimado inicialmente entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões. “A escolha de Donna demonstra a importância que a Boeing está dando para esse programa”, diz José Barbieri Ferreira, professor de economia da Unicamp.

Em um momento delicado para a companhia, a operação brasileira passa a representar uma peça crucial para o equilíbrio financeiro da Boeing. Afinal, o céu no qual a empresa trafega atualmente está longe de ser de brigadeiro. Na área civil, o atraso de quatro anos na entrada em operação do 787 Dreamliner – grande aposta da Boeing, com redução de 20% no consumo de combustível diante dos concorrentes – abriu espaço para que a arquirrival Airbus ganhasse espaço com seu A380, maior avião comercial do mundo. Na semana passada, a Boeing anunciou lucro de US$ 1 bilhão no terceiro trimestre deste ano, mas os números foram vistos com certo ceticismo no mercado. Balanços de fabricantes de aviões de grande porte são como espelhos retrovisores, pois refletem as entregas de encomendas já feitas anteriormente. A redução na previsão de entregas de aeronaves no ano, divulgada no mesmo relatório, reforçou a expectativa de muitos analistas: a crise nos países desenvolvidos deve levar a uma drástica queda dos números do setor nos próximos períodos.  No segmento militar, responsável por encomendas de US$ 65 bilhões, no ano passado, as perspectivas são ainda mais sombrias. O corte de US$ 78 bilhões no orçamento de Defesa nos EUA – também haverá a necessidade de economizar outros US$ 100 bilhões – vai afetar o principal cliente da companhia. E as vacas magras vieram para ficar. 

O próprio secretário de Defesa americano, Robert Gates, já admitiu que a bonança pós-11 de setembro chegou ao fim e que, nos próximos cinco anos, os níveis de gastos serão severamente reduzidos como parte do plano do governo americano de conter seu monstruoso déficit. Para piorar, o Super Hornet foi eliminado do MMRCA, a maior compra militar do mundo, para a venda de 126 jatos para a Índia. A concorrência brasileira, nesse contexto, aparece como um raio de sol para a Boeing e para a recuperação das encomendas do Super Hornet.  Mais do que vender três dúzias de caças, o negócio representa a chance de ter um cliente fiel pelos próximos 20 a 40 anos, tempo de vida estimado para a frota de aeronaves. Se o Super Hornet for escolhido, o Brasil vai precisar de peças, manutenção, softwares e armamentos para seus aparelhos, para não falar em novas aquisições. Na FAB, comenta-se que o número de caças em futuras compras possa ficar entre 80 e 120 unidades, multiplicando o valor inicial aferido no primeiro lote da negociação. Até poucos meses atrás, a Boeing estava atrás na disputa com seus concorrentes, a francesa Dassault e a sueca Saab. No entanto, a posse da presidente Dilma Rousseff e a exoneração de Nelson Jobim do Ministério da Defesa abalaram severamente o favoritismo do caça francês Rafale. “O jogo do FX-2 foi interrompido e agora vai recomeçar do zero”, diz Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora. A nomeação de Donna para o cargo representa um novo posicionamento da Boeing nesse jogo.

Antes, a empresa apostava apenas em uma eventual superioridade técnica do Super Hornet e acabou ficando para trás. “Não se vence uma disputa dessa só com o lado técnico”, diz Fernando Arbache, presidente da Arbache Consultoria e consultor de assuntos militares. “Os aspectos políticos e comerciais são fundamentais.” É justamente esse lado político o ponto forte da ex-embaixadora. Bem-humorada e dotada de uma postura liberal, Donna difere muito de figuras femininas de ferro da política americana, como Hillary Clinton e Condoleezza Rice. “A atuação dela é mais discreta”, diz um analista da política de Brasília que conviveu com ela. “Ela gosta de construir consensos e maiorias longe dos holofotes.” Com português fluente e uma agenda recheada de contatos, ela deverá iniciar uma maratona junto a militares, políticos e empresários do setor para mostrar as virtudes do Super Hornet. É nesse sentido que se entende a primeira iniciativa pública de Donna: o anúncio de uma parceria com a Embraer e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para desenvolver biocombustíveis para aviação. A fabricante brasileira produz o Ipanema, voltado para o mercado agrícola, primeira aeronave do mundo a ser certificada para voar com etanol como combustível.

“Faz todo o sentido a Boeing se aproximar da Embraer”, diz um especialista do setor. “Elas não concorrem e podem colaborar em vários projetos importantes uma com a outra.” O ponto fraco da Boeing na disputa ainda é o receio existente no Brasil de que os EUA vetem a transferência de tecnologias sensíveis ao Brasil. E poucas coisas são tão sensíveis e sujeitas às mudanças de ventos políticos quanto o equipamento militar de última geração. Tentando dissipar esse temor, a empresa investiu fundo no lobby: colocou um simulador de voo do Hornet na entrada do Congresso, na capital federal, e promoveu uma turnê de alguns de seus principais executivos pelo Brasil em agosto. “Não há motivo para preocupação”, afirmou Christopher Chadwick, presidente da unidade de aeronaves militares da Boeing, na época. “O Congresso americano já aprovou antecipadamente a transferência de tecnologia.” No entanto, como relembra um especialista em assuntos militares, essa autorização política não significa muita coisa na prática. “Eles trabalham muito com códigos fechados”, diz. Caberá à nova comandante da Boeing driblar essas turbulências e colocar a empresa em voo de cruzeiro no Brasil.

Fonte: Isto É
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Brasil e Venezuela podem alimentar corrida bélica na região, diz republicana

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A deputada republicana Ileana Ros-Lehtinen, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, afirmou ontem que as compras de armas feitas por Brasil e Venezuela podem levar a uma corrida armamentista na América Latina.

O discurso da deputada americana, que faz parte da bancada anticastrista do Congresso do país, foi feito durante audiência na comissão sobre segurança no Hemisfério Ocidental.

Em 2010, segundo dados do Sipri (Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo), a América do Sul foi a região em que os desembolsos militares mais cresceram no mundo. O Brasil puxou esse aumento.

A deputada americana também criticou a relação da Bolívia e da Venezuela com o Irã e afirmou que esses países contrariam os interesses de segurança dos EUA e que a atividade de extremistas islâmicos no hemisfério é crescente.

Fonte: Folha

Nota do Blog: Realmente é incrível como os EUA tem a capacidade de querer se meter em questões que não lhe dizem respeito, ao menos não do ponto de vista lógico, pois estratégicamente é claro o interesse americano de manter os países sulamericanos subserventes e sem capacidade real de se opor as suas investidas político-comerciais e principalmente se caso seja posto em pratica, um oposição militar que possa frear os interesses imperialistas daquela nação.

O Brasil e seus vizinhos, em especial a Venezuela, necessitam sim de passar por um reaparelhamento de suas forças armadas, principalmente pelo fato de ambos os países possuirem preciosas reservas de petróleo e materias primas que estão cada dia mais escassas, sendo a principal mola propulsora dos atuais conflitos e concertaza será também dos próximos que irão ocorrer.

O Brasil em especial por sua ascensão no cenário geopolítico mundial, e sua atual posição e ambições internacionais, sendo a cadeira definitiva no conselho de segurança da ONU uma de suas grandes ambições, faz com que seja mais do que necessário um plano concreto de reaparelhamento e modernização de nossas forças armadas, além de se recuperar o potencial de nossa industria de defesa, elevando seu nivel ao ponto de garantir ao Brasil a capacidade de impor sua soberania frente a qualquer ameaça que venha a surgir no horizonte.

Eu como Brasileiro e estudante de relações internacionais, vejo a posição da deputada americana como uma expressão do temor de Washington em perder sua influência política na região. Espero que tal posição americana sirva de alerta para que nosso governo venha a continuar os programas de defesa que são necessários a nossa soberania com seriedade e dando a devida importancia aos mesmos do ponto de vista político e estratégico.

Angelo D. Nicolaci
Editor
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Documentos da CIA revelam erros na invasão da Baía dos Porcos

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Documentos ultrassecretos da CIA divulgados ontem revelam novos detalhes sobre a tragédia de erros dos EUA na invasão da Baía dos Porcos (1961), em Cuba, incluindo relatos de fogo amigo derrubando aviões americanos no calor da batalha.

Os arquivos desclassificados podem ser consultados no site do NSA.

Também se tornaram públicos os relatos oficiais sobre a cooperação de países latinos contra Fidel Castro, a resistência da agência de inteligência americana contra o caráter secreto da operação e vários outros episódios inéditos ou pela primeira vez contados pela própria investigação que a CIA conduziu depois do fracasso da invasão.

Os arquivos foram obtidos pelo grupo National Security Archives (NSA), de Washington, que processou a CIA pela liberação do material. "Esses são alguns dos últimos arquivos que continuavam secretos sobre a agressão dos EUA a Cuba", disse Peter Kornbluh, que dirige o projeto do NSA sobre os cubanos.

O processo na Justiça foi iniciado por volta do aniversário de 50 anos da invasão da Baía dos Porcos, em abril, e ainda não terminou. Um último volume da "História Oficial da Operação da Baía dos Porcos" continua em poder da agência.

No material, o historiador oficial da CIA, Jack Pfeiffer, joga a responsabilidade pelo fiasco para o presidente John Kennedy (1961-63), que proibiu terminantemente uma invasão aberta.

Ao mesmo tempo, porém, ele documentou extensamente erros dos agentes da CIA.

ERROS

Um deles foi fornecer para exilados recrutados para a operação aeronaves B-26 configuradas para se confundirem com a Força Aérea cubana --o que fez com que os pilotos não conseguissem distinguir colegas dos inimigos.

"Acabamos atirando contra dois ou três [aviões americanos]", relata no material o oficial Grayston Lynch.

"Atingimos alguns porque, quando vieram para cima de nós, só víamos silhuetas."

A "História Oficial" documenta a contrariedade da agência. Planejadores declararam em reuniões internas que "o conceito original [da operação] é visto como inatingível diante do controle que [o ditador Fidel] Castro instituiu".

"O segundo conceito (1.500-3.000 homens para conquistar uma praia) também é considerado inatingível, exceto como ação conjunta da agência e do Departamento da Defesa", continuam.
Kennedy não chegou a ser brifado nesses termos, e com apenas a CIA a frente de 1.200 homens, a invasão foi esmagada.

A agência tentou contornar as limitações. Apesar das advertências em contrário da Casa Branca, pilotos americanos foram autorizados a voar para Cuba (na costa, sem se adentrar pela ilha) no meio da operação. Quatro deles morreram.

A CIA ainda derrubou a proibição do uso de bombas incendiárias Napalm quando viu que os cubanos estavam vencendo.

Mas reclama, por exemplo, de ter tido negado um pedido para detonar "bombas de som" em Havana para distrair Fidel durante a invasão. O Departamento de Estado descartou a tática por ser "muito obviamente americana".

APOIO DE GOVERNOS

Ficaram expostas ainda as negociações com outros governos para apoio à operação.

Com a Nicarágua, a conversa foi fácil. O general Anastacio Somoza (que mais tarde liderou o país), segundo a CIA, exagerou a necessidade de alguns empréstimos e conseguiu garantias para US$ 10 milhões em troca de ajuda. A agência americana pressionou o Departamento de Estado a apoiar os empréstimos, um dos quais veio do Banco Mundial.

Já a República Dominicana tentou entrar no jogo, mas não conseguiu. O ditador Rafael Trujillo ofereceu ajuda em troca de "viver o resto dos seus dias em paz", mas foi rejeitado; acabou assassinado mais tarde por grupos ligados a CIA.

Brasil mantém arquivos secretos sobre invasão da Baía dos Porcos

Não são só os EUA que mantêm secretos documentos oficiais da história da invasão da Baía dos Porcos. Segundo Peter Kornbluh, um dos diretores do grupo National Security Archives, o Brasil faz o mesmo --e até com mais firmeza.

"Acredito que o Brasil tem arquivos importantes guardados sobre esse episódio", disse ele à Folha. "Claro, o Brasil não apoiou a invasão em 1961. Mas não há dúvidas de que ainda existem documentos e telegramas militares brasileiros secretos que jogariam luz sobre o que aconteceu e sobre o envolvimento do Brasil com Cuba a partir de 1960."

O problema, para Kornbluh, é que o país não possui uma lei de liberdade de informação tão ampla quanto o FOIA ("Freedom of Information Act) dos EUA.

A lei americana garante acesso público a arquivos do governo americano. Salvo exceções, há presunção de acesso: se o governo não quiser divulgar algo, a responsabilidade de explicar o porquê é dele, não de quem pediu.

O National Security Archives usa o FOIA e outros recursos para obter, estudar e divulgar arquivos históricos americanos, que narram inclusive a história das relações Brasil-EUA.

Kornbluh quer aumentar o acesso ao lado brasileiro dos documentos, além dos relacionados ao "papel do Brasil no golpe no Chile (1973), na Operação Condor, em operações contra Cuba nos anos 1970, na saída de Juan Torres da Bolívia (1971)" etc.

"O Brasil foi e é uma superpotência regional. Seus arquivos deverão refletir o uso e abuso de poder na região, particularmente durante a era militar, quando o Brasil colaborou com os EUA para reprimir a esquerda no Cone Sul", afirmou.

Fonte: Folha

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sábado, 30 de julho de 2011

EUA buscam conselho do Brasil sobre América Latina, diz militar americano

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Os militares dos EUA buscam o aconselhamento e o ponto de vista do Brasil em sua relação com a América Latina, afirma o vice-chefe do Comando Sul das Forças Armadas americanas, Joseph Kernan.

Baseado na Flórida, o SouthCom é responsável pelas atividades militares dos EUA na América Central e do Sul. Vice-almirante, Kernan, 56, fez carreira nos SEAL, as equipes de operações especiais da Marinha, e foi o primeiro comandante da Quarta Frota após sua recriação, em 2008, que provocou reações negativas na região.

Ele assumiu o posto atual em maio, depois de trabalhar em Washington como assessor do ex-secretário da Defesa Robert Gates. Kernan esteve no Brasil com a equipe que participou dos Jogos Mundiais Militares. Durante a viagem, reuniu-se com oficiais no Rio e em Brasília.

Na entrevista à Folha, destacou a "importância crescente" do Brasil e a importância que os EUA dão à relação bilateral. Abaixo, os principais trechos.

RELAÇÃO BILATERAL

"Nos anos recentes, tudo está em ritmo ascendente com o Brasil. O presidente Obama visitou [o país], o comandante do SouthCom está vindo no próximo mês. Tudo isso é baseado na forte relação histórica entre nossos países, na importância do Brasil para a região e na importância crescente do Brasil no ambiente global."

ACONSELHAMENTO

"Respeitamos o fato de que o Brasil deve buscar e promover relações com todos os países na região. Reconhecemos que isso é importante. Na verdade, é benéfico para nós. Procuramos aconselhamento e o ponto de vista do Brasil. Entendemos o quão importante é a relação estratégica, de longo prazo e duradoura, e esse entendimento deve transcender os altos e baixos."

MILITARES NO HAITI

"No Haiti, quando estive lá para ajudar nos esforços de socorro depois dos múltiplos furacões de 2008, nós nos subordinamos em termos de segurança à Minustah [força de paz da ONU, comandada pelo Brasil].

Eles entendiam claramente as necessidades de segurança dada a sua presença contínua. Pedimos que cuidassem de nossa segurança, enquanto nossa missão providenciava a entrega de ajuda humanitária com nossas capacidades logística, médica e de engenharia.

Tínhamos helicópteros pesados e embarcações anfíbias para desembarcar suprimentos e pessoas, enquanto a Minustah fornecia a segurança. Tratou-se de reconhecer que outros tinham mais conhecimento do que nós, e não de se preocupar com quem estava liderando ou no comando de esforços que precisavam ser complementares."

QUARTA FROTA

"Quando no comando da 4ª Frota, eu tinha um oficial naval brasileiro que participava de muitas das atividades unilaterais e multilaterais em que estávamos envolvidos. Ele era um consultor valoroso em relação a todos os nossos exercícios militares e atividades na região.

Eu lhe delegava responsabilidades que iam além da definição convencional de "oficial de ligação". Ele era essencialmente um participante vital e competente de minha equipe."

DIFERENÇAS

Uma das razões pelas quais acredito que fui escolhido para comandar a frota foi o entendimento de que as pessoas de Operações Especiais acreditam na importância de construir relações com pessoas e militares de outros países.

Durante nossas carreiras, passamos uma enorme parte do tempo trabalhando em colaboração com contrapartes. Aprendemos a entender e valorizar a diversidade cultural e étnica. A compreensão de que nem todo mundo pensa como nós, e tem uma perspectiva diferente mas importante, com a qual podemos aprender, é vital."

Fonte: Folha
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segunda-feira, 14 de março de 2011

''Brasil e EUA têm os mesmos valores''

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A visita do presidente americano Barack Obama reforça a dimensão da importância do Brasil no cenário internacional, diz o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon. Em entrevista ao Estado, Shannon exaltou os caças da Boeing, falou em melhorar o comércio bilateral e minimizou os recentes atritos diplomáticos entre os dois países - em questões como o controverso acordo que o Brasil mediou com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad, a crise em Honduras e a instalação de bases americanas na Colômbia. "Nossas convergências são mais importantes que nossas divergências", afirmou, em ótimo português, como pediu para fazer a seguinte entrevista.

Dois anos após assumir a Casa Branca, o que a viagem do presidente Barack Obama ao Brasil representará para os dois países?

A visita do presidente Obama mostra grande interesse dos Estados Unidos no Brasil, um reconhecimento do papel do Brasil no mundo como poder emergente. É uma reunião histórica, repleta de simbolismos: Barack Obama, o primeiro presidente americano descendente de pai africano; Dilma, a primeira mulher eleita presidente do Brasil. Os Estados Unidos veem o Brasil como uma grande nação, uma democracia fundamental no sistema internacional, na ONU e em questões como os direitos humanos. O Brasil demonstrou como a democracia e a economia de mercado podem promover justiça social.

Por falar na questão dos direitos humanos, como o senhor avalia a postura da diplomacia brasileira diante da turbulência no mundo árabe?

Faço uma avaliação positiva. O papel do Brasil no Conselho de Segurança, liderando a resolução contra a Líbia, foi extremamente importante.

Na viagem de Obama, um dos principais assuntos em pauta é a venda dos caças para a Força Aérea Brasileira, um negócio de US$ 7 bilhões de dólares (cerca de R$ 12 bilhões) que ainda não foi definido. Apesar da preferência da administração anterior pelo modelo francês, vai ser possível virar o jogo?

A concorrência segue aberta, com os caças da Boeing sob avaliação do governo. Temos a certeza de que temos não apenas o melhor avião, como o melhor pacote de transferência de tecnologia, que pode crescer com o tempo nos próximos anos. Esse pacote é inédito e estamos muito confiantes em ter o Brasil como parceiro.

A viagem de Obama vai amenizar atritos recentes entre a Casa Branca e o Palácio do Planalto, como a reação americana ao acordo mediado pelo Brasil com o Irã e as divergências quanto à crise em Honduras?

Discordâncias são normais, especialmente quando consideramos um país como o Brasil, que tem suas próprias opiniões. Nossos valores, contudo, são os mesmos. Temos interesses compartilhados. Nossos pontos de convergência são mais importantes que os de divergência.

Abre-se a possibilidade de algum resultado concreto para as questões comerciais, como a tarifa imposta ao etanol brasileiro?

O etanol é um assunto que passa pelo Congresso, do qual não posso me antecipar. Mas pretendemos melhorar a relação comercial entre os dois países e aperfeiçoar as oportunidades de investimento.

Especula-se muito sobre a passagem de Obama pelo Rio. Afinal de contas, ele vai subir morro e discursar para a população?

O presidente Obama tem um desejo e interesse muito forte de ir para o Rio, cidade que vai receber a Olimpíada e jogos da Copa do Mundo e que passa por um tempo de muitas mudanças e transformações. É um momento de confiança no Rio e o presidente quer falar com o povo do Rio e do Brasil, mas vou guardar algumas surpresas.

Fonte: Estadão
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quem ganha o que na visita de Obama

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Será um Barack Obama enredado nos problemas domésticos que desembarcará em Brasília daqui a quatro semanas, exatamente, para a primeira viagem oficial ao país — aquela que esperou dois anos e uma troca de governo (por aqui) para finalmente desencantar. Com a situação econômica nos Estados Unidos ainda desfavorável, e às voltas com a nova maioria de oposição na Câmara, a Casa Branca já começa a fazer cálculos com o horizonte na campanha pela reeleição, em 2012. Observadores de terceiros países consideraram significativa a inclusão do Brasil como escala inicial de uma turnê inicialmente programada para Chile e El Salvador. “Obama precisa mais dessa visita do que Dilma”, resumiu, em conversa reservada com a coluna, um diplomata latino-americano que acumula uma longa experiência na relação com os EUA.

A movimentação que precede a chegada do presidente parece significativa e indica algumas linhas de interesse. Primeiro, a visibilidade para o público americano: uma nutrida comitiva de mais de 100 jornalistas deve desembarcar com a comitiva oficial, que incluirá empresários de diferentes setores. Em conexão com isso, funcionários de diferentes níveis, dos dois países, trabalham em um certo número de acordos para serem assinados durante a visita. Ainda que sejam documentos iniciais, eles dão alguma concretude para a cobertura de imprensa, rendem fotos e — last, but not least — podem servir como anzol para fisgar adiante resultados mais práticos.

Negócios à parte

Basta examinar as agendas do Itamaraty e do Planalto, nas últimas semanas, para perceber uma movimentação intensa na esfera econômico-comercial das relações. No início do mês, esteve por aqui o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, para discutir G-20 e a relação entre dólar e real. Em seguida veio o secretário assistente de Estado para Economia e Negócios, José Fernandez, acompanhado pelo vice-diretor da agência de cooperação Usaid para a América Latina, Mark Lopes. A Usaid e a ABC, agência de cooperação do Itamaraty, assinaram acordos com vista à cooperação em terceiros países. Nesse meio tempo, Dilma recebeu no Planalto o CEO mundial da gigante General Electric, Jeffrey Immelt, que veio apresentar projetos de investimentos da ordem de meio bilhão de dólares.

Troca de pares

No âmbito mais diretamente político-diplomático, as atenções se voltam para o tom e o teor das conversar entre Obama e Dilma. Ao longo de oito anos, o governo Lula viveu uma dicotomia nos contatos com Washington: com George W. Bush, as relações pessoais entre os dois presidentes eram relaxadas, quase calorosas, enquanto as diferenças de opinião sobre assuntos mundiais só fizeram aumentar; com Obama, insinuou-se a possibilidade de maior convergência, mas no plano pessoal a cordialidade parou na momentosa exaltação de Lula como “o cara”. Os desencontros se sucederam, da crise em Honduras ao impasse nuclear com o Irã.

De parte a parte, a expectativa parece repousar em uma espécie de trégua. Temas da agenda global, como a reunião do G-20, estão oficialmente na pauta. Reservadamente, espera-se que os governantes troquem ao menos opiniões sobre assuntos como as turbulências no Oriente Médio, o próprio Irã e, claro, a presidência brasileira no Conselho de Segurança da ONU. Do ponto de vista do Itamaraty e do Planalto, o sonho dourado seria ouvir de Obama uma declaração explícita de apoio à inclusão do Brasil como membro permanente do conselho, a exemplo do que ocorreu na Índia. Para os EUA, possivelmente, soaria como música algum anúncio oficial de que a concorrência para a aquisição de caças para a FAB está mesmo aberta — e que a Boeing tem chance real de desbancar a concorrente francesa Dassault.

Temporada de caças

E por falar na concorrência dos caças, a semana que entra começa com a chegada de outra das partes interessadas: na terça-feira, o ministro Antonio Patriota recebe a colega francesa, Michèle Alliot-Marie. Coincidência ou não, nas últimas semanas sucederam-se rumores na imprensa — no mais das vezes alimentados por lobbies — sobre uma possível mudança no jogo. Circulou que Dilma preferiria o F-18 americano ao Rafale francês, que Nicolas Sarkozy chegou a considerar vendido para o Brasil depois de ter visitado o país como convidado de honra no Sete de Setembro de 2009.

Fonte: Correio Braziliense
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Revelações do WikiLeaks podem afetar campanha eleitoral no Peru

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Supostas revelações sobre alguns candidatos à Presidência do Peru em documentos dos Estados Unidos obtidos pelo grupo WikiLeaks poderão atrapalhar a campanha eleitoral e afetar um dos principais candidatos, a menos de dois meses das concorridas eleições.

O candidato nacionalista Ollanta Humala disse que a embaixadora norte-americana em Lima, Rose Likins, o informou nesta semana que, segundo documentos sigilosos, o atual favorito e ex-presidente Alejandro Toledo buscou apoio dos Estados Unidos em 2005 para evitar que Humala ganhasse as eleições passadas.

Toledo, quem governou o país entre 2001 e 2006, rejeitou a acusação e pediu provas que comprovassem a informação.

Segundo pesquisas, o candidato lidera as intenções de voto para as eleições de 10 de abril, mas não alcançaria mais de 50 por cento dos votos. A eleição, portanto, seria definida no segundo turno, em 5 de junho.

"De fato isso afeta a campanha eleitoral e acho que pode atingir Toledo porque é uma denúncia grave", afirmou à Reuters o analista político Alberto Adrianzén. "O melhor para todos é que a embaixada publique o documento" diplomático, disse.

A embaixadora Likins desmentiu a jornalistas o que foi dito por Humala, um esquerdista temido pelos investidores, apesar de ter moderado seu discurso radical contra o mercado. Ele foi finalista nas eleições presidenciais de 2006.

"Estamos lidando com um problema do WikiLeaks que não é de nossa criação", afirmou a diplomata.

"O que eu quero esclarecer é que a informação que saiu não está de acordo com a informação que eu proporcionei ao candidato Humala."

Os rivais de Toledo para um possível segundo turno seriam a parlamentar Keiko Fujimori e o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

EUA mostram preocupação com apreensão de carga de avião militar na Argentina

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Os Estados Unidos ficaram "perplexos" e preocupados" com uma revista incomum que levou a Argentina, na semana passada, a apreender a carga que seguia em um avião militar americano, afirmou, em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.

Em entrevista à imprensa, Crowley disse que "nos inquieta a forma como foi conduzido o caso, considerando-o "inusual e imprevisto".

A revista efetuada no avião militar americano, no aeroporto de Ezeiza (32 km ao sul de Buenos Aires), aconteceu na quinta-feira passada.

O aparelho C-17 Globemaster III da US Air Force levava "material sensível", destinado a um exercício conjunto, do qual participariam forças de segurança argentinas, e viu parte de sua carga apresada, porque, segundo a Argentina, não foi declarada com antecedência, explicou Crowley.

O governo de Cristina Kirchner anunciou, na ocasião, ter apreendido material "camuflado" que incluía armas, diferentes tipos de drogas, entre elas morfina, e tecnologia para interceptar comunicações, dentro de um carregamento oficial. E que apresentaria a Washington um protesto formal.

"Isto não está certo", respondeu Crowley a uma pergunta sobre a questão.

Segundo a Argentina, a declaração americana da carga continha "uma série de inexatidões e omissões".

"O material apreendido foi entregue à justiça. O avião partiu da Argentina sábado", disse à AFP uma fonte da chancelaria que pediu para não ter o nome divulgado.

O subsecretário adjunto americano para a América latina, Arturo Valenzuela, entrou em contato com o chanceler argentino, Héctor Timerman, segundo a versão de Buenos Aires, para "solicitar uma solução, manifestando a preocupação do Departamento de Defesa de seu país".

Timerman respondeu, de acordo com o comunicado, que "as leis argentinas devem ser cumpridas por todos sem exceção".

A controvérsia bilateral se produz após a Argentina não ter sido incluída na turnê latino-americana do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em março, que visitará Brasil, Chile e El Salvador.

O governo de Cristina Kirchner já havia mantido atitude cautelosa em relação a documentos secretos da diplomacia americana vazados pelo site WikiLeaks, nos quais é pedida informação sobre a saúde mental da presidente argentina.

Fonte: AFP
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Obama não quer Brasil no Conselho da ONU

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O presidente dos EUA, Barack Obama, não deverá trazer seu apoio à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente durante sua visita ao País, em março. A Casa Branca e a diplomacia americana trabalham para contornar inevitáveis e constrangedoras perguntas da imprensa e para não prejudicar seu projeto de relançar as relações bilaterais.

Segundo uma fonte do Departamento de Estado, a mudança na posição de Washington é uma possibilidade remota. Seria um "milagre". Para o governo americano, o Brasil cometeu um "pecado mortal" ao votar contra a resolução do Conselho de Segurança sobre novas sanções ao Irã, em junho.

Posição brasileira. A iniciativa brasileira teria sido mais grave que a insistente busca pelo acordo nuclear com o Irã porque "comprometeu a própria credibilidade do sistema" e deu mostras da contaminação das decisões mais sensíveis de política exterior do País pela personalidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-chanceler Celso Amorim. "Foi uma burrada", disse a fonte.

Para o Departamento de Estado, ainda não está claro se o governo de Dilma Rousseff, como continuidade da administração Lula, preservará a mesma linha de ação na área externa.

Essa dúvida começará a ser dirimida no dia 23, quando o chanceler Antônio Patriota fará sua primeira visita à secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em Washington.

Essa será a primeira oportunidade de diálogo entre EUA e Brasil sobre o passo anterior - a reforma do Conselho de Segurança, que permanece engavetada na ONU.

Fonte: Estadão
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Motivos da IV Frota dos EUA voltar a patrulhar as águas da América Latina

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A partir do dia 12 de junho a IV Frota dos Estados Unidos volta a patrulhar as águas da América Latina. Nenhuma potência mundial toma uma decisão importante se não há detrás um grande motivo. O especialista em temas de segurança da Universidade de San Andrés Khatchik Der Ghougassian disse ao diário argentino Clarín que há dois motivos principais de tal decisão: os recursos naturais e aparecimento na América Latina de governos chamados populistas .

Nunca vão (EUA) admitir que é por recursos naturais, mas não é uma coincidência a decisão ter aparecido no momento de início de um cambio estrutural da economia mundial em que as reservas de água potável, alimentos e recursos energéticos ( que nossa região tem em abundância) se posicionam como um valor estratégico importante”, disse.

Os objetivos declarados de Pentágono são atuar e treinar as outras armadas , lutar contra trafico ilícito , colaborar com ajuda humanitária em casos de desastres naturais e manter as vias econômicas de comunicação por mar livres e abertas. Os EUA não ocultam a imensa importância que têm os mares de Hemisfério Ocidental e admitem que aumentará sua a capacidade de atuar , quer dizer, os elementos da Frota vigiarão barcos e aviões, incluindo os civis e comerciais que navegam ao sul dos EUA.

Iniciarão com 11 navios e um porta-aviões.

Porém, outras declarações deixam a impressão os objetivos estarem mais amplos e implicam uma penetração em território latino-americano preocupante. James Stevenson, comandante da Marinha do Sul dos EUA , precisou que seus navios chegarão até o tremendo sistema de rios do continente, navegando não só em alto mar, mas em águas interiores. Isto significa a instalação de um controle vasto no território dos países latino-americanos.

Entretanto se visam outros motivos. Há um líder, Hugo Chávez, que complica-lhes a vida. E há um país, o Brasil, com projeto de liderança, que não é contra os EUA, mas restringe seu poder. É pouco provável os EUA invadirem Amazonas, ainda não é absolutamente impossível.

Tanto Venezuela , como Brasil já responderam. O presidente à época, Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos Estados Unidos que explicasse o motivo da reativação da IV Frota, tema que foi abordado por seu par venezuelano, Hugo Chávez, durante a 35ª Cúpula do Mercosul.

Durante uma coletiva de imprensa após a Cúpula do Mercosul, e já como presidente de turno do bloco, Lula foi questionado se concordaria com a opinião de Chávez de que a IV Frota seria uma "ameaça" à região.

"Antes de viajar à cúpula, pedi à chancelaria para se comunicar com o Departamento de Estado norte-americano para que nos dê explicações sobre o porquê da reativação da IV Frota", disse Lula.

Após analisar os documentos de Pentágono, a investigadora mexicana Esther Ceceña chegou à conclusão os EUA consideram todo o continente americano como uma grande ilha, como fortaleza em que se pode até lutar contra outra potência. Para países latino-americanos a tarefa principal hoje em dia é criar uma União militar única para a América Latina. Já circulam alguns projetos iniciados pelos governos do Brasil e Venezuela, mas estes têm os objetivos da consultoria e não prevêem a atuação em conjunto no campo militar.

Fonte: Pravda
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Senador McCain entra no lobby para vender caça dos EUA ao Brasil

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Em visita à presidenta Dilma Rousseff, o senador norte-americano John McCain, do Partido Republicano, disse nesta segunda-feira (10) que tentará convencer o Congresso dos Estados Unidos a aprovar a “completa transferência de tecnologia” dos aviões de caça Super Hornet F-18, caso o Brasil decida comprar o equipamento produzido pela empresa americana Boeing. O republicano afirmou que o F-18 é a aeronave militar que detém a melhor tecnologia do mundo.

“Conversamos sobre a questão dos caças. Há uma preocupação sobre transferência de tecnologia. Vou voltar aos Estado Unidos e tenho a intenção de fazer com que o Congresso e o presidente [Barak Obama] ressaltem que haverá uma completa transferência de tecnologia se o governo do Brasil decidir pelo F-18”, disse McCain. “A tecnologia dos nossos caças foi provada que é melhor que as outras”, acrescentou o senador norte-americano.

A Força Aérea Brasileira (FAB) vai renovar a frota de aviões supersônicos de caça e três fabricantes estão na concorrência: a francesa Dassault com o modelo Rafale; a americana Boeing com o F-18; e a sueca Saab, do modelo Gripen. No governo anterior, ficou clara a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo modelo francês, mas a FAB, em relatório oficial, prefere o modelo sueco. O equipamento da Boeing foi criticado justamente por causa do pacote de transferência de tecnologia, considerado insuficiente pela Aeronáutica.

O combate à violência também foi tema da conversa de McCain com a presidenta. Ele elogiou a ação da polícia do Rio de Janeiro nas favelas cariocas e a atuação brasileira no combate ao tráfico de drogas.

Fonte: Agência Brasil
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Com Dilma, EUA continuarão sem "policial" na América do Sul, diz Tariq Ali

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A América do Sul é hoje a região mais independente do poder americano e a vitória do PT na eleição presidencial brasileira indica que os EUA continuarão sem contar com um "policial" que possa agir por eles nesta parte do mundo, diz o escritor paquistanês Tariq Ali.

Um dos editores da revista britânica "New Left Review" e colaborador da "London Review of Books", Ali é conhecido pela militância contra as intervenções externas americanas e veio ao Rio para participar de conferência com sindicalistas e ativistas de favelas sobre imprensa alternativa.

Seu penúltimo livro, "O Duelo", sobre a relação EUA-Paquistão, acaba de ser publicado no Brasil pela editora Record. No exterior, ele recém-lançou "Obama Syndrome", em que destaca as continuidades entre o ocupante da Casa Branca e seu antecessor, George W. Bush. "Só mudou a música ambiente."

Nesta entrevista à Folha, o escritor também analisou a situação no Paquistão, a falta de solidariedade mundial às milhares de vítimas das enchentes deste ano em seu país de origem e a guerra americana no Afeganistão. Disse que os EUA, que prometeram se retirar do país centro-asiático até 2014, gostariam de deixar para trás bases permanentes, como no Iraque, mas que a China tem feito saber sua oposição à presença da Otan (aliança militar ocidental) em sua fronteira.

Apesar de aprovar a política externa do governo Lula, Ali é crítico da política econômica. Se disse "no mínimo decepcionado" por ver o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, "arquiteto de políticas neoliberais", na equipe da presidente eleita Dilma Rousseff.

Ele diz que, se houve ingenuidade de Brasil e Turquia quanto tentaram mediar o impasse nuclear iraniano, foi em relação às intenções do governo americano. "Os dois países conseguiram fazer com que os iranianos concordassem com um plano que os EUA haviam proposto antes, e aí Obama recuou."

Apesar das constantes "reclamações e irritação" em relação a Washington, Ali não acredita que a hegemonia americana esteja em risco, diz que a China não pretende desafiar esse poderio no futuro previsível e avalia que o fórum Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) "não é coisa séria". "Os EUA estão mais fortes agora do que nos anos 60 e 70", afirma. Abaixo, a íntegra da entrevista.

*
FOLHA - Os EUA se aproximam da Índia, cuja candidatura ao Conselho de Segurança da ONU apoiaram. A China, do seu lado, se aproxima do Paquistão. Isso afeta a guerra no Afeganistão?
TARIQ ALI - Os EUA sabem que têm que se retirar do Afeganistão. Gostariam de sair, mas manter bases militares lá. Isso não vai ser possível. Os chineses, nos bastidores, disseram aos militares paquistaneses que não querem bases permanentes da Otan na sua fronteira. Para resolver esse problema, os EUA precisam dos militares paquistaneses.

Simultaneamente, os EUA estão jogando a Índia contra a China. A Índia é o país mais importante para os EUA na Ásia. Sempre foi, mesmo quando a Índia tinha uma política externa de neutralidade. Mas hoje há uma elite indiana que se ajoelha diante dos EUA, o que para Washington é uma grande oportunidade. Claro que nunca poderão tratar a Índia como um pequeno país que controlam, mas precisam dela como anteparo ao crescimento econômico chinês, que ninguém sabe aonde vai levar.

Mas o apoio à candidatura ao Conselho de Segurança não é grande coisa. O conselho não é mais um organismo muito interessante, tampouco a ONU. Se os americanos não conseguem usar a ONU para implementar sua hegemonia, eles usam a Otan [aliança militar ocidental] ou vão sozinhos.

O sr. crê que os EUA se retirarão do Afeganistão até 2014, como prometido?
A ideia de que em 2014 eles terão criado condições para a retirada não faz sentido. Houve total fracasso em criar qualquer Estado no Afeganistão. Os americanos não confiam nem nas pessoas que estão treinando [para o Exército afegão]. Houve casos em que essas pessoas mudaram de lado.

O sr. defende que a solução para o Afeganistão teria que ser regional, com o envolvimento de todos os vizinhos --Rússia, Irã, Paquistão, Índia, China-- que têm influência sobre grupos no país. A disputa Índia-Paquistão pode dificultar isso?
Acho que a Índia será parte da solução. Os indianos vão fazer o que os americanos querem no Afeganistão. Eles têm muitas outras coisas para se preocupar, incluindo o grande problema da Caxemira ocupada, onde a população é tratada como um povo colonizado pelos indianos. Para resolver esse problema, a Índia precisará da ajuda do Paquistão e dos EUA, e está usando sua presença no Afeganistão como barganha.

Desde que o senhor escreveu "O Duelo", em 2008, a situação no Paquistão piorou, não?
Muito. O livro tem quatro argumentos principais: que o Paquistão esteve na rota de voo do poder americano desde os anos 50; que os americanos têm mostrado que preferem lidar com os militares a qualquer outra força no país; que os políticos que estão no poder no Paquistão, incluindo o viúvo de Benazir Bhutto [o presidente Asif Ali Zardari] são corruptos, criminosos, assassinos e todo o país sabe disso; que o governo e a elite paquistaneses são incapazes de fazer qualquer coisa pelo povo, o que ficou demonstrado mais uma vez nas enchentes deste ano [que afetaram 10% da população de 200 milhões].

Foi o pior desastre natural que o país já sofreu, e dois eventos simbolizam os problemas do Paquistão. Uma cidade média, Jacobabad, foi tomada pelas águas, e o governo pediu à Força Aérea, que tem uma base perto, que mandasse helicópteros para salvar as pessoas. Disseram que não podiam porque o base estava sendo usada pelos americanos para os bombardeios com aviões não tripulados em outra parte do país. O segundo incidente foi quando a enchente chegou à província de Sind, onde há uma grande concentração de latifúndios. Havia a alternativa de construir uma barreira que salvaria as aldeias onde vivem os mais pobres ou uma que salvaria as fazendas. Escolheram a segunda opção. O governo foi incapaz de responder à enchente.

O sr. não acha que a resposta internacional à enchente também foi fraca?
Totalmente. Eu acho que a mídia global vem se concentrando em pintar o Paquistão como um país governado por jihadistas [combatentes islâmicos], pessoas barbadas que estão à beira de tomar conta do arsenal nuclear. Essa é a mitologia, e mostrar pessoas comuns sofrendo não é parte do quadro. Não há a intenção de se criar simpatia por esse país e por sua população.

A mídia global normalmente ama desastres naturais, que são transformados em novelas, como no caso dos mineiros chilenos. No Paquistão havia milhares de pessoas sofrendo com as enchentes, em condições desumanas, crianças morrendo por falta de remédios, mas o Ocidente fez muito pouco. A chamada ajuda humanitária não chegou.

O Paquistão tem sido apontado na imprensa americana como responsável pelo fracasso em conter o Taleban no Afeganistão. Como isso se reflete dentro do país?
Setenta por cento dos paquistaneses veem os EUA como seu principal inimigo, segundo pesquisa de instituto americano. Esse número não reflete extremismo religioso, mas revolta política em relação aos EUA e com a elite que colabora com os EUA.

Quando os americanos têm problemas com um país, nunca gostam de admitir que a culpa é sua. Estão perdendo no Afeganistão e dizem que é porque os afegãos atravessam para o Paquistão. Isso é verdade, mas não é razão da derrota. A guerra é um desastre militar, político, social e ideológico.

O sr. diz que o fundamentalismo islâmico não é um problema de fato no Paquistão. Por quê?
É uma força marginal, que cresceu sobretudo por ter sido apoiada pelo Estado. A inclinação natural da maioria dos paquistaneses é mostrada nos resultados eleitorais --menos de 5% dos eleitores votam em partidos religiosos. Os grupos de jihadistas fanáticos são pequenos no Paquistão. Eles parecem mais poderosos porque têm armas e praticam atentados. Mas o apoio da população é pequeno.

A possibilidade de uma solução negociada para a questão nuclear no Irã parece muito pequena. Como analisa a situação?
A situação no Irã é determinada essencialmente pelo interesse de Israel, não tanto dos EUA. Para as israelenses, o mais importante na região, devido à própria má consciência pelo que fizeram com os palestinos, é não haver qualquer poder militar alternativo. No caso do Irã, temem perder o monopólio nuclear regional.

É daí que a pressão está vindo, porque os americanos poderiam fazer um acordo com este regime [do Irã] se quisessem. [O presidente iraniano Mahmoud] Ahmadinejad não é muito inteligente. Mas a noção de que ele seja mais autoritário do que o rei da Arábia Saudita [Abdullah] e o presidente do Egito [Hosni Mubarak] é uma brincadeira. Há mais democracia no Irã do que nestes dois países.

Os EUA estão preocupados com dois coisas. Uma é a pressão israelense, e a outra é que, ao ocupar o Iraque e destruir o Exército iraquiano, eles criaram um novo poder no Iraque, xiita, que é muito próximo ao Irã. Os xiitas iraquianos colaboram com os EUA que os colocou no poder, mas, quando há uma crise, toda a liderança xiita, da direita à esquerda, voa para Teerã, se reúne com a liderança local e os aiotolás decidem.

Isso preocupa os EUA, que temem a consolidação do Irã como um centro de poder na região. Se o Irã tiver armas nucleares, se torna intocável. São essas contradições que entram nos cálculos agora. O fato é que tratar o Irã como um pária é uma política sem sentido, porque a cultura política iraniana é muito forte, e muitos iranianos que não apoiam o clero são a favor de o país ter armas nucleares, já que tantos vizinhos as têm e submarinos nucleares americanos patrulham a costa iraniana.

Parte dos analistas avaliou que a tentativa de Brasil e Turquia de negociar a questão nuclear iraniana foi ingênua, por não levar em consideração os fatores internos nos EUA e no Irã. O sr. concorda?
Acho que foram ingênuos porque acreditaram em Obama, já tanto Lula quanto os líderes turcos foram encorajados pelos EUA a mediar. Por isso considero um pouco injusto atacar Lula. Ele não queria um conflito entre Irã e EUA, e Obama lhe disse ao telefone para tentar.

Turquia e Brasil conseguiram fazer com que os iranianos concordassem com um plano que os EUA haviam proposto antes, e aí Obama recuou. Em vez de atacar Obama, a mídia de direita ataca Lula e os turcos. Acho que eles fizeram o melhor que podiam, a ingenuidade foi pensar que poderiam fazer algo que os EUA não queriam, imaginando que queriam. Muitas pessoas tinham ilusões sobre Obama. Eu não.

Qual é o cerne de seu livro sobre Obama?
O subtítulo do livro é "Rendição em Casa, Guerra no Exterior". Ele se rendeu a interesses corporativos --Wall Street, os lobbies de seguros e farmacêutico. Ele se rendeu ao pensamento do complexo industrial-militar. Disse que ia fechar Guantánamo e a prisão ainda está aberta. Disse que os direitos civis seriam protegidos e nada mudou. Que não haveria sequestros [de estrangeiros] e tortura e nada mudou. Em essência, há mais mais continuidades com o regime de [George W.] Bush do que outra coisa. Só mudou a música de fundo. E agora os próprios apoiadores de Obama estão desapontados.

Com a crise nos EUA e na Europa, fala-se muito do poder dos emergentes, do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). A hegemonia dos EUA está em risco?
Não. Acho que os EUA continuam sendo o poder hegemônico global, e no momento não há quem possa mudar isso. Talvez no fim deste século as coisas possam ficar mais claras. Há reclamações, irritação. Mas sempre foi assim. Os EUA, ironicamente, estão mais fortes agora do que nos anos 1960 e 70.

A ilusão que as pessoas têm sobre a China está mal colocada. Acho que a liderança chinesa, no futuro previsível, dificilmente vai desafiar a hegemonia americana. De certo modo precisa dela, a China como a maior potência econômica e os EUA como a maior potência militar. O Bric não é uma coisa séria.

Os EUA e a Otan vão manter a tendência de intervir fora do territórios de seus países-membros?
Acho que essa é a única função da Otan, hoje o braço militar do império americano. Quando ocasionalmente há divergências dentro da Otan, os EUA atuam sozinhos, como no Iraque.

O que analistas nos EUA dizem é que hoje o país não pode mais agir sozinho, precisa dos aliados.
Isso é música de fundo. Claro que o ideal para os EUA é ter uma coalizão por trás deles, como no Afeganistão. Mas quando não conseguem, agem sozinhos. Não levo essa análise a sério.

O sr. tem um livro, "Piratas do Caribe" (Record), sobre o "eixo da esperança" na América do Sul. Como avalia a região agora?
Acho que a situação continua positiva. O golpe contra Rafael Correa no Equador fracassou. Não interpreto as eleições legislativas na Venezuela [em que o oposição teve metade dos votos] como derrota de [Hugo] Chávez. Para a mídia ocidental, o governo venezuelano nunca faz nada certo. Evo Morales, na Bolívia, teve outra grande vitória com ampla porcentagem dos votos [foi reeleito em dezembro de 2009 com 64%]. O Paraguai está numa situação mais triste porque [Fernando] Lugo está doente, com câncer. E, apesar de o Brasil não fazer parte desse eixo, porque a política econômica não difere muito das de direita, o fato de o PT ter ganhado as eleições de novo faz uma diferença na política externa, porque significa que os EUA não poderão contar com o Brasil para agir por Washington nesta região. A maneira de os EUA exercerem sua hegemonia é ter em cada região um policial com o qual podem contar. Aqui costumava ser o Brasil ou a Argentina, mas agora eles só têm a Colômbia.

A Colômbia parece um tanto desiludida, porque o Congresso americano não ratificou o acordo bilateral de livre comércio.
Os EUA não podem contar totalmente nem com a Colômbia. A América do Sul é a pior história para o império americano no momento. O único sucesso que tiveram foi o golpe em Honduras, uma vitória do Departamento de Estado americano --claro que não podem dizer isso em público. Mas de modo geral a América do Sul se mantém independente do império.

Mas isso incomoda os EUA? Porque, excluindo Chávez, cujo poder é bastante exagerado, a região nunca é mencionada entre as prioridades americanas.
Não, e a razão disso é que o capitalismo como sistema não foi desafiado na América do Sul. O que argumento em "Piratas do Caribe" [editora Record] é que tudo o que esses líderes estão fazendo é usar o poder do Estado para fazer reformas sociais necessárias. É uma social-democracia, e o Brasil poderia aprender com isso.

Apesar de se falar muito da economia brasileira, as condições dos pobres e trabalhadores no Brasil, em termos de saúde, educação e transporte público continua muito ruim. A Bolsa Família é um cala-boca. Os ricos neste país não pagam impostos. É melhor começar a pensar nisso agora do que quando a crise atingir o país. O Brasil pensa que é imune porque evitou o colapso de 2008, mas o sistema [econômico] é muito hierárquico.

Segundo a maioria das análises, o que levou à vitória do PT foi o aumento do poder de compra da população.
Não podemos nos esquecer que foi Fernando Henrique que adotou medidas anti-inflação e aumentou o poder de compra do real, mas ao custo de desindustrializar o país. O Brasil foi financeirizado e isso continua sendo um problema, mesmo dentro do quadro capitalismo. Eu fiquei um pouco decepcionado, para dizer o mínimo, quando vi Dilma [Rousseff] ao lado de Palocci, que foi o arquiteto de políticas neoliberais. Eles têm que entender o que está acontecendo no mundo e adotar medidas preventivas antes que o Brasil seja atingido.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EUA querem ampliar relações na gestão Dilma

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O governo Barack Obama está pronto para receber a presidente eleita Dilma Rousseff, informou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, que, nos últimos anos, teve vários encontros com a então ministra do governo Lula, já em Brasília e antes, quando atuava como subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental. "Já falamos da possibilidade de um encontro, mas ainda não se falou de datas possíveis, estamos aguardando", comentou Shannon. "Há muito interesse dos dois lados de que haja um encontro o mais rapidamente possível."

"Temos boa relação com a presidente eleita. O presidente Obama já falou com ela e há muito interesse em aprofundar nossa relação com o Brasil", disse Shannon. "Temos confiança de que com a presidente eleita vamos ter essa oportunidade." Se marcado o encontro, Dilma receberá, de Obama, a mesma deferência conferida por George W. Bush a Lula, a de receber um chefe de Estado eleito antes mesmo da posse - sinal não muito frequente de consideração e distinção em Washington.

Shannon desconversa quando consultado sobre a votação do Brasil contrária a sanções ao Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas - ato que provocou o esfriamento das relações entre as altas cúpulas dos dois governos, enquanto prosseguiam os contatos nos escalões inferiores. Ele reafirma que "apesar das diferenças", têm prosseguido contatos de alto nível, inclusive entre as Forças Armadas, como exemplifica a visita, no feriado de 15 de novembro, do chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos Estados Unidos, general Norton Schwartz.

Shannon disse aguardar o novo governo "com muita esperança e muito otimismo" e tem intenção de dar maior relevo aos diversos grupos de trabalho firmados pelos dois países, em áreas como tecnologia, agricultura, combate à discriminação racial e educação, entre outras. "É importante notar que as relações entre Brasil e Estados Unidos hoje têm base em interesses e valores compartilhados", argumentou. "Esse é o fator fundamental na relação, independentemente dos governos e das eleições", insistiu, em português fluente mesclado com algumas palavras de portunhol.

O embaixador, nos últimos meses, foi uma das principais peças na articulação entre os dois governos, não só para evitar estragos maiores devido às divergências em torno do Irã, mas também em temas de interesse comum, como a ampliação do poder de voto do Brasil e outros emergentes no Fundo Monetário Internacional, que contou com apoio do secretário do Tesouro, Timothy Gheitner, segundo atestam fontes do Ministério da Fazenda. "Nossa capacidade de entender o Brasil como um ator no palco global ajudou a melhorar nossa colaboração com o país."

Os dois países negociam um acordo-quadro de Comércio e Investimentos (Tifa, na sigla em inglês) que deve estabelecer regras de proteção a investidores nos dois mercados e mecanismos de consulta para reduzir barreiras ao comércio. Shannon vê "alta possibilidade" de que o acordo seja concluído no início da gestão de Dilma Rousseff, mas, cauteloso, comentou que prefere "deixar a questão para os negociadores". Para o embaixador, a continuidade dos contatos e acordos, nos últimos meses, em setores como promoção de investimento e na área agrícola, "mostrou claramente que os dois países têm capacidade de seguir trabalhando independentemente das eleições, seja no Brasil, seja nos EUA."

A menção às eleições americanas não é casual. O cenário político interno nos EUA mudou sensivelmente neste ano, com a derrota de Obama nas últimas eleições parlamentares, que deram maioria ao Partido Republicano, de oposição, e colocaram em postos-chaves políticos conservadores, pouco dispostos à política de cooperação internacional defendida pelo presidente americano.

Shannon garante não ver dificuldades para o seguimento dos projetos comuns dos dois países, nem para estreitar os contatos no governo Dilma. Essa perspectiva, afirma, não é abalada nem pelos discursos do governo brasileiro contra a política econômica americana, na recente reunião do G-20, o grupo das maiores economias mundiais, na Coreia do Sul.

"Estamos trabalhando bem com o Brasil nas instituições financeiras, na área do G-20", garantiu. "Estamos em um momento complicado e desafiador na economia nacional e isso, às vezes, provoca uma retórica que tem mais uma audiência doméstica que internacional", minimizou. "O importante é que a retórica não impede nossa capacidade de colaborar." Ele repete os argumentos levados por Obama ao G-20, de que "todos os países têm de assumir a própria responsabilidade para o bem-estar da economia mundial."

"Estamos fazendo todo o possível para manter os EUA abertos ao mundo e atuar como motor de crescimento econômico", argumentou. "Brasil e EUA já mostraram no FMI, no Banco Mundial e no G-20 capacidade de colaborar e isso é fonte de grande otimismo."

Fonte: Valor Econômico
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EUA ofereceram refúgio a nazistas após 2ª Guerra Mundial, segundo relatório

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Um relatório até agora secreto sobre a operação de caça de nazistas por parte do Governo dos Estados Unidos conclui que funcionários de inteligência ofereceram refúgio no país a nazistas e seus colaboradores após a Segunda Guerra Mundial.

"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa.

O jornal "The New York Times" foi o primeiro a obter uma cópia do relatório que o Departamento de Justiça tinha tentado manter em segredo durante os últimos anos.

O relatório aparece publicado também no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington da capital americana.

A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas.

O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.

Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do Governo conhecerem seu passado.

Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados.

O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.

Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que trabalhou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial.

O documento detalha como a agência de espionagem debateu em uma série de relatórios internos o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto.

A CIA contratou Bolschwing durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.

O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu esse mesmo ano.

Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 nazistas.

"The New York Times" lembra que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça.

Em 1999, Richard convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin.

Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.

O "Times" assegura que quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado.

O advogado morreu em 2009 sem ver seu sonho realizado.

Fonte: EFE
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Colômbia e EUA passam a nova fase de relações bilaterais

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Colômbia e Estados Unidos levaram nesta segunda-feira as relações bilaterais para uma nova fase, incluindo na agenda diplomática assuntos diferentes da luta contra as drogas e o terrorismo, como direitos humanos, energia e ciência e tecnologia.

Os novos itens na agenda política bilateral foram discutidos em reunião entre o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o subsecretário de Estado americano, James Steinberg, durante uma audiência na Casa de Nariño, sede do Executivo colombiano, em Bogotá.

A visita de Steinberg à Colômbia "é muito importante, porque é o início de um replanejamento entre os dois países quanto a suas relações", afirmou Santos em declarações feitas à imprensa na sede do Governo.

É um replanejamento que busca que "Estados Unidos e Colômbia se transformem em verdadeiros parceiros estratégicos em muitos temas tradicionais e outros temas novos", acrescentou o governante, que já havia discutido a nova agenda durante encontro no mês passado com seu colega americano, Barack Obama, na sede das Nações Unidas em Nova York.

O acordo deu lugar ao chamado Diálogo de Alto Nível Colômbia-Estados Unidos, que reuniu hoje uma delegação de 45 altos funcionários americanos com seus homólogos ou equivalentes colombianos, no Ministério das Relações Exteriores em Bogotá.

Steinberg lidera esta missão, da qual também fazem parte o subsecretário para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, e o embaixador americano em Bogotá, Peter Michael McKinley.

O novo roteiro marcado pelos dois Governos "deve ser a oportunidade não somente para melhorar a relação entre Colômbia e Estados Unidos, mas também na região", ressaltou Steinberg.

"À medida que continuarmos com este novo diálogo, seguiremos enfatizando no combate às drogas e à criminalidade, que nos últimos anos foi tão bem-sucedida", afirmou Steinberg, que chegou no domingo a Bogotá.

O subsecretário de Estado ampliou sua definição deste replanejamento nos laços bilaterais após inaugurar, junto à chanceler colombiana, María Ángela Holguín, o Diálogo de Alto Nível, que terá uma segunda rodada no primeiro semestre do ano que vem, nos Estados Unidos.

"Esta visita representa uma nova fase da relação entre as duas nações, na qual se continuará a ênfase pela segurança e contra as drogas, mas se ampliará para outros temas de interesse comum", destacou Steinberg.

Fonte: EFE
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Obama pede que Venezuela seja responsável em relação à energia nuclear

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pedido à Venezuela nesta terça-feira para que aja "de forma responsável" em relação à energia nuclear e reiterou que está interessado em uma "melhor" relação com o país sul-americano.

Em entrevista coletiva, da qual a Agência Efe participou, Obama assegurou: "Não temos interesse em um aumento no atrito entre Venezuela e EUA, ou entre Venezuela e seus vizinhos, mas a Venezuela deve agir responsavelmente".

Obama disse que esse é "o padrão usado em todo o mundo". Segundo ele, a Venezuela tem "direitos" a desenvolver energia nuclear, mas também deve garantir que esses sistemas não serão usados com fins militares.

O Departamento de Estado dos EUA assinalou na semana passada que acompanha "de perto" o acordo de cooperação nuclear estabelecido entre o país sul-americano e a Rússia, que dará à Venezuela a primeira base nuclear da América Latina.

O acordo foi assinado em Moscou na sexta-feira passada, durante uma visita do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Na ocasião, o presidente russo, Dmitri Medvedev, indicou: "Não sei se alguém vai se assustar com isso. O presidente Chávez diz que há países que têm visões distintas sobre esse assunto. Mas quero ressaltar que nossas intenções são honestas e transparentes".

Medvedev destacou que mesmo países ricos em petróleo, como a Venezuela, têm necessidade de diversificar suas fontes de energia.

Por sua vez, Obama reiterou hoje seu interesse em manter "uma melhor relação com a Venezuela".

Na conversa que manteve com Chávez no ano passado durante a Cúpula das Américas, "disse em particular o que disse em público: o antagonismo não é inevitável", assinalou o governante americano.

"Queremos que os venezuelanos tenham uma voz dentro de seu próprio Governo. Não é algo que possamos impor de maneira externa, mas continuaremos estimulando a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a liberdade de partidos políticos", acrescentou.

Obama lembrou que no passado o país manteve comportamentos "preocupantes" com seus vizinhos, especialmente com a Colômbia, embora esses atritos parecem ter suavizado.

O governante dos EUA se reuniu em setembro com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e expressou sua satisfação pelos passos dados para uma melhor relação com a Venezuela.

Em uma reunião realizada em agosto, Santos e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, acabaram com uma longa crise bilateral iniciada há mais de um ano e que levou à ruptura das relações em julho pelo fato de o então presidente colombiano, Álvaro Uribe, ter denunciado a presença de chefes guerrilheiros na Venezuela.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FMI aumenta previsão de crescimento da América Latina e destaca Brasil

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A América Latina saiu mais rápido que o previsto da crise e crescerá 5,7% este ano, um aumento de 0,9% em relação às previsões anteriores, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI), que descarta a participação do Brasil no processo.

A América Latina e a Ásia estão protagonizando de forma destacada a recuperação mundial. A primeira, em particular, está saindo da crise mundial com um ritmo mais acelerado que o previsto, explica o Fundo em seu relatório de previsões semestral.

Em julho, o FMI previu um crescimento de 4,8% para a América Latina.

A previsão para 2011 permanece em 4% para a região.

O FMI foi menos otimista nas previsões mundiais e reduziu para 4,2% (4,3% em abril) o prognóstico de crescimento do planeta para 2011, além de ter lembrado que a recuperação pode ser menos duradoura que o previsto.

Para 2010 a previsão é de 4,8%.

O Brasil é apontado pelo Fundo como parte do grupo de países da região com políticas macroeconômicas "impressionantes" nas últimas duas décadas, mas também com altas quase ininterruptas dos preços das matérias-primas.

Chile, Colômbia e Peru completam o grupo, com México e Uruguai seguindo de perto, enquanto a Venezuela é o destaque negativo, já que será o único país de toda a região incluindo o Haiti, que não crescerá este ano (-1,3%).

O Brasil crescerá 7,5% em 2010 e 4,1% em 2011, de acordo com as previsões semestrais do FMI.

O documento não poupa elogios à região, mas também recomenda aos países da região que reduzam de maneira gradual os pacotes de estímulo econômico.

Mesmo no caso de novos tropeços inesperados nos países ricos na difícil marcha para a recuperação, "o efeito potencialmente negativo será controlável, levando em consideração que a dependência do comércio externo (com estes países) é menor", explica o informe.

A América Latina continua dependendo das exportações de matérias-primas, mas a demanda "a princípio continuará sendo robusta".

Um certo perigo pode ser provocado pela profunda ligação do setor bancário latinoamericano com os dos países ricos, adverte o Fundo, mas ao mesmo tempo lembra que graças justamente ao crescimento vigoroso, os fundos das nações da região continuam sendo majoritariamente locais, o que significa um bom respaldo.

Mas também existe o risco de um superaquecimento, particularmente se a redução dos estímulos levar mais tempo que o necessário.

O FMI prevê para os Estados Unidos crescimentos de 2,6% este ano e de 2,3% em 2011 e na zona euro de 1,7% e 1,5% respectivamente.

Fonte:AFP
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