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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Seul pode aderir ao sistema de defesa anti-chinês dos EUA e do Japão

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O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegou ao Japão para, entre outras questões, discutir com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a situação em torno do sistema de identificação chinês de defesa aérea no mar da China Oriental. A Coreia do Sul expressou também descontentamento com os passos dados pela China.
O MRE e o Ministério da Defesa da Coreia do Sul criticaram a China pelo desenvolvimento de uma zona de defesa aérea, alegando que ela está cobrindo o espaço aéreo de territórios sul-coreanos. Alguns peritos, contudo, duvidam da razão destas reclamações sul-coreanas em relação à China. Em particular, o colaborador científico sênior do Centro de Pesquisa do Japão da Academia de Ciência da Rússia, Viktor Pavlyatenko, não viu quaisquer territórios sul-coreanos na nova zona de defesa aérea chinesa:
“Pelo visto, a nova presidente da Coreia do Sul decidiu deste modo anunciar sua presença no palco da política externa. Afirmou que a zona de defesa aérea chinesa estaria a cobrir o território de uma ilha coreana e, portanto, o espaço aéreo da Coreia. Contudo, não se trata de uma ilha, mas sim de uma rocha que se encontra praticamente debaixo de água. Segundo o direito internacional, tais formações não se consideram ilhéus e, por conseguinte, não são territórios que demarquem águas territoriais, zonas econômicas ou espaço aéreo”.
Sejam quais foram as reclamações de Seul, Pequim propôs discuti-las através de conversações. Ao Japão não foram propostas quaisquer conversações sobre a zona de defesa aérea da China. Mas a Coreia do Sul é diferente. Pequim não deixou de notar que, ultimamente, Seul como que se distanciou do Japão e dos EUA, que ocupam uma posição dura em relação a águas territoriais da China e consolidam a cooperação militar face ao reforço econômico e militar da China. Influiu também o descontentamento da Coreia do Sul com reclamações territoriais do Japão em relação ao grupo de ilhas Dokdo e com as declarações de políticos japoneses que justificam os crimes da camarilha militar japonesa nos anos da ocupação da Coreia. O principal, contudo, é que a Coreia do Sul, que se encontra perto da China, não tem vontade de se confrontar com a China. Por isso, em particular, Seul não aderiu ao projeto americano-japonês de defesa antimíssil. Como parece, Pequim valorizou tal comportamento da Coreia do Sul.
Hoje, porém, a posição de Seul em relação à China, assim como ao Japão e aos Estados Unidos poderá sofrer alterações. Há dias, em Seul, em uma reunião de representantes da administração presidencial, do governo e do partido governante Saenuri ("O Mundo Novo"), foi reconhecida a necessidade de alargar a zona de identificação de defesa aérea da República da Coreia ao sul das fronteiras atuais. Na mesma altura, o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yun Byung-se, declarou, pela primeira vez desde o momento do agravamento das relações com o Japão, sobre a intenção de “empreender esforços” para estabilizá-las.
Este passo da Coreia do Sul pode testemunhar alterações em sua orientação política e na disposição geral das forças na região, considera o professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, Dmitri Streltsov:
“Há muito que esta situação se tornou madura. O gênio foi solto da garrafa, quando a China começou a consolidar ativamente sua soberania nacional em relação a vários territórios, considerados contestáveis. A démarche da Coreia do Sul não é a última na cadeia de acontecimentos nesta área.
O Japão e a Coreia do Sul, embora continuem a ser rivais, terão de elaborar agora uma posição comum. Tanto que a China aplica sua política bastante agressivamente, objetivamente, a Coreia do Sul e o Japão encontram-se no mesmo barco. Provavelmente, alguns projetos na cooperação militar, engavetados após o agravamento das relações entre Seul e Tóquio (sobre a troca de informações de inteligência, sobre a cooperação logística), ganham novos estímulos, podendo esperar alguns acordos nesta área”.
Se esses acordos forem alcançados, estaremos perante a formação de um triângulo Seul-Tóquio-Washington. Um considerável “mérito” disso será da China que, com suas ações em relação aos territórios contestados, estimula os vizinhos a formar blocos anti-chineses.

Fonte: Voz da Rússia
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sábado, 12 de outubro de 2013

Coreia do Norte ameaça com 'guerra total' após 'chantagem nuclear' dos EUA

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A Coreia do Norte ameaçou neste sábado com uma guerra total e convocou os Estados Unidos a colocar fim as suas manobras militares e ao que descreveu como uma chantagem nuclear.
Os Estados Unidos "devem levar em conta que os atos de provocação imprudentes se chocarão com nossos ataques de represália e darão lugar a uma guerra total para um enfrentamento final com os Estados Unidos", disse em um comunicado um porta-voz da Comissão Nacional de Defesa do Norte (NDC), citado pela agência norte-coreana KCNA.
"Voltamos a insistir que os Estados Unidos devem retirar várias medidas destinadas a nos isolar e nos estrangular. Disto dependem (...) a paz e a segurança, não apenas na península coreana, mas também em território dos Estados Unidos".
 
Estes comentários foram feitos após dois dias de manobras navais conjuntas de Estados Unidos, Coreia do sul e Japão em frente à costa meridional da península coreana.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte classificou este exercício naval de provocação militar séria e ameaçou enterrar no mar o porta-aviões de propulsão nuclear americano George Washington, que participou das manobras.
Além do porta-aviões, nos exercícios também participaram vários lança-mísseis, helicópteros antissubmarinos e aviões de detecção.
A Coreia do Norte condenou em várias ocasiões as manobras militares conjuntas ao sul da fronteira e ameaçou com contra-ataques que não se materializaram.
 
Fonte: AFP
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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Coreia do Norte põe Exército em alerta e adverte EUA para "desastre"

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A Coreia do Norte disse na terça-feira (horário local) que suas Forças Armadas seriam colocadas em alerta máximo e estarão prontas para lançar operações, intensificando a tensão depois de semanas de retórica contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul, acusada pelo vizinho de instigar a hostilidade.
A Coreia do Norte emite frequentemente ameaças de atacar o Sul e os Estados Unidos, mas raramente as transformou em ação. Tal retórica hostil é amplamente vista como um meio de perpetuar sua agenda política nacional e internacional.
Na última declaração, um porta-voz militar do Norte advertiu os EUA para "consequências desastrosas" devido à movimentação de um grupo de navios, incluindo um porta-aviões, em um porto sul-coreano.
"Neste contexto, as unidades de todos os serviços e níveis do Exército do KPA receberam uma ordem de emergência de seu comando supremo para reexaminar os planos de operação já ratificados por ele e para manterem-se totalmente prontas para rapidamente lançar operações a qualquer momento", disse o porta-voz, referindo-se ao Exército do Povo Coreano (KPA).
"Os EUA vão ser totalmente responsáveis pelo desastre horrível", acrescentou o porta-voz em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA.
Em março, a Coreia do Norte declarou que não estava mais vinculada ao armistício que encerrou os combates na Guerra da Coreia de 1950-53, assinado com os Estados Unidos e a China, ameaçando usar armas nucleares para atacar os territórios da Coreia do Sul e dos EUA.
A Coreia do Norte desafiou advertências internacionais de não construir mísseis nucleares e de longo alcance e acredita-se que tenha material físsil suficiente para construir até 10 bombas nucleares.
 
Fonte: Reuters
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sábado, 5 de outubro de 2013

Exercícios navais de Washington, Seul e Tóquio irritam Coreia do Norte

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O regime da Coreia do Norte qualificou neste sábado os exercícios navais, que Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão vão realizar em conjunto na próxima semana, como um plano para começar uma guerra nuclear que causa mais tensão na região.
O jornal oficial do regime comunista, Rodong Sinmun, afirmou que as manobras militares em território sul-coreano, das quais participa um porta-aviões de propulsão nuclear dos EUA, só podem ser vistas como um gesto que "esfria as tentativas de diálogo" de Pyongyang e que causará "mais tensão" na região.
Além disso, o artigo disse que apesar de a Coreia do Norte avaliar o diálogo e a paz, está disposto a ir à guerra e responderá com força a qualquer ação contra o seu território, informou hoje a agência sul-coreana "Yonhap".
Um porta-aviões e vários navios de guerra da Marinha dos EUA chegaram ontem a Busan, no sudeste da Coreia do Sul, para participar das manobras navais conjuntas que as forças navais de Tóquio, Seul e Washington realizarão a partir da próxima segunda-feira.
Entre as embarcações está o USS George Washington, um grande porta-aviões de propulsão nuclear com capacidade para até 70 caças, além do cruzeiro USS Antietam e do destroyer USS Preble, que possuem sistemas de mísseis teleguiados.
As embarcações fazem parte do Grupo de Ataque George Washington, pertencente à sétima frota dos EUA, que está atracada em Yokosuka (Japão) e seus navios abrigam 6 mil efetivos militares.
Os exercícios contarão também com a participação de destróieres Aegis e aviões de combate de Coreia do Sul e Japão, que realizarão o treinamento de operações de busca e resgate no mar.
Seul e Washington realizam manobras conjuntas várias vezes por ano, o que sempre desperta o receio e as críticas de Coreia do Norte. Os comentários de hoje chegam em um momento de relativa calma e distensão.
Os EUA se comprometeram a defender a Coreia do Sul em caso de conflito armado com o Norte com o fim da Guerra da Coreia (1950-53), que terminou sem um tratado de paz definitivo, e mantêm 28,5 mil efetivos em território sul-coreano.
 
Fonte: EFE
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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Coréia do Sul rejeita F-15 Silent Eagle

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A Coreia do Sul decidiu nesta terça-feira (24) cancelar o negócio de 7,7 bilhões dólares com a Boeing Co., o único candidato remanescente do programa de modernização de sua força aérea, e disse que iria voltar a buscar opções para atender ao seu maior contrato de defesa.

O acordo para fornecer 60 avançados caças de combate visava substituir a envelhecida frota de F -4 e F -5 da Força Aérea e inicialmente atraiu propostas da Boeing , sua rival Lockheed Martin dos EUA e do consórcio aeroespacial europeu EADS.

A Boeing , ofereceu o F- 15 Silent Eagle, que terminado as avaliações foi o único candidato elegível após as propostas dos outros dois concorrentes em relação ao orçamento estabelecido Coréia do Sul, e a empresa estava para ser nomeada como vencedora nesta terça-feira (24) .

Mas a Administração do Programa de Aquisição de Defesa, aparentemente decidiu que o F- 15 não atende aos requisitos atuais da força aérea, especialmente à luz da ameaça nuclear da Coreia do Norte .

" A maioria dos membros da comissão ( DAPA ) concordaram em rejeitar o F-15 e reiniciar o projeto ", disse o porta-voz do Ministério da Defesa Kim Min- Seok .

Kim disse que a DAPA tinha tomado em consideração "a situação de segurança atual , o programa nuclear da Coréia do Norte e o rápido desenvolvimento da tecnologia de aviação . "

A posição da Coreia do Sul em relação aos custos, prevê que o preço da oferta não deve exceder os 7,7 bilhões dólares, aprovados pelo parlamento e uma grande fonte de preocupação em todo o processo de licitação .

No final de agosto , os sul-coreanos assinaram uma petição sugerindo uma revisão do procedimento de " irracional ", que eliminou o Lockheed Martin F-35 e o EADS Eurofighter Typhoon devido ao seu elevado preço.

Uma das principais críticas ao F- 15 SE era que ele não tinha as capacidades furtivas de outros caças modernos, como o F-35 .

"Há um consenso de que a Coreia do Sul tem que possuir um caça de quinta geração para deter a crescente ameaça representada pela Coreia do Norte ", disse Kim Min- Seok .

O governo disse que a intenção de reiniciar todo o programa a partir do zero depois de uma revisão completa incluiria uma reavaliação do orçamento.

"Acreditamos que todo o processo de revisão vai levar cerca de um ano ", disse Kim .
"Vamos acelerar o processo para certificar-se de que a lacuna em nossa defesa nacional seja reduzida ao mínimo ", acrescentou .

Uma equipe de funcionários do Ministério da Defesa , força aérea e agência de aquisição irá considerar várias alternativas , incluindo a alteração do número de jatos , ampliando a captação e combinação de diferentes tipos de aeronaves .

As necessidades de aquisições militares da Coreia do Sul , especialmente na força aérea, já esmagadora, e foram atendidas pelos fornecedores americanos no passado - um reflexo de sua aliança militar.

Mas as esperanças da EADS tinham sido levantadas em janeiro, quando a empresa anglo-italiana AgustaWestland venceu a gigante norte americana Sikorsky para um contrato de $ 567 milhões para o fornecimento de seis helicópteros para a Marinha da Coreia do Sul .

Em um esforço para adoçar a sua oferta mais cara , a EADS tinha oferecido um investimento de 2,0 bilhões de dólares em um projeto separado da Coréia do Sul para desenvolver seus próprios caças avançados, se o consórcio for escolhido .

A Lockheed Martin se ofereceu para apoiar o esforço da Coréia do Sul para desenvolver e lançar satélites de comunicações militares.
Fonte: GBN com agências de notícias
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terça-feira, 2 de abril de 2013

Manobras de guerra – EUA decidem enviar radar e destróier para a costa da Coreia do Norte.

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As tensões na Península Coreana sugerem que qualquer provocação ou exagero pode levar a um conflito de proporções inimagináveis. No fim da tarde de ontem, a Marinha dos Estados Unidos anunciou o envio do destróier USS Fitzgerald — um navio de guerra dotado de sistema de defesa contra mísseis balísticos — e da plataforma naval “espiã” Radar de Banda X Baseado no Mar (veja a hiperfoto) para a costa da Coreia do Norte. A decisão se segue à mobilização de bombardeiros B-2 Spirit e de caças F-22 Raptor e à realização de testes militares conjuntos com a Coreia do Sul. O USS Fitzgerald participava dos exercícios e foi transferido para o sudoeste da Península Coreana, em vez de retornar à base de origem, no Japão. “O deslocamento (do destróier) é uma iniciativa prudente, para oferecer mais opções de defesa antimísseis, se forem necessárias”, confidenciou uma autoridade norte-americana à agência France-Presse, sob condição de anonimato.
 
Ao mesmo tempo que as manobras militares aconteciam, a Casa Branca colocava em xeque a ameaça representada pelo ditador Kim Jong-un, que declarou guerra ao vizinho e prometeu “dissolver” o território norte-americano. “Apesar da dura retórica que estamos ouvindo de Pyongyang, não estamos vendo mudanças na posição militar norte-coreana, como mobilizações em larga escala e posicionamento de forças”, afirmou o porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Jay Carney. “Não vimos ação que apoie a retórica. (…) Deixo para os analistas avaliarem o significado desta desconexão entre a retórica e as ações”, acrescentou.
 
A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, não parece disposta a esperar por sinais concretos. Ela aumentou ontem o tom beligerante e mandou um recado claro e direto aos vizinhos comunistas. “A razão da existência do Exército é proteger o país e o povo de ameaças. Se houver qualquer provocação contra a Coreia do Sul e contra seu povo, haverá uma resposta poderosa e imediata, sem quaisquer considerações políticas”, declarou. “Como comandante em chefe das forças armadas, eu confio no julgamento dos militares sobre provocações abruptas e de surpresa, por parte da Coreia do Norte. (…) Por favor, cumpram com sua missão de zelar pela segurança do povo, sem se distrair um minuto”, emendou a presidente, citada pela agência de notícias Yonhap.
 
“É preciso ter em mente que tanto Park quanto o norte-coreano, Kim Jong-un, são líderes novos e tentam estabelecer sua credibilidade, por meio da liderança militar. Na prática, a presidente da Coreia do Sul terá a palavra final sobre uma eventual retaliação”, afirmou ao Correio Steven Weber, professor de ciência política e de relações internacionais da Universidade da Califórnia-Berkeley. Ele alerta para o risco de os envios do radar e do destróier à costa norte-coreana serem interpretados como um convite à guerra. “As manobras defensivas de um país geralmente parecem ofensivas para o outro lado”, observa.
 
Diretor do Centro para Estudos Coreanos da Columbia University (em Nova York), o historiador Charles K. Armstrong adverte que uma resposta poderosa de Seul a uma provocação de Pyongyang, ou até mesmo um ataque preventivo, poderia escalar a tensão até uma guerra aberta. “Seria uma catástrofe para ambas as Coreias”, sustenta, em entrevista por e-mail. Ele também aposta que o regime de Kim Jong-un vai considerar a presença do radar naval norte-americano e do destróier como uma “ação provocativa” e mais um sinal da “política hostil” americana para com a Coreia do Norte. Um cenário que, segundo Armstrong, obrigará Pyongyang a intensificar ainda mais suas ameaças, levando os Estados Unidos a anunciarem novas ações militares. Um círculo vicioso perigoso e imprevisível.
 
Armas nucleares
 
Em sua edição de ontem, o jornal The Washington Post afirmou que autoridades norte-americanas e especialistas independentes concluíram que a Coreia do Norte deu passos incomuns para ocultar detalhes da arma nuclear testada em fevereiro. Duas análises da detonação de 12 de fevereiro confirmam que os efeitos da explosão foram excepcionalmente contidos, com poucos traços radioativos liberados na atmosfera. Um provável indicativo de mudança do projeto da bomba atômica, com o uso de urânio altamente enriquecido em seu núcleo.
Ponto de vista

Jogo perigoso e barganha

“Os norte-coreanos têm um histórico de provocar a Coreia do Sul, inclusive com ataques mortíferos contra alvos menores. A melhor forma de pensarmos sobre o panorama na Península Coreana é visualizarmos uma competição de tomada de riscos. Pyongyang tenta levantar o perigo de uma guerra, a fim de aumentar o seu poder de barganha. Trata-se de um jogo perigoso, que funcionou no passado. Os EUA farão tudo o que puderem para melhorar sua capacidade de defesa na região, enquanto tentam se abster de realizar manobras que possam ser consideradas agressivas e provocadoras, por parte da Coreia do Norte.”

Professor de ciência política e relações internacionais da Universidade da Califórnia-Berkeley

Uma situação muito perigosa
 
“Eu não acho que a Coreia da Norte deliberadamente tentará provocar o Sul. No entanto, ela pode responder ao que vê como provocação — exercícios militares sul-coreanos no mar, por exemplo — com algum ataque em pequena escala. Isso é o que a Coreia do Norte fez em novembro de 2010, quando bombardeou uma ilha sul-coreana. Infelizmente, o que cada lado vê como dissuasão é visto pelo outro lado como provocação. Permanecemos em uma situação muito tensa e perigosa. A Coreia do Sul adotou, desde ontem, um novo nível de retórica. Em parte, é uma tentativa da presidente Park Geun-hye de mostrar que ela é uma líder forte e que se levantará contra as ameaças norte-coreanas.”

Professor de história e diretor do Centro para Estudos Coreanos da Columbia University (em Nova York)

 
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Um “espião” em alto-mar
 
O Radar de Banda X Baseado no Mar (SBX, pela sigla em inglês) pode rastrear e avaliar mísseis balísticos e está conectado a 10 sistemas interceptadores sediados em Fort Greely (Alasca) e na Base da Força Aérea Vandenberg (Califórnia). Com 73m de largura por 118m de comprimento (o tamanho de dois campos de futebol), e 85m de altura, o SBX detecta os mísseis balísticos no espaço, durante os 20 minutos nos quais esses artefatos permanecem fora da atmosfera da Terra. O radar transmite informações para uma central de operações, que calcula uma missão de interceptação e lança um novo míssil. O SBX consegue diferenciar as ogivas das chamadas iscas — ogivas falsas para confundir os sistemas de detecção. O custo estimado do projeto é de US$ 900 milhões.

Fonte: Resenha do Exército via Plano Brasil
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EUA enviam segundo navio de guerra para a região do Pacífico

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O Pentágono disse nesta terça-feira que um segundo destróier será enviado para a região do oceano Pacífico. Além do USS John McCain, um navio de guerra para defesa contra mísseis balísticos, o USS Decatur deixou a base nas Filipinas e será posicionado na península coreana.
 
Na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, George Little, afirmou que as movimentações navais não tinham ligação com a série de ameaças que nas últimas semanas provocaram uma escalada das tensões na península coreana.
 
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, pediu que a Coreia do Norte abandone suas ambições nucleares, afirmando que os planos de Pyongyang para reabrir um reator nuclear desativado em 2007 são uma nova indicação de que o governo viola suas obrigações internacionais.
 
Carney observou que as recentes ameaças são contraproducentes, e afirmou que os EUA estão adotando medidas para garantir a sua própria defesa e de seus aliados.
 
Ele pediu ainda que China e Rússia ajam com maior determinação para conter a Coreia do Norte. "Não é um mistério para ninguém que a China exerce influência sobre o comportamento da Coreia do Norte", disse o representante do governo americano.
 
RETOMADA
 
Um porta-voz da Direção Geral da Agência Central de Energia Atômica norte-coreana anunciou nesta terça que cientistas começaram os trabalhos para retomar as atividades do complexo nuclear de Yongbyon, incluindo o reator atômico que é a única fonte de plutônio para o programa nuclear militar norte-coreano.
 
Ele foi desativado em 2007 após um acordo com a ONU para o desmantelamento nuclear do país. Segundo a agência estatal do regime comunista KCNA, a decisão foi tomada para fortalecer o arsenal nuclear e solucionar a grave escassez de eletricidade.
 
REAÇÕES
 
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a Coreia do Norte está em "rota de colisão com a comunidade internacional". Ban, que é ex-ministro de Relações Exteriores sul-coreano, afirmou que a crise foi longe demais e ressaltou a urgência para o início de negociações. "Ameaças nucleares não são um jogo", disse Ban, em entrevista coletiva em Andorra.
 
A China, maior parceira econômica e diplomática de Pyongyang, manifestou desapontamento com a retomada dos trabalhos do reator. "Lamentamos os anúncios da Coreia do Norte", afirmou Hong Lei, o porta-voz da chancelaria chinesa, que ainda pediu calma e a retomada do diálogo. Entretanto, ele afirmou que Pequim acredita que a questão nuclear não pode ser resolvida com sanções.
 
A Rússia não descartou que a crescente tensão leve a um conflito militar entre EUA e Coreia do Norte. O embaixador para missões especiais do Ministério de Relações Exteriores russo, Grigori Logvinov, acrescentou que "o mais importante é que a guerra psicológica não se transforme em uma verdadeira guerra".
 
A Coreia do Sul afirmou que monitora de perto as movimentações do país vizinho, e voltou a pedir que Pyongyang cumpra as "as promessas que fez no passado para o desmantelamento das instalações nucleares do país".
 
A Coreia do Norte, que se transformou numa potência militar atômica após o seu primeiro teste nuclear, em 2006, havia aceitado em 2007 interromper suas atividades no setor em troca de uma ajuda econômica e de garantias de segurança. Mas realizou um terceiro teste nuclear em fevereiro, motivando a aplicação de uma nova rodada de sanções da ONU.
 
Em represália, Pyongyang declarou o fim do armistício de 60 anos, que pôs fim à Guerra da Coreia, cortou a comunicação com Seul e ameaçou atacar instalações americanas e de seus aliados na região do Oceano Pacífico.

Fonte: Folha
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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coreia do Sul promete resposta rápida ao Norte; EUA mobilizam aviões

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A Coreia do Sul irá reagir rapidamente a um eventual ataque norte-coreano, alertou a nova presidente do país na segunda-feira, num momento de elevada tensão na região por causa da retórica belicosa de Pyongyang e da mobilização pelos EUA de aviões invisíveis a radares.
A Coreia do Norte diz que a região está à beira de uma guerra nuclear devido às sanções impostas em fevereiro pela ONU por causa dos testes nucleares norte-coreanos, e de recentes exercícios conjuntos dos EUA com a Coreia do Sul, que incluíram uma rara demonstração de poderio aéreo por parte de Washington.
A Coreia do Norte, cuja economia é menor hoje do que há 20 anos, nomeou na segunda-feira um reformista para o decorativo cargo de primeiro-ministro, embora a manobra tenha servido principalmente para consolidar o poder do clã do dirigente Kim Jong-un.
No sábado, a Coreia do Norte declarou-se em "estado de guerra" por causa dos exercícios militares "hostis" na Coreia do Sul. Mas não há sinais de atividade militar excepcional que sugira uma agressão iminente, disse uma fonte de defesa sul-coreana na semana passada.
"Se houver qualquer provocação contra a Coreia do Sul e seu povo, deve haver uma forte resposta em um combate inicial, sem quaisquer considerações políticas", disse a presidente Pak Geun-hye numa reunião com o ministro da Defesa e outras autoridades na segunda-feira.
O Sul alterou suas regras de engajamento militar de modo a permitir que unidades locais reajam imediatamente a ataques, em vez de esperarem permissão de Seul.
Depois das críticas à demora e comedimento na reação ao bombardeio de uma ilha sul-coreana em 2010, Seul está ameaçando agora retaliar rapidamente a qualquer novo ataque, tendo como alvo inclusive o líder norte-coreano e destruindo estátuas da dinastia Kim --um plano que causou ainda mais indignação em Pyongyang.
Os EUA e a Coreia do Sul minimizaram a importância do comunicado de sábado sobre o "estado de guerra" norte-coreano.
Depois de mobilizar bombardeiros "furtivos" B-2 para exercícios na Coreia do Sul, os EUA usaram caças F-22, também invisíveis a radares, nas atividades de domingo.
A intervenção de Park ocorre depois de uma reunião do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores norte-coreano (partido comunista) na qual Kim negou que o desenvolvimento de armas nucleares vá servir como peça de barganha.
 
"As armas nucleares da Coreia Songun (alusão à doutrina de ‘os militares em primeiro lugar') não são boas para arrumar dólares, (não são para) serem colocadas sobre a mesa de negociações destinadas a forçar (a Coreia do Norte) a se desarmar", disse ele, segundo a a agência de notícias KCNA.
 
Fonte: Reuters
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terça-feira, 26 de março de 2013

Coreia do Sul e EUA assinam plano contra agressões da Coreia do Norte

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A Coreia do Sul e os Estados Unidos colocaram em vigor um novo plano de defesa orientado a responder de forma conjunta sob a liderança de Seul as possíveis "provocações" da Coreia do Norte, confirmou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa sul-coreano.
 
Até agora, a resposta às hipotéticas agressões norte-coreanas era responsabilidade exclusiva do exército da Coreia do Sul, enquanto a intervenção dos EUA só era cogitada em caso de guerra total.
 
Segundo o novo plano, "quando a Coreia do Norte fizer provocações limitadas à Coreia do Sul, esta desempenhará um papel de liderança, enquanto os EUA oferecerão apoio", disse hoje em entrevista coletiva o porta-voz de Defesa de Seul.
 
O porta-voz confirmou que o plano tem como objetivo dissuadir a Coreia do Norte de realizar ações armadas contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, e foi elaborado conforme várias situações hipotéticas em que o regime de Kim Jong-un pode efetuar suas "provocações", afirmou.
 
Autoridades do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul e das Forças dos EUA no país asiático assinaram na sexta-feira em Seul o acordo, que entrou em vigor imediatamente e inclui "procedimentos de consulta e ação para permitir uma dura e decisiva resposta" dos aliados.
 
http://2.bp.blogspot.com/-Z-cB92yGSF0/UTfjvuC-YHI/AAAAAAAAqKw/Owih2bLFvPo/s1600/coreia_do_sul_tanques_guerra_nuclear_coreia_do_norte_afp.jpgO plano conjunto tem sua origem em 2010, quando os aliados decidiram intensificar sua capacidade de resposta após os ataques à embarcação sul-coreana Cheonan e à ilha de Yeonpyeong.
 
A Coreia do Sul realizou durante o dia de hoje um exercício de defesa em suas águas no qual participaram navios de combate e barcos de patrulha com mísseis.
 
O treinamento militar de hoje, que coincide com as manobras Foal Eagle que a Coreia do Sul e os EUA realizam desde o dia 1º de março, acontece em pleno ambiente de tensão após a dura campanha de ameaças da Coreia do Norte contra Seul e os EUA nas últimas semanas.
 
O regime de Kim Jong-un ameaçou ambos os países com um ataque nuclear preventivo e garantiu que declarou nulo o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53), mas não realizou recentemente ações físicas contra estes dois países, considerados seus "inimigos".

Fonte: Terra via Hangar do Vinna
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quarta-feira, 20 de março de 2013

B-52 patrulham céu da Coreia do Sul, Pyongyang ameaça Washington e Seul

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A Coreia do Norte respondeu nesta quarta-feira com a ameaça de uma "forte ação militar" ao anúncio do desdobramento de bombardeiros americanos B-52, capazes de lançar bombas nucleares, na Coreia do Sul.
 
"As forças hostis nunca escaparão da forte ação de resposta militar (da Coreia do Norte) se esse bombardeiro estratégico voltar a fazer incursões na península coreana", indicou um porta-voz do Governo norte-coreano citado pela agência estatal KCNA.
 
O porta-voz, que não foi identificado pela agência, assegurou que o regime de Kim Jong-un "observa muito de perto os movimentos" dos B-52, que participam de um dos dois exercícios militares anuais de Seul e Washington em território sul-coreano.
 
A autoridade norte-coreana qualificou a presença deste "meio estratégico de ataque nuclear contra a península coreana" como uma "provocação imperdoável" feita à Coreia do Norte em um momento no qual a situação na região "está cada vez mais à beira da guerra".
 
Nas duas últimas semanas, a imprensa oficial norte-coreana elevou seu habitual tom belicista ao assegurar em diversas ocasiões que a guerra na península é iminente, além de ameaçar Coreia do Sul e EUA.
 
No entanto, os dois aliados mantêm em curso as manobras militares anuais batizadas de "Key Resolve", que serão finalizadas na quinta-feira, e "Foal Eagle", que acontecerão até o fim de abril.
 
No caso desse último exercício, o subsecretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, confirmou durante uma visita a Seul na terça-feira que um número não especificado de B-52 está sendo usado.
 
Esses bombardeiros estratégicos subsônicos, que possuem um amplo raio de ação e uma grande capacidade de carga, podem lançar tanto bombas nucleares como convencionais.
 
Fonte: EFE
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Dragão chinês e Urso russo cortam garras da Águia americana

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Os EUA colocaram no Japão 35.000 militares do Comando do Pacífico dos Estados Unidos (USPACOM, sigla inglesa) dois porta-aviões, cinco destroyres e quatro fragatas, tendo instalado uma base no porto de Yokosuka. Um contingente de 17.000 mil fuzileiros navais se encontra na ilha de Okinawa. A esquadra nipônica dispõe de três porta-helicópteros, oito contra-torpedeiros oceânicos, 20 fragatas e 16 submarinos.
 
Ao mesmo tempo, na Coreia do Sul foi estacionada a 2ª Divisão de Infantaria e uma brigada das Tropas Especiais, composta de 19.700 efetivos. Os paióis do USPACOM, repletos de equipamentos militares, munições e víveres para o 8º Exército, se localizam no Japão. A Frota do Pacífico dos EUA (USPACFLT), integrando três porta-aviões, quatro porta-helicópteros, nove cruzadores, vinte e seis destroyres e vinte e seis submarinos, estacionados na base naval de Pearl Harbor e São Diego, foi preparada especialmente para eventuais ações no sudeste asiático. A Administração dos EUA continua emitindo dólares para financiar guerras civis e agressões militares. As campanhas no Iraque e no Afeganistão proporcionaram à Casa Branca uma enorme experiência.
 
Por outro lado, a Marinha de Guerra da China sofreu significativas transformações nos últimos 10 anos. Hoje em dia, conta com uma vasta gama de meios de combate modernos, projetados em 2004-2012 e destinados não apenas para a proteção do litoral chinês. A Marinha de Guerra da China pode desencadear ofensivas militares, eliminar qualquer alvo no Japão e na Coreia do Sul. O Vietnã também possui uma Marinha eficiente, composta de sete destroyers, dezoito fragatas e dois submarinos.
 
Citando fontes próximas do Pentágono, a agência Reuters afirma que o ministro da Defesa dos EUA, Chuk Hagel, tenciona aumentar a eficácia da base militar em Fort Greely, no Alasca, a fim de enfrentar os ânimos belicistas da Coreia do Norte. É uma medida propagandística, visto que a trajetória de mísseis balísticos intercontinentais que eventualmente possam ser lançados pela Coreia do Norte, se encontra à margem da zona de ação de antimísseis norte-americanos.
 
No que se refere à decisão de adiar a agressão contra Pyongyang apesar de ações provocatórias desta última, os EUA não cairão na cilada chinesa. Antes de mais, Washington terá de re-deslocar as suas forças do Japão e do Havaí para a península da Coreia. Neste caso, a China terá um acesso livre às águas nipônicas, enquanto a Rússia utilizará 36 bombardeiros TU-22M3, capazes de abater os B-52 estratégicos da base aeronaval Andersen, na ilha de Guam.
 
Lembre-se que em 2001, Jiang Zemin e Vladimir Putin rubricaram o Tratado de Cooperação e Boa Vizinhança. Ao decidirem agir em conjunto, a Rússia e a China vieram aumentar a sua capacidade de resistência aos três centros da força potentes – EUA, Japão e UE. A Rússia e a China, através do esforço conjunto, acabaram por concretizar o método econômico de "gotas chinesas", capaz de aniquilar a tamanha força militar norte-americana.
 
Importa referir que a dívida externa dos EUA ultrapassa 16 trilhões de dólares, o que constitui mais de 100% do PIB. A China detém a maior parte da dívida dos EUA – cerca de 2 trilhões, equivalentes ao orçamento militar trienal. Se a China retirasse, algum dia, os meios emprestados, a economia dos EUA sofreria autêntico colapso.
 
Em 2005, Vladimir Putin decretou a nova linha estratégica visando aumentar as Reservas Oficiais. A Rússia tornou-se o principal comprador do ouro no mercado mundial, tendo conseguido duplicar estas reservas em cinco anos. Atualmente, ela ocupa a 5ª posição, comprando mensalmente o ouro no valor de 500 milhões de dólares.
 
A China está com o olhar fixo em 8.133 toneladas de ouro que se encontram em bancos norte-americanos, constituindo 74,5% das Reservas Oficiais. A China tem exigido o ouro em troca da dívida dos EUA e pretende emitir a nova moeda alternativa que seja forte em relação ao dólar. Foi com este propósito que a China procedeu à repatriação das suas reservas de ouro da Suíça, Londres e Nova York.
 
Enquanto isso, Pequim assinou acordos com mais de 20 países (entre os quais figuram a Argentina, a Austrália, os EAU, o Japão e outros Estados) que se comprometem a reconhecer o Yuan como uma divisa internacional forte em detrimento do dólar. Para o dólar isto significa a saída de uma parte do mercado financeiro.
 
Deste modo, aos EUA não resta qualquer espaço da manobra: a única coisa que podem fazer é adiar a realização deste triste cenário. A partir daí, Washington terá que fortalecer a sua presença na região do sudeste asiático, não obstante os cortes orçamentais. Por isso, o Pentágono deve distribuir nesta zona os recursos de outras aéreas e não do USPACOM.
 
Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 18 de março de 2013

China critica plano dos EUA para aumentar defesa contra Coreia do Norte

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A China disse nesta segunda-feira que os planos dos EUA de reforçar a defesa contra mísseis, em resposta às provocações da Coreia do Norte, iriam apenas intensificar o antagonismo, e pediu ao governo norte-americano para agir com prudência. 

"A questão antimíssil tem uma relação direta com o equilíbrio e estabilidade global e regional. Também diz respeito a interesses estratégicos mútuos entre os países", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em uma entrevista coletiva. 

A mensagem é uma resposta ao anúncio do Pentágono de planos para reforçar as defesas contra mísseis em resposta a "provocações irresponsáveis e imprudentes" da Coreia do Norte.

A medida foi informada na sexta (15) pelo secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, em resposta às ameaças do regime de Kim Jong-un de ataques aos Estados Unidos.

Hong afirmou que a China acredita que esforços para aumentar a segurança e resolver o problema da proliferação nuclear são melhor alcançados através dos meios diplomáticos.

"Ações como reforçar [defesas] antimísseis vão intensificar antagonismo e não será benéfica para encontrar uma solução para o problema", disse Hong.

"A China espera que o país em questão continue na base da paz e da estabilidade, adote uma atitude responsável e aja com prudência", acrescentou.

O Pentágono disse que os Estados Unidos haviam informado à China, vizinha da Coreia do Norte e seu aliado mais próximo, da decisão de adicionar mais interceptadores de mísseis, mas se recusou a comentar a reação do governo chinês. 

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 8 de março de 2013

Coreia do Norte assegura ter mísseis prontos para atacar os EUA

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Um general do Exército Popular da Coreia do Norte assegurou nesta sexta-feira que mísseis nucleares capazes de alcançar os Estados Unidos estão prontos para seu lançamento, em uma nova ameaça feita após a resolução emitida ontem pela ONU contra o país comunista.
 
O general Kang Pyo-yong afirmou que a Coreia do Norte conseguiu reduzir o tamanho e o peso de suas ogivas atômicas para instalá-las em projéteis de longo alcance que transformariam em "um mar de fogo" Washington e outros centros nevrálgicos dos EUA e de seus aliados, segundo o jornal "Rodong Sinmun".
 
Além disso, assegurou que os soldados norte-coreanos estão preparados para a guerra e só precisam receber uma ordem de seus líderes.
 
Kang indicou que a Coreia do Norte equipou seus mísseis balísticos intercontinentais e outros de menor alcance com vários tipos de ogivas nucleares capazes de atacar diferentes alvos.
 
Embora a Coreia do Norte, em sua habitual retórica belicista, já tenha assegurado em ocasiões anteriores que os EUA estão ao alcance de suas armas atômicas, os especialistas internacionais acreditam que o regime não possui tecnologia suficiente para instalar ogivas nucleares em seus mísseis de longo alcance.
 
A nova ameaça nuclear acontece imediatamente depois que Pyongyang prometeu anular os acordos de não agressão assinados com Seul ao término da Guerra da Coreia (1950-53), em resposta à última resolução do Conselho de Segurança da ONU.
 
Esse organismo endureceu ontem as sanções voltadas às autoridades norte-coreanas por seu programa nuclear e estabeleceu novas restrições, especialmente de caráter financeiro, em resposta ao teste nuclear ocorrido em 12 de fevereiro.
 
Fonte: EFE
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Boeing e US Navy oferecem avançado Super Hornet ao Japão

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A Boeing e a Marinha dos EUA entregaram no último dia 26 de setembro uma proposta ao governo do Japão oferecendo o avançado caça F/A-18E Super Hornet Block II para a JASDF (Força de Auto Defesa Aérea do Japão). O F/A-18E Block II é o mais novo avião de caça operacional e provado em combate dos EUA. O Japão emitiu um pedido de propostas para sua competição FX em 13 de abril, com um prazo até o dia 26 de setembro, onde iniciou o processo de definição do novo caça japonês.

"O Super Hornet é o caça multirole mais avançado do mundo e sua seleção proporcionaria a JASDF novas capacidades sem precedentes naquela força", disse o presidente da Boeing no Japão Mike Denton. "O Super Hornet pode fornecer ao governo do Japão preços e um cronograma de entrega garantidos, enquanto fornecerá à JASDF capacidade multitarefa superior para a defesa do Japão”.

"Tendo conduzido negócios no Japão por mais de 50 anos, a Boeing está animada com um projeto técnico extenso de produção do Super Hornet que trará oportunidades para muitas áreas da indústria japonesa", acrescentou Denton.

O avançado Super Hornet da versão oferecida para o Japão é baseado no modelo F/A-18E/F operado em todo o mundo pela Marinha dos EUA. A Real Força Aérea Australiana também fez aquisição da aeronave e recebeu  20 F/A-18Fs em sua base em Amberley, Queensland. Quatro Super Hornets adicionais serão entregues para a Austrália este ano.

"Acreditamos que o Super Hornet é a solução ideal para os requisitos operacionais da Japan Air Self Defense Force," disse o Presidente da Boeing Military Aircraft Chris Chadwick. "Enquanto as aeronaves concorrentes são especializadas em operações ou ar-ar ou ar-terra, o Super Hornet é um caça verdadeiramente multifunção, com a comprovada capacidade operacional para realizar perfeitamente o domínio do ar ou missões de ataque de precisão ou combinado ar-terra, além de atuar nos campos de batalha marítimo e eletrônico. "

O Boeing Super Hornet é um avião multifunção, capaz de realizar praticamente todas as missões no espectro tático, incluindo a superioridade aérea, atacar com armas guiadas de precisão em quaisquer condições, de dia ou de noite, escolta de caças, apoio aéreo aproximado, supressão das defesas aéreas inimigas, ataque marítimo, reconhecimento, controle aéreo avançado e missões de reabastecimento body-body.

 O Super Hornet Block II fornece a capacidade de combate mais avançada disponível. Com datas determinadas para entregas, custo de produção certo e comprovada capacidade de combate, o Super Hornet é uma opção de baixo risco, a solução em caças multiemprego para os Estados Unidos e seus parceiros na defesa global. A Boeing já entregou mais de 460 Super Hornet à Marinha dos EUA e a Real Força Aérea Australiana. Cada Super Hornet produzido foi entregue antes do prazo e dentro do  orçamento previsto. Além de oferecer um avançado radar de combate aéreo que confere a este novo caça características stealth.

A Boeing ainda participa como uma das finalista do programa FX-2 da Força Aérea Brasileira, onde concorre com o Francês Dassault Rafale e o sueco Saab Gripen NG.

Fonte: DEFPRO / GeoPolítica Brasil
Tradução e adaptação: Angelo D. Nicolaci
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coreia do Sul e EUA iniciam manobras militares conjuntas anuais

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Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos começaram nesta terça-feira suas manobras militares anuais, que têm como objetivo melhorar sua capacidade de defesa frente à Coreia do Norte que, mais uma vez, tachou os exercícios de "provocação".

As manobras mobilizarão 56 mil soldados sul-coreanos e 30 mil americanos, enquanto outros 3 mil participarão de bases estrangeiras em exercícios computadorizados até o dia 26 de agosto, segundo informou o comando conjunto de forças de ambos os países.

Além disso, forças do Reino Unido, França, Austrália, Canadá, Tailândia, Noruega e Dinamarca também participarão das manobras sob coordenação do Comando das Nações Unidas, o que elevará os participantes a 530 mil soldados no total.

Segundo o comunicado do comando conjunto da Coreia do Sul e dos EUA, os exercícios têm como meta reforçar a operabilidade, a logística e os trabalhos de inteligência entre os dois exércitos, enquanto o Estado-Maior sul-coreano destacou que busca manter em prontidão as defesas contra a Coreia do Norte.

O Comando das Nações Unidas, liderado pelos Estados Unidos, informou o exército norte-coreano através de sua missão no vilarejo fronteiriço de Panmunjom a respeito das datas e da natureza não provocativa dos exercícios.

No entanto, na semana passada a Coreia do Norte criticou as manobras em duas ocasiões, ao considerá-las um obstáculo para a paz e o diálogo, além de uma provocação. Os exercícios que começaram nesta terça-feira também tentarão abrir caminho para que a Coreia do Sul assuma todas as competências de defesa a partir 2015.

Fonte: EFE

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sábado, 13 de agosto de 2011

Porta-aviões americano Ronald Reagan atraca em Hong Kong

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O porta-aviões americano USS Ronald Reagan atracou este sábado no porto chinês de Hong Kong para uma escala de quatro dias de alto valor simbólico, já que acontece na mesma semana em que a China estreou em águas marítimas sua primeira embarcação deste tipo, informou a imprensa estatal.

Segundo o oficial "China Daily", os marinheiros do porta-aviões americano participarão nos próximos dias em projetos de serviço comunitário e conhecerão a cultura local.

A embarcação da Marinha americana, propulsionado por energia nuclear, participou dos últimos meses em missões humanitárias no litoral japonês afetado pelo terremoto e posterior tsunami de março.

O primeiro porta-aviões da China, comprado da Ucrânia em 1998 e ainda não batizado, iniciou sua primeira viagem de teste no dia 10 de agosto, um feito que causou preocupação ao Exército americano, que vê o gesto como uma reafirmação do poder militar chinês perante seus vizinhos e rivais no Pacífico.

Por isso, o governo americano pediu esta semana ao chinês que explique por que o gigante asiático precisa de um porta-aviões.

A China, no entanto, era o único membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que não contava com este tipo de navio estratégico, e já anteriormente tinha assegurado que o porta-aviões será utilizado principalmente com fins "científicos, de experimentos e treinamento".

Fonte: EFE

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EUA pedem explicações à China sobre porta-aviões

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O governo dos Estados Unidos considerou nesta quarta-feira que a estreia do primeiro porta-aviões da China é uma nova mostra da "falta de transparência" de Pequim no âmbito militar, e disse esperar que o país asiático explique por que suas Forças Armadas necessitam da embarcação.

"Daremos as boas-vindas a qualquer tipo de explicação que a China queira dar sobre a necessidade deste tipo de equipamento", disse em sua entrevista coletiva diária a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

A China promoveu hoje uma demonstração de poderio militar com a viagem inaugural de seu porta-aviões, comprado da Ucrânia em 1998, que zarpou do porto de Dalian em uma expedição desejada pela Armada Nacional há 70 anos.

Segundo Washington, a preocupação sobre o episódio se deve porque "a China não é tão transparente como outros países, não é tão transparente como os Estados Unidos no que diz respeito a suas compras militares ou a seu orçamento militar".

A porta-voz não confirmou se Washington fez um pedido formal a Pequim para que explique suas intenções, e indicou que essa solicitação deveria proceder do Pentágono.

Nuland ressaltou que os Estados Unidos mantêm, em suas relações militares com a maioria de países, "o tipo de diálogo bilateral no qual podemos ser bastante específicos sobre os equipamentos que temos e seus objetivos, e os movimentos que vão fazer".

"Mas não estamos nesse nível de transparência com a China, ao nível que os presidentes dos dois países disseram que deveríamos ter e ao qual aspiramos", disse a porta-voz.

A estreia do porta-aviões, preparado durante anos, não havia sido anunciada oficialmente até o mês passado, quando as autoridades de Defesa chinesas se apressaram a esclarecer que a embarcação será utilizada principalmente para fins "científicos, de experimentação e treinamento".

No entanto, a China também assinalou que colocaria o porta-aviões à disposição para fazer a segurança do litoral nacional e "garantir a paz", sempre com caráter defensivo, não ofensivo.

Ter seu próprio porta-aviões era um antigo desejo militar do governo chinês, que já cogitava a possibilidade de obter esta embarcação nos anos 1940, antes mesmo da instauração do regime comunista.

Fonte: EFE

Nota do Blog: Achei particularmente interessante a ideia dos EUA de que todos tem de informar a eles suas intenções, algo que é absurdo quando tratamos de soberania de Estados. Ao meu ver é de extrema falta de respeito a soberania de um Estado se exigir que o mesmo dê justificativas sobre seus investimentos em defesa e seus planos estratégicos.

O que me parece mais irônico é o fato dos EUA cobrarem da China transparência alegando que eles tem transparência. Todos sabemos que isso é a mais tremenda mentira, uma vez que os EUA conduzem operações em países soberanos sem comunicá-los, invade constantemente espaço aéreo alheio sem dar explicações, conduz programas militares secretos e não justifica a necessidade de manter um poderio de projeção de poder global sem que haja uma real ameaça que justifique tamanha dissimetria no balança do poderio militar global.

Seria bom se os chineses cobrassem mais responsabilidade e justificativas do mercado e da economia americana que andam muito mal das pernas.

Angelo D. Nicolaci
Editor

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Índia recusa caças americanos e contraria o governo Obama

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A relação entre EUA e Índia, cultivada por Washington para contrabalançar a ascensão da China, foi estremecida com a decisão de Nova Déli de descartar os jatos militares americanos F18 em sua nova aquisição de caça-bombardeiros.

O embaixador americano em Déli, Thimothy Roemer, se disse "profundamente decepcionado". O anúncio veio cinco meses depois da visita em que o presidente Barack Obama apoiou a candidatura indiana a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O caso tem semelhança com a disputa para a encomenda dos 36 novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira). O F-18 da Boeing é um dos três finalistas nessa concorrência, com o Rafale francês e o Gripen sueco.

Na Índia, serão adquiridos 126 caça-bombardeiros. O país é tradicional comprador de armas da Rússia, mas o MiG-30 russo também foi descartado e a disputa será decidida entre o Rafale e o Eurofighter Typhoon, desenvolvido por Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha.

Em artigo para a Al Jazeera, o ex-chanceler indiano Shashi Tharoor lista duas razões para a eliminação do F-18 da competição.

O Rafale e o Typhoon teriam superioridade tecnológica e se adaptariam melhor às condições de clima e topografia da Caxemira, disputada com o Paquistão e um dos possíveis locais de utilização dos jatos.

Além disso, os EUA seriam um parceiro pouco confiável para a transferência de tecnologia e o suprimento de peças. "O país já suspendeu encomendas contratadas, impôs sanções contra amigos e inimigos (incluindo a Índia) e voltou atrás na entrega de produtos militares", escreve Tharoor.

O mesmo motivo é alegado pelos que se opõem à compra do F-18 pelo Brasil. A Embraer foi impedida de vender seu Super Tucano à Venezuela porque o avião tem peças americanas.

Além de excluídos da concorrência dos caças, os EUA enfrentam dificuldade para concluir a venda à Índia de reatores para energia nuclear. Os americanos querem ser excluídos de responsabilização criminal em caso de acidentes.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

China não manipulou sua moeda em 2010

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A China não manipulou sua moeda para obter vantagens comerciais injustas em 2010, afirmou nesta sexta-feira o Tesouro dos Estados Unidos em um informe ao Congresso.

O Departamento do Tesouro disse que a China, outros oito países e a zona do euro estavam livres das acusações de manipulação de suas moedas para seus próprios benefícios.

"Baseado na retomada da flexibilidade cambial de junho passado e na aceleração do processo de uma valorização bilateral real nos últimos meses", o comportamento da China não se qualifica na definição oficial de manipulação, disse o Tesouro.

"A visão do Tesouro, no entanto, é que o progresso ainda é insuficiente e que é necessário um progresso mais rápido", acrescentou o informe.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

1973: Termina a guerra do Vietnã

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Em 27 de janeiro de 1973, representantes do Vietnã do Norte e do Sul, bem como dos Estados Unidos, assinaram em Paris um difícil acordo que pôs fim à guerra do Vietnã.

Nenhum outro acontecimento moveu tanto a opinião pública internacional nos anos 60 e 70 quanto a guerra do Vietnã. Pela primeira vez na história, as atrocidades dos campos de batalha foram exibidas no "horário nobre" das tevês: vietnamitas queimados por bombas de napalm, o fuzilamento de um rebelde pelo chefe da polícia de Saigon com um tiro na cabeça, o massacre de My Lai por soldados norte-americanos.

Mais de um milhão de vietnamitas e 55 mil combatentes dos EUA morreram no conflito. A assinatura do acordo de paz, em 27 de janeiro de 1973, alimentou grandes esperanças. O cessar-fogo firmado em Paris deveria significar o fim da guerra do Vietnã.

Com isso, o presidente norte-americano Richard Nixon queria terminar a intervenção militar dos EUA na Indochina: "Falo hoje à noite no rádio e na televisão para anunciar que fechamos um acordo que põe fim à guerra e deve trazer a paz para o Vietnã e o Sudeste Asiático.

Durante os próximos 60 dias, as tropas norte-americanas serão retiradas do Vietnã do Sul. Temos de reconhecer que o fim da guerra só pode ser um passo em direção à paz. Todas as partes envolvidas no conflito precisam compreender agora que esta é uma paz duradoura e benéfica".


Acordo previa um fim ordenado do conflito

O acordo de paz previa a retirada completa das tropas dos Estados Unidos. Em contrapartida, o Vietnã do Norte se comprometeu a soltar todos os prisioneiros de guerra norte-americanos. Além disso, Hanói reconheceu o direito à autodeterminação do Vietnã do Sul.

Foi criado também um conselho de reconciliação nacional, presidido pelo chefe de Estado Nguyen Van Thieu, encarregado de convocar eleições livres no Vietnã do Sul, com a participação dos comunistas do Vietcong e outros grupos de oposição.

Os principais arquitetos do acordo de Paris foram os chefes das delegações do Vietnã do Norte e dos EUA, respectivamente Le Duc Tho e Henry Kissinger, encarregado especial de Nixon. Pelos seus esforços, os dois diplomatas foram agraciados com o Prêmio Nobel da Paz de 1973.

Foi principalmente Kissinger quem forçou uma mudança de rumo na política externa dos Estados Unidos, depois que os protestos dos pacifistas criaram uma situação insustentável para Washington. "Não é o Vietnã comunista que põe em risco os interesses norte-americanos e, sim, o envolvimento dos EUA num conflito insolúvel", argumentava.

O então chanceler federal alemão Willy Brandt elogiou o acordo de Paris num pronunciamento oficial: "As condições para a paz mundial melhoraram. Sentimos o efeito libertador do acordo para milhões de atingidos. Infelizmente, as pessoas no Vietnã tiveram de sofrer duramente sob a guerra civil ao longo de uma geração".


A última ofensiva americana

Pouco antes do fim das negociações, Nixon ainda mandou bombardear o Vietnã do Norte. A chamada Campanha de Natal, iniciada no final de dezembro de 1972, foi um dos ataques aéreos mais pesados de toda a guerra. Com indiferença, o piloto de um dos bombardeiros B-52 descreveu assim a sua missão: "É apenas uma tarefa. Outras pessoas entregam leite, eu entrego bombas".

O acordo de cessar-fogo, no entanto, não foi implementado. Após a retirada das tropas dos EUA, as partes conflitantes tentaram ampliar pelas armas os territórios sob seu controle. O exército do Vietnã do Sul desintegrou-se rapidamente, depois que os EUA suspenderam a sua ajuda financeira.

Em 21 de abril de 1975, o presidente Nguyen Van Thieu renunciou. Nove dias depois, Saigon foi tomada pelas tropas do Vietnã do Norte e do Vietcong. A pseudotrégua de janeiro de 1973 era letra morta.


O papel dos meios de comunicação

Existe a lenda de que os meios de comunicação decidiram a guerra do Vietnã. Na prática, porém, não existiam imagens dos crimes cometidos pelas tropas norte-americanas nem das ondas de execuções dos comunistas nos territórios por eles conquistados.

Diversos estudos científicos demonstraram que as imagens das batalhas militares, dos feridos e dos mortos mutilados representaram apenas 5 a 7% do noticiário de TV sobre o Vietnã. Além disso, a maioria das cenas de guerra foram fictícias, porque as equipes de TV não chegavam com seus equipamentos até os últimos rincões das florestas vietnamitas.

É certo que os correspondentes tiveram mais liberdade do que em outras guerras para escrever críticas ao governo. Mas, nas tevês, a maioria das reportagens de três a quatro minutos mostravam um conflito sem nexo, de forma distanciada.

Fonte: Deutsche Welle
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