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domingo, 3 de novembro de 2013

EUA compra helicopteros MI-17 V-5

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A Rosoboronexport anunciou na última sexta (1), a compra de 30 novos helicópteros de transporte Mi-17V-5 pelo governos dos EUA para equipar a aviação de asas rotativas do Exército Nacional Afegão.

O novo lote de Mi-17V-5 vai aumentar para 63 unidades em operação com as forças afegãs, fornecidos pelo acordo americano para equipar as forças daquele país como parte do plano de estabilização do governo daquele país e a retirada das tropas da coalizão.

O Mi-17V-5 faz parte da família de helicópteros Mi-8/17, que são operados por mais de 80 países.
 
Fonte: GBN com agências de noticias
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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Rogózin: “Rússia e EUA estão no mesmo patamar em termos de armas hipersônicas”

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Em discurso recente, vice-primeiro-ministro falou sobre tecnologias bélicas cuja velocidade é seis vezes superior à do som.  
 
A Rússia não está atrás dos EUA no que diz respeito ao desenvolvimento de armas hipersônicas, declarou o vice-premiê russo Dmítri Rogózin durante seu discurso na 9aExposição Internacional de Armamento, Equipamentos Militares e Munições, realizada em Nijni Tagilo na semana passada.
 
“Estamos no mesmo patamar que os americanos quanto a tecnologias hipersônicas, isto é, aquelas que usam velocidades mais de seis vezes superiores à do som”, disse o vice-premiê.
 
Rogózin também reiterou que a Rússia ocupa o segundo lugar no mundo em exportação de materiais bélicos para o exterior e prometeu melhoria na qualidade das novas armas, embora os se mantenham competitivos.
 
Fonte: Gazeta Russa
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Foguete russo que levava satélite dos EUA cai no oceano Pacífico

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O foguete russo Zenit-3SL, que levava a bordo um satélite americano de telecomunicações, caiu nesta sexta-feira após ser lançado de uma plataforma flutuante do consórcio Sea Launch, no oceano Pacífico.

Segundo informações da companhia, o foguete caiu no mar perto da plataforma Odyssey, de onde são feitos os lançamentos, 40 segundos após a decolagem. Segundo a agência de notícias russa Interfax, a falha aconteceu na primeira etapa do foguete, que, desde o início, não seguiu a trajetória recomendada.

O aparelho espacial, de fabricação ucraniana, mas dotado de um bloco propulsor DM-SL projetado na Rússia, foi lançado por volta das 10h36 locais (4h36 em Brasília) e levava a bordo um satélite de telecomunicações Intelsat-27, de fabricação americana.

O lançamento de hoje foi o primeiro do programa Sea Launch para 2013. Segundo a empresa Intelsat, de Luxemburgo, o satélite enviado deveria prover serviços a meios de comunicação, governos e outros usuários nos Estados Unidos e na Europa.

O consórcio Sea Launch, formado por quatro empresas de Rússia, Noruega, Estados Unidos e Ucrânia, realizou até o dia de hoje 34 lançamentos dos foguetes Zenit-3SL com diferentes satélites comerciais a bordo desde o Oceano Pacífico.

Com a redução do Orçamento e a aposentadoria dos ônibus espaciais da Nasa, o programa espacial russo se tornou o único capaz de levar pessoas ao espaço. Nos últimos anos, diversos foguetes russos com satélites caíram no mar, o que coloca em dúvida a segurança do programa de Moscou.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sistema de Defesa Antimísseis na Europa é direcionado à Rússia

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O chefe da Agência Espacial Nacional da Ucrânia (GKAU), Yuri Alexeev, fez um alerta ao mundo. Segundo ele, a criação do sistema de defesa antimísseis europeu tem “raízes” americanas, e sua a implementação é direcionada à Rússia.

“Eu considero que não existe o sistema de antimísseis europeu, o que existe é um sistema americano de escudos antimísseis. E hoje esse sistema é construído em direção à Rússia”, disse Alexeev em entrevista dedicada ao 20º aniversário da GKAU.

Segundo o especialista, a localização da estação e, principalmente, dos navios militares no Mar Mediterrâneo indicam que “está sendo criada uma zona nas fronteiras ocidentais da Rússia.” Além disso, disse o presidente da GKAU, com o desenvolvimento dessas estações, “os Estados Unidos começam a acompanhar os novos avanços russos.”

A decisão sobre a criação do sistema de defesa antimísseis da Organização do Tratado do Atlântico Norte na Europa foi aceita, em novembro de 2010, na cúpula da OTAN em Lisboa. Para a organização, o sistema espera juntar os já existentes componentes nacionais do sistema de antimísseis aos países-membros da Aliança, assim como implementar elementos do sistema de antimísseis dos Estados Unidos na Europa.

Em outubro de 2010, o secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, informou que o sistema de defesa antimísseis da aliança atingirá o nível de prontidão operacional plena em 2018. Segundo ele, o grau inicial de preparação da defesa da OTAN será anunciado na cúpula da organização em Maio de 2012, em Chicago.

A Rússia e a OTAN acordaram em cooperar sobre o projeto europeu de defesa antimíssil na cúpula de Lisboa, em 2010. No entanto, as negociações chegaram a um impasse por causa da recusa dos Estados Unidos em fornecer uma garantia legal de não direcionar o sistema contra as forças de defesa da Rússia. A Rússia, em resposta à implantação de defesa antimísseis na Europa, desenvolve um conjunto de medidas de natureza técnico-militar e diplomática.

Fonte: Diário da Rússia
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Defesas aéreas russas podem contrapor "mesmo mísseis hipersônicos"

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Sistema de defesa aérea da Rússia terá a capacidade de interceptar qualquer tipo de mísseis, disse nesta terça (22) o ministro da Defesa Anatoly Serdyukov.

O novo sistema deve ser instalado e estar funcionando em 01 de dezembro, disse ele, acrescentando que será composta "de defesa aérea, mísseis de defesa, ataque de mísseis de alerta antecipado e sistemas de controle de espaço." "A integração dos sistemas [aeroespaciais de defesa] fará com que seja possível interceptar todos os alvos em qualquer velocidade, inclusive hipersônica", disse ele.


O pronunciamento de Serdyukov vêm logo após o Exército dos EUA realizar o primeiro teste de voo da nova arma projetada para voar dentro da atmosfera da Terra a uma velocidade hipersônica e com longo alcance.

Os U.S. Army Space and Missile Defense Command lançou a arma avançada Hypersonica (AHW), "o primeiro de seu tipo", em 16 de novembro do Pacific Missile Range, no Havaí. O DoD disse que está usando o AHW para desenvolver e demonstrar tecnologias para o Conventional Prompt Global Strike (CpGs).  

Fonte: Ria Novosti 
Tradução: Angelo D. Nicolaci
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Segundo EUA, Rússia e China estão ativas na ciberespionagem

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China e Rússia estão usando espionagem cibernética para roubar segredos comerciais e de tecnologia norte-americanos a fim de estimular seu desenvolvimento econômico, e representam ameaça à prosperidade e segurança dos Estados Unidos, de acordo com um relatório de inteligência norte-americano divulgado nesta quinta-feira (3).

Existem tantas informações e pesquisas sigilosas nas redes de computadores que intrusos estrangeiros podem recolher imensa quantidade de dados rapidamente e com baixo risco, porque suas atividades são difíceis de detectar, afirma o relatório ao Congresso, intitulado "Espiões Estrangeiros Roubam Segredos Econômicos dos EUA no Ciberespaço."

O relatório do Office of the National Counterintelligence Executive para o período 2009-2011 inclui dados dos serviços de informações, do setor privado, de organizações de pesquisa e das universidades.

Serviços de inteligência, empresas e indivíduos estrangeiros ampliaram seus esforços para roubar tecnologias cujo desenvolvimento custou milhões de dólares aos EUA. Os métodos utilizados incluem extrair informações remotamente, direto da rede; carregar informações em um aparelho portátil; e transmiti-las via e-mail.

"No passado, os espiões roubavam informações de pastas de arquivos; agora as roubam com pen drives", disse um importante líder dos serviços de inteligência norte-americanos.

"Nossa pesquisa e desenvolvimento estão sob ataque", acrescentou.

Serviços de inteligência, empresas privadas, instituições acadêmicas e cidadãos de dezenas de países tomam os EUA por alvo de espionagem, afirma o estudo, mas só menciona diretamente a China e a Rússia.

"Agentes chineses são os mais ativos e persistentes perpetradores de espionagem econômica", segundo o relatório.

Embora empresas norte-americanas já tenham reportado intrusões cibernéticas originadas da China, os serviços de informações não conseguem confirmar quem está por trás delas, segundo o relatório.

Quando questionado sobre provas inegáveis de que a China está conduzindo espionagem cibernética contra os EUA, o dirigente de inteligência não revelou detalhes publicamente. "Mas não tiramos essa informação do nada", disse.

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estados Unidos tem superioridade nuclear sobre a Rússia

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Dados publicados pelo Departamento de Estado dos EUA nesta terça-feira (25) indicam que os Estados Unidos têm cerca de 300 armas nucleares a mais que a Rússia.

De acordo com o novo tratado START de redução de Armas estratégicas ofensivas, publicado no site do Departamento de Estado, os Estados Unidos têm 822 ICBMs, SLBMs e bombardeiros pesados​​, enquanto a Rússia tem apenas 516.

A Rússia também está em desvantagem no número de ogivas implantadas em suportes - 1.566 ogivas contra 1.790 ogivas norte-americana.

O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START), que entrou em vigor em 5 de fevereiro de 2011, compromete os Estados Unidos e a Federação Russa em reduzir e limitar o número de armas estratégicas ofensivas para os números acordados no novo tratado.

Em 6 de abril de 2011, iniciou-se as inspeções regulares aos arsenais de acordo com o previsto no Tratado START, realizadas na Federação Russa e nos Estados Unidos com dados consistentes de relatórios realizados a cada seis meses.

Até o momento, os EUA conduziram doze inspeções enquanto a Rússia tem realizado 11 inspeções. Estas inspeções foram realizadas nas bases de ICBM, SLBM, bases de bombardeiros pesados, instalações de armazenamento, instalações de conversão ou de eliminação, e faixas de teste.

Fonte: Ria Novosti
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Moscou já prepara resposta ao escudo antimísseis dos EUA

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Moscou já trabalha em uma resposta militar ao escudo antimísseis dos Estados Unidos, uma vez que Washington reconheceu oficialmente que não dará garantias jurídicas de que seus mísseis não apontarão para a Rússia, revelou uma autoridade do Kremlin em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo diário "Kommersant".

"Em linhas gerais, já sabemos o que é preciso fazer. Nossa resposta (militar) será barata, mas excepcionalmente efetiva", antecipou o funcionário do Kremlin ao jornal russo.

Para a Rússia, "as intenções dos americanos são cada vez mais óbvias: pretendem construir o escudo antimísseis sem levar em conta nossa postura".

A autoridade russa ressaltou que nem sequer as garantias jurídicas, se fossem oferecidas em última instância, satisfariam a Rússia neste momento.

"Já não nos conformaríamos, uma vez que estas garantias teriam uma validade máxima de cinco anos. O próximo presidente (dos Estados Unidos) poderia anulá-las", explicou.

Na quarta-feira, o diretor do departamento russo do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael McFaul, indicou no Congresso americano que as exigências da Rússia em matéria de defesa antimísseis não podem ser assumidas por Washington, pelo que as negociações se encontram em ponto morto.

Fonte: EFE

Nota do Blog: A Rússia já trabalha em sua nova geração de seu sistema anti-aéreo o S-500. O S-500 deverá ter um alcance de 600 km sendo capaz de atacar em simultâneo até dez alvos. Em relação ao S-400 será também mais eficiente contra mísseis balísticos e de cruzeiro, como aqueles usados pelos EUA e seus aliados.  

Atualmente o projeto do novo sistema enfrenta um atraso no prazo de entrega dos primeiros protótipos, o que deverá ocorrer em 2015 com um atraso de dois anos na programação inicial, inciando então os testes que se bem sucedidos levarão as forças russas à incorporar o sistema operacionalmente em 2017, com isso dando a Moscou uma resposta real e a altura do escudo de mísseis da OTAN. 
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Rússia quer que EUA coloquem checheno na lista de terroristas

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A Rússia espera que os Estados Unidos coloquem em sua lista negra de terroristas o líder da guerrilha islamita chechena Doku Umárov, que reivindicou esta semana o atentado suicida no aeroporto de Domodedovo.

"Esperamos que em breve terminem todos os procedimentos e Umárov seja incluído na lista negra dos Estados Unidos", declarou à agência Interfax Anatoli Safónov, enviado especial do Kremlin para a luta contra o terrorismo e o crime organizado além da fronteira.

Safónov ressaltou que a Rússia "ativou de novo a cooperação" com seus parceiros para que Umárov, que se autoproclamou "Emir do Cáucaso", seja considerado um terrorista pelo maior número de países possível.

Moscou criticou Washington em muitas ocasiões por dar cobertura a antigos membros da guerrilha separatista chechena que são reivindicados pela Justiça russa.

No final de janeiro, a Chancelaria russa arremeteu contra Washington por acolher a apresentação do livro do guerrilheiro checheno Ilyas Ajmádov, que reside atualmente nos EUA, onde recebeu asilo político em 2004.

Umárov reivindicou esta semana em um vídeo divulgado na internet o ataque suicida contra Domodedovo, o maior aeroporto da Rússia, no qual morreram 36 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.

O líder guerrilheiro, único dos dirigentes históricos dos separatistas chechenos que não foi abatido pelas forças russas, assegurou que o terrorista suicida que detonou a bomba atuou sob suas ordens e prometeu uma nova onda de ataques na Rússia.

No entanto, segundo a imprensa russa, Umárov é um líder guerrilheiro débil que já não controla atualmente todos os grupos terroristas ativos no Cáucaso Norte, que funcionam de maneira autônoma.

Umárov, de 47 anos, foi eleito em junho de 2006 chefe do chamado Emirado do Cáucaso, principal posto da guerrilha islâmica da região, após a morte do então líder separatista checheno Abdul-Halim Saidulayev.

O ataque terrorista de Domodedovo foi o mais grave realizado na Rússia desde março de 2010, quando um duplo atentado suicida cometido por duas jovens do Cáucaso em estações do metrô moscovita causou a morte de 40 pessoas e deixou mais de uma centena de feridos.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Rússia exige que EUA investiguem denúncias do WikiLeaks

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A Chancelaria russa instou nesta quinta-feira os Estados Unidos a efetuarem uma "investigação minuciosa" das denúncias de abusos, torturas e crimes de guerra supostamente cometidos no Iraque, feitas pelo site WikiLeaks ainda na semana passada.

"Obviamente é necessário um estudo detalhado a respeito dos testemunhos sobre assassinatos de civis inocentes, torturas e abusos contra prisioneiros, atos dos quais o comando militar norte-americano era consciente, de acordo com a imprensa", indicou a Chancelaria em comunicado.

Para o governo russo as denúncias do site são graves e não podem ser ignoradas.

"As autoridades dos Estados Unidos têm a obrigação de conduzir uma investigação minuciosa, independente e transparente sobre todas as informações publicadas pela imprensa", acrescenta a nota oficial da diplomacia russa.

Os cerca de 400 mil documentos publicados no sábado no site WikiLeaks revelam que os chefes militares americanos fizeram vista grossa diante das torturas e dos maus-tratos a prisioneiros iraquianos pelas forças de segurança durante a ocupação no Iraque.

Os documentos mostram também que centenas de civis inocentes foram mortos por militares americanos perto dos postos de controle depois da invasão do país em 2003.

Além disso, revelaram que os americanos possuíam um registro detalhado sobre as mortes de civis, o que o Pentágono havia negado publicamente.

O Wikileaks cifrou em 109 mil o número total de mortos no Iraque, dos quais 66.081 seriam civis.

Fonte: France Presse
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Medvedev condecora espiões russos descobertos

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Em um episódio digno da Guerra Fria, o presidente Dmitri Medvedev condecorou nesta segunda-feira, no Kremlin, os espiões russos expulsos em julho dos EUA, demonstrando com isto a ambição do país de manter o prestígio de outrora.

"Uma cerimônia foi realizada hoje no Kremlin para a entrega das mais altas medalhas do país aos membros do SVR [Serviço de Informação Exterior, remanescente da soviética KGB]", informou a porta-voz da Presidência russa, Natalia Timakova.

Embora não tenha precisado a identidade dos agentes, trata-se de alusão clara à rede de espiões russos desmantelada durante o verão nos EUA. A porta-voz também não deu mais detalhes da natureza da condecoração recebida.

Os dez agentes haviam sido expulsos para Moscou em troca da libertação de quatro prisioneiros russos acusados de espionagem a favor do Ocidente.

O cheiro de Guerra Fria havia sido reforçado pela escolha, para a troca de prisioneiros, da cidade de Viena, capital da informação nos tempos da rivalidade americano-soviética.

O dossiê diplomático espinhoso havia sido destaque na primeira página da imprensa mundial, em meio às preocupações sobre o futuro da retomada das relações russo-americanas promovida pelos presidentes Medvedev e Barack Obama.

A imprensa popular, por sua vez, concentrou-se nos encantos de uma das agentes do SVR, a bela Anna Chapman, uma russa que obteve a nacionalidade britânica por casamento. Fotos em que aparece nua foram amplamente divulgadas pelo ex-marido.

Dos dez agentes, só Chapman aparece regularmente em público. Ela se comunica muito através do Facebook e posou para fotos publicadas em sequência por uma revista russa.

A bela foi vista recentemente no cosmódromo de Baikonor, um local estratégico inacessível sem o aval dos serviços especiais, para assistir à decolagem de um foguete transportando dois russos e um americano à Estação Espacial Internacional (ISS).

DECLÍNIO RUSSO

Comentaristas na Rússia haviam visto no assunto o declínio dos serviços de inteligência do país, com os espiões não colhendo nenhuma informação de valor, segundo as investigações americanas e os especialistas em Moscou.

Os jornais russos haviam ironizado a falta de discrição dos espiões, com alguns se visitando com frequência. Outros falavam inglês com sotaque russo e utilizavam meios de comunicação arcaicos, como o código Morse e tinta invisível.

Apesar dos elementos embaraçosos lamentados na Rússia por veteranos do KGB, o premiê Vladimir Putin --que fez carreira na inteligência soviética-- havia ele próprio feito uma homenagem anterior aos dez agentes.

No final de julho, algumas semanas após "a troca de espiões", o homem forte do país havia anunciado ter recebido em particular os espiões e cantado com eles o hino nacional.

"Imaginem só, o fato de falar uma outra língua como se fosse a maternal. Pensar sempre e falar nesta língua, realizar missões de interesse da pátria durante vários anos, não contar nem mesmo com uma cobertura diplomática, colocando em perigo seus familiares e a si próprio", havia destacado Putin, que não viu em sua detenção um fracasso.

Fonte: France Presse
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domingo, 8 de agosto de 2010

Rússia acusa EUA de violarem acordo nuclear

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O Ministério de Relações Exteriores da Rússia acusou os EUA de violarem um acordo bilateral de controle e redução de armas nucleares. Em um comunicado, as autoridades russas disseram que os norte-americanos infringiram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas de 1991 (o chamado START-1) porque, entre outros motivos, não forneceram garantias de que alguns lançadores de mísseis nucleares e bombardeios seriam reformados para impedir que fossem equipados com bombas atômicas.

O Ministério também citou a falta de controle dos EUA sobre fontes radioativas e afirmou que as autoridades norte-americanas não conseguiram impedir o vazamento de informações ligadas a materiais e a armamentos nucleares, mencionando um caso ocorrido em 2006 no qual a polícia do país descobriu que dados confidenciais do Laboratório Nacional Los Alamos haviam sido obtidos por um grupo criminoso.

A acusação é um sinal claro de tensão nas relações entre as duas potências. As críticas ocorreram após a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano ter adiado a votação de instrumento que ratificaria medidas do tratado.

O Ministério das Relações Exteriores russo informou em sua página da internet que os EUA violaram inúmeros pactos relacionados ao tema, incluindo o Tratado Estratégico de Redução de Armas (START I) e um acordo convencional sobre armamento.

"Durante o período do START I, os Estados Unidos não abordaram as preocupações da Rússia sobre a implementação desse tratado", disse o ministério citando uma ampla lista de supostas "irregularidades".

A Rússia também acusou os Estados Unidos de evitar a supervisão internacional em concordância com a Convenção de Armas Tóxicas e Biológicas.


Fonte: Estadão / Reuters
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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dez russos deixam EUA para troca de espiões com a Rússia

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Os dez russos detidos nos Estados Unidos por espionagem chegaram em Viena, na Áustria, nesta sexta-feira para a troca por quatro espiões condenados pela Rússia, no maior acordo do tipo desde a Guerra Fria.

O FBI (Polícia Federal americana) prendeu nesta semana os dez russos acusados de manter identidades falsas nos EUA para se aproximar de fontes políticas e obter informações críticas sob ordem do governo russo. O 11º suspeito está foragido, após pagar fiança e ser libertado no Chipre.

A Rússia negou vigorosamente saber da rede de espionagem, um grupo que seria denominado "ilegais" por Moscou. Depois, admitiu que alguns dos suspeitos eram efetivamente russos e os dois países passaram a declarar que o caso não afetaria as recém-retomadas relações diplomáticas. Por precaução, os dois países enterraram o assunto com a troca --feita com poucas declarações oficiais.

Os espiões viajaram em um Boeing 767-200 fretado pelas autoridades russas e decolaram do aeroporto de LaGuardia, em Nova York, às 22h desta quinta-feira (23h em Brasília). Eles pousaram em Viena, em uma pista pouco utilizada do aeroporto.

Em minutos, estavam atrás do Yakovlev Yak-42, avião do Ministério de Emergências russo, que levaria a bordo os quatro russos presos por suposto contato com agências de inteligência ocidentais.

Antes da viagem, os EUA e a Rússia ganharam confissões dos réus --admissão de culpa dos dez russos em corte de NY e confissões assinadas dos quatro russos na Rússia.

O presidente russo Dmitri Medvedev assinou um decreto libertando Igor Soutiaguine, Alexander Zaporojski, Guennadi Vassilenko e Sergueï Skripan, detalhou sua porta-voz Natalia Timakova.

ESPIÕES

Todos os dez presos nos EUA foram acusados de conspirar para agir como agentes secretos, e nove foram acusados também de conspiração para cometer lavagem de dinheiro.

Após terem se declarado culpados nesta quinta-feira, o tribunal condenou cada um dos suspeitos a um tempo de pena já cumprido --cerca de dez dias desde a prisão do grupo. Outras acusações, de lavagem de dinheiro, foram arquivadas.

Um dos advogados de defesa disse que os acordos para confissão foram aprovados por autoridades do governo russo.

Autoridades russas prometeram a uma das suspeitas, a jornalista peruana Vicky Peláez, que ao chegar na Rússia ela pode decidir aonde quer ir, com um pagamento mensal vitalício de US$ 2.000, mais vistos para seus filhos, informou à corte o advogado de Peláez.

As 11 pessoas suspeitas de espionar para a Rússia foram formalmente acusadas em uma acusação federal divulgada nesta quarta-feira, mais de uma semana após o FBI (polícia federal americana) anunciar a prisão delas.

JOGO DE INTERESSES

Os Estados Unidos indicaram nesta quinta-feira que a troca de espiões com a Rússia foi decidida por razões de "segurança nacional" e humanitária, destacando que a prisão de dez agentes secretos russos não significa uma guerra de interesses estratégicos.

"Decidimos adotar uma resolução rápida e global por razões de segurança nacional e humanitária", declarou o porta-voz do Departamento de Estado Mark Toner.

"A prisão prolongada nos Estados Unidos destes dez agentes ilegais não contribuiria em nada em termos de segurança nacional."

Esse tipo de troca não é inédito, mas lembra os tempos da Guerra Fria, quando EUA e a ex-União Soviética eram arqui-inimigos competindo para dominar o mundo.

A troca ajudou a pôr fim a um escândalo que ameaçou estremecer as relações entre os dois países. Tanto o Kremlin quanto a Casa Branca tentaram evitar que as prisões afetassem as relações bilaterais, que vem melhorando após crises após a guerra da Rússia contra a Geórgia, em 2008.

Barack Obama, que recebeu o presidente russo na Casa Branca no mês passado, precisa da ajuda de Moscou para conter o programa nuclear iraniano e manter abertas as linhas de abastecimento para a guerra no Afeganistão. A Rússia quer o apoio americano para conseguir entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC).

ESPIÕES

As autoridades americanas revelaram ter descoberto o esquema de espionagem da Rússia em solo americano e a prisão de dez dos onze indiciados apenas horas depois do presidente russo, Dmitri Medvedev, encerrar uma visita aos EUA.

O FBI afirmou que os agentes infiltrados adotaram identidades americanas para conseguir entrar em Think Tanks e agências do governo americano.

Os acusados teriam coletado informações desde programas de pesquisa de pequena produção, ogivas nucleares de alta penetração e o mercado mundial de ouro, tentando obter informações sobre pessoas que se poderiam se candidatar a vagas na CIA, segundo registros na corte.

Em 2009, Moscou teria pedido a dois dos agentes informações sobre a viagem de Obama à Rússia, programada para breve. Foram pedidas mais informações sobre a situação das negociações do tratado de redução de armas Start, bem como Afeganistão e a posição de Washington em relação ao programa nuclear do Irã, segundo os documentos.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 8 de julho de 2010

EUA e Rússia podem voltar a trocar espiões como na Guerra Fria

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A possibilidade de uma troca de espiões entre a Rússia e os Estados Unidos, como era tão comum nos tempos da Guerra Fria, foi mencionada como a forma para resolver o caso de espionagem que complica as relações russo-americanas, segundo a imprensa russa.

"Um encontro entre o embaixador da Rússia em Washington, Serguei Kisliak, e o vice-secretário de Estado americano, William Burns, terminou com resultados: as duas partes entraram em acordo para uma troca de espiões", escreveu o jornal online Gazeta.ru, citando "uma fonte ligada a círculos diplomáticos".

O jornal assegurou, por outro lado, que Anna Chapman, de 28 anos, uma das dez pessoas detidas no fim de junho nos Estados Unidos, chegaria "incógnita" a Moscou na noite de quinta-feira. Ela é acusada, assim como os demais, de ser um agente dos serviços exteriores de inteligência russos (SVR).

A jovem ruiva foi capa da imprensa internacional quando seu ex-marido britânico revelou detalhes e fotos íntimas de quando eram casados.

O Gazeta.ru destacou que Moscou não fará comentários oficiais sobre o intercâmbio, nem publicará nenhuma lista com nomes.

Os suspeitos comparecerão às 14h45 locais (15h45 de Brasília), em Nova York, para a leitura da ata de acusação.

Os dez supostos agentes e um 11º que se encontra foragido foram acusados pela promotoria de Nova York de "ter conspirado como agentes secretos nos Estados Unidos por conta da Federação da Rússia", e nove deles também por "lavagem de dinheiro".

Seu eventual retorno à Rússia no âmbito de uma troca veio à tona pela primeira vez na quarta-feira, mencionado pela advogada e pela família de Igor Sutiaguin, especialista em armamentos detido por espionagem para os americanos desde 2004.

Alguns advogados dos supostos espiões russos nos Estados Unidos disseram ao New York Times que esta solução seria viável a partir desta quinta-feira.

O jornal Kommersant, citando fontes dos serviços russos, destacou esta quinta que pelo menos outros três russos condenados por espionar para Washington e Londres poderiam se beneficiar do acordo, junto com Sutiaguin.

Trata-se de dois ex-agentes dos serviços secretos russos, acusados de ter trabalhado para a CIA: Alexandre Sypatchev, condenado em 2002 a oito anos de prisão, e Alexandre Zaporojski, que desde 2003 cumpre pena de 18 anos de prisão.

O terceiro seria o ex-coronel de inteligência militar russa (GRU) Serguei Skripal, condenado em 2006 a 13 anos de prisão por espionagem por conta da Grã-Bretanha.

"A partir de hoje deveriam ser transferidos a Viena e dali para Grã-Bretanha e outros países. Hoje mesmo, os espiões desmascarados nos Estados Unidos poderiam ser enviados à Rússia", destacou o jornal, sem citar fontes.

Segundo seus familiares, Sutiaguin já foi transferido a Moscou do local onde cupre pena, na região de Arjanguelsk (norte). Este especialista em armas, que sempre clamou inocência, assinou uma confissão para poder ser libertado.

Durante a Guerra Fria, Ocidente e Oriente faziam trocas de espiões, sobretudo na ponte de Glienicke, que as duas Alemanhas.

A imprensa russa destacou que tanto para os americanos quanto para os russos, este método é a melhor forma de resolver o escândalo, em um momento em que os presidentes Dimitri Medvedev e Barack Obama consideram prioritário reativar suas relações.

Fonte: AFP
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terça-feira, 6 de julho de 2010

Rússia critica novo projeto de sistema antimíssil dos EUA

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A Rússia afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos estão ignorando suas preocupações com o plano de construir um escudo antimíssil com bases perto da fronteira russa.

Embora o presidente Barack Obama tenha agradado Moscou no ano passado ao cancelar os planos de defesa antimíssil do antigo governo norte-americano, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Andrei Nesterenko, afirmou que a Rússia tem preocupações similares com relação ao projeto revisado dos Estados Unidos.

Em um comunicado, Nesterenko afirmou que "já está claro" que o novo projeto "em essência posiciona o emprego na Europa de uma arquitetura de defesa antimíssil sem levar em conta os justos interesses e preocupações russas."

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, visitou a Polônia no sábado e presenciou a assinatura de um pacto permitindo o emprego de interceptores de mísseis norte-americanos naquele país.

Nesterenko afirmou que, apesar das promessas de cooperação com relação às ameaças, "parece que o lado norte-americano começou a movimentar elementos de seu sistema de defesa antimíssil com base em suas decisões próprias e não nas conjuntas."

O comentário sugere que o sistema antimíssil poderá afetar as relações entre Moscou e Washington.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Hillary Clinton confirma apoio dos EUA à integração territorial da Geórgia

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Os Estados Unidos têm um forte compromisso com a integridade territorial da Geórgia, confrontada com a Rússia pelo controle de duas regiões separatistas, afirmou nesta segunda-feira, em Tbilisi, a secretária de Estado americana Hillary Clinton.

"Os Estados Unidos mantêm um compromisso inquebrantável com a soberania e a integridade territorial da Geórgia", afirmou Hillary em coletiva conjunta com o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili.

Hillary, que pouco antes havia denunciado a ocupação das zonas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e Abkházia, pediu que a Rússia respeite o acordo de cessar-fogo que prevê o retorno das forças russas às posições que ocupavam antes da guerra-relâmpago russo-georgiana de 2008.

Fonte: AFP
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domingo, 4 de julho de 2010

EUA e Polônia fecham acordo sobre escudo antimísseis

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Estados Unidos e Polônia assinaram neste sábado um protocolo que concretiza o consentimento da Polônia para instalar em seu território um componente do futuro escudo antimísseis americano na Europa.

O documento, assinado em Cracóvia (sul) entre a secretária de Estado Hillary Clinton e seu colega polonês Radoslaw Sikorski, emenda o acordo sobre o escudo antimísseis americano assinado em Washington em agosto de 2008, para adaptá-lo ao projeto modificado pela administração de Barack Obama.

O dispositivo posicionado em uma base polonesa "ajudará a proteger o povo polonês e a todos na Europa, nossos aliados e os outros, da ameaça (...) representada pelo Irã", afirmou Hillary Clinton.

Os Estados Unidos abandonaram em setembro de 2009 o projeto inicial de escudo antimísseis na Europa Central, que previa instalar um poderoso radar na República Tcheca associado a dez interceptadores de mísseis balísticos de longo alcance na Polônia por um custo de 1,6 bilhão de dólares.

O projeto elaborado durante a administração de George W. Bush irritou a Rússia, que julgou sua segurança ameaçada.

O novo plano já não está elaborado para derrubar mísseis de longo alcance e sim de média e curta trajetória, depois de uma reavaliação da ameaça balística iraniana. Moscou recebeu positivamente o novo enfoque.

A Polônia prefere a nova versão do projeto, argumentou Sikorski: "Está fundado numa tecnologia existente, o que aumenta a probabilidade de que seja realista e eficaz".

Hillary Clinton recordou, por sua parte, que convidou a Rússia a participar neste esforço "puramente defensivo" e que esta oferta continua de pé.

Mas a Rússia não está convencida. Em fevereiro, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Nikolai Makarov, afirmou que o escudo antimísseis "visa à Rússia".

Makarov fez estas declarações depois da aprovação do presidente Dimitri Medvedev a uma nova doutrina militar que situação a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na liderança das ameaças que pesam sobre a segurança de seu país.

Em um comunicado conjunto publicado depois da coletiva de imprensa, Estados Unidos e Polônia precisaram que o acordo assinado neste sábado é "o primeiro acordo que coloca em andamento a mobilização por fase de mísseis antimísseis americanos SM-3".

A data geralmente evocada para a mobilização na Polônia é 2018. Mas Hillary, interrogada a respeito, não evocou uma data precisa e se contentou em afirmar que o compromisso de mobilizar os mísseis será mantido.

O secretário americano da Defesa, Robert Gates, havia afirmado em 17 de junho que o Irã era capaz de lançar um ataque contra a Europa utilizando "dezenas e, inclusive, centena de mísseis".

Seu colega iraniano, Ahmad Vahidi, respondeu no dia seguinte que os mísseis iranianos são apenas para a defesa do Irã contra uma eventual agressão e que não ameaçam nenhum país.

Os Estados Unidos investiram muito na investigação, o desenvolvimento e a colocação em funcionamento de sistemas para blindar seu território, em especial contra mísseis intercontinentais, uma das principais preocupações dos governantes desse país desde o começo da era atômica e espacial.

Entre 1951 e 1997, dedicou 100 bilhões de dólares (por seu valor em 1997) e durante os últimos dez anos gastou de novo uma cifra equivalente com esse objetivo.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Hillary diz que espionagem não abala relação entre EUA e Rússia

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se disse hoje convencida de que o escândalo da espionagem não abalará o recente impulso dado às relações entre Estados Unidos e Rússia.

"Estamos comprometidos com a criação de relações novas e positivas com a Rússia, que são de interesse para os EUA", afirmou Hillary em Kiev, reforçando, assim, uma postura já mostrada pelo presidente Barack Obama.

Em entrevista ao lado do chanceler da Ucrânia, Konstantin Grischenko, a chefe da diplomacia americana disse que as investigações continuam e que ela não tem a intenção de falar sobre os resultados finais.

Na segunda-feira, as autoridades americanas informaram da detenção de dez pessoas sob acusação de espionar para a Rússia nos EUA.

Onze pessoas, contando com os dez detidos, são acusadas em duas causas criminais de "conspiração" por atuar de maneira "ilegal" como agentes russos em território americano. Um dos acusados fugiu par o Chipre e está em paradeiro desconhecido.

Fonte: EFE
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terça-feira, 29 de junho de 2010

Rússia nega espionagem nos EUA e fala em volta à Guerra Fria

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Um representante do Ministério do Exterior russo declarou que as alegações de que uma rede de espiões atuava nos Estados Unidos para a Rússia não tem base e representam uma regressão aos tempos da Guerra Fria.

Segundo o representante, as acusações prejudicam as recentes tentativas do presidente Barack Obama de restabelecer ligações com Moscou.

O comentário foi feito um dia depois de o Departamento de Justiça americano anunciar a prisão de 10 pessoas nos Estados Unidos sob suspeita de espionar para a Rússia.

Elas foram acusadas de conspiração pela sua ação como agentes de um governo estrangeiro, o que pode levar a uma pena máxima de cinco anos de prisão.

Mais cedo, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, tinha dito em Jerusalém que Moscou aguarda uma explicação de Washington. "Eles (os americanos) não explicaram de que assunto se trata. Espero que expliquem" disse o ministro.

Os suspeitos detidos, aparentemente, viviam como cidadãos normais, alguns deles fingindo ser um casal, havia vários anos.

Um 11º suspeito foi preso nesta terça-feira no aeroporto de Larnaca , no Chipre, quando tentava embarcar para Budapeste, na Hungria. Ele deve ser extraditado para os Estados Unidos.

Nove dos detidos também enfrentam acusações de conspiração para lavagem de dinheiro, cuja pena máxima de prisão chega a 20 anos. O Departamento de Justiça americano informou que ainda há um que permanece foragido.

"Fineza especial"

Em uma nota divulgada nesta terça-feira, o oficial do ministério do Exterior diz: "Em nossa opinião, essas ações não têm base". "É deplorável que tudo isso esteja acontecendo num momento de busca por novos laços entre Estados Unidos e Rússia".

Comentando o anúncio das prisões nos Estados Unidos com jornalistas em Jerusalém nesta terça-feira, Lavrov disse que "o momento para fazê-lo foi escolhido com especial fineza". Em seguida, o ministro se recusou a falar mais sobre o caso.

Para o correspondente da BBC em Moscou Rupert Wingfield-Hayes, Lavrov pode estar insinuando que algum grupo dentro da estrutura de poder americana esteja tentando minar as recentes tentativas de reaproximação com a Rússia promovidas pelo presidente americano, Barack Obama.

Na semana passada, o presidente russo Dmitri Medvedev esteve em Washington, onde almoçou hambúrguer com batatas fritas com o presidente Obama, em um gesto visto amplamente visto como sinal de uma reaproximação entre os dois governos.

Segundo um acadêmico russo entrevistado pelo correspondente da BBC em Moscou, o caso serviria como uma advertência ao presidente Barack Obama para que não confie na Rússia nem tente se aproximar do Kremlin.

Um alto representante do governo russo, disse à BBC por sua vez que o caso não deve afetar as relações entre os dois países.

Disfarce

Supostas mensagens interceptadas descritas em documentos da Promotoria sugerem que os 10 suspeitos presos nos EUA tinham como missão descobrir informações sobre assuntos como armas nucleares, posição de controle de armas americanas, Irã, rumores na Casa Branca, mudanças na liderança da CIA e partidos políticos.

Oito pessoas foram detidas no domingo sob acusação de supostamente realizar "missões de longo prazo e infiltração profunda nos Estados Unidos em nome da Federação Russa", informou o Departamento de Justiça.

Elas foram supostamente treinadas pelo Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR), para infiltrar círculos de pessoas influentes politicamente e recolher informações, segundo os documentos apresentados à corte americana no distrito sul de Nova York.

Eles teriam sido instruídos a forjar amizades com autoridades americanas e enviar informações a agentes do governo russo usando vários métodos.

O Departamento de Justiça americano afirma que os suspeitos foram detidos depois de uma investigação de durou vários anos em que agentes do FBI se fingiram de agentes russos e colheram informações de dois dos suspeitos.


Tinta invisível

Segundo os investigadores, alguns dos suspeitos viviam sob identidades falsas desde o início dos anos 90, usando códigos e avançadas operações por computador, como o envio de fotos aparentemente inocentes com mensagens de texto escondidas.

De acordo com o FBI, os supostos espiões também usavam técnicas mais antigas, como mensagens enviadas com tinta invisível e troca de pastas idênticas em parques.

"Você foi enviado aos Estados Unidos para uma longa viagem a trabalho", diz uma das mensagens enviada a dois suspeitos e interceptada pela Inteligência americana.

"Sua educação, suas contas bancárias, carro, casa etc - todos eles têm um objetivo: cumprir sua missão principal, ou seja, procurar e desenvolver ligações com pessoas nos círculos de influência política nos Estados Unidos e enviar informações".

A tarefa dos suspeitos, em geral, era se "americanizar" para conseguir se infiltrar. Alguns deles chegaram a se inscrever em universidades, trabalhar e se unir a associações profissionais relevantes, afirmam os documentos apresentados à corte.

As informações são de que o grupo teria conseguido se aproximar de um cientista que estaria desenvolvendo uma bomba para explodir bunkers e de um alto oficial da Inteligência.

Há vários detalhes sobre como a rede operava, mas pouca coisa sobre as informações que os agentes conseguiram apurar, afirma o correspondente da BBC em Washington, Paul Adams.

Corte

Cinco dos suspeitos compareceram a uma corte federal em Manhattan na segunda-feira - entre eles a jornalista peruana Vicky Peláez e seu marido, de origem uruguaia, Juan Lázaro - onde um juiz ordenou que sejam mantidos na prisão até a audiência preliminar marcada para o próximo dia 27 de julho.

Além deles, estariam um casal conhecido como Richard Murphy e Cynthia Murphy, presos em Montclair, Nova Jérsei, e Anna Chapman, detida em Manhattan.

Outros três suspeitos - Mikhail Semenko e um casal conhecido como Michael Zottoli e Patricia Mills - compareceram a uma corte federal em Alexandria, na Virgínia, depois de terem sido detidos em Arlington, no mesmo Estado.

Os últimos dois suspeitos, Donald Howard Heathfield e Tracey Lee Ann Foley, foram presos em Boston, Massachussets. Todos os suspeitos, com exceção de Anna Chapman e Mikhail Semenko também foram acusados de conspiração para lavagem de dinheiro.

Fonte: BBC Brasil
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Rússia diz que os EUA estão mal-intencionados no caso dos espiões

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O Ministério de Assuntos Exteriores russo afirmou hoje que o escândalo da detenção nos Estados Unidos de um grupo suspeito de espionar a Rússia tem fins mal-intencionados.

"Não entendemos os motivos pelos quais o Departamento de Justiça fez uma declaração pública ao estilo das 'paixões de espionagem' próprias dos tempos da Guerra Fria", disse Andrei Nesterenko, porta-voz oficial da Chancelaria russa, citado pela agência "Interfax".

Acrescentou que, segundo as autoridades russas, "estas ações não têm nenhum fundamento e perseguem fins mal-intencionados".

"Estes anúncios ocorreram muitas vezes no passado, quando nossas relações passavam por um período de auge", disse.

O diplomata lamentou os fatos aparecerem agora em meio ao reinício das relações russo-americanos, anunciado pelo próprio Governo dos Estados Unidos.

O diretor do instituto de análises estratégicas, Sergei Oznobischev, indicou em declarações à agência "RIA Novosti" que "o incidente dos espiões" é obra das forças políticas que "tradicionalmente atuam contra a aproximação entre Estados Unidos e Rússia".

Segundo as autoridades americanas, oito pessoas foram detidas no domingo acusadas de realizar durante um "longo período de tempo" missões secretas nos Estados Unidos atuando como agentes para a Rússia.

Além disso, outras duas pessoas mais foram detidas por participar supostamente em um programa para a inteligência russa dentro do país.

Ao todo, 11 pessoas, estão sendo acusadas de "conspiração" e atuarem "ilegalmente" como agentes russos em território americano. Nove dos detidos enfrentam acusações de "lavagem de dinheiro".

Fonte: EFE
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