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quarta-feira, 24 de abril de 2013

EUA anunciam venda de US$10 Bilhões para Israel

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O secretário de Defesa dos EUA, anunciou neste domingo durante sua visita a Israel a venda de equipamento militar em valor estimado de US$ 10 bilhões.
 
O pacote inclui um vasto arsenal, tendo por objetivo garantir a superioridade do país, no que foi entendido como uma mensagem clara ao Irã.
 
O pacote inclui um número não revelado de aeronaves V-22 Osprey, até então de uso exclusivo das forças armadas americanas. Com capacidades VTOL/STOL, é uma aeronave que oferece uma grande leque de operações, conferindo á Israel grande vantagem estratégica no deslocamento de tropas.
 
"Os EUA e Israel estão lidando com os desafios dessa nossa dura vizinhança, em primeiro lugar e principalmente o Irã", afirmou Moshe Yaalon, ministro da Defesa de Israel, durante o evento.
 
Questionado sobre um possível ataque israelense ao Irã, Hagel afirmou crer que esse cálculo deve ser feito por Israel, "toda nação soberana tem o direito de defender-se".
 
A administração americana demonstrou no entanto, em outras ocasiões, receio de que uma ofensiva israelense acenda uma guerra regional, tragando outros países ao confronto.
 
De maioria xiita, o Irã tem como aliados o regime de Bashar Assad, na Síria, e o grupo radical Hizbollah, no Líbano.
 
Analistas têm apontado que, com a proximidade das eleições presidenciais iranianas, em junho, Israel está desacelerando a retórica contra Teerã, dando tempo aos esforços de negociação, por enquanto, sem resultado.
 
O Irã insiste em seu direito de enriquecer urânio, afirmando fazê-lo para uso doméstico de energia. A comunidade internacional, no entanto, teme que o objetivo do país persa seja o bélico. Acredita-se que, hoje, Israel seja o único país no Oriente Médio a possuir um arsenal nuclear.
 
Fonte: GBN-GeoPolítica Brasil com agências de notícias
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sexta-feira, 22 de março de 2013

Obama diz que Estado de Israel não foi criado devido ao Holocausto

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No último dia de visitas a Israel, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que a criação do Estado judaico, definido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, não foi feita por causa do Holocausto.
 
Com isso, ele se retrata de uma declaração feita em uma visita ao Egito em 2009, em que atribuiu a criação do território ao genocídio de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A afirmação causou mal estar e dificultou a relação com os israelenses no primeiro mandato de Obama.
 
"Aqui, na terra sagrada dos judeus, deixem-me dizer uma coisa para todo o mundo ouvir. O Estado de Israel não existe por causa do Holocausto, mas algo como o Holocausto não deverá acontecer com a sobrevivência de um Estado judeu de Israel forte", disse Obama, em discurso após visita ao Memorial do Holocausto.
 
Ainda no local, o presidente ressaltou que o antissemitismo e o racismo em geral "não têm cabimento no mundo", porque "nossos filhos não nasceram para odiar".
 
"Aqui lembramos não só a maldade que pode chegar o ser humano, mas também sua bondade, como daqueles que não ficaram à margem (e salvaram judeus). É um relato da atrocidade, mas também um lugar de inspiração".
 
Acompanhado pelo presidente israelense, Shimon Peres, e o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, Obama começou o percurso na Sala dos Nomes, um espaço circular coberto que em suas paredes têm fotografias e biografias de vítimas do Holocausto.
 
ROTEIRO
 
O americano ainda visitou os mausoléus do ideólogo do Estado judeu, Thedor Herzl, e do ex-primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, assassinado em 1995, ao lado do museu Yad Vashem, em Jerusalém. Em seguida, seguiu para a igreja da Natividade, em Belém. A viagem precisou ser feita de carro devido ao mau tempo.
 
Depois, ele ainda se reunirá com Netanyahu e apresentará as propostas do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sobre uma retomada das negociações de paz. Os dois se reuniram em Ramallah na quinta (21) para sondar a criação do Estado palestino, a qual Obama defendeu como a "única possível".
 
Após o almoço, Obama seguirá para a Jordânia, onde fará uma reunião com o rei Abdullah 2º. No evento, os dois discutirão a solução da questão palestina e também os efeitos da crise na Síria no Oriente Médio. O país é o principal destino dos refugiados do conflito entre o regime de Bashar Assad e a oposição.
 
Fonte: Folha
 
Nota do GBN: Ao que me lembre o estado judaíco de Israel nasceu de uma iniciativa da ONU após a libertação de milhões de prisioneiros judeus dos campos de concentração nazista, foi uma medida para dar a todo esse povo que sofreu uma bárbarie nas mão nazistas para recomeçar, uma vez que tal holocausto gerou neste povo um sentimento que os uniu e deu o ponto de partida para a criação de um estado judeu. Algo que vejo como controverso ao deslocar populações que ocupavam aquela região por centenas de anos para abrigar um estado judeu. Essa medida ocasionou em uma tensão enorme entre os estados árabes que detinham as terras naquela região e gerou várias guerras e conflitos, onde Israel acabou por estender seu território sobre terras pertencentes á outros povos e nações.
 
Ao mudar sua percepção histórica dos fatos para amenizar as relações entre os estados, a posição tomada por Obama está sendo um sinal de fraqueza dentro de seu governo.
 
Por: Angelo D. Nicolaci e Kamila Afonso - GBN GeoPolítica Brasil
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quinta-feira, 21 de março de 2013

Obama acena a Israel, mas insiste em diplomacia com Irã

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O presidente dos EUA, Barack Obama, começou sua primeira visita a Israel, nesta quarta-feira, tentando mostrar sintonia com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Ambos os líderes fizeram questão de mostrar como respeitam um ao outro, observou o correspondente da BBC em Jerusalém, Wyre Davies.
 
O primeiro dia desta visita histórica foi recheado de palavras e imagens destinadas a apagar as cenas incômodas de três anos atrás, quando os dois deixaram claro que não concordavam em muitas questões.
Obama e Netanyahu disseram compartilhar os mesmos objetivos e que concordam com o direito de Defesa de Israel.
Também reafirmaram seu comprometimento com uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.
Netanyahu disse que o fato de o presidente americano escolher Israel como destino da primeira visita ao exterior de seu segundo mandato é "profundamente apreciado".
Ele também agradeceu Obama "pelo investimento feito em nossas relações e em reforçar a aliança entre nossos países".
Os esforços funcionaram, mas tudo pareceu um pouco forçado, diz Davies.
Em pelo menos cinco ocasiões Obama se referiu ao primeiro-ministro israelense como Bibi.
"O apelido talvez tenha sido usado em excesso por um às vezes desconfortável presidente americano, ansioso para atrair a atenção dos israelenses comuns", afirma o corrspondente da BBC.
Irã
Apesar das demonstrações de sintonia, no tocante ao conteúdo há ainda claramente uma grande diferença de opinião: o Irã.
Netanyahu mencionou a questão em sua primeira frase, e depois repetidamente.
Ele também nos lembrou mais uma vez que Israel tem o direito à autodeterminação e à defesa.
"A implicação óbvia aqui é que ele pensa que Obama ainda tem esperança de uma solução diplomática para evitar que o Irã obtenha armas nucleares", diz Davies.
Durante a visita, Obama disse que os EUA farão o que for necessário para impedir que o Irã obtenha armas nucleares. Disse também que a segurança de Israel não é negociável.
Mas Obama afirmou que os EUA preferem resolver a questão iraniana por meio da diplomacia, apesar de afirmar que todas as opções estão na mesa.
Netanyahu agradeceu Obama pelos esforços em relação ao Irã, mas disse que qualquer medida deve ser apoiada por uma opção militar clara e digna de confiança.
Em outras questões, parece haver maior convergência.
Especialmente em relação à Síria e à região num contexto mais amplo há uma visão compartilhada entre EUA e Israel de que é um local cada vez mais volátil, uma ameaça à estabilidade global.
Quanto ao processo de paz entre israelenses e palestinos, o presidente americano deu a entender que talvez tenha algo de maior substância a dizer sobre o assunto em seu grande discurso marcado para esta quinta-feira.
 
Fonte: BBC Brasil
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Obama diz que tratamento de Israel a palestinos é 'injusto' e pede paz

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O presidente dos EUA, Barack Obama, realizou nesta quinta-feira um forte discurso a respeito do processo de paz entre israelenses e palestinos, em Jerusalém.
 
Em suas declarações, Obama reafirmou apoio a Israel, mas também fez um pedido para que os israelenses se coloquem no lugar dos palestinos e lhes deem o direito a um Estado próprio e à Justiça.
 
"Não é justo que as crianças palestinas tenham de crescer sem um Estado próprio", afirmou. O presidente disse ainda que não é justo que a violência de colonos israelenses contra palestinos fique impune, que os palestinos não possam se mover ou plantar com liberdade dentro de seu território.
 
Disse ainda que nem a ocupação nem a expulsão dos palestinos são soluções para o conflito. "E a paz é necessária, eu acredito nisso", afirmou.
 
No discurso, feito diante de uma plateia de universitários, Obama afirmou também que a paz no Oriente Médio é necessária pois é o único caminho para a segurança. "Nenhum muro é alto o bastante e nenhum Domo de Ferro é forte o bastante", disse, em uma referência ao muro construído por Israel em torno dos territórios palestinos e ao sistema antimísseis israelense.
 
Tanto em Israel quanto na Cisjordânia, Obama fez pedidos para que ambos os lados retomem as negociações de paz. Em Jerusalém, ele afirmou que Israel possui "verdadeiros parceiros" nos líderes palestinos Mahmoud Abbas e Salam Fayyad, respectivamente presidente e premiê da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que controla a Cisjordânia.
 
Durante o discurso, Obama foi alvo de protestos por parte de pessoas na plateia. Ele reagiu afirmando que, assim, "se sentia em casa".
 
Mais cedo, Obama esteve em Ramallah, na Cisjordânia, onde criticou o Estado judaico por estabelecer colônias que, segundo ele, "não são construtivas" para o processo de paz e afirmou que a chamada solução de dois Estados --ou seja, um Estado israelense e um palestino convivendo lado a lado-- ainda é possível.
 
Horas antes da visita à Cisjordânia, dois foguetes vindos de Gaza --controlada não pela ANP, mas pelo movimento radical islâmico Hamas-- caíram na cidade de Siderot, no sul de Israel, sem deixar feridos. A região não será visitada por Obama desta vez, mas o americano esteve na cidade em 2008, durante a campanha eleitoral para seu primeiro mandato.
 
Em comunicado, o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, do Hamas, disse que não espera "nenhum resultado desta visita". "Não esperamos que Obama vá mudar a equação política no terreno. Não acreditamos que a política americana vá pôr fim à ocupação israelense".
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 20 de março de 2013

Palestinos protestam contra visita de Obama

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Ativistas palestinos montaram um acampamento em protesto nesta quarta-feira perto de onde Israel quer construir um novo assentamento na Cisjordânia ocupada, chamando a atenção para a sua luta, durante uma visita à região pelo presidente dos EUA, Barack Obama.
Mais de uma centena de manifestantes ergueram quatro grandes tendas e uma bandeira enorme palestina foi asteada, perto de Jerusalém, assim que Obama chegou nas proximidades de Tel Aviv para três dias de palestras e reuniões.
"Estamos aqui para enviar uma mensagem ao presidente Obama, a nossa luta, a nossa resistência não-violenta e pacífica continuará até que nós sejamos livres", disse o político palestino Mustafa Barghouti.
A polícia israelense entrou na tenda e ordenou que os manifestantes limpem a área, que eles chamaram de uma "zona militar fechada", mas não derrubaram o acampamento.
Obama estava em conversações com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e deve viajar para a Cisjordânia na quinta-feira para atender ao presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ele disse que estava vindo para ouvir e não trazer uma nova iniciativa de paz, três anos após as últimas negociações diretas entre israelenses e palestinos sobre a questão da construção de assentamentos judaicos.
Os palestinos se queixam de que Obama não coloca pressão suficiente sobre Israel para parar os assentamentos e avisam que a perspectiva de criação de um Estado viável, independente está desaparecendo rapidamente.
Netanyahu anunciou em dezembro planos de construir centenas de casas para colonos em uma área sensível na periferia de Jerusalém, que é conhecida pelo seu nome administrativo E1.
Se a construção for adiante, E1 criaria um trecho ligando de bairros judeus na Cisjordânia entre Pisgat Zeev e Maale Adumim, um assentamento de cerca de 30.000 israelenses.
Os palestinos dizem que isso iria destruir as esperanças de unificar suas comunidades em toda Jerusalém Oriental, que eles querem como a capital de seu país.
Na cidade de Hebron, um caldeirão de tensão entre palestinos e colonos israelenses, dezenas de crianças palestinas em idade escolar usavam máscaras de Obama para protestar contra a visita e marcharam pelas ruas.
As forças israelenses prenderam vários dos manifestantes que estavam marchando pela Shuhada Street, centro comercial da cidade palestina até que Israel unilateralmente a fechou em 1994.
GAZA em Chamas
"Dissemos a Obama, que visitar a Palestina ocupada é uma péssima idéia. Se você quer paz para dois estados, busque a justiça para nós", disse Jamal Jafar, um ativista envolvido no protesto desta quarta-feira.
Ativistas palestinos têm repetidamente estabelecido acampamentos em áreas próximas aos assentamentos israelenses nos últimos meses em uma tentativa de jogar um holofote sobre a construção judaica sem impedimentos.
Todos os locais foram posteriormente demolidos por forças israelenses, que dizem que eles apresentam um risco de segurança e faltam licenças de construção . Um punhado de soldados israelenses se reuniram às margens do acampamento, mas não tentar desalojá-los.
Protestos um pouco mais exaltados contra a visita de Obama tem ocorrido na Faixa de Gaza, um enclave na fronteira de Israel e Egito, a partir do qual Israel retirou colonos em 2005.
Os manifestantes atearam fogo em pôsteres de Obama e bandeiras dos Estados Unidos, dizendo que a viagem do presidente não faria nenhuma diferença para as aspirações palestinas.
"Sangue palestino está em suas mãos Obama", dizia uma bandeira. Outro diz: "Obama, o Hitler do século 21".
Kayed al-Ghoul, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), disse que todas as facções palestinas concordaram que a chegada de Obama só atende aos propósitos de Israel.
"Neste momento, a visita tem como objectivo apoiar o novo governo israelense e colocar pressão sobre a liderança palestina para voltar às negociações bilaterais que provaram ser um fracasso", disse ele.

Fonte: Reuters -
Tradução: Angelo D. Nicolaci - GBN GeoPolítica Brasil 
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Sob pouca expectativa, Obama chega a Israel

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O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou nesta quarta-feira a Israel, sem nenhuma nova iniciativa de paz para oferecer aos frustrados palestinos, e enfrentando profundas dúvidas dos israelenses a respeito da sua promessa de evitar que o Irã obtenha armas nucleares.
 
Na sua primeira viagem oficial à região como presidente, Obama espera relançar sua complicada relação com os israelenses e palestinos, numa coreografada visita de três dias que está repleta de simbolismos, mas pobre em expectativas.
 
Ao desembarcar no aeroporto de Tel Aviv, Obama reafirmou o comprometimento dos EUA com a segurança do Estado judeu.
 
"Vejo esta visita como uma oportunidade de reafirmar os laços inquebráveis entre as nossas nações, para reafirmar o comprometimento inabalável da América com a segurança de Israel e para falar diretamente ao povo de Israel e a seus vizinhos", disse Obama. "Tenho confiança em declarar que nossa aliança é eterna, é para sempre."
 
Ele foi recebido no aeroporto pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e pelo presidente do país, Shimon Peres. Mais tarde, ele terá uma prolongada reunião com Netanyahu, e os dois concederão uma entrevista coletiva a partir das 15h10 (hora de Brasília).
 
Na quinta-feira, Obama viaja à Cisjordânia ocupada para se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
 
A Casa Branca deliberadamente minimizou a esperança de que Obama consiga promover a retomada do processo de paz entre Israel e os palestinos, que está rompido há mais de dois anos.
 
Essa postura difere da que foi adotada pelos EUA no primeiro mandato de Obama, época em que assessores diziam que Obama só iria a Israel se tivesse algo concreto a fazer.  
 
Em Jerusalém, os postes foram adornados com bandeiras dos EUA e de Israel, e com cartazes falando de uma "aliança inquebrável". Mas a aparente falta de qualquer impulso político substancial parece intrigar muitos diplomatas e analistas.
 
"Parece-me uma visita mal programada e mal concebida", disse Gidi Grinstein, presidente do Instituto Reut, uma entidade acadêmica de Tel Aviv.
 
"Quanto à situação iraniana, Israel e os EUA não parecem ter nada de novo a dizer um ao outro. Quanto à Síria, os norte-americanos não têm uma perspectiva clara, e quanto à questão palestina eles estão dando um passo atrás e largando mão."
 
Tanto Obama quanto Netanyahu acabam de iniciar novos mandatos e estão cientes de que precisarão trabalhar juntos nos próximos anos a respeito de questões voláteis. Por isso, eles querem evitar confrontos públicos que marcaram encontros anteriores.
 
"Para dizer a verdade, eles não se suportam", disse um comentarista do canal 10 da TV israelense, numa transmissão ao vivo no momento em que o avião presidencial dos EUA taxiava em Tel Aviv.
 
Num dos gestos simbólicos da viagem, Obama inspecionaria uma bateria antimísseis do sistema Cúpula de Ferro, no próprio aeroporto de Tel Aviv, antes de seguir de helicóptero para Jerusalém. A Casa Branca cita esse sistema --que foi financiado pelos EUA e protege Israel contra foguetes disparados da Faixa de Gaza--, como exemplo do compromisso de Obama com a segurança israelense.
 
Buscando se conectar diretamente com o cético público israelense, Obama fará na quinta-feira à tarde um discurso a um grupo cuidadosamente selecionado de estudantes israelenses, em que deve abordar temas como o Irã.
 
Fonte: Reuters

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EUA não sabem se Israel avisaria antes de atacar o Irã

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O principal general dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira à Reuters que não tem certeza de que Israel avisaria de antemão Washington caso decida realizar uma ação militar contra o Irã.

O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, admitiu também que há divergências entre Israel e EUA sobre a melhor maneira de lidar com o Irã e com o seu programa nuclear.

Ele afirmou que os norte-americanos estão convencidos de que as sanções e a pressão diplomática são o melhor caminho para convencer o Irã a abandonar seu programa atômico, mas sempre mantendo "a intenção declarada de não retirar nenhuma opção da mesa" - expressão habitualmente usada pelos EUA para dizer que não descartam uma ação militar no futuro.

"Não tenho certeza de que os israelenses partilham nossa avaliação sobre isso. E, como eles não (partilham), e como para eles isso é uma ameaça existencial, acho que provavelmente é justo dizer que nossas expectativas são diferentes no momento", disse Dempsey em entrevista durante o trajeto Washington-Londres.

Ele não explicou quais são essas divergências, e tampouco esclareceu se considera que Israel está se preparando efetivamente para atacar o Irã.

EUA, Israel e outros governos suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo clandestinamente armas nucleares, embora Teerã insista no caráter pacífico das suas atividades. O país está enfrentando novas sanções da comunidade internacional por causa de um recente relatório da agência nuclear da ONU que corroborava as preocupações ocidentais.

A ideia das novas sanções ganhou mais força nesta quarta-feira, quando fontes diplomáticas disseram que a Grã-Bretanha apoiaria a proibição de importação de petróleo iraniano. O Irã, no entanto, vê o programa nuclear como uma fonte de poder e prestígio, e não está claro se eventuais novas sanções alterariam a sua análise de custo e benefício.

Há temores de que, se as potências nucleares não conseguirem atrair Teerã para uma negociação séria a respeito do seu programa nuclear, Israel poderia se sentir ameaçado e atacar o país persa.

Questionado diretamente sobre se Israel alertaria os EUA de antemão caso optasse por uma ação militar, Dempsey respondeu de forma lacônica: "Não sei."

Israel exclui 'até o momento' possibilidade de atacar o Irã

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, excluiu "até o momento" a possibilidade de um ataque contra as instalações nucleares iranianas, em entrevista à rádio pública nesta quinta-feira.

"Não temos a intenção de atuar por enquanto. Não é preciso começar uma guerra quando não é necessário", afirmou.

"Nossa posição não mudou sobre três pontos: um Irã nuclear é inaceitável, estamos determinados a impedir isso e todas as opções estão sobre a mesa", advertiu Barak.

Em um recente relatório, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou as suspeitas das potências ocidentais segundo as quais Teerã, apesar dos desmentidos, trabalha na fabricação de uma arma nuclear.

Em relação às repercussões de um eventual conflito armado com o Irã no caso de ataques israelenses, Barak quis mostrar-se tranquilizador.

"Uma guerra não é um piquenique, mas se Israel for obrigado a agir, não teremos 50.000, 5.000 ou mesmo 500 mortos, contanto que as pessoas fiquem em suas casas", afirmou, lembrando que os quarenta mísseis armados convencionais disparados contra Israel pelo Iraque durante a Guerra do Golfo em 1991 só deixaram 1 morto.

O ministro da Defesa, próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, celebrou os incidentes e as explosões que afetaram as instalações iranianas.

"Tudo o que atrasar o programa nuclear iraniano, provenha do céu ou por outros meios, é bem-vindo", afirmou, se recusando a afirmar se os serviços secretos israelenses estavam envolvidos nesses "incidentes".

Segundo o último relatório da AIEA, de 8 de novembro, o Irã produziu um total de 4.922 kg (um pouco menos de 5 toneladas) de urânio levemente enriquecido (3,5%) e 73,7 kg de urânio enriquecido a 19,75%.
Israel, considerada a única potência atômica na região, jamais confirmou ou negou dispor de um arsenal nuclear.

Fonte: Reuters / AFP
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domingo, 6 de novembro de 2011

Israel recusa compromisso com EUA de não atacar Irã, diz jornal

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, deixou Israel no mês passado sem um compromisso de que o Estado judaico não fará um ataque contra o Irã sem a coordenação de Washington, informa neste domingo o jornal Haaretz, que cita fontes oficiais americanas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa do país, Ehud Barak, responderam apenas de forma vaga e genérica às perguntas de Panetta sobre as intenções de Tel Aviv a respeito do Irã. Netanyahu e Barak lideram a campanha no seio do Executivo em favor de um bombardeio relâmpago contra instalações nucleares iranianas, com ou sem o aval dos Estados Unidos, segundo a imprensa local.

Panetta enfatizou a importância de coordenar qualquer resposta ao programa nuclear de Teerã e insinuou que a Casa Branca não quer ser surpreendida por Israel em um assunto tão delicado. O secretário de Defesa americano viajou ao Estado judaico no início de outubro, quando o Governo do presidente Barack Obama chegou à conclusão de que já não entendia mais a posição de Israel em relação ao programa nuclear iraniano.

Esta incerteza derivava de uma considerável redução dos pronunciamentos de Israel sobre o tema, tanto públicos como através dos canais diplomáticos e de defesa.

A informação deste domingo surge em meio a um intenso debate sobre a iminência de um ataque ao Irã. As especulações aumentaram nesta semana após Israel testar com sucesso o lançamento de um míssil balístico de 6 mil quilômetros de alcance e possibilidade de abrigar uma ogiva nuclear.

Uma pesquisa publicada nesta semana pelo Haaretz revela uma notável divisão na opinião pública israelense sobre a conveniência de um ataque que poderia despertar tensões em todo o Oriente Médio.

Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados apoiam a ideia, enquanto 39% se opõem e 20% se mostraram indecisos.

Fonte: EFE
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ONU, Europa e EUA condenam novos assentamentos israelenses

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Agricultor palestino observa oliveiras partidas, após ataque de colonos israelenses na vila de Qusra, na Cisjordânia

O governo americano afirmou nesta terça-feira estar "profundamente decepcionado" por conta do anúncio israelense de que foi aprovada a construção de 1.100 casas para colonos em Jerusalém Oriental em zona ocupada na Guerra dos Seis Dias de 1967.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland, a decisão de Israel "é improdutiva em relação aos esforços para recomeçar as negociações diretas" entre o governo israelense e os palestinos.

De acordo com comunicado de Israel, o público tem 60 dias para apresentar objeções ao plano. O comitê de urbanização, ligado ao Ministério do Interior, examinará as eventuais objeções antes de anunciar uma licitação para a construção das casas.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também criticou os planos do governo israelense e pediu às autoridades do país que desistam da ideia. "Pedimos às duas partes que evitem medidas provocativas e, portanto, lamento enormemente que hoje se tenha decidico continuar com os assentamentos", afirmou.

Segundo ela, o plano deveria ser cancelado porque o aumento dos assentados "ameaça a viabilidade da solução de dois Estados".

O enviado da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, se uniu às vozes dos americanos e europeus contra a decisão e considerou a decisão "muito preocupante", além de ignorar, segundo ele, o pedido de que se evitem medidas provocativas. "Isso transmite um sinal errado em um momento delicado", disse.

Para Serry, as novas construções vão contra regras do direito internacional e mina as possibilidades de reavivar as negociações por um acordo de dois Estados e pelo fim do conflito na região.

A decisão de Israel vem depois de uma declaração do Quarteto, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU, que ajudam no diálogo, que pedia aos israelenses e palestinos que retomem as negociações e alcancem um acordo de paz em 2012, criando um Estado palestino no mesmo ano.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, deu a entender que não tinha a intenção de congelar novamente a colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, a parte da cidade ocupada e anexada por Israel em 1967, para tentar reabrir as negociações com os palestinos.

"É um pretexto que usam e voltam a usar, mas muitas pessoas consideram que é uma estratégia para evitar as negociações diretas", declarou ao "Jerusalem Post", em referência à exigência dos palestinos de que Israel congele a colonização para retomar as negociações de paz.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Paz ou guerra em setembro de 2011?

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No dia 23 de maio o presidente Barack Obama proferiu um discurso sobre a política externa dos EUA para o Oriente Médio no Departamento de Estado, declarando seu apoio à primavera árabe e reiterando sua crença a solução de dois Estados é a melhor maneira de resolver o conflito israel-palestino. No dia seguinte, foi a vez do primeiro ministro israelense, Netanyahu, dar seu recado. Em seu discurso no congresso rejeitou várias afirmações de Obama, sendo efusivamente aplaudido pelos congressistas (29 aclamações). Atribuiu a responsabilidade do conflito aos palestinos devido à não aceitação da existência do Estado de Israel: “eles simplesmente não querem acabar com o conflito. Eles continuam educando suas crianças para o ódio. Eles continuam com a fantasia de que Israel será um dia inundada pelos palestinos refugiados”. Assim, a proposta do governo israelense foi clara: só poderá existir um estado Palestino desmilitarizado e dentro de fronteiras diferentes daquelas acordadas em 1967 na Resolução 242 da ONU. Consequentemente, não aceitar essa proposta, é, para Netanyahu, sinal de que os palestinos não desejam a paz.

Equanto isso em Jerusalém, o ex-chefe da Mossad, Meir Dagan, que dirigiu a organização entre 2002-2010, criticou, publicamente, o governo israelense por “falta de discernimento e flexibilidade”, chamando-o de "imprudente e irresponsável" no tratamento da política de segurança de Israel. Dagan considera uma ameaça maior o isolamento de Israel por um grande segmento da comunidade internacional como provável resultado do esforço da Palestina em obter o reconhecimento de seu Estado. Ele alerta que diante da pressão internacional, Israel poderá trazer à tona o velho argumento de responder aos pequenos incidentes forçando uma solução militar.

Dagan não é nenhum pacifista utópico. Quando foi escolhido para ser chefe da Mossad, Sharon disse que ele queria uma Mossad com "uma faca entre os dentes." Nos últimos meses, o chefe militar, Gabi Ashkenazi, e o diretor da agência de segurança Shin Bet, Yuval Diskin, também renunciaram. Portanto, além de indicar a existência de fissuras dentro do establishment de segurança nacional de Israel, a saída desse triunvirato, de acordo com o próprio Dagan, demonstra que Netanyahu está removendo aqueles que até então resistiam à sua estratégia de atacar o Irã.

Dagan não acredita em uma paz com a Síria, se opõe fortemente à criação de um Estado Palestino nas fronteiras de 1967 ou a qualquer compromisso sobre os refugiados, mas acha que Israel, por seu próprio bem, deve tomar a iniciativa no processo de paz. Principalmente nesse momento em que ocorrem mudanças regionais, ele está preocupado, em primeiro lugar pelo que está acontecendo no Egito.

Ao mesmo tempo, o presidente Obama, antecipando as movimentações para o período eleitoral de 2012, iniciou uma mudança radical em sua equipe de segurança nacional que pode ter graves repercussões no Oriente Médio. O presidente nomeou o diretor da CIA, Leon Panetta, para assumir o posto de secretário de Defesa, escolheu o comandante da guerra do Afeganistão, general David Petraeus, para substituir Panetta na agência de inteligência e indicou o General Martin Dempsey para chefe do Estado-Maior das forças armadas dos EUA. A nomeação desse último foi feita no 'Memorial Day', o feriado anual que recorda os americanos mortos em combate, e ocorre em um momento crítico de reorganização do aparato de defesa e segurança dos Estados Unidos.

Nas últimas duas décadas, Dempsey passou a maior parte do seu tempo dedicado ao Oriente Médio: oficial de operações com o corpo de blindados na Guerra do Golfo(1991); chefe da delegação americana que treinou a guarda nacional saudita; comandante de uma divisão de blindados no Iraque em 2003; oficial responsável pela formação do novo exército iraquiano, e finalmente chefiando o Comando Central, que abrange o Irã, Egito, Síria e a Jordânia. Além disso, Dempsey é bastante familiarizado com as Forças de Defesa de Israel por meio de intercâmbio de informações e de opiniões entre as forças de ambos os exércitos nos últimos anos. É um estudioso e admirador das ações de Israel na Guerra de 1973, Guerra do Líbano (2006) e das ações contra o terrorismo nos territórios ocupados.

Portanto, como bem observou Amir Oren (Obama's new security staff may approve attack on Iran Haaretz 01/06/2011) as mudanças na equipe de segurança nacional dos EUA são não apenas um assunto norteamericano. Apesar de o próprio Oren reconhecer ser difícil, Dempsey, no início do seu mandato, convencer Obama a atacar o Irã, ou mesmo permitir Israel fazê-lo, não se pode negligenciar seus estreitos laços com o pessoal da forças de Defesa israelenses e a confiança do Congresso norte-americano nos planos de Netanyahu.

Para Israel e os EUA, recorrer à ONU e não acreditar em Netanyahu e Obama passou a ser denominado de unilateralismo e ameaça à Paz! No momento em que cresce o apoio da comunidade internacional para o reconhecimento diplomático de um Estado Palestino na Assembléia Geral da ONU, em setembro, aumentam também as possibilidades de um ato tresloucado da direita israelense com o apoio do democrata Obama.

Fonte: Carta Maior
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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Israel rejeita retorno às fronteiras de 1967

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na véspera de uma viagem a Washington que a visão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de um Estado Palestino com as fronteiras de 1967 deixaria Israel "indefensável."

"A viabilidade de um Estado Palestino não pode vir em detrimento da existência de Israel", disse ele em nota oficial antes de voar para os Estados Unidos para um encontro com Obama.

Respondendo a um grande discurso que Obama fez na quinta-feira sobre a estratégia para o Oriente Médio, Netanyahu disse que ele espera que Washington permita ao país manter os principais assentamentos além das fronteiras de 1967 na ocupada Cisjordânia em qualquer acordo de paz com os palestinos.

Autoridades israelenses mostraram surpresa com o linguajar no discurso de Obama. Quando questionado se Netanyahu tinha sido informado de antemão do discurso, um diplomata disse: "Sem comentários." Alguns repórteres israelenses que acompanham o primeiro-ministro preveem um encontro tempestuoso.

Ao definir os princípios de um acordo de paz no Oriente Médio, Obama reafirmou o comprometimento com a segurança de Israel.

Ele pediu um acordo que resulte em dois países, Israel e Palestina, dividindo a fronteira que existia antes de Israel capturar a Cisjordânia na guerra de 1967. As conversas iriam incluir "negociações de terra mutuamente acordadas", ele disse.

Em resposta, Netanyahu disse que espera "ouvir a reafirmação do presidente Obama dos compromissos assumidos pelos EUA para Israel em 2004" -- uma alusão à carta enviada pelo então presidente George W. Bush sugerindo que a nação judaica pudesse manter os blocos de assentamentos como parte de qualquer acordo de paz.

"Este compromisso está relacionado com Israel não precisar voltar para as fronteiras de 1967", acrescentou Netanyahu. Tal fronteira, disse Netanyahu, seria "indefensável."

ABBAS "AGRADECE" ESFORÇOS DE OBAMA

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, saudou os esforços de Obama para renovar as conversas de paz com Israel que entraram em colapso no ano passado e programou uma sessão "de emergência" de autoridades palestinas e árabes para definir os próximos passos, disse um assistente sênior.

Saeb Erekat, um ex-negociador chefe de paz, disse: "Abbas expressa o seu agradecimento pelos esforços contínuos feitos pelo presidente Obama com o objetivo de retomar as conversações na esperança de chegar a um acordo final."

O linguajar direto de Obama sobre a necessidade de acabar com a ocupação de Israel em terras árabes deve ser um dos pontos de bastante discussão na sua reunião com Netanyahu.

"O sonho de um Estado judeu democrático não pode ser alcançado com ocupação permanente", disse Obama.

A sua ênfase nas fronteiras de 1967 foi mais direto do que Obama jamais falou ao apresentar os princípios para resolver o impasse entre Israel e palestinos. Ainda assim, ele não apresentou um plano formal de paz dos EUA.

As críticas de Obama aos "contínuos assentamentos" mandaram uma mensagem para Netanyahu às vésperas do encontro dos dois em Washington: ele espera que a nação judaica faça concessões.

Danny Danon, membro do partido de direita Likud, de Netanyahu, acusou Obama de buscar a destruição de Israel ao adotar a visão do falecido líder palestino Yasser Arafat.

"Netanyahu só tem uma opção: dizer para Obama esquecer essa ideia", disse Danon, segundo a mídia israelense.

Fonte: Reuters
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Obama reafirma à BBC fronteiras de 67 como base para paz no Oriente Médio

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Em entrevista à BBC logo após seu discurso sobre a política americana para o Oriente Médio, o presidente dos EUA, Barack Obama, reafirmou que as fronteiras de 1967 devem ser a base para negociações sobre um futuro Estado palestino.

"A base para negociações irá implicar olhar para aquela fronteira de 1967, reconhecendo que as condições mudaram e que é preciso haver trocas para acomodar os interesses de ambos os lados", disse Obama em entrevista ao jornalista Andrew Marr que irá ao ar neste domingo (22).

O presidente já havia feito a afirmação em seu discurso, proferido pouco antes no Departamento de Estado, em Washington.

Segundo Obama, essa posição é óbvia para aqueles que acompanharam a história do conflito entre israelenses e palestinos.

Logo após o pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel divulgou uma nota em que afirma que a proposta sobre as fronteiras antes da Guerra dos Seis Dias, de 1967, é "indefensável". Israel construiu vários assentamentos na região reivindicada pelos palestinos.

SEGURANÇA

O presidente americano disse, por outro lado, que Israel não vai "avançar" nas negociações a não ser que o país sinta que está seguro contra ataques vindos da faixa de Gaza e do Hizbollah, no Líbano.

Ele também reconheceu que o futuro status de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos são temas que ainda precisam ser discutidos.

"Nosso argumento é: vamos começar com uma conversa sobre território e sobre segurança", disse.

"Se fizermos progresso sobre como os dois Estados serão, e os lados (envolvidos) veem que é assim que vai terminar, então fica fácil para ambos fazer concessões difíceis que resolvam as outras duas questões."

Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Netanyahu quer garantias dos EUA contra planos palestinos de independência

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, viaja nesta quinta-feira a Washington para tentar obter o apoio do governo americano em meio a um impasse no processo de paz e temores de novos protestos e confrontos com palestinos.

Netanyahu deverá se encontrar nesta sexta-feira com o presidente americano, Barack Obama, e na próxima terça-feira deverá discursar perante o Congresso dos Estados Unidos.

Nesta semana, Netanyahu fez um discurso no Parlamento de Israel expondo suas propostas para um acordo com os palestinos, que foi visto como um ensaio para o discurso que deverá fazer no Congresso americano.

As propostas do premiê, que foram imediatamente rejeitadas pela liderança palestina, incluem a permanência de tropas israelenses ao longo do rio Jordão, na fronteira leste da Cisjordânia, e a continuação da anexação de Jerusalém Oriental por Israel.

Netanyahu também afirmou que Israel não pretende negociar com qualquer governo palestino que inclua o Hamas e condenou o acordo de reconciliação assinado entre as facções palestinas Fatah e o Hamas, no início deste mês.

RECONHECIMENTO

O líder palestino, Mahmoud Abbas, declarou que depois de quase 20 anos de negociações com Israel, sem que houvesse resultado, está decidido a se dirigir à ONU no próximo mês de setembro para pedir o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.

Em sua visita aos EUA, Netanyahu deverá pedir garantias de que Washington não apoiará o pedido de reconhecimento de Abbas.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, qualificou o plano palestino de pedir o reconhecimento da ONU, independentemente das negociações com Israel, como um "tsunami diplomático".

Segundo a previsão dos analistas, mais de 140 países membros da ONU deverão apoiar o reconhecimento do Estado Palestino, que será seguido por grandes manifestações nos territórios ocupados por Israel.

TERCEIRA INTIFADA

Para Aluf Benn, analista do jornal "Haaretz", "a viagem (de Netanyahu) a Washington, tem o objetivo de garantir o apoio americano a Israel antes da terceira Intifada".

Israel já enfrentou duas Intifadas (levantes) palestinas. A primeira em 1987, conhecida como "Intifada das pedras", que consistiu em grandes manifestações de civis contra a ocupação, e a segunda, em 2000, conhecida como "Intifada armada", que envolveu atentados suicidas contra civis israelenses.

Em vista do clima de pessimismo sobre as chances de algum avanço nas negociações de paz, tanto entre israelenses como palestinos, a expectativa é de uma tensão que deverá aumentar em setembro, quando a Assembleia Geral da ONU deverá votar o pedido de reconhecimento do Estado Palestino.

Segundo as previsões, essa tensão poderá resultar em um confronto generalizado.

De acordo com Yaron Dekel, analista da TV estatal de Israel, "Netanyahu não acredita que seja possível um acordo de paz com Abbas e, no melhor dos casos, espera poder administrar o conflito em fogo baixo".

Fonte: BBC Brasil
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sábado, 14 de maio de 2011

Israel e EUA continuam a investir forte no sistema de defesa antimísseis

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A interceptação bem-sucedida de dois foguetes disparados contra a cidade israelense de Ashkelon no começo de abril pelo sistema Iron Dome de defesa antimísseis foi um marco fundamental para a implementação do sistema. Como informado em abril, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comentou após a primeira utilização do sistema operacional: "Temos implantado [as baterias Iron Dome] nas últimas duas semanas sem realmente testá-las ... e que até agora têm funcionado muito bem ".

Embora as autoridades israelenses repetidamente enfatizem que o sistema tem limitações e não pode fornecer proteção total, o primeiro sucesso do Iron Dome convenceu o governo. Em entrevista ao jornal Haaretz publicada nesta segunda-feira (09/05), O Major-General Udi Shani, diretor-geral do Ministério da Defesa israelense, confirmou que o país planeja investir aproximadamente 1 bilhão de dólares no desenvolvimento do sistema e na produção de baterias adicionais.

"Estamos falando de 10-15 baterias Iron Dome. Vamos investir cerca de 1 bilhão no presente. Este é o objetivo, além dos 205 milhões dólares que o governo dos EUA autorizou." disse Shani ao jornal israelense. Isto irá apoiar os esforços de Israel para implantar um escudo antimíssil multi-camadas contra uma variedade de ameaças. Esta abordagem inclui ainda o desenvolvimento para um sistema de defesa anti-míssil balístico de longo alcance americano-israelense, o projeto "Arrow Mark III", e do sistema da Rafael de médio alcance o "Sling". De acordo com Shani, este será igualmente financiado com 1 bilhão nos próximos cinco anos e está programado para se tornar operacional até 2012.

Shani explicou ainda que o financiamento dos EUA abrange quatro baterias adicionais. O número exato de baterias encomendadas por Haifa ao fabricante Rafael Advanced Defense Systems Ltd vai depender do "mix" escolhidos de baterias e mísseis interceptores definidos no conceito de múltiplas camadas de defesa contra mísseis. No entanto, Shani enfatizou que, apesar do desenvolvimento ainda está em curso o processo de avaliação, os contratos definem o recebimento dos primeiros "dentro de alguns meses."

A Rafael desenvolve e fabrica os elementos do Iron Dome em colaboração com ELTA Systems, uma subsidiária da Indústria Aeroespacial de Israel, bem como a IDF. O sistema compreende um sistema de radar construído pela ELTA, um centro de controle e baterias de mísseis interceptores construídos pela Rafael. O míssil interceptor, apelidado de Tamir, é equipado com sensores eletro-ópticos e aletas de direcionamento, oferecendo alta manobrabilidade. Cada interceptor tem um custo estimado entre 35-50 mil dólares.

O radar do Iron Dome detecta e identifica lançamentos de foguetes ou projétil de artilharia e acompanha a sua trajetória. Os dados de destino são transmitidos para o Battle Management & Weapon Control(BMC) para processamento. A trajetória e o risco são analisados, em seguida o ponto de impacto previsto pode ser determinado. Se a trajetória estimada do foguete representa uma ameaça crítica, é enviado um comando dentro de uma fração de segundos e um interceptor é lançado contra a ameaça. O interceptor recebe atualizações de trajetória constantes da BMC através de comunicações via link, se aproxima do alvo e então usa seu buscador de radar para acertar o alvo. A ameaça é então eliminada em pleno ar, bem longe da área protegida.

O sistema de defesa antimísseis é caro, mas também pode receber investimento estrangeiro na Rafael nos próximos anos, como um funcionário da defesa israelense confirmou que há interesse estrangeiro no sistema. Cinco países já manifestaram interesses pelo Iron Dome desde que seu uso com sucesso da primeira operação no início de abril, de acordo com Shani.

Fonte: Defense & Professional
Tradução e adaptação: Angelo D. Nicolaci
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Obama envia chefe de Forças Armadas ao Oriente Médio

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Com o Exército comandando o Egito após a queda de Hosni Mubarak, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou neste sábado um de seus principais conselheiros militares para o Oriente Médio para tranquilizar dois importantes aliados: a Jordânia, que enfrenta manifestações de descontentamento de seus próprios cidadãos, e Israel, que vê sua segurança em risco em razão das grandes transformações no mundo árabe.

O almirante Mike Mullen, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, fará sua primeira escala em Amã, onde vai se reunir no domingo com importantes autoridades jordanianas, dentre elas o rei Abdullah II. A Jordânia enfrenta cinco semanas de protestos inspirados nos levantes da Tunísia e do Egito, embora o número de manifestações tenha diminuído.

No domingo, Mullen vai para Tel-Aviv, onde permanece até segunda-feira. Ele vai participar de cerimônias que marcarão a aposentadoria de seu homólogo israelense, o tenente-general Gabi Ashkenazi, e vai se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Shimon Peres. Mullen não deve ir ao Egito desta vez.

O governo israelense está muito preocupado com a perspectiva de que a queda de Mubarak possa levar ao surgimento de um governo menos amistoso ao Estado judeu. Egito e Israel travaram quatro guerras antes da assinatura do tratado de paz em 1979. Netanyahu disse o novo governo no Cairo deve manter o acordo de paz, o primeiro firmado entre Israel e um país árabe.

Os governantes militares do Egito anunciaram nesta sábado que cumprirão os tratados internacionais, medida aparentemente tomada para diminuir as preocupações de Israel.

Tanto o Egito quanto a Jordânia têm participação importante, juntamente com os Estados Unidos, na busca pela paz entre Israel e palestinos. Além disso, o Egito controla o Canal de Suez, rota de extrema importância para o comércio mundial de petróleo.

Fonte: Estadão
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

EUA prometem impedir que mudança no Oriente Médio ameace Israel

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Os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que as mudanças políticas no Oriente Médio, incluindo o levante no Egito, não ameacem Israel, disse o vice-secretário de Estado norte-americano, James Steinberg, na quinta-feira.

Seja qual for o novo governo no Egito, ele precisará "honrar o tratado de paz histórico do Egito com Israel", afirmou Steinberg aos congressistas dos EUA.

"Estamos comprometidos em garantir que as mudanças políticas nas fronteiras de Israel não criem novos perigos para Israel e região", disse ele, num depoimento ao Comitê de Assuntos Externos da Casa dos Representantes.

"Ao trabalhar para as transições pacíficas, acreditamos que podemos ajudar a garantir a segurança de Israel no longo prazo, assim como podemos apoiar os governos que respondem mais à sua população", afirmou Steinberg.

O governo norte-americano ficará atento contra as tentativas de "sequestrar" a reforma no Egito para fazer avançar o extremismo, disse ele.

O Egito tem sido sacudido por duas semanas de protestos exigindo a saída do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos, antes do fim do seu mandato em setembro. Mubarak recusa-se a deixar o cargo, mas diz que não concorrerá à reeleição.

Steinberg repetiu as advertências dos EUA ao governo egípcio de que "passos mais concretos" são necessários para sustentar suas promessas de diálogo com os manifestantes, além de eleições livres e justas.

O governo do Egito tem resistido à pressão cada vez maior vinda dos EUA, seu aliado-chave, e do movimento de protesto.

Steinberg indicou que os EUA prosseguiriam a ajudar economicamente o Egito, dizendo que o país apoiará grupos democráticos e a retomada econômica.

A assistência norte-americana ao Cairo é de cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano. A maior parte desse valor, porém, consiste em auxílio militar

Fonte: Reuters
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sábado, 20 de novembro de 2010

Líder palestino diz que ajuda americana a Israel é pretexto para fornecer armas

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O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) Mahmoud Abbas declarou nesta sexta-feira ao jornal árabe "Asharq Al Awsat" que a oferta americana de apoio a Israel em troca de um novo congelamento a obras em assentamentos na Cisjordânia é apenas "um pretexto para fornecer mais armas" ao país.

"Repudiamos que o oferecimento de aviões esteja vinculado de qualquer maneira com o fim da colonização: não temos nada a ver comisso. É nossa posição e não mudará", disse Abbas.

"Os Estados Unidos são aliados de Israel e não podemos impedi-lo. Mas que sua ajuda aconteça longe do processo palestino de negociações, e que não seja utilizada como pretexto para dar mais armas a Israel", acrescentou.

Ainda nesta quarta-feira (17) a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se recusou nesta a comentar se Washington vai considerar o pedido de Israel de fornecer garantias por escrito em troca de moratória nos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

Questionada se ela colocaria a ideia no papel, como as autoridades israelenses pediram, ela disse não poder revelar o conteúdo de suas discussões.

"Não posso entrar em detalhes. Só posso repetir o que já disse: que estamos em contato próximo tanto com israelenses quanto com palestinos. Estamos trabalhando intensamente para criar as condições para retomar as negociações que podem levar a uma solução de dois Estados e à paz duradoura", disse ela.

EXIGÊNCIAS

Ainda no início da semana o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, exigiu dos EUA uma proposta por escrito. Ele apresentou no domingo ao seu gabinete um plano americano que estenderia em 90 dias a paralisação na construção de assentamentos na Cisjordânia, em troca de incentivos diplomáticos e na área da segurança.

Uma das ofertas americanas seria 20 caças F-35, no valor de quase R$6 bilhões de reais cada um, citados durante um encontro de sete horas com a secretária de Estado, Hillary Clinton, em Nova York, na última semana.

Essa seria a primeira vez que os Estados Unidos dariam de graça aeronaves aos israelenses. Recentemente, foram adquiridos por Israel 20 aviões americanos de última geração.

As negociações incluiriam também a promessa de que os Estados Unidos vetariam qualquer resolução anti-Israel na ONU (Organização das Nações Unidas).

Em troca desses benefícios militares, Israel congelaria os assentamentos na Cisjordânia por 90 dias, para ter tempo hábil de acertar com os palestinos os limites das fronteiras.

POR ESCRITO

A condição de que as propostas sejam passadas por escrito foi declarada à imprensa pelo vice-ministro, Dan Meridor, e o ministro da Economia, Yuval Steinitz.

O projeto de moratória, traçado por Netanyahu com o conselho de ministros sob influência das negociações americanas, depende ainda da aprovação do partido ultraortodoxo Shas, que avisou que depende da decisão do seu líder espiritual, o rabino Ovadia Yosef.

A iniciativa deveria ser enviada à Secretaria de Política e Segurança na manhã desta terça-feira, mas o receio de que o governo americano não cumprisse a sua parte adiou sua apresentação.

"Ainda não temos uma proposta final de acordo escrito que possa ser debatida em profundidade", disse o ministro Steinitz à rádio militar israelense.

PLANO AMERICANO

Washington quer que Israel retome a paralisação na construção de assentamentos, para que as negociações de paz com os palestinos possam evoluir, depois que o outro lado abandonou as conversas em setembro, apenas algumas semanas após terem sido iniciadas pelo fato de Israel ter se recusado a estender uma paralisação prévia, que durou dez meses.

Segundo o plano dos EUA, Israel declararia mais três meses de interrupção nas construções na Cisjordânia, terra capturada na guerra ocorrida há mais de 40 anos e onde os palestinos buscam fundar um Estado. Qualquer construção iniciada desde o fim do acordo prévio, em setembro, seria paralisada.

Entre as promessas feitas por Washington a Israel, está a garantia em vetar qualquer resolução levada ao Conselho de Segurança da ONU que tente "impor uma determinação política a Israel', disse uma fonte, que não quis se identificar.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fidel Castro alerta em vídeo sobre riscos de uma guerra nuclear

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O ex-presidente cubano Fidel Castro alertou sobre os riscos de uma "iminente" catástrofe nuclear se Estados Unidos e Israel vierem a atacar o Irã, em inusitado vídeo gravado e veiculado em sete línguas na quinta-feira em um site do governo na Internet.

As advertências de Fidel, de 84 anos, se transformaram em um importante tema de sua agenda política nos últimos meses, período em que retomou sua participação em eventos públicos depois de quatro anos afastado enquanto se recuperava de uma doença intestinal.

O líder tem tratado sobre esse tema em colunas de opinião, em entrevistas em veículos de comunicação oficiais, em eventos públicos com estudantes e com distintas autoridades do governo.

"Hoje existe um risco iminente de guerra com o uso desse tipo de armas, e não tenho a menor dúvida de que um ataque dos Estados Unidos e de Israel contra a República Islâmica do Irã se transformaria inevitavelmente em um conflito nuclear global", disse ao site Cubadebate (www.cubadebate.cu).

"Qualquer governo do mundo está obrigado a respeitar o direito à vida de qualquer nação e do conjunto de todos os povos do planeta", destacou.

A mensagem foi gravada em espanhol, inglês, francês, alemão, italiano, russo e árabe. É uma das poucas vezes que o governo divulga opiniões do líder histórico da Revolução Cubana dessa forma.

De acordo com o Granma, jornal do Partido Comunista, o ex-presidente cubano se reuniu com o acadêmico Michel Chossudovsky, principal editor do site Global Research, em meados deste mês, quando gravou a mensagem em vídeo contra a guerra nuclear.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Irã vai provar que EUA abastecem Israel com material nuclear

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O negociador chefe iraniano sobre o programa nuclear, Said Jalili, assegurou nesta segunda-feira que seu país vai publicar em breve documentos que demonstram que os Estados Unidos abastecem Israel com material nuclear.

Para Jalili, a principal questão no mundo árabe é saber como o regime sionista consegue essas armas.

Israel é considerada a única potência nuclear no Oriente Médio, enquanto tanto o Estado hebreu e vários países ocidentais suspeitam que o Irã tenta fazer uma bomba atômica, o que Teerã desmente.

Fonte: AFP
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Israel aprova compra de aviões de combate dos EUA

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O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, aprovou preliminarmente neste domingo a compra de vinte aviões de combate fabricados nos Estados Unidos com uma tecnologia que impede que as aeronaves sejam detectadas em radares.

A entrega dos caças F-35 está prevista para entre 2015 e 2017, disse uma autoridade da Defesa israelense.

Líderes de Israel têm falado que o arqui-inimigo Irã está desenvolvendo armamento nuclear desde o início da década, sugerindo que as aeronaves F-35 não serão usadas para qualquer ação preventiva, mas sim para aumentar o poderio do país.

Um comunicado do Ministério da Defesa disse que Barak "aprovou em princípio as recomendações das Forças de Defesa de Israel e do Ministério da Defesa de seguir em frente" com a compra.

Os aviões secretos de combate, fabricados pela Lockheed Martin, "permitirão que Israel continue com sua superioridade aérea e mantenha-se tecnologicamente acima em nossa região", disse Barak, segundo o comunicado.

O Ministério de Defesa disse que Israel planeja comprar inicialmente 20 aeronaves, no valor total estimado de 2,75 bilhões de dólares, a ser coberto por um subsídio da Defesa norte-americana no valor de 3 bilhões de dólares.

Autoridades estimaram que a aprovação final do acordo possa ocorrer até o final de setembro pelo conselho de ministros do governo israelense.

Israel seria o primeiro país a assinar um acordo de compra de F-35 fora dos oito parceiros internacionais que ajudaram a desenvolver a aeronave.

O acordo está sendo discutido desde setembro de 2008, quando o Pentágono aprovou primeiramente a venda de 25 aviões de combate com a possibilidade de aumentar esse número nos anos seguintes.

O F-35 foi construído para impedir a detecção por radar e pode desempenhar um papel importante em qualquer esforço israelense de atacar o que o país considera uma ameaça à sua existência criada pelo programa nuclear iraniano. Teerã nega as alegações do Ocidente e de Israel de que está tentando produzir armas atômicas.

Israel, que acredita-se ser a única nação do Oriente Médio a deter arsenal nuclear, também considerou uma opção mais barata: a compra de uma versão modificada do avião de combate F-15, da Boeing.

Fonte: Reuters
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