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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

EUA investem em novo sistema de comando e controle conjunto

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Seguindo rumo a criação de uma nova e moderna rede de comando e controle, a qual vislumbra diversos aspectos da defesa dos EUA, interligando suas forças armadas e elevando a simbiose entre os sistemas. 

Recentemente publicamos sobre o inicio dos testes que envolvem o novo link que promete solucionar a lacuna na capacidade de comunicação entre os dois principais vetores de 5ª Geração da USAF, onde se espera em breve obter uma solução para troca de dados LPD/LPI entre o F-22 e o F-35. Complementando o que falamos sobre o programa de grande envergadura que vem se desenvolvendo nos EUA, foi noticiado no Defense News que o chefe de operações navais e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea trabalharão para vincular suas redes de comando e controle, que passarão a ser um único sistema C2 conjunto. A troca rápida e contínua de informações entre as forças nos cinco domínios (terra, mar, ar, espaço e ciberespaço) é crucial para as futuras operações de vários domínios previstas pela Força Aérea e pelo Exército.

O conceito Joint All Domain C2, propõe a criação de uma rede C2 que ligaria todos os sensores militares dos EUA a todos os operadores em tempo quase real. A USAF está trabalhando ativamente com o restante da força conjunta para buscar tecnologias futuras para construir uma base digital a partir da qual todos possam compartilhar, conectar e obter uma visão em tempo real de seus meios e sistemas de defesa. Tal necessidade surge diante das atuais capacidades russas e chinesas, especialmente na guerra eletrônica e na arena cibernética, a atual abordagem militar dos EUA ao C2 no campo de batalha simplesmente não funciona.
Segundo Lewis, o homem responsável por descobrir ao realizar operações com aliados no Atlântico e no domínio marítimo do Ártico, que com a atual estrutura não é possível obter um resultado positivo. "Temos sistemas do tipo apenas da US Navy", disse ele, "o que é realmente frustrante".
Por exemplo, a US Navy investiu pesadamente em uma rede chamada NIFC-CA, que liga plataformas de sensores aéreos a navios de superfície. O NIFC-CA permite que aeronaves radar E-2D Advanced Hawkeye e F-35C Joint Strike Fighters localizem aeronaves inimigas ou mísseis, depois transmitir os dados para cruzadores e destróieres Aegis, ou mesmo para navios de combate costeiros, que podem disparar contra alvos que puderem engajar com seus próprios radares. O objetivo é combinar a longa faixa de sensores das aeronaves com o poder de fogo muito mais pesado dos navios de superfície.
Há no momento uma forte demanda identificada, e a industria tem trabalhado dia e noite em busca de obter soluções aos novos desafios que surgem no horizonte próximo, o que tende a levar a uma nova rede híbrida de sensores, a qual venha possibilitar a troca de dados em tempo real à altas velocidades, gerando uma visão clara do campo de batalha em tempo real, capaz de conectar cada meio disponível.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

"Gunship" - Conheça o AC-130 "Spectre" e sua história

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O GBN Defense realizou um intenso trabalho de pesquisa sobre a história da canhoneira voadora AC-130 “Spectre”, o que resultou em duas matérias que oferecem ao nosso público uma visão técnica e histórica sobre essa emblemática aeronave, e nos ajuda a derrubar algumas supostas pretensões para o desenvolvimento de uma variante “canhoneira voadora” do moderno KC-390 da Embraer.

Nesta primeira parte, vamos contar um pouco sobre a história desta aeronave e seus feitos ao longo de mais de 50 anos de história e participação nos mais variados cenários e conflitos. Vamos voltar aos idos dos anos 60, o cenário era o conflito do Vietnã, um dos mais sangrentos e complexos cenários pós-guerra.

O primeiro exemplar convertido para AC-130A em 1967, foi uma aeronave JC-130A (54-1626) selecionada para ser convertida como protótipo para o desenvolvimento do AC-130A, fruto do “Programa Gunship II” dos idos anos 60, sendo o C-130 Hércules selecionado como plataforma para substituir o  Douglas AC-47 “Spooky”. Também apelidado de “Puff”, primeira canhoneira voadora adotada pelas forças norte americanas, fruto do “Programa Gunship I”, a qual teve sua primeira missão em dezembro de 1964, onde o AC-47 mostrou seu grande poder de fogo e o valor estratégico deste tipo de aeronave. Capaz de voar mais rápido e altitudes maiores que os helicópteros, podendo permanecer em espera, além de ser capaz de sustentar um ângulo de curva “pilão”. Tais características permitiam ao AC-47 fornece fogo contínuo e preciso em um único ponto no solo, mas o mesmo apresentava determinadas limitações quanto a capacidade de transporte de munição e autonomia de voo.

Apesar de inicialmente ser pensado como substituto dos AC-47 n Vietnã, o AC-130 não substituiu o AC-47, mas atuou um longo tempo ao lado dos AC-47 naquele conflito, tendo também duas variantes do Fairchild C-119 desenvolvidas para atuar como “canhoneira voadora”, o AC-119 “Shadow” e “Stinger”, frutos do “Programa Gunship III” que operou ao lado dos AC-47, embora não tenham logrado a longevidade operacional atingida pelos AC-47 e AC-130, principalmente devido á algumas deficiências técnicas. A história do “Puff” será abordada em breve aqui no GBN Defense News.


O “Spectre” em ação no Sudeste Asiático

O primeiro exemplar do AC-130A foi enviado ao Vietnã ainda em 1967, chegando ao Vietnã do Sul em 21 de setembro daquele ano, onde todo conceito e tecnologia seriam postos à prova. O programa Gunship II teve início com operações de combate no Laos e no Vietnã do Sul naquele ano. Em junho do ano seguinte, os AC-130A foram enviados para Base Aérea de Tan Son Nhut, próximo de Saigon, onde deveria dar apoio à Ofensiva Tet. Em 30 de outubro de 1968, já havia número suficiente de aeronaves AC-130A para dotar um esquadrão, equipando assim o 16th Special Operations Squadron da 8th Tactical Fighter Wing, estacionados na Base Aérea de Ubon na Tailândia. 

No 18 de agosto de 1968, um dos AC-130A estava em missão de reconhecimento armado, quando foi acionado para fornecer apoio aéreo aproximado as forças norte americanas no solo, o cenário era crítico, as forças vietcongues estavam prestes a romper as linhas norte americanas, levando o comandante das forças em terra a avaliar a situação e optar pelo apoio aéreo, algo que exigia fogo preciso, capacidades oferecidas pelo AC-130A. Diante da situação caótica em que se viam diante do ataque vietcongue, pediu fogo sobre o próprio perímetro em que estavam suas tropas, sendo a única opção contra os vietcongues que tentavam flanquear suas forças à oeste de sua posição. A intervenção do AC-130A foi primordial para sustentar a posição norte americana em campo e rechaçar o ataque vietcongue, o qual se viu obrigado a recuar frente ao intenso fogo despejado pela aeronave sobre suas posições. Assim começou o estreito relacionamento de trabalho com as Forças Especiais que o “Spectre” desfruta até hoje.

Diante da constante ameaça das defesas antiaéreas, a maioria dos AC-130 passou a voar escoltados por uma formação composta geralmente por três aeronaves F-4 Phantom II pertencentes ao 497th Tactical Fighter Squadron, Mesmo protegidos por escoltas, o AC-130 registraria a primeira perda em combate no dia 24 de maio de 1969, quando o primeiro “Spectre” foi perdido após ser atingido pela artilharia antiaérea de 37 mm a 6.500 pés durante missão de reconhecimento de caminhões inimigos. 

No final de 1969, chegava ao teatro de operações o primeiro AC-130A (56-0490) adotando a configuração conhecida como "Surprise Package", com novos sistemas de visão e mira, passando a contar com sistema designador laser YAG, um sensor infravermelho (FLIR), sistemas de gravação de imagens por TV e FLIR, um novo sistema de navegação inercial e incorporando um novo sistema digital de controle de fogo. Após inúmeras avaliações bem-sucedidas em operações reais, os primeiros AC-130 dotados com a configuração inicial “Plain Jane”, receberam um extenso upgrade no início de 1970, passando a receber os novos equipamentos adotados pelo “Surprise Package”, sendo posteriormente realocados na Base Aérea de Ubon na Tailândia. Ainda neste período seria registrada a segunda perda de um “Spectre” em operação, quando uma aeronave AC-130A foi atingida pela AA de 37mm ao atacar um comboio inimigo em 22 de abril de 1970.


Os resultados obtidos com os “Spectre” levaram a aquisição de novas aeronaves do tipo, com a conversão de um lote de aeronaves C-130E para a variante AC-130E, conforme já descrevemos no início desta matéria. Os primeiros AC-130E chegaram ao teatro de operações em 25 de outubro de 1971, estes ainda não contavam com o Obus M102 de 105mm, estes tendo sido introduzidos a partir de 17 de fevereiro de 1972, quando o “Gunship 570” entrou em operação dotado com o primeiro canhão de 105. Esta aeronave voou um curto período, tendo sido severamente avariada pelo fogo antiaéreo, a aeronave então foi canibalizada e seus sistemas sendo integrados em outras aeronaves, dentre estes estava o Obus M102 que foi instalado no “Gunship 571”, o qual ainda era dotado da configuração “Surprise Package”, mas a aeronave também não teve uma longa carreira, sendo abatida pela AA de 57mm enquanto atacava caminhões a 7.500 pés em 30 de março daquele ano. Um pouco antes, no dia 28 de março do mesmo ano, seria registrada a primeira perda de um AC-130A frente ao sistema antiaéreo SA-2, abatido enquanto atacava um comboio na trilha de Ho Chi Minh.

Ao todo foram perdidas seis aeronaves AC-130 “Spectre” durante o conflito, o que deixa claro a vulnerabilidade deste tipo de aeronave em um cenário onde há emprego de sistemas de defesa aérea.

Além dos já relatados, foram registradas as seguintes perdas: No dia 18 de Junho de 1972 uma das aeronaves AC-130A foi abatida por um míssil disparado pelo sistema SAM-7, um míssil portátil disparado pelo ombro, muito utilizado, o qual teria atingido o motor Nº3 que resultou na explosão da asa. A última perda de uma aeronave AC-130 no Vietnã, também foi de um exemplar da variante “A”, a qual foi atingida pela AA de 37mm ao atacar um comboio na trilha de Ho Chi Minh na madrugada do dia 22 de dezembro de 1972, enquanto sobrevoava a 7.800 pés. Ao todo foram perdidos 52 tripulantes de AC-130 durante o conflito do Vietnã, porém, os resultados obtidos pelo AC-130 mostraram a grande eficácia de seu emprego naquele cenário, onde destruíram mais de 10.000 caminhões, sendo fundamentais no apoio aéreo aproximado as tropas em terra, sem os quais os resultados poderiam ter sido catastróficos em muitas missões ondo foram cruciais no apoio aéreo aproximado.

Embora tenha entrado em vigor um acordo de paz com Vietnã no dia 28 de janeiro de 1973, o “Spectre” continuou em atividade na região, embora encerrada sua participação no conflito do Vietnã, o mesmo se manteve ativo em operações no Laos e Camboja. Tendo importante participação nas operações ofensivas americanas no Laos em 23 de fevereiro daquele ano.

O “Spectre” teve um papel chave também na defesa de posições norte americanas frente a ameaça representada pelo avanço do Khmer Vermelho rumo a capital de Phnom Penh em 12 de abril de 1975, quando foram acionados para dar cobertura a Operation Eagle Pull, a qual visava evacuar norte americanos e aliados antes que a capital Phnom Penh caísse diante do avanço comunista. Ainda naquele mesmo ano, os AC-130 voltariam a apoiar a retirada de norte-americanos, desta vez seria em Saigon, onde em 30 de abril foi iniciada a Operation Frequent Wind, onde seriam evacuados os cidadãos norte-americanos e aliados. 

Em 15 de maio de 1975, equipes do 16th Special Operations Squadrons estacionados na Base Aérea de Korat, realizaram missões de apoio aéreo aproximado ao resgate do navio mercante “SS Mayaguez”. A operação começou em 12 de maio, quando o navio foi apreendido pelo Khmer Vermelho a cerca de 160 quilômetros da costa do Camboja em águas internacionais. O navio foi levado para a Ilha Koh Tang e a tripulação teria sido levada para o continente cambojano.  Haviam dois “Spectre” orbitando a ilha, a partir do momento em que foi iniciada a operação. A tentativa de resgate da tripulação (que não estava na Ilha Koh Tang) começou nas primeiras horas da manhã do dia 15 de maio. A feroz batalha continuou até o início da noite com vários operadores das Forças Especiais abatidos e muitos Marines feridos ou mortos em combate. Segundo vários relatos de fuzileiros navais que estiveram na operação em Koh Tang, dizem que devem sua sobrevivência à aplicação cirúrgica do poder de fogo pela "fabulosa canhoneira de quatro motores". Apenas mais uma página da história do “Spectre”.

Em julho de 1975, começou a formação do único esquadrão de “Spectre” da Reserva da USAF, o 711th Special Operations Squadrons. A unidade foi formada em Duke Field com todos os AC-130A remanescentes. A unidade participou com valor em atividades como Operações “Just Cause”, “Desert Shield” e “Desert Storm”, e continuou mantendo presença dos EUA no Panamá. 

Após sua estreia no sudeste da Ásia, o “Spectre” veria ainda muita ação ao longo de sua história, tendo atuado em diferentes conflitos durante o período da “Guerra Fria”, se tornando um importante ativo em vários cenários onde foi empregado no apoio aéreo aproximado. Sua variante AC-130E no final dos anos 70, recebeu atualizações em seus aviônicos, além de incorporar uma lança de reabastecimento que permitia ao mesmo ser reabastecido em voo (REVO), levando a aeronave a adotar a nova designação AC-130H, está apresentando um logo raio de ação executando REVO, o que garantiu a mesma uma capacidade quase ilimitada de deslocamento.

“Spectre” – Conflitos e Missões na Guerra Fria

Quando a frota de aeronaves AC-130H passou a ser dotada com capacidade de reabastecimento em voo, uma missão de demonstração foi planejada e executada a partir de Hurlburt Field, na Flórida, constituindo-se de um voo sem escalas, para realizar uma missão de apoio aéreo aproximado de duas horas sobre o Panamá e depois retornar à sua base de saída. Essa missão de 13 horas contou com dois reabastecimentos em voo, sendo apoiados pelos KC-135 provando a capacidade de realizar missões de longo alcance fora dos Estados Unidos para atacar alvos definidos e retornar à base sem precisar realizar escalas intermediárias.
 
Os AC-130 pertencentes ao 4th e 16th Special Operations Squadrons participaram em quase todos conflitos que os Estados Unidos estiveram envolvidos após a Guerra do Vietnã, sejam conflitos com sua participação oficialmente declarada e em missões não declaradas.

No final da conturbada década de 70, os AC-130 escreveram importantes marcos na sua história, Em especial no ano de 1979, quando foram registrados feitos que comprovaram a grande capacidade de deslocamento e emprego da variante “H” com emprego da capacidade de REVO. Onde em julho de 1979, aeronaves AC-130H foram deslocadas para o Panamá, sendo mobilizadas para lançar uma resposta contra possíveis ações hostis contra os norte-americanos durante a “Revolução da Nicarágua”. Ainda no dia 13 de novembro daquele mesmo ano, o AC-130H quebraria novos recordes de distância em voos sem escalas, quando duas aeronaves AC-130H do 16th Special Operations Squadrons estabeleceram um novo recorde, partindo de Hurlburt Field em 13 de novembro de 1979 e pousando no dia 15 de novembro na Base Aérea de Andersen em Guam, cobrindo uma distância de 13.300 km (7.200mn) em 29 horas e 43 minutos sem realizar escalas. Para conquistar esse feito, foram necessários quatro reabastecimentos em voo, sendo apoiados mais uma vez pelos KC-135, desta vez os pertencentes ao 305th Air Refueling Wing da Base Aérea de Grissom em Indiana.

Outras quatro aeronaves AC-130H repetiram o voo sem escalas de Hurlburt Field para a Base Aérea de Anderson em Guam no mês de novembro, o cenário com a tomada de reféns na Embaixada dos EUA no Irã levou a tal mobilização dos meios, os quais seriam empregados numa hipotética missão de resgate. Em Guam, as equipes da AC-130H desenvolveram procedimentos para reabastecimento sem utilizar os sistemas de comunicação e luzes, tendo por objetivo reduzir os riscos de ter sua posição denunciada durante o REVO, com a discrição sendo fundamental para atuar diante do cenário que se desenvolvia na crise com reféns no Irã, que resultaria em uma missão de resgate.

Mas o mais longo cruzeiro realizado pelos AC-130H, se deu em março de 1980 quando os “Spectre” decolaram de Hurlburt voando sem escalas até o Egito, onde quatro aeronaves ficaram mobilizadas para apoiar a fracassada tentativa de resgate dos reféns no Irã, onde devido uma série de problemas, foi abortada sem que fossem acionados os “Spectre”.

Na década de 80, o “Spectre” viu muita ação no “quintal de casa”, atuando em diversas ocasiões na América Central, sendo um importante ativo na “diplomacia” dos EUA na região durante uma série de conflitos e “revoluções”.  Durante a “Operation Urgent Fury, os “Spectre” foram responsáveis por suprimir as defesas aéreas em Granada em 1983, fornecendo reconhecimento armado e apoio aéreo próximo ao ataque das forças multinacionais que libertaram a ilha. O “Spectre” foi elogiado por "salvar o dia", fornecendo informações de última hora às forças de assalto. As tripulações silenciaram numerosas posições AAA e destruíram vários veículos blindados inimigos, permitindo a tomada do Aeródromo de Point Salines. Naquela ocasião a tripulação do AC-130 foi condecorada pelo sucesso na missão.

Os AC-130H operados pela 16th Special Operations Squadrons foi um dos esquadrões mais ativos operando com os “Spectre”, os quais atuaram no esquema de rotação na Base Aérea de Howard no Panamá, sendo mantidos em alerta, monitorando atividades em El Salvador e outros pontos de interesse da América Central. Neste cenário, os “Spectre” possuíam regras de engajamento que lhes permitiam lançar ataques contra alvos do grupo revolucionário FMLN. Esse destacamento na América Central atuou no período de 1983 até 1990. Algumas fontes creditam aos AC-130 o fim da “Guerra Civil Salvadorenha” na década de 1980. 

Os “Spectre” voaram inúmeras missões secretas nos anos 80, em especial na América Latina, onde realizaram missões de apoio a forças nacionais e paramilitares apoiadas indiretamente pelos EUA. Em Honduras os AC-130 atacaram campos e concentrações de guerrilheiros em apoio ao governo legítimo.


Durante a invasão do Panamá com a “Operation Just Cause” em 1989, os AC-130 tiveram importante papel primordial, sete aeronaves atacaram simultaneamente objetivos das Forças de Defesa do Panamá, destruindo o quartel-general e numerosas instalações de comando e controle, fornecendo valioso apoio aéreo aproximado às forças terrestres, Não foi tarefa fácil por, pois exigia o voo de duas formações; uma formação com duas aeronaves atacando em “pilão” e 5 aeronaves fora do “cone”. No avanço das forças por uma rua na região central da capital um grupo de combate norte americano ficou impedido de avançar, pois num determinado prédio a frente haviam atiradores posicionados em um dos andares do prédio.

O cenário levou a solicitação de apoio aéreo, o qual foi realizado por um AC-130 que estava voando perto dali, ao chegar no local o comandante em terra deu as coordenadas do prédio onde estavam os atiradores, e de pronto veio a resposta.

"...já localizamos o objetivo, mas em qual janela e andar devemos neutralizar os atiradores...". O comandante ficou surpreso com a resposta e a previsão na localização, pouco tempo depois os atiradores foram eliminados, tudo transcorreu num espaço de poucos minutos. A participação do AC-130 na Operação JUST CAUSE é melhor resumida pelo Comandante do 7th Ranger Regiment na seguinte citação: " O fogo devastador causado pelos AC-130 antes dos ataques aéreos ao Rio Hato e Torrijos, ajudou as forças terrestres a superar rapidamente a resistência em ambos os objetivos. Sem o seu apoio, as baixas ​​teriam sido muito maiores ". As tripulações do “Spectre” ganharam o troféu Mackay pelo voo mais meritório do ano e o prêmio Tunner.



A Guerra do Golfo e a conturbada década de 90

Durante as Operações “Desert Shield” e “Desert Storm” na Guerra do Golfo que teve início em 1990, tanto a aviação de primeira linha como a reserva da USAF enviaram seus AC-130 para fornecer apoio aéreo aproximado e proteção da base aérea, além de apoiar as forças terrestres e cumprir com missões de interdição no campo de batalha. Os principais alvos de interdição eram os sítios de sistemas de alerta aéreo antecipado e comando e controle das forças iraquianas ao longo da fronteira sul do Iraque. Mantendo voo padrão em 12.000 pés de altitude, a aeronave tinha uma capacidade comprovada de atingir alvos terrestres em movimento. 

O primeiro “Spectre” a entrar em ação na “Batalha de Khafji” ajudou a deter uma coluna blindada iraquiana no sul em 29 de janeiro de 1991. Um dia depois, mais três “Spectre” forneceram apoio aos fuzileiros navais que participavam da operação. As aeronaves atacaram posições e colunas iraquianas que se deslocavam para o sul buscando reforçar posições ao norte da cidade.

Imagem do "Spirit 03"
Apesar da ameaça representada pelos SAM durante a Batalha de Khafji, onde buscavam deter o Iraque e o avanço de suas divisões mecanizadas e blindadas que rumavam para o sul do Kuwait tentando cruzar a fronteira com a Arábia Saudita, perto da cidade saudita de Khafji.

Como parte de uma demonstração decisiva do poder aéreo sobre as forças terrestres, três aeronaves AC-130 “Spectre” se juntaram à batalha para realizar uma missão de apoio aéreo aproximado (CAS). A última das três aeronaves, um AC-130H, número de série AF 69-6567, continuou em operação no início da manhã de 31 de janeiro, quando prestes a encerrar sua missão, o “Spirit 03” recebeu um chamado dos fuzileiros navais, eles precisavam de suporte para neutralizar uma posição de mísseis inimigos.

Apesar do risco representado pela artilharia antiaérea e a maior vulnerabilidade ao operar durante a luz do dia, a tripulação do “Spirit 03” optou por permanecer e destruir a posição inimiga. O ”Spirit 03” atingiu o objetivo indicado pelas forças em terra neutralizou a ameaça, destruindo o alvo designado pelos fuzileiros navais que estavam sob fogo, mas essa ação teve um alto custo. Um soldado iraquiano portando um MANPAD Strela-2 (SA-7) travou o “Spirit 03” em sua mira, disparando contra o AC-130 facilmente visível à luz do dia sobre Khafji.

"O míssil encontrou o “Spirit 03”, às 06:35 hrs a aeronave enviou um pedido de socorro pouco antes de cair nas águas do Golfo Pérsico, causando a morte dos 14 membros da tripulação, sendo a primeira perda de um AC-130 desde o Vietnã. A perda da tripulação do "Spirit 03" foi a maior perda individual de qualquer unidade da USAF durante a Operação “Desert Storm”.

A bravura e dedicação das tripulações do “Spectre” resultaram na destruição de 21 caminhões de combustível inimigos, 10 veículos blindados de transporte de pessoal e 2 sítios de artilharia antiaérea durante a Batalha de Khafji. A tripulação do “Spirit 03” recebeu as medalhas Silver Star e Purple Heart. As ações desempenhadas pelas tripulações tiveram um papel decisivo na retomada de Khafji e seu subsequente controle, pondo fim as hostilidades.

Ao 16th Special Operations Squadrons foi creditada a destruição de 21 caminhões de combustível, 10 veículos blindados, 9 sítios de Artilharia Antiaérea, 6 veículos de guerra eletrônica (EW), 3 instalações de radar Squat Eye / Flat Face, 2 centros de comunicação e um complexo de comando e controle. Vários outros alvos, incluindo um grande número de tropas inimigas foram engajadas e neutralizadas, mas não há dados confirmando o resultado destes engajamentos. Durante a retirada do exército iraquiano do Kuwait, um AC-I30H forneceu cobertura aérea sobre o Aeroporto Internacional do Kuwait. O 16th SOS Junto com o 711th registraram inúmeras saídas durante a Operação “Desert Storm”, até 27 de maio de 1991, quando os “Spectre” remanescentes na Arábia Saudita encerraram as operações naquele teatro e retornaram à Hurlburt Field.

Nos anos 90, os “Spectre” foram mobilizados em várias ocasiões, como na Somália após a infeliz ação das forças especiais naquele país, tendo sido deslocadas quatro aeronaves para aquele cenário, sendo uma forma de pressionar o governo de Aideed e apoiar as forças da ONU no local. Em 14 de março de 1993, enquanto preparam suas armas perto de Milindi no Quênia, seguindo para Somália para se juntar aos demais “Spectre” mobilizados, a aeronave sofreu a explosão de projétil de 105 mm que estava sendo manuseado pela tripulação. Incapaz de permanecer no ar devido aos fortes danos e incêndio causados pelo sinistro, a aeronave caiu no Oceano Índico perto de um aeroporto, seis tripulantes sobreviveram.

Assim como na Somália, os “Spectre” foram mobilizados para apoiar a Operação “Uphold Democracy no Haiti em 1994, quando os EUA pressionaram o reconhecimento da vitória de Jean Bertrand Aristide nas eleições democráticas do Haiti. Os AC-130 participaram de operações na Libéria em 1996 e na Albânia em 1997, colaborando com a evacuação de civis americanos. Os AC-130 participaram das missões da OTAN na Bósnia e Herzegovina e Kosovo também.

O AC-130U estabeleceu um novo recorde para o voo mais longo realizado por qualquer C-130, realizado entre os dias 22 e 23 de outubro de 1997, quando dois AC-130U voaram 36 horas sem escalas de Hurlburt Field para a Base Aérea de Taegu, na Coréia do Sul, sendo reabastecido sete vezes no ar pelos KC-135. As aeronaves foram deslocadas como parte das forças americanas mobilizadas em 1998 para obrigar o Iraque a permitir inspeções de armas da UNSCOM.


O Século XXI e a Guerra ao Terror

Após mais de três décadas de serviço ativo, sem qualquer aeronave similar em operação no inventário dos EUA, os AC-130 veriam mais uma vez suas capacidades postas à prova diante de um novo cenário, desta vez o inimigo seriam as redes terroristas que ganharam uma grande proporção no início deste novo século, criando um novo cenário de conflito assimétrico.


Em resposta aos ataques lançados em solo americano no 11 de setembro, os EUA responderam com um pesado ataque contra a Al-Qaeda e o Talibã no Afeganistão, principal base da organização naquela época. Neste cenário complexo, mais uma vez foram acionados os “Spectre”, destacados para atuar na "Guerra do Afeganistão", onde estiveram ativamente entre 2001 e 2014, atuando no âmbito da Operação  “Enduring Freedom”. Os ataques lançados pelos “Spectre” tinham por finalidade apoiar as forças especiais em solo, onde havia grande dificuldade de progressão, e as posições do Taliban eram muito bem defendidas durante aquele primeiro momento. O “Spectre” teve um grande papel na estabilização do Afeganistão, estando entre os meios que tiveram maior atuação em missões de Apoio Aéreo Aproximado e reconhecimento armado. Em determinadas ocasiões, o emprego do AC-130H foi primordial para o sucesso das ações em terra, como por exemplo, a rendição das forças Talibãs na cidade de Konduz após o ataque dos “Spectre”. Em 26 de novembro de 2001, os “Spectre” foram mais uma vez acionados para dar resposta à uma rebelião na prisão de Qala-I-Janghi, a rápida intervenção levou a rendição imediata dos rebelados.

No teatro de operações afegão, o 16th SOS realizou inúmeras missões sobre vários pontos daquele país, empregando uma de suas especialidades, o apoio aéreo aproximado e reconhecimento armado. Em março de 2002, três aeronaves AC-130 cumpriram nada menos que 39 missões cruciais de apoio à “Operação Anaconda” no Afeganistão. Durante os combates intensos, despejaram mais de 1.300 projéteis de 40 mm e 1.200 de 105 mm.

Outra frente que foram desdobradas as aeronaves AC-130 do 16th SOS, foi o teatro de operações do Iraque, onde apoiaram a “Operation Iraq Freedom” que teve início em 2003 e se estendeu até 2011, onde as missões de apoio aéreo aproximado foram seu principal emprego no Iraque. Noite após noite, pelo menos uma aeronave AC-130 estava no ar para atender as solicitações de suporte aéreo (ASR). Uma missão típica contava com um AC-130 apoiando as forças especiais no solo, seguido de reabastecimento aéreo e outras duas horas com outra equipe de Forças Especiais (SOF). 

Os AC-130 mais modernos, como a variante “U” também foram usados ​​para reunir informações com seus sofisticados sensores de imagem, infravermelho e radar de longo alcance. Em 2007, as forças de operações especiais (SOF) dos EUA também usaram o AC-130 em ataques a supostos militantes da Al-Qaeda na Somália.

Oito aeronaves AC-130H e 17 AC-130U estavam em serviço ativo em julho de 2010. Em março de 2011, durante a “Primavera Árabe”, a USAF implantou dois AC-130U para participar da “Operação Odyssey Dawn”, a intervenção militar dos EUA na Líbia.


Em setembro de 2013, 14 aeronaves MC-130W “Dragon Spear” foram convertidas em para variante AC-130W “Stinger II”. Os novos “Stinger II” foram estacionados no Afeganistão para substituir os vetustos AC-130H, os quais seriam substituídos pelos novos AC-130J “Ghostrider”. Os AC-130W receberam várias inovações em relação aos “H”, dentre as modificações foram adicionados kits e trilhos para o lançamento de bombas guiadas a laser dentre várias inovações descritas na outra parte desta matéria. 

AC-130W "Stinger II"
Em 15 de novembro de 2015, os “Spectre” foram empregados mais uma vez em ação no Oriente Médio, desta vez no ataque contra o Estado Islâmico (EI) que havia estabelecido uma rota de contrabando de petróleo e combustível no norte da Síria, nesta ocasião, os AC-130 juntamente com os A-10 Thunderbolt II destruíram um comboio com mais de 100 caminhões-tanque. Os ataques foram parte de uma intensificação da intervenção militar liderada pelos EUA contra o EI, denominada “Operação Tidal Wave II”, tentativa de eliminar o contrabando de petróleo que constituía uma das fonte de financiamento para o grupo.

Mas o “Spectre” também teve dias ruins em sua história, como o ataque lançado em 3 de outubro de 2015, quando erroneamente um AC-130 atacou um hospital no Afeganistão, resultando em inúmeras baixas civis, identificando por engano o hospital como fonte de ataques lançados por extremistas forças da coalizão. 

O “Spectre” retornou de sua última missão de combate em 8 de julho de 2019. Porém, ainda se mantém ativo no inventário dos EUA, sendo ainda um meio capaz e operativo nas próximas décadas, onde devem ser entregues um total de 32 aeronaves na variante AC-130J “Ghostrider”, os quais tiveram declarada sua capacidade operacional inicial (IOC) em 30 de setembro de 2017, devendo atingir em 2023 sua capacidade operacional plena.

AC-130J "Ghostrider"
Hoje a USAF dispões de 17 aeronaves AC-130U “Spooky” e 14 aeronaves AC-130W “Stinger II” em seu inventário, isso sem considerar os AC-130J “Ghostrider” que estão sendo entregues, porém, ainda sem obter a certificação operacional plena.

Em 2018, os “Spectre” completaram 50 anos em atividade, desempenhando a importante missão de apoio aéreo aproximado e reconhecimento armado. Embora a aeronave tenha se mantido relevante através de décadas de operação, tendo sido constantemente atualizada com novos armamentos, pacotes de sensores e contramedidas, não há uma boa perspectiva de sobrevivência destas aeronaves em futuros cenários de emprego e que haja uma mínima capacidade de defesa aérea moderna, isso principalmente por sua grande assinatura térmica e RCS, somadas a baixa velocidade atingida pela mesma. Analistas militares do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias, sugeriram que o AFSOC invista em tecnologias mais avançadas para desempenhar o papel de operar em futuras zonas de combate contestadas, incluindo um mix de aeronaves de ataque não tripuladas e furtivas ​​de baixo custo, o que põe em cheque o futuro de um hipotético substituto aos AC-130 “Spectre”.

Em breve lançaremos a segunda parte desta série, onde você conhecerá cada versão do "Spectre" e curiosidades sobre cada uma das versões desta fantástica aeronave.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança



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domingo, 10 de novembro de 2013

Programa KC-46 superou crise de dívida do governo

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A paralisação do governo americano em outubro foi encerrada antes de ter grandes impactos sobre os programas de aquisição do Pentágono, mas para um dos principais programas de modernização da Força Aérea dos EUA , o desastre estava perto.

O Pentágono ficou  á 24 horas de romper seu contrato para substituição dos aviões reabastecedores KC-46, segundo um oficial da Força Aérea relatou no dia 6 de novembro.

A questão foi levantada pela primeira vez por William LaPlante durante uma audiência em 23 de outubro durante uma audiência.

O Pentágono correu o risco de perder um dos seus principais contratos de reaparelhamento, se o presidente Obama tivesse assinado a resolução a respeito do teto de dívida pública 24 horas depois, o contrato teria sido quebrado e comprometido a capacidade de atuação da USAF por atrasar ainda mais a aquisição de uma nova aeronave para reabastecer seus caças e bombardeiros.

O programa KC -46 esteve a ponto de ser cancelado  devido ao desafio de cumprir as obrigações contratuais com um orçamento curto e o temor de um corte profundo com as medidas de elevação do teto da dívida.

O F-35 JSF, o novo bombardeiro de longo alcance e o KC -46 são os três programas de modernização mais importantes da Força Aérea que o alto escalão tem protegido durante dos cortes orçamentários. O programa KC prevê a aquisição de 179 novos aviões para substituir os  velhos KC-135, com 18 aeronaves entregues até 2017 e a conclusão da produção em 2027 .
Durante os cortes orçamentário do ano passado, funcionários do Pentágono levantaram a possibilidade que os cortes poderiam resultar no atraso ou potencialmente uma renegociação do contrato KC-46 com a Boeing . Esse contrato, possui limites de responsabilidade do governo na ordem de 4,9 bilhões de dólares e exige que a Boeing cubra eventuais derrapagens no orçamento inicial do programa em seu desenvolvimento, tendo um custo fixo ao governo com relação a aquisição destas aeronaves, com isso o fantasma de uma renegociação poderia acabar custando mais aos contribuintes.
Isso não aconteceu , e os funcionários do programa disseram que o programa encontra-se no orçamento e dentro do prazo.

LaPlante também declarou que os cortes no orçamento poderiam reduzir o número de F -35 comprados em 2014.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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domingo, 3 de novembro de 2013

Pilotos de F-22 desenvolvem nova doutrina na USAF

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O que começou como uma idéia no guardanapo de um bar no Alaska, agora se tornou a nova capacidade da Força Aérea dos EUA que pode mudar a forma como os caças F-22 são implantados no Pacífico e no mundo .

Em 2008, dois pilotos de F- 22 vieram com a idéia de usar um C-17 para apoiar as operações de até quatro Raptors implantando rapidamente em qualquer base quando necessário. O Globemaster pode ser carregado com todos os equipamentos e armas para os Raptors , e implantar uma base operacional dentro de alguns dias, se não horas .

"Em 2008, um grupo de pilotos estavam sentados em um bar olhando para as ameaça lá fora , com a proliferação das ameaças superfície -ar de longo alcance e a ameaça dos modernos sistemas antiaéreos", disse Cel. Piffarerio David , vice-comandante do Grupo de Caça 477 . "Nós queriamos saber como é que vamos chegar dentro e como manter o inimigo fora do jogo, enquanto avança o nosso poderio. "
Após anos de desenvolvimento, começaram os testes operacionais e a avaliação do "pacote dos Raptors", tendo sido anunciado como bem sucedido em agosto na Base Conjunta Elmendorf -Richardson no Alaska.
Os fundamentos da ideia que o esquadrão de caça e uma unidade de manutenção de aeronaves usem uma combinação de quatro F-22 e um C-17 com um pacote de manutenção sob medida e pessoal treinado. As equipes de terra iriam carregar o C-17  com equipamentos de manutenção e armas e voar com os F- 22 até as bases que são determinados para sua entrada no teatro de operações. Seria cortar grande parte do planejamento, logística e a sobrecarga que tradicionalmente é necessária na implantação de uma ala aérea , dando a Força Aérea a capacidade de colocar rapidamente o seu caça mais capaz em lugares no mundo que tradicionalmente não teriam como operar.
" Se conseguirmos que essas implantações de curta duração e rápida de pacotes menores , pode-se estabelecer rapidamente e com extrema mobilidade nossos caças em países que não possuimos bases ou possamos estabelecer uma presença permanente ", disse Piffarerio .
Em um conflito , a colocação rápida dos Raptors pode impactar na tomada de decisão de um inimigo, ele disse .
A idéia foi desenvolvida no Comando do Pacífico , o que significa que os F-22 atribuídos a essa área poderiam ser implantado rapidamente contra qualquer ameaça na região da Ásia -Pacífico. A Força Aérea já implementa regularmente os F- 22 em bases como a base aérea de Kadena , no Japão .
A demonstração de agosto foi a terceiro executada pela terceira ala e Grupo de Caça 477 nos últimos quatro anos. Além dos pilotos e manutenção de Elmendorf , os pilotos do teste do Esquadrão de Avaliação, Escola de Armas da Força Aérea e do Chefe de Gabinete do Grupo de Estudos Estratégicos da Força Aérea ajudaram a desenvolver o conceito.
Não é a primeira vez que se concentra em um pacote rapidamente destacável a aeronave. Ele está em uso por algumas forças de operações especiais, como em algumas unidades de aviação do Exército. Mas esta é a primeira vez que uma aeronave de quinta geração pode ser rapidamente implementada desta maneira, disse Piffarerio.
O Coronel Lansing Pilch, disse que o grupo está se concentrando em continuar a demonstrar essa capacidade . O relatório de ensaio a partir da demonstração feita em agosto foi enviada para o centro de guerra da Força Aérea para aprovação adicional." Quem sabe onde ele vai ", disse Pilch .
Esta idéia é diferente de muitas outras capacidades da Força Aérea , pois foi desenvolvido a partir de baixo para cima , disse ele. Começando com os pilotos, que incluía mecanicos, praças e oficiais de nível inferior.
"Se você está entre os pilotos mais jovens, isso incentiva a inovar ", disse Pilch . " Nos tempos de hoje , vamos ouvir".
"É muito emocionante e muito gratificante ver esses conceitos e idéias ", disse Piffarerio . "Quando vimos o C -17 descer a rampa e a equipe desembarcando. Foi incrivelmente emocionante. Estamos muito felizes com onde estamos e onde isso vai dar. "
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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terça-feira, 15 de outubro de 2013

'Homem de Ferro' inspira Pentágono para criar soldados do futuro

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Pesquisadores do Exército americano trabalham no desenvolvimento de uma armadura de alta tecnologia que dará aos soldados "força sobre-humana", similar à retratada em filmes de ação como "Iron Man".
 
Esta armadura "revolucionária", batizada como "Traje leve de operador para assalto tático" (TALOS, na sigla em inglês), será dotada de um esqueleto externo que permitirá aos soldados transportar equipamento pesado, além de um potente computador e proteção à prova de balas, assim como um sistema de controle dos sinais vitais, indicaram os funcionários.
 
"Algumas tecnologias previstas para o TALOS compreendem uma armadura avançada, computadores que permitem aos soldados saber onde estão a todo momento no campo de batalha e se comunicar com os comandos, assim como um sistema de alimentação elétrico e um esqueleto exterior muito móvel", destacou o Exército americano em um comunicado recente.
 
O comando de operações americano (US Special Operations Command), que supervisiona os comandos de elite da Marinha (os 'NAVY Seals'), e do Exército (os 'Army Rangers'), convocaram no mês passado cientistas para apresentar tecnologias que possam ser incorporadas a "uma armadura de combate inteligente".
 
Os projetos poderão ser enviados até setembro de 2014. Depois disto, o comando militar e encarregados do Pentágono decidirão como proceder, levando em conta as crescentes restrições orçamentárias, explicou o porta-voz do comandante do Exército para a pesquisa, o desenvolvimento e a engenharia, Roger Teel.
 
Esta futura armadura de combate poderia usar uma "blindagem líquida" que lembra o filme "O Exterminador do Futuro", mas esta tecnologia ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento, disse à AFP.
 
Segundo o projeto desenvolvido por cientistas do Massachussets Institute of Technology (MIT), o líquido viraria sólido com uma carga magnética ou elétrica.
 
Um vídeo de demonstração desta armadura, divulgado pelo Exército americano, mostra um soldado com este tipo de equipamento posicionado debaixo do batente da porta, enquanto os tiros disparados pelo inimigo de muito perto deslizam em sua proteção.
 
A sigla TALOS se refere aos robôs de bronze da mitologia grega que Zeus mobilizava para proteger Europa, sua amante.
 
Apesar da referência ao mito e ao fato de que ambiciosos projetos anteriores não tenham tido continuidade, os militares encarregados do projeto insistem no realismo das tecnologias para TALOS.
 
A ideia de por em um monitor no capacete de um soldado o local onde se encontram as forças no campo de batalha é similar aos esforços já existentes para desenvolver capacetes destinados a pilotos do novo caça F-35, revelaram militares.
 
O projeto se inscreve em uma tendência atual de pesquisas que se concentra na interface homem-máquina, que tenta desdobrar a capacidade de um único soldado.
 
Foi iniciado pelo almirante William McRaven, líder do comando de operações especiais, famoso por conduzir a missão dos 'Navy SEAL' para acabar com Osama Bin Laden, em maio de 2011.
 
Em julho, o almirante se declarou "muito vinculado" ao projeto. "Gosto de pensar que o último membro de um comando perdido em combate será verdadeiramente o último e penso que podemos consegui-lo", afirmou.
 
O projeto será desenvolvido em forma conjunta com as universidades, os cientistas que trabalham para as agências federais e as empresas de tecnologia, explicou James Geurts, encarregado de aquisições.
 
Ainda é cedo demais para estimar seu custo, acrescentaram os encarregados militares do projeto.
 
Embora admitam que TALOS remeta à armadura usada pelo personagem Tony Stark em "Homem de Ferro", os militares destacaram que a armadura do futuro, ao contrário da do super-herói, não permitirá voar.
 
Fonte: AFP
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