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terça-feira, 30 de julho de 2013

Brasil volta a negociar uso da base de Alcântara com os EUA

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O governo brasileiro retomou as negociações com os Estados Unidos para permitir o uso da base de Alcântara (MA) pelo serviço espacial americano. As conversas, sepultadas no inicio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foram reiniciadas em termos diferentes e o Itamaraty espera ter um acordo pronto para ser assinado na visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, em outubro.
 
A intenção é abrir a base para que os americanos usem o local para lançamentos, mas sem limitar o acesso dos próprios brasileiros nem impedir que acordos com outros países sejam feitos. O governo vê a localização privilegiada de Alcântara - que, segundo especialistas, reduz em até 30% o custo de um lançamento - como um ativo que deve ser explorado, inclusive para financiar o próprio programa espacial brasileiro.
 
Depois de negociar com os americanos, o projeto é abrir as mesmas conversas com europeus e japoneses, entre outros. Calcula-se que um lançamento pode custar entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões.
 
A retomada das negociações com os americanos prevê uma espécie de aluguel do local para que os Estados Unidos possam lançar dali seus satélites. As discussões giram em tomo das condições para esse uso, as chamadas salvaguardas tecnológicas esperadas pelo governo de Barack Obama. Reticentes a dar a outros países conhecimento de tecnologias consideradas sensíveis, os americanos querem usar a base, mas fazem exigências para impedir o acesso a informações, especialmente a dados militares.
As discussões vão estabelecer alguns limites, mas o assunto ainda é classificado como “secreto” pelo governo. No entanto, a hipótese de reservar áreas da base para uso exclusivo americano, como chegou a ser estabelecido no Tratado de Salvaguardas (TSA) assinado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, em abril de 2000, nem sequer será considerada.
 
O excesso de restrições daquele tratado levou o documento a jamais ser ratificado pelo Congresso, e o acordo naufragou. Entre as exigências estava a de que determinadas áreas da base de Alcântara seriam de acesso exclusivo dos americanos, não sendo permitida a entrada de brasileiros sem autorização dos EUA.
 
Inspeções americanas à base também seriam permitidas sem aviso prévio ao Brasil , e a entrada de componentes americanos em contêineres selados poderia ser liberada apenas com uma descrição do conteúdo. Além disso, o governo brasileiro não poderia usar o dinheiro recebido para desenvolver tecnologia de lançamento de satélites, mas apenas para obras de infraestrutura.
 
A reação foi tão ruim que o Congresso enterrou o acordo em 2002. Ao assumir o governo, em 2003, o então presidente Lula foi procurado pelos americanos, mas não quis retomar o assunto.
 
Com localização ideal para lançamentos, a base é considerada estratégica para o programa espacial brasíleiro, mas até hoje é subutilizada. Nenhum satélite ou foguete jamais foi lançado de Alcântara, seja porque o Brasil ainda não conseguiu desenvolver a tecnologia para usá-la, seja porque os acordos internacionais para utilização da base até agora não deram frutos. Um teste feito há dez anos terminou em tragédia, com a explosão do foguete e 21 pessoas mortas.
 
Ainda em 2003, Lula fechou um acordo coma Ucrânia para desenvolvimento de foguete, o Cyclone-4. Uma empresa binacional, a Alcântara Cyclone Space (ACS), foi fundada, mas até hoje não teve grandes resultados. O Brasil investiu 43% dos recursos previstos, mas até este ano a Ucrânia pôs apenas 19%. Na visita do presidente ucraniano Viktor Yanu-kovych ao Brasil, em 2011, houve a promessa de que o processo seria acelerado, o que não ocorreu. Este ano, o chanceler Antonio Patriota foi ao país e, mais uma vez, voltou com a promessa de que o foguete estaria pronto em 2014. Seria a estreia da base, se os americanos não a usarem antes.
Fonte: Estadão
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pentágono lança avião mais rápido do mundo, mas perde contato

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O Pentágono lançou nesta quinta-feira ao espaço em um voo experimental um protótipo do Falcon HTV-2, o avião mais rápido já construído, mas perdeu contato com a aeronave poucos minutos depois de começar a sobrevoar o oceano Pacífico.

A Darpa (Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos) retransmitiu nesta quinta-feira pelo Twitter o segundo e último teste do Falcon HTV-2, que transcorreu como estava previsto até que se perdeu contato com o avião na fase de voo.

A aeronave, que pode alcançar velocidades 20 vezes maiores à do som, foi submetida a outro teste em abril do ano passado, mas a missão teve de ser abortada nove minutos depois da decolagem, ao se detectar uma anomalia técnica durante o lançamento.

Após esta tentativa frustrada, os engenheiros modificaram o desenho e os padrões de voo do HTV-2. O Pentágono voltou a lançá-lo nesta quinta-feira ao espaço, com a aeronave impulsionada por um foguete da base aérea de Vandenberg, na Califórnia.

O Falcon HTV-2 também foi testado em simulações informáticas e túneis de vento, mas só os testes reais podem garantir que ele suporte as altas velocidades e temperaturas para as quais está programado.

O avião foi elaborado em 2003, como resultado de um projeto do Pentágono para criar uma aeronave que pudesse chegar a qualquer parte do mundo em menos de uma hora e suportar temperaturas de quase 2.000 0C.

A Darpa afirmou que a aeronave tem capacidade para concluir o voo de maneira autônoma, embora se tenha perdido o contato com ela. Os dois testes do Falcon HTV-2 têm custo total de US$ 308 milhões, segundo dados da agência.

Depois do lançamento experimental do Falcon HTV-2, o avião mais rápido já construído, o Pentágono perdeu o controle da aeronave na fase de voo que, segundo os dados iniciais, afundou no oceano Pacífico.

O Falcon HTV-2, lançado ao espaço impulsionado por um foguete da base aérea de Vanderberg (Califórnia) conseguiu colher mais de nove minutos de dados até que uma anomalia provocou a perda de sinal, informou nesta quinta-feira a Darpa (Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa dos EUA).

Segundo um comunicado da agência, dados preliminares indicam que o avião caiu no Pacífico em algum ponto de seu percurso planejado.


Fonte: EFE

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fim do programa de ônibus espacial gera incerteza aos astronautas

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O poderoso grupo de astronautas da agência espacial americana se tornou uma sombra daquilo que eram. São menos de 60 dos cerca de mais de 149 da década passada, com dispensas mais próximas agora que o último voo do Atlantis encerra o programa americano de ônibus espaciais.

Sem nenhuma substituição para o programa dos ônibus espaciais que se encerra com o retorno do Atlantis, os astronautas estão se mexendo, mesmo que a Estação Espacial Internacional não necessite de equipes por pelo menos mais uma década.

O comandante do último voo do Discovery , em março, Steven Lindsey foi para uma a empresa cuja proposta comercial é uma nave espacial que se assemelha a um mini-ônibus. Seu último dia na Agência espacial americana foi na sexta-feira (15).

O capitão da última missão do Endeavour, em maio, Mark Kelly se aposentou poucos meses atrás para escrever um livro de memórias com sua mulher deputada ferida no atentado de Tucson, Gabrielle Giffords. Mas não está descartando iniciar carreira na política.

O capitão do Atlantis, Christopher Ferguson, assegurou à Associated Press em entrevista dada em órbita na semana passada que ele vai permanecer após esta jornada. Pelo menos um de seus tripulantes, porém, não tem tanta certeza.

Depois de passar sua infância querendo ser uma astronauta - e atingir essa meta em 1996 – a astronauta da Atlantis Sandra Magnus agora tem que descobrir o que vêm nas cenas do próximo capítulo.

Agora que eu sou um astronauta, toda aquela idéia sobre o que fazer quando crescer volta a tona", disse Sandra, cientista, ex-moradora da Estação Espacial Internacional e residente e lançada ao espaço três vezes.

Que diferença uma década faz. O corpo de astronautas da Nasa entre 2000 e 2011 era de 149, o maior grupo da história. Enquanto os ônibus espaciais realizavam uma série de missões para a construção da estação espacial, a tripulação de astronautas crescia. Agora o programa acabou e se inicia uma era sem ônibus espaciais.

Os dois americanos geralmente estão entre as seis pessoas que vivem nas Estação Espacial Internacional agora terão que pegar carona nas cápsulas russas Soyuz. Empresas privadas americanas esperam assumir este trabalho de táxi, dentro de três ou cinco anos, liberando NASA para a exploração do espaço. O primeiro objetivo era a lua, agora é um asteroide e Marte.

“É um período muito dinâmico e a maior parte do pessoal não se sente confortável com as incertezas”, disse Peggy Whitson astronauta-chefe do Centro espacial Johnson em Houston. “Nenhum de nós está”.

O Conselho Nacional de Pesquisa está avaliando quantos astronautas os Estados Unidos realmente precisa. Um relatório elaborado por um comitê de aposentados da Nasa, ex-astronautas é esperada no próximo mês. Dependendo dos resultados, a Nasa colocar em prática a estruturação da nova e pequena classe astronauta. Não importa o tamanho, haverá uma abundância de candidatos, todos ansiosos para aderir a este clube exclusivo.

Apenas 330 americanos foram escolhidos pela Nasa para se tornar astronautas, começando com os sete astronautas Mercury em 1959. O número de candidatos ao longo das décadas chegou a cerca de 45.000.

Fonte: Último Segundo
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ônibus espacial Atlantis pousa na Flórida e conclui missão final

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O ônibus espacial Atlantis completou hoje (21) sua missão de 13 dias no espaço, encerrando os trinta anos do programa americano de ônibus espaciais. A tripulação de quatro astronautas aterrissou às 6h57 (horário de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, antes do nascer do sol.

A missão - conhecida STS-135 – teve como finalidade transportar provisões para um ano inteiro à Estação Espacial Internacional, cuja utilização foi prolongada no ano passado até 2020."Os ônibus espaciais mudaram o maneira como vimos nosso mundo e o universo," disse, emocionado, o comandante Chris Ferguson, em sua mensagem final, ainda de dentro da nave. "Obrigada, Columbia, Challenger, Discovery, Endeavour e a nossa Atlantis. Obrigada por nos proteger e trazer um fim tão adequado". Funcionários da Nasa e amigos e familiares dos astronautas os receberam com festa após o pouso, que foi tecnicamente perfeito.

A aterrissagem marca o fim de uma era. Com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Rússia se tornou o único país a do mundo capaz de transportar astronautas ao espaço. A estimativa é que a Nasa leve mais cinco anos para desenvolver novos veículos tripulados. Enquanto isso, cada viagem nas cápsulas terá custo de 50 milhões de dólares por viagem (78 milhões de reais). Na sala de controle da missão, em Houston, Texas, técnicos da Nasa se mostravam visivelmente emocionados. Milhares de curiosos acompanharam pouso ao lado da pista de aterrissagem do Kennedy Space Center.

Mais de duas mil pessoas serão demitidas da agência espacial americana na sexta-feira (22), já que o transporte de astronautas e carga até a Estação Espacial Internacional não está mais nos planos da Nasa. Ele vai ficar a encargo de companhias privadas e de países parceiros do programa espacial, como Rússia, Japão e União Europeia. O foco dos Estados Unidos agora é construir grandes foguetes para enviar astronautas a um asteroide, e eventualmente até Marte.

Trinta anos

O programa de ônibus espaciais começou em 1981 com o lançamento do Columbia, seguido pelo Challenger (1983), Discovery (1984), Atlantis (1985) e Endeavour (1992), que se transformaram na bandeira da prospecção espacial dos Estados Unidos.

O Challenger e o Columbia sofreram acidentes - o primeiro explodiu 73 segundos após decolar em janeiro de 1986 e o Columbia se desintegrou em fevereiro de 2003, quando regressava à atmosfera -, o que fez com que o público se comovesse ainda mais com o programa.

A tripulação do Atlantis partiu da estação espacial nesta terça-feira, após o suprir de mantimentos e equipamentos. O satélite último a ser lançado a partir de um ônibus espacial foi instalado na quarta-feira pode: uma pequena caixa coberto com células solares.

Assim que o minisatélite estava foi instalado, o astronauta Rex Walheim leu um poema que ele escreveu para marcar a ocasião. Foi o primeiro de muitos tributos planejados para os próximos dias. Na noite de quarta-feira, o Empire State Building em Nova York foi iluminado com luzes vermelhas, brancas e azuis em homenagem ao programa do ônibus espacial.

No último dia da missão, o comandante Christopher Ferguson disse aos controladores, "Eu adoraria ter todos vocês aqui para uma salva de palmas. Mas não teria ninguém para aplaudir e não haveria ninguém vendo o veículo ... mas acreditem, nossos corações estão com você ", disse.

Fonte: Último Segundo
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Picape espacial vai facilitar acesso dos EUA à órbita da Terra

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Enquanto os EUA choravam na sexta (8) o lançamento do Atlantis, último ônibus espacial a decolar, um empresário tentava convencer o país a ser otimista.

Mark Sirangelo, da Sierra Nevada Space Systems, promete reestabelecer o transporte de americanos para a órbita em 2015, usando uma "caminhonete espacial".

Esse é o apelido que ele deu à espaçonave que a empresa está construindo, a Dream Chaser, um veículo menor, herdado de um projeto engavetado pela Nasa.

Na semana passada, ele anunciou a contratação de nove funcionários de alto escalão que estão deixando a Nasa e fechou um acordo com a agência para usar parte da infraestrutura de seu centro de lançamentos na Flórida. Parte do dinheiro para isso saiu da própria Nasa, que destinou US$ 100 milhões à empresa dentro de um programa de incentivo à exploração espacial privada. Confira a entrevista.

Folha - O lançamento do último ônibus espacial em Cabo Canaveral ocorreu meio em clima de velório. Você acha que o público ainda não vê a exploração privada como uma alternativa viável?

Mark Sirangelo - Bem, nós estamos empolgados em ser uma voz positiva dentro daquilo que seria um momento negativo. Estamos muito contentes com nossa relação com a Nasa. Temos a oportunidade de estender isso para permitir que as pessoas em algumas das instalações do programa espacial anterior possam ser usadas no nosso programa. Talvez ele seja a luz em meio a esse ambiente desafiador que temos agora.

O programa do ônibus espacial termina em meio a críticas por ter sido caro demais e menos seguro do que as espaçonaves "descartáveis" dos russos. Como sua empresa pretende contornar isso?

O ônibus espacial tinha de ser muito grande para poder transportar os pedaços da estação espacial. Tinha de ter força suficiente para carregar um monte de suprimentos. Agora isso acabou. A estação espacial está completa, e não precisamos de veículos que sejam tão complexos para chegar até ela.

Se você está mudando de casa com sua família para o outro lado do país, precisa de um grande caminhão para carregar tudo. Uma vez que se estabelece, você só vai precisar de uma SUV [picape utilitária esportiva] para passear e levar alguma bagagem. O Dream Chaser será uma SUV, capaz de levar sete astronautas até a estação, junto com todas as coisas das quais precisam para viver lá, e trazê-los de volta.

O projeto da espaçonave prevê que ela seja lançada na ponta de um foguete, e não com a barriga colada no propulsor, como os ônibus espaciais. Isso muda tudo?


Isso foi uma das lições que aprendemos com o ônibus espacial. O veículo deve ser montado no topo do foguete para que não tenhamos mais problemas com pedaços que se desprendem dele e podem se chocar com a nave.

Qual é o custo estimado de construção e operação?

Nós não divulgamos esses números porque é preciso levar em conta que o projeto do veículo, na verdade, foi tocado pela Nasa por mais de dez anos no programa chamado HL-20, que acabou suspenso.

Depois disso, nós assumimos o projeto fora do âmbito da Nasa e permanecemos trabalhando nele por conta própria durante seis anos. Então, nosso projeto já conta com 16 anos de desenvolvimento e voa em um foguete que já existe. Agora que o ônibus espacial será aposentado, a única maneira de chegar à estação é usando uma Soyuz russa. Os EUA pagam US$ 63 milhões por assento por voo para seus astronautas.

Nós acreditamos que vamos conseguir fazer o mesmo com um preço bem menor. O custo da espaçonave não é mais tão importante, porque a Nasa não vai comprar o veículo, vai comprar o serviço.

Em que estágio de desenvolvimento o projeto está agora?

Estamos produzindo o primeiro veículo. Os dois motores de bordo já foram testados por completo. Acabamos de montar o primeiro simulador de voo, que será testado dentro de alguns dias.

Esperamos conseguir fazer o veículo voar já no ano que vem em testes em que o soltamos na atmosfera.

Como foi a negociação para contratar pessoal da Nasa?

São pessoas que nós já conhecíamos por trabalharmos na indústria [aeroespacial]. Primeiro contratamos Jim Voss [astronauta que voou em cinco missões do ônibus espacial]. Ele atraiu várias outras pessoas para o projeto.

Vemos nosso veículo como uma espaçonave internacional. Sem o ônibus espacial, perde-se a capacidade de transportar astronautas de países que não os EUA e a Rússia.

Retomar essa capacidade é importante, e nós queremos fazer isso. Talvez um dia haja uma oportunidade de levar até um [novo] astronauta brasileiro conosco, coisa difícil no cenário atual.

RAIO-X

MARK SIRANGELO

Ocupação: Presidente da empresa privada de exploração espacial Sierra Nevada Space Systems

Trajetória: Ex-oficial do Exército dos EUA formado em direito e administração, entrou para a indústria tecnológica criando o QuanStar, consultoria que prestava serviço a iniciativas de ponta no setor. Em 2004 assumiu a SpaceDev, empresa que começou a desenvolver o Dream Chaser e depois foi incorporada pela Sierra Nevada

Fonte: Folha
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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ônibus espacial Atlantis é lançado para sua última missão no espaço

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O Atlantis foi lançado nesta sexta-feira pela Nasa, que encerra seu programa de ônibus espaciais.

Esta é a 33ª missão da nave, que foi ao espaço pela primeira vez em outubro de 1985. Ela carrega equipamentos e mantimentos para a ISS (Estação Espacial Internacional).

Com alguns minutos de atraso, o lançamento foi realizado com céu nublado --as condições climáticas chegaram a ameaçar o voo-- e assistido por quase 1 milhão de espectadores, que se alojaram nas redondezas do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A missão STS-135 tem em sua tripulação quatro astronautas: o comandante Chris Ferguson, o piloto Doug Hurley e os especialistas de missão Sandy Magnus e Rex Walheim.

Fonte: Folha
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

O fim da era espacial ???

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A revista britânica The Economist, edição de 30 de junho, anuncia “o fim da Era Espacial” (The end of the Space Age). Como subtítulo, a matéria de capa adianta algo para se começar a entender sua proposta: “O espaço interior é útil. O espaço exterior é história” (Inner space is useful. Outer space is history). A primeira frase parece correta, a outra, nem tanto.

Ideia básica: a Era Espacial tem vivido mais de fantasias que de realidades. “A visão vendida nos anos 50 e 60 era de aventura e fantasia”, diz a revista. E tenta explicar: “Os fatos do projeto espacial norte-americano e de sua contraparte soviética induziram claramente à fantasia do “Star Trek” e do “2001: Uma Odisseia no espaço”", dois best sellers da TV e do cinema. Os outros planetas, habitados ou não, e também as estrelas, estariam ali para serem tomados.

Certo? Sei não. Já no início dos anos 60, EUA e URSS acordaram: a Lua e os outros corpos celestes não poderiam ser objeto de apropriação nacional. À época, isso era realismo puro.

O quadro de fantasias não existe mais, continua o semanário. Hoje, os entusiastas das atividades espaciais, que ele chama de “os cadetes do espaço”, “estão mais concentrados em aventuras privadas de pessoas como Elon Musk, nos EUA, e Sir Richard Branson, do Reino Unido, que esperam tornar o voo espacial comercialmente viável”.

A revista esquece que a primeira rede ativa de telecomunicações diretas por satélite foi uma iniciativa privada. Chamava-se Telstar e pertencia ao consórcio liderado pela AT&T. Seu primeiro satélite, de órbita elíptica, lançado pela NASA de Cabo Canaveral, em 10 de julho de 1962, foi o primeiro voo espacial pago por uma empresa privada. A Telstar pode bater no peito e proclamar que realizou a primeira transmissão de televisão ao vivo entre Europa e EUA.

Atualmente, o que se menciona como símbolo do empreendedorismo privado no setor é o turismo espacial, negócio na moda nos EUA (certamente na falta de novidades mais sensacionais e emocionantes), talvez por isso mesmo muito divulgado pela mídia internacional.

The Economist define o turismo espacial como “serviço de luxo”, cujo mercado “parece pequeno e vulnerável”. Assino embaixo e indago: será que os breves minutos de glória passados à beira do espaço exterior, em voo semi orbital – luxo acessível exclusivamente a pessoas muito ricas –, também não seriam uma “fantasia” do tempo dos astronautas vistos como heróis, com direito a desfile na Praça Vermelha, de Moscou, ou papel picado na “Quinta Avenida”, de Nova York?

A era dos “astronautas milionários” pode marcar “o fim da Era Espacial”? Vamos combinar: em pleno século XXI, quando se intensificam as atividades espaciais com a participação de um número cada vez maior de países e organizações, isso não tem pé nem cabeça.

Na verdade, o que inspira a matéria do The Economist é a despedida do ônibus espacial Atlantis. No próximo dia 8 de julho, este meio de transporte espacial reutilizável – lançado pela primeira vez em 1981 – deverá voar do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, EUA, direto para dentro dos livros de história, como frisa a própria revista.

Após 30 anos, 135 voos e dois desastres (Challenger, em 1986, e Columbia, em 2003), o programa dos ônibus espaciais, pelo qual tantas esperanças de modernidade, eficiência e economia foram depositadas, chega ao fim, sem pompas e circunstâncias. Endeavour, Discovery, Enterprise e o próprio Atlantis passam a ser ilustres e questionadas peças de museu. Valeu a pena?

“O programa nunca satisfez a ninguém”, responde a revista que, ainda, prevê o que vem por aí: “Bilhões de dólares serão economizados, milhares de trabalhadores na Costa Espacial da Flórida (e outros milhares em lugares mais distantes) perderão seus empregos, a Estação Espacial Internacional dependerá de foguetes russos, europeus e japoneses para levar os suprimentos necessários, e a nação que venceu a corrida espacial, colocando na Lua na marca dos pés de Neil Armstrong com o Apollo 11, ficará incapacitada para enviar astronautas ao espaço. Sempre que quiser enviar alguém para lá, terá que alugar um assento em um foguete russo.” Põe ironia nisso.

Por falar em Estação Espacial Internacional, o semanário o considera “o maior desperdício de dinheiro já feito, cerca de US$ 100 bilhões, em nome da ciência”.

Mas a César o que é de Cesar: foram astronautas a bordo do Endeavour, em 1993, que consertaram o telescópio espacial Hubble: sem eles e o ônibus para efetuar o delicado ajuste de suas lentes, o revolucionário observatório teria virado um enorme elefante branco e zarolho no espaço.

Bastaria isso para dar mais credibilidade e prestígio aos ônibus espaciais? Michael Griffin, diretor geral da NASA de 2005 a 2009, já disse que não. No meio de sua gestão, em 2007, ele declarou, segundo The Economist, que o programa “custou tanto dinheiro e tempo que travou a NASA por décadas”. E disse mais ainda conforme a revista: “Se a NASA tivesse insistido nos foguetes Saturno, muito maiores, que impulsionaram as missões à Lua, os custos de lançamento teriam diminuído, a agência teria tido mais dinheiro para a ciência e a exploração do espaço profundo, e os astronautas já poderiam ter visitado Marte”.

Fantasia ou realidade?

Eu diria, sem pestanejar, que a Era Espacial, apesar de tudo, avança célere no rumo de uma realidade muito mais ampla e abrangente. A própria publicação reconhece isso em belas frases, no início da matéria: “O vácuo que circunda a Terra vibra com satélites artificiais, formando uma espécie de tecnosfera além da atmosfera. A maioria destes satélites circula apenas algumas centenas de quilômetros acima da sólida superfície do planeta. Muitos, porém, formam um anel, como o de Saturno, que fica a uma distância de 36.000 km e onde qualquer objeto leva 24 horas para orbitar a Terra e, portanto, paira constantemente sobre o mesmo ponto do planeta.”.

As referências são as órbitas baixas da Terra e a órbita geoestacionária. Todas elas, mais as órbitas médias, “vibram” porque o número de satélites lançados só aumenta. O lixo espacial é uma prova: cresce vertiginosamente.

China, Rússia, Índia, França, Japão, Ucrânia, Suécia, Coreia do Sul, Austrália, Paquistão, Tailândia, Indonésia, Vietnã, Israel, Irã, Turquia, África do Sul, Nigéria, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Bolívia, Peru, Venezuela, México, entre outros, todos estão dispostos e/ou preparados – uns com mais recursos que outros – a ter seus satélites em órbitas (construídos no próprio país ou comprados fora), prestando serviços às suas populações, instituições e empresas públicas e privadas. Ninguém admite tirar o time de um campo que se tornou absolutamente indispensável para qualquer programa de desenvolvimento nacional e fortalecimento da soberania. Crescem os anseios e as pressões por uma cooperação espacial mais dinâmica e eficiente, que promova benefícios mútuos e se capacitem, de fato, em todos os países.

Não por acaso, os temas do acesso à informação científica e da transferência de tecnologias espaciais são cada vez mais discutidos. Nenhum país que se preze aceita ficar de fora. Todo mundo quer, no mínimo, contar com uma infraestrutura de equipamentos e especialistas, necessária para ter acesso, receber, processar, analisar, utilizar e agregar valor a imagens de satélite, essenciais à vida quotidiana de qualquer país – dados que o Brasil já propôs definir como “bens globais” de utilidade pública. E a comunidade mundial está cada vez mais preocupada com a sustentabilidade, em longo prazo, das atividades espaciais, ameaçadas pelo lixo que se acumula nas órbitas mais usadas e pelos planos de instalação de armas no espaço, com sua consequente conversão em teatro de guerra.

Esse imenso desafio já é debatido pelo Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço (COPUOS) e seu Subcomitê Técnico-Científico. Cedo ou tarde, ele será também examinado pelo Subcomitê Jurídico, encarregado de desenvolver progressivamente o direito espacial, atualizando, modernizando e tornando mais efetiva a regulamentação das atividades espaciais.

Outro sinal dos tempos: este ano, de 3 a 7 de outubro, pela primeira vez, na longa história da Federação Internacional de Astronáutica, o concorrido Congresso Anual, onde se reúnem também a Academia Internacional de Astronáutica e o Instituto Internacional de Direito Espacial, terá lugar no continente africano, na África do Sul, na Cidade do Cabo.

Prezada The Economist, perdoe a provocação, mas não seria mais realista mudar o título de sua capa desta semana para “Uma nova Era Espacial está surgindo”?

Fonte: AEB via Plano Brasil
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Nasa dá adeus a relíquias do programa de ônibus espaciais

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Quando os Estados Unidos iniciaram seu programa de ônibus espaciais, 30 anos atrás, o país decidiu construir um veículo que faria das viagens espaciais uma rotina e superaria os soviéticos no esforço para dominar o espaço durante a Guerra Fria.

A aeronave resultante tinha 2,5 milhões de componentes e era nove vezes mais rápida que uma bala ao zarpar em direção ao céu. Foi a primeira aeronave reutilizável, capaz de deslizar de volta para a Terra e pousar como um avião.

"Naquele momento, era uma coisa de ponta", disse o historiador chefe da Nasa, Bill Barry. "Era vista como um importante passo à frente."

Outras naves espaciais tripuladas não voltaram para casa. Elas eram mísseis balísticos que caíam no mar ou usavam hélices e paraquedas para retornar à Terra.

O programa dedicado a ônibus espaciais será encerrado após três décadas e 135 viagens quando a Atlantis retornar de sua missão --lançamento previsto para esta sexta-feira (8).

A Nasa está entregando seus ônibus espaciais a museus pois eles são muito antigos e caros para continuar voando. A agência espacial pretende desenhar e construir algo novo com um alcance maior.

Para entender as relíquias que são os ônibus espaciais, considere: quando o primeiro deles, o Colúmbia, fez seu primeiro voo em abril de 1981, a música ainda era vendida em fitas cassete, não havia endereços "pontocom" e os EUA não tinham um serviço comercial para celulares.

O design das aeronaves é um produto dos anos de 1970. O presidente Richard Nixon assinou a autorização para o programa de ônibus espaciais em 1972, meros 15 anos após a União Soviética lançar o primeiro satélite feito pelo homem, o Sputnik, com o tamanho de uma bola de praia, que marcou a aurora da era espacial.

"Ficarei muito triste em julho quando o último voo acabar", disse Barry. "Eu amo o programa e lamento vê-lo acabar, mas acho que é tempo de deixá-lo ir."

Cinco ônibus espaciais foram construídos, terminando com a Endeavour em 1992.

Fonte: Reuters
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nasa retoma design de 1969 em substituta de ônibus espacial

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A Nasa finalmente anunciou o substituto de sua frota de ônibus espaciais, que será "aposentada" no dia 20 de julho, quando o Atlantis retorna à Terra.

O chamado MPCV (do inglês Multi-Purpose Crew Vehicle, ou Veículo Multifuncional Tripulado) é a nave do futuro da agência e a aposta para exploração além da órbita baixa da Terra.

No entanto, seu design é uma releitura da nave Apollo, que levou os primeiros homens à Lua em 1969, remetendo ao passado.

Ao contrário dos ônibus espaciais, que chegavam no máximo até o telescópio Hubble, a 600 km da superfície terrestre, o veículo fará viagens de exploração do espaço profundo, podendo chegar até a Marte, de acordo com Dan Huot, porta-voz da Nasa.

"O design externo é muito semelhante ao do Apollo, uma vez que sua cápsula é a melhor forma de reentrar na atmosfera da Terra em alta velocidade."

O porta-voz explica que o interior aproveita os últimos 40 anos de avanços tecnológicos em aviação, computação, segurança e proteção térmica, e que os procedimentos de subida e reentrada serão dez vezes mais seguros do que nos ônibus espaciais.

Com um volume total de aproximadamente 20 metros cúbicos e área disponível para habitação de 9 metros cúbicos, o MPCV deverá ser lançado das bases atuais da agência e poderá pousar no oceano Pacífico, na costa do Estado da Califórnia.

"É muito maior do que o Apollo, com um diâmetro de cerca de 5 m -em comparação aos 3,65 m da nave que levou o homem à Lua", afirmou Huot.

O MPCV carregará até quatro astronautas em viagens com autonomia de até 21 dias.

De acordo com a Nasa, os testes com o novo veículo já começaram. "Já está em fase de teste há algum tempo e continuará com voos em órbita não tripulados até 2013", informou o porta-voz.

Um dos mais significativos ocorreu em maio, quando as funções do sistema de escape da tripulação durante o lançamento foram examinadas durante um voo real.

Mas os testes com tripulação em órbita não devem acontecer antes de 2016, segundo a agência espacial.

Após essa fase, as missões serão planejadas para 2019 ou 2020, mas ainda não há uma data definida para o MPCV entrar em operação.

A nave vai responder aos anseios do programa espacial dos Estados Unidos, que nesse intervalo de tempo vai depender de "caronas" da nave espacial russa Soyuz para levar e buscar os seus astronautas na ISS (Estação Espacial Internacional).

Mas por pouco tempo, segundo o porta-voz.

"No futuro, nosso principal transporte para a ISS e operações em órbita baixa terrestre será feito por meio de parceiros comerciais, que estão desenvolvendo seus próprios sistemas de lançamento e naves espaciais."

Fonte: Folha
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domingo, 3 de julho de 2011

Chega ao fim a era de riscos e gastos dos ônibus espaciais

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O último voo da Atlantis, agendado para 8 de julho, pode até arrancar lágrimas de quem acompanhou a jornada de trinta anos dos ônibus espaciais da Nasa. Robustas, essas naves realizaram, em 135 missões, feitos que permitirão à ciência avançar em inúmeras áreas, ainda por muitos e muitos anos - como pôr em órbita o satélite Hubble e ajudar a montar a Estação Espacial Internacional. Mas o anúncio de aposentadoria do programa faz sentido. Os ônibus espaciais não conseguiram cumprir sua função original: permitir a exploração do espaço com naves reutilizáveis, de maneira segura e economicamente viável.

Economia e segurança foram os pontos fundamentais do programa espacial em que os ônibus falharam. Cada missão custava em média 500 milhões de dólares, muito mais que os russos gastam para mandar suas cápsulas Soyuz ao espaço. Dos cinco ônibus espaciais que efetivamente participaram de missões, dois terminaram em tragédias (Challenger e Columbia), matando 14 astronautas, e por outro (Discovery) temeu-se que tivesse o mesmo fim (confira linha do tempo da era dos ônibus espaciais). No mesmo período, só o ineficiente programa espacial brasileiro matou mais gente: 21 pessoas na explosão ocorrida na base de Alcântara, em agosto de 2003, nenhuma delas astronauta. Na Rússia, mesmo em crise financeira após a queda do regime comunista, apenas uma pessoa morreu, em 2002, por causa da explosão de um foguete.

"Na época em que os ônibus espaciais foram concebidos, na década de 1970, a ideia era interessante do ponto de vista conceitual: levar muitas pessoas ao espaço", afirma o engenheiro do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) José Bezerra Pessoa Filho. "Com o déficit orçamentário, os Estados Unidos começaram a se intimidar em relação ao programa, até a administração atual ter a ideia de passar a fabricação de veículos tripulados para a iniciativa privada."

Em 2010, o presidente americano Barack Obama anunciou que o orçamento da NASA (de cerca de 18 bilhões de dólares) seria congelado durante cinco anos. Programas como o Constellation — estabelecido no governo de George W. Bush com o a premissa de retorno à Lua até 2020 — foram cancelados. Para driblar o problema, a agência espacial americana repassou a criação das naves à iniciativa privada. Quatro empresas receberam dinheiro da Nasa: Boeing (92 milhões de dólares), Space Exploration Technologies (75 milhões de dólares), Sierra Nevada (80 milhões de dólares) e Blue Origin (22 milhões).

Modelos mais compactos e econômicos estão sendo agora desenvolvidos com o objetivo de dar continuidade aos projetos da Estação Espacial Internacional (ISS), prioridade da agência espacial americana até 2020. Enquanto isso, os americanos precisarão pagar 50 milhões de dólares aos russos por cada corrida até a ISS com as naves soviéticas Soyuz, velhas, mas aparentemente confiáveis.

Nova geração — A dependência americana não deve durar muito tempo. Mesmo antes do fim dos ônibus espaciais, a iniciativa privada já tinha projetos em andamento. A SpaceDev, subsidiária da Sierra Nevada Corporation, está desenvolvendo a nave Dream Chaser. Planejada para viagens tripuladas suborbitais e orbitais, ela poderá acomodar até sete pessoas em órbita terrestre baixa. A Virgin Galactic, do bilionário inglês Ted Branson, se tornou parceira da SpaceDev com o objetivo de adaptar a Dream Chaser para o transporte de turistas até o espaço.

Mais ambiciosa, a Space Exploration Technology aposta em um foguete potente com capacidade de carga de até 53 toneladas, que poderia ser adaptado para viagens tripuladas a Marte no futuro, como adora salientar seu proprietário, o sul-africano Elon Musk. Sua estrutura é capaz de transportar satélites e até mesmo pequenas naves até o espaço, com potência comparável a de ônibus espaciais. Os testes devem começar em 2013.

A Boeing continua seus projetos para dar luz ao Crew Space Transportation (CST-100), uma cápsula que poderia levar até sete astronautas à estação espacial. Os primeiros testes devem ser realizados em 2015, embora a empresa já fale em vender assentos, uma vez que a proposta também tem caráter comercial.

Nenhuma das promessas, contudo, parece tão consistente quanto o modelo que resgata a cápsula Orion - único ponto do projeto Constellation que não foi deixado de lado e que já custou cinco bilhões de dólares aos cofres americanos. No dia 24 de maio, a Nasa anunciou que o modelo seria usado para dar suporte às expedições na órbita terrestre baixa. “É a nova geração de naves espaciais do país, que permitirá explorar o espaço além da órbita terrestre baixa nos próximos 40 anos”, afirma Linda Singleton, da Lockheed Martin Space Systems Company, empresa responsável pelo desenvolvimento da nave. Segundo ela, o veículo é tecnicamente capaz de suportar missões até asteroides e luas de Marte.

O primeiro módulo da Orion já está pronto para uma série de testes de simulação de voo e ambientes agressivos no espaço. A capacidade de resposta a questões como vibração deve ser avaliada ainda este ano. Outra nave similar está sendo fabricada pela Lockheed e é a eleita para os primeiros voos orbitais de teste propostos para 2013. Explorações espaciais tripuladas são planejadas para 2016.

A kombi e o fusca — As diferenças entre os antigos ônibus espaciais e a cápsula Orion são grandes. Apesar do nome, os ônibus espaciais estavam mais para uma espécie de Kombi espacial, levando muitas pessoas e carga ao mesmo tempo. Foram concebidos originalmente para colocar satélites em órbita e levar um número maior de astronautas em uma mesma missão. Deram suporte à manutenção do telescópio espacial Hubble e foram peça-chave na construção e transporte de astronautas até a Estação Espacial Internacional (localizada a 350 quilômetros da Terra). A Orion, contudo, foi pensada para ir além das regiões influenciadas pela gravidade terrestre - algo que ônibus espaciais não conseguiriam fazer. Por este motivo, é supercompacta, como um Fusca: cabem seis astronautas. Apertados, sim, mas, garantem os projetistas, com segurança e baixo custo.

"Estas cápsulas desenvolvidas nos últimos anos são muito parecidas com as que foram à Lua", explica José Bezerra Pessoa Filho. "Até o formato é parecido, e a explicação está na física: o ‘cone’ tem uma base grande para dissipar o calor na hora de reentrar na atmosfera." Mais que o formato, a Orion resgata o lado explorador do programa espacial americano. Mesmo anunciando cortes no orçamento da Nasa, Obama colocou entre os objetivos da agência uma missão tripulada ao planeta Marte até 2030. Depois de três décadas usando o caro ônibus espacial, os Estados Unidos querem, com a Orion, refazer a ambiciosa trilha que os levaram à Lua e fincar sua bandeira em Marte.

Fonte: Veja
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Atlantis está pronto para lançamento que fecha era dos ônibus espaciais

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O ônibus espacial Atlantis está pronto para o lançamento em direção à Estação Espacial Internacional no dia 8 de julho, anunciou a Nasa após uma reunião para revisar os planos do último voo da historia de um ônibus espacial americano.

O lançamento no Centro Espacial Kennedy, na Florida (sudeste dos EUA), está programado para as 11H26 (12H26 em Brasília), na que será a última missão do programa dos ônibus espaciais americanos, que durou 30 anos.

A missão final, conhecida como STS-135, vai durar 12 dias e conta com uma tripulação de quatro astronautas americanos a bordo.

Assim que o Atlantis voltar à Terra, o programa de ônibus espaciais dos Estados Unidos será concluído oficialmente, deixando a Rússia como a única nação no mundo capaz de transportar os astronautas ao espaço.

Companhias privadas competem para construir a próxima geração de naves espaciais americanas, mas é pouco provável que elas fiquem prontas antes de 2015.

Fonte: France Presse
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Nave Discovery decola para seu último voo

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O ônibus espacial Discovery decolou pela última vez na quinta-feira, levando a bordo seis astronautas, além de mantimentos, peças de reposição e um robô para a Estação Espacial Internacional.
A decolagem ocorreu às 16h53 (18h53 em Brasília) no Centro Espacial Kennedy, deixando uma coluna de fumaça sobre o oceano Atlântico. Houve um atraso de três minutos por causa de um problema informático, resolvido segundos antes da hora marcada para o lançamento.

Foi o 133o lançamento de um ônibus espacial nos 30 anos desse programa, e restam no máximo dois voos até que as três naves sejam aposentadas.

O Discovery fez 39 desses voos, inclusive os dois de retomada do programa depois das explosões dos ônibus Challenger e Columbia.

"Acho que vai ser mais difícil no dia do pouso, quando soubermos que é o final da missão da nave, completamente", disse o diretor de lançamento Mike Leinbach.

Os ônibus estão sendo aposentados devido a seus custos operacionais elevados, de modo a liberar verbas para o desenvolvimento de novos veículos capazes de viajar além da órbita da Estação Espacial.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Alemanha e EUA desenvolvem satélites-espiões, revela WikiLeaks

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Os EUA e a Alemanha negociam em parceria e secretamente, sob fachada de cooperação comercial, o desenvolvimento de uma rede de satélites-espiões de alta tecnologia, projeto que motiva forte oposição da França.

A informação consta dos mais de 250 mil papéis diplomáticos dos EUA disponibilizados pelo site WikiLeaks e foi revelada ontem no jornal da Noruega "Aftenposten".

O projeto, batizado de HiROS, consistiria na construção de número não determinado de satélites de observação de alta resolução, capazes de distinguir objetos de 50 cm, com capacidade de observação noturna e rápido envio de dados à Terra.

O custo do projeto é estimado em US$ 270 milhões, e os seus satélites entrariam em órbita em até dois anos.

Oficialmente, o HiROS tem fins civis, mas na prática, segundo o 'Aftenposten", estaria "sob o controle total" do serviço secreto e da agência espacial da Alemanha (DLR).

Na série de despachos, que datam do período entre fevereiro de 2009 e fevereiro de 2010 e são provenientes da Embaixada dos EUA em Berlim, diplomatas relatam oposição de alguns países europeus, sobretudo a França.

As queixas de Paris, dizem os papéis, foram ignoradas pelos alemães, "fartos de serem manipulados pela França" em práticas comerciais.

França e Alemanha, bem como Bélgica, Espanha, Grécia e Itália, já cooperam em um sistema europeu de satélites, que poderia ser prejudicado pela eventual cooperação germano-americana.

O "Aftenposten" citou o funcionário da DLR Andreas Eckardt dizendo não haver cooperação prevista com a França ou outro país da UE.

Ontem, Berlim negou estar desenvolvendo programa de satélites-espiões, afirmando se tratar de um projeto com fins unicamente científicos e para a segurança nacional.

O "Aftenposten" obteve acesso aos documentos do WikiLeaks por meios desconhecidos, uma vez que não possui acordo com o site. A Folha é um dos sete veículos de imprensa que tiveram acesso antecipado aos documentos.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Boeing anuncia viagens para turistas ao espaço a partir de 2015

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A companhia aérea Boeing vai vender viagens ao espaço a bordo do veículo CST-100 que está sendo desenvolvido pela Nasa (agência espacial norte-americana).

A aeronave terá capacidade para até sete lugares e voará na órbita mais baixa da Terra. Os primeiros voos devem ocorrer em 2015, na previsão da empresa, os passageiros podem ser escolhidos entre pessoas comuns, companhias, organizações não governamentais e agências federais dos Estados Unidos.

A Boeing não é a única empresa a anunciar uma aeronave comercial para passageiros. A Virgin Atlantic também tem um projeto semelhante em andamento. Serão seis veículos comerciais que poderão levar os viajantes até uma altitude suficiente para sentirem a gravidade zero e verem a curvatura da Terra contra o pano de fundo do espaço.

OITO VIAGENS

A Space Adventure, parceira da Boeing no projeto, fechou oito viagens à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que está sendo construída com os russos e os americanos à frente de um grupo formado por 16 países.

O preço para conhecer o espaço como turista ainda não foi estipulado. Para se ter uma ideia, o fundador do grupo canadense Cirque du Soleil, Guy Laliberte, pagou mais de US$ 35 milhões (cerca de R$ 60 milhões) para estar na tripulação de um voo russo. A decolagem foi no Casaquistão, no ano passado.

O programa de ônibus espaciais, que carregam astronautas ou suprimentos para a ISS, será encerrado em 2011 --a administração do presidente Barack Obama decidiu aposentar as aeronaves para ceder lugar a viagens que serão comerciais e realizadas por empresas terceirizadas.

Como há um contrato entre a Rússia e os Estados Unidos de enviar seis astronautas à Estação Espacial Internacional, os americanos vão pegar carona em voos russos. Para isso, terão de pagar US$ 51 milhões por cada assento ocupado.

Fonte: Folha
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sábado, 15 de maio de 2010

NASA lança Atlantis em sua última missão

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A Nasa (Agência Espacial Americana) lançou com sucesso o ônibus espacial Atlantis nesta sexta-feira. A 32ª missão da nave partiu às 14h20, horário local da Flórida (15h20 horário de Brasília), assim como havia sido programado.

Por volta das 15h29 o ônibus espacil atingiu a órbita da Terra rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). De acordo com a Nasa, a Atlantis partiu sem problemas.

O ônibus espacial parte para seu último voo, com seis astronautas a bordo, para levar o pequeno módulo russo Rassvet, equipamentos e alimentos para a Estação Espacial.

Depois desse voo, só restarão dois lançamentos de ônibus espaciais, o do Discovery em meados de setembro e do Endeavour, no fim de novembro. Depois, os três ônibus espaciais serão retirados de serviço após três décadas de operação.

Durante esta missão de 12 dias, dos quais sete o ônibus passará acoplado à ISS, o Atlantis e sua tripulação transferirão mais de 12 toneladas de materiais, seis bateriais para as antenas solares da estação, alimentos e experiências científicas.

O módulo russo Rassvet ("Aurora", em ruso) ou MRM-1 é o maior elemento dos transportados pela Atlantis.

A ISS, um projeto de 100 bilhões de dólares que começou em 1998, no qual participam 16 países, é financiado principalmente pelos Estados Unidos.

Depois do fim dos ônibus espaciais, os Estados Unidos dependerão dos Soyuz russos para levar seus astronautas à Estação, até que um lançador americano fique pronto para substituição em 2015.


Conheça um pouco sobre os Space Shuttles
Ônibus espaciais




O projeto do SPACE SHUTTLE foi anunciado em 1972, no auge da Guerra Fria e da corrida espacial. Os EUA lideravam a corrida espacial, pois três anos antes Neil Armstrong pisava na Lua, a Nasa buscava novas formas de permanecer à frente da União Soviética na exploração do espaço. Com isso surgiu a necessidade de desenvolver uma nave reutilizável para substituir o projeto APOLLO.

Naquele momento, a agência optou por investir em uma nave reutilizável, capaz de viajar rotineiramente para a órbita terrestre e de concretizar tanto projetos civis, como os do Hubble, quanto militares. A expectativa era que um veículo reutilizável reduzisse os custos de cada lançamento.

No lado Soviético surgia o Programa que deu origem a duas naves similares aos ônibus espaciais americanos, sendo elas o BURAN e o PTICHKA, tendo o Buran chegado a voar, mas com a queda da URSS no inicio dos anos 90 o programa foi abandonado pelos russos.

Com a idade avançada e os custos cada vez mais proibitivos de sua operação, o governo dos EUA resolveu aposentar seus Space Shuttles neste ano, pois o risco de acidentes tem aumentado devido ao desgaste dos veículos.

Como já noticiado em novembro encerra-se uma Era de muitas conquistas no espaço com os "ônibus especiais", marcando mais uma página virada na saga da humanidade.



Enterprise – O protótipo
O nome do protótipo do ônibus espacial é em homenagem à famosa nave Starship Enterprise, do seriado de TV “Jornada nas Estrelas”. Em 1977, dois pilotos fizeram o primeiro de quatro testes de vôos de 7.000 m. Em 1979, a Enterprise estava unida a um tanque de combustível e propulsores no Centro Espacial Kennedy. Mas a nave nunca conseguiu decolar, pois os trabalhos no Columbia já tinham terminado. Seu primeiro vôo aconteceu em 12 de abril de 1981.

Columbia – O ônibus espacial mais antigo
O Columbia (que pesava 71.798 kg e foi modificado e melhorado cerca de 150 vezes) foi inspecionado entre o outono de 1999 e a primavera de 2000 e relançado em 1o de março de 2002. Em 1º de fevereiro de 2003, se desintegrou numa descida sobre o estado do Texas. Explodiu numa altura de 62.000 m. Provavelmente, o desastre foi causado por uma falha no escudo térmico.

Challenger – O segundo ônibus espacial
O segundo ônibus espacial a entrar em operação completou o primeiro vôo em 1983. Durante as suas dez missões, o ônibus esteve no espaço por 69 dias e girou em torno da Terra 987 vezes.
Em uma das missões, o astronauta Bruce McCandless saiu do ônibus e realizou um passeio espacial de 30 m – foi o primeiro a fazê-lo.
Em 28 de fevereiro de 1986, o Challenger explodiu 73 segundos depois de decolar e todos os setes tripulantes morreram.

Discovery – O terceiro ônibus espacial
Apesar do Discovery ter sido construído como o Challenger, podendo carregar a última parte do foguete Centaur no depósito de carga útil, ele pesava 3.116 kg a menos do que o Columbia. Mas o lançamento do foguete Centaur nunca foi realizado. Depois do acidente com o Challenger, ponderou-se que isto seria muito arriscado.

Atlantis – O quarto ônibus espacial
A nave espacial Atlantis vazia pesava 68.635 kg, e com os motores principais colocados chegava a pesar 77.564 kg. Ela realizou missões como a do explorador planetário Galileu em 1989 e a colocação no espaço do observatório Arthur Holley Compton Gamma Ray, em 1991.

Endeavour – O ônibus espacial mais recente
As crianças em idade escolar participaram ativamente na procura de um nome para o novo ônibus espacial. Endeavour foi o nome vencedor.
A primeira missão do Endeavour foi em maio de 1992. A missão envolvia uma espetacular operação de resgate de um satélite de comunicações que tinha saído fora de controle. Surpreendentemente, o Endeavour pôde ficar no espaço por 28 dias.



Fonte: Último Segundo / GeoPolítica Brasil
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