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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Bombardeiros dos EUA invadem zona de defesa aérea chinesa

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Dois aviões bombardeiros americanos B-52 entraram na polêmica zona de defesa aérea disposta pela China, sem informar Pequim, segundo dirigentes americanos nesta terça-feira. Os aviões, que não levam qualquer tipo de armamento, decolaram na segunda-feira da ilha de Guam no Pacífico. Seu voo estava previsto há tempos e faz parte de um exercício na zona, segundo a fonte.
"Ontem à noite (segunda-feira), realizamos um exercício que estava planejado há tempos. Envolveu duas aeronaves que partiram de Guam", afirmou o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, aos jornalistas. O plano de voo não foi entregue às autoridades chinesas com antecedência e a missão transcorreu sem incidentes, afirmou Warren.
Os dois aviões permaneceram menos de uma hora na zona aérea de identificação decretada unilateralmente no sábado pelo governo chinês, acrescentou. Um funcionário da defesa americana, que pediu para não ser identificado, confirmou que os aviões usados foram dois bombardeiros B-52.
A China anunciou a zona de defesa aérea em meio a uma disputa com o Japão por ilhas que os dois países reivindicam no Mar da China Oriental.
 
Fonte: AFP
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Ancara provoca confrontação entre Pequim e Washington

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Pelos vistos, a Turquia terá de comprar, em termos menos vantajosos em relação aos chineses, um sistema americano de defesa antimíssil promovido à força por lobistas. Foi assim que o diretor do Centro de Pesquisas Sócio-Políticas, Vladimir Evseev, comentou a recente declaração do chanceler turco, Ahmet Davutoglu, feita em Washington. O ministro salientou, contudo, que o seu país ainda “não fez a opção definitiva quanto ao sistema de defesa antimíssil chinês, podendo rever a sua decisão a favor dos EUA”.
Em setembro de 2013 a companhia norte-americana Raytheon perdeu o concurso para a empresa chinesa de maquinaria CPMIEC. Deste modo, a China obteve o direito de fornecer à Turquia complexos de artilharia antiaérea HQ-9, ou seja, uma cópia do conhecido sistema russo S-300P. Claro que os resultados do concurso deverão ser aprovados pelo executivo turco. Esta derrota amarga veio provocar a forte pressão de Washington sobre Ancara. Os americanos lembraram que a empresa chinesa é alvo de sanções devido à colaboração com o Irã, a Coreia do Norte e a Síria. Além disso, a Casa Branca ressalvou que a criação conjunta de um sistema será incompatível com os padrões da OTAN e irá enfraquecer a força dos aliados de Ancara, podendo até abalar um dos princípios básicos da Aliança Atlântica.
Na sequência disso, o chefe da diplomacia turca anunciou que, perante uma nova proposta conveniente, Ancara irá assinar um contrato com uma companhia estadunidense ou europeia.
Ao que parece, a Turquia se viu numa situação difícil e os EUA irão fornecer-lhe seus sistemas DAM, anunciou à Voz da Rússia Vladimir Evseev:
“Muita coisa está em jogo. Se calhar, os turcos queriam, à custa dos chineses, abater o preço. Mas, tudo indica que a Turquia acabará por optar pelo sistema americano. Ao menos, devido ao fato de pertencer à OTAN. Por outro lado, terá de, para manter as aparências, se mostrar independente e, ganhar assim as melhores condições para o contrato em causa.”
A China também está prosseguindo seu jogo, tentando tirar dividendos comerciais e políticos, adianta Vladimir Evseev:
"No essencial, a China começa a lidar com os países-membros da OTAN. Pode, pela primeira vez, propor sistemas DAM, que podem ser vendidos aos países industrializados. Tal aposta é realmente séria. A China é capaz de aceitar condições de venda vantajosas para a Turquia, prometendo-lhe benefícios no pagamento gradual. Do ponto de vista econômico, os termos do contrato, propostos pela China, são mais favoráveis em comparação com os americanos. Todavia, os EUA têm mais possibilidades relacionadas com os lobistas políticos. Tomando em conta que os equipamentos militares turcos foram todos produzidos pelos EUA, Ancara não vai correr riscos para receber o sistema antimíssil chinês."
Enquanto isso, Washington não tem certeza que a forte pressão política sobre a Turquia seja suficiente para suplantar a China. As empresas Raytheon e Lockheed Martin têm travado conversações intensas nos meios industriais e junto do governo norte-americano quanto à alteração de suas propostas já feitas à Turquia. O objetivo é fazer com que essas sejam mais atraentes em termos de competitividade. Calculam-se ainda projetos de produção conjuntos. A China não logrou fazê-lo na primeira etapa. Além disso, Pequim propôs a Ancara condições vantajosas de investir os meios obtidos com contrato na economia turca. Os americanos estão tentando avançar com variantes mais aliciantes. Segundo uma fonte, a Turquia pretende obter tecnologias de lançamento de foguetes espaciais. Porém, não está claro se a administração dos EUA irá aprovar a exportação de tais tecnologias no quadro das propostas já formuladas.

Fonte: Voz da Rússia
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terça-feira, 7 de maio de 2013

China rejeita acusação do Pentágono sobre espionagem militar

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A China está usando espionagem para adquirir tecnologia para alimentar sua modernização militar, disse o Pentágono na segunda-feira, acusando pela primeira vez a China de tentar invadir redes de computadores de defesa dos EUA. O governo chinês reagiu com uma negação firme.
Em seu relatório anual de 83 páginas ao Congresso sobre os desenvolvimentos militares da China, o Pentágono também citou avanços no esforço de Pequim para desenvolver caças de espionagem com tecnologia avançada e construir uma frota de porta-aviões.
O relatório disse que a ciberespionagem da China era uma "séria preocupação" que apontava para uma ameaça ainda maior porque as "habilidades necessárias para essas invasões são semelhantes às necessárias para conduzir ataques a redes de computadores".
"O governo dos EUA continuou a ser alvo de (ciber) intrusões, algumas das quais parecem ser imputáveis diretamente aos militares e ao governo chinês", disse o relatório, acrescentando que o principal objetivo das invasões virtuais era obter informações para beneficiar as indústrias de defesa, os militares estrategistas e os líderes governamentais.
Uma porta-voz disse que essa era a primeira vez que o relatório anual do Pentágono mencionou Pequim como invasores de redes de defesa dos EUA, mas a China considerou o relatório como sem fundamento.
O Departamento de Defesa dos EUA faz repetidamente "comentários irresponsáveis ​​sobre a normal e justificada ampliação da defesa da China e exagera uma chamada ameaça militar chinesa", disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying.
"Isto não é benéfico para a cooperação e a confiança mútua entre os EUA e a China", disse Hua a repórteres. "Nos opomos firmemente a isto e já fizemos representações junto aos EUA". A ampliação da defesa da China é orientada no sentido de proteger a sua "independência e soberania nacional", disse Hua.
Sobre as acusações de pirataria, Hua disse: "Nós nos opomos firmemente a qualquer crítica infundada e promoção exagerada, porque o exagero sem fundamento e a crítica só prejudicam os esforços bilaterais de cooperação e diálogo".
Apesar das preocupações sobre as invasões, um alto funcionário da Defesa dos EUA disse que sua principal preocupação era a falta de transparência. "O que me preocupa é a medida em que a modernização militar da China ocorre na ausência do tipo de abertura e transparência que os outros estão certamente demandando da China", disse David Helvey, vice-secretário assistente de Defesa para a Ásia Oriental, em entrevista ao Pentágono no relatório.
 
Fonte: Reuters
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segunda-feira, 18 de março de 2013

China critica plano dos EUA para aumentar defesa contra Coreia do Norte

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A China disse nesta segunda-feira que os planos dos EUA de reforçar a defesa contra mísseis, em resposta às provocações da Coreia do Norte, iriam apenas intensificar o antagonismo, e pediu ao governo norte-americano para agir com prudência. 

"A questão antimíssil tem uma relação direta com o equilíbrio e estabilidade global e regional. Também diz respeito a interesses estratégicos mútuos entre os países", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em uma entrevista coletiva. 

A mensagem é uma resposta ao anúncio do Pentágono de planos para reforçar as defesas contra mísseis em resposta a "provocações irresponsáveis e imprudentes" da Coreia do Norte.

A medida foi informada na sexta (15) pelo secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, em resposta às ameaças do regime de Kim Jong-un de ataques aos Estados Unidos.

Hong afirmou que a China acredita que esforços para aumentar a segurança e resolver o problema da proliferação nuclear são melhor alcançados através dos meios diplomáticos.

"Ações como reforçar [defesas] antimísseis vão intensificar antagonismo e não será benéfica para encontrar uma solução para o problema", disse Hong.

"A China espera que o país em questão continue na base da paz e da estabilidade, adote uma atitude responsável e aja com prudência", acrescentou.

O Pentágono disse que os Estados Unidos haviam informado à China, vizinha da Coreia do Norte e seu aliado mais próximo, da decisão de adicionar mais interceptadores de mísseis, mas se recusou a comentar a reação do governo chinês. 

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ministério da Defesa da China ataca relatório americano sobre ciberataques

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Segundo relatório de companhia americana, unidade militar chinesa estaria por trás do roubo de milhares de dados e informações de empresas americanas; Pequim nega acusações
 
Ciberataques que conseguiram roubar diversas informações e dados do Exército, de empresas de energia e de outras indústrias importantes dos EUA e de outras partes do mundo teriam tido origem em uma unidade militar da China, informou uma empresa de segurança americana nesta terça-feira (19). A China negou as acusações e classificou o relatório como "baseado em informações infundadas".
 
A China tem sido frequentemente acusada de quebrar códigos e sistemas, mas o relatório feito pela empresa Mandiant, de Virgínia, contém acusações extensas e detalhadas que ligam o Exército do país a uma onda de ciberataques contra os EUA, empresas estrangeiras e agências do governo do país.
 
A Mandiant diz ter rastreado os ciberataques e sua origem foi detectada em um bairro nos arredores Xangai onde fica um prédio branco de 12 andares controlado pela Unidade 61398 do Exército Popular de Libertação.
 
A unidade "roubou sistematicamente centenas de terabytes de dados de ao menos 141 organizações", escreveu a Mandiant. Em comparação, o arquivo do Twitter da Bilblioteca do Congresso dos EUA, entre 2006 e 2010, com cerca de 170 bilhões de tuítes, possui um total de 133.2 terabytes.
 
"Pelas nossas observações, é um dos mais férteis grupos de ciberespionagem em termos de quantidade de informação roubada", afirma a empresa. Ela acrescenta que a unidade está em operação desde 2006.
 
Mandiant informou que ter decidido revelar os resultados das investigações valeu o risco de os hackers mudares suas táticas, o que tornaria suas ações mais difíceis de serem rastreadas.
 
"É hora de reconhecer que a ameaça tem origem na China, e queremos fazer nossa parte para armar e preparar profissionais da segurança para combater essa ameaça de forma eficaz", diz o relatório.
 
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hong Lei disse nesta terça-feira duvidar que as evidências levantadas pela empresa sobrevivessem a um escrutínio. "Fazer acusações infundadas baseadas em qualquer material não é nem responsável nem profissional", disse a repórteres.
 
Lei voltou a repetir que a China proíbe estritamente a ciberespionagem e que o país foi uma grande vítima de crimes como esse, cometidos na maioria das vezes pelos EUA. "Todo ano, os ciberataques contra a China têm aumentado rapidamente", disse.
 
Mandiant afirmou que suas descobertas a levaram a alterar a conclusão de um relatório de 2010 sobre hackers chineses, no qual havia dito que não era possível determinar a extensão do conhecimento do governo do país sobre tais atividades.
 
"Os detalhes que analisamos durante centenas de investigações nos convence que os grupos que conduzem estas atividades estão na China e que o governo chinês tem conhecimento disso", disse a empresa em um resumo de seu mais recente relatório.
 
As acusações feitas por uma empresa de segurança de computação dos EUA alegando que uma unidade militar chinesa estaria por trás de uma série de ciberataques são falhas cientificamente e, portanto, não são confiáveis, disse nesta quarta-feira (20) o Ministério de Defesa da China.
 
A declaração veio após a Casa Branca ter emitido comunicado de que o governo do presidente Barack Obama tem levado suas preocupações sobre ataques digitais aos mais altos escalões do governo chinês, incluindo os militares.
 
A empresa de segurança Mandiant identificou a Unidade 61398 do Exército Popular de Libertação, com sede em Xangai, como a força motriz mais provável por trás dos ataques de hackers. A Mandiant disse acreditar que a unidade tenha realizado ataques "sustentados" contra uma ampla gama de indústrias americanas e de outros lugares do mundo.
 
O Minsitério de Defesa da China, que já havia negado as acusações, foi mais longe em uma nova declaração, acusando a Mandiant de confiar em dados espúrios. "O relatório, ao confiar apenas em links de endereços IP para chegar a uma conclusão de que os ataques de hackers partiram da China, carece de prova técnica", disse o ministério em comunicado em site.
 
"Todo mundo sabe que o uso de endereços IP usurpados para realizar ataques de hackers acontece em uma base quase diária", acrescentou. "Em segundo lugar, ainda não há uma definição clara internacionalmente unificada sobre o que consiste em um 'ataque hacker'. Não há nenhuma evidência legal por trás do relatório subjetivamente induzindo que a concentração diária online (de informações) seja espionagem online."
 
Como a pirataria online é um fenômeno transnacional, anônimo e escondido por sua própria natureza, é difícil descobrir exatamente onde os ataques se originam, segundo afirmou o comunicado.
 
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Lei, perguntado sobre as conversas entre EUA e China a respeito das preocupações norte-americanas com ciberataques, disse: "A China e os EUA têm mantido comunicação relevante sobre a questão."
 
Relatório
 
Segundo a Mandiant, a Unidade 61398 do Ecército Popular de Libertação "roubou sistematicamente centenas de terabytes de dados de ao menos 141 organizações". Em comparação, o arquivo do Twitter da Bilblioteca do Congresso dos EUA, entre 2006 e 2010, com cerca de 170 bilhões de tuítes, possui um total de 133.2 terabytes.
 
Para a Mandiant, valeu a pena divulgar os resultados das investigações, apesar do risco de os hacker mudarem suas táticas. "É hora de reconhecer que a ameaça tem origem na China, e queremos fazer nossa parte para armar e preparar profissionais da segurança para combater essa ameaça de forma eficaz", diz o relatório.
 
A Mandiant afirmou que suas descobertas a levaram a alterar a conclusão de um relatório de 2010 sobre hackers chineses, no qual havia dito que não era possível determinar a extensão do conhecimento do governo do país sobre tais atividades.
 
"Os detalhes que analisamos durante centenas de investigações nos convence que os grupos que conduzem estas atividades estão na China e que o governo chinês tem conhecimento disso", disse a empresa em um resumo de seu mais recente relatório.
 
Fonte: Último Segundo
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

China anuncia manobras navais no Pacífico após aumento de tensão com EUA

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O Ministério da Defesa da China anunciou nesta quinta-feira a realização de exercícios militares navais em águas do Oceano Pacífico nos próximos dias, após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgar no último dia 16 o aumento da presença militar americana na Austrália, o que irritou as autoridades de Pequim.

Em um breve comunicado, o ministério chinês esclareceu que os exercícios anunciados serão manobras de rotina, "não dirigidas contra nenhum país ou alvo em particular", mas os analistas destacam a coincidência temporal dessas ações com as crescentes tensões da China com os Estados Unidos.

O Ministério da Defesa chinês não especificou o local exato das manobras, nem quantos navios participarão. A emissora de televisão japonesa "NHK" informou que seis navios da Marinha chinesa, entre eles um destróier antimísseis, foram detectados perto das ilhas de Okinawa, em direção ao Pacífico.

"Pequim está muito descontente por ver os EUA envolvidos nas disputas territoriais no Mar da China Meridional, desafiando nossa soberania territorial em aliança com o Vietnã e Filipinas", comentou ao jornal "South China Morning Post" o analista chinês em assuntos militares Ni Lexiong, após o anúncio das manobras.

Na semana passada, Obama realizou uma longa viagem pelo Pacífico, que incluiu sua participação em duas cúpulas, a da Apec, no Havaí, e a da Ásia Oriental, em Bali, onde aproveitou para dizer que as missões norte-americanas seriam uma prioridade na política de defesa do Pentágono (Departamento de Defesa americano).

Na Austrália, uma das escalas da viagem, Obama anunciou que 2,5 mil marines (fuzileiros navais) americanos seriam destacados ao norte do país para ampliar a presença estratégica dos EUA no Pacífico ocidental.

O anúncio motivou críticas da China, que classificou a medida como inoportuna, num momento em que, segundo Pequim, todos os países devem trabalhar juntos para sair da crise econômica.

O Mar da China Meridional, principal foco de tensões na região, abriga as ilhas Spratly e Paracel, reivindicadas pela China e outros países da área, junto ao que se acredita ser uma das maiores reservas mundiais de petróleo, ainda não exploradas.

Filipinas e Vietnã, outros dois países que reivindicam parte desses arquipélagos, acusaram a China neste ano de aumentar as hostilidades na região.

A China acusa os EUA de manterem uma "mentalidade da Guerra Fria" e pede às partes em conflito no Mar da China Meridional que negociem diretamente com Pequim, sem internacionalizar a questão, o que não impediu que o assunto fosse levado por Obama à mesa multilateral de Bali na semana passada, na Cúpula da Ásia Oriental.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, se reuniu nesta quarta-feira com a subsecretária de Estado americana, Wendy Sherman, a quem pediu que os dois países "devolvam as relações bilaterais ao caminho correto". "China e EUA devem respeitar mutuamente seus respectivos interesses e lidar adequadamente com assuntos sensíveis", destacou.

Fonte: EFE
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domingo, 20 de novembro de 2011

China critica EUA por investigar seus "gigantes tecnológicos"

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O governo chinês criticou neste sábado o Congresso americano por abrir uma investigação contra duas das principais empresas tecnológicas do país (Huawei e ZTE) para determinar se sua presença nos Estados Unidos representa uma ameaça à segurança, uma iniciativa que Pequim qualificou de "politizada" e "eleitoreira".

"É comum que os EUA tentem desviar a atenção para China e para as empresas deste país quando há eleições", lamentou o porta-voz do Comércio, Shen Danyang, ao jornal oficial China Daily.

Em termos parecidos se expressou o Ministério de Tecnologia e Indústria da Informação, cujos porta-vozes assinalaram que os EUA "impedem que as empresas estrangeiras operem em seu território com a desculpa da segurança nacional" e "as companhias chinesas foram vítimas destas investigações durante anos".

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Liu Weimin assegurou em comunicado que os investimentos chinesas nos EUA beneficiam a criação de empregos e o crescimento desse país, e por isso acredita que Washington "não vai politizar os problemas comerciais".

O Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes dos EUA anunciou nesta semana o início de uma investigação para determinar se a rápida expansão de empresas de telecomunicações estrangeiras nos EUA pode ameaçar a segurança nacional, e citou a Huawei e a ZTE entre as investigadas.

Um porta-voz da filial da Huawei nos EUA, William Plummer, citado hoje pelo jornal governista chinês "Global Times", garantiu que a empresa, a segunda maior provedora mundial de equipamentos de telecomunicações, dava as boas-vindas às investigações se estas forem "abertas e justas".

Também assegurou que a Huawei fornece produtos a 90% das 50 maiores firmas de telecomunicações do mundo, e que em nenhum destes casos foram informados problemas de segurança.

A ZTE expressou nesta semana em comunicado que confia que as investigações demonstrarão que a empresa respeita as leis e é confiável para seus parceiros americanos, assim como para seus clientes.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Indonésia e China se preocupam com presença militar dos EUA na Austrália

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A Indonésia se juntou à China nos protestos em relação ao anúncio da expansão da presença militar americana no norte da Austrália. O ministro de Relações Exteriores indonésio, Marty Natalegawa, disse que não gostaria de ser testemunha de uma "reação" e a geração "de um círculo vicioso de tensão, desconfiança e receio", segundo declarações citadas nesta quinta-feira pela emissora australiana ABC. "O importante quando se adota uma decisão deste tipo é que haja transparência dos cenários que se conceberam e que não se chegue a nenhum mal-entendido", acrescentou Natalegawa.
Durante sua visita à Austrália, o presidente americano, Barack Obama, anunciou na quarta-feira um acordo com Canberra para a presença de um contingente que chegará a 2,5 mil soldados no norte do país para 2017. Esta iniciativa foi vista como resposta à crescente instabilidade no mar da China Meridional por conta das disputas territoriais de Pequim com Filipinas e Vietnã. China e Indonésia já haviam sido informados pela Austrália deste acordo, por isso não foi nenhuma surpresa, mas, ainda assim, as autoridades indonésias questionam suas intenções.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Weimin, declarou em entrevista coletiva que "fica em dúvida se (o acordo) se ajusta aos interesses comuns dos países na região e de toda a comunidade internacional". Liu Weimin ressaltou que o gigante asiático nunca entraria neste tipo de alianças militares e destacou que Pequim tem "seu próprio conceito de cooperação amistosa com todos os países".

Um dia depois do anúncio deste acordo, o presidente Obama afirmou que seu país manterá seus esforços para desenvolver uma "relação cooperativa" com a China. "Buscaremos mais oportunidades para a cooperação com Pequim, inclusive uma maior cooperação entre nossos militares para promover o entendimento e evitar incompreensões", comentou Obama em discurso perante o Parlamento australiano em Canberra.
Obama termina hoje sua viagem à Austrália para promover o papel de liderança de seu país na região, na qual a China ocupou o papel antagonista.

Fonte: EFE
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Obama pressiona China para que atue como nação "adulta"

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O presidente dos EUA, Barack Obama, pressionou no domingo a China para que reconheça que agora é uma economia "adulta" e comece a agir com mais responsabilidade a respeito de questões cambiais e comerciais que afetam as empresas norte-americanas.

A China precisa "entender que seu papel é diferente agora do que seria há 20 ou 30 anos, quando, se eles estivessem violando algumas regras, não importaria realmente, não teria um impacto significativo", disse Obama ao final de uma cúpula de líderes da Apec (bloco de países da Ásia e Pacífico).

"Agora eles cresceram. Vão precisar ajudar a gerenciar esse processo de forma responsável", afirmou.

Os Estados Unidos, acrescentou Obama, saúdam a "ascensão pacífica" da China, mas acham que Pequim com frequência "joga o sistema" a seu favor. "Vamos continuar sendo firmes para que a China opere pelas mesmas regras que todos os demais."

"A maioria dos nossos especialistas estima que o renminbi (outro nome do iuan, a moeda chinesa) está desvalorizado em 20 a 25 por cento. Isso significa que as nossas exportações para a China estão muito mais caras, e as importações deles para os Estados Unidos estão muito mais baratas."

Obama, que se encontrou com o presidente chinês, Hu Jintao, durante a cúpula do Havaí, disse que a situação cambial chinesa teve uma "ligeira melhora" por causa da pressão norte-americana dos últimos meses, mas ainda ao chegou ao ponto ideal.

Fonte: Reuters
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Segundo EUA, Rússia e China estão ativas na ciberespionagem

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China e Rússia estão usando espionagem cibernética para roubar segredos comerciais e de tecnologia norte-americanos a fim de estimular seu desenvolvimento econômico, e representam ameaça à prosperidade e segurança dos Estados Unidos, de acordo com um relatório de inteligência norte-americano divulgado nesta quinta-feira (3).

Existem tantas informações e pesquisas sigilosas nas redes de computadores que intrusos estrangeiros podem recolher imensa quantidade de dados rapidamente e com baixo risco, porque suas atividades são difíceis de detectar, afirma o relatório ao Congresso, intitulado "Espiões Estrangeiros Roubam Segredos Econômicos dos EUA no Ciberespaço."

O relatório do Office of the National Counterintelligence Executive para o período 2009-2011 inclui dados dos serviços de informações, do setor privado, de organizações de pesquisa e das universidades.

Serviços de inteligência, empresas e indivíduos estrangeiros ampliaram seus esforços para roubar tecnologias cujo desenvolvimento custou milhões de dólares aos EUA. Os métodos utilizados incluem extrair informações remotamente, direto da rede; carregar informações em um aparelho portátil; e transmiti-las via e-mail.

"No passado, os espiões roubavam informações de pastas de arquivos; agora as roubam com pen drives", disse um importante líder dos serviços de inteligência norte-americanos.

"Nossa pesquisa e desenvolvimento estão sob ataque", acrescentou.

Serviços de inteligência, empresas privadas, instituições acadêmicas e cidadãos de dezenas de países tomam os EUA por alvo de espionagem, afirma o estudo, mas só menciona diretamente a China e a Rússia.

"Agentes chineses são os mais ativos e persistentes perpetradores de espionagem econômica", segundo o relatório.

Embora empresas norte-americanas já tenham reportado intrusões cibernéticas originadas da China, os serviços de informações não conseguem confirmar quem está por trás delas, segundo o relatório.

Quando questionado sobre provas inegáveis de que a China está conduzindo espionagem cibernética contra os EUA, o dirigente de inteligência não revelou detalhes publicamente. "Mas não tiramos essa informação do nada", disse.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Hillary pede que China apoie resolução contra a Síria

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta segunda-feira que a China apoie uma forte ação do Conselho de Segurança contra a Síria, durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores chinês Yang Jiechi, informou uma autoridade americana.

Sua conversa "está relacionada com a necessidade de uma forte resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede o fim da violência", disse à imprensa um funcionário do Departamento de Estado que pediu para não ser identificado.

"Creio que seja justo dizer que o ministro de Relações Exteriores chinês, Yang, compreendeu e apoiou a ideia de que o Conselho de Segurança seja mais ativo, e eles aceitaram que nossos embaixadores trabalhem nisso nos próximos dias", disse o funcionário.

Ao se dirigir à Assembleia Geral da ONU na quarta-feira, o presidente americano Barack Obama pediu sanções do Conselho de Segurança contra a Síria, dizendo que não há desculpa para a inação enquanto o governo sírio tortura e mata pessoas.

Mas altos funcionários dos Estados Unidos disseram que a conversa de Hillary e Yang foi mais ampla do que o tema das sanções.

Os aliados ocidentais dos Estados Unidos se uniram a Washington para impor sanções à Síria, mas Rússia e
China ameaçaram vetar uma resolução do Conselho de Segurança nesse sentido.

China, Rússia, Estados Unidos, Reino Unido e França são os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto.


SANÇÕES

Na sexta-feira (23), a União Europeia decidiu endurecer suas sanções contra o regime sírio e, entre outras medidas, proibiu novos investimentos no setor petrolífero.

"As medidas restritivas têm o objetivo de ter o máximo impacto contra o regime sírio e, ao mesmo tempo, evitar os efeitos negativos à população síria", afirmou a chefe de diplomacia da UE, Catherine Ashton.

As novas medidas foram aprovadas pelos 27 membros do bloco e entraram em vigor no sábado.

Na quarta-feira, havia relatos de que novas sanções contra a Síria, que incluiriam a proibição de investir no setor petroleiro e de fornecer moedas e notas ao seu banco central, seriam impostas, após ser alcançado em Bruxelas um acordo sobre novas medidas contra o regime de Bashar Assad para que ponha fim à brutal repressão da revolta da oposição iniciada em meados de março.

A ONU estima que, desde o início dos protestos pela saída de Assad do poder, morreram ao menos 2.700 pessoas, dado negado pelo regime. 

Fonte: Folha
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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Na ONU, China se opõe a desbloqueio de US$ 5 bi a rebeldes líbios

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A China se opôs nesta segunda-feira à iniciativa de países europoeus na ONU (Organizaçaõ das Nações Unidas) que busca autorizar o desbloqueio de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões) dos fundos do ditador Muammar Gaddafi para auxiliar os rebeldes líbios.

Na semana passada, Washington ameaçou colocar outra proposta, de US$ 1,5 bilhão, à votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas caso a África do Sul não concordasse com a medida.

O desbloqueio de ativos foi autorizado sem votação após os sul-africanos cederem e entrarem em acordo com os americanos.

A delegação chinesa na ONU disse que prefere aguardar a avaliação do governo em Pequim antes de emitir um parecer à solicitação defendida por França, Reino Unido e Alemanha. Os três países argumentam que o dinheiro é essencial para fornecer ajuda aos rebeldes.

Os fundos em questão pertencem ao regime de Gaddafi e foram congelados no dia 26 de fevereiro, quando as Nações Unidas aprovaram um pacote de sanções contra a Líbia.

Desde então, estes ativos do ditador em diferentes países encontram-se bloqueados e somente o comitê especial de sanções à Líbia no Conselho de Segurança podem autorizar a liberação dos recursos.

EUA X ÁFRICA DO SUL

Na quinta-feira (25), os Estados Unidos e a África do Sul chegaram a um acordo de última hora, permitindo a liberação de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,4 bilhões) de bens congelados do regime de Muammar Gaddafi como ajuda financeira aos rebeldes líbios. A decisão evitou que o assunto fosse votado pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

"Há um acordo, não haverá votação e o dinheiro será desbloqueado", disse inicialmente à agência de notícias France Presse um diplomata próximo das negociações.

Mais tarde, os EUA confirmaram a decisão. "A África do Sul aceitou retirar seu bloqueio à medida. Estamos muito satisfeitos, já que todos os membros do Conselho reconhecem agora a importância de ajudar o povo líbio", disse a embaixadora adjunta dos EUA na ONU, Rosemary DiCarlo.

Os recursos encontram-se nas mãos dos Estados Unidos, que querem enviar US$ 500 milhões a grupos humanitários internacionais, US$ 500 milhões para o CNT para pagar salários e serviços essenciais, e os US$ 500 milhões restantes a um fundo de reserva internacional para pagar por combustível e outros ativos de emergência.

A África do Sul vinha se opondo à medida de desbloqueio dos ativos líbios no comitê de sanções das Nações Unidas durante mais de duas semanas, argumentando que canalizar o dinheiro através do governo rebelde implicaria reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT).

Nem a África do Sul nem a União Africana reconheceram ainda o governo da oposição líbia, cujos partidários tomaram grande parte de Trípoli no que pode ser a cartada final contra o regime de Muammar Gaddafi.

Fonte: Folha

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sábado, 13 de agosto de 2011

Porta-aviões americano Ronald Reagan atraca em Hong Kong

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O porta-aviões americano USS Ronald Reagan atracou este sábado no porto chinês de Hong Kong para uma escala de quatro dias de alto valor simbólico, já que acontece na mesma semana em que a China estreou em águas marítimas sua primeira embarcação deste tipo, informou a imprensa estatal.

Segundo o oficial "China Daily", os marinheiros do porta-aviões americano participarão nos próximos dias em projetos de serviço comunitário e conhecerão a cultura local.

A embarcação da Marinha americana, propulsionado por energia nuclear, participou dos últimos meses em missões humanitárias no litoral japonês afetado pelo terremoto e posterior tsunami de março.

O primeiro porta-aviões da China, comprado da Ucrânia em 1998 e ainda não batizado, iniciou sua primeira viagem de teste no dia 10 de agosto, um feito que causou preocupação ao Exército americano, que vê o gesto como uma reafirmação do poder militar chinês perante seus vizinhos e rivais no Pacífico.

Por isso, o governo americano pediu esta semana ao chinês que explique por que o gigante asiático precisa de um porta-aviões.

A China, no entanto, era o único membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que não contava com este tipo de navio estratégico, e já anteriormente tinha assegurado que o porta-aviões será utilizado principalmente com fins "científicos, de experimentos e treinamento".

Fonte: EFE

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

China lança ao mar seu primeiro porta-aviões e incomoda Americanos

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China lança ao mar seu primeiro porta-aviões e incomoda os EUA, que questionam silêncio. Com tecnologia própria, a máquina de guerra deve alterar o tabuleiro estratégico da Ásia

Os chineses usarão seu novíssimo e primeiro porta-aviões para defender os interesses do país mundo afora. A informação, publicada ontem pelo site das forças armadas da China, respondeu aos questionamentos dos Estados Unidos quanto ao uso dessa máquina de guerra. Na última quarta-feira, Washington expressou sua preocupação, enquanto a embarcação iniciava os primeiros testes em alto-mar. Para o governo de Barack Obama, a potência econômica global do Oriente começa a dar passos cada vez mais longos. O Império do Centro — nome que os chineses dão ao seu país em mandarim — segue caminho semelhante ao percorrido pelos EUA, no processo de afirmação de sua influência mundial. Pequim, assim, indica que aprendeu com o Tio Sam que "discussões" podem ser evitadas quando se tem um bom porrete à mão.

"Construímos um porta-aviões para defender, de forma mais eficaz, os direitos e os interesses da China. Estaremos mais seguros e mais determinados para defender nossa integridade territorial", escreveu Guo Jianyue, jornalista do Diário do Exército Popular de Libertação. De acordo com informações do site jz.chinamail.com.cn, Guo ainda questionou: "Por que construímos (o porta-aviões) se não temos o valor nem a vontade de utilizá-lo em caso de conflito territorial?".

Efetivamente, a China tem divergências com o Japão e com as Filipinas a respeito de seus domínios oceânicos. Além disso, se vê ameaçada pelas bases navais dos Estados Unidos no Japão e na Coreia do Sul. Também exige que a ilha de Taiwan deixe de ser independente. Mas a negativa dos taiuaneses encontra respaldo em alianças navais militares garantidas por Washington. Por isso, o texto de Guo e a construção do porta-aviões indicam que os chineses pretendem mexer significativamente no tabuleiro estratégico. Querem igualmente avisar a indianos e a tailandeses que estes deixaram de ser os únicos na região a contar com aquela arma.

Equivoca-se quem considera que o texto é de fonte não qualificada. Ainda que o jornalista não integre o Estado-Maior do presidente Hu Jintao, ele sabe o que escreve. As suas palavras nunca teriam sido conhecidas se não corroborassem o que pensam os generais chineses que comandam o maior exército do planeta, estimado em 2,3 milhões de soldados. O Pentágono também questionou o silêncio chinês quanto à construção do porta-aviões. "A China não é tão transparente como os Estados Unidos no que diz respeito a suas compras militares ou a seu orçamento militar", emendou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Segredo


De fato, o país asiático foi extremamente discreto no projeto que consumiu anos de esforços e investimentos, realizado quase totalmente com tecnologia chinesa. Tudo começou em 1985, quando os chineses compraram um obsoleto porta-aviões britânico. O Melbourne foi estudado e logo transformado em sucata porque a China concluiu que era muito defasado.

Depois, em 1988, adquiriram o russo Minsk. Este navio tampouco trouxe grandes informações e, atualmente, funciona como um cassino em Macau. Mas, quase na mesma época da negociação do barco da antiga União Soviética, os chineses compraram o Varyag. Era o casco de um porta-aviões projetado para o antigo rival dos Estados Unidos que não chegou a navegar. Treze anos após se dizer que viraria hotel, o Varyag foi recuperado e equipado com tecnologia "made in China". O recheio bélico é uma informação mantida a sete chaves. Mas pôde juntar a China aos outros nove países do planeta que têm essa fortaleza: Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Reino Unido, Itália, Tailândia e Rússia.

Brasil emprestou know-how


Uma fonte do Ministério da Defesa do Brasil confirmou ao Correio que os chineses receberam um pouco do conhecimento brasileiro em porta-aviões. Um oficial da Marinha viajou à China após o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinar um tratado de cooperação com aquele país, em novembro de 2009. Os chineses estavam interessados em entender como se administra o tráfego de aeronaves na pista dos porta-aviões, verdadeiros aeroportos flutuantes.

Fonte: Correio Braziliense

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EUA pedem explicações à China sobre porta-aviões

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O governo dos Estados Unidos considerou nesta quarta-feira que a estreia do primeiro porta-aviões da China é uma nova mostra da "falta de transparência" de Pequim no âmbito militar, e disse esperar que o país asiático explique por que suas Forças Armadas necessitam da embarcação.

"Daremos as boas-vindas a qualquer tipo de explicação que a China queira dar sobre a necessidade deste tipo de equipamento", disse em sua entrevista coletiva diária a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.

A China promoveu hoje uma demonstração de poderio militar com a viagem inaugural de seu porta-aviões, comprado da Ucrânia em 1998, que zarpou do porto de Dalian em uma expedição desejada pela Armada Nacional há 70 anos.

Segundo Washington, a preocupação sobre o episódio se deve porque "a China não é tão transparente como outros países, não é tão transparente como os Estados Unidos no que diz respeito a suas compras militares ou a seu orçamento militar".

A porta-voz não confirmou se Washington fez um pedido formal a Pequim para que explique suas intenções, e indicou que essa solicitação deveria proceder do Pentágono.

Nuland ressaltou que os Estados Unidos mantêm, em suas relações militares com a maioria de países, "o tipo de diálogo bilateral no qual podemos ser bastante específicos sobre os equipamentos que temos e seus objetivos, e os movimentos que vão fazer".

"Mas não estamos nesse nível de transparência com a China, ao nível que os presidentes dos dois países disseram que deveríamos ter e ao qual aspiramos", disse a porta-voz.

A estreia do porta-aviões, preparado durante anos, não havia sido anunciada oficialmente até o mês passado, quando as autoridades de Defesa chinesas se apressaram a esclarecer que a embarcação será utilizada principalmente para fins "científicos, de experimentação e treinamento".

No entanto, a China também assinalou que colocaria o porta-aviões à disposição para fazer a segurança do litoral nacional e "garantir a paz", sempre com caráter defensivo, não ofensivo.

Ter seu próprio porta-aviões era um antigo desejo militar do governo chinês, que já cogitava a possibilidade de obter esta embarcação nos anos 1940, antes mesmo da instauração do regime comunista.

Fonte: EFE

Nota do Blog: Achei particularmente interessante a ideia dos EUA de que todos tem de informar a eles suas intenções, algo que é absurdo quando tratamos de soberania de Estados. Ao meu ver é de extrema falta de respeito a soberania de um Estado se exigir que o mesmo dê justificativas sobre seus investimentos em defesa e seus planos estratégicos.

O que me parece mais irônico é o fato dos EUA cobrarem da China transparência alegando que eles tem transparência. Todos sabemos que isso é a mais tremenda mentira, uma vez que os EUA conduzem operações em países soberanos sem comunicá-los, invade constantemente espaço aéreo alheio sem dar explicações, conduz programas militares secretos e não justifica a necessidade de manter um poderio de projeção de poder global sem que haja uma real ameaça que justifique tamanha dissimetria no balança do poderio militar global.

Seria bom se os chineses cobrassem mais responsabilidade e justificativas do mercado e da economia americana que andam muito mal das pernas.

Angelo D. Nicolaci
Editor

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sábado, 6 de agosto de 2011

China critica EUA após rebaixamento de nota da dívida

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A imprensa estatal da China criticou neste sábado os Estados Unidos, depois que agência de classificação de riscos Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota da dívida americana de longo prazo pela primeira vez na história. Na sexta-feira, os papéis americanos receberam a nota AA+, em vez da avaliação máxima AAA.

Em um texto opinativo, a agência de notícias estatal Xinhua afirma que a China "tem todo o direito agora de exigir que os Estados Unidos lidem com o seu problema estrutural de dívida e garantam a segurança dos ativos em dólar da China".

A China é o maior detentor mundial de papéis da dívida americana. O texto da Xinhua também afirma que já se passou a época em que os Estados Unidos conseguiam tomar empréstimos para se livrar de problemas causados pelos próprios americanos, e sugeriu que uma nova moeda internacional pode surgir para substituir o dólar.

"Supervisão internacional sobre a questão dos dólares americanos deveria ser introduzida e uma nova moeda de reserva global, estável e segura, também pode ser uma opção para evitar uma catástrofe provocada por qualquer país individualmente."

A reação em outros países foi de cautela. Autoridades no Japão, Coreia do Sul e Austrália pediram calma aos investidores.

Avaliação "errada"

Nos Estados Unidos, fontes do governo criticaram a S&P e sugeriram que a agência de risco cometeu um erro ao rebaixar a nota da dívida americana. Uma autoridade, cujo nome não foi divulgado, teria detectado um erro de US$ 2 trilhões na avaliação da agência de risco. Isso levou o porta-voz do Tesouro a dizer: "Um julgamento influenciado por um erro de US$ 2 trilhões fala por si só". No entanto, ele não explicou qual teria sido o erro da S&P.

O diretor do comitê de classificações de risco de dívidas soberanas da S&P, John Chambers, disse que o governo americano poderia ter evitado o rebaixamento da dívida caso tivesse agido antes.
"A primeira coisa que poderia ter se feito é aumentar o teto da dívida de forma imediata, para que todo esse debate fosse evitado desde o começo", disse ele à rede de televisão CNN.

A Standard & Poor's argumenta que o governo americano não conseguiu negociar no Congresso uma forma de reduzir a dívida americana em US$ 4 trilhões ao longo da próxima década. Ao invés disso, o acordo aprovado pelo Congresso na terça-feira passada – após um longo processo de negociação entre democratas e republicanos – faz economias de aproximadamente metade deste valor.

A S&P afirma que os políticos americanos só conseguiram atingir "poupanças relativamente moderadas" que são insuficientes diante das necessidades da economia americana. "De maneira mais ampla, o rebaixamento reflete a nossa visão de que a eficiência, a estabilidade e a previsibilidade da elaboração de políticas americanas e das instituições políticas enfraqueceram em um momento de desafios correntes fiscais e econômicos", explicou a S&P em uma nota divulgada na noite de sexta-feira.

A agência de risco afirma que pode rebaixar a avaliação da dívida americana em mais um ponto – para AA – nos próximos dois anos, caso as medidas de redução dos gastos públicos se provem insuficientes.


China critica EUA pela crise da dívida e exige garantias

A China, principal credora dos Estados Unidos e com US$ 1,16 trilhão em bônus do Tesouro dos Estados Unidos e US$ 3,2 trilhões de reservas em moeda estrangeira em dólares, a queda da dívida americana de AAA - a máxima qualificação possível - para AA+ gerou um forte mal-estar em Pequim.

A agência oficial chinesa "Xinhua" publicou neste sábado um duro editorial no qual assegura que a decisão da Standard & Poor's é "uma fatura que os Estados Unidos devem pagar por sua própria dependência quanto ao endividamento e por suas brigas políticas sem visão de futuro em Washington".

"A China tem todo o direito agora de reivindicar aos Estados Unidos que corrijam os erros estruturais de sua dívida e garantam a segurança dos ativos em dólares da China", afirmou a "Xinhua".

Ao mesmo tempo, reivindicou "supervisão internacional" sobre a moeda americana, e foi além, ao propor como alternativa ao dólar "uma nova moeda de reserva estável e assegurada em nível global" para evitar a dependência mundial da divida dos EUA.

Há alguns dias, Chen Daofu, diretor do Centro de Pesquisas Políticas do Conselho de Estado da China, advertiu da necessidade de buscar alternativas de investimento para as reservas chinesas, e avaliou que mudar a composição destas "é um desafio crucial para os conselheiros políticos em Pequim".

Com relação ao futuro, a "Xinhua" assinalou que se não houver cortes na "gigantesca despesa militar" e nos custos do novo sistema de previdência social universal disposto por Barack Obama, a Standard & Poor's pode diminuir ainda mais a qualificação da dívida americana.

Ainda assim, o economista-chefe do Centro de Informação Estatal da China, Jianping Fan, considerou que o endividamento americano afetará principalmente os mercados financeiros, e, só em segundo plano, o comércio. O analista prevê uma queda nas exportações do país asiático, porém mais ligada aos problemas da Europa que aos indicadores americanos.

Fonte: BBC Brasil / EFE
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

China exorta EUA a agirem com responsabilidade em relação à dívida

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A China, uma das maiores credoras dos Estados Unidos, exortou na segunda-feira os estrategistas econômicos americanos a agirem no sentido de proteger os interesses dos investidores, destacando os temores crescentes em todo o planeta diante das discussões prolongadas sobre o orçamento que estão tendo lugar em Washington.

As autoridades em Washington estão envoltas em negociações tensas sobre o limite da dívida governamental, que a administração Obama diz que precisa ser elevada em relação a seu nível atual, US$14,29 trilhões, para permitir ao governo pagar suas contas diárias e pagar os juros de quaisquer dívidas que vençam em breve.

Qualquer falha em saldar dívidas que irão vencer equivaleria, na prática, a um calote, que, por breve que fosse, poderia abalar a confiança na economia americana e causar instabilidade séria nos mercados financeiros globais.

Na noite de quarta-feira o Serviço Moody's para Investidores intensificou as atenções para tal desenlace ao avisar que pode reduzir sua classificação de crédito de primeiro nível dada aos EUA. O Moody's citou uma "possibilidade crescente" de que não se chegue a nenhum acordo antes de a autoridade de empréstimos do governo americano alcançar seu limite, em 2 de agosto.

Na quinta-feira o presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Ben S. Bernanke, reiterou o aviso de que uma "calamidade financeira enorme" ocorrerá se o presidente Barack Obama e os republicanos não conseguirem acordar um pacto orçamentário que permita a elevação do teto da dívida.

Em depoimento perante um comitê do Senado, Bernanke disse que os parlamentares precisam levar o estado frágil da economia em conta em suas negociações.
"Deixar de aprovar não elevar o teto da dívida e permitir permitir com certeza um calote da dívida teria consequências muito reais para os americanos médios", disse Bernanke, observando que as taxas de juros e de hipotecas descreveriam um salto.

"Isso também elevaria o déficit federal, porque precisamos pagar os juros da dívida como parte de nossos gastos", disse ele.

Na quinta-feira as autoridades de Pequim se somaram às vozes a expressar preocupação, embora o tenham feito em termos mais moderados.

"Esperamos que o governo americano adote políticas e medidas responsáveis para garantir os interesses dos investidores", disse Hong Lei, porta-voz do Ministério do Exterior, respondendo a perguntas sobre o relatório do Moody's.

As declarações ecoaram outras dadas por autoridades em Pequim em abril, quando a agência Standard & Poor's reduziu sua previsão sobre os EUA de estável para negativa, em função do alto déficit orçamentário do país e da crescente dívida governamental.

A China tem mais de US$1 trilhão em títulos do Tesouro americano, razão pela qual é altamente sensível a fatos que possam reduzir a valor desses títulos.

Em seu depoimento perante o Congresso, Bernanke disse aos parlamentares que, se os EUA não elevarem o limite de sua dívida, o governo terá que priorizar suas obrigações financeiras, pagando seus credores primeiro e sustando benefícios como os pagamentos da Previdência Social.

"A premissa é que, enquanto fosse possível, o Tesouro procuraria pagar o principal e os juros da dívida governamental, porque deixar de fazê-lo certamente mergulharia o sistema financeiro em um caos enorme e exercia grande impacto sobre a economia global", ele disse aos parlamentares.

Robin Marshall, gerente de investimentos da Smith & Williamson, em Londres, disse que, depois de não terem previsto a crise das hipotecas de alto risco nos Estados Unidos, que precedeu a explosão atual de dívida, as agências de classificação estão agindo agressivamente em relação a países com dívida soberana.

A situação atual, disse ele, está criando dores de cabeça para governos preocupados ou com onde investir ou com a possibilidade de eles próprios serem rebaixados de classificação e enfrentarem custos financeiros mais altos, assim como para investidores. "Isso levanta a pergunta de qual é o padrão de referência relevante?", disse Marshall. "Se os EUA tiverem sua classificação rebaixada, como ficará a Alemanha, com suas obrigações crescentes? Se foram analisados unicamente as razões entre dívida e PIB, é possível que apenas países como Noruega, Suíça e Cingapura continuem a ter classificação AAA."

A reação à ameaça às classificações foi moderada na Europa na quinta-feira, enquanto as autoridades europeias lutavam para conter sua própria crise da dívida, que esta semana ameaçou se espalhar para fora da Grécia, Irlanda e Portugal e submergir as economias maiores da Itália e Espanha.

As autoridades europeias têm reagindo aos rebaixamentos sucessivos na zona do euro esta semana a Irlanda, por exemplo, foi rebaixada para status "junk", ou especulativo, pela agência Moody's criticando o poder que as agências de classificação exercem sobre os investidores.

E ressurgiram planos traçados há muito tempo para criar uma agência europeia de classificação. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse recentemente que as agências podem estar mostrando um "viés" contra a Europa.

Alguns europeus sentem que as agências se valem de dois pesos e duas medidas. Um participante no fórum na internet da revista noticiosa alemã "Der Spiegel" disse na quinta-feira: "Me surpreende que os EUA ainda tenham uma classificação AAA, para começo de conversa".

Por trás da retórica, contudo, os governos europeus se uniram em apoio à ideia de que suas posições de dívida são insustentáveis e precisam ser retificadas com cortes nas despesas e a adoção de medidas para elevar as receitas. Isso não deixa espaço para a espécie de jogo político perigoso que está sendo visto em Washington com relação a tetos de dívida e calotes, embora autoridades europeias ainda relutem em admitir o que investidores vêm afirmando há meses: que a Grécia vai dar um calote.

Marshall, o gerente de investimentos em Londres, disse que um apanhado geral das opiniões ainda sugere que as agências deveriam desistir de rebaixar a classificação dos Estados Unidos. "No fim das contas, o tamanho e o status da reserva de divisas ainda é importante", disse ele, acrescentando que é provável que as agências "recuem da beira do penhasco".

Na China, a Dagong Global Credit Rating, uma agência de classificação chinesa que rebaixou sua classificação dos EUA em novembro passado, disse na quinta-feira que colocou essa classificação numa lista de atenção negativa, citando a solvência declinante do governo americano, o crescimento econômico lento do país e os altos déficits fiscais.

A Dagong é pouco conhecida fora da China, e o efeito de suas classificações sobre os mercados financeiros não se aproxima, nem de longe, do efeito das avaliações da Moody's ou Standard & Poor's. Um rebaixamento real feito por qualquer uma dessas duas agências principais encareceria muito a emissão de dívidas novas pelos EUA e poderia reverberar por todo o sistema financeiro global.

O simples aviso emitido pela Moody's sobre a possibilidade de um rebaixamento já bastou para levar investidores a uma corrida para comprar ativos vistos como seguros. O ouro para entrega em agosto subiu para até US$1.594,90 no pregão da quinta-feira, um recorde, sem levar em conta a inflação.

Os problemas econômicos dos EUA poderiam ter repercussões mais amplas na Ásia. A Indonésia, por exemplo, avisou na quinta-feira que um dólar mais fraco pode levar a um fluxo de capital entrando em sua economia, na medida em que os investidores buscam retornos mais altos. Isso, por sua vez, pode provocar uma bolha imobiliária ou das bolsas de valores nesse país.

"Estimamos que a situação econômica dos EUA não será tão boa quanto o previsto", disse Hartadi A. Sarwono, vice-presidente do banco central indonésio, segundo a Reuters. "O impacto disso sobre os mercados financeiros acrescentará fluxos entrantes, em função de um dólar americano enfraquecido. Mas isso será algo que nossa economia poderá administrar."

Ao mesmo tempo, o aviso dado pelo Moody's sobre os Estados Unidos destacou a preocupação recente de que os níveis de dívida acumulados por muitos países em desenvolvimento não sejam sustentáveis, em última análise.

Fonte: The New York Times
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terça-feira, 28 de junho de 2011

Projeto de defesa chinês será um "alvo grande e gordo" para a Marinha dos EUA

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Fazem mais de vinte anos desde que a Marinha dos EUA obteve uma expressiva arma em caso de guerra. Na década de 1970 e 1980 a Marinha Soviética produziu uma série de grandes navios de superfície para contrapôr a Marinha dos EUA. Havia um grande número de classes de destroyers e até mesmo cruzadores da classe Kirov de propulsão nuclear. Em seguida, houve vários porta-helicópteros da classe Moskva, porta-aviões Kiev e Tbilisi / Admiral Kuznetsov. No seu auge, a Marinha soviética possuía mais de sessenta grandes navios de superfície. Hoje esse número foi reduzido para cerca de 28 e sem porta-aviões.

Agora a China está oferecendo a Marinha dos EUA a oportunidade de praticar suas estratégias de observação e combate. Segundo relatos de Westpac, a China enviará seu primeiro porta-aviões para realizar testes no mar na próxima semana. É também um velho navio, o Varyag, um porta-aviões da era soviética que estava em construção quando o "Império do Mal" entrou em colapso há vinte anos. Sua construção estava parcialmente concluída no cais por anos antes de a Marinha da China fazer uma proposta por ele. Lá ele permaneceu ainda por alguns anos, enquanto Pequim e Moscou discutiam os planos de construção, o preço e quem faria o trabalho restante para concluir o navio. Finalmente, em 2000, foi rebocado para o porto chinês de Dalian, onde foi submetido a reconstrução e armamento desde então.

Aparentemente, o ex-Varyag, agora teria sido nomeado Shi Lang, está pronto para sua festa de debutante. O porta-aviões chinês é um grande navio, mais de 900 pés. Que vai incorporar aeronaves de decolagem e aterrissagem convencional. O principal candidato para este papel é o J-15, inspirado no caça Sukhoi Su-33 naval russo. O J-15 também pode incluir aviônicos e equipamentos do J-11B, que é baseado no russo Su-27. Além disso, há relatos de que a China está desenvolvendo o J-18 Red Eagle, uma aeronave de decolagem e aterrissagem curta/vertical (VSTOL). O que ainda é obscuro são os planos de desenvolvimento de aeronaves de apoio que são necessários para a condução de operações aéreas.

Parece que a China não apenas comprou um ex-porta-aviões soviético, mas significativamente, ela comprou a visão de uma potência mundial crescente exigindo para tanto uma Marinha de água azul. No processo, a União Soviética perdeu enormes recursos criando forças navais que foram praticamente irrelevantes política e militarmente. Já a China, como a União Soviética / Rússia é uma potência continental. Mesmo com uma economia em crescimento, Pequim não terá os recursos para construir a curto prazo uma força aérea eficaz e uma marinha de água azul.

Além disso, a implantação de um porta-aviões, mesmo com um complemento de aeronaves de ataque não é a mesma coisa que ter um grupo de ataque operacionalmente eficaz. A Marinha chinesa terá que desenvolver a capacidade de fornecer defesa aérea contra mísseis de 360º, uma frota de ASW, um sistema de coordenação ar / mar e uma frota de submarinos SSN. Onde seria equivalente a marinha chinesa ao sistema Aegis de defesa aérea, ou ao E-2D de vigilância aérea e C2 ou aos SSN da Classe Los Angeles?

A realidade é que a Marinha dos EUA deve saudar o esforço chinês para criar a sua própria marinha de águas azuis. A Marinha dos EUA tem uma história de setenta anos de capacidade de engajar e destruir frotas de superfície hostil. O nome Shi Lang também pode ser traduzido como "alvo grande e gordo".

Fonte: Defense & Professional
tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci

Nota do Blog: Este artigo de origem americana demonstra o quanto os americanos ainda subestimam as capacidades e o vertiginoso desenvolvimento chinês, como bom observador e atento analista, acredito que dentro de poucos anos veremos uma China muito bem equipada e superando em larga escala as projeções dos ditos especialistas americanos. Claro que não vejo a China como uma super potência militar nos moldes americanos, mas com potencial suficiente para impôr sua posição no mundo.
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

China nega guerra cibernética com os EUA

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Não existe guerra cibernética em curso entre a China e os Estados Unidos, disse um importante funcionário do governo chinês nesta quarta-feira (22), depois de semanas de fricção entre os dois países devido a acusações de que a China pode ter lançado uma série de ataques de hackers contra sites.

Os dois países podem ter sofrido ataques de hackers, mas essas invasões de forma alguma foram comandadas por qualquer dos dois governos, disse Cui Tiankai, vice-ministro do Exterior chinês, a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros, antes de um encontro com representantes do governo norte-americano no Havaí, nesta semana.

"Quero deixar uma coisa bem clara: não existem contradições entre a China e os EUA", disse Cui. "Ainda que hackers ataquem a internet dos EUA e a internet da China, creio que não representem quaisquer dos dois países", acrescentou.

As duas nações na verdade já estavam discutindo os problemas causados pelos hackers, durante suas sessões regulares de contato estratégico, disse Cui.

"A comunidade internacional precisa criar regras para impedir o uso indevido dessa tecnologia avançada", acrescentou.

As acusações contra a China têm por foco a intrusão nas redes seguras da Lockheed Martin e de outras companhias de material bélico norte-americanas, bem como esforços para invadir contas de e-mail do Google que servem a funcionários do governo norte-americano e ativistas chineses dos direitos humanos.

A China nega veementemente que tenha qualquer envolvimento com os ataques, alegando também ter sido grande vítima dessas ações.

"A segurança da internet é uma questão que afeta a todos os países, e um assunto muito premente", disse Cui. "É claro que cada país apresenta capacidades diferentes quando se trata desse problema", acrescentou.

"Os EUA são o país mais avançado do mundo no que tange a essa tecnologia, e esperamos que reforcem sua comunicação e cooperação quanto a isso com outras nações. Também esperamos que essa tecnologia avançada não seja utilizada com propósitos destrutivos", disse.

Fonte: Reuters
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

China não pretende desafiar os EUA militarmente, diz general

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A China não pretende equiparar sua força militar à dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira o general chinês Chen Bingde, durante visita a Washington.

Chen afirmou, em fala na Universidade Nacional de Defesa dos EUA, que as Forças Armadas Americanas seguem sendo muito mais avançadas do que as chinesas, apesar do progresso militar recente do país asiático.

Mas o general advertiu que, se os EUA seguirem vendendo armas para Taiwan, considerada por Pequim uma província rebelde, as relações bilaterais entre americanos e chineses podem se deteriorar.

"O impacto negativo dependerá na natureza das armas vendidas a Taiwan", disse ele.

No ano passado, Pequim cortou a maioria de seus laços militares com os EUA após os americanos terem anunciado a venda de US$ 6 bilhões em armas a Taiwan.

BRECHA

"A China nunca teve a intenção de desafiar os EUA (militarmente)", disse Chen, que é chefe do Estado Maior do Exército de Libertação Popular da China. "Apesar dos avanços militares e em defesa da China, ainda existe uma brecha entre vocês (EUA) e nós."

Estima-se que o orçamento militar da China tenha sido de US$ 78 bilhões em 2010, contra US$ 729 bilhões gastos pelos Estados Unidos.

Mas os chineses têm um Exército maior, segundo estimativas: 2,26 milhões de oficiais na ativa, em comparação com 1,58 milhão de oficiais americanos.

A viagem de Chen aos EUA foi vista, na China, como um sinal da importância que as autoridades chinesas dão à manutenção de bons laços militares externos, relata o especialista em defesa da BBC, Jonathan Marcus.

Ele agrega, porém, que a harmonia aparente encobre tensões significativas entre Washington e Pequim. O objetivo da modernização militar chinesa é ampliar seu alcance militar para além de suas fronteiras, o que pode desafiar o poderio americano.

Fonte: BBC Brasil

NOTA do BLOG: Os chineses são grandes estrategistas, concerteza o meio de se derrotar os EUA não seria pelas armas, mas pelo seu principal "calcanhar de Aquiles", sua economia e a sua enorme dívida que emite titulos, e estes em grande parte em poder da China. Logo para se fazer o "Império" ajoelhar basta que se jogue todos os títulos no mercado, fazendo com que haja um colapso na economia cambaleante do Tio Sam.
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