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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Orçamento do Pentágono é o recordista e não tem limites

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O orçamento militar de 2010 — que nem sequer cobre muitas das despesas relacionadas com a guerra — chega aos 680 bilhões de dólares. Em 2009 era de 651 bilhões e em 2000 de 280 bilhões. Mais do que duplicou em 10 anos.


Que contraste com a questão dos cuidados de saúde.

O Congresso dos EUA tem estado a debater um plano de cuidados de saúde básicos — que todos os outros países industrializados do mundo de certa forma possuem — há mais de seis meses. Tem havido intensas pressões de companhias de seguros, ameaças da extrema-direita e terríveis advertências de que um plano de cuidados de saúde não deve acrescentar nem um tostão ao défice.

Mas durante este debate de vida e morte sobre cuidados médicos para milhões de trabalhadores e pobres que não têm cobertura de saúde, um subsídio colossal às maiores corporações dos Estados Unidos para contratos militares e sistemas de armas — um agravamento do défice real — foi aprovado mal havendo qualquer discussão e artigos em jornais.

A organização Physicians for a National Health Program estima que um plano de saúde universal e abrangente de pagador único (single-payer) custaria 350 bilhões de dólares por ano, o que realmente significaria a quantia poupada através da eliminação de todos os custos administrativos no actual sistema privado de cuidados de saúde — um sistema que deixa de fora quase 50 milhões de pessoas.

Compare-se isto apenas com os sobrecustos anuais no orçamento militar. Mesmo o presidente Obama, ao assinar o orçamento do Pentágono, disse: "O Gabinete de Contabilidade do Governo examinou 96 dos principais projectos de Defesa do ano passado e descobriu sobrecustos que totalizavam 295 bilhões de dólares" [1].

Os 50 bilhões de dólares do esquema Ponzi de Bernard Madoff, supostamente a maior fraude da história, torna-se insignificante na comparação. Por que não há um inquérito criminal a este roubo de muitos milhares de milhões de dólares? Onde estão as audiências no Congresso ou a histeria dos média acerca dos 296 bilhões de dólares em sobrecustos? Por que os presidentes das corporações não são levados algemados aos tribunais?

Os sobrecustos são uma parte integral do subsídio militar às maiores corporações dos EUA. Eles são tratados como coisa habitual. Pouco importando o partido no governo, o orçamento do Pentágono cresce, os sobrecustos crescem e a proporção dos gastos internos encolhe.


Viciado na guerra

O orçamento militar do ano é apenas o exemplo mais recente de como a economia dos EUA é mantida a flutuar por meios artificiais. Décadas de constante ressuscitar da economia capitalista através do estímulo com despesas de guerra criaram um vício de militarismo que as corporações estado-unidenses não podem dispensar. Mas ele já não é suficientemente grande para resolver o problema capitalista da superprodução.

A justificação dada para este tiro no pé anual de muitos milhares de milhões de dólares foi que ajudaria a amortecer ou evitar totalmente uma recessão capitalista e poderia diminuir o desemprego. Mas, como advertiu em 1980 Sam Marcy, fundador do Workers World Party, em “Generals Over the White House”, ao longo de um período de tempo prolongado este estimulante será cada vez mais necessário. Finalmente acabará por se transformar no seu oposto e tornar-se um depressor maciço que adoece e apodrece toda a sociedade.

A raiz do problema é que à medida que uma tecnologia se torna mais produtiva, os trabalhadores obtêm uma parte cada vez menor do que produzem. A economia dos EUA está cada vez mais dependente do estimulante de super-lucros e dos sobrecustos militares de muitos milhares de milhões de dólares para absorver uma fatia cada vez maior do que é produzido. Isto é uma parte essencial da constante redistribuição de riqueza que a afasta dos trabalhadores e a conduz aos bolsos dos super-ricos.

Segundo o Center for Arms Control and Non-Proliferation, os gastos militares dos EUA são agora significativamente maiores, em termos de dólares de 2009, do que foram durante os anos de pico da Guerra da Coreia (1952: 604 bilhões de dólares), da Guerra do Vietnã (1968: 513 bilhões de dólares) ou da acumulação militar da era Reagan na década de 1980 (1985: 556 bilhões de dólares). Mas isto já não é mais suficiente para manter a economia dos EUA à tona.

Mesmo forçando países ricos em petróleo dependentes dos EUA a tornar-se devedores com infindáveis compras de armas não é possível resolver o problema. Mais de dois terços de todas as armas vendidas globalmente em 2008 foram de companhias militares dos EUA [2].

Se bem que um enorme programa militar na década de 1930 tenha sido capaz de retirar a economia dos EUA de um colapso devastador, a longo prazo este estímulo artificial mina os processos capitalistas.

O economista Seymour Melman, em livros como Pentagon Capitalism, Profits without Production e The Permanent War Economy: American Capitalism in Decline, advertiu quanto à deterioração da economia estado-unidense e dos padrões de vida de milhões de pessoas.

Melman e outros economistas progressistas argumentaram a favor de uma “conversão económica” racional ou da transição da produção militar para a civil por parte das indústrias militares. Eles explicaram como um bombardeiro B-1 ou um submarino Trident poderia pagar os salários de milhares de professores, proporcionar escolaridade ou cuidados de dia ou reconstrução de estradas. Gráficos mostravam que o orçamento militar emprega muito menos trabalhadores do que os mesmo fundos gastos com necessidades civis.

Todas essas ideias eram boas e razoáveis, excepto que o capitalismo não é racional. No seu insaciável impulso para maximizar lucros ele opta sempre por super-lucros imediatos em relação mesmo aos melhores interesses da sua própria sobrevivência a longo prazo.


Nenhum “dividendo da paz”

As altas expectativas, após o fim da Guerra-fria e o colapso da União Soviética, de que bilhões de dólares poderiam agora ser canalizados para um “dividendo da paz” foram esmagadas pelo contínuo crescimento astronómico do orçamento do Pentágono. Esta sombria realidade deixou tão desmoralizados e estupefactos economistas progressistas que hoje quase nenhuma atenção é prestada à “conversão económica” ou ao papel do militarismo na economia capitalista, ainda que ele hoje seja muito maior do que nos mais altos níveis da Guerra Fria.

O subsídio militar anual de muitos milhares de milhões de dólares em que economistas burgueses confiaram desde a Grande Depressão para acelerar e começar outra vez o ciclo da expansão capitalista já não é suficiente.

Desde que as corporações se tornaram dependentes de dádivas de muitos milhares de milhões de dólares, o seu apetite tornou-se insaciável. Em 2009, num esforço para protelar um colapso da economia capitalista global, mais de 700 bilhões foram entregues aos maiores bancos. E isso foi apenas o princípio. O salvamento dos bancos está agora na ordem dos trilhões de dólares.

Mesmo 600 a 700 bilhões de dólares por ano em gastos militares já não conseguem fazer arrancar outra vez a economia capitalista ou gerar prosperidade. Mas a América das corporações não pode viver sem isso.

O orçamento militar cresceu tanto que agora ameaça esmagar e devorar todo o financiamento social. O seu peso absoluto está a esmagar o financiamento para toda a actividade humana. As cidades dos EUA estão em colapso. A infra-estrutura de pontes, estradas, barragens, canais e túneis está a desintegrar-se. Vinte e cinco por cento da água potável dos EUA é considerada “má”. O desemprego está oficialmente a atingir 10 por cento e na realidade é o dobro disso. O desemprego entre negros e latinos é de mais de 50 por cento. Catorze milhões de crianças nos EUA estão a viver em habitações abaixo do nível de pobreza.

Metade dos gastos militares está oculta

O anunciado orçamento militar de 2010 de 680 bilhões de dólares é realmente apenas cerca da metade dos custos anuais dos EUA com despesas militares.

Estas despesas são tão grandes que há um esforço concertado para ocultar muitas despesas militares em outras rubricas orçamentais. A análise anual da War Resister League calculou as despesas militares reais de 2009 dos EUA em 1,449 trilhão de dólares, não o orçamento oficial de 651 bilhões. A Wikipedia, citando várias fontes, sugeriu um orçamento militar total de 1,144 trilhão de dólares. Sem considerar de quem é a estimativa, está fora de discussão que o orçamento militar realmente excede 1 bilião de dólares por ano.

O National Priorities Project, o Center for Defense Information e o Center for Arms Control and Non-Proliferation analisam e revelam muitas despesas militares ocultas constantes de outras rubricas do orçamento total dos EUA.

Os benefícios dos veteranos, por exemplo, que totalizam 91 bilhões de dólares, não estão incluídos no orçamento do Pentágono. As pensões militares, que totalizam 48 bilhões de dólares, estão no orçamento do Departamento do Tesouro. O Departamento da Energia esconde no seu orçamento 18 bilhões de dólares dos programas de armas nucleares. Os 38 bilhões de dólares que financiam vendas de armas ao estrangeiro estão incluídos no orçamento do Departamento de Estado. Uma das maiores rubricas ocultas é a dos juros sobre a dívida incorrida com guerras passadas, os quais totalizam entre 237 bilhões e 390 bilhões de dólares. Isto é realmente um subsídio sem fim para os bancos, os quais estão intimamente ligados às indústrias militares.

Espera-se que todas as partes destes gordos orçamentos cresçam entre 5 e 10 por cento ao ano, enquanto o financiamento federal para estados e cidades está a encolher de 10 a 15 por cento ao ano, levando às crises de défices.

Segundo o Office of Management and Budget, 55 por cento do orçamento total de 2010 dos EUA irá para os militares. Mais de metade! Enquanto isso, as concessões federais aos estados e cidades para serviços humanos vitais — escolas, treino de professores, programas de cuidados familiares, almoços escolares, manutenção de infra-estrutura básica para água potável, tratamento de esgotos, pontes, túneis e estradas — estão a reduzir-se.


O militarismo gera repressão

O aspecto mais perigoso do crescimento militar é a insidiosa penetração da sua influência política em todas as áreas da sociedade. Trata-se da instituição que está mais afastada do controle popular e a mais motivada para a aventura militar e a repressão. Generais na reforma circulam nos conselhos de administração das corporações, tornando-se comentadores nos média mais importantes, assim como lobistas, consultores e políticos.

Não é uma coincidência que, além de ter a maior máquina militar do mundo, os EUA tenham a maior população prisional do mundo. O complexo industrial-prisional é a única indústria em crescimento. Segundo o Bureau of Justice Statistics do Departamento da Justiça dos EUA, mais de 7,3 milhões de adultos estavam sob liberdade condicional ou encarcerados em 2007. Mais de 70 por cento dos encarcerados são negros/as, latinos/as, nativos/as e outras pessoas de cor. Os adultos negros têm quatro vezes mais probabilidade de serem presos do que os brancos.

Tal como entre os militares, com as suas centenas de milhares de empreiteiros e mercenários, o impulso para maximizar lucros tem levado à crescente privatização do sistema prisional.

O número de prisioneiros tem crescido implacavelmente. Hoje há 2,5 vez mais pessoas no sistema prisional do que há 25 anos. Na medida em que o capitalismo estado-unidense é cada vez menos capaz de proporcionar empregos, estágios profissionais ou educação, as únicas soluções apresentadas são as prisões ou os militares, descarregando a devastação sobre indivíduos, famílias e comunidades.

O peso dos militares pressiona o aparelho repressivo do Estado sobre todas as partes da sociedade. Há um enorme crescimento de polícias de toda espécie e incontáveis agências de polícia e de inteligência.

O orçamento para 16 agências de espionagem dos EUA atingiu os 49,8 bilhões de dólares no ano fiscal de 2009; 80 por cento destas agências secretas são braços do Pentágono [3]. Em 1998 esta despesa era de 26,7 bilhões de dólares. Mas estas agências secretas de topo não estão incluídas no orçamento militar. Nem tão pouco as agências de repressão à imigração e de controle de fronteiras.

As forças armadas dos EUA estão estacionadas em mais de 820 instalações militares por todo o mundo. Este número não inclui as bases arrendadas e os postos secretos de escuta e muitas centenas de navios e submarinos.

Mas quanto mais a máquina militar cresce, menos ela pode controlar o seu império mundial porque não apresenta soluções nem melhorias em padrões de vida. As armas de alta tecnologia do Pentágono podem ler uma matrícula de automóvel num carro a partir de um satélite de vigilância; os seus binóculos de visão nocturna podem devassar a escuridão; e os seus aviões não-tripulados podem incinerar uma aldeia isolada. Mas são incapazes de proporcionar água potável, escolas ou estabilidade às nações atacadas.

Apesar de todas as fantásticas armas de alta tecnologia do Pentágono, a posição geopolítica dos EUA está a decair ano após ano. Sem qualquer conexão com o seu poder de fogo maciço e o seu armamento avançado, o imperialismo estado-unidense tem sido incapaz de reconquistar os mercados mundiais e a posição do capital financeiro estado-unidense. A sua economia e as suas indústrias têm sido tolhidas pelo peso absoluto da manutenção da sua máquina militar. E como tem mostrado a resistência no Iraque e no Afeganistão, esta máquina não pode igualar a determinação do povo para controlar o seu próprio futuro.

Como a imensa economia capitalista estado-unidense é capaz de oferecer cada vez menos aos trabalhadores dos EUA, este nível de resistência determinada certamente também aqui criará raízes.

[1] whitehouse.gov, 28/10/2009.

[2] Reuters, 06/09/2009.

[3] Associated Press, 30/10/2009.


Fonte: Portal Vermelho
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Atirador que aterrorizou área de Washington é executado nos EUA

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homem que ficou conhecido como “o atirador de Washington”, John Allen Muhammad, foi executado na terça-feira com uma injeção letal.

O porta-voz da prisão Greensville Correctional Center, onde Muhammad estava preso, no Estado americano de Virginia, disse que o detento não disse nada nos momentos finais – não pediu desculpas ou demonstrou remorso pelos crimes que cometeu.

“Muhammad foi questionado se queria fazer uma última declaração. Ele não nos respondeu ou falou coisa alguma”, disse Larry Taylor, do Departamento de Correções da Virginia.

Segundo o advogado de Muhammad, a última refeição dele teria sido galinha ao molho vermelho e bolo de morango.

John Allen Muhammad matou aleatoriamente dez pessoas e feriu outras três em 2002, atirando de dentro de seu Chevrolet especialmente adaptado. O carro tinha um buraco pelo qual ele podia passar o cano da arma e mirar nas vítimas.

Por três semanas, o "atirador de Washington" levou pânico à capital americana e aos subúrbios de Maryland e Virginia.

Ele foi condenado à injeção letal pela morte de Dean Myers, de 53, em um posto de gasolina na Virgínia. A defesa dele criticou a decisão, sustentando que Allen tem graves problemas mentais e seqüelas da guerra do Golfo, nos anos 90.

O adolescente que era cúmplice do atirador à época, Lee Boyd Malvo, hoje cumpre pena de prisão perpétua.


Apelo

Um apelo contra a pena de morte de Mohammad foi negado na segunda-feira pelo Tribunal Superior de Justiça dos EUA. O pedido de clemência também foi negado pelo governador do Estado da Virgínia, Tim Kaine.

Os advogados de defesa criticaram a decisão da Suprema Corte.

"(O Estado da) Virgínia vai executar um homem com uma doença mental grave", afirmou o advogado Jonathan Sheldon à BBC antes da execução.

"O psiquiatra o examinou e afirmou que ele é paranóico, psicótico e delirante (...) e nós temos um exame de tomografia do cérebro dele mostrando três problemas congênitos, dois deles relacionados à esquizofrenia."

De acordo com Sheldon, a falta de emoção de Muhammad quando ficou sabendo que seu recurso foi rejeitado, demonstra que ele não é capaz de entender a sentença, pois ele "não se importa, ele realmente não fez nenhum comentário a respeito".

"Você recebe a notícia que a Suprema Corte rejeitou seu pedido de recurso e você deverá ser morto no dia seguinte, você teria uma certa reação. E todos nós teríamos algumas semelhanças nisso, nos preparando para nos encontrarmos com o Criador, deveria haver alguma oração, você sabe... alguma preparação", afirmou o advogado.


Cidade paralisada

Correspondentes afirmam que a execução de Muhammad revive as memórias de 2002, quando a região de Washington foi paralisada pelo medo dos ataques.

As vítimas do atirador foram alvejadas enquanto faziam compras, abasteciam os carros em um posto de combustível ou apenas estavam paradas na rua, lendo, sempre com apenas um tiro disparado à distância.

Depois de três semanas, Muhammad foi preso em uma parada de caminhões junto com Lee Malvo, que tinha apenas 17 anos na época.

Além dos dez assassinatos, eles também são suspeitos de outros crimes em outros locais.


Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Matança nos EUA: atirador gritou 'Allah Akbar' ao abrir fogo contra colegas

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O atirador de Fort Hood gritou "Allah Akbar" (Deus é grande em árabe), ao abrir fogo contra seus companheiros na base militar do Texas (sul) onde 13 pessoas morreram quinta-feira e 28 ficaram feridas, declarou nesta sexta-feira o comandante de Fort Hood, Robert Cone, em entrevista à NBC.

Segundo o comandante: "há várias testemunhas entre os soldados que o ouviram gritar as palavras".

Nadil Malik Hasan, 39 anos, um oficial psiquiatra do exército americano de origem palestina, que seria enviado ao Iraque, começou a atirar quinta-feira com duas armas em punho por volta das 13H30, hora local, na maior base do exército americano, Fort Hood.

Ferido pela polícia, conseguiu sobreviver. Era, aparentemente, o único atirador.

A família do major Hasan disse estar "em estado de choque e entristecida" com a tragédia, segundo um comunicado.

"Estamos chocados e tristes com os terríveis acontecimentos de Fort Hood", disse o comunicado enviado por Nader Hassan, primo do atirador, que falou em nome da família, afirmando que os pais de Nidal Hasan já faleceram.

Nader, em seguida, declarou que seu primo era um cidadão americano.

"Ele nasceu em Arlington (Virginia) e foi criado nos Estados Unidos. Ele foi a escolas públicas locais e graduou-se na Universidade Virginia Tech", continua o comunicado, publicado no site do Washington Post.

"Nossa família ama a América. Temos orgulho de nosso país", acrescenta.

Nidal Hassan Malik abriu fogo nesta que é a maior base militar americana do mundo, matando 13 pessoas e deixando 28 feridas. Atingido por tiros, ele está internado e seu estado é estável.

Em entrevista para a rede de TV Fox News, Nader Hassan afirmou que o primo "foi vítima de discriminação por parte de seus colegas do exército" e que se sentia perseguido por causa de sua "origem do Oriente Médio".

"Ele tinha contratado um advogado militar para tentar resolver o problema. Ele estava disposto a reembolsar o Estado, a fim de deixar o exército, mas ele tinha chegado ao fim de suas possibilidades", concluiu.

Os investigadores ainda não conseguiram estabelecer os motivos que levaram um oficial médico da base americana de Fort Hood a matar 13 de seus companheiros e ferir dezenas deles, informou um coronel dessa unidade militar.

"Por ora, não vamos especular sobre os motivos", afirmou o coronel John Rossi a respeito do por que o comandante Nadil Malik Hasan, de 39 anos, teria realizado a chacina.

O militar declarou apenas que a investigação está a cargo do exército e das polícias local e federal.

"Ele se encontra numa condição estável em um de nossos hospitais civis, no aparelho de respiração artificial, depois de ter sido atingido por disparos", acrescentou o coronel Steven Braverman, que comanda o centro médido da base.

O coronel Rossi, por sua parte, confirmou que o balanço da tragédia é de 13 mortos e 28 feridos, que se encontram hospitalizados em estado estável.

Fonte: AFP

Nota do Blog: O desgaste da dita "guerra ao Terror", esta trazendo problemas sérios não só fora do país, como dentro também, pois George W. Bush, inflamou o sentimento de xenofobia dentro dos EUA. Isso tem alimentado a perseguição de pessoas de origem árabe, e até mesmo os não árabes, mas confundidos como tal.
Enquanto não ouver harmonia e um combate a xenofobia a possibilidade de vermos mais notícias como essa é grande. Vale lembrar o caso do atirador negro que causou diverss mortes a alguns anos atrás por se sentir humilhado pelo exército americano.
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tiroteio em base militar do Texas deixa 12 mortos e 31 feridos

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Ao menos 12 pessoas foram mortas e 31 ficaram feridas nesta quinta-feira, quando um soldado norte-americano abriu fogo em uma base do Exército dos Estados Unidos em Fort Hood, no Texas, a maior instalação militar do mundo, disse o general Bob Cone.

Dois outros soldados suspeitos foram detidos.

A base militar é um dos principais locais de envio de tropas para o Iraque e o Afeganistão.

Mais de um agressor disparou tiros em dois locais da base, no Centro de Processamento de Prontidão dos Soldados e no Teatro Howze, por volta das 13h30 (17h30 em Brasília), disse o Exército em um comunicado.

"O atirador foi morto. Ela era um soldado", disse Cone.

Fort Hood abriga cerca de 50.000 soldados, embora apenas 35.000 estivessem na base no momento do ataque, que aconteceu cerca de meia hora antes de um evento de graduação.

O presidente dos EUA, Barack Obama, foi informado do ocorrido e a Casa Branca estava monitorando a situação, disse um porta-voz do governo.

"É horrível que tenham sofrido um tiroteio em uma base militar em solo americano", disse Obama sobre o episódio.

Um porta-voz do FBI em Washington disse que ao menos três agentes foram enviados para Fort Hood.

"Os agentes vão dizer quais recursos são necessários. Eles têm que ir e determinar o que aconteceu", disse o porta-voz. O FBI só tem jurisdição no caso se os envolvidos forem civis.

Fort Hood fica no meio do caminho entre Austin e Waco, cerca de 97 quilômetros de cada cidade.

O congressista John Carter disse à MSNBC que o tiroteio ocorreu durante uma cerimônia de graduação no centro de formação de soldados.

A Casa Branca revelou que o presidente Barack Obama já foi informado do tiroteio.

A base militar americana de Fort Hood, alvo de um tiroteio que deixou ao menos 12 mortos e 31 feridos neste quinta-feira (5), é o lugar usado para treinamento das tropas enviadas ao Iraque e Afeganistão.

Considerada uma das maiores instalações militares do mundo, a base ocupa uma área de 878 quilômetros quadrados no estado do Texas e abriga um contingente de mais de 65 mil pessoas, entre soldados, funcionários civis e familiares.

É o maior empregador individual do estado e o único posto militar dos Estados Unidos com capacidade de abrigar duas divisões armadas – a Primeira Divisão de Cavalaria e a Quarta Divisão de Infantaria.

A base é responsável pelo maior número de suicídios que qualquer outra unidade militar americana desde a invasão do Iraque, em 2003, com 75 registrados até julho deste ano. Nove destes ocorreram em 2009.

O forte foi instalado em 1942 pelo Exército americano para testar armas anti-tanque em veículos blindados que a força desenvolvia para enfrentar tanques alemães. A área nos arredores de Killeen, no Texas, foi escolhida devido aos seus grandes espaços isolados.

Localizada no meio do estado, entre a capital Austin e a cidade de Waco, a base foi batizada em homenagem ao general John Bell Hood, que comandou a brigada texana durante a Guerra Civil americana.


Fonte: G1 Notícias
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