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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Afeganistão corre risco de se tornar um "narco-Estado", diz ONU

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O Afeganistão corre o risco de se tornar um "narco-Estado" se não contar com o apoio internacional para ajudar a criar alternativas de trabalho à sua população, disse nesta quarta-feira uma autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU).
Yury Fedotov, chefe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), pintou um quadro sombrio sobre o problema dos narcóticos no Afeganistão, antes da retirada das forças combatentes lideradas pela Otan no ano que vem. Fedotov disse que a presença dessas forças gera aproximadamente um terço de investimento e trabalhos no Afeganistão, e essa falta quando eles partirem deve ser preenchida para evitar que os problemas piorem.
Uma pesquisa da ONU a ser divulgada este mês vai mostrar que o cultivo e a produção de ópio aumentaram em comparação a 2012, disse Fedotov em entrevista à Reuters. O Afeganistão é o principal produtor mundial de ópio, que é usado para produzir a heroína e ajuda a financiar a insurgência do Taliban.
"A situação está piorando, isso está claro e muito desanimador", disse Fedotov, de nacionalidade russa. "É um revés sério, mas nó precisamos tomar isso como um alerta", disse ele, pedindo que os esforços sejam redobrados.
 
Fonte: Reuters
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domingo, 6 de outubro de 2013

PM fica ferido em acidente com blindado da Marinha em ocupação de favelas no Rio

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Um sargento da PM ficou ferido, no início da manhã deste domingo, ao ser atingido pela estrutura de um ponto de ônibus derrubada por um carro blindado da Marinha na estrada Grajaú Jacarepaguá, na entrada do morro da Covanca, no Complexo Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio.
 
O incidente aconteceu durante a ocupação das 12 comunidades da região para implantação de duas novas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).
 
O policial sofreu ferimento no pé e foi levado para o hospital da Marinha Marcílio Dias, localizado na região. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.
 
Segundo o porta voz da PM, tenente coronel Cláudio Costa, todo conjunto de favelas foi ocupado às 6h50. A operação começou às 6h.
 
Não houve confronto. Pouca quantidade de drogas (cocaína e maconha) foi apreendida.
 
Essas são as 35ª e 36ª UPPs da cidade. De acordo com a PM, a ação beneficia mais de 20 mil moradores das 12 comunidades do Complexo do Lins e Camarista Méier (favela próxima).
 
Pela manhã, PMs conversavam com moradores sobre a pacificação da área e faziam passeios a cavalo com as crianças. Um carro de som instalado na comunidade Cachoeirinha avisava que a região foi ocupada. Um caminhão da Defensoria Pública prestava atendimento aos moradores.
 
A ocupação conta com 430 PMs, cerca de 500 policiais civis, 120 homens da Polícia Rodoviária Federal e 180 fuzileiros navais em 14 blindados.
 
As apreensões e suspeitos detidos estão sendo levados à 25ª DP (Engenho Novo). O Complexo do Lins é composto pelas favelas Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha.
 
O Bope (Batalhão de Operações Especiais) fazia uma série de operações no complexo desde o dia 20. Nessa ocasião, o subtenente do batalhão Marco Antônio Gripp foi morto e dois policiais ficaram feridos.
 
Fonte: Folha
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Polícia faz operação para instalar UPPs no Complexo do Lins, no Rio

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Equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) realizaram operação para instalar UPPs nos complexos de favelas do Lins de Vasconcelos e Camarista Méier, conjuntos na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (6). A operação durou cerca de 50 minutos e terminou por volta das 8h15.
 
Balanço preliminar oficial da operação aponta que uma pessoa foi presa com duas pistolas, maconha, cocaína e crack. O nome do suspeito e a quantidade das drogas não foram divulgadas.
As comunidades --em uma das regiões mais populosas da cidade-- vão receber as 35º e 36º UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) da capital fluminense. Segundo a secretaria de Segurança Pública, 13 comunidades serão beneficiadas com a instalação das unidades.
De acordo com dados do Instituto Pereira Passos (com base no censo do IBGE de 2010), 15.099 mil pessoas vivem no Complexo do Lins, que compreende as comunidades Cachoeirinha, Cotia, Bacia, Encontro, Amor, Cachoeira Grande, Nossa Senhora da Guia, Dona Francisca/Árvore Seca, Barro Preto, Barro Vermelho, Vila Cabuçu e Santa Terezinha. No conjunto Camarista Méier vivem cerca de 4.850 pessoas.
 
Trezentos e setenta homens da divisão de elite da Polícia Militar, o Bope, participam da ação, que conta, ainda, com reforço de efetivo do Batalhão de Choque; do Batalhão de Ações com Cães; e de policiais da Corregedoria Interna da PM e da Polícia Civil. A Polícia Rodoviária e a Marinha dão suporte à ação, com 180 militares e 14 veículos blindados.
Os veículos blindados entraram nas comunidades por volta das 6h, pela rua Dias da Cruz, no Méier.
A entrada dos agentes foi pela favela da Cachoeira Grande, a partir da rua Pedro de Carvalho, onde, desde o início da madrugada havia sete veículos blindados da Marinha, dois do Bope. Por volta das 5h30 chegaram os agentes do Bope em 15 carros.
A polícia informou que apreensões e suspeitos serão encaminhados à 25ª Delegacia de Polícia, no Engenho Novo.
No morro da Cotia, durante o deslocamento para o Complexo do Lins, um blindado da Marinha derrubou uma ponto de ônibus e pedaços da marquise atingiram o pé de um policial, que sofreu uma contusão e foi encaminhado ao Hospital Marcilio Dias, também na região.

Instalação das UPPs

Inicialmente a operação previa a ocupação e a instalação da UPP logo em seguida, uma estratégia diferente da que vinha sendo utilizado em outras comunidades, onde, entre um passo e outro, a secretaria de Segurança esperava pelo menos um mês --a ação coincidiu com a formação de 288 policiais no último dia 20. No entanto, desistiram de implantar as duas UPPs imediatamente. O coronel Cláudio Costa, relações públicas da PM, disse que ainda não há uma data fixada.
Vários fatores determinaram a definição da instalação da próxima UPP no Lins. Desde o final do ano passado, a região tem ocupado as páginas policiais do noticiário com diversas ocorrências graves.
Na noite de Natal, a menina Adrielly dos Santos, 10, foi atingida por uma bala perdida na cabeça em Pilares. Ela esperou oito horas por cirurgia e morreu depois de uma semana.
No mesmo dia, Flávia da Costa Silva, 26, foi baleada dentro de um ônibus no Lins a caminho do trabalho. Aline Cristina Ramos, 25, foi vítima de outra bala perdida no dia seguinte na mesma região. Dali em diante, a Polícia Militar começou a fazer operações frequentes na zona norte em busca de traficantes e armamento.
Durante todo o mês de setembro, estas operações se intensificaram e acarretaram a fuga de criminosos para o maciço da Covanca, em Jacarepaguá, onde esconderam armamento e montaram acampamento no meio da mata. Na semana passada, durante mais uma operação no local, o sargento Marco Antônio Gripp, do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foi morto ali.
O Lins acabou passando na frente da Maré em termos de prioridade para implantação de uma UPP por causa de seu tamanho menor que o complexo de 15 favelas que fica entre a avenida Brasil e a Linha Vermelha, também na zona norte.
A tão esperada ocupação da Maré, onde 13 pessoas morreram durante uma operação fracassada em junho, deve ficar apenas para o início de 2014.
 
Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá é liberada
A autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, entre as zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, que foi fechada por volta das 5h deste domingo (6), em ambos os sentidos, foi liberada, por volta das 7h.
De acordo com a CET-Rio, por conta das interdições, excepcionalmente não será implantada hoje a área de lazer na rua Dias da Cruz, que permanecerá aberta ao tráfego de veículos durante todo o dia.
 
Fonte: UOL
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

OEA sugere possível legalização da maconha nas Américas

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Um relatório sobre drogas divulgado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na noite de sexta-feira na Colômbia sugere a possibilidade da legalização da maconha no continente americano.
O documento é o primeiro de uma organização multilateral a admitir a possibilidade de legalização. A OEA reúne os 35 Estados independentes das Américas.
 
O relatório foi entregue pelo secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anfitrião da Sexta Cúpula das Américas, realizada no ano passado, quando se encomendou o relatório para analisar a chamada "guerra às drogas".
O estudo da organização concluiu que a questão do uso de drogas deveria ser tratada primordialmente como uma questão de saúde pública e que os usuários deveriam ser tratados como doentes, não processados criminalmente.
O documento também destaca as grandes somas de dinheiro que poderiam ser poupadas pelos governos com a reavaliação da guerra às drogas.
Apesar disso, o relatório diz que não há apoio suficiente entre os países membros da OEA para a legalização das drogas ilícitas consideradas mais sérias, como cocaína e heroína.
Discussões políticas
 
"O relatório que a OEA nos entregou hoje é uma peça importante para a construção de um caminho que nos permita enfrentar esse problema", afirmou o presidente colombiano, um dos principais defensores de mudanças na guerra às drogas. "Agora que o trabalho real começa, que é a discussão (do relatório) no nível político", disse.
"Vamos deixar claro que ninguém aqui está defendendo nenhuma posição, nem legalização, nem regulação, nem guerra a qualquer custo. O que precisamos fazer é usar estudos sérios e bem considerados como esse que a OEA nos apresentou hoje para buscar melhores soluções", disse.
Insulza, por sua vez, disse que o objetivo do relatório era "não esconder nada" e mostrar como o problema das drogas "afeta cada país e região, o volume de dinheiro que as drogas fazem circular e quem se beneficia dele, mostrar como as drogas corroem a organização social, a saúde pública, a qualidade do governo e até mesmo a democracia".
O relatório chama a atenção para o fato de que as Américas são a única região do mundo na qual todas as etapas relacionadas às drogas estão presentes: cultivo, produção, distribuição e consumo.
Além disso, indica o documento, a região concentra aproximadamente 45% dos usuários de cocaína do mundo, cerca de 50% dos usuários de heroína e um quarto dos consumidores de maconha.
O consumo de drogas no continente gera, segundo a OEA, US$ 151 bilhões anuais somente com a venda do produto.
"A relação entre as drogas e a violência é uma das muitas causas de temor entre nossos cidadãos e contribui para tornar a segurança uma das questões mais preocupantes para os cidadãos de todo o hemisfério", afirmou Insulza. "Esta situação precisa ser enfrentada com maior realismo e efetividade se quisermos avançar", disse.
 
Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 7 de maio de 2013

"Quem poupa os lobos sacrifica o rebanho"

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Realmente é preocupante a posição da mídia que vem promovendo uma propaganda negativa contra a ação policial que resultou no abate do traficante "matemático" em maio de 2012. A operação foi um sucesso, onde as forças de segurança do Rio de Janeiro agiram com base em dados concretos de inteligência, onde uma ação precisa resultou na morte de um dos mais procurados traficantes do Rio de Janeiro. A ação ocorreu sem que houvessem danos colaterais, onde nenhum civil inocente sido posto em risco.
 
O caso já havia sido arquivado, até que uma grande emissora resolveu apresentar as imagens e criticar o trabalho de nossos policiais. Diante desse alarde da mídia irresponsável e inconsequente, a qual não consigo compreender seus reais interesses na questão, levou com que o Deputado Marcelo Freixo do Direitos Humanos levasse o inquerito novamente a pauta.
 
O que mais preocupa é a negativação da imagem das instituições policiais envolvidas na ação, onde tentam promover uma imagem de excesso e falta de responsabilidade, inclusive alegando que o armamento adotado na ação era inapropriado, ai pergunto aos amigos leitores: Onde os jornalistas da Globo conhecem algo sobre armamento e emprego tático? Vale lembrar que a policia americana usou os mesmos recursos na caçada aos terrorista que atacaram a maratona em Boston.
 
Ao meu ver estamos lidando com uma falsa visão de direitos humanos, há uma grave miopia na comissão de direitos humanos, onde tem se precupado em resguarda os lobos e expor as ovelhas. Pois o modo como tem atuado na defesa de criminosos é preocupante, afinal quem são realmente as vitimas? A lógica aponta que o cidadão de bem, trabalhador que arca com pesados impostos para sustentar o sistema, não os ditos "produtos do meio", onde estes criminosos são vítimas?
 
É um grande absurdo o afastamento do piloto Adonis Lopes de Oliveira, que pilotava o helicóptero usado na ação. Onde esqueceram que este mesmo eximio piloto atuou no resgate das vítimas na região serrana, conduzindo a aeronave com presteza em áreas de dificil acesso e mesmo com restrições para pouso, onde nosso correspondente pode acompanhar as ações de resgate, comprovando o imenso profissionalismo da equipe. O mesmo piloto também executou um pouso na praia para que a equipe que estava abordo retornando de um treinamento realizasse a prisão de meliantes que haviam acabado de assaltar turistas no Leme. Agora penalizar um profissional que tem demonstrado uma excelente folha de serviço á nossa sociedade devido á um movimento com intenções duvidosas de defesa dos direitos humanos?
 
Quem tem direitos humanos?
 
Há poucos dias assistimos um crime bárbaro, onde uma dentista morreu queimada após um assalto, esta semana um criminoso assaltou um ônibus e estuprou uma passageira, estes são alguns exemplos dentre centenas que ocorrem todos os dias, mas quem deve ser resguardado pelos direitos humanos? As vitimas ou estes cruéis animais que a imprensa insiste em defender e usar a desculpa que são resultado da desigualdade social.
 
Se desigualdade social fosse justificativa para criminalidade, teriamos um imenso problema, pois boa parte de nossa sociedade vive nesta condição, milhares de pessoas vivem em comunidades carentes, são assediadas pelo trafico e criminalidade mas se mantém corretos, o nome disso é caráter e vem de berço, devemos caçar os Lobos e penalizá-los, levá-los a justiça, mas se os mesmos resistirem abate-se mesmo. Antes um traficante morto que um inocente, antes um bandido morto que seus filhos sendo assaltados e mortos de maneira covarde.
 
O que você prefere: Poupar o lobo ou defender o rebanho?
 
Acorda Brasil!!!!!!!
 
Por: Angelo Nicolaci - GBN GeoPolítica Brasil



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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Deputado lança campanha por base aérea na fronteira para combater o tráfico

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“Se não fosse a Polícia Federal, mais cocaína estaria em circulação no Brasil, especificamente em Ribeirão Preto (SP)”. O comentário foi feito pelo deputado estadual Airton Português (PSD) ao tomar conhecimento da prisão de 4 homens e apreensão de 400 quilos de cocaína nesta quinta-feira (28), em Rondonópolis. Português está em campanha para instalação de uma base aérea em Cáceres (220 km de Cuiabá).
 
Segundo ele, o empenho da Polícia Federal de Mato Grosso ainda é responsável por grande parte de apreensões de cocaína, que vem da Bolívia. Traficantes utilizam Mato Grosso como rota, tanto aérea quanto terrestre para “despejar” drogas no Brasil. Parte desses entorpecentes também vai para o exterior.
 
Português começou em outubro do ano passado campanha para criação de uma Base Aérea em Cáceres com um abaixo-assinado, que atualmente está na internet. “(O município) tem todas as condições de ter um ponto de apoio para combater o tráfico de drogas. Há um aeroporto com boa localização e excelente pista. Faltam somente investimentos para modernizar o local”, disse o deputado.
 
Além de segurança, a criação de uma Base Aérea, de acordo com o deputado, vai alavancar a economia da região, já que militares fixarão moradia e empresas terão segurança em se instalar no local.
 
De acordo com o deputado, a Polícia Federal reconhece que o efetivo é pouco para criar frentes de combate ao tráfico de cocaína. “Esses agentes estão empenhados para reprimir traficantes”, afirmou Português. Ele acrescenta que, conforme a PF, para cada quilo apreendido, outros dois são levados por “mulas” que entram em Mato Grosso. “São poucos agentes”, resumiu.
 
Abaixo-assinado
 
Para que o Governo Federal passe a planejar a instalação de uma base aérea em Cáceres, Airton Português criou um abaixo-assinado. No início, foram colocados documentos em vários pontos de concentração na região de Cáceres, como supermercados, postos da Polícia Militar, entre outros.
 
No início de março, Português disponibilizou uma petição pública na internet. Há na página do deputado (www.airtonportugues.com.br) um botão virtual em que o internauta acessa a petição pública, se cadastra e depois recebe um comunicado em seu e-mail. Depois é só confirmar e em segundos seu nome está registrado no abaixo-assinado eletrônico.
 
Fonte: Notimp
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quarta-feira, 6 de março de 2013

Brasil e Bolívia firmam parceria para combater tráfico de drogas e crime organizado

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Os governos da Bolívia e do Brasil firmaram no último sábado (2) acordo para ações conjuntas de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, de proteção de imigrantes e de integração regional. As iniciativas foram definidas no encontro dos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e David Choquehuanca, em Cochabamba, uma das principais cidades bolivianas. No encontro, a Bolívia anunciou o apoio à candidatura do Brasil para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
 
Choquehuanca disse que a Bolívia apoia o nome do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, ao cargo de diretor-geral da OMC. Segundo o chanceler, é importante a América Latina ter uma presença no órgão. A eleição ocorrerá em 31 de maio.
 
Choquehuanca disse que, em abril, haverá uma reunião entre os ministros da Defesa da Bolívia e do Brasil para revisar a política de proteção aos imigrantes nas regiões de fronteira. Segundo ele, participarão os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para coordenar as atividades de apoio conjuntas na fronteira.
 
Paralelamente, o Brasil vai cooperar com as eleições de 2014 na Bolívia por intermédio do suporte à votação eletrônica no país. O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou que tentará a reeleição.
 
Durante a reunião, Patriota e Choquehuanca também falaram sobre a adesão da Bolívia ao Mercosul. Os bolivianos tentam a inclusão como membro pleno no bloco. Ambos conversaram também sobre o fortalecimento da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). “O Brasil desempenha um papel importante na consolidação do espaço de maior integração”, disse Choquehuanca.
 
Fonte: Agência Brasil
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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Operação Curaritinga fiscaliza pontos de acesso às fronteiras

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Durante toda a semana tropas do exército realizam a Operação Curaritinga, que pretende intensificar a presença das forças armadas nas regiões de fronteira, com a intenção de coibir o tráfico de armas, drogas e produtos. Até sexta-feira (8) cerca de mil homens estarão trabalhando na operação, sendo 300 do 4° Batalhão de Infantaria de Selva. A ação envolve o batalhão de Rio Branco, o batalhão de Guajará-mirim (RO) e o comando da brigada em Porto Velho.

São cerca de 2 mil quilômetros de fronteira que precisam ser fiscalizados. Para isso, o batalhão de Rio Branco tem postos em Plácido de Castro, Brasiléia, Epitaciolândia e nas proximidades Rio Branco. O Tenente Coronel do 4°BIS, João Ávila, comenta que os pontos são situados em locais estratégicos. "Nós temos uma fronteira bastante extensa. Colocamos nossos pelotões de fronteira de uma maneira bastante estratégica, para bloquear os principais acessos do nosso território", conta.

O comerciante Rodrigo Monteiro não se incomoda de parar o carro para que o exército faça uma vistoria. "Acho bom fiscalizar. O tráfico de drogas está muito forte". O professor Francisco Guedes, que foi parado no mesmo posto de fiscalização compartilha dessa opinião e acha que deveriam ter mais operações como essa. "Se tivesse mais, o tráfico seria menor", acredita.

Ambos foram parados no pelotão comandado pelo Capitão Samuel Schilling, nas proximidades de Rio Branco, em uma região na BR-364 chamada de "quatro bocas". Essa área intercepta veículos que transitam pelas estradas de Boca do Acre, Porto Velho, Rio Branco e a área de fronteira, vindo pela estrada de Senador Guiomar.

Ele comenta que os produtos chamados de descaminhos, são os mais encontrados nesse pelotão. "São produtos comprados na fronteira e que excede o permitido, no intuito de revender". Os produtos são encaminhados para a Receita Federal. Quando são apreendidos entorpecentes, eles são entregues à Polícia Federal. "A partir do momento que entregamos os produtos ou a pessoa que foi detida, no caso dos ilícitos, passa ao controle deles, para que sejam tomados os procedimentos cabíveis."

Ate a tarde de terça-feira (5) o 4º Bis já tinha apreendido cerca de 21 mil reais em produtos de descaminho. Também foram apreendidos 250 g de maconha, 30g de cocaína e 1 arma branca. Também foi capturado um fugitivo da penal, que estava em regime semiaberto.

A Operação Curaritinga tem apoio da Polícia Federal, Polícia Militar, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Força Nacional de Segurança.
 
Fonte: G1
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Militares são atacados na Vila Cruzeiro pouco antes de Harry visitar Alemão

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Cerca de quinze minutos antes da chegada do príncipe Harry ao Conjunto de Favelas do Alemão, militares da Força de Pacificação da Vila Cruzeiro, comunidade vizinha ao Alemão, foram atacados por mais de 40 tiros e hostilizados com pedaços de pau e garrafadas. Três pessoas foram detidas em flagrante acusadas de hostilizar os militares.

A Força de Pacificação informou que os ataques ocorreram em cinco pontos diferentes da favela, entre 13h30 e 13h45. O príncipe Harry chegou ao Alemão por volta das 14h. Segundo os moradores, a confusão teria começado após um acidente entre duas motos.

“Eu acho que a gente precisa apurar. O que a minha tropa me reportou foi que houve um acidente de moto aqui, uma revista normal de motociclistas, como já houve em outros episódios parecidos, e aí a tropa tentou ajudar os motociclistas e houve uma grande confusão depois disso”, explicou o comandante das Forças de Pacificação, Tomás Ribeiro Miguel Paiva.

Ação orquestrada
Para o coronel Fernando Fantasin, relações-públicas da Força de Pacificação da Vila Cruzeiro, a ação foi orquestrada por criminosos. “É muita coincidência, cinco patrulhas em diferentes pontos serem agredidas ao mesmo tempo”, argumentou Fantasin.

“Começou a haver uma série de ataques em diferentes áreas, coincidentemente no mesmo horário que está havendo o evento do príncipe no Complexo do Alemão. Nunca tivemos um episódio parecido como esse, ainda mais nesse horário, no histórico da Força de Pacificação", observou o comandante Tomás Paiva.

Segundo Fantasin, o patrulhamento na Vila Cruzeiro era feito por militares a pé em becos e vielas. Após serem atacados, os militares revidaram com tiros de borracha. A Força de Pacificação afirmou que não há informações de feridos. No entanto, moradores dizem que uma pessoa ficou ferida na confusão e foi encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

O coronel Fernando Fantasin disse que os detidos foram levados para a delegacia militar, situada na Vila Cruzeiro. Os detidos – dois homens e uma mulher – serão indiciados por lesão corporal, tentativa de agressão e desacato a autoridade.

Após a confusão, a segurança na Vila Cruzeiro foi reforçada por motos e caminhões do Exército. No final de fevereiro, foi anunciada a instalação de duas bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no fim deste mês no Conjunto de Favelas do Alemão.

Morador acusa militares de truculência

Um morador, que preferiu não se identificar, reclamou da truculência dos militares da Força de Pacificação. Ele conta que foi agredido na manhã deste sábado durante uma revista feita pelos militares. O Exército negou as acusações do homem.

“Me algemaram, me botaram na viatura, pisaram no meu rosto, me levaram para de trás do mato, me algemaram e começaram a me agredir. Quebraram o meu braço, mas consegui fugir”, desabafou o morador.

Fonte: Portal G1

Nota do Blog: Estamos alertando há muito tempo para o retorno do tráfico aquela região, inclusive no dia em que comemoravam um ano da ocupação, nossa equipe esteve realizando uma ronda pela região e comprovou a existência de muitos redutos onde há presença de traficantes armados, inclusive recentemente na mesma Vila Cruzeiro nossa equipe foi interceptada por dois homens em uma moto que portavam um fuzil AK-47.

O que nós esperamos é uma real repressão ao crime na região, não adianta só patrulhar, tem que partir para ações de busca e apreensão, partir para caça aos meliantes remanescentes. Pois se continuar nesse ritmo, brevemente vamos ter mais notícias ruins da região "pacificada". Precisam usar de inteligência, não apenas de rondas de rotina.
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sexta-feira, 9 de março de 2012

Exército começa a deixar Alemão e Penha este mês

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Os militares do Exército que ocupam os complexos do Alemão e da Penha desde a pacificação da região em 2010 começam este mês a serem substituídos por PMs. Eles vão sair à medida em que os policiais forem chegando. As mudanças acontecerão até junho, quando a área passará a ser ocupada por 2,2 mil PMs. O Alemão será o primeiro a fazer a troca.

A região terá oito Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Elas serão comandadas por capitães, e um oficial de patente superior vai responder por toda a área. As primeiras bases deverão ser instaladas nas comunidades Nova Brasília e Fazendinha entre os dias 28 e 29, quando chegam os primeiros 500 PMs. Em abril e maio, virão mais mil policiais — 500 por mês —, finalizando a ocupação, em junho, com mais 700.

Segundo o Exército, a disponibilidade de terrenos na Nova Brasília e Fazendinha para a construção das UPPs foi decisiva na escolha das duas comunidades que receberão as primeiras bases da área. A substituição dos soldados do Exército por PMs acontece cinco meses depois do previsto no acordo entre governos federal e estadual. O Exército ficaria na região até outubro de 2011. Mas o estado conseguiu a prorrogação do prazo para junho.

Como parte do processo de pacificação, de acordo com com o Exército, os morros da Baiana e do Adeus, no Alemão, que não estão ocupados, farão parte das UPPs. Em setembro, o Adeus teve o policiamento reforçado após confronto entre traficantes e Exército. Foi o primeiro conflito após a pacificação.

Fonte: Jornal O Dia

Nota do Blog: Realmente já esta na hora do exército passar o bastão, porém algo me preocupa, mesmo com o Complexo ocupado, ainda é intensa a atividade do tráfico na região, claro que em escala inferior ao que se notava antes da ocupação. Porém nossa equipe recentemente foi surpreendida ao cruzar a Vila Cruzeiro por volta da 19hrs com a ausência da presença do Estado e principalmente por um incidente onde fomos abordados por dois meliantes em uma moto portando um fuzil de origem russa AK-47. Questionaram sobre o nosso destino e se evadiram pelas vielas da comunidade.

O mais importante é agora impor uma atividade constante e rígida de combate ao trafico remanescente na região para que haja realmente paz e eficiência no conceitos das UPP´s.
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ONU elogia combate ao tráfico em favelas no Brasil

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O relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes, divulgado nesta terça-feira pela ONU, elogia a repressão ao narcotráfico nas favelas do Rio de Janeiro e critica a Bolívia por abandonar a Convenção Única de Narcóticos ao não concordar em reconhecer a folha de coca com droga.

O documento reúne informações de todo o mundo e faz recomendações aos governos, baseadas em políticas de repressão ao tráfico e prevenção ao uso.

No tópico em que discute como "responder ao problema", o documento cita a ação conjunta da Polícia Militar do Rio de Janeiro e das Forças Armadas na ocupação de favelas.

Segundo o documento, o país conseguiu, "com uma combinação de policiais e militares", prender líderes do tráfico e "instituir o estado de direito" onde antes reinava a violência.

O relatório também elogia a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, dizendo que a iniciativa constrói uma relação de confiança entre as forças de segurança e a comunidade.

A Junta também elogia iniciativas como a troca de armas, em posse de civis, por recompensa em dinheiro, em algumas localidades dos Estados Unidos.

Bolívia

O relatório faz duras críticas à Bolívia por abandonar, no ano passado, a Convenção Única de Narcóticos, de 1961. A ação foi classificada como "um grande desafio para o sistema internacional de controle de drogas".

A decisão boliviana foi fruto da discordância em relação ao status da folha de coca, mastigada tradicionalmente pelas populações do altiplano do país, sem fins entorpecentes.

A Junta ressalta que a folha é considerada uma droga, segundo a Convenção. Em 2009, o governo boliviano solicitou uma emenda ao documento, pedindo a mudança do status da folha de coca, no que não foi atendido.

Após o abandono da Convenção, o governo boliviano propôs aderir novamente ao acordo, com a ressalva sobre o tradicional costume indígena.

Na carta de apresentação do relatório, o presidente da Junta, Hamid Ghodse, diz que se "os Estados-Partes usam o mecanismo de denúncia e 're-adesão' com reservas, a integridade do sistema internacional de controle estaria minada".

América Central

A Junta também mostra preocupação com a situação na América Central.

Com o aumento da repressão das autoridades mexicanas aos carteis que espalharam violência no México nos últimos anos, vários grupos de narcotraficantes se estabeleceram no istmo centro-americano .

"A escalada da violência relacionada às drogas, envolvendo organizações criminosas, transnacionais e locais e outros grupos na América Central atingiu níveis alarmantes e sem precedentes, piorando significativamente a segurança na subregião, tornando-a uma das mais violentas áreas no mundo", diz o documento.

O relatório lembra que "El Salvador, Guatemala e Honduras, os países do chamado 'Triângulo do Norte', junto com a Jamaica, agora possuem os mais altos níveis de homicídio do mundo".

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vila Cruzeiro e Alemão comemoram um ano de pacificação

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Ontem (28) os complexos da Penha e Alemão comemoraram um ano desde que as forças de segurança pública em conjunto com as forças armadas tomaram o controle destas duas comunidades do domínio do tráfico.O nosso editor esteve presente há um ano acompanhando toda a operação e foi até as comunidades verificar o que mudou e o que ainda precisa ser feito para cumprir tudo o que foi prometido pelo Estado.

As obras necessárias para trazer mais conforto e cidadania aos moradores dos complexos já tiveram inicio, porém há muito ainda o que ser feito, pois o desafio é grande de recuperar uma área tão extensa que ficou muito tempo abandonada á margem do Estado.

Conversando com alguns moradores pudemos comprovar que houve um ganho significativo em segurança e na confiança dos mais de 200mil habitantes nas forças de segurança. Áreas onde antes era praticamente impossível que alguém adentra-se em segurança hoje podem ser transitadas sem qualquer risco. Onde havia barreiras e ruas esburacadas para bloquear o acesso das viaturas, hoje possui um calçamento que permite o acesso livre, locais conhecidos por abrigar verdadeiras feiras do tráfico, hoje exibem um comércio forte, com feiras de artigos de vestuário, alimentos e utensílios, uma imagem bem diferente do que se via há pouco mais de um ano atrás.

O GeoPolítica Brasil caminhou o dia inteiro através de becos e vielas para comprovar as mudanças dentro destas comunidades que eram tidas como "fortalezas" do tráfico. O que se verificou é algo que me deixou um tanto preocupado, em algumas localidades que adentramos, pudemos observar áreas sem a cobertura de rondas ou a presença de militares e policiais, além de movimentação suspeita, o que leva a acreditar que ainda haja focos de tráfico dentro destas áreas.

Em setembro nós acompanhamos um GC do E.B quando houve uma intensa troca de tiros entre as forças do estado e traficantes em uma das localidades ainda não pacificadas que fazem "divisa" com as zonas pacificadas, algo que é preocupante, principalmente após a notícia na última semana e confronto entre traficantes e soldados, que resultou em um soldado ferido no braço.

Apesar de toda a tranquilidade que se observa e uma mudança expressiva na rotina destas comunidades, notei uma certa tensão nas áreas limítrofes da comunidades, além de notar que os GC's estão agora voltando a usar os pesados coletes e capacetes de combate, algo que já tinha dado lugar aos bonés azuis da força de pacificação.

Ontem foi anunciado durante um almoço das autoridades que em março deve ser iniciada a implantação das UPP's, porém a presença do E.B deve ser mantida até junho, não sendo descartado uma prorrogação deste prazo.

O GeoPolítica Brasil aproveita para parabenizar os homens e mulheres que se engajaram nestas operações há um ano e devolveram á nossa sociedade a confiança em nossa capacidade de se garantir a segurança pública, onde a ocupação destas duas comunidades foi um marco importante na mudança dos rumos de nossa segurança pública e o inicio de uma mudança dentro de nossas forças policiais, que até então estavam com seu conceito em baixa junto a nossa sociedade. Minhas congratulações aos comandantes das forças armadas que se engajaram nesta luta e aos nossos policiais que se empenharam, trabalhando sem folga para conseguir devolver a ordem á nossa cidade.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Corte no orçamento de defesa - Omissão e conivência com a "Insegurança Nacional"

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A capacidade de ser omisso ou conivente com a falta de segurança em nosso país por parte do governo federal é absurda. Hoje (23) pela manhã como sempre de costume leio os principais meios de notícias do Brasil e do mundo, além claro de confirmar boa parte das notícias de destaque através de minhas fontes em Brasília e outros orgãos do governo. Então me deparei com o absurdo corte nos recursos destinados á Amazonia. Mais um crime gritante e uma demosntração de incompetência da administração dos recursos federais, além da total falta de visão estratégica. Como sempre os burrocratas, corruptos e desprovidos de qualquer senso da importancia de se investir no campo de defesa, uma que isso não dá votos, reduziram a menos de 10% os recursos programados para ser aplicados na modernização e implantação do sistemas de vigilância de nossas fronteiras, que como bem sabemos são mais de 16 mil quilômetros.

Como sempre apresentam o belo discurso de que a vigilância da fronteira na Amazônia é uma prioridade, mas os recursos repassados pelo governo para os projetos que atendem à região vem sofrendo constantemente cortes e reduções. Para o ano de 2012, o Exército pretendia investir cerca de 1 bilhão para acelerar a implementação do Sistema Integrado de Monitoramente de Fronteira (Sisfron). Mas o orçamento enviado ao Congresso prevê o emprego de apenas 105,5 milhões.

Este valor representa um décimo do pedido para modernizar e aumentar a fiscalização dos 16,8 mil quilômetros de fronteira seca que partilhamos com dez países, e cerca de 13 mil destas são na Amazônia. Sendo o Sisfron um projeto de vital importância para todo o aparato de defesa nacional e combate ao narcotráfico e contrabando de armas para o Brasil, atuando ao lado do Sivam para prover uma real vigilância de nosso território. O valor do projeto é estimado em 17 bilhões, para ser desenvolvido ao longo de dez anos.

O corte acarretará no atraso da instalação de radares e sensores na região, previstas no projeto, que facilitaria, por exemplo, a detecção de ameaças ao País, como traficantes e narcoguerrilheiros. É mais um sintoma do sucateamento provocado por cortes orçamentários á nossa defesa.

Ontem foi revelado um documento sigiloso da Defesa que relata a condição atual do nosso aparato militar, onde muitos dos meios estão fora de operação, são aviões, veículos blindados, navios e submarinos, isso em resumo pois se formos descrever todos os meios teriamos de formular uma verdadeira "lista de schindler". Sem os equipamentos não é possível identificar as ameaças e muito menos contrapô-las. Outros meios vitais, como a comunicação, também enfrentam uma situação delicada, a aquisição de rádios comunicadores essenciais para manter contato entre a base e os pelotões avançados de fronteira, estão com a licitação atrasada.

Para reduzir o impacto do ajuste fiscal, o Ministério da Defesa negocia com o Planejamento a ampliação dos 105,5 milhões previstos para ao menos 500 milhões, buscando firmar o compromisso de que os recursos para os próximos anos sejam garantidos no orçamento, seguindo o Plano Plurianual, que prevê 710,44 milhões para ano de 2013, 780, 98 milhões para 2014 e 929,61 milhões para 2015.

O assessor especial do Ministério da Defesa, José Genoino, rebateu ontem as queixas de cortes e falta de recursos alegando que "as coisas na área de defesa não acontecem de uma vez só". E emendou: "O importante é que todos os projetos importantes estão em andamento, devagar, mas caminhando". Como diria o Cmte Angelo Nicolaci, meu avô, ele não tem noção real da necessidade e importância que isso representa, ou ele não faz a menor ideia do que esta falando.

Este corte ainda pode representar a falta de interesse político na repressão efetiva ao narcotráfico e contrabando de armas, pois como sabemos o dinheiro que esses atos ilícitos movimentam é muito expressivo e a corrupção política no Brasil é um grande mal a ser combatido. Como disse um amigo em uma frase no facebook, a polícia ocupou o complexo do Alemão, Cruzeiro, Mangueira e Rocinha, quando vão ocupar Brasília e prender a corja de bandidos corruptos e traidores de nossa pátria?

Nem mesmo a transferência de mais militares para a região está sendo cumprinda em acordo com o cronograma preestabelecido. O Comando Militar da Amazônia pretendia no curto prazo contar com pelo menos 35 mil homens na região, mas, no momento, o Exército possui apenas 26,6 mil militares em uma extensão territorial onde caberia praticamente a Europa.

Nossos militares querem cumprir seu dever constitucional, porém o governo os deixa de mãos e pés atados com essa visão míope em relação aos assuntos de defesa, não precisamos de mais discursos bonitos e slides em seminários e congressos, mas sim de uma atitude responsável do governo em relação á defesa.

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil



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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Revolução Beltrame na administração pública

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A gestão de José Mariano Beltrame na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro já tem lugar reservado na história da administração pública brasileira. Ela está mudando a realidade de insegurança e abandono estatal que vigorava nas favelas cariocas, um problema local com dimensão nacional que permaneceu sem solução durante décadas, passando por governos de diferentes partidos. Na Verdade, a maioria da população não acreditava na recuperação daquelas áreas da cidade, que estariam condenadas ao domínio do tráfico e das milícias. Como foi possível iniciar um processo profundo de mudança numa situação em que o Estado parecia incapaz de ser bem-sucedido? A resposta está nos métodos e meios utilizados, que podem ser disseminados com sucesso por outras políticas públicas.

O primeiro passo da Revolução Beltrame foi acreditar que seria possível implantar uma nova sociabilidade nas favelas do Rio, instalando aquilo que mais falta nas regiões mais pobres do país: o Estado. Não se tratava apenas de prender alguns traficantes ou fazer reformas urbanas que não mudavam a forma de comando do local. O mote era o Poder Público ocupar permanentemente as áreas conflagradas da cidade. Para isso, seria preciso conciliar atividades de repressão com políticas de longo prazo, que melhorassem a vida dos cidadãos de modo a eles terem outro horizonte de vida. Buscava-se, assim, acabar com a dicotomia entre ações de Segurança Pública e políticas sociais, que dominaram perversamente o debate desde a redemocratização.

O que sustentava Verdadeiramente tal dicotomia era a fragilidade da ação policial. As polícias civil e militar tinham problemas de capacitação e condições de trabalho, além de uma cultura autoritária no tratamento da sociedade. E pior: parte dos integrantes dessas corporações estava vinculada à corrupção, quando não à própria bandidagem. Para enfrentar essa situação, tem sido utilizada uma estratégia de recuperação incremental da força policial do Rio, usando primeiramente grupos de elite e contratando novos profissionais, para evitar os vícios do sistema.  Mas é importante observar que já há medidas tentando reconstruir a motivação geral da tropa, pois não seria possível reconstruir, dos pontos de vista jurídico, financeiro e mesmo político, todo o aparato de segurança de uma só vez. O desafio é mudar os incentivos organizacionais para os que ficarem, supondo, corretamente, que é necessário e viável recuperar boa parte dos policiais.

Os métodos usados na pacificação das favelas podem ser disseminados por outras áreas. Em toda essa ação, fica uma lição importante para a gestão de pessoas no setor público: é preciso ter uma estratégia de começar por nichos de excelência – que quase sempre existem –, depois disseminar o novo paradigma entre os demais e, sobretudo, renovar a burocracia, com concurso e treinamento adequados. Numa polícia com tantos problemas como a do Rio, é possível que esse método leve um tempo para dar certo.
Por isso, foi fundamental outra medida: a cooperação com o governo federal, usando suas forças de Segurança. Contribuíram para essa parceria tanto a trajetória de Beltrame – ele é originário da Polícia Federal, e talvez um de seus melhores quadros – como o entrosamento entre o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula, agora renovado pela presidente Dilma. É essencial reforçar este argumento: a articulação federativa tem sido a chave para o sucesso de políticas em vários setores. O uso desses servidores públicos federais se deveu a três de suas qualidades: o poderio de repressão, em termos bélicos ou de efetivo (como no caso do Exército e da Marinha); sua desvinculação dos vícios do sistema de segurança local; e a utilização decisiva de instrumentos de inteligência policial, em particular com a colaboração da Polícia Federal.
A junção desses aspectos garantiu uma ação planejada de entrada nas comunidades, usando a força apenas depois de mapear bem a situação – fato incomum no policiamento brasileiro das grandes cidades. Depois, permitiu uma permanência inicial do Estado bastante dissuasiva, algo essencial na tomada de favelas dominadas há décadas. Cabe frisar que houve um aprendizado ao longo do caminho. No início, as Forças Armadas cometeram equívocos em suas ações, pois a segurança de cidadãos é mais complexa que a conquista de territórios. Mas hoje elas estão entendendo melhor o que deve ser uma doutrina de segurança urbana. Além disso, o planejamento estratégico e toda a prática de inteligência policial vêm sendo compartilhados com a burocracia estadual.

A ação repressiva seria inócua se não fosse acompanhada de uma ocupação baseada na provisão de serviços públicos. É isso que torna as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) algo maior que um entreposto policial. Muitas obras feitas nas favelas e equipamentos públicos, antes precários ou inexistentes, começam a ser incorporados à vida da comunidade local. A garantia dos direitos básicos à população mais carente de áreas conflagradas – de paz, educação, saúde etc. – norteia toda a Revolução Beltrame. Se o Estado brasileiro seguir nessa trilha, justificará o custo dos impostos tão criticados pela opinião pública.

É bem Verdade que essa segunda perna do modelo ainda precisa ser aperfeiçoada. As intervenções urbanas caminham a passos lentos. Os equipamentos sociais também estão aquém das necessidades. O atraso a tirar, argumentaria o governo do Rio, é grande. Mas a ação policial só dará certo caso a população tenha rápido acesso a serviços públicos, pois é preciso que o Estado se imponha como autoridade num local dominado, por décadas, pelo medo e pela "caridade" dos traficantes (ou milicianos).

As UPPs enfrentam um dos grandes desafios da administração pública brasileira: a montagem de uma ação que envolve vários setores em ação no mesmo território. Obviamente conseguir isso nas favelas cariocas é muito complicado, mas essa mesma tarefa, com graus variados de dificuldade, também aparece nas periferias urbanas do país, seja em São Paulo, seja nas cidades satélites de Brasília ou na área metropolitana de Fortaleza, onde segurança pública, saúde, políticas urbanas e educação devem vir juntas. Em todos esses lugares, o ponto central é como instalar, ao mesmo tempo, o Leviatã e o Estado de Bem-Estar Social.

A Revolução Beltrame certamente está incompleta. O aparato policial do Rio ainda tem partes vinculadas à corrupção, o sistema carcerário do Estado é muito precário e as diferenças sociais entre morro e asfalto continuam abissais. Mas há algo fundamental nesse processo que serve de lição para a administração pública brasileira: a perseverança de fazer o correto. Já houve crises e problemas, só que eles não levaram à descontinuidade, maior característica da gestão pública do país. O secretário Beltrame é capaz de planejar e de corrigir, seguindo em frente, sem desistir. Claro que o apoio político do governador tem sido fundamental – e, a despeito das várias críticas que possam ser feitas às políticas e a determinadas condutas pessoais de Sérgio Cabral, ele está deixando uma bela marca na história do Rio. E aqui fica o ensinamento: como no Plano Real e no Bolsa Família, fortemente criticados no seu nascedouro, a Revolução Beltrame sabe aonde quer chegar e persevera. É isso que tem faltado ao Estado brasileiro.

Fonte: Época
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sábado, 19 de novembro de 2011

Caça da FAB intercepta, faz tiro de aviso e obriga o pouso de avião com cocaína

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Aeronaves A-29 e o avião-radar E-99, da Força Aérea Brasileira, atuaram na operação que terminou com o pouso de um avião monomotor (matrícula CP-1424) em uma pista de terra próxima a Izidrolândia, distrito de Alta Floresta D´Oeste, no interior de Rondônia. Após o pouso, a Polícia Militar, em coordenação com a Polícia Federal, apreendeu 176 quilos de pasta base de cocaína no interior da aeronave. A operação ocorreu por volta das 17h da última quarta-feira, dia 3.

A aeronave suspeita, de matrícula boliviana, proveniente daquele País, voava a uma altitude de 1500 pés (500 metros) e foi identificada como tráfego irregular pela aeronave-radar. Logo depois, os caças A-29 já realizavam as medidas de averiguação e o reconhecimento do avião suspeito.

Após ser interceptado pela aeronave da FAB, o piloto não prestou informações sobre identificação ou trajetória que pretendia seguir. Além disso, fez manobra em direção à fronteira com a Bolívia. Em seguida, foi dada a ordem ao piloto da aeronave suspeita que pousasse na pista da cidade de Cacoal. A aeronave desobedeceu novamente e baixou a altitude de voo para 300 pés (100 metros).

Com isso, o A-29 realizou o tiro de aviso. Foi a partir dessa medida que o piloto da aeronave suspeita passou a ser “colaborativo”, informaram os militares, ao afirmar que iria obedecer às ordens. Entretanto, o avião suspeito, sem autorização, precipitou o pouso e aterrissou em uma estrada de terra no distrito de Izidrolândia.

As aeronaves da FAB sobrevoaram a área, conforme norma de policiamento do espaço aéreo, para que o suspeito não voltasse a decolar. Com as informações da FAB, viaturas da Polícia Militar, em coordenação com a PF, chegaram ao local e puderam apreender 176 quilos de pasta base de cocaína no interior da aeronave. Um helicóptero H-60 L da FAB transportou na noite de quinta-feira a equipe da PF com a droga apreendida da cidade de Pimenta Bueno (RO) para a capital Porto Velho.

Na madrugada desta sexta-feira, dia 5, uma operação da Polícia Federal e da Polícia Civil local conseguiu capturar os dois pilotos bolivianos. Segundo a PF, eles prestarariam depoimento no posto policial  em Pimenta Bueno e seriam presos na própria cidade para aguardar julgamento.

Fonte: Agência FAB
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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Operação Choque de Paz segue apreendendo armas e drogas na Rocinha

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Policiais do Bope seguem nas buscas - By GeoPolítica Brasil

Como era de se esperar número de armas e drogas apreendidas aumenta a cada dia nas comunidades ocupadas da Rocinha,Vidigal e Chácara do Céu.

Os últimos números divulgados pela SSP/RJ relatam que ao todo foram apreendidas 133 armas, entre carabinas, espingardas, fuzis, lança-rojões, metralhadoras, pistolas e submetralhadoras, 150 explosivos entre bombas, granadas e rojões, 23.686 munições diversas oito miras telescópicas para fuzil. Foram apreendidos até o momento 166 kg de cocaína, 60 kg de pasta base de cocaína, 127 kg de maconha, 135 pedras de crack, 38 comprimidos de ecstasy, ainda 62 máquinas caça-níqueis, 47 rádios, 11 carregadores, 150 camisas da Polícia Civil, 20 coletes à prova de balas, nove toucas ninja, três uniformes camuflados, máquinas para vender cigarros, um giroscópio, um colete tático, dois carros e 146 motos, além de fechar três centrais clandestinas de TV a cabo.

O BOPE contínua a varredura em busca de armas e drogas dentro das comunidades e na zona de mata ao redor das comunidades onde haviam rotas de fuga e trilhas utilizadas por traficantes. A participação dos moradores com denuncias e informações tem sido de grande ajuda para o exito das buscas até o momento. Os telefones do Disque Denúncia e 190 não tem parado, todas as denuncias em sido checadas pelas forças de segurança, mostrando o apoio da população à ação do Estado.

Nosso editor segue no teatro de operações


O GeoPolítica Brasil continua a cobertura desta operação que retomou este importante reduto do tráfico no Rio de Janeiro. Em breve iremos acompanhar uma missão na mata da Rocinha.

A Secretaria de Segurança disponibilizou os números para a população a denunciar os esconderijos de traficantes e de depósito, de armas e de drogas nas comunidades. Você morador faça sua parte, denuncie e ajude a policia a realizar seu trabalho, sua identidade será mantida em sigilo.

Disque-Denúncia, 2253-1177.
Polícia Militar, 190.
Gabinete da Chefe de Polícia Civil, 2332-9915.


Fonte: GeoPolítica Brasil


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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Operação Choque de Paz - O retorno do Estado à Rocinha,Vidigal e Chácara do Céu.

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foto: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil


Por volta de 1:20 da manhã da madrugada de domingo (13), nosso editor chegou ao 23º BPM no Leblon, centro de comando da operação de retomada da Rocinha, logo na chegada pode-se verificar o aparato mobilizado para tal operação. Enquanto aguardávamos o credenciamento na portaria do Batalhão, acompanhou-se o frenesi de viaturas que se apresentavam ao comando de operações e outras que saiam para tomar suas posições.

Blindados prontos para a operação - By GeoPolítica Brasil



“Eu e dois amigos do Portal Terra, Gabriel e Luís, aguardávamos o credenciamento, porém o mesmo não tinha ainda hora definida para acontecer, foi quando nosso amigo Luís teve a idéia de nos posicionarmos junto à um dos acessos da Rocinha, próximo ao Colégio Americano, então partimos em busca de nossas reportagens.”

Policiais do 27º BPM de Santa Cruz controlavam o acesso na última barreira antes de chegar à comunidade a ser pacificada. O clima era um misto de tranqüilidade e apreensão, pois não era visível qualquer movimentação de traficantes no local, conforme foi possível apurar através das lentes da mira telescópica do fuzil de um dos policiais. O ponto de venda de drogas onde normalmente ficam dezenas de traficantes, estava abandonado.


Veículos eram revistados na entrada e saída da Rocinha - By GeoPolítica Brasil
 

O controle de entrada e saída da comunidade era rigoroso, todos os veículos eram parados e revistados pelos policiais.

Por volta das 2:50 hrs duas equipes do BOPE entraram na comunidade, o momento era tenso e esperava-se sinais de resistência, porém os policiais adentraram a comunidade e deram inicio aos preparativos para a chegada dos blindados sem qualquer tipo de resistência.

Cumprindo o planejado ás 4:05 hrs era iniciada a retomada da Rocinha Vidigal e Chácara do Céu, onde um comboio de 4 blindados M-113 e Pick-Ups com policiais do Bope, Choque e fuzileiros cruzaram a barreira onde o editor do GeoPolítica Brasil e colegas de outras mídias aguardavam o inicio da operação.


By GeoPolítica Brasil


“Após alguns minutos seguimos para um ponto de observação avançado, já dentro da comunidade, de onde pude observar a total tranqüilidade que dominava aquela operação de guerra. Alguns moradores já acenavam pelas janelas e exibiam bandeiras do Brasil, comemorando a libertação das mãos do tráfico.”
Gilson Elias de 33 anos, morador da comunidade nos relatou que a situação no interior da comunidade é de paz, a operação não mudou em nada a sua rotina diária, onde sempre sai ás 4:30 hrs em direção ao seu trabalho. A única mudança relatada pelo morador foi a revista pela qual passou ao ser abordado por policiais do Batalhão de Choque. Gilson aprovou a operação e vê com esperança o futuro da comunidade onde mora, sonhando com melhorias não só na segurança, mas em todo o aparato do estado.

Outro morador que preferiu não se identificar, disse que já esperava ancioso pela ação do estado, pois não agüentava mais viver sob a opressão exercida sobre os moradores.

Ás 4:40 hrs os primeiros blindados M-113 retornavam ao batalhão após desembarcar suas tropas. Nosso editor e os amigos Luis e Gabriel do Portal Terra notaram uma cena muito suspeita, dezenas de motos enfileiradas em um ponto da entrada da comunidade e uma pick-up de luxo, cena que contrastava com a simplicidade dos demais carros estacionados no acesso. Suspeita que mais tarde foi confirmada com a apreensão da pick-up e dezenas de motos.


Equipes da Policia Federal e CORE adentraram já ao amanhecer para cumprir mandatos de busca e apreensão. No céu o “Caveirão do ar”, assim com o “Águia” efetuavam passagens rasantes dando cobertura e orientando as equipes no solo, a cada passagem o som de sua passagem lembrava as cenas de filmes de guerra, com o característico som de seus motores.

Nosso editor prosseguiu avançando para o interior da comunidade, quando por volta das 6 da manhã fogos sinalizavam a tomada completa da comunidade pelas forças de segurança. Logo as ruas desertas da Rocinha, onde só haviam equipes policiais, nosso editor e os amigos do Portal Terra, foi tomada por uma verdadeira tropa de jornalistas e fotógrafos que estavam aguardando fora da comunidade á tomada pelas forças de segurança.

Equipes do BOPE realizaram varreduras pelos becos e vielas, colheram informações com moradores a respeito da localização de possíveis esconderijos dos criminosos, armas e entorpecentes.

Policiais do BOPE vasculham a Rocinha - By GeoPolítica Brasil


Uma cena ficou marcada na memória de nosso editor, onde em uma das principais vias da comunidade uma pomba branca repousava sobre um dos blindados, uma cena emblemática que descrevia bem a nova situação daquela que era uma das mais perigosas “favelas” do Rio de Janeiro. Infelizmente a mesma voou antes que o mesmo pudesse fotografar a bela cena, mas não escapou de nossas lentes ao pousar no emaranhando de fios.


A Pomba da Paz pousou na Rocinha - By GeoPolítica Brasil


Um morador relatou que esta sendo maravilhoso ver o estado devolvendo a lei e a ordem á comunidade, o morador relatou que mora na Rocinha há trinta anos, cria suas duas filhas (13 e 8 anos) em meio ao terror do tráfico, relatou que todos os dias eram carros,motos e pessoas armadas no meio da rua muitas vezes impedindo a passagem, era um inferno segundo o morador, eles colocavam o terror,era apontando fuzil na direção de moradores, ao reclamar eles o chamavam de coroa abusado. Ele relatou que estava muito feliz e vai buscar sua família que fugiu para Campo Grande com medo do confronto entre os criminosos e as forças de segurança. Encerrando ele brincou dizendo: “Maravilhoso, agora viraram tudo menina, correram pra baixo da cama, só são homens na hora de falar com a gente, virou agora tudo menina”. Riu.

Nosso editor então retornou ao 23º BPM para coletar dados referentes ás outras frentes da operação e acessar aos números relativos ás apreensões.



Clanf retorna após atividades no Vidigal


O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro disse: “O grande trunfo dos cariocas é a libertação do julgo do fuzil. Devolveremos a dignidade e o território a quem não tinha. O que começou hoje não tem data para ser acabado, e fizemos isso sem efetuar nenhum disparo nem derramar uma gota de sangue”. Beltrame informou que o planejamento de 40 UPPs está mantido. E ressaltou que não descarta que a casa do traficante Nem, localizada na ação, seja usada. Ele afirmou que o mérito da ação é da força de paz.

“Quem suou sangue, deve ter seu momento de glória. Essa vitória não é da secretaria, mas do grupo que trabalhou nas operações. Foi uma ação combinada com instituições às quais serei eternamente grato”, disse Beltrame

Também estiveram no centro de comando das operações a Chefe de Policia Civil, Delegada Martha Rocha acompanhou de perto o desenrolar das operações. O Governador Sérgio Cabral esteve reunido com a cúpula de segurança pública, além de cumprimentar os guerreiros envolvidos nessa operação.

Entre os números da operação, até nossa saída contabilizava-se:

1 Toyota Hilux, 75 motos, 113Kg de Maconha,13 fuzis,1 metralhadora, muita munição e pasta base de cocaína, uma central de TV a cabo clandestina, máquinas caça níqueis e 5 criminosos.


Nosso editor mais uma vez no front



O GeoPolítica Brasil mais uma vez esteve no front para trazer a você leitor uma cobertura exclusiva, uma visão de quem realmente esteve dentro do teatro de operações e trazer informações e fotos exclusivas.

Nota do editor: Eu quero aproveitar e render as justas homenagens aos policiais e militares envolvidos nesta importante operação para tomar das mãos do tráfico essa enorme comunidade que por décadas sofreu a opressão destes criminosos e a omissão do poder público, mas que agora é libertada e tem a chance de viver como todo cidadão, usufruindo de todos os direitos legais que são atribuídos ao estado.

Angelo D. Nicolaci
Editor/Fundador
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Operação Choque de Paz - O retorno do Estado à Rocinha,Vidigal e Chácara do Céu.

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foto: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil

Por volta de 1:20 da manhã da madrugada de domingo (13), nosso editor chegou ao 23º BPM no Leblon, centro de comando da operação de retomada da Rocinha, logo na chegada pode-se verificar o aparato mobilizado para tal operação. Enquanto aguardávamos o credenciamento na portaria do Batalhão, acompanhou-se o frenesi de viaturas que se apresentavam ao comando de operações e outras que saiam para tomar suas posições.

Blindados prontos para a operação - By GeoPolítica Brasil


“Eu e dois amigos do Portal Terra, Gabriel e Luís, aguardávamos o credenciamento, porém o mesmo não tinha ainda hora definida para acontecer, foi quando nosso amigo Luís teve a idéia de nos posicionarmos junto à um dos acessos da Rocinha, próximo ao Colégio Americano, então partimos em busca de nossas reportagens.”

Policiais do 27º BPM de Santa Cruz controlavam o acesso na última barreira antes de chegar à comunidade a ser pacificada. O clima era um misto de tranqüilidade e apreensão, pois não era visível qualquer movimentação de traficantes no local, conforme foi possível apurar através das lentes da mira telescópica do fuzil de um dos policiais. O ponto de venda de drogas onde normalmente ficam dezenas de traficantes, estava abandonado.


Veículos eram revistados na entrada e saída da Rocinha - By GeoPolítica Brasil
 
O controle de entrada e saída da comunidade era rigoroso, todos os veículos eram parados e revistados pelos policiais.

Por volta das 2:50 hrs duas equipes do BOPE entraram na comunidade, o momento era tenso e esperava-se sinais de resistência, porém os policiais adentraram a comunidade e deram inicio aos preparativos para a chegada dos blindados sem qualquer tipo de resistência.

Cumprindo o planejado ás 4:05 hrs era iniciada a retomada da Rocinha Vidigal e Chácara do Céu, onde um comboio de 4 blindados M-113 e Pick-Ups com policiais do Bope, Choque e fuzileiros cruzaram a barreira onde o editor do GeoPolítica Brasil e colegas de outras mídias aguardavam o inicio da operação.


By GeoPolítica Brasil

“Após alguns minutos seguimos para um ponto de observação avançado, já dentro da comunidade, de onde pude observar a total tranqüilidade que dominava aquela operação de guerra. Alguns moradores já acenavam pelas janelas e exibiam bandeiras do Brasil, comemorando a libertação das mãos do tráfico.”
Gilson Elias de 33 anos, morador da comunidade nos relatou que a situação no interior da comunidade é de paz, a operação não mudou em nada a sua rotina diária, onde sempre sai ás 4:30 hrs em direção ao seu trabalho. A única mudança relatada pelo morador foi a revista pela qual passou ao ser abordado por policiais do Batalhão de Choque. Gilson aprovou a operação e vê com esperança o futuro da comunidade onde mora, sonhando com melhorias não só na segurança, mas em todo o aparato do estado.

Outro morador que preferiu não se identificar, disse que já esperava ancioso pela ação do estado, pois não agüentava mais viver sob a opressão exercida sobre os moradores.

Ás 4:40 hrs os primeiros blindados M-113 retornavam ao batalhão após desembarcar suas tropas. Nosso editor e os amigos Luis e Gabriel do Portal Terra notaram uma cena muito suspeita, dezenas de motos enfileiradas em um ponto da entrada da comunidade e uma pick-up de luxo, cena que contrastava com a simplicidade dos demais carros estacionados no acesso. Suspeita que mais tarde foi confirmada com a apreensão da pick-up e dezenas de motos.


Equipes da Policia Federal e CORE adentraram já ao amanhecer para cumprir mandatos de busca e apreensão. No céu o “Caveirão do ar”, assim com o “Águia” efetuavam passagens rasantes dando cobertura e orientando as equipes no solo, a cada passagem o som de sua passagem lembrava as cenas de filmes de guerra, com o característico som de seus motores.

Nosso editor prosseguiu avançando para o interior da comunidade, quando por volta das 6 da manhã fogos sinalizavam a tomada completa da comunidade pelas forças de segurança. Logo as ruas desertas da Rocinha, onde só haviam equipes policiais, nosso editor e os amigos do Portal Terra, foi tomada por uma verdadeira tropa de jornalistas e fotógrafos que estavam aguardando fora da comunidade á tomada pelas forças de segurança.

Equipes do BOPE realizaram varreduras pelos becos e vielas, colheram informações com moradores a respeito da localização de possíveis esconderijos dos criminosos, armas e entorpecentes.

Policiais do BOPE vasculham a Rocinha - By GeoPolítica Brasil

Uma cena ficou marcada na memória de nosso editor, onde em uma das principais vias da comunidade uma pomba branca repousava sobre um dos blindados, uma cena emblemática que descrevia bem a nova situação daquela que era uma das mais perigosas “favelas” do Rio de Janeiro. Infelizmente a mesma voou antes que o mesmo pudesse fotografar a bela cena, mas não escapou de nossas lentes ao pousar no emaranhando de fios.

A Pomba da Paz pousou na Rocinha - By GeoPolítica Brasil

Um morador relatou que esta sendo maravilhoso ver o estado devolvendo a lei e a ordem á comunidade, o morador relatou que mora na Rocinha há trinta anos, cria suas duas filhas (13 e 8 anos) em meio ao terror do tráfico, relatou que todos os dias eram carros,motos e pessoas armadas no meio da rua muitas vezes impedindo a passagem, era um inferno segundo o morador, eles colocavam o terror,era apontando fuzil na direção de moradores, ao reclamar eles o chamavam de coroa abusado. Ele relatou que estava muito feliz e vai buscar sua família que fugiu para Campo Grande com medo do confronto entre os criminosos e as forças de segurança. Encerrando ele brincou dizendo: “Maravilhoso, agora viraram tudo menina, correram pra baixo da cama, só são homens na hora de falar com a gente, virou agora tudo menina”. Riu.

Nosso editor então retornou ao 23º BPM para coletar dados referentes ás outras frentes da operação e acessar aos números relativos ás apreensões.


Clanf retorna após atividades no Vidigal

O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro disse: “O grande trunfo dos cariocas é a libertação do julgo do fuzil. Devolveremos a dignidade e o território a quem não tinha. O que começou hoje não tem data para ser acabado, e fizemos isso sem efetuar nenhum disparo nem derramar uma gota de sangue”. Beltrame informou que o planejamento de 40 UPPs está mantido. E ressaltou que não descarta que a casa do traficante Nem, localizada na ação, seja usada. Ele afirmou que o mérito da ação é da força de paz.

“Quem suou sangue, deve ter seu momento de glória. Essa vitória não é da secretaria, mas do grupo que trabalhou nas operações. Foi uma ação combinada com instituições às quais serei eternamente grato”, disse Beltrame

Também estiveram no centro de comando das operações a Chefe de Policia Civil, Delegada Martha Rocha acompanhou de perto o desenrolar das operações. O Governador Sérgio Cabral esteve reunido com a cúpula de segurança pública, além de cumprimentar os guerreiros envolvidos nessa operação.

Entre os números da operação, até nossa saída contabilizava-se:

1 Toyota Hilux, 75 motos, 113Kg de Maconha,13 fuzis,1 metralhadora, muita munição e pasta base de cocaína, uma central de TV a cabo clandestina, máquinas caça níqueis e 5 criminosos.


Nosso editor mais uma vez no front


O GeoPolítica Brasil mais uma vez esteve no front para trazer a você leitor uma cobertura exclusiva, uma visão de quem realmente esteve dentro do teatro de operações e trazer informações e fotos exclusivas.

Nota do editor: Eu quero aproveitar e render as justas homenagens aos policiais e militares envolvidos nesta importante operação para tomar das mãos do tráfico essa enorme comunidade que por décadas sofreu a opressão destes criminosos e a omissão do poder público, mas que agora é libertada e tem a chance de viver como todo cidadão, usufruindo de todos os direitos legais que são atribuídos ao estado.

Angelo D. Nicolaci
Editor/Fundador
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