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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Venezuela envia 3 mil soldados à fronteira colombiana

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O ministro da Defesa da Venezuela, o general Henry Rangel, disse que o governo enviou três mil soldados para aumentar a vigilância na fronteira com a Colômbia, após a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) terem feito um ataque mortífero contra uma patrulha de soldados do exército colombiano a partir de território da Venezuela.

A agência estatal de notícias da Venezuela citou Rangel, o qual disse que os soldados foram enviados no começo desta semana. Oficiais colombianos dizem que as Farc atacaram na segunda-feira a patrulha, que estava próxima à fronteira, matando 12 soldados e ferindo quatro. Após o ataque, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que havia enviado mais soldados para a conturbada região de fronteira. Chávez disse que não permitirá que nenhum grupo armado use a Venezuela como refúgio.

Fonte: Estadão
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Em Caracas, Chávez e Santos evitam falar de acordo de bases militares

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No segundo encontro desde que reataram relações diplomáticas, os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, evitaram debater sobre o pivô da crise entre os vizinhos, o acordo militar firmado entre Bogotá e Washington que permitirá a tropas norte-americanas o uso de sete bases militares em território colombiano.

O acordo, que levou à ruptura de relações entre os vizinhos, "não foi mencionado" afirmou à BBC Brasil o ministro de Defesa venezuelano, Carlos Mata Figueroa.

O ministro de Defesa da Colômbia, Rodrigo Rivera, por sua vez, indicou que seu governo não trataria deste tema na Venezuela ao dizer que se trata de um assunto "delicado" para ser tratado no momento em que Chávez e Santos tentam uma reaproximação.

Rivera, desmentiu que o governo colombiano tivesse a intenção de abandonar o acordo e de não submetê-lo à aprovação do Congresso, como afirmou a vice-presidente do Senado colombiano, Alexandra Moreno, na semana passada. A notícia de que Santos supostamente teria desistido do convênio com Washington chegou a ser comemorada pelo presidente venezuelano.

"Isso foi desmentido", disse Rivera. "Vamos esperar o parecer final da Corte Constitucional para tomar uma decisão", acrescentou.

O acordo militar, firmado no final do ano passado entre o governo do então presidente Álvaro Uribe e os Estados Unidos, foi suspenso depois que algumas de suas cláusulas foram consideradas inconstitucionais pela Corte Constitucional da Colômbia.

Com esta medida, Santos --que foi o principal negociador do acordo quando estava à frente do ministro de Defesa-- terá de submeter o acordo à aprovação do Parlamento para que ele possa entre em vigor.

LUA-DE-MEL

Enquanto aguarda um relatório da Corte Constitucional, Santos ganha tempo e estende sua "lua-de-mel" com Chávez.

O encontro de terça-feira em Caracas foi marcado pelo bom humor de ambos mandatários e pela assinatura de quatro acordos de cooperação nas áreas de segurança, infraestrutura, comércio e desenvolvimento social.

Sobre o controle fronteiriço e a eventual penetração das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em território venezuelano, um dos pivôs da crise, o ministro de Defesa da Venezuela disse que ambos governos agora "riem" sobre o assunto.

Mata Figueroa, no entanto, admitiu haver "rastros" da guerrilha na Venezuela. "Haviam coordenadas (sobre a presença das Farc) que eram verdade, outras que eram mentira", disse à BBC Brasil. "Encontramos rastros da guerrilha, casas abandonadas", acrescentou.

"Demos um passo muito importante, das declarações políticas, passamos a fatos concretos", afirmou Santos, no palácio de Miraflores, sede do governo.

Para a Colômbia, a retomada das relações comerciais com a Venezuela, que foi seu segundo principal parceiro econômico, é fundamental para superar a crise.

De acordo com o Banco Central da Colômbia, o país deve fechar o ano de 2010 com uma queda de 80% nas exportações para a Venezuela em relação a 2008, quando o país teve um superávit US$ 6 bilhões no comércio com o país.

Em 2009, a queda já foi significativa e o comércio binacional ficou em US$ 3,5 milhões.
Para este ano, a previsão do Banco Central colombiano é de que o comércio com Caracas não ultrapasse US$ 1,2 bilhão. Até o mês de agosto, o intercâmbio comercial entre os dois países não superou os US$ 800 milhões, de acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE).

Chávez disse que apesar das diferenças políticas entre ambos, Caracas e Bogotá trabalharão para manter a cooperação e integração política e econômica. "Isso é farinha de outro saco", afirmo o presidente venezuelano sobre o antagonismo entre os projetos de governo.

Chávez, que costumava discutir com o ex-presidente Uribe por meio da imprensa, pediu que os governos derrubem "de uma vez a diplomacia de microfones".

Antes de chegar ao Palácio de Miraflores, Santos e Chávez visitaram o mausoléu do líder independentista Símon Bolívar. No caminho para a sede do governo, Chávez dirigiu o carro, acompanhado do colega colombiano.

Essa quebra do protocolo foi a deixa para Santos arriscar uma brincadeira com o colega venezuelano: "Chávez vinha dirigindo, eu tinha certo temor, porque diziam que ele sabe acelerar, mas não sabe frear".

Fonte: BBC Brasil
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Venezuela anuncia que destacará 15 mil militares na fronteira com a Colômbia

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A Venezuela anunciou que destacará mais 15 mil militares ao longo da fronteira com a Colômbia para reforçar a luta contra delitos como o narcotráfico, o sequestro e a extorsão.

O chamado "Plano Escudo" foi anunciado pelo chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), Henry Rangel Silva, que não detalhou quando será ativado.

Segundo dados oficiais venezuelanos, na fronteira terrestre com a Colômbia, de 2.219 quilômetros, se mantêm de forma permanente cerca de 20 mil militares em trabalhos de segurança.

"Com o 'Plano Escudo' será reforçada a patrulha constante de todas as bases de segurança fronteiriças, a fim de controlar a violência, combater de forma eficiente os grupos que se dedicam ao narcotráfico, sequestro, extorsão e outros delitos", disse Rangel Silva.

O novo plano de segurança foi anunciado no mesmo dia da visita a Caracas do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que se reuniu com seu colega venezuelano, Hugo Chávez.

Os dois governantes ratificaram a vontade de restabelecer as relações bilaterais com assinatura de uma série de acordos nas áreas econômica e energética.

Fonte: EFE
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sábado, 7 de agosto de 2010

Crise entre Bogotá e Caracas ofusca acordos entre Brasil e Venezuela

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A crise entre Colômbia e Venezuela deixou em segundo plano hoje a assinatura de 27 acordos de cooperação entre os Governos brasileiro e venezuelano durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Caracas.

Lula e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, cumpriram pela décima vez o compromisso de se reunir trimestralmente para rever as relações bilaterais. Nesta ocasião, o interesse pelo encontro recaiu no possível papel mediador de Lula na crise entre Bogotá e Caracas.

No final da reunião, Chávez disse que Lula "leva uma missão" para Bogotá, para onde vai ainda hoje para comparecer à posse de Juan Manuel Santos, neste sábado, na Presidência da Colômbia.

"Lula leva uma missão da qual falamos bastante com o secretário da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Néstor Kirchner, mas disso não falaremos hoje. Falaremos amanhã e depois de amanhã. Estamos muito otimistas", afirmou Chávez.

Embora o governante venezuelano não tenha sido explícito quanto ao conteúdo da "missão", a expectativa é de que Lula e Kirchner atuem como mediadores entre Caracas e Bogotá diante do novo Governo colombiano.

Kirchner e Lula comparecerão amanhã à posse de Juan Manuel Santos como presidente da Colômbia. A Venezuela será representada na cerimônia por seu ministro das Relações Exteriores, Nicolás Maduro.

Kirchner participou hoje com Lula e Chávez de uma reunião da Mesa Presidencial Estratégica e Secretaria-Geral da Cúpula de Países da América do Sul e África (ASA).

Segundo o secretário-geral da Unasul, a crise entre Colômbia e Venezuela também foi abordada no encontro porque sua função no cargo é "é contribuir para o reencontro de duas nações irmãs".

Kirchner ressaltou, no entanto, que é preciso tomar "o tempo necessário para que estas coisas comecem a desaparecer da vida latino-americana e possamos retomar a convivência de dois grandes povos como Colômbia e Venezuela".

Na reunião da ASA, Chávez já tinha pedido a Lula, sem relação com a "missão" posterior, para que cumprimente Juan Manuel Santos em seu nome.

"Te peço que leve uma saudação ao novo presidente da Colômbia", disse Chávez a Lula.

Apesar da aparente aproximação ao futuro Governo do país vizinho, Chávez disse que "entre nós há aqueles que atrapalham", em alusão ao presidente colombiano, Álvaro Uribe, que deixa o cargo amanhã.

A Venezuela rompeu relações com o Governo Uribe em 22 de julho depois das denúncias de Bogotá na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a suposta presença de guerrilheiros colombianos em território venezuelano.

Ao comentar as relações entre Brasil e Venezuela, Lula disse que nos oito anos que ocupou a Presidência foi feito mais "que nos cinco séculos anteriores".

Os 27 acordos assinados hoje abrangem áreas como a agrícola, finanças públicas, projetos sociais, relações fronteiriças e tecnologia.

Os dois presidentes destacaram a iniciativa para estabelecer um polo de desenvolvimento que vincule o sul da Venezuela com o estado de Roraima, levando em conta que são áreas contíguas.

Também houve acordos para criar empresas de processamento de alimentos e foi dado o primeiro passo para instalar um sistema de acesso ao crédito similar ao Bolsa Família.

Ao falar do potencial das relações com a Venezuela e com a América do Sul de forma geral, Lula disse que a gestão dos políticos seria mais bem-sucedida se fossem capazes de ver o óbvio.

Segundo o presidente brasileiro, durante décadas, a América do Sul voltou seus olhos para o norte e que só recentemente percebeu que o óbvio é que seu futuro está em sua própria realidade.

Nessa linha, Lula disse que os acordos assinados com a Venezuela são "mais um pedacinho" desse vínculo que une todas as nações sul-americanas.

Chávez lembrou que esta será, possivelmente, a última visita de Lula a Caracas como presidente e se despediu do presidente brasileiro com um abraço.

"É possível que seja tua última visita como presidente à Venezuela. Quanto te devemos, Lula! Obrigado de coração", disse Chávez.

Fonte: EFE
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Novo presidente colombiano toma posse ante enorme representação internacional

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Juan Manuel Santos se transformará amanhã em presidente da Colômbia diante de uma grande representação internacional que inclui o líder do Equador, Rafael Correa, e o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, cujos Governos romperam relações diplomáticas com Bogotá durante a gestão de Álvaro Uribe.

Os chefes de Estado e de Governo estrangeiros começaram a chegar hoje à capital colombiana para a cerimônia deste sábado e foram recebidos em sua maioria na base aérea de Catam com honras militares.

Enquanto isso, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmava de Caracas que o chanceler Nicolás Maduro representará o país na posse do novo governante colombiano.

A Venezuela rompeu relações com a Colômbia em 22 de julho após as acusações do Governo Álvaro Uribe de que haveria guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) em território venezuelano.

Por sua vez, o Governo Correa rompeu as relações diplomáticas em março de 2008, após um bombardeio colombiano a um acampamento das Farc em território equatoriano, no qual morreram 26 pessoas, entre elas o líder guerrilheiro Raúl Reyes, quatro mexicanos e um cidadão do Equador.

Por esse motivo, a presença de Correa e de Maduro na posse de Santos são consideradas cruciais para o restabelecimento das relações com os dois países vizinhos, e se interpreta como o início de uma nova era na diplomacia colombiana.

Assim, a reunião bilateral prevista para amanhã entre Santos e Correa gerou uma grande expectativa e também que se espera realizem Maduro e a designada chanceler do novo Governo colombiano, María Ángela Holguín.

Enquanto isso, já chegaram a Bogotá todos os presidentes centro-americanos, com exceção do nicaraguense Daniel Ortega, cujo Governo não enviará representação à posse de Santos.

O salvadorenho Mauricio Funes ofereceu, em sua chegada, os "bons ofícios" de seu Governo para facilitar uma aproximação entre Colômbia e Venezuela, ao fazer "votos" para que essa crise se resolva em breve.

Por sua vez, o guatemalteco Colom felicitou os colombianos pela "festa democrática" que representa esta mudança de Governo.

"É um gosto pisar terra colombiana", comentou a presidente costarriquenha, Laura Chinchila, enquanto o presidente hondurenho, Porfirio Lobo, expressou admiração para Uribe pelas conquistas de seus oito anos de Governo, especialmente em matéria de segurança.

"Esperamos que a Colômbia continue pelo mesmo caminho de paz e prosperidade", ressaltou Lobo, quem coincidiu com o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández.

Em sua chegada, o uruguaio José Mujica enviou "uma saudação ao povo da Colômbia e aos latino-americanos" e o primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, agradeceu a ajuda que recebeu após o devastador terremoto que atingiu seu país no início deste ano.

Para hoje também está prevista a chegada dos presidente do Brasil; Luiz Inácio Lula da Silva; do Peru, Alan García; do Chile, Sebastián Piñera; do Panamá, Ricardo Martinelli; do México, Felipe Calderón; e da Argentina, Cristina Fernández, bem como do primeiro-ministro da Jamaica, Orette-Bruce Golding.

Os últimos a chegar serão o Príncipe Felipe de Bourbon, herdeiro da Coroa espanhola, e o presidente Correa, do Equador, que o farão no sábado.

As grandes ausências serão, além de Ortega, o boliviano Evo Morales; o paraguaio Fernando Lugo, quem hoje passou por cirurgia e enviou seu vice-presidente; e o cubano Raúl Castro, todos eles do ala esquerdista latino-americana.

Durante seu último dia antes de assumir a Presidência, Juan Manuel Santos aproveitou para se reunir com o líder Álvaro Uribe e seus ministros designados para o novo Governo, com os quais coordenou os últimos aspectos da transferência de poder.

"Acho que é uma demonstração de maturidade política do país; uma demonstração que as transições podem ser transições fáceis, produtivas", disse Santos ao termino do encontro.

Quase 40 mil agentes da Polícia, do Exército e de outros órgãos de segurança do Estado velam desde hoje pela segurança em Bogotá, onde se alojarão durante o fim de semana 80 delegações internacionais convidadas à posse de Santos como presidente.

Fonte: EFE
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Guerra com a Venezuela é "impensável", diz militar colombiano

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Uma guerra da Colômbia contra a Venezuela é "impensável," porque os dois países são parte da mesma pátria, disse o comandante do Exército Nacional colombiano, general Oscar González, nesta sexta-feira, dia em que deixa o cargo.

A Venezuela recentemente rompeu relações com a Colômbia e mobilizou tropas na fronteira por causa das acusações de Bogotá de que o presidente Hugo Chávez estaria sendo conivente com a presença de guerrilheiros colombianos em seu território.

Chávez frequentemente acusa a Colômbia e os EUA de estarem tramando ataques ao seu país, algo que Bogotá e Washington negam. Desde o ano passado, o governo venezuelano já havia limitado as relações diplomáticas e comerciais com o país vizinho por causa de um acordo que ampliou a presença militar norte-americana na Colômbia.

Apesar da tensão, González declarou que uma guerra seria "totalmente impensável porque é a mesma pátria." Os dois países compartilham idioma e história, além de uma fronteira de mais de 2.200 quilômetros.

O general está deixando o comando do Exército por causa da mudança de governo na Colômbia. No sábado, Álvaro Uribe deixará a presidência, que exerceu por oito anos, e será substituído por seu aliado Juan Manuel Santos.

O novo presidente, embora tenha se declarado "como água e óleo" em relação a Chávez, diz que está disposto a buscar uma reaproximação com o país vizinho, sob a premissa de respeito mútuo e não-intromissão em assuntos internos.

Chávez, principal voz antiamericana na atualidade na América do Sul, também se mostra disposto a uma reaproximação com Bogotá após a saída de Uribe, embora tenha feito duras críticas a Santos durante sua campanha eleitoral.

Fonte: Reuters
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