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domingo, 2 de agosto de 2020

J-20 'Mighty Dragon', uma mera cópia do F-35, ou potencial oponente?

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Uma variante modificada do J-20 começou a ser produzida em série recentemente pela China, sendo a primeira aeronave de 5ª geração do gigante asiático, o mesmo deverá passar por muitos refinamentos até 2035, quando se completa o ciclo de desenvolvimento da aeronave, segundo informado.

Há muitas controvérsias em relação a nova aeronave chinesa, a qual vem sendo desenvolvida em curto espaço de tempo, utilizando informações e dados oriundos dos programas norte americanos, fruto de espionagem industrial e obtidas através de meios não convencionais e ilegais. O que leva o caça a ser encarado como uma "cópia" tecnológica, sendo apontado por alguns especialistas como uma cópia inferior das aeronaves norte americanas. Porém, temos que considerar que a tecnologia representa um enorme avanço em relação ao que há hoje no mercado, sendo capaz de superar os modernos vetores de 4ªG ++.

Comparado ao projeto do russo Su-57, a aeronave chinesa demonstra mais características stealth que a solução russa, o que em si, demonstra uma capacidade técnica que supera o desenvolvimento russo, mas, temos de ser cuidadosos em adotar qualquer afirmativa, uma vez que muito pouco sobre a aeronave foi disponibilizado até o momento.


Diferente das gerações anteriores de caças, onde a capacidade de manobra costumava ser um dos fatores decisivos na arena ar-ar, esse conceito tem sido demolido desde os meados dos anos 90, com o constante desenvolvimento e amadurecimento dos novos mísseis BVR e o alcance cada vez maior dos radares embarcados, permitindo obter uma solução de tiro muito antes até do oponente se dar conta que esta sendo "travado". somando as novas capacidades de EW, os caças de nova geração (5ªG) exigem não apenas um maior alcance de identificação de ameaças e solução de tiro, mas uma maior discrição e menor emissão, reduzindo as chances adversárias de identificá-lo e obter uma solução de tiro. As modernas aeronaves como o J-20 e o ocidental F-35, prometem resistência maior alcance, capacidade furtiva, maior carga de armas ar-ar e ar-superfície e fornecer ao piloto uma melhor fusão de dados, possibilitando a este uma visão situacional mais ampla e atualizada, de fácil acesso e com sistema seguro de comunicações e interface via link com os meios envolvidos no pacote.

Alguns especialistas concordam que as capacidades declaradas sobre o J-20 se assemelham com as descritas pelo F-35, incluindo a capacidade de integração e fusão de dados para o piloto.

O suposto sistema integrado ao J-20, possibilita a aeronave formar uma rede, desenhar imagens situacionais integradas em tempo real, criar várias rotas de ataque e transmitir informações da missão em tempo real.

As  capacidades creditadas ao J-20 mostram que a semelhança com o F-35, vai além do seu design, o que corroborá com as denuncias de furto de informações do programa norte americano pelos chineses. No entanto, não apenas o J-20 se apresenta como um fruto deste avanço da "engenharia" chinesa, ao observarmos as fotos do J-31, outro projeto stealth em desenvolvimento pelos chineses, identificamos ainda mais semelhanças entre o F-35 e o caça multifuncional chinês.

Apesar dos inúmeros avanços incorporados pelo ambicioso projeto chinês, o mesmo apresenta como "calcanhar de Áquiles" a ausência de motores modernos, sendo o mesmo fator limitante do projeto russo. Mas, a ausência de um motor mais eficiente não representa um ponto crítico para o caça, superando as capacidades apresentadas pelos caças da geração anterior.

Uma característica distinta do J-20 inclui o uso de inteligência artificial, que representa um importante ganho, sendo um ativo essencial para auxiliar o piloto a processar as informações coletadas e a tomar decisões no complexo campo de batalha. 

Ainda carecemos de muitas informações, muitas das quais dificilmente serão reveladas, porém, tendo em vista o empenho chinês nas últimas décadas e a clara percepção do desenvolvimento a partir dos bem sucedidos estudos norte americanos neste revolucionário campo, estamos certos de que o 'Mighty Dragon' será um formidável oponente na arena de combate aéreo deste novo século, primeiro por suas claras características stealth, segundo pela capacidade de fusão de dados e terceiro pelo sólido investimento no desenvolvimento de novas tecnologias e armamentos pela China, a qual busca claramente desenvolver a capacidade de enfrentamento com os mais modernos meios do ocidente.


por Angelo Nicolaci

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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Segundo NAe chinês, "Shandong", mantém provas de mar diante de pandemia

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O primeiro navio aeródromo construído na China, o Shandong, segundo navio aeródromo chinês, esta realizando provas de mar, segundo informou o Ministério da Defesa daquela nação, o qual tem realizado testes de seus sistemas e equipamentos, além de aprimorar o treinamento e qualificação da tripulação. 

Apesar da pandemia do COVID-19, que impactou severamente diversas marinhas ao redor do mundo, não afetou o cronograma de provas de mar do novo NAe, o qual segue à risca sua programação.

Comissionado no ano passado (2019) pelo presidente chinês, Xi Jinping, o Shandong representa a ascensão do país asiático como potência naval regional, demonstrando uma clara expansão nas capacidades de superfície e aeronaval chinesas, o que alimenta ainda mais as tensões com os EUA e outros países na região, sendo um novo elemento no jogo de interesses e poder.

Shandong, é o segundo porta-aviões (NAe) chinês a entrar em serviço, somando-se ao Liaoning, primeiro navio do tipo que foi fruto de uma manobra chinesa, que comprou o casco inacabado do "Varyag", um NAe que teve sua construção abandonada após o colapso da URSS, e foi vendido pela Ucrânia para um grupo chinês que havia informado que o mesmo seria transformado em hotel e cassino, porém, o navio após chegar a China foi totalmente remodelado e completado, se tornando o primeiro NAe da China.

Ambos NAe's são baseados no design soviético, o qual não conta com sistema CATOBAR, e sim emprega o conceito Sky-Jump. A propulsão de ambos navios é do tipo convencional.

A China tem buscado superar a hegemonia dos EUA no mar, para isso tem investido pesado na ampliação de sua força naval, impondo um ritmo de construção naval surpreendente, conseguindo lançar em curto espaço de tempo vários meios de diversas classes, e já possui a maior marinha do mundo em número de navios.


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sábado, 18 de janeiro de 2020

Nova Guerra-Fria? Congresso Norte Americano quer novas formas de dissuadir a China

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Dias após a marinha da China encomendar seu maior e mais avançado navio de guerra de superfície até o momento, em um caminho para cerca de 420 navios até 2035, especialistas disseram ao Congresso que os EUA devem formar uma estratégia nova e criativa para deter a China, além das armas nucleares.
Dirigindo-se ao Comitê de Serviços Armados da Câmara na quarta-feira (15), o ex-subsecretário de Defesa para políticas Michele Flournoy, o ex-diretor de célula de aquisição rápida conjunta, Andrew Hunter, e o contra-almirante aposentado Michael McDevitt, alertaram que a China está a caminho de superar a América tecnologicamente e no mar.
As três testemunhas ofereceram uma série de recomendações concretas para preservar uma garantia de segurança credível da América para seus aliados no Pacífico.
"O principal objetivo militar dos Estados Unidos hoje deve ser restabelecer a dissuasão credível", disse Flournoy, que agora lidera os consultores da WestExec. “Militarmente, o ressurgimento de uma grande competição pelo poder exige que os Estados Unidos reimaginem como detemos e, se necessário, lutamos e prevalecemos em um futuro conflito com a China. A vantagem militar dos Estados Unidos está diminuindo rapidamente à luz dos esforços de modernização da China. ”
As declarações ocorreram um dia após o alto oficial da Marinha dos EUA ter dito ao simpósio anual da Surface Navy Association que seu serviço precisa de uma parcela maior do orçamento militar para acompanhar a Marinha da China, em rápido crescimento. Mas, na audiência, o presidente do HASC, Adam Smith, indicou que deseja soluções que não alimentem uma corrida armamentista ou drenem indevidamente os cofres dos Estados Unidos.
"Acho que é um erro olhar para um problema e dizer: 'Não podemos restringir recursos, temos que resolver o problema da maneira que pudermos'", disse Smith, D-Wash.
Alvos numéricos como o objetivo de 355 navios da Marinha estavam desatualizados, argumentou Flournoy, sugerindo que um objetivo melhor seria a capacidade de manter a frota chinesa em risco por 72 horas. Isso poderia envolver os mísseis anti-navio de longo alcance da Marinha em bombardeiros B-2 "Spirit" da Força Aérea no curto prazo. A longo prazo, isso poderia incluir forças terrestres americanas em campo, artilharia de longo alcance distribuída ou mísseis hipersônicos no Pacífico, mas fora do alcance chinês.
"Não estou sugerindo que afundemos a frota chinesa em um dia. O que estou sugerindo é que, se pudéssemos dizer a eles: 'Se você praticar esse ato de agressão, está colocando em risco toda a sua frota imediatamente; você entende?" Disse Flournoy, "Isso pode ser muito bom para dissuasão".
Em uma troca posterior com Flournoy, o co-presidente da Future of Defense Task Force, Seth Moulton, questionou o efeito dissuasor do grande e caro arsenal nuclear dos Estados Unidos. Flournoy reconheceu o valor estratégico das armas nucleares, mas disse que seu custo pode minar os dólares a partir de desenvolvimentos tecnológicos, acrescentando que a ênfase deve estar em acordos de controle de armas, dissuasão convencional e novos conceitos .
“Nós não entramos na liderança chinesa e em seus cálculos com um profundo entendimento para saber como realmente efetuam seus cálculos de custos no curto prazo e no longo prazo, comparando com o que estamos investindo”, disse.
Em outubro, o Partido Comunista da China marcou 70 anos no poder com uma parada militar que exibiu mísseis nucleares projetados para driblar as defesas dos EUA e exibiu um drone de ataque supersônico, entre outros produtos que marcam duas décadas de desenvolvimento de armas. A exibição destacou os objetivos estratégicos do país de deslocar os Estados Unidos como o poder dominante da região da Ásia-Pacífico e impor reivindicações potencialmente voláteis a Taiwan, o Mar do Sul da China e outros territórios disputados.

E o novo navio da China?

No domingo (12), a Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês encomendou seu maior e mais avançado navio de guerra de superfície até agora, seu primeiro destróier Tipo 055 deslocando 10.000 toneladas, de acordo com o The Japan TimesEspera-se que o navio faça parte da escolta dos novos porta-aviões em grupos de batalha e é visto um passo à frente, já que Pequim procura operar mais longe de suas costas e no oeste do Pacífico.

Embora o objetivo de construção naval da China seja secreto, provavelmente pretende ter cerca de 420 navios até 2035, de acordo com McDevitt do Centro de Análises Navais. Pequim está começando a reunir uma força expedicionária capaz que incluir fuzileiros navais, grandes navios anfíbios, Navios Aeródromos e embarcações logísticas, que poderiam ser operadas por todo o Pacífico e ao longo do litoral da África.
"A China certamente não é proeminente no Pacífico oriental, no Oceano Índico, no Mar Mediterrâneo ou no Oceano Atlântico, mas está trabalhando nisso", disse McDevitt, acrescentando que a China agora tem "a segunda maior marinha de águas azuis do mundo.”
Em vez de tentar igualar navio por navio, os EUA devem trabalhar para melhorar o problemático navio de combate costeiro, em vez de descartá-lo, disse ele.
Questionado sobre possíveis áreas de investimento para o Departamento de Defesa, McDevitt sugeriu que Washington incentive os aliados da região a desenvolver, como a Austrália, uma capacidade de combater as forças de negação de área da China e aumentar o número de submarinos de ataque nuclear dos EUA. implantado na região de oito a quinze, com quatro deles no Japão.
O Pentágono também deve encontrar um meio de interromper temporariamente a capacidade da China de atacar navios dos EUA, disse McDevitt - provavelmente através de interferência ou algum tipo de guerra anti-satélite.
“A China está se tornando tão dependente quanto nós do espaço, das redes cibernéticas e, portanto, sem a capacidade de vigiar o oceano aberto, eles não podem usar seus mísseis balísticos antinavio; eles não sabem onde estão seus submarinos; eles não sabem onde lançar suas aeronaves”, disse McDevitt.
Da mesma forma, a China pode invadir os sistemas americanos para impedir que os ativos militares dos EUA respondam a uma crise. Para combater isso, disse Flournoy, as Forças Armadas dos EUA devem amadurecer o seu Sistema Avançado de Gerenciamento de Batalha, que a Força Aérea espera que as informações coletadas por várias plataformas sejam transformadas em uma imagem total do campo de batalha.
"Isso exigirá avanços na integração de sensores, processamento de dados, inteligência artificial, integração de rede para todos os diferentes atores, integração de rede e computação em nuvem", disse ela.
Flournoy também destacou um forte papel potencial de sistemas não tripulados para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento, ataque e contra minagem, bem como drones submarinos de maior deslocamento.
Isso coincidiu com uma ampla conversa sobre os esforços da China para superar os Estados Unidos econômica e tecnologicamente, e como o Pentágono pode se recuperar. Os especialistas ofereceram idéias para ajudar o Departamento de Defesa a superar suas lutas para adaptar rapidamente novas tecnologias e desenvolver softwares, o que significará a criação de novas dotações orçamentárias flexíveis, a transferência de dinheiro de programas herdados para novas tecnologias e a descoberta de novas maneiras de atrair talentos tecnológicos.
Um problema é que as firmas comerciais inovadoras que obtêm recursos financeiros para o desenvolvimento do Departamento de Defesa frequentemente aguardam no "vale da morte" a decisão de produção do Departamento de Defesa. Flournoy sugeriu um fundo intermediário para essas empresas - em áreas competitivas como inteligência artificial, segurança cibernética e computação quântica - como uma maneira de conter a pressão de seus investidores para abandonar o departamento em vez de esperar.
Embora o Congresso tenha concedido ao Pentágono uma gama de autoridades flexíveis para contratações rápidas, a força de trabalho das aquisições ficou para trás em usá-las, disse Hunter, ex-diretor da Cell Rapid Acquisition Cell.
Outra área problemática tem sido a burocracia envolvida na transferência de dinheiro entre compras, pesquisa e desenvolvimento e contas de operações e manutenção; e ainda outro problema é que os funcionários de aquisições são muito tímidos quanto ao lançamento de novos programas de inicialização.
“Estou tentando pensar em uma maneira educada de dizer isso”, disse Hunter. “Ninguém sabe o que está acontecendo com novos começos: existem 15 definições diferentes do que são e as pessoas tendem a adotar a abordagem mais conservadora , o que significa que eles estão constantemente esperando e aguardando aprovação sobre as coisas que deveriam estar mudando. ”

Tradução e Adaptação : Angelo Nicolaci - GBN Defense

FONTE: DEFENSE News
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Submarinos nucleares chineses iniciam patrulhamento

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Segundo declarou o Escritório da Inteligência Naval (ONI na sigla inglesa), os primeiros submarinos nucleares chineses do projeto 094 com mísseis JL-2 a bordo irão começar as suas missões de patrulhamento em 2014.

Se isso acontecer, nós assistiremos a uma viragem na história da marinha chinesa. A forma como essas missões de patrulhamento serão organizadas terá uma influência direta na política chinesa relacionada com as disputas territoriais que têm tido lugar no Pacífico Ocidental.


O submarino nuclear do projeto 092 equipado com 12 mísseis JL-1, que entrou ao serviço da marinha chinesa em 1987, de acordo com as informações norte-americanas nunca teria saído em missões de patrulhamento. Durante todo o seu tempo de serviço o navio apenas terá saído para o mar para breves viagens de instrução.

O submarino podia ter apenas uma importância limitada em caso de conflito militar. Ele podia sair para o mar e se manter durante algum tempo nas águas do Mar de Bohai relativamente bem controladas pelas forças chinesas. O alcance dos seus mísseis permitiria atingir bases norte-americanas no Japão e povoações do Extremo Oriente soviético. Nessa altura a marinha chinesa não podia esperar obter melhores resultados.

Os novos submarinos do projeto 094 equipados com mísseis JL-2, com mais de 8000 km de alcance, podem atacar, segundo a inteligência naval dos EUA, o arquipélago do Havaí e o Alasca, assim como todas as bases militares dos EUA e dos seus aliados na Ásia permanecendo perto da sua própria costa. Os chineses não irão, provavelmente, se limitar a esses resultados e irão tentar desenvolver novas modificações dos mísseis JL-2 com um maior alcance.
O início das patrulhas regulares irá fazer pensar na futura composição da frota de submarinos nucleares chineses. Se considera que para manter um submarino em patrulha permanente, tendo em conta as necessidades de manutenção e de treinamento das tripulações, a frota deve possuir pelo menos três submarinos operacionais. Se considerarmos a necessidade de realizar grandes reparações periódicas, serão necessários pelo menos quatro submarinos. Essa é a quantidade detida pela França e pelo Reino Unido.
Manter uma intensidade tão elevada de patrulhamento com pequenas forças é possível apenas às marinhas com uma enorme experiência e tecnologias desenvolvidas. A China irá precisar provavelmente de 5 submarinos 094. Neste momento estão prontos 3 desses submarinos.
Uma outra questão importante é a tática dos submarinos. Os submarinos chineses continuam a ser inferiores aos ocidentais e aos russos quanto à sua furtividade. A marinha chinesa terá dificuldades em protegê-los dos submarinos nucleares multifuncionais dos EUA. A provável resposta a essa questão será a criação dos chamados “bastiões": áreas marítimas fortemente protegidas e defendidas em que os submarinos estejam em segurança.
A URSS possuía “bastiões” nos mares de Barents e de Okhotsk, que são regiões do oceano relativamente remotas. Ao contrário da URSS, os mares que banham a China dentro da primeira cintura insular são uma das regiões mais frequentadas pelo tráfego de comércio marítimo e pelas pescas. Nos mares da China Meridional e da China Oriental a China está envolvida em múltiplas disputas territoriais que assumem um caráter cada vez mais explosivo.
A criação de uma componente naval operacional permanente das forças nucleares estratégicas chinesas pode tornar muito mais perigosas essas disputas territoriais e os potenciais conflitos locais a elas associados. Já neste momento muitas das ações da China no Mar da China Meridional são ditadas pela necessidade de garantir a segurança dos submarinos nucleares chineses que têm a sua base na ilha de Hainan.
Se o Mar da China Meridional se tornar na zona de patrulhamento dos submarinos nucleares chineses, e nessa região tiver início um conflito local com uma intervenção militar norte-americana, o risco de uma interpretação errada das ações do adversário será muito elevado.
O comando chinês terá dificuldades, em determinadas circunstâncias, em distinguir as ações dos EUA que se destinam a vencer um conflito local das tentativas para furar o bastião e destruir os submarinos nucleares chineses. Isso poderá ser visto como o início de um ataque preventivo incapacitante. É evidente que se a competição militar sino-americana evoluir num espírito de confrontação, nós iremos assistir no mar a situações muito perigosas.
Fonte Voz da Russia
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domingo, 1 de dezembro de 2013

China dá segunda vida aos supercanhões

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A revista Jane's Defense Weekly relatou a existência de uma série de fotos de satélite com imagens de um campo de tiro localizado perto da cidade chinesa de Baotou, nas quais se veem dois objetos que aparentam ser gigantes peças de artilharia com canos de 24 e 33 metros de comprimento. Segundo a publicação, essas bocas de fogo se assemelham a um canhão gigante que se pretendia construir no âmbito do Projeto Babilônia, desenvolvido em seu tempo pelo Iraque, mas não realizado.
 
O chefe do Babilônia, o renomado engenheiro militar norte-americano Gerald Bull, desenvolvia meios econômicos de lançamento e colocação de cargas em órbita. Ainda em 1962, Bull, utilizando um tubo modificado do antigo canhão naval de 406 mm, conseguiu lançar um projétil Martlet, de 150 kg, a uma altura de 66 km. Durante algum tempo, esses projéteis foram usados de forma ativa para sondagem de camadas altas da atmosfera. Posteriormente, o Martlet foi aperfeiçoado tornando-se capaz de subir a 249 km. Mas em 1967 o financiamento do projeto foi cortado.
 
Privado do apoio financeiro por parte do Estado, Bull intentou angariar os recursos necessários para continuar seus projetos espaciais, prestando ajuda na modernização de tecnologias de produção de peças de artilharia aos países como China, África do Sul, Iraque e Israel. O Projeto Babilônia, que Bull estava desenvolvendo para o Iraque, visava criar um canhão gigante, de 2.100 toneladas de peso e 156 metros de comprimento, destinado a lançar satélites espaciais. Todos os projetos de Bull acabaram com o assassinato de seu autor em 1990, em Bruxelas.
 
A China tinha desenvolvido seu próprio projeto de supercanhão Xianfeng, construído na década de 1960. Mais tarde, nos anos 1990, também houve relatos de que a China prosseguia trabalhando nos projetos de supercanhões. Merece a pena destacar que, no contexto atual, semelhantes sistemas não podem ser considerados como armas operativas. Os supercanhões não possuem mobilidade necessária, são de tamanho excessivamente grande e, portanto, vulneráveis. No caso de guerra, eles seriam inevitavelmente detetados e destruídos pelo opositor.
 
Sobre sua possível utilidade na época atual pode-se conjeturar voltando à experiência da antiga União Soviética. Na charneira das décadas 1940 e 1950, a URSS havia desenvolvido e construído um número de peças gigantes que eram usadas para testar potentes bombas aéreas destinadas a destruir porta-aviões norte-americanos. O uso de tais canhões permitia reduzir de modo substancial o custo dos ensaios em comparação com o lançamento de bombas a partir de aviões. Além disso, os canhões possibilitavam condições de teste estáveis e invariáveis, em primeiro lugar no que diz respeito à velocidade de voo da bomba.
 
É perfeitamente provável que os canhões chineses sejam usados para testes. Também se pode presumir que os chineses, quando tiverem acumulado uma experiência de uso de semelhantes canhões, decidam verificar as hipóteses de Gerald Bull sobre a possibilidade de os aplicar para baixar o custo dos lançamentos de engenhos espaciais, abrindo uma nova era na conquista do espaço pela humanidade. Mas isso ainda não é senão um sonho.

Fonte: Voz da Rússia
 
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sábado, 30 de novembro de 2013

Porta-aviões chinês atraca pela primeira vez no Mar da China Meridional

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O porta-aviões chinês Liaoning atracou nesta sexta-feira pela primeira vez em uma base militar no Mar da China Meridional, onde o país asiático mantém reivindicações territoriais com países vizinhos e no meio de um aumento das tensões regionais.
Segundo a agência oficial Xinhua, o Liaoning partiu na terça-feira do porto oriental de Qingdao, cruzou ontem o estreito de Formosa e chegou hoje à base de Sanya, na província chinesa de Hainan.
 
Em sua primeira missão fora de sua base original no Mar Amarelo, o porta-aviões está acompanhado pelos contratorpedeiros Shenyang e Shijiazhuang e pelas fragatas Yantai e Weifang.
A viagem da pequena frota acontece durante o aumento das tensões regionais, depois que a China anunciou a ampliação de sua zona de defesa aérea, que passou a incluir as ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim há décadas.
Em sua viagem a Hainan, o Liaoning cruzou o Mar da China Oriental, onde ficam as ilhotas Diaoyu/Senkaku.
No Mar da China Meridional, Pequim também mantém reivindicações territoriais, neste caso pelos arquipélagos Spratly e Paracel, disputado com Vietnã, Filipinas e outras nações do sudeste asiático.
Tanto no caso das Diaoyu/Senkaku, como nas ilhas meridionais, o conflito esconde interesses econômicos, pois se acredita na existência de ricas reservas de petróleo e gás nas águas próximas dos arquipélagos.
Fonte: EFE
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aviões militares do Japão e Coreia desafiam zona defensiva chinesa

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Aviões militares japoneses e sul-coreanos sobrevoaram uma zona aérea disputada no mar do Leste da China sem informar Pequim, disseram autoridades na quinta-feira (28), desafiando uma nova zona defensiva estabelecida pela China, a qual elevou as tensões na região e gerou temores de uma confronto acidental.
 
Antes, os EUA já haviam rejeitado a exigência de que aviões comerciais e militares notificassem a China ao sobrevoar a área disputada. Na terça-feira, dois bombardeiros B-52 norte-americanos desarmados sobrevoaram essa região sem informar Pequim.
A China anunciou no fim de semana que imporia uma nova zona de vigilância aérea na área compreendida por ilhas disputadas no mar do Leste da China, chamadas de Senkaku pelo Japão e Diaoyu pela China. A decisão, além de desafiar a reivindicação japonesa pelas ilhas, foi vista como uma afronta ao domínio dos EUA na região.
Washington não se posiciona sobre a soberania das ilhas, mas reconhece o controle administrativo do Japão sobre as ilhas desabitadas, mas potencialmente ricas em recursos.
Também na quinta-feira, a China rejeitou uma solicitação sul-coreana para revogar a zona de vigilância, mas aparentemente abrandou sua exigência de que aviões comerciais notifiquem as autoridades militares sobre seus sobrevoos. As duas maiores companhias aéreas japonesas já haviam sobrevoado a área sem notificar Pequim.
 
Fonte: Reuters
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ancara provoca confrontação entre Pequim e Washington

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Pelos vistos, a Turquia terá de comprar, em termos menos vantajosos em relação aos chineses, um sistema americano de defesa antimíssil promovido à força por lobistas. Foi assim que o diretor do Centro de Pesquisas Sócio-Políticas, Vladimir Evseev, comentou a recente declaração do chanceler turco, Ahmet Davutoglu, feita em Washington. O ministro salientou, contudo, que o seu país ainda “não fez a opção definitiva quanto ao sistema de defesa antimíssil chinês, podendo rever a sua decisão a favor dos EUA”.
Em setembro de 2013 a companhia norte-americana Raytheon perdeu o concurso para a empresa chinesa de maquinaria CPMIEC. Deste modo, a China obteve o direito de fornecer à Turquia complexos de artilharia antiaérea HQ-9, ou seja, uma cópia do conhecido sistema russo S-300P. Claro que os resultados do concurso deverão ser aprovados pelo executivo turco. Esta derrota amarga veio provocar a forte pressão de Washington sobre Ancara. Os americanos lembraram que a empresa chinesa é alvo de sanções devido à colaboração com o Irã, a Coreia do Norte e a Síria. Além disso, a Casa Branca ressalvou que a criação conjunta de um sistema será incompatível com os padrões da OTAN e irá enfraquecer a força dos aliados de Ancara, podendo até abalar um dos princípios básicos da Aliança Atlântica.
Na sequência disso, o chefe da diplomacia turca anunciou que, perante uma nova proposta conveniente, Ancara irá assinar um contrato com uma companhia estadunidense ou europeia.
Ao que parece, a Turquia se viu numa situação difícil e os EUA irão fornecer-lhe seus sistemas DAM, anunciou à Voz da Rússia Vladimir Evseev:
“Muita coisa está em jogo. Se calhar, os turcos queriam, à custa dos chineses, abater o preço. Mas, tudo indica que a Turquia acabará por optar pelo sistema americano. Ao menos, devido ao fato de pertencer à OTAN. Por outro lado, terá de, para manter as aparências, se mostrar independente e, ganhar assim as melhores condições para o contrato em causa.”
A China também está prosseguindo seu jogo, tentando tirar dividendos comerciais e políticos, adianta Vladimir Evseev:
"No essencial, a China começa a lidar com os países-membros da OTAN. Pode, pela primeira vez, propor sistemas DAM, que podem ser vendidos aos países industrializados. Tal aposta é realmente séria. A China é capaz de aceitar condições de venda vantajosas para a Turquia, prometendo-lhe benefícios no pagamento gradual. Do ponto de vista econômico, os termos do contrato, propostos pela China, são mais favoráveis em comparação com os americanos. Todavia, os EUA têm mais possibilidades relacionadas com os lobistas políticos. Tomando em conta que os equipamentos militares turcos foram todos produzidos pelos EUA, Ancara não vai correr riscos para receber o sistema antimíssil chinês."
Enquanto isso, Washington não tem certeza que a forte pressão política sobre a Turquia seja suficiente para suplantar a China. As empresas Raytheon e Lockheed Martin têm travado conversações intensas nos meios industriais e junto do governo norte-americano quanto à alteração de suas propostas já feitas à Turquia. O objetivo é fazer com que essas sejam mais atraentes em termos de competitividade. Calculam-se ainda projetos de produção conjuntos. A China não logrou fazê-lo na primeira etapa. Além disso, Pequim propôs a Ancara condições vantajosas de investir os meios obtidos com contrato na economia turca. Os americanos estão tentando avançar com variantes mais aliciantes. Segundo uma fonte, a Turquia pretende obter tecnologias de lançamento de foguetes espaciais. Porém, não está claro se a administração dos EUA irá aprovar a exportação de tais tecnologias no quadro das propostas já formuladas.

Fonte: Voz da Rússia
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sábado, 23 de novembro de 2013

China anuncia sucesso em teste de drone de combate

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O Exército chinês realizou pela primeira vez com sucesso o voo de um drone de combate furtivo, uma operação que confirma os avanços da China na tecnologia militar para competir com os Estados Unidos, anunciou a imprensa oficial.
O voo aconteceu na quinta-feira na região sudoeste da China, durou 20 minutos e o aparelho pousou sem problemas, segundo as fontes oficiais.
O "Lijian" ("Espada afiada"), parecido a um drone militar americano Northrop Grumman X-47B, pode executar missões de vigilância e de ataque a distância.
No início de 2011, as autoridades chinesas revelaram o primeiro protótipo do aparelho, antes do que era esperado pelos especialistas, o que confirmou a rápida modernização do exército do país.
A China, que tem o maior exército do mundo e um arsenal nuclear, é o segundo país do mundo com mais gastos no setor de defesa, atrás apenas dos Estados Unidos.
Fonte: AFP
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domingo, 3 de novembro de 2013

DF-15C é mais uma carta forte nas mãos da China

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Em outubro a mídia oficial da China referiu pela primeira vez o aparecimento de um novo míssil balístico de curto alcance, o DF-15C. As suas primeiras fotos surgiram ainda no início de 2006. Contudo, nessa altura se falava de testes de um novo tipo de arma, mas hoje já se pode falar da sua entrada ao serviço.
O míssil DF-15C é fabricado pela Quarta Academia da corporação aeroespacial CASC de Xian. Os primeiros desses mísseis começaram a ser entregues ao exército ainda em 1989. As suas características na altura não tinham nada de notável, além de possuírem uma precisão bastante baixa. Desde então esse míssil foi modernizado diversas vezes. Assim, o míssil DF-15B atualmente ao serviço do Exército de Libertação Popular da China, assim como o DF-15C que está a ser distribuído ao exército, são de fato novos sistemas de armas diferentes dos primeiros mísseis DF-15 e DF-15A.
 
Ao contrário dos mísseis antigos, o DF-15B e o DF-15C não têm um, mas dois estágios. O DF-15B possui um alcance maior que os seus antecessores (900 km em vez dos anteriores 600 km). Ele tem uma ogiva manobrável e um sistema de pontaria de precisão. Se as versões antigas do míssil DF-15 serviam sobretudo para atingir grandes obras de infraestrutura civil ou cidades, já as suas últimas modificações podem atingir alvos militares protegidos.
 
A China considera os mísseis balísticos de alta precisão de médio e curto alcance como uma resposta assimétrica ao esperado domínio aéreo do adversário. Esses mísseis permitem realizar ataques eficazes a alvos na retaguarda do inimigo, mesmo que a luta pela supremacia aérea esteja perdida. Mas se se conjugarem certas circunstâncias favoráveis, esses próprios mísseis poderão se tornar num meio para obter uma supremacia aérea, se numa fase inicial do confronto se conseguir realizar um ataque maciço preventivo contra os aeródromos inimigos.
 
A acreditar nas publicações da mídia chinesa, o DF-15C não irá substituir, mas complementar o DF-15B. Ele tem um alcance inferior, mas a sua capacidade para destruir obras defensivas foi aumentada. Além dos centros de comando, depósitos e aquartelamentos subterrâneos, os seus alvos poderão ser os abrigos protetores para aviões que ainda são usados por muitos países.
 
É importante referir que a gama de mísseis DF-15 continua se desenvolvendo, apesar de as tropas terem começado a receber mísseis mais potentes DF-16 com um alcance superior a 1.000 quilômetros. A China, que não está sujeita às rígidas limitações relativas ao tipo e quantidade de mísseis, se está tornando num dos principais centros mundiais do seu desenvolvimento.
 
Nem a Rússia, nem os EUA, têm agora o direito de fabricar um míssil semelhante ao DF-15B devido ao acordo existente entre eles e que proíbe o fabrico de mísseis com alcance superior a 500 e inferior a 5.500 km. Por exemplo, o principal míssil balístico tático russo Iskander tem um alcance inferior a 500 km.
 
Os DF-15 constituem a principal força de ataque de um complexo de cerca de 1.800 mísseis apontados a Taiwan. Podemos supor que esse míssil já tem o seu fabrico otimizado e que terá um custo baixo.
 
O custo reduzido e a grande quantidade fabricada desse míssil põe em questão a possibilidade de ele ser contrariado com recurso a sistemas de defesa antimíssil (DAM), pois cada míssil antimíssil é muito mais caro: custa muitos milhões de dólares. Os sistemas de DAM que usam complexos Patriot PAC 3, e que estão sendo instalados numa série de países da região, podem teoricamente proteger desses ataques apenas alvos pontuais, mas já não serão capazes de se opor a um uso maciço de mísseis balísticos táticos chineses.

Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

China vai depender de motores de avião russos

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Representantes da corporação de construção aeronáutica chinesa AVIC disseram em entrevista à Jane's Defense Weekly que os aviões produzidos pela corporação vão utilizar os motores russos durante os próximos cinco ou oito anos, ou seja, até 2018 ou mesmo 2021. Anteriormente, Ma Zhiping, vice-presidente da empresa CATIC, subdivisão de exportação e importação da AVIC, havia anunciado que o caça chinês de quarta geração J-10 ainda não tinha autorização para ser exportado. No entanto, ainda em novembro de 2009 tornou-se de conhecimento público a existência de um contrato sobre o fornecimento de 36 caças J-10 ao Paquistão, no valor total de 1,4 bilhões de dólares. Essas duas notícias estreitamente vinculadas entre si significam que o futuro das exportações de aviões de combate chineses não é muito promissor.
 
A China produz três tipos principais de caças de quarta geração (de acordo com a classificação chinesa, eles são de terceira geração), nomeadamente: J-10, J-11B e FC-1. Todos os três tipos utilizam motores russos. Os J-10 usam os motores AL-31FN; os FC-1, os motores RD-93; e os J-11B e suas modificaçõs, os AL-31F. A China produz em massa os motores Taihang, que podem ser instalados no J-11 e no J-10, mas a utilização deles é limitada por causa de sua fiabilidade e vida útil insuficientes.
 
Feng Peide, acadêmico altamente respeitado na indústria de aviação chinesa, reconheceu em setembro, numa entrevista com a mídia nacional, que os oficiais da Força Aérea da China não confiam muito nos motores chineses preferindo os importados. Ainda mais difícil seria ifundir confiança nos motores chineses aos clientes estrangeiros. Praticamente todas as aeronaves chinesas, tanto militares como civis, são exportadas com os motores de fabricação estrangeira, liderando entre seus produtores a Rússia e a Ucrânia (motores para aviões) e a França (fornece os motores Turbomeca Arriel 2 para helicópteros).
 
Para poder exportar aeronaves de combate com motores estrangeiros, a China tem de receber autorização para reexportação do motor por parte do país de seu origem. Caso contrário, o fabricante vai declinar a manutenção e reparação do motor, o que é capaz de gerar problemas. Para exportar o caça FC-1, a China obteve a autorização da Rússia para a reexportação do motor RD-93 a alguns países, incluindo o Paquistão.
 
Não era nada fácil receber essa autorização. A Índia exercia fortes pressões políticas sobre a Rússia exigindo proibir os envios. Não obstante, tendo em vista a importância do programa FC-1 para a indústria chinesa e atendendo o caráter de amizade das relações russo-chinesas, a Rússia acordou conceder a autorização de reexportação. A declaração de Ma Zhiping de o caça J-10 não ter uma autorização de exportação, pode significar, então, que a Rússia não autorizou a reexportação de seus motores AL-31FN para o Paquistão.
 
E para tal podia haver suas razões. O J-10 é um avião muito mais poderoso e sofisticado do que o FC-1. As pressões por parte da Índia, portanto, poderiam ser especialmente fortes. Além disso, o negócio de exportação do J-10 não é tão importante para a China, seja política ou economicamente, como um grande contrato sobre o FC-1. A impossibilidade de vender o FC-1 ao Paquistão equivaleria ao fracasso desse projeto em geral. Apesar dos anúncios que o avião em questão pode desafiar no mercado mundial o MiG-29 russo, para além do Paquistão não apareceu ninguém que o quisesse comprar. Mesmo a Força Aérea chinesa renunciou o receber. Por outro lado, o J-10 é muito requerido e altamente apreciado pelos militares chineses, e, portanto, as linhas de sua produção estariam, de todas formas, trabalhando.

O caso de venda de caças ao Paquistão exemplifica expressamente a impossibilidade de ter êxito na exportação de aviões de combate sem controlar a produção de motores. Evidentemente, a China vai enfrentar dificuldades na exportação de suas aeronaves para os mercados, onde é alta a possibilidade de competência com a Rússia. Por isso, a República Popular da China poderá lograr os êxitos mais relevantes, falando nas exportações militares, nas áreas que não têm a ver com a aviação. Por exemplo, fornecendo ao exterior armas de mísseis e sistemas de defesa antiaérea. É precisamente nesta área que a China alcançou há pouco um grande êxito, provavelmente o mais significativo em toda a história de suas exportações bélicas, ao vencer a concorrência sobre a produção de sistemas de mísses antiaéreos pesados HQ-9, no valor total superior a 3 bilhões de dólares, para a Turquia

Fonte:  Voz da Rússia
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sábado, 26 de outubro de 2013

O fornecimento de armas russas ao Vietnã e os interesses chineses

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O processo de reequipamento das forças armadas vietnamitas, que decorre com uma participação ativa da Rússia, desperta o interesse do Ocidente e dos países vizinhos asiáticos, assim como uma preocupação crescente da China. Essa preocupação, segundo se sabe, já foi expressa ao lado russo durante contatos bilaterais. Contudo, o Vietnã apenas está a percorrer os passos necessários para que as suas forças armadas se mantenham atualizadas.
Os peritos militares chineses, porém, declararam abertamente que o rearmamento do Vietnã e a sua aquisição de submarinos diesel-elétricos modernos cria uma ameaça à segurança nacional da China.
Realmente o Vietnã se transformou num parceiro importante da Rússia em matéria de cooperação técnico-militar. Com a ajuda da Rússia ele está criando uma esquadra de submarinos composto por 6 unidades do projeto 636 (classe Kilo na designação da OTAN). O Vietnã está igualmente recebendo da Rússia caças Su-30MK2, lanchas porta-mísseis, fragatas, diversos tipos de mísseis antinavio e equipamentos antiaéreos. A Rússia ajuda o Vietnã na assistência aos armamentos anteriormente fornecidos e fornece uma ajuda importante na preparação de oficiais vietnamitas de especialidades técnicas.
Mas não se deve exagerar a importância dos êxitos vietnamitas na área da modernização da sua capacidade de defesa. Seria ingênuo esperar que o maior país do Sudeste Asiático e com uma economia em rápida ascensão fosse ficar para sempre satisfeito com arsenal que herdou dos tempos da URSS.
Isso enquanto a República Popular da China tem a entrar ao seu serviço anualmente novos submarinos nucleares e, fabrica anualmente várias dezenas de caças de quarta geração e desenvolveu o fabrico de contratorpedeiros equipados com o seu próprio sistema análogo ao Aegis norte-americano. Comparados com os ritmos da modernização militar chinesa, os êxitos vietnamitas dão uma imagem modesta. Qualquer que seja o armamento que a Rússia esteja disposta a oferecer ao Vietnã, o Vietnã simplesmente carece de recursos financeiros para formar e manter em condições operacionais umas forças aéreas e navais que possam desafiar a China. O Vietnã tenta apenas garantir as necessidades básicas para a sua defesa.
Apesar dos atritos recorrentes e às disputas territoriais, as relações entre a China e o Vietnã, as relações entre estes dois países são diferentes das relações da República Popular da China com os aliados próximos dos EUA como o Japão e as Filipinas. A China atribui uma importância estratégica ao desenvolvimento das suas relações com o Vietnã e pretende atrair esse país-chave do Sudeste Asiático para uma cooperação econômica substancial. Uma disputa territorial por resolver e a existência de fortes sentimentos nacionalistas de ambos os lados pode dar origem a crises locais, mas os governos chinês e vietnamita tentam apagar esses focos antes de as suas relações se ressentirem de forma irreversível.
Se a Rússia se recusasse a fornecer os armamentos que o Vietnã necessita, o lado vietnamita enfrentaria uma possível perda gradual da capacidade operacional das suas forças armadas e uma alteração do equilíbrio de forças na região. Um forte sentimento da sua própria insegurança obrigaria o Vietnã a recorrer à única alternativa no fornecimento de armamento moderno: os EUA e seus aliados.
Ao contrário da Rússia, os EUA associam quase sempre a cooperação técnico-militar ao cumprimento de um conjunto de exigências políticas. O processo de aproximação americano-vietnamita na área militar, que já se tem gradualmente vindo a reforçar, poderia obter um impulso repentino. O Vietnã iria receber um volume de armamentos idêntico ou mesmo maior àquele que recebe atualmente da Rússia. Nesse caso ele iria alterar o seu posicionamento de uma política de equilíbrio entre as grandes potências para uma política de aliança estreita com os EUA.

Assim, uma recusa da Rússia em fornecer armas ao Vietnã teria consequências mais negativas para a segurança da China que a continuação desses fornecimentos.

Fonte: Voz da Rússia
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Su-35 ajudará a China na luta por ilhas disputadas

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A julgar por declarações oficiais mais recentes, o contrato de venda à China de um lote de 24 caças Su-35C poderá vir a ser firmado no final do ano corrente ou nos início do próximo ano. Assim, na melhor das hipóteses, a China receberá os primeiros aviões do gênero já em 2015.
A experiência acumulada na exploração dos Su-30MKK e Su-MK2 permitirá o manejo rápido do Su-35C. Deste modo, até os anos de 2017-2018, o regimento desses aviões estará quase pronto a prestar o serviço militar eficiente.
A Aeronáutica da China é uma das maiores no mundo e a entrada em serviço de 24 novos aparelhos não terá um impacto sensível. Quais, então, serão os objetivos de sua compra? A opinião generalizada de que a aquisição se deva ao eventual acesso aos motores russos AL-41F1C (117C) não resiste a críticas. O propulsor não pode ser copiado com base em estudos da construção do modelo em causa. Mais do que isso, a Rússia fornece motores para os aviões chineses. Se a China precisar de motores para a realização de testes em voo ou a produção de uma parcela experimental dos caças J-20, poderá comprá-los sem problemas.
Uma causa mais substancial seria um desejo de conhecer melhor a construção do avião criado com base no Su-27 soviético, produzido também na China. Mas para a realização de testes será necessária uma pequena quantidade desses aviões. É óbvio que a maior parte dos caças será posto em serviço da Força Aérea e da Aviação Naval. Aqui também existem esferas de seu eventual emprego: uma pequena quantidade de aviões Su-35C pode ser empregada na solução da disputa territorial em torno da ilhas Senkaku.
Desde o mês de março de 2013, a China procura mudar a tática de ações na zona das ilhas em disputa. Se antes, para a região eram enviadas embarcações sem armas e aviões do serviço de monitoramento marítimo, hoje em dia, o patrulhamento das ilhas está sendo efetuado por navios militares e aviões de combate. Em contrapartida, os caças nipônicos F-15J vão realizando voos regulares de interceptação.

Nessa “confrontação não armada”, o Su-35C pode vir a ser um meio muito eficiente para demonstrar a seriedade das pretensões territoriais. Além disso, o novo avião tem duas vantagens: um radar potente e a elevada capacidade de manobra. A seu bordo se encontra o radar Irbis-E que permite detectar alvos aéreos à distância de 350-400 km.
Isto significa que, o Su-35C, quando se encontrar no espaço aéreo chinês, poderá controlar a situação sem ser visto. Em virtude disso, os chineses terão a possibilidade de empreender ações antes que a aviação nipônica saiba reagir de forma adequada. Claro que a observação do espaço aéreo na zona das ilhas poderia ser feita por aviões dotados de sistemas de alerta e controle ou por navios. Mas a quantidade desses aparelhos voadores é reduzida e a presença de navios perto da zona costeira é capaz de causar inquietação do adversário.

No caso de enfrentar caças nipônicos, o Su-35C levará igualmente uma vantagem séria por possuir motores com o empuxo vetorial e a elevadíssima capacidade de manobra. Os aviões chineses poderão amolar a paciência do adversário e demonstrar a sua superioridade sem ultrapassar o limite do admissível

Fonte: Voz da Rússia
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