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domingo, 13 de outubro de 2013

Pesquisas confirmam que Arafat foi envenenado com polônio-210

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O ex-líder palestino, Yassir Arafat, falecido em 2004, foi possivelmente envenenado com polônio-210, diz um relatório publicado na revista médica The Lancet.
A revista publicou uma sinopse de pesquisas efetuadas nos últimos anos na Suíça. Após analisarem as amostras recolhidas em objetos pessoas de Arafat, os pesquisadores suíços detectaram neles um elevado nível de radiação.
Com base no relatório emitido pelos investigadores suíços, o tribunal de Paris instaurou um processo tendo por objeto o suposto envenamento de Yassir Arafat e em 27 de novembro de 2012 se procedeu à exumação do corpo. Os peritos russos envolvidos nas pesquisas concluirão a investigação dos restos mortais de Arafat até final de 2013.
Fonte: Voz da Rússia
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terça-feira, 9 de abril de 2013

Embargo contra Israel?

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Quem chegou hoje ao Riocentro para entrar na LAAD se deparou com manifestantes Pró-Palestina ostentando bandeiras e faixas pedindo o embargo de armas contra Israel.
 
As principais indústrias de defesa do mundo estão reunidas entre os dias 9-12 de Abril para apresentar o que há de mais moderno no campo de defesa, onde a indústria israelense marca forte presença.
 
Hoje, delegações de vários países e chefes de Estado irão conhecer a feira, sendo esta a ocasião escolhida pelos manifestantes para chamar a atenção do mundo para o conflito na Palestina.
 
O GBN-GeoPolítica Brasil irá acompanhar de perto a repercussão desta.

Fonte: GBN- GeoPolítica Brasil
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sexta-feira, 22 de março de 2013

'Solução de dois Estados' com Israel e palestinos passa por reavaliação

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A "solução de dois Estados" para o duradouro conflito entre israelenses e palestinos é o objetivo declarado de seus líderes e de muitos políticos e diplomatas internacionais.
A ideia prevê um acordo que resulte na criação de um Estado palestino independente incluindo Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, vivendo em paz com o vizinho Israel.
 
A ONU, a Liga Árabe, a União Europeia, a Rússia e os EUA frequentemente reafirmam seu compromisso com o conceito, e o presidente americano, Barack Obama, fez o mesmo durante sua visita a Jerusalém e Ramallah nesta semana.
Mas muitos especialistas, além de cidadãos israelenses e palestinos, acreditam que a solução de dois Estados deve ser abandonada ou, ao menos, reavaliada - já que, passados 20 anos desde os Acordos de Oslo (que estabeleceram o objetivo de dois Estados), não há sinal de concretização desse projeto.
A construção de barreiras israelenses dentro e ao redor da Cisjordânia e a expansão de assentamentos judaicos em terra ocupada (sob a ótica da lei internacional) inviabilizam a criação de um Estado palestino.
Particularmente na esquerda e na extrema direita israelenses, bem como entre ativistas palestinos, crescem as conversas em torno de uma solução que envolveria apenas um Estado.
'Inviável'
Sob forte pressão dos EUA, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, fez um discurso em 2009 em que se comprometeu com "um Estado palestino desmilitarizado". Um ano depois, diálogos israelo-palestinos foram reavivados, mas rapidamente chegaram a um impasse, com o fim de um congelamento parcial dos assentamentos judaicos.
 
Recentemente, o governo de Netanyahu anunciou planos de construir milhares de novas casas nesses assentamentos, inclusive na sensível zona "E1", o que separaria Jerusalém Oriental da Cisjordânia.
Se isso se concretizar, até sob os olhos da ONU seria "um golpe quase fatal" à possibilidade de dois Estados.
Avi Shlaim, historiador britânico-israelense, é conhecido por dizer que Netanyahu "é como um homem que, enquanto negocia a divisão da pizza, continua comendo-a".
"Sempre fui um defensor da solução de dois Estados, mas chegamos a um ponto em que não é mais uma solução viável", diz ele. "Agora defendo a solução de um Estado, não como a escolha número um, mas como uma solução diante das ações de Israel."
Recentemente, mais esquerdistas israelenses e intelectuais palestinos começaram a fazer a defesa ideológica de um Estado binacional que dê cidadania e direitos iguais a todos os moradores de territórios israelenses e palestinos.
Até direitistas como o ex-presidente do Parlamento Reuven Rivlin, que pertence ao partido de Netanyahu (Likud), dizem preferir essa solução à partilha do território israelense.
Debate interno
No ano passado, o ex-premiê da Autoridade Palestina Ahmed Qurei, um dos arquitetos dos Acordos de Oslo, disse que os palestinos precisam começar seu próprio debate.
"Apesar dos aspectos negativos e de todas as diferenças, não devemos descartar a solução de um Estado", disse ele em um artigo. "Isso deve ser debatido internamente e colocado em referendo, antes de ser colocado na mesa de negociação."
Cientes de que a solução de um Estado limitaria a identidade judaica de Israel, autoridades palestinas frustradas com o impasse na negociação atual propõem abandonar a ideia de um Estado próprio.
Mas o presidente palestino, Mahmoud Abbas, diz que há o perigo de que se forme "um Estado semelhante ao (do) apartheid (África do Sul)".
O argumento é de que palestinos muçulmanos e cristãos, com sua população crescente, serão rapidamente mais numerosos que os judeus israelenses. Se Israel elevar apenas o status dos cidadãos judeus, poderia se criar um Estado segregacionista. Alguns dizem que isso já está em curso.
'Três Estados'
 
Em novembro passado, o conflito na Faixa de Gaza colocou outra ideia em ciruclação: a separação dos territórios palestinos, na "solução de três Estados".
Alguns analistas israelenses creem que, com o grupo Hamas (que não reconhece Israel) governando Gaza, esse território deveria ser estabilizado e tratado como um Estado separado da Cisjordânia, onde a Autoridade Palestina tem o controle das áreas palestinas.
O general Giora Eiland, ex-conselheiro de segurança nacional de Israel, propôs que, para isso, o país mude sua política e inicie um diálogo com o Hamas.
Mas há quem diga que o Egito - cujo presidente é membro da Irmandade Muçulmana, que tem elos ideológicos com o Hamas - deveria abrir suas fronteiras com Gaza e assumir responsabilidade pelo território.
Ao mesmo tempo, existe rejeição à ideia, defendida pela direita israelense, de que países árabes vizinhos acolham os palestinos (dando status de Estado apenas para Israel, Jordânia e Egito, que já têm tratados de paz assinados entre si).
"Os palestinos nunca vão se dissolver em outra entidade ou identidade", justifica Mahdi Abdul Hadi, da Sociedade Acadêmica Palestina de Estudos Internacionais.
Mudanças na ONU
No ano passado, as tensões israelo-palestinas aumentaram com a aprovação, na ONU, do status de Estado observador não-membro dado aos palestinos.
Isso permitiu que o termo "Estado da Palestina" seja usado em documentos da ONU e abre espaço para que a ocupação de terras palestinas por Israel possa ser questionada em cortes internacionais.
Mas, em termos objetivos, um Estado soberano palestino continua distante da realidade.
Uma pesquisa de opinião de novembro passado indica que o número de palestinos que apoiam a solução de dois Estados se mantém estável em 51%. Mas o apoio por uma solução binacional cresceu para 27%, cinco pontos percentuais a mais que no ano anterior.
Há sérias dúvidas em ambos os lados quanto a se Obama, atualmente em visita à região, seria capaz de trazer qualquer avanço ao diálogo bilateral. Além disso, os próprios líderes locais estão divididos, e as turbulências em curso no Oriente Médio só fazem aumentar a incerteza na região.
Enquanto isso, o conflito continua a crescer e não pode ser ignorado.
 
Fonte: BBC Brasil
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quinta-feira, 21 de março de 2013

EUA apoiam estado independente palestino, diz Obama

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O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão "profundamente comprometidos" com a criação de um estado palestino soberano.
Falando depois de uma reunião com o líder palestino, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, o presidente americano afirmou ainda que as atividades isralenses de expansão dos assentamentos não são "adequadas para a paz" e que a solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino é muito difícil mas ainda é possível.
 
Obama acrescentou que o secretário de Estado, John Kerry, vai dedicar tempo e energia para tentar aproximar os dois lados.
Mahmoud Abbas afirmou que teve uma reunião "boa e útil" com Obama em Ramallah.
Apesar das afirmações de Obama e Abbas depois da reunião, segundo analistas, os palestinos não têm muitas expectativas em relação à vista do presidente americano.
Em sua primeira visita oficial a Israel e aos territórios palestinos ocupados, Obama passa apenas algumas horas nos territórios palestinos antes de regressar a Israel.
Nesta quinta-feira, pouco antes de haver chegado à Cisjordânia, mísseis foram disparados a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.
Fontes israelenses acusaram o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, de ter orquestrado os ataques.
Na quarta-feira, Obama prometeu apoio a Israel.
Ele se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e os dois líderes reafimaram o compromisso com uma solução de dois Estados para o conflito na região.
Depois da reunião, em Jerusalém, Obama afirmou que um elemento central para garantir uma paz duradoura no Oriente Médio "deve ser um Estado judeu forte e seguro onde as expectativas de segurança sejam atendidas, junto com um estado palestino soberano e independente".
 
Fonte: BBC Brasil
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Obama diz que tratamento de Israel a palestinos é 'injusto' e pede paz

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O presidente dos EUA, Barack Obama, realizou nesta quinta-feira um forte discurso a respeito do processo de paz entre israelenses e palestinos, em Jerusalém.
 
Em suas declarações, Obama reafirmou apoio a Israel, mas também fez um pedido para que os israelenses se coloquem no lugar dos palestinos e lhes deem o direito a um Estado próprio e à Justiça.
 
"Não é justo que as crianças palestinas tenham de crescer sem um Estado próprio", afirmou. O presidente disse ainda que não é justo que a violência de colonos israelenses contra palestinos fique impune, que os palestinos não possam se mover ou plantar com liberdade dentro de seu território.
 
Disse ainda que nem a ocupação nem a expulsão dos palestinos são soluções para o conflito. "E a paz é necessária, eu acredito nisso", afirmou.
 
No discurso, feito diante de uma plateia de universitários, Obama afirmou também que a paz no Oriente Médio é necessária pois é o único caminho para a segurança. "Nenhum muro é alto o bastante e nenhum Domo de Ferro é forte o bastante", disse, em uma referência ao muro construído por Israel em torno dos territórios palestinos e ao sistema antimísseis israelense.
 
Tanto em Israel quanto na Cisjordânia, Obama fez pedidos para que ambos os lados retomem as negociações de paz. Em Jerusalém, ele afirmou que Israel possui "verdadeiros parceiros" nos líderes palestinos Mahmoud Abbas e Salam Fayyad, respectivamente presidente e premiê da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que controla a Cisjordânia.
 
Durante o discurso, Obama foi alvo de protestos por parte de pessoas na plateia. Ele reagiu afirmando que, assim, "se sentia em casa".
 
Mais cedo, Obama esteve em Ramallah, na Cisjordânia, onde criticou o Estado judaico por estabelecer colônias que, segundo ele, "não são construtivas" para o processo de paz e afirmou que a chamada solução de dois Estados --ou seja, um Estado israelense e um palestino convivendo lado a lado-- ainda é possível.
 
Horas antes da visita à Cisjordânia, dois foguetes vindos de Gaza --controlada não pela ANP, mas pelo movimento radical islâmico Hamas-- caíram na cidade de Siderot, no sul de Israel, sem deixar feridos. A região não será visitada por Obama desta vez, mas o americano esteve na cidade em 2008, durante a campanha eleitoral para seu primeiro mandato.
 
Em comunicado, o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, do Hamas, disse que não espera "nenhum resultado desta visita". "Não esperamos que Obama vá mudar a equação política no terreno. Não acreditamos que a política americana vá pôr fim à ocupação israelense".
 
Fonte: Folha
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quarta-feira, 20 de março de 2013

Palestinos protestam contra visita de Obama

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Ativistas palestinos montaram um acampamento em protesto nesta quarta-feira perto de onde Israel quer construir um novo assentamento na Cisjordânia ocupada, chamando a atenção para a sua luta, durante uma visita à região pelo presidente dos EUA, Barack Obama.
Mais de uma centena de manifestantes ergueram quatro grandes tendas e uma bandeira enorme palestina foi asteada, perto de Jerusalém, assim que Obama chegou nas proximidades de Tel Aviv para três dias de palestras e reuniões.
"Estamos aqui para enviar uma mensagem ao presidente Obama, a nossa luta, a nossa resistência não-violenta e pacífica continuará até que nós sejamos livres", disse o político palestino Mustafa Barghouti.
A polícia israelense entrou na tenda e ordenou que os manifestantes limpem a área, que eles chamaram de uma "zona militar fechada", mas não derrubaram o acampamento.
Obama estava em conversações com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e deve viajar para a Cisjordânia na quinta-feira para atender ao presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Ele disse que estava vindo para ouvir e não trazer uma nova iniciativa de paz, três anos após as últimas negociações diretas entre israelenses e palestinos sobre a questão da construção de assentamentos judaicos.
Os palestinos se queixam de que Obama não coloca pressão suficiente sobre Israel para parar os assentamentos e avisam que a perspectiva de criação de um Estado viável, independente está desaparecendo rapidamente.
Netanyahu anunciou em dezembro planos de construir centenas de casas para colonos em uma área sensível na periferia de Jerusalém, que é conhecida pelo seu nome administrativo E1.
Se a construção for adiante, E1 criaria um trecho ligando de bairros judeus na Cisjordânia entre Pisgat Zeev e Maale Adumim, um assentamento de cerca de 30.000 israelenses.
Os palestinos dizem que isso iria destruir as esperanças de unificar suas comunidades em toda Jerusalém Oriental, que eles querem como a capital de seu país.
Na cidade de Hebron, um caldeirão de tensão entre palestinos e colonos israelenses, dezenas de crianças palestinas em idade escolar usavam máscaras de Obama para protestar contra a visita e marcharam pelas ruas.
As forças israelenses prenderam vários dos manifestantes que estavam marchando pela Shuhada Street, centro comercial da cidade palestina até que Israel unilateralmente a fechou em 1994.
GAZA em Chamas
"Dissemos a Obama, que visitar a Palestina ocupada é uma péssima idéia. Se você quer paz para dois estados, busque a justiça para nós", disse Jamal Jafar, um ativista envolvido no protesto desta quarta-feira.
Ativistas palestinos têm repetidamente estabelecido acampamentos em áreas próximas aos assentamentos israelenses nos últimos meses em uma tentativa de jogar um holofote sobre a construção judaica sem impedimentos.
Todos os locais foram posteriormente demolidos por forças israelenses, que dizem que eles apresentam um risco de segurança e faltam licenças de construção . Um punhado de soldados israelenses se reuniram às margens do acampamento, mas não tentar desalojá-los.
Protestos um pouco mais exaltados contra a visita de Obama tem ocorrido na Faixa de Gaza, um enclave na fronteira de Israel e Egito, a partir do qual Israel retirou colonos em 2005.
Os manifestantes atearam fogo em pôsteres de Obama e bandeiras dos Estados Unidos, dizendo que a viagem do presidente não faria nenhuma diferença para as aspirações palestinas.
"Sangue palestino está em suas mãos Obama", dizia uma bandeira. Outro diz: "Obama, o Hitler do século 21".
Kayed al-Ghoul, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), disse que todas as facções palestinas concordaram que a chegada de Obama só atende aos propósitos de Israel.
"Neste momento, a visita tem como objectivo apoiar o novo governo israelense e colocar pressão sobre a liderança palestina para voltar às negociações bilaterais que provaram ser um fracasso", disse ele.

Fonte: Reuters -
Tradução: Angelo D. Nicolaci - GBN GeoPolítica Brasil 
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quarta-feira, 6 de março de 2013

Ônibus separados para palestinos geram polêmica em Israel

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A decisão do Ministério dos Transportes de Israel de instituir ônibus separados para trabalhadores palestinos da Cisjordânia que vão trabalhar dentro do território israelense gerou acusações de "apartheid e segregação" contra o governo do país.
Nesta segunda-feira, o Ministério dos Transportes inaugura novas linhas de ônibus, especiais para trabalhadores palestinos que têm permissão para trabalhar em Israel. Elas sairão de diversos pontos de checagem militares na Cisjordânia em direção a Tel Aviv.
A iniciativa é o resultado de pressões por parte de líderes de colonos israelenses que moram em assentamentos na Cisjordânia e alegaram que a viagem de israelenses e palestinos nos mesmos ônibus constitui um "risco à segurança" dos colonos.
Até hoje os trabalhadores palestinos pegavam os ônibus em pontos na estrada no norte da Cisjordânia.
Esses ônibus, destinados principalmente aos colonos israelenses que moram na região, também têm pontos dentro dos assentamentos, mas os palestinos não têm autorização para entrar nessas áreas.

Melhoria de serviço

A inauguração das novas linhas foi divulgada por intermédio de panfletos, distribuídos nos pontos da Cisjordânia, somente no idioma árabe, informou o site de notícias Ynet.
De acordo com o jornal Haaretz, a polícia se prepara para implementar a separação entre as populações e, se um palestino for identificado dentro de um ônibus "normal", os policiais lhe pedirão para descer e esperar o ônibus "especial".
Mas o Ministério israelense dos Transportes afirmou que "não há qualquer instrução para impedir os trabalhadores palestinos de viajarem nas linhas de transporte público em Israel ou na Judeia e Samária (nome bíblico para Cisjordânia)".
"As novas linhas de ônibus têm o objetivo de melhorar o serviço para os trabalhadores palestinos que entram (em Israel) pelo ponto de checagem de Eyal (perto da cidade de Qalqylia, no norte da Cisjordânia)", diz a nota do Ministério.

Louisiana

O professor de Direito da Universidade de Tel Aviv Eyal Gross afirma que a decisão de instituir ônibus separados para palestinos e colonos "lembra a segregação racial nos Estados Unidos em 1896 e aproxima Israel do apartheid (da Africa do Sul)".
Em artigo no Haaretz, o jurista afirma que "em Israel estamos voltando no tempo para 1896: palestinos são instruídos a descer dos ônibus na Cisjordânia, e o Ministério dos Transportes institui linhas de ônibus separadas para palestinos".
Em 1896, a Suprema Corte do Estados Unidos emitiu uma sentença rejeitando um recurso contra a separação entre brancos e negros nos trens do Estado da Louisiana (sul do país).
Na época, os juízes afirmaram que o argumento de que a separação forçada constitui uma ofensa à igualdade, pois coloca os negros em uma situação de inferioridade, "não se baseia em fatos, mas sim na escolha dos negros de adotarem essa interpretação".
"O episódio dos ônibus é apenas mais uma camada na anexação de fato dos territórios (ocupados) a Israel, anexação que é acompanhada pela instituição de um regime de segregação – obviamente desigual – entre judeus e palestinos", acrescentou Gross.
Na Cisjordânia já existe uma rede de estradas exclusivas para a circulação de carros com placas israelenses e nas quais veículos com placas palestinas não podem transitar.
Cerca de 380 mil colonos israelenses que moram em assentamentos na Cisjordânia estão subordinados à lei civil de Israel. Já os 2,5 milhões de palestinos dessa região estão sujeitos à lei militar que vigora no território, no qual a autoridade principal é o Exército de Israel.

Fonte: BBC Brasil
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Soldado Israelense fotografa criança palestina na mira de seu fuzil

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Essa imagem abalou o mundo, um soldado israelense fotografou uma criança palestina sob a mira de seu fuzil.
 
Diante desta imagem, gostaria de abrir aqui o espaço para que nossos leitores comentem a mesma e expressem sua posição a respeito desta imagem que simboliza tão bem a situação que enfrenta a população palestina naquele conflito. 
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terça-feira, 5 de junho de 2012

Após 45 anos de ocupação, OLP pedirá reconhecimento à Assembleia da ONU

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A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) estuda solicitar nos próximos meses à Assembleia Geral da ONU o reconhecimento de um Estado nas fronteiras de 1967, mesmo que a Palestina não se torne membro dessa organização.

"Estudamos seriamente comparecer à Assembleia Geral da ONU para pedir o reconhecimento de um Estado com base nas linhas de 1967, independentemente se somos um Estado-membro ou não", manifestou o negociador palestino e assessor próximo ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohammed Stayeh.

Em um ato com jornalistas por ocasião dos 45 anos do começo da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel ocupou Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, Stayeh declarou à Agência Efe que essa ação teria como fim "impedir Israel de seguir qualificando os territórios ocupados palestinos como terras em disputa".

Em uma alocução sob o título "O que resta da solução de dois Estados após 45 anos de ocupação?", o assessor palestino, que também é membro do Comitê Central do Fatah, disse ter dúvidas sobre a conquista de esse objetivo algum dia.

"A atual situação de status quo na qual Israel está interessada põe em risco os dois Estados e nos conduz definitivamente a uma solução de um só Estado do apartheid", disse.

Stayeh lamentou que o povo palestino esteja "perdendo gradualmente a base geográfica para poder estabelecer um Estado", e deu como exemplo o caso da aldeia de Dura al Qara, cujos habitantes acionaram o Supremo Tribunal de Israel para impedir a construção de casas em terrenos locais, no que é conhecido como o enclave judaico de Ulpana.

Essa aldeia, situada ao norte da cidade cisjordaniana de Ramala, conta com 560 hectares de terreno, das quais Israel confiscou 180, "em benefício dos colonos judeus no alto daquela colina em Bet El e Psagot", disse.

O político palestino ressaltou que, quando foram iniciadas as negociações entre israelenses e palestinos na Conferência de Madri, em outubro de 1991, 1.900 colonos israelenses residiam em Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, número que hoje é de 531 mil.

"Quarenta e cinco anos depois do começo da ocupação, Israel continua violando deliberadamente a lei internacional através de políticas que minam e ameaçam anular as perspectivas de uma solução de dois Estados", expressou Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP, em comunicado.
Fonte: EFE
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ataque israelense em Gaza fere cônsul francês e família

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local do ataque de Israel

O cônsul da França na faixa de Gaza, sua mulher e a filha de 13 anos foram feridos durante um ataque aéreo de Israel na noite de domingo, disse o porta-voz do ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Velero.

Ele afirmou a repórteres que os três foram atingidos por estilhaços no local onde moravam em Gaza, que está localizada a 200 metros de onde houve o ataque a míssil de Israel.

"A França condena as consequências do ataque", afirmou. "Embora sejamos a favor da segurança de Israel, a França relembra a extrema necessidade de evitar danos a civis", disse Valero, sem especificar a natureza dos ferimentos.

O ataque, que matou um policial e feriu outros quatro após militantes palestinos do território costeiro terem disparado um foguete contra o sul de Israel, deve tornar ainda mais difícil as relações entre Paris e Jerusalém.

O presidente francês Nicolas Sarkozy escreveu para o premiê israelense Binyamin Netanyahu para reafirmar a amizade, apesar do que ele chamou de "diferentes pontos de vista sobre o Oriente Médio".

Os comentários de Sarkozy, em uma mensagem de condolências para Netanyahu por conta da morte do seu sogro, parecia um esforço para tentar acalmar a situação depois de uma gafe neste mês, na reunião do G20 em Cannes. Sarkozy disse ao presidente norte-americano Barack Obama, numa gravação que vazou para a imprensa, que Netanyahu era "um mentiroso".

Fonte: Reuters
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Brasil comemora admissão da Palestina na Unesco e Abbas agradece

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O Brasil comemorou, em uma nota da Chancelaria, a admissão da Palestina como Estado pleno da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

"O governo Brasileiro felicita a Palestina por sua admissão [da Unesco], primeira agência especializa do sistema das Nações Unidas que admitiu a Palestina como membro pleno", diz em nota o Ministério das Relações Exteriores.

Nesta segunda-feira, a Palestina se tornou membro pleno da Unesco durante uma votação nominal durante a 36ª Conferência Geral do órgão, em Paris. A resolução foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções, e 14 votos contrários, entre eles de Israel, Alemanha e Estados Unidos.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, deu seu apoio em setembro à adesão da Palestina como Estado da ONU, durante a Assembleia Geral da entidade.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Marmoud Abbas, agradeceu aos países que apoiaram o ingresso da Palestina na Unesco nesta segunda-feira. Além do Brasil, países como Rússia, China, Índia, África do Sul, França Espanha e Argentina votaram a favor da iniciativa. O Reino Unido se absteve da votação.

"Este voto não é contra ninguém, é apenas em apoio à liberdade e à justiça", disse Abbas em declaração à agência oficial da ANP.

O presidente afirmou que o apoio recebido impulsiona "a paz e representa o consenso internacional em apoio (de nossos) legítimos direitos nacionais, e dentre eles nosso direito a um Estado".

ENTRADA

Para conceder o status de Estado-membro à Palestina, a Unesco precisava do voto favorável de dois terços dos 193 países representados na votação.

A condição anterior dos palestinos era de membro observador. A solicitação de mudança de status é parte da batalha diplomática empreendida pelo povo árabe para que sejam reconhecidos como Estado, o que culminaria em sua tentativa de ingressar na ONU.

A agência é a primeira da organização em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de assento na ONU, em 23 de setembro.

Mahmoud Abbas, saudou nesta segunda-feira a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco como uma "vitória" para os direitos de seu povo.

"Aceitar a Palestina na Unesco é uma vitória para (os nossos) direitos, para a justiça e para a liberdade", afirmou seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina, citando declarações feitas por Abbas em uma ligação a partir de Amã.

REPERCUSSÃO

Poucas horas depois do anúncio da admissão da Palestina como membro pleno da Unesco, os Estados Unidos, que votaram contra a resolução, anunciaram a suspensão dos repasses de fundos à entidade.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, a decisão da Unesco foi "lamentável, prematura e mina o objetivo comum para um acordo de paz justo e duradouro" entre israelenses e palestinos.

Por isso, segundo ela, os EUA deixarão de fazer o pagamento de US$ 60 milhões que faria em novembro. No entanto, de acordo com a porta-voz, os EUA continuarão a ser membro da organização.

Os EUA que se retiraram da Unesco em 1984 argumentando que não estava de acordo com a gestão do organismo, regressando em 2003 advertiram em reiteradas ocasiões que poderiam cortar a ajuda econômica à Unesco, de 22% do orçamento bianual, que chega a US$ 653 milhões.

Já Israel anunciou que reformulará sua cooperação com a Unesco, após a admissão da Palestina como membro pleno da organização nesta segunda-feira.

O Ministério de Relações Exteriores israelense afirmou que a decisão afasta ainda mais a possibilidade de um acordo de paz.

"Após esta decisão, o Estado de Israel considerará seus próximos passos sobre a cooperação com a organização", adverte a nota do Ministério das Relações Exteriores israelense.

O ministério diz que a posição israelense é em prol do diálogo como a única via para conquistar a paz, e que ele deve acontecer sem condições preliminares, incluindo a exigência palestina de suspender o crescimento das colônias de judeus em seu território.

"A estratégia palestina na Unesco e os passos similares em outros organismos da ONU supõe uma rejeição dos esforços da comunidade internacional para avançar no processo de paz", diz a nota, que agradece aos países que se opuseram ao pedido palestino.

Fonte: Folha
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Israel expulsa palestinos de Jerusalém Oriental, diz ONG

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Israel está expulsando palestinos de Jerusalém Oriental, como parte de uma política deliberada que pode constituir crime de guerra, disse uma ONG israelense nesta segunda-feira.

O Comitê Israelense Contra as Demolições de Casas (CICDC) apresentou suas conclusões à Organização das Nações Unidas (ONU) e exigiu um inquérito, alegando que Israel discrimina os palestinos ao demolir imóveis, revogar vistos de residência e piorar sua qualidade de vida.

"Estamos testemunhando um processo de deslocamento étnico", disse o advogado Michael Sfard, que participou da redação do relatório de 73 páginas. "Israel está manifestadamente e seriamente violando o direito internacional... e a motivação é demográfica."

Não houve comentários das autoridades israelenses, exceto por uma nota da prefeitura de Jerusalém, segundo a qual a parte leste da cidade está recebendo investimentos depois de passar anos sendo negligenciada.

"Jerusalém, sob a liderança do prefeito Nir Barkat, investiu uma quantidade de recursos e esforços sem precedentes para melhorar a qualidade de vida dos moradores muçulmanos de Jerusalém, após décadas de negligência das administrações anteriores", disse a nota.

Israel capturou Jerusalém Oriental, inclusive a Cidade Velha, na guerra de 1967 contra os vizinhos árabes.

Essa área e aldeias limítrofes da Cisjordânia foram posteriormente anexadas, sem reconhecimento internacional, à prefeitura de Jerusalém, que foi declarada capital única e eterna de Israel.

Os palestinos, no entanto, continuam reivindicando Jerusalém Oriental como capital do seu eventual Estado.

BAIRROS ÁRABES

Cerca de 300 mil palestinos vivem em Jerusalém Oriental, representando cerca de 35 % da população de toda a cidade. Mas o CICDC disse que Israel impede sistematicamente o desenvolvimento de bairros árabes.

Um terço da área de Jerusalém Oriental foi reservada para a construção de bairros judaicos, e apenas 9 por cento do restante está legalmente disponível para moradias. Todos esses terrenos já estão ocupados, o que inviabiliza a expansão.

"(Os palestinos) não têm opção senão deixar Jerusalém Oriental, construir ilegalmente ou viver em condições assustadoras, superlotadas", disse Emily Schaeffer, coautora do relatório.

Quem sai perde o visto de residência se passar pelo menos sete anos fora. Cerca de 14 mil palestinos perderam o direito à residência entre 1967 e 2010, sendo que metade disso foi desde 2006, disse o CICDC. O visto dá direito a benefícios como saúde e previdência.

Desde que tomou Jerusalém Oriental, Israel demoliu mais de 2.000 casas, sendo 771 desde 2000. Outras 1.500 ordens de demolição estão à espera de serem cumpridas.

"Os palestinos serão na prática deportados de Jerusalém Oriental, não pelo uso de armas ou caminhões, mas por não permitir que eles levem uma vida decente e normal", disse Sfard.

Fonte: Reuters
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EUA anunciam corte de fundos à Unesco após adesão palestina

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Representante dos EUA na Unesco reage após adesão da Palestina à Unesco

O governo de Barack Obama cortará o envio de fundos à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pelo fato de ela ter aprovado a admissão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como membro pleno da organização.

Ao justificar a decisão de Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse que a votação desta segunda-feira ativa uma legislação dos anos 1990 que obriga um corte completo de financiamento americano a qualquer agência da ONU que aceite os palestinos como membro pleno antes de que seja alcançado um acordo de paz israelo-palestino. A Unesco depende dos EUA para 22% de seu orçamento - ou cerca de US$ 70 milhões.

"Faríamos um pagamento de US$ 60 milhões à Unesco em novembro, mas não o faremos mais", disse em Washington a porta-voz do Departamento de Estado americanos, Victoria Nuland.

Segundo Nuland, a decisão da Unesco era "lamentável, prematura e prejudicial ao objetivo compartilhado de uma paz completa, justa e duradoura" entre israelenses e palestinos. De acordo com ela, porém, os EUA continuarão como membros do órgão.

O secretário-geral da ONU fez uma alusão ao corte de financiamento dos EUA em seu discurso, no qual ele evitou destacar a conquista palestina, mas, pelo contrário, demonstrou preocupação com o funcionamento da organização. "Esse passo pode ter possíveis implicações no financiamento fornecido por certos estados-membros. Os integrantes da organização devem assegurar um funcionamento completo das Nações Unidas", afirmou, em entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York.

Para os palestinos, a vitória na Unesco é vista como um passo adiante na tentativa de ter seu Estado reconhecido pela ONU. A agência cultural foi a primeira na qual os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente Mahmoud Abbas entrou com o pedido de reconhecimento palestino nas Nações Unidas, em 23 de setembro.

Israel e EUA se opõem à tentativa, com Obama já tendo anunciado que vetará a medida no Conselho de Segurança da ONU.

Previamente, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, classificou como "prematuro" o reconhecimento da Palestina como membro da organização, afirmando que a medida não contribuirá para o processo de paz com Israel e para uma solução de dois Estados. Segundo Carney, o voto agride a meta de uma paz duradoura no Oriente Médio e distrai os esforços para conseguir o restabelecimento de conversas diretas.

A Conferência Geral da Unesco aprovou a admissão da ANP em uma votação em sua sede em Paris. O pedido de adesão da ANP teve os votos favoráveis de Índia, China e vários países latino-americanos. EUA, Alemanha e Canadá, entre outros, pronunciaram-se contra.

"Não podemos tomar atalhos", disse o representante dos EUA ao saber do resultado da votação, que teve 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções, sendo que apenas 87 votos positivos seriam necessários.

Israel reagiu à decisão da Conferência Geral da Unesco como um "freio para a paz", afirmando que os países que a apoiaram, como a França, verão sua influência sobre Israel "enfraquecer". "Isso vai enfraquecer a capacidade deles de influenciar na posição de Israel, principalmente em relação ao processo de paz", afirmou à AFP o embaixador israelense na Unesco, Nimrod Barkan.

O secretário-geral da ONU fez uma alusão ao corte de financiamento dos EUA em seu discurso, no qual ele evitou destacar a conquista palestina, mas, pelo contrário, demonstrou preocupação com o funcionamento da organização. "Esse passo pode ter possíveis implicações no financiamento fornecido por certos estados-membros. Os integrantes da organização devem assegurar um funcionamento completo das Nações Unidas", afirmou, em entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York.

Para os palestinos, a vitória na Unesco é vista como um passo adiante na tentativa de ter seu Estado reconhecido pela ONU. A agência cultural foi a primeira na qual os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente Mahmoud Abbas entrou com o pedido de reconhecimento palestino nas Nações Unidas, em 23 de setembro.

Israel e EUA se opõem à tentativa, com Obama já tendo anunciado que vetará a medida no Conselho de Segurança da ONU.

Previamente, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, classificou como "prematuro" o reconhecimento da Palestina como membro da organização, afirmando que a medida não contribuirá para o processo de paz com Israel e para uma solução de dois Estados. Segundo Carney, o voto agride a meta de uma paz duradoura no Oriente Médio e distrai os esforços para conseguir o restabelecimento de conversas diretas.

A Conferência Geral da Unesco aprovou a admissão da ANP em uma votação em sua sede em Paris. O pedido de adesão da ANP teve os votos favoráveis de Índia, China e vários países latino-americanos. EUA, Alemanha e Canadá, entre outros, pronunciaram-se contra.

"Não podemos tomar atalhos", disse o representante dos EUA ao saber do resultado da votação, que teve 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções, sendo que apenas 87 votos positivos seriam necessários.
Israel reagiu à decisão da Conferência Geral da Unesco como um "freio para a paz", afirmando que os países que a apoiaram, como a França, verão sua influência sobre Israel "enfraquecer". "Isso vai enfraquecer a capacidade deles de influenciar na posição de Israel, principalmente em relação ao processo de paz", afirmou à AFP o embaixador israelense na Unesco, Nimrod Barkan.

Os EUA se opõem ao reconhecimento da Palestina como Estado nos fóruns internacionais e consideram que a criação do país deve nascer das negociações diretas com Israel.

As negociações estão estagnadas há 13 meses, quando expirou uma moratória israelense à construção de novas casas nos assentamentos na Cisjordânia. Desde então, os esforços para restabelecer as negociações não deram resultado.

O presidente dos EUA, Barack Obama, reuniu-se nesta segunda-feira a portas fechadas na Casa Branca com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido e atual enviado do Quarteto para o Oriente Médio, Tony Blair, para estudar possíveis vias que permitam a retomada das negociações.

Brasil felicita palestinos por adesão à Unesco

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu um comunicado nesta segunda-feira parabenizando a adesão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). "O governo brasileiro felicita a Palestina por sua admissão como membro pleno da Unesco", afirmou em breve comunicado.

O Executivo brasileiro foi um dos 107 países - entre eles a França, Índia, China e Espanha - a aprovar o pedido de adesão dos palestinos ao órgão da ONU. Dos 173 países que participaram da Conferência Geral da Unesco, 14 votaram contra e 52 se abstiveram. Os EUA reagiram à decisão anunciando que cortarão o envio de fundos à organização.

Para os palestinos, a vitória na Unesco é vista como um passo adiante na tentativa de ter seu Estado reconhecido pela ONU. A agência cultural foi a primeira na qual os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente Mahmoud Abbas entrou com o pedido de reconhecimento palestino nas Nações Unidas, em 23 de setembro.

Israel também reagiu classificando a admissão de "manobra unilateral" palestina, dizendo que ela afasta as perspectivas de um acordo de paz. "Israel rejeita a decisão da Assembleia Geral da Unesco de aceitar a Palestina como Estado membro da organização", indica um comunicado do Ministério das Relações
Exteriores, ao estimar que "se trata de uma manobra palestina unilateral que não mudará nada no terreno, mas que afasta a possibilidade de um acordo de paz".

Ao justificar a decisão de Washington de cortar o envio de fundos à Unesco, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse que a votação desta segunda-feira ativa uma legislação dos anos 1990 que obriga um corte completo de financiamento americano a qualquer agência da ONU que aceite os palestinos como membro pleno antes de que seja alcançado um acordo de paz israelo-palestino. A Unesco depende dos EUA para 22% de seu orçamento - ou cerca de US$ 70 milhões.

Washington se opõe ao pedido palestino de uma cadeira na ONU sob o argumento de que isso não ajudaria nos esforços de reviver as negociações de paz com Israel, que sofreram colapso no ano passado.

Fonte: Último Segundo

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Liga Árabe pede investigação de bombardeios israelenses

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A Liga Árabe pediu neste domingo uma investigação internacional sobre os bombardeios israelenses deste fim de semana na faixa palestina de Gaza e castigo com pena máxima aos culpados.

Em declarações à imprensa no Cairo, o subsecretário-geral para Assuntos dos Palestinos da organização, Mohammed Sabih, afirmou que com este ataque de Israel coloca em prática "uma política louca, cheia de terrorismo e extremismo em direção aos palestinos".

Os israelenses "estão repetindo os mesmos crimes e seguem com sua marca de morte, violência, racismo e opressão. Por esse motivo pedimos investigação destes crimes e penas máxima aos culpados", acrescentou.

De acordo com Sabih, esses atos pretendem "frustrar qualquer tentativa de tirar ao processo de paz da atual situação de estagnação".

O movimento islamita palestino da Jihad Islâmica anunciou neste domingo que havia chegado a um acordo de trégua com Israel, após 24 horas de ataques em Gaza e seus arredores, com nove de seus milicianos e um civil israelense mortos.

Segundo a agência de notícias palestina "Maan", a mediação egípcia foi que permitiu alcançar o acordo de trégua, em vigor desde as 6h da madrugada (2h de Brasília).

Fonte: EFE
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Shalit é solto em troca de 1.027 palestinos

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O soldado Gilad Shalit que passou cinco anos em cativeiro na faixa de Gaza foi libertado na madrugada desta terça-feira, no Egito, após o acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza, segundo confirmou uma fonte do Hamas à BBC.

Ele foi entregue em seguida a autoridades israelenses em Kerem Shalom, no lado israelense da fronteira, onde era aguardado por seus familiares, que não o viam desde 2006.

Israel confirmou que seu estado de saúde é bom.

Em troca, quase quinhentos prisioneiros palestinos vêm deixando prisões israelenses e se dirigindo para o Egito, de onde serão levados para uma grande festa de recepção preparada pelo Hamas na cidade de Gaza.

A movimentação chegou a sofrer atrasos depois que duas prisioneiras palestinas se recusaram a ser deportadas para Gaza, mas o problema já teria sido resolvido.

Ao todo, Shalit será trocado por mais de mil prisioneiros palestinos, dos quais 477 estão sendo soltos nesta terça-feira. Dentre esses, 280 haviam sido condenados à prisão perpétua pela morte de civis israelenses.
Israel terá agora de cumprir a segunda parte do acordo. Nos próximos dois meses, 550 outros prisioneiros devem ser libertados. Os nomes desses presos ainda não foram definidos.

CAPTURA

Shalit foi capturado em 25 de junho de 2006, quando tinha 19 anos, por militantes palestinos ligados ao Hamas. Ele servia em um posto do Exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza.

Meses depois, o Hamas assumiu a tutela de Shalit. Desde então, foram feitas várias negociações para a troca do soldado por prisioneiros palestinos. As conversas nunca progrediram.

Um ano após o sequestro, o Hamas divulgou um áudio no qual Shalit dava provas de que estava vivo. Em outubro de 2009, o soldado apareceu em um vídeo.

Os pais de Shalit, Noam e Aviva, passaram a liderar um movimento para a libertação do filho, que ganhou a adesão de israelenses, que se juntaram em grandes manifestações.

Nos últimos meses, ativistas montaram um acampamento em frente à residência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, para pressionar o governo a assumir um acordo.

CONEXÕES BRASILEIRAS

Um dos liberados em troca de Shalit é Tawfic Abdallah, preso com a mulher, a brasileira Lamia Maruf, em 1986, dois anos após o assassinato do soldado israelense David Manos.

A pista que levou as forças de segurança israelenses a prenderem o casal foi o fato de que o carro utilizado para o sequestro do soldado foi alugado com o passaporte brasileiro de Lamia.

Embora tenha afirmado não ter envolvimento no assassinato, Lamia também foi condenada à prisão perpétua, da qual cumpriu 11 anos, até ser libertada em fevereiro de 1997, após um acordo similar ao atual.
Quem também foi incluído na primeira lista é Husan Badran, condenado por planejar o atentado à pizzaria Sbarro, em Jerusalém, que provocou a morte de 15 pessoas, em 2001.

Entre os mortos estava o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos. A esposa de Balazs, Flora, e sua filha, Deborah, ficaram feridas pelos estilhaços da explosão.

FORTALECIMENTO DO HAMAS

O acordo firmado deverá fortalecer o grupo islâmico Hamas e enfraquecer seus rivais laicos do Fatah e a Autoridade Palestina, opinam analistas.

No dia posterior ao acordo, o analista militar do jornal Haaretz, Amos Harel, disse que haveria um "fortalecimento dramático" da posição do Hamas.

"Os pontos que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ganhou com o pedido de reconhecimento (do Estado palestino) na ONU, enfrentando o governo americano, são insignificantes comparados com o lucro político que o Hamas obterá desse acordo", afirma o analista.

O assessor de Segurança Nacional de Netanyahu, Yaacov Amidror, também opina que o acordo dará força ao Hamas, considerado por Israel um grupo terrorista.

"O Hamas ganha pontos e se fortalece às custas do Fatah", disse Amidror à radio estatal israelense, Kol Israel.

No entanto, Amidror afirmou que o acordo firmado entre Israel e o Hamas para libertar Shalit é o "melhor possível nas circunstâncias atuais".

Ele mencionou as mudanças nos regimes do Oriente Médio, decorrentes da chamada Primavera Árabe, como um fator catalisador para o acordo, agregando que a instabilidade que vigora na região levou o governo israelense a se apressar em concluir o plano porque "ninguém sabe o que acontecerá no futuro".

Fonte: BBC Brasil
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Justiça de Israel analisa recursos contra libertação de prisioneiros palestinos

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A Suprema Corte de Israel se reúne nesta segunda feira para analisar quatro recursos contra a libertação de prisioneiros palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, apresentados principalmente por famílias de vitimas de atentados.

Um dos recursos será apresentado por Meir Schijveschuurder, que perdeu os pais e três irmãos no atentado suicida cometido em 2001 na pizzaria Sbarro, em Jerusalém.

O atentado matou 15 pessoas, entre elas o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos.

A associação Almagor - que representa algumas famílias de vitimas de atentados e o advogado Zeev Dasberg, que perdeu sua irmã em um ataque em 1996, também entraram com recursos.

O quarto recurso é de autoria de uma residente de Jerusalém, Ronit Tamari, que afirma temer que a libertação dos prisioneiros "gere uma nova onda de terror".

Noam Shalit, pai do soldado Gilad, que será libertado em troca de 1.027 prisioneiros palestinos, também participará da discussão na Corte, defendendo o acordo.

De acordo com Noam, "qualquer mudança ou adiamento do acordo colocará em risco a vida de Gilad".

Precedentes


Segundo vários precedentes, a Suprema Corte costuma rejeitar recursos contra a libertação de prisioneiros palestinos, argumentando que trata-se de uma decisão politica de grande abrangência, que pode ter impacto na segurança nacional e nas relações exteriores do país.

De acordo com analistas locais, as chances de que neste caso a Corte aceite os recursos são "praticamente nulas".

A discussão na Suprema Corte é o último obstáculo para a troca dos prisioneiros palestinos por Shalit, prevista para a manhã desta terça feira.

As autoridades israelenses já concentraram 430 prisioneiros na cadeia de Ktziot, onde já foram identificados e examinados pela Cruz Vermelha.

De Ktziot, eles deverão ser transportados na terça, por ônibus da Cruz Vermelha, para pontos de checagem nas entradas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde serão libertados.

Outros 47 prisioneiros – 27 mulheres e 20 cidadãos árabes israelenses ou residentes de Jerusalém Oriental – foram concentrados na cadeia Hasharon, e de lá serão transportados no momento da libertação.

Pena de morte


Entre os prisioneiros a serem liberados, 279 foram condenados à prisão perpétua pela morte de israelenses.
O ministro dos Transportes de Israel, Israel Katz, do partido Likud, que apoiou a troca de Shalit por prisioneiros palestinos, afirmou nesta segunda-feira que vai exigir uma mudança no sistema penal de Israel, para que seja instituída a pena de morte "contra assassinos de judeus e de israelenses".

A pena de morte existe formalmente na legislação de 1945, herdada por Israel do Mandato Britânico, mas só foi aplicada uma vez, no caso do criminoso nazista Adolf Eichman.

"Não podemos mais permitir que os assassinos sejam libertados", disse o ministro à rádio estatal de Israel, Kol Israel.

Katz também disse que vai pedir ao primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que apoie a pena de morte especificamente no caso dos assassinos da família Fogel, do assentamento de Itamar, na Cisjordânia.

Dois palestinos da Cisjordânia estão sendo julgados pelo assassinato a facadas de dois adultos e três crianças da família Fogel, em março deste ano.

Fonte: BBC Brasil
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Palestinos e israelenses se preparam para troca de prisioneiros

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A Autoridade Penitenciária de Israel publicou neste domingo a lista oficial dos 477 prisioneiros palestinos que serão libertados em troca do soldado israelense Gilad Shalit, capturado por grupos palestinos há mais de cinco anos.

Logo depois da publicação, as autoridades começaram a deslocar as 27 prisioneiras que serão libertadas para a cadeia Hasharon, e os 450 prisioneiros para a cadeia de Ktziot, no sul de Israel.

Tanto em Israel como nos territórios palestinos há preparativos intensos para a troca de prisioneiros, e nos dois lados cresce a comoção pública com a aproximação da data da libertação, prevista para a próxima terça-feira.

A Cruz Vermelha deverá identificar e examinar os prisioneiros nessas duas cadeias, das quais eles serão transportados para postos de checagem militares na entrada da Faixa de Gaza e da Cisjordânia na terça.

A policia de Israel armou um forte esquema de segurança para garantir o deslocamento dos prisioneiros, já que, segundo analistas militares, existe o receio de que grupos israelenses de extrema direita tentem atacar os ônibus nos quais os palestinos serão transportados.

Ao mesmo tempo, famílias de vítimas de atentados entraram com recursos na Justiça para impedir a libertação de responsáveis por ataques que causaram a morte de seus filhos. Porém, segundo precedentes, a Justiça de Israel não costuma interferir em decisões políticas do governo.

FAMÍLIA SHALIT

No vilarejo de Mitzpe Hila, no norte de Israel, os pais de Gilad Shalit se preparam para recebê-lo, e dezenas de veículos de comunicação, locais e internacionais, já se instalaram perto da casa da família Shalit.
Shalit é o prisioneiro de guerra israelense que ficou o período mais longo no cativeiro. A história dele causou profunda comoção em Israel e, segundo as últimas pesquisas de opinião, 90% da população apoia o acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas para obter a libertação do soldado.

A mídia local acompanha de perto todas as informações ligadas à libertação, inclusive detalhes mínimos como o nome exato da água de colônia que a mãe de Shalit colocou na sacola que ele deverá receber ao chegar no Egito, de onde deverá ser transferido para Israel.

Gideon Levy, colunista do jornal "Haaretz", chegou a qualificar a comoção que se instalou em Israel como "psicose".

Na faixa de Gaza, o braço armado do Hamas se prepara para transportar Shalit do local do cativeiro até o
Egito - operação considerada de alto risco, pois há receios de que grupos extremistas islâmicos, ligados à Al Qaeda, tentem sabotar a troca de prisioneiros.

De acordo com analistas, o Hamas também teme que Israel faça uma operação militar para soltar Shalit no momento em que sair do cativeiro, sem pagar o preço da soltura dos prisioneiros palestinos.

DÉCADAS NA CADEIA

Na faixa de Gaza, na Cisjordânia e em aldeias árabes em Israel, dezenas de famílias se preparam para se reunir com prisioneiros que estão há mais de 20 anos em cadeias israelenses.

O prisioneiro mais antigo é Sami Yunes, de 80 anos, da aldeia de Arara, no norte de Israel. Ele foi preso por assassinato em 1983.

Outro prisioneiro dos mais antigos é Tawfic Abdallah, 56 anos, marido da brasileira Lamia Maruf, condenado à prisão perpétua em 1986 pelo sequestro e assassinato de um soldado israelense.

O governo do Hamas começou a erguer um grande palanque na praça central da cidade de Gaza, no qual será realizada a recepção para mais de 300 prisioneiros, nesta terça-feira.

No entanto, nos territórios palestinos também há muitas famílias decepcionadas pelo fato de seus parentes não constarem da lista de libertados.

Depois da soltura dos 477 prisioneiros nesta semana, e de outros 550 dentro de dois meses, ainda restarão mais de 6 mil prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses.

Fonte: BBC Brasil
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Liga Árabe pedirá que ONU investigue situação de presos palestinos em Israel

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A Liga Árabe anunciou nesta quinta-feira que pedirá a ONU o envio de uma comissão internacional para investigar a situação dos presos palestinos nas prisões de Israel.

Após uma reunião realizada no Cairo, o Conselho de Delegados Permanentes da Liga Árabe decidiu pedir ao grupo de países árabes em Nova York que façam esta solicitação às Nações Unidas.

Em comunicado, a organização pan-árabe informou que a comissão deverá se assegurar do grau de cumprimento dos pactos internacionais sobre prisioneiros por parte das autoridades israelenses.

Além disso, a Liga indicou que seu pedido respalda a recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2010 de enviar uma delegação junto à Cruz Vermelha Internacional para investigar as precárias condições sanitárias dos presos.

Esta decisão coincide com a advertência feita hoje no Cairo pelo ministro palestino de Assuntos para os Prisioneiros, Issa Qaraqea, que disse que "é possível que haja uma catástrofe" nas prisões de Israel, se suas autoridades não responderem às reivindicações dos presos palestinos em greve de fome.

Por outra parte, a Liga Árabe anunciou que realizará uma conferência mundial no início de 2012 em sua sede do Cairo para divulgar a causa desses prisioneiros.

Além disso, a organização pediu à Cruz Vermelha Internacional em Genebra para enfrentar sua responsabilidade jurídica e humanitária com os presos palestinos, e intensificar seus contatos com as autoridades israelenses para que cessem as perigosas violações que perpetram.

Nesse contexto, a Liga lembra que esses presos palestinos são prisioneiros de guerra que têm o direito de lutar "contra a ocupação" (israelense).

A organização também exigiu a libertação imediata e incondicional de todos os cidadãos palestinos e de outros países árabes reclusos em prisões israelenses.

A entidade pan-árabe manifestou sua satisfação pela troca de prisioneiros acordada entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas na terça-feira passada e agradeceu ao Egito por seus esforços que tornaram possível o sucesso dessa iniciativa.

Na terça-feira passada, Israel anunciou um acordo com o Hamas no qual está prevista a libertação de 1.027 palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, capturado em junho de 2006 por três grupos palestinos em Gaza.

Fonte: EFE
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Primavera Árabe e a Agenda de Paz para o Oriente Médio

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Os manifestantes que deram origem ao que se chama hoje a Primavera Árabe nunca tiveram em vista qualquer objetivo relacionado com a Agenda de Paz para o Médio Oriente; trataram-se apenas de movimentos sociais de descontentamento interno contra as ditaduras que governavam os países em causa. No entanto, inevitavelmente, haverá interações entre os dois processos. Interessaria tentar verificar se poderão funcionar a favor da causa palestina de criação do seu próprio Estado.

Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestina, chegou a dizer que o pedido apresentado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas seria o começo da Primavera Palestina, mas, ao contrário do que seria de esperar, está longe de ser evidente que as situações que hoje se vivem nos Países árabes, principalmente Egito e Síria, e os respectivos impactos regionais possam ajudar a encontrar uma solução para o conflito Israel/Palestina. Aliás, tudo parece sugerir precisamente o contrário.

No Egito, que será sempre um ator importante no processo, para o Supremo Conselho das Forças Armadas o que quer que possa ameaçar o Tratado de Paz com Israel não será bem vindo. Se o pedido de reconhecimento de um Estado palestino tiver um desfecho que defraude ainda mais as poucas esperanças dos palestinos, então a frustração, provavelmente, vai provocar um regresso à instabilidade e agravamento do relacionamento entre israelenses e palestinos. Nessa situação, num País, cujo ambiente, claramente, não é pró-Israel, tornar-se-á muito difícil evitar tomar abertamente partido pela causa palestina. Já chega o risco de que a Irmandade Muçulmana venha a ganhar as eleições, o que a acontecer, muito provavelmente, deixará o Tratado de Paz “preso por um frágil fio”.

Para Israel, a Primavera Árabe, mal grado os seus louváveis propósitos de encaminhamento dos respectivos Países para a democracia, pode alterar significativamente a situação de segurança. É uma situação curiosa, porque, durante muito tempo, a insegurança foi atribuída precisamente ao fato de os regimes árabes não saberem viver em democracia.

Agora que entraram nesse percurso, Tel Aviv vem a descobrir que afinal a situação anterior era-lhe mais favorável. Ficou sem sequer um único país na região de que possa esperar algum apoio. Deixou de poder contar com o controle muito estreito que o Egito de Mubarack exercia sobre a Irmandade Muçulmana e com a ajuda dada à manutenção do bloqueio a Gaza no lado da fronteira egípcia. Viu a sua Embaixada no Cairo ser assaltada e saqueada e tem pendente um sério incidente fronteiriço que tirou a vida a seis soldados egípcios. Teve que evacuar a sua Embaixada na Jordânia.

Passou ainda a ter que conviver com uma mudança radical no relacionamento com Ancara, o primeiro país muçulmano a reconhecer o Estado de Israel, em 1949, e até há pouco um sólido aliado na região e parceiro de importantes negócios no setor de Defesa. Israel precisa da Turquia para evitar o isolamento regional em que caiu, mas as aspirações turcas de liderança do mundo muçulmano, processo em que Ancara procura progredir através de uma deterioração do relacionamento com Israel, estão a impedir esse desfecho.

Os pretextos remotos que a Turquia invoca são a situação desumana a que Israel tem obrigado os habitantes da Faixa de Gaza e a inviabilização prática das aspirações palestinas a um Estado independente; os pretextos próximos são os incidentes ocorridos no episódio da chamada “Flotilha da Paz” e mais recentemente com o início dos trabalhos de pesquisa de petróleo ao sul de Chipre, o que levou Ancara a anunciar o deslocamento de três navios de guerra para a área.

A Síria é obviamente outro problema potencialmente grave para Israel por duas razões principais: pelo risco de a instabilidade interna poder “transbordar” para os vizinhos e, dessa forma, afetar toda a região e pelo fato de se ter transformado num campo de luta de influências regionais entre o Irã e a Turquia, afetando diretamente Tel Aviv. Se o desfecho da crise levar ao crescimento da influência iraniana, então Israel, todo o Médio Oriente e o mundo em geral, enfrentarão uma preocupante ameaça à estabilidade que poderá ser necessário combater mais diretamente.

Este contexto geral tem vindo a fazer partilhar as atenções e iniciativas que anteriormente eram dedicadas à Agenda de Paz para o conflito Israel/Palestina com os outros potenciais conflitos que acabei de enumerar. Não obstante o fato de a iniciativa do Presidente Abbas ter trazido a causa palestina para o topo das agendas internacionais, pelo menos durante algum tempo, Israel está mais preocupado com a Síria, o Egito e as relações com a Turquia do que com a questão da Palestina. Israel não deixará de invocar, certamente, que a maior insegurança, em que se encontra presentemente, limita a margem de concessões que poderá fazer no âmbito da questão palestina, preocupação que ficou bem patente no recente discurso de Netanyahu nas Nações Unidas.

Esta situação não ajudará à resolução do conflito Árabe-Israelense. Pior ainda é o óbvio desinteresse que os EUA mostram hoje em contribuir para a procura de uma solução, não obstante as promessas do Presidente Obama, em Junho de 2009, (no famoso discurso do Cairo) de que apoiaria a criação de um Estado para os palestinos. Obama ainda tentou levar Netanyahu a parar a construção de colonatos, que considerou um projeto ilegítimo, mas não foi atendido. Também não conseguiu convencer o primeiro-ministro de Israel a apresentar alguma forma de “desculpas” à Turquia pela morte de nove cidadãos turcos participantes na Flotilha de Paz.

Para o Presidente pode não se ter tratado apenas de uma desistência por falta de capacidade em fazer progredir o processo. Foi também por interesse em afastar-se de uma questão quente que na campanha eleitoral para a reeleição não lhe trará qualquer dividendo, situação patente na perda de apoio da comunidade judia nos EUA (68% em Maio, 55% em Setembro). É um mau sinal que está a ser passado para o mundo; mostra que a potência hegemónica afinal tem uma muita limitada influência no Médio Oriente, quer entre os palestinos, quer entre os israelenses. Leva a concluir que os EUA podem estar  deixando de ser o aliado útil, senão imprescindível, que foi no passado.

Que resta então? Apenas a possibilidade de Catherine Ashton assumir, em nome da União Europeia, mais uma tentativa de mediação, em que poucos, aliás, têm esperança. Entre outras razões porque já não falta muito tempo para Israel ter completado com sucesso e impunemente o processo de inviabilização de um novo Estado da Palestina, pondo o mundo perante um fato consumado, muito difícil de fazer retroceder.

Fonte: Jornal Defesa e Relações Internacionais
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