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domingo, 8 de setembro de 2013

Brasil tem 5ª maior inflação do G-20

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Entre as 20 mais poderosas economias do mundo, o Brasil ostenta hoje a quinta maior inflação medida em 12 meses – 6,09%, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira. O índice nacional fica atrás apenas dos 25,0% da Argentina; dos 10,8% da Índia; dos 8,6% da Indonésia; e dos 6,4% de África do Sul e Rússia.

O Brasil tem somente a 56ª economia mais competitiva do mundo atualmente, após perder oito posições em ranking divulgado neste ano. Para Carlos Rodofolfo Schneider, coordenador do Movimento Brasil Eficiente, a inflação nacional explica em grande parte o atual momento.

“E o que explica essa inflação são os grandes gastos do governo, que investe pouco”, diz ele.

De acordo com o empresário, a atual política econômica expansionista dos últimos anos mantém nas alturas o custo Brasil – termo empregado para os estraves estruturais, burocráticos e econômicos que encarecem o investimento no País.
 
Com a inibição do investimento em infraestrutura e logística, diz ele, a produtividade também cai. E, caindo a produtividade, consequentemente, um país não tem como competir de igual para igual com as demais economias.
“Entramos num clico ruim que mina a competitividade nocional”, afirma Schneider. “E a inflação está na ponta desse processo.”
Mas a inflação, por si só, não diz nada. Caso um país consiga crescer com altos índices de preços, ela não pesa tanto assim – diz Samy Dana, professor da Fundação Getulio Vargas. Mas, como lembra, a inflação no Brasil hoje é quase três vezes maior do que o ritmo de crescimento da produção nacional de bens e serviços.
Embora, em geral, o panorama econômico do Brasil – de baixo crescimento e inflação constantemente elevada – seja atribuído pelo governo federal à crise internacional, números bem inferiores são registrados onde estão seus principais focos. Nos Estados Unidos, a alta de preços em 12 meses é de 2,0%; na União Europeia, é de 1,6%.
No entanto, toda a responsabilidade da inflação convertida em baixo investimento não cabe só ao governo. Em apenas dois anos, entre 2010 e 2012, a participação da Formação Bruta de Capital Fixo (bens de capital) e Estoque das empresas caiu de 20,2% para 17,6% no PIB do Brasil. Ao mesmo tempo, o consumo das famílias subiu de 59,3% para 62,3%.
Ou seja, enquanto as empresas investem cada vez menos, as famílias consomem cada vez mais. “O problema não é de consumo elevado, mas de oferta baixa”, diz Dana. “E os problemas de gestão das empresas impedem que esse descompasso diminua.”
O custo Brasil, segundo ele, incentivado pelos gastos do governo, inibe, sim, os investimentos. Mas, por outro lado, a falta de eficiência do empresário também pesa para elevar os preços e diminuir a produtividade. “A gente ainda não está preparado para um mundo competitivo”, diz.
 
Fonte: Estadão
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Prioridades alteradas da cúpula do G20

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A crise síria alterou as prioridades da cúpula do G20 em São Petersburgo. O encontro de gala dos líderes das principais economias do mundo transforma-se numa discussão complexa sobre o direito internacional e o bom senso.
 
Para manter a imagem, Obama comporta-se como herói de um western. Nessa situação, muitos peritos depositam grandes esperanças no encontro do Grupo dos Vinte em São Petersburgo. De qualquer modo, os colegas do presidente dos Estados Unidos têm mais capacidades de convencê-lo de não cometer ações suicidas. Fala o diretor do Centro de Parceria de Civilizações do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, Veniamin Popov:
 
"Hoje, a situação no mundo mudou tanto que até os Estados Unidos duvidam se for necessário ou não realizar golpes. Há dez anos, os EUA, sem consultar alguém, ocuparam o Iraque em conjunto com a Inglaterra. As consequências foram terríveis. Até hoje o país não pode voltar a si. Vimos o mesmo em relação à Líbia. Atualmente, assiste-se a uma situação paradoxal. A operação militar é apoiada apenas por dirigentes dos Estados Unidos e da França. Os restantes – mesmo aliados da OTAN – preferem abster-se. No mundo islâmico, os Estados Unidos e a França são apoiados só pela Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia. Os outros não os apoiam. Esta é uma nova distribuição das forças no planeta."
 
Os EUA devem dar provas de precaução, atuando em relação à Síria, para não prejudicar suas relações com Moscou. Tal posição foi expressa pelo secretário de Estado americano, John Kerry, no Comitê de Relações Internacionais do Congresso dos EUA. O secretário de Estado espera que a Rússia altere sua posição no quadro do fórum em São Petersburgo, dando a entender que Barack Obama pode apresentar ao seu colega russo, Vladimir Putin, provas da utilização de armas químicas pelas forças governamentais.
 
Não é de excluir que essas provas satisfaçam Vladimir Putin. Nas palavras do presidente russo, Moscou será satisfeita por uma investigação objetiva profunda da questão e a apresentação de verdadeiras provas que sejam convincentes e que demostrem com toda a evidência quem foi e que meios foram utilizadas. De seguida, estaremos prontos para agir de forma decisiva, declarou o presidente russo.
 
É muito importante compreender que a Rússia na Síria não defende Bashar Assad, mas sim as normas e princípios do direito internacional, a ordem mundial contemporânea que obriga, em particular, a resolver todas as questões ligadas ao usa da força exclusivamente no quadro do Conselho de Segurança da ONU. Entretanto, há opinião de que Obama já tenha resolvido tudo para si e não pretende levar em consideração argumentos sensatos. Neste caso, a comunidade internacional irá deparar com certos problemas, considera o dirigente do Centro de Estado do Oriente Próximo Contemporâneo de São Petersburgo, Gumer Issaev:
 
"A economia mundial sempre reage claramente aos acontecimentos que ocorrem no Próximo Oriente. A intervenção fará subir os preços do petróleo, embora a Síria não disponha de grandes reservas desse combustível como, por exemplo, os países do Golfo Pérsico e o Irã. Este é o prognóstico mais evidente. É evidente também que o cenário sírio não é tão importante para a economia mundial que- continuará a avançar. Mas ao lado encontram-se o Iraque, os principais países árabes. Por isso a instabilidade na Síria influirá negativamente na situação geral."

Após a intervenção americana, no mundo haverá mais um país pobre, atomizado. Para que isso será necessário, em primeiro lugar para os próprios NORTE-americanos – esta é uma pergunta que será feita quase com certeza a Obama no quadro do encontro de cúpula do Grupo dos Vinte em São Petersburgo

Fonte: Voz da Rússia
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Síria e espionagem azedam cúpula de países do G20

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A presidente Dilma Rousseff chegou esta noite (à tarde no Brasil) a São Petersburgo, para participar quinta e sexta-feira da oitava cúpula do G20, o clubão das maiores economias do planeta.
 
Mas o encontro deste ano se dá em um ambiente completamente oposto daquele em que nasceram as cúpulas, em 2008: na esteira da profunda crise instalada então, os governantes deram rara demonstração de absoluta unidade e costuraram respostas que evitaram que o mundo caísse numa depressão.
 
Em 2013, no entanto, unidade é tudo o que falta ao grupo, não por motivos econômicos, mas políticos.
 
Dilma chegou irritada com o fato de o governo norte-americano ter bisbilhotado suas comunicações, o que promete tornar tenso o encontro com Barack Obama, que se dará de qualquer forma.
 
Ou bilateralmente, conforme se negociava antes da revelação mais recente de espionagem, ou na sessão plenária em que os governantes ficam conversando entre eles, antes dos pronunciamentos oficiais.
 
É razoável especular que Dilma tente cobrar diretamente de Obama as explicações que a chancelaria brasileira solicitou anteontem ao embaixador Thomas Shannon.
 
O novo lance da espionagem norte-americana turva a intenção prévia do Palácio do Planalto de evitar aprofundar o contencioso com os Estados Unidos surgido com as primeiras revelações sobre a mega-espionagem e sobre os "grampos" na representação brasileira junto às Nações Unidas.
 
"Não nos interessa discutir contenciosos com ninguém", disse à Folha, na semana passada, o assessor diplomático Marco Aurélio Garcia.
 
Mas as novas revelações jogam a iniciativa para o lado norte-americano, que terá que dar explicações suficientes para acalmar a irritação da presidente.
 
Obama terá que acalmar também outra das lideranças presentes ao G20, a alemã Angela Merkel. O pior momento da chanceler alemã no debate de domingo com seu adversário Peer Steinbruck (social-democrata) foi justamente quando Steinbruck a apertou sobre o esquema de espionagem dos EUA que teve a Alemanha igualmente como alvo prioritário.
 
Sem falar do mexicano Enrique Peña Nieto, vítima, como Dilma, de espionagem específica, quando ainda era candidato à Presidência. O México é um dos três latino-americanos membros do G20, ao lado de Brasil e Argentina.
 
A espionagem é o foco também do desconforto de Obama com os anfitriões russos do G20. O presidente norte-americano cancelou uma visita bilateral à Rússia, prevista para antes do G20, como sinal de repúdio ao asilo dado da Edward Snowden, o funcionário terceirizado que revelou a mega-espionagem e é, portanto, o pivô de todas as irritações.
 
SÍRIA
 
Além disso, Vladimir Putin, o presidente russo, nega-se a aceitar a versão norte-americana de que o ditador sírio Bashar al-Assad empregou armas químicas em ataque aos rebeldes no dia 21 e, por isso, precisa sofrer algum tipo de retaliação.
 
Obama tende a usar a cúpula do G20 como palco para tentar convencer outros países a aliar-se ao plano norte-americano de atacar a Síria em algum momento. É o palco ideal: nenhum outro grupo reúne tantos países de primeira linha no planeta, a ponto de representarem 90% de tudo o que o mundo produz de bens e serviços e 2/3 da população mundial.
 
Mas Angela Merkel já afastou a participação de seu país: "Dizemos claramente que a Alemanha não participará de ação militar na Síria", afirmou hoje. Acrescentou no entanto, que o G20 é um fórum para "buscar uma resposta unida da comunidade internacional". Qual, ela não antecipou.
 
Síria e espionagem acabaram desviando o foco original do G20, que se autobatizou de "primeiro foro global para cooperação internacional", centrada na economia.
 
Não que a economia vá ficar de fora, mas o que absorve a atenção dos participantes é a turbulência cambial nos países emergentes, provocada pelo anúncio de suspensão mais ou menos iminente do programa de estímulos à economia adotado pelos EUA.
 
Nesse capítulo, admitem negociadores, o máximo que o G20 pode fazer, coletivamente, é recomendar que o programa seja desativado com o máximo de cuidados para não aumentar a turbulência.
 
Síria e espionagem acabam, portanto, sendo temas mais emocionantes e urgentes.
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Brasil é eleito para conselho executivo da Unesco

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O Brasil foi eleito nesta quarta-feira para um mandato de quatro anos (2011-2015) no conselho executivo da Unesco, agência da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, informou o Itamaraty em nota.

O conselho, composto por 58 países, é responsável pelo acompanhamento da execução do programa de trabalho e do orçamento da Unesco e um dos principais órgãos diretores da organização.

"A candidatura brasileira ao conselho executivo reflete a importância atribuída pelo país à organização em seu papel de promotora de uma cultura da paz, do diálogo de civilizações e da diversidade cultural", afirmou a nota.

Segundo o Itamaraty, o país vai defender a relevância do mandato da Unesco "em educação, ciência e cultura, com ênfase na intensificação da cooperação em benefício do mundo em desenvolvimento."

Fonte: Reuters
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Síria confirma acordo com Liga Árabe para resolver crise no país

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O governo da Síria confirmou nesta terça-feira que obteve um acordo com o grupo de contato da Liga Árabe sobre um "documento final" para controlar a crise político-social que atinge o país.

A Síria e a Liga Árabe concordaram em estabelecer um Mapa do Caminho para colocar fim à violência no país, cujos detalhes serão divulgados na quarta-feira na sede da organização árabe no Cairo.

As autoridades da Liga Árabe haviam informado mais cedo que esperavam uma resposta de Damasco nesta terça-feira sobre sua proposta.

No domingo, uma delegação da Liga, liderada pelo Qatar, reuniu-se em Doha com o ministro sírio de Relações Exteriores, Walid Muallem, para apresentar um plano que prevê o fim "imediato" da violência, a retirada dos tanques das ruas da Síria e um diálogo com a oposição no Cairo.

Depois da reunião, o ministro das Relações Exteriores do Qatar, Hamad bin Jassim al Thani, disse aos jornalistas que se tinha conseguido um acordo que trata todos os assuntos, mas não ofereceu detalhes sobre o conteúdo.

Na segunda-feira, diplomatas árabes disseram que o plano pedia à Siria a libertação imediata de prisioneiros mantidos desde fevereiro, a retirada das forças de segurança das ruas, a permissão para o monitoramento por forças da Liga Árabe e o início de diálogos com a oposição.

O primeiro-ministro do Qatar, o xeque Hamad bin Jassim al Thani, cujo país lidera a comissão, também disse que Assad deveria iniciar reformas sérias se a Síria quiser evitar mais violência.

Nesta terça, o representante sírio na Liga Árabe, Yusef Ahmed, afirmou que a Síria considerava "positivamente a última proposta, elaborada no Qatar".

A ONU afirma que mais de 3.000 pessoas foram mortas durante a repressão na Síria. O regime diz que grupos armados mataram mais de 1.100 membros das forças de segurança.

Fonte: Folha
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sábado, 30 de julho de 2011

Unasul preocupada com a crise econômica mundial

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Após a posse de Ollanta Humala na presidência do Peru, os presidentes da Unasul conversaram a portas fechadas sobre os possíveis efeitos da crise econômica mundial e sobre a possibilidade de seu agravamento. O Brasil, assim como a Argentina, é relativamente vulnerável a uma turbulência financeira, mas já não depende das compras de produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. Já a Colômbia está no extremo oposto. Exporta para o mercado norteamericano cerca de 40% dos bens que vende ao exterior.

A presidenta Cristina Fernández de Kirchner deixou a reunião de cúpula da União Sulamericana de Nações a toda velocidade e sem declarações, nem sobre a Unasul, nem sobre os mortos em Jujuy. Ela deixou Lima rumo a Brasília, onde inaugura hoje (29) a nova sede da embaixada argentina no Brasil. No entanto, o Página/12 soube que os presidentes da Unasul decidiram realizar um encontro a portas fechadas para falar abertamente sobre a crise financeira internacional. A cúpula da Unasul prosseguiu após um almoço em que Tania Libertad e duas ministras do gabinete [argentino] cantaram “Del puente a la Alameda”. Libertad também cantou “Yo vengo a oferecer mi corazón”, de Fito Páez.

A declaração dos presidentes sulamericanos chama-se “Declaração da Unasul contra a desigualdade”. Um trecho diz que “em todo esse tempo, nossos países avançaram em valorizar nossos recursos e riquezas naturais e mostraram-se capazes de enfrentar com êxito os efeitos adversos da crise financeira internacional, registrando, por sua vez, significativas taxas de crescimento econômico e de redução da pobreza”.

O documento acrescenta que os presidentes reconhecem “a importância do processo de integração como instrumento de redução da pobreza e como elemento de inclusão social”, mas, ao mesmo tempo, constatam “que nos países da região persistem índices de desigualdade muito elevados que afetam a dinâmica da redução da pobreza e mantem excluídos dos benefícios da expansão econômica segmentos da sociedade de menor renda, particularmente os mais vulneráveis”.

Segundo apurou o Página/12, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, e seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, foram aqueles que mais se estenderam na análise da crise financeira internacional, que poderia se aprofundar em função de uma eventual moratória parcial de pagamentos por parte dos Estados Unidos. O Brasil vem lutando para que a situação – denominada por seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, como “guerra cambial” – deixe de pressionar, como está ocorrendo, na direção de sobrevalorizar o real e prejudicar, assim, as exportações brasileiras.

A posição que os funcionários brasileiros manifestaram ontem é que, felizmente, o maior país da região, conta com amplas reservas financeiras e com um mercado interno desenvolvido pela incorporação de 36 milhões de pessoas que estavam fora do mapa.

Os brasileiros projetam aumentar a bateria de medidas contra o dumping de produtos estrangeiros, por exemplo, dos Estados Unidos.

A agenda da presidenta argentina hoje em Brasília não se limitará, por isso, à inauguração da embaixada no terreno que o Brasil cedeu quando transferiu a capital do Rio de Janeiro para uma planície deserta.

Se, por um lado, a valorização do real ceder e o Brasil conseguir manter a leve desvalorização da última semana, a Argentina melhorará seu nível competitivo. Mas o risco seria uma diminuição do ritmo de crescimento do Brasil, um sócio comercial chave para os produtos argentinos. Os funcionários argentinos dos ministérios de Economia e de Desenvolvimento Industrial encontrarão do outro lado a colegas cada vez mais sensíveis à permeabilidade frente às importações e mais atentos a sua balança comercial. Neste cenário, é um cenário provável que Cristina Fernández de Kirchner e Dilma Rousseff tratem de estudar alguma política que diminua ruídos no comércio bilateral.

O Brasil, assim como a Argentina, é relativamente vulnerável a uma turbulência financeira, mas já não depende das compras de produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. A Colômbia está no extremo oposto. Exporta para o mercado norteamericano cerca de 40% dos bens que vende ao exterior. A guinada política sulamericana promovida por Santos, que assumiu em 7 de agosto de 2010, atenuou a estratégia de alinhamento automático com Washington, de Alvaro Uribe. A crise norteamericana seria um estímulo a mais para melhorar as relações com os vizinhos da região, Venezuela incluída.

O presidente Hugo Chávez foi o grande ausente da posse de Humala e da cúpula da Unasul. A declaração dedicou um parágrafo a ele: “Reafirmamos nossa solidariedade com o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frías, e confiamos em seu pronto restabelecimento e recuperação”. Chávez postou no twitter: “Que conversa adorável tive com a presidenta Cristina, essa irmã minha e nossa! Obrigado Cristina! Te prometo viver!”. O presidente venezuelano, que tem câncer e enfrenta eleições gerais em 2012, completou ontem 57 anos.

Seu estado de saúde agrega um motivo de preocupação aos vizinhos do bairro. Com uma Europa em queda e os Estados Unidos abalados pela crise financeira – situação que costumam prejudicar as nações menos desenvolvidas – qualquer mudança no tabuleiro sulamericano aparece agigantada por uma enorme lupa.

Os presidentes da Unasul felicitaram o novo presidente peruano Ollanta Humala e resolveram convocar uma cúpula de funcionários e especialistas em temas sociais este ano, em Cuzco. A necessidade de inclusão social e coesão do Peru multicultural foram alguns dos temas abordados por Humala em seu discurso de posse no Congresso. “Renovamos nossa plena confiança na capacidade criadora da Unasul para enfrentar com êxito aos desafios do presidente na certeza de que, juntos, conseguiremos forjar um futuro de justiça social, igualdade e bem-estar para nossos povos”, diz o documento final da cúpula.

Fonte: Carta Maior
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Transporte aéreo impulsiona o desenvolvimento econômico da América Latina

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Líderes da indústria aérea latino-americana estão em um encontro no Brasil hoje para o ATAG Latin America Sustainable Aviation Workshop 2011, um workshop sobre aviação sustentável. No evento, que reunirá especialistas de aeroportos, companhias aéreas, controladores de tráfego aéreo, fabricantes de aeronaves e motores e autoridades governamentais, serão examinados os desafios decorrentes do crescimento da aviação por toda a América Latina e a forma como a indústria da aviação e os governos poderão trabalhar juntos para vencê-los.

Paul Steele, diretor executivo do ATAG (Air Transport Action Group), grupo que reúne uma coalizão de organizações e empresas da indústria aérea, disse: “Todas as previsões indicam que o número de passageiros na América Latina está aumentando com maior rapidez do que a média mundial. É possível que até 2030 tenhamos 600 milhões de passageiros na região. A questão é: como nos beneficiarmos desse crescimento e, ao mesmo tempo, assegurarmos que venceremos os desafios da sustentabilidade no que diz respeito à infraestrutura, meio ambiente, impactos sociais e benefícios econômicos?”

As companhias aéreas sediadas na América Latina transportam mais de 154 milhões de passageiros a cada ano. A aviação é responsável por 2,4 milhões de empregos que geram quase três vezes mais valor do que outros empregos na economia. Só no Brasil há bem mais do que um milhão de indivíduos empregados no setor aéreo, além de 254.00 pessoas empregadas nas áreas de turismo possibilitadas pela aviação.

“Não há dúvida de que o transporte aéreo tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico de todos os países, mas especialmente em economias emergentes de rápido crescimento como o Brasil. A aviação provê conexões dentro do país e entre o Brasil e seus parceiros comerciais na região e internacionalmente. É muito importante que o setor de transporte aéreo seja incentivado pelos governos a crescer de modo responsável, para que seus benefícios se estendam a um número maior de pessoas”, continua Steele.

Estima-se que as atividades da aviação e aeroportos contribuam com quase R$30 bilhões ao ano para a economia brasileira. Esse número não inclui operações industriais, como as da Embraer que contribuem significantemente com a economia brasileira, ou turismo. Essas pessoas têm empregos que requerem um elevado nível de especialização e que pagam bons salários, o que representa uma contribuição ainda maior para as comunidades em que elas vivem e trabalham.”

“O setor aéreo na América Latina está crescendo com maior rapidez do que a média mundial, e esse potencial de crescimento ainda não se esgotou. O Brasil, por exemplo, possui um significativo potencial ainda não explorado. O cidadão americano médio viaja de avião 1,8 vezes ao ano, enquanto o brasileiro médio pega 0,3 voos. À medida que a economia brasileira for se fortalecendo, e a população atingindo a marca de 190 milhões de pessoas, haverá amplas possibilidades para a indústria da aviação crescer e para que áreas como o comércio e o turismo se beneficiem dos efeitos econômicos positivos disso” acrescentou Steele.

O workshop, organizado pelo ATAG, ocorrerá um ano antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (também conhecida como Rio+20) no Rio de Janeiro, cujo anfitrião será o governo brasileiro e que terá como foco o desenvolvimento de uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável.

Aviação latino-americana e o crescimento sustentável

Segundo o ATAG – Air Transport Action Group (Grupo de Ação para o Transporte Aéreo), a aviação está adotando uma abordagem responsável das questões ambientais. O diretor executivo do ATAG, Paul Steele, afirma que nenhuma outra indústria mostra maior empenho em reduzir suas emissões de dióxido de carbono: “É muito gratificante ver companhias aéreas, aeroportos, controladores de tráfego aéreo e fabricantes de aviões no mundo inteiro se esforçando tanto para reduzir o impacto da aviação no meio ambiente.”

No ano passado, o setor de transporte aéreo mundial emitiu 649 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Isso representa 2% do total global de dióxido de carbono produzido pelo homem, que soma cerca de 34 bilhões de toneladas. “Dois por cento pode parecer pouco, mas ainda consideramos essa porcentagem demasiadamente alta”, diz Steele. “Em 2008, nossa indústria se tornou o único setor em nível mundial a elaborar um conjunto de metas para reduzir as emissões. A partir de 2020, limitaremos o crescimento de emissões líquidas de CO2, embora nosso número de passageiros continuará aumentando. Até 2050 teremos reduzido em 50% a quantidade de CO2 emitida pela aviação, em comparação a 2005. Trata-se de metas ambiciosas, mas somos uma indústria ambiciosa, e as discussões no workshop de hoje mostrarão nosso empenho em alcançá-las.”

Os delegados presentes no workshop do ATAG tomaram conhecimento, através de fabricantes de aviões, de algumas das novas tecnologias sendo desenvolvidas com vistas a tornar os aviões mais ecológicos. Novos designs, materiais de construção mais leves, melhorias na aerodinâmica e o uso de aletas contribuem para a redução de emissões. “Na realidade, através apenas da tecnologia, a indústria da aviação já melhorou em 70% a eficiência das aeronaves, em comparação às primeiras gerações de jatos, em 1960. O consumo de combustível de cada nova geração de aeronaves é 15% - 20% menor do que o modelo que ela substitui.”

Steele diz que a indústria tem um verdadeiro incentivo para reduzir o consumo de combustível: “O combustível é o nosso custo principal – representa cerca de 30% do custo operacional das empresas aéreas no mundo inteiro. No ano passado, custou-nos um total de 140 bilhões de dólares e, este ano, poderá chegar a 180 bilhões de dólares. Portanto, nosso incentivo para reduzir o consumo de combustível não é apenas ambiental, mas também financeiro.”

As empresas aéreas no mundo inteiro estão introduzindo novas medidas operacionais com vistas a reduzir as emissões de dióxido de carbono e o consumo de combustível. Há vários projetos em curso, desenvolvidos por todas as empresas aéreas, inclusive as da América Latina, e que incluem desde a introdução de assentos e de carrinhos de buffet mais leves à adoção de novos modos de aterrissar e decolar. A empresa aérea GOL, no Brasil, adotou uma nova técnica para lavar as aeronaves, que utiliza 90% menos água do que os métodos anteriores. A Avianca está adotando novas técnicas para voar aviões com maior eficiência, o que os levou a economizar 13 milhões de dólares em combustível em 2009. A Copa Airlines introduziu asaletas em toda a sua frota, reduzindo, assim, o consumo de combustível em 3,5%. A mexicana Volaris instituiu um programa para analisar as questões ambientais em toda a empresa. O novo aeroporto de Quito sendo construído tem o meio ambiente e a comunidade local como elementos-chave do projeto. A Embraer, no Brasil, está fabricando aeronaves que requerem baixo consumo de combustível.

“Um dos grandes desafios continua a ser a questão da infraestrutura, e, em especial, do controle do tráfego aéreo. Na Europa e nos Estados Unidos, os aviões têm de sobrevoar aeroportos congestionados e voar por espaços aéreos lotados. O controle do tráfego aéreo tem sido feito de modo muito seguro, mas devemos usar novas tecnologias para garantir ainda maior segurança nas viagens aéreas e, ao mesmo tempo, maior eficiência. A América Latina deve também cuidar para que, à medida que sua indústria aérea cresce, seja feito um planejamento adequado no presente, para os passageiros do futuro.” Afirma Steele.

O uso de biocombustíveis na aviação é objeto de muitos debates. “Trata-se de uma novidade muito empolgante”, disse Steele. “Depois de três anos de testes bastante rigorosos, recebemos, poucas semanas atrás, aprovação para a utilização de biocombustíveis em voos comerciais. Esses voos já começaram, e é fantástico ver a indústria aproveitando esta oportunidade com entusiasmo.”

“Os biocombustíveis nos permitirão crescer e, ao mesmo tempo, reduzir nossas emissões globais. Estimamos que, com o uso de biocombustíveis sustentáveis, seremos capazes de reduzir nossas emissões em até 80%. Em termos técnicos, sabemos que os biocombustíveis são viáveis na aviação, e há um grande número de voos de teste que o comprovam – inclusive o importante voo de teste da empresa TAM realizado aqui no Rio de Janeiro, no ano passado. Tecnicamente o biocombustível de aviação já provou ser eficiente, agora é fundamental o aumento da comercialização dessa nova fonte de energia” completou Steele.

A ATAG publicou um relatório, Powering the Future of Flight (Abastecendo o Futuro da Aviação), no qual foram identificados “seis passos fáceis” que os governos deveriam tomar para ajudar a aviação e o setor de combustíveis a adotar biocombustíveis sustentáveis na aviação. São eles:

1) Desenvolver pesquisas sobre novas fontes de matéria-prima e processos de refinamento;

2) Eliminar quaisquer riscos nos investimentos públicos e privados em biocombustíveis para a aviação;

3) Incentivar as empresas aéreas a usarem biocombustíveis desde cedo;

4) Incentivar stakeholders a adotarem sólidos critérios de sustentabilidade internacional;

5) Identificar oportunidades locais de crescimento ecológico;

6) Estabelecer coalizões que incluam todos os elementos da cadeia de suprimento.

Fonte: GeoPolítica Brasil com informações direto da ATAG
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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Relatório recomenda aos EUA apoio ao Brasil por vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU

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As pretensões brasileiras de obter uma vaga permanente no Conselho de Segurança (CS) da ONU foram o principal ponto de dissensão nos debates do aguardado relatório sobre o Brasil elaborado pelo Council on Foreign Relations (CFR), um dos mais prestigiados e influentes centros de estudos americanos, com divulgação prevista para breve e ao qual O GLOBO teve acesso. O documento recomenda que o governo Barack Obama “apoie totalmente” o Brasil como um membro permanente do CS, e que incentive negociações com esse objetivo.

“Um endosso formal para o Brasil contribuiria muito para superar a suspeita remanescente dentro do governo brasileiro de que o compromisso dos EUA com uma relação madura entre iguais é em grande parte retórica. (…) Há pouco a perder e muito a ganhar com o apoio americano oficial a um assento brasileiro permanente neste momento”, diz o texto prévio do “Independent Task Force on Brazil” (Força-Tarefa Independente sobre o Brasil), dirigido por Julia Sweig, reputada especialista em América Latina do CFR.

Num adendo, porém, nove dos cerca de 30 colaboradores do documento discordaram dos termos escolhidos e apresentaram nuances à forma do apoio americano. O grupo dissidente reconhece os méritos da demanda de Brasília, mas acredita que uma abordagem “mais gradual” seria mais eficaz em meio às complexidades diplomáticas no caso de um firme apoio americano. O grupo teme que um declarado endosso de Washington – como foi feito na visita de Obama à Índia, em relação as mesmas ambições de Nova Délhi – poderia ter repercussões adversas imediatas na América Latina e causar problemas para os EUA nas relações com aliados na região. Os dissidentes aprovam o tom aberto e menos conclusivo da declaração feita por Obama no Brasil, em março, e aconselham consultas prévias ao Congresso americano como a estratégia mais adequada para pavimentar com sucesso o caminho brasileiro na busca da vaga permanente.

Entre os vários nomes que participaram das discussões para a costura do documento estão Riordan Roett (Johns Hopkins University), Nelson W. Cunningham (conselheiro no governo Bill Clinton), David Rothkopf (CFR), Joy Olson (Washington Office on Latin America), James Wolfensohn (ex-presidente do Banco Mundial), Louis Caldera (Center for American Progress), Shepard Forman (Center on International Cooperation), Samuel Bodman (ex-secretário de Energia) ou Eileen Claussen (PEW Center on Global Climate Change). A seguir, os principais pontos.

ORIENTE MÉDIO: Outro ponto de discórdia foi a participação do Brasil em questões de segurança no Oriente Médio. O documento avalia que o envolvimento nas negociações de paz entre Israel e Palestina era coerente com a política externa expansiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Especialmente à luz do episódio do Irã em 2010 (em que Brasília e Washington se confrontaram na forma de abordar o controle do programa nuclear iraniano), a Força-Tarefa considera que o envolvimento do Brasil, nas questões de segurança do Oriente Médio, pode enfraquecer as credenciais do país para negociar em outras questões de interesse internacional em que sua participação é não só mais lógica como mais necessária”, diz o texto. A recomendação, no entanto, não foi unânime: “Consideramos que seria impróprio tanto para um relatório como este como para os EUA procurar ditar como o Brasil deve conduzir seus interesses nacionais pelo mundo”, escreveram vozes dissonantes.

IRÃ: Na avaliação do grupo, embora pareça que a presidente Dilma Rousseff “tenha minimizado a importância da dimensão de segurança nas relações com o Irã”, a iniciativa do Brasil em negociar com Teerã no ano passado não foi “meramente produto das personalidades que estavam à época no poder”. “A experiência do Irã ilustra a necessidade de os dois países estabelecerem mecanismos para prevenir e mitigar mal-entendidos e visões conflitantes das questões de segurança internacional”, diz o texto.

DIREITOS HUMANOS: O relatório elogia o compromisso demonstrado por Dilma Rousseff na defesa dos direitos humanos e destaca os esforços feitos nos primeiros meses de governo nesse tema em relação à América Latina, ao Oriente Médio e ao Irã. “A posição de Dilma quanto a algumas questões de segurança do Oriente Médio – a condenação das atrocidades na Líbia e o voto para aprovar um relator especial de direitos humanos para o Irã – tem assinalado uma diferenciação da abordagem estritamente não intervencionista de Lula. Ainda assim, o Brasil se absteve de votar no Conselho de Segurança para autorizar a intervenção na Líbia”. Para o grupo, o apoio formal do Brasil numa iminente votação na ONU sobre o Estado palestino também indicará até que ponto Dilma “vai diferenciar sua política externa daquela exercida por seu predecessor com respeito ao Oriente Médio”.

ABSTENÇÃO DE VOTOS: O documento aconselha os americanos a compreenderem que o padrão brasileiro de se abster em votações em importantes fóruns internacionais, como a ONU, não reflete necessariamente uma discordância com a proposta da resolução. “Os brasileiros empregam a abstenção para expressar sua frustração com o tratamento não sistemático das questões, levantando frequentemente a contradição, por exemplo, de a comunidade internacional censurar o Irã, mas não a Arábia Saudita”. Ao mesmo tempo, alerta o texto, o Brasil não corre o risco de perder sua independência quando, vez ou outra, votar em conjunto com os EUA.

AMÉRICA LATINA: O Brasil é elogiado pela defesa da democracia no continente, mas criticado por não se aliar aos EUA na promoção dos direitos humanos e democráticos em países como Venezuela, Cuba, Colômbia ou Nicarágua: “Por exemplo, embora não apoie os abusos de Poder Executivo e direitos humanos do presidente venezuelano, Hugo Chávez, o atual governo brasileiro não faz esforços visíveis para encorajá-lo a cessar essas atividades.”

ETANOL: O Congresso americano deve eliminar os subsídios para os produtores de etanol do país. O grupo recomenda que os EUA usem o fim da subvenção para negociar a redução de barreiras comerciais para produtos americanos no Brasil.

CÂMBIO: Brasil e EUA devem expandir os canais de comunicação entre suas políticas comerciais e monetárias, especialmente em relação à China. O grupo sugere que os dois países “encontrem uma linguagem comum” para enfrentar os desafios apresentados pela China, a fim de convencê-la a permitir a valorização do iuan.

BRASIL E EUA: O relatório defende uma relação promissora e de alto nível entre Brasília e Washington, e sugere que Obama organize um encontro interministerial entre os dois países, como promovido pelo presidente George W. Bush em 2003. Também recomenda diretores exclusivos para o Brasil no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e no Departamento de Estado, à parte do Cone Sul, como é hoje. “Os presidentes Obama e Rousseff estabeleceram a base para o progresso em muitas frentes. O momento de construir sobre essa fundação positiva é agora”.

Fonte: O Globo
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domingo, 3 de julho de 2011

União Africana pede que países não cumpram mandado contra Gaddafi

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A União Africana pediu que seus membros não executem o mandado de prisão contra o ditador líbio Muammar Gaddafi, emitido pelo TPI (Tribunal Penal Internacional) na última segunda-feira.

No encerramento da cúpula da União Africana, neste sábado, líderes dos países africanos disseram que o mandado de prisão traz sérias complicações aos esforços da instituição de encontrar uma solução pacífica para o conflito na Líbia.

Segundo o correspondente da BBC em Malabo, na Guiné Equatorial, Thomas Fessy, o chefe da comissão africana, Jean Ping, afirmou que os países não estão contra o tribunal.

No entanto, Ping disse que o tribunal parecia estar visando somente oficiais do continente africano e afirmou que o promotor-chefe do TPI, Luis Moreno-Ocampo, é "uma piada".

Não é a primeira vez que os países da União Africana vão contra uma decisão do TPI.

Os países do continente também optaram por permitir que o presidente do Sudão, Omar Bashir, viaje pelo continente impunemente, apesar de um mandado de prisão contra ele, também emitido pelo Tribunal.

DIÁLOGO

Horas antes, os rebeldes líbios aceitaram uma oferta de diálogo sobre o futuro do país, sem o envolvimento de Gaddafi, feita pelos países da União Africana.

Representantes dos rebeldes, que foram convidados para a cúpula, disseram que é a primeira vez que a instituição reconheceu a demanda do povo líbio por democracia e direitos humanos.

O representante do Conselho Nacional de Transição na França, Mansur Saif al-Nasr, disse à BBC que este a proposta de diálogo é um passo à frente.

"O espírito do documento é que Gaddafi não terá mais um papel a cumprir no teatro da Líbia", afirmou.

A União Africana também pediu um cessar-fogo imediato e a suspensão da zona de exclusão aérea aprovada pela ONU, que abriu o caminho para a intervenção militar da Otan no país.

No comunicado, os países dizem que os dois lados do conflito devem fazer um pedido forma à ONU para uma missão de paz na Líbia para monitorar a implementação da suspensão de hostilidades.

Mas os representantes dos rebeldes dizem que pediriam uma série de garantias da União Africana antes de concordar com um cessar-fogo.

Fonte: BBC Brasil
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Conhecendo o G-20

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O G-20 foi estabelecido em 1999, em conseqüência das seguidas crises de balança de pagamento das economias emergentes durante a segunda metade da década de 1990. O objetivo era reunir países desenvolvidos e os países em desenvolvimento sistemicamente mais importantes, para cooperação em temas econômicos e financeiros.

Panorama internacional

O grupo adquiriu maior relevo após a crise financeira internacional iniciada em 2008. A crise teve como origem o baixo nível de regulação e supervisão dos mercados financeiros praticado nos países desenvolvidos e, por canais de transmissão como o comércio internacional, as transferências unilaterais ou investimento direto externo, repercutiu em todo o mundo. O esgotamento do modelo de gestão macroeconômica defendido pelas economias desenvolvidas, a composição do grupo, unindo países desenvolvidos e países em desenvolvimento, a maior resiliência das economias emergentes à crise e a eficácia de suas medidas anticrise, contribuíram para que o G-20 fosse designado como o principal foro para a cooperação econômica internacional, conforme estabelecido na Declaração de Pittsburgh.

As Cúpulas de Washington, de Londres e de Pittsburgh representaram um processo em que se transferiram de foros restritos para o G-20 as discussões e as decisões sobre temas pertinentes à estabilidade da economia global. A legitimidade ao G-20 derivou de sua eficiência em coordenar uma resposta eficiente à crise iniciada em 2008, evitando o colapso do sistema econômico internacional.

Agenda do G-20

Ainda que a fase mais aguda da crise financeira tenha sido superada, persistem os seus efeitos sobre a sustentabilidade fiscal de muitos países e a crise do emprego, que tardarão anos para serem equacionadas. Atualmente, o trabalho do G-20 consiste tanto no enfrentamento destes efeitos mais duradouras da crise como também na construção de uma nova arquitetura financeira internacional, que seja mais aberta à participação dos países em desenvolvimento, mais estável e resistente a crises como a recente.

Desajustes globais: os membros do G-20 debatem propostas de novos modelos de crescimento e de estabilidade econômica, com vistas a corrigir os grandes desequilíbrios macroeconômicos internacionais. A intensificação da coordenação e da troca de informações sobre as gestões macroeconômicas nacionais resultará em uma economia internacional mais estável e previsível.

Instituições financeiras internacionais: o G-20 respondeu ao chamado por uma maior participação dos países em desenvolvimento nas instituições financeiras internacionais. Organismos e instituições como o Comitê da Basiléia para a Supervisão Bancária e o Conselho de Estabilidade Econômica, entre outros, admitiram países em desenvolvimento entre seus membros pela primeira vez. O aumento da participação das economias em desenvolvimento nas Instituições de Bretton Woods deverá ser concluído ao longo de 2010.

Regulação e supervisão financeiras: em conjunto com o Banco de Compensações Internacionais (Bank of International Settlements), com o Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board) e com o FMI, o G-20 atua na elaboração e coordenação de políticas regulatórias e de supervisão do sistema financeiro. As medidas em estudo têm como objetivo evitar a repetição das práticas irresponsáveis e arriscadas de instituições financeiras que levaram à crise atual.

Temas não-financeiros no G-20: embora as discussões no G-20 se tenham concentrado na crise financeira, há consenso de que sua agenda poderá ampliar-se e abarcar temas econômicos em sentido amplo no médio prazo. Os temas do desenvolvimento, do trabalho e da energia têm sido colocados na agenda paulatinamente.

O Brasil e o G-20 Financeiro

O Brasil percebeu, durante a crise financeira, o surgimento de uma oportunidade para a mudança na estrutura do sistema financeiro e econômico internacional. O País apoiou vigorosamente os trabalhos do grupo e atuou como um dos principais atores no processo de consolidação do G-20 como o principal foro para lidar com temas econômicos internacionais. O Brasil segue defendendo a maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões sobre a economia mundial.

As transformações e as reformas em andamento na arquitetura do sistema financeiro e econômico internacional representam um momento singular, no qual, pela primeira vez, os países em desenvolvimento estão presentes na mesa de negociações desde o princípio. Ao contrário do que ocorria no passado, quando os países desenvolvidos, reunidos no G-7, negociavam apenas entre si e divulgavam modelos prontos para a aplicação uniforme nos demais países, as discussões no âmbito do G-20 contam com a participação de países em desenvolvimento em todas as suas fases. As medidas propostas pelo grupo têm maior legitimidade e representatividade do que no passado recente.

Em 2010, excepcionalmente, o G-20 organizou duas Cúpulas, a primeira em 26 e 27 de junho, em Toronto, e a segunda, nos dias 11 e 12 de novembro, em Seul. O Brasil tem tido participação ativa em todos os exercícios e encontros do G-20, como reuniões dos Ministros do Trabalho, de Ministros de Finanças (Fazenda), de Vice-Ministros de Finanças e de Sherpas. Seminários e exercícios como os de coordenação e de troca de informações para o Marco para o Crescimento Sólido, Sustentado e Equilibrado e para a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis também têm sido recebido muita atenção da política externa brasileira. O Brasil reconhece a legitimidade das iniciativas do G-20 e tem buscado, por meio de sua atuação externa, exemplificar a grande importância que confere a este grupamento como o foro primordial para a discussão dos assuntos econômicos mundiais.

Fonte: Itamaraty
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Vice-premiê britânico defende vaga fixa ao Brasil no Conselho de Segurança

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O vice-premiê britânico, Nick Clegg, defendeu nesta terça-feira em Brasília que o Conselho de Segurança da ONU seja reformado e que o Brasil ganhe um assento permanente no órgão.

“Grandes passos foram dados para estabelecer a cooperação multilateral nos últimos 60 anos, mas a realidade é que, a menos que novos atores sejam trazidos inteiramente para o sistema multilateral, eles crescentemente procurarão por outras formas de operar”, declarou Clegg, em discurso para diplomatas brasileiros no Instituto Rio Branco.

“É por isso que ativamente apoiamos uma cadeira permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.”

A vaga permanente, atualmente de posse apenas de Grã-Bretanha, Rússia, China, EUA e França, é uma antiga aspiração do Brasil, e a declaração de Clegg tem cunho majoritariamente simbólico, já que mudanças no Conselho de Segurança dependeriam de uma reforma da ONU.

O vice-premiê, número dois na hierarquia do governo britânico, esteve acompanhado em sua visita por representantes de universidades e de ministros das áreas de Esporte, Cultura, Comércio e Educação, além de 40 empresários de setores como infraestrutura, petróleo, gás, serviços, biotecnologia, construção e energia.

Clegg, que em Brasília encontrou o chanceler Antonio Patriota e o vice-presidente Michel Temer, disse que o principal objetivo de sua viagem ao Brasil era fazer negócios: “Para a Grã-Bretanha, esta visita é, sobretudo, uma missão comercial. Se isso parece pragmático, é porque é. Comércio significa empregos, e isso é o que o povo da Grã-Bretanha quer”.

Horas antes, em São Paulo, onde o vice-premiê se reuniu com o governador Geraldo Alckmin e visitou uma indústria de etanol, o ministro-adjunto britânico de Comércio e Investimento, Lorde Green, anunciou a meta de dobrar as exportações para o Brasil até 2015.

Em 2010, o intercâmbio comercial entre os dois países chegou a US$ 7,7 bilhões, com superavit brasileiro de US$ 1,4 bilhões, ainda que as exportações britânicas tenham crescido 29% naquele ano.

A visita de Clegg é vista como uma “ofensiva” do governo britânico em países que considera as estrelas das próximas décadas, como delineou o ministro do Exterior britânico, William Hague, em um discurso feito no centro de estudos Canning House, no ano passado.

Olimpíadas

Em seu discurso, Clegg disse ainda oferecer ao Brasil, em troca de abertura aos empresários britânicos, ajuda nos setores de educação e na organização das Olimpíadas de 2016 no Rio e da Copa do Mundo de 2014, já que Londres sediará os Jogos Olímpicos de 2012.

Segundo ele, “o grande desafio para todas as economias avançadas do século 21 é permanecer espertas: para sair na frente em tecnologia, educação, eficiência energética, regulação efetiva e serviços públicos”.

Antes do discurso, ambos os países assinaram acordo entre o Grupo BG e o Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq, por meio do qual o Grupo BG financiará até 450 novas bolsas de estudos para estudantes brasileiros na Grã-Bretanha ao longo dos próximos 5 a 8 anos.

Também foram assinados memorandos de entendimento sobre intercâmbio e cooperação cultural e sobre segurança e crime – os dois países se comprometeram a cooperar para combater o crime organizado, o tráfico ilegal de drogas e as ameaças à segurança cibernética internacional.

Malvinas

Após encontrar-se com Patriota, Clegg disse a jornalistas ter conversado com o chanceler sobre as ilhas Malvinas (Falklands) – território britânico no Atlântico reivindicado pela Argentina.

“Enfatizei que o governo britânico aprecia que se mantenha a temperatura retórica o mais baixo possível.” Ele afirmou que a Grã-Bretanha tem a “determinação contínua e duradoura de proteger o status soberano” das ilhas.

Clegg embarcou na noite de terça para o Rio de Janeiro, onde participará, na quarta-feira, de uma conferência dedicada a discutir o legado e a sustentabilidade em Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Ele encerra sua visita ao Brasil no Copacabana Palace, onde comparecerá a uma festa de comemoração do aniversário da rainha Elizabeth 2ª.

Fonte: BBC Brasil
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domingo, 29 de maio de 2011

Liga Árabe vai pleitear assento para Estado palestino na ONU

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A Liga Árabe decidiu, no sábado, pleitear uma participação plena como membro da ONU para um Estado palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como a sua capital, ignorando a oposição dos EUA e de Israel.

O comitê do processo de paz da Liga Árabe, reunido em Doha, disse que vai solicitar o reconhecimento do Estado da Palestina como membro na reunião da Assembléia Geral da ONU, em Nova York, em setembro.

"O comitê decidiu ir às Nações Unidas solicitar a adesão plena para a Palestina nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como a sua capital", disse em um comunicado.

As fronteiras de 1967 fazem referência às fronteiras de Israel, como elas eram na véspera da Guerra de 1967, em que tomou a Faixa de Gaza do Egito e da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, da Jordânia.

A liderança palestina começou conversações de paz com Israel há quase duas décadas, com o objetivo de fundar um Estado, ao lado de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Israel diz que as conversações de paz e um acordo são a única maneira para que os palestinos alcancem seu objetivo de ter uma nação.

Mas com o processo de paz paralisado, a liderança palestina tem procurado novas maneiras de avançar na sua causa. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, se opõe ao uso da violência.

O movimento da Liga Árabe na ONU parece fadado ao fracasso, por causa da oposição dos EUA, que têm poder de veto no Conselho de Segurança. Mas Israel teme que a manobra o faça parecer vulnerável no terreno da diplomacia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, em um discurso no dia 19 de maio, condenou o que ele descreveu como "ações simbólicas para isolar Israel nas Nações Unidas", uma referência ao plano dos palestinos de forçar o seu reconhecimento durante a reunião de setembro.

Atualmente, os palestinos têm o status de observadores da ONU, sem direito a voto.

Fonte: Reuters
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sexta-feira, 27 de maio de 2011

G8: internet, mundo árabe, África e energia na agenda

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Controle dos direitos autorais na internet, definição e gestão dos sistemas econômicos dos regimes saídos da “Primavera Árabe”, aposta a fundo no desenvolvimento e exploração do mercado africano, relançamento da energia nuclear e apropriação das questões ambientais como barreira às estratégias com base em energias alternativas e poupança de energia são os pontos essenciais da agenda.

Todos os habitantes das zonas residenciais de Deauville incluídas no “perímetro de segurança” da cimeira do G8 foram identificados, fichados e as suas privacidades passadas a pente fino para proteção de Nicolas Sarkozy e hóspedes chegados dos Estados Unidos da América, Canadá, Japão, Reino Unido, Alemanha, Itália, Rússia e também em representação da União Europeia.

Uma consulta do site oficial da cúpula de Deauville reflete a grande preocupação das principais potências econômicas e militares mundiais (onde ainda não figura a China) com o controle da evolução das preocupações ambientais no mundo e com o enriquecimento do grande mercado mundial agora através do desenvolvimento do mercado africano. “O desenvolvimento do setor privado é o motor do crescimento na África”, sublinha a agenda da cúpula.

As questões ambientais, uma das grandes preocupações gerais no mundo, mobilizam os dirigentes do G8 nesta reunião no sentido de reforçarem o controle sobre o modelo em que tais assuntos devem ser inseridos. Os materiais da cúpula permitem perceber a marginalização das estratégias relacionadas com as energias alternativas e a poupança de consumo em contraste com a aposta nas energias convencionais.

O relançamento da energia nuclear depois da tragédia de Fukushima é uma das preocupações da cúpula dentro do quadro da apresentação desta fonte energética como segura, a mais limpa e a mais importante das “alternativas”. Numa reunião que se realiza no país que é o maior produtor mundial de energia nuclear o relatório sobre segurança nuclear será apresentado pela Rússia 25 anos depois da tragédia de Tchernobyl, central então sob controle de Moscou.

A “Primavera Árabe” está na agenda do G8, encarada numa perspectiva de evitar que os regimes em formação optem por modelos econômicos que não sejam compatíveis com a “economia de mercado” tal como é entendida pelos membros do G8. O exemplo é dado pela presença em Deauville de 21 economistas de renome mundial que irão apresentar as bases de desenvolvimento da economia da Tunísia.

Os chefes do G8 farão igualmente um balanço das guerras do Afeganistão, do Iraque e da Líbia, esta desencadeada pelo próprio grupo durante a sua reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros realizada em março. Na ordem do dia estarão os meios econômicos e militares para sustentar o regime de Benghazi depois de a senhora Ashton, alta comissária da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, ter declarado o “apoio incondicional” a essa facção da luta interna pelo poder.

Altos responsáveis de impérios da internet como o Facebook e a Amazon serão recebidos pelo G8 no âmbito de uma previsível tentativa de controle do funcionamento da rede, neste caso à luz do argumento da proteção dos direitos de autor.

Apesar de alguns analistas citados na comunicação social francesa considerarem que Sarkozy dará grande importância à reunião do G20 em novembro no âmbito da sua campanha de recandidatura à presidência, a reunião do G8 é, de fato, a que marca a agenda e toma as decisões estratégicas para a ordem mundial.

Fonte: Carta Maior
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Países do G8 querem a Rússia como mediadora do conflito na Líbia

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A Rússia afirmou nesta quinta-feira durante a cúpula do G8 em Deauville que França, Reino Unido e Estados Unidos pediram que o país atue como mediador no conflito da Líbia e ajude a negociar um cessar-fogo, segundo uma porta-voz do presidente russo, Dmitri Medvedev.

"Foi pedido à Rússia que assuma o papel de mediadora para solucionar a situação na Líbia", indicou a porta-voz do presidente russo, Natália Timakova.

A mesma fonte informou que esses pedidos de Estados Unidos, França e Reino Unido ocorreram durante as reuniões bilaterais que Medvedev realizou com seus colegas Barack Obama, Nicolás Sarkozy e o premiê britânico, David Cameron.

Esses três países lideraram a resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizando os ataques militares lançados em 19 de março contra as forças do ditador Muammar Gaddafi. Desde o fim de março esses ataques estão sob o comando da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A Rússia criticou os bombardeios, mas se absteve de vetar essa resolução que autorizou o uso da força para proteger civis.

O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, falou nesta quinta-feira por telefone com o primeiro-ministro de Gaddafi, Al Baghadadi al Mahmudi, que também lhe pediu uma mediação para chegar a um cessar-fogo, indicou a Chancelaria russa.

Fonte: France Presse
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No G8, Reino Unido promete US$ 175 mi em ajuda aos países árabes

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O Reino Unido prometeu £ 110 milhões (US$ 175 milhões) para impulsionar reformas nos países árabes que passam por uma transição democrática, indicou nesta quinta-feira um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron em Deauville (noroeste de França), onde se realiza a cúpula do G8.

A promessa foi feita pouco depois de o premiê britânico ter afirmado que, apesar de seus problemas econômicos, as nações mais industrializadas do mundo devem ajudar o Oriente Médio e o Norte da África, ou ficarão expostas a uma propagação do "extremismo venenoso".

Entre os países que serão beneficiados por esta ajuda estão Tunísia e Egito, onde as revoltas populares derrubaram no início de 2011 regimes autoritários no poder há décadas durante a chamada "Primavera Árabe", assim como Marrocos e Jordânia, disse o porta-voz de Cameron, que participa da cúpula.

Cerca de £ 40 milhões serão destinadas à promoção de reformas políticas enquanto os outros £ 70 milhões ficarão concentrados no desenvolvimento econômico, indicou.

"Este apoio aos povos do mundo árabe está no coração de nosso interesse nacional. Uma incapacidade de atuar poderá provocar instabilidade na porta da Europa, um retorno a regimes autoritários, conflitos e terrorismo", acrescentou o porta-voz.

Fonte: France Presse
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

O surgimento de outra governança mundial

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O Ocidente é bem pouco atento aos movimentos do mundo quando ele não é o autor dos mesmos. Os franceses, eles mesmos, são muito egocêntricos. No final de semana passado, na China, o encontro dos BRICS, reunindo os chefes de Estado do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul, me parece ter incidido seriamente no processo de globalização: o que era global e, assim, unificador, está se tornando complexo e, portanto, plural.

Os membros do “Boao forum for Asia”, entre os quais um punhado muito pequeno de ocidentais, foram convidados a participar das conclusões desse encontro estratégico, entre a indiferença geral dos países desenvolvidos. Foi um erro do Ocidente. O G-5 tem a intenção de desempenhar seu papel na governança mundial por meio de sua diplomacia e de sua economia combinadas.

Com altos níveis de crescimento e esforços de controle orçamentário, especialmente no Brasil, e com reservas consideráveis, ligadas à poupança popular na China, esse “bloco” tem perfeita consciência dos “serviços” que ele presta à economia mundial. Alguns elementos são particularmente marcantes:

- Esses cinco países são dirigidos por cinco líderes mundiais, todos conhecidos e reconhecidos na cena internacional. A denominação do encontro era clara: “BRICS – Encontro de Líderes”. Em cada um de seus continentes, esses cinco líderes exercem uma influência mundial. Juntos, eles representam cerca da metade do planeta. No contexto de uma governança mundial que valoriza líderes, entre eles Barack Obama, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel..., que a praticam permanentemente, os países emergentes não ficam para trás.

A liderança, agora, está acessível a todos.

- Os BRICS parecem compartilhar um programa comum:

Solidariedade: Juntos, eles querem influenciar a reforma do sistema mundial, financeiro e monetário: “we can not let foreign capital come and go as it pleases” (“Nós não podemos deixar o capital externo ir e vir ao seu bel prazer”). Esta solidariedade se mostra recíproca: ouvimos, por exemplo, a China interceder pela entrada da Rússia na OMC. Eles estão em busca de projetos comuns, misturados, para os quais a imigração criadora seria encorajada e legalizada.

Inflação: A inquietude chinesa junta-se aqui às preocupações brasileiras em relação a um ritmo de inflação que, no Brasil, apontava em janeiro para uma projeção anual de 6%. Os BRICS querem coordenar melhor uma luta comum em torno dessa questão. A Europa não está isenta desta inquietude. Para nós, o nível da dívida aumenta a gravidade desse tema.

Crescimento: Os cinco países fazem da busca de um “novo crescimento” uma prioridade compartilhada; um crescimento menos faminto por carbono e menos gerador de desigualdade que o tradicional crescimento ocidental. O XII plano chinês propõe um crescimento verde (economia de energia, energias renováveis, cidades verdes...) e social (habitação, proteção social, saúde, combate às desigualdades regionais...), todos temas consensuais entre os cinco países.

Como a liderança, a virtude do desenvolvimento durável não é algo reservado a uns poucos.

A paz é a última mensagem, mas não a menor. A cúpula dos BRICS foi precedida por um apelo do presidente Hu Jintao por um cessar fogo na Líbia. Os emergentes querem ser pacíficos e se apresentam como tal! A mensagem ganhar força pelo contraste com o mundo ocidental engajado militarmente em um grande número de teatros.

Essa estratégia dos BRICS não deveria colocar grandes problemas pra a diplomacia francesa que está engajada, com credibilidade, pela reforma da governança mundial. Nós mantemos excelentes relações com cada um destes países.

Como a China, a França se posiciona no interior de numerosos círculos, na intersecção dos quais ela procura as posições favoráveis às suas convicções e aos seus interesses. Isso nos impõe, contudo, uma visão mais complexa do que simplificadora da globalização e uma ênfase de nossa ação exterior privilegiando mais nossa diplomacia econômica.

Por: Jean-Pierre Raffarin, ex-primeiro ministro da França, vice-presidente do Senado.

Fonte: Le Monde via Carta Maior
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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Países do Golfo querem transferência de poder no Iêmen

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O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve passar o poder para o seu vice-presidente e permitir que a oposição lidere um governo de transição, que prepare novas eleições, disseram países árabes do Golfo neste domingo.

O governo de Saleh e a oposição se encontrarão na Arábia Saudita para discutir a "unidade, segurança e estabilidade" do Iêmen, afirmaram num comunicado ministros do Exterior de países do Conselho de Cooperação do Golfo, reunidos na capital saudita.

"A formação de um governo de união nacional sob a liderança da oposição, com o direito de formar comitês, elaborar uma constituição e chamar eleições" foi um princípio chave da reunião entre os dois lados, disseram os ministros.

O encontro entre a oposição e Saleh seria baseado no entendimento sobre a transferência de poder do presidente para o seu vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi. Não foi fixada data para este encontro.

O Conselho do Golfo tem pressionado Saleh a negociar com os partidos de oposição, depois de dois meses de protesto contra o seu regime de 32 anos.

Na sexta-feira, Saleh, por muito tempo considerado pelo Ocidente um aliado vital contra a al Qaeda, reagiu com irritação a comentários do premiê do Catar, para quem a mediação levaria à saída do presidente do Iêmen do poder.

"Não tiramos nossa legitimidade do Catar ou de qualquer outro. Rejeitamos essa intervenção", disse Saleh a milhares de simpatizantes na capital.

Catar é a base da rede de TV Al Jazeera. Os correspondentes da rede no Iêmen tiveram as suas credenciais revogadas.

Preocupados que acordos da negociação poderiam postergar a saída de Saleh, milhares realizaram uma passeata de protesto neste domingo na capital Sanaa.

Fonte: Reuters
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domingo, 10 de abril de 2011

Kadhafi recebe representantes da UA e aparece para imprensa internacional

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O ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, fez neste domingo (10) a primeira aparição para a imprensa internacional depois de semanas, após reunião com a delegação presidencial da União Africana (UA). Presidentes africanos tentam mediar diálogo entre governo líbio e os rebeldes, que pedem a saída do ditador.

Kadhafi acenou do teto solar de um carro, mas não deu declarações. No período recluso, as únicas aparições de Kadhafi foram em imprensa estatal.

A delegação presidencial da União Africana (UA) que chegou neste domingo a Trípoli para tentar mediar o conflito líbio foi recebida pelo ditador Muamar Kadhafi em uma tenda de sua residência de Bab el Aziziya.

Ao término do encontro, os membros da delegação posaram para fotos e saíram sem dar declarações.

A missão da UA é integrada pelos presidentes Amadou Toumani Turé (Mali), Jacob Zuma (África do Sul), Mohamed Ould Abdel Aziz (Mauritânia) e Denis Sassou-Nguesso (Congo), além do primeiro-ministro das Relações exteriores Henry Oryem Okello, que representa o presidente de Uganda, Yoweri Museveni.

Os cinco dirigentes viajaram separadamente da cidade de Nuakchott, onde se reuniram na noite de sábado (9). A delegação foi recebida por partidários de Muamar Kadhafi, que carregavam retratos do ditador e bandeiras verdes do regime.

No sábado, após a reunião em Nuakchott, os mediadores reiteraram os objetivos de sua missão: "o fim imediato de todas as hostilidades", o envio de ajuda humanitária e o início de um diálogo entre o regime e a insurreição.

Depois de Trípoli, os mediadores viajarão a Benghazi, bastião dos rebeldes, para tentar convencê-los a abandonar as armas.

Fonte: Portal G1
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pedido de OEA sobre Belo Monte irrita diplomacia brasileira

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A solicitação da OEA (Organização dos Estados Americanos) para que o governo suspenda o licenciamento e a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), irritou a diplomacia brasileira, que esperava poder debater mais a questão antes da decisão.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores chamou hoje as declarações da entidade de "precipitadas e injustificáveis".

O pedido foi feito na sexta-feira passada pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão da OEA. O Brasil tem até o dia 15 para respondê-la.

Ela não implica em nenhuma consequência prática imediata. Mas, caso as explicações brasileiras não convençam a comissão, o caso pode chegar à Corte Interamericana de Direitos Humanos, também da OEA. Nela, o país pode ser condenado e sofrer sanções.

O governo considera essa possibilidade remota, segundo a Folha apurou. A reportagem contatou a assessoria da organização, que não retornou os recados.

Em sua solicitação, a comissão estipulou quatro condições para que a hidrelétrica seja construída.

Primeiro, o governo federal deve consultar os indígenas que serão de alguma maneira atingidos pelas obras, "com o objetivo de [se] chegar a um acordo".

Segundo, antes mesmo de serem consultados, os índios da região deverão também ser corretamente informados sobre os planos da usina, tendo inclusive acesso a um EIA (Estudo de Impacto Ambiental) traduzido para suas línguas.

Por fim, o governo deve garantir "a vida e a integridade" dessas comunidades, assim como impedir a "disseminação de doenças e epidemias" entre seus integrantes, diz a CIDH.

DENÚNCIA

A decisão do órgão da OEA foi gerada por uma denúncia de novembro do ano passado, feita por diversas ONGs que tentam impedir a construção da usina, de custo estimado em ao menos R$ 19 bilhões.

A precariedade das consultas feitas às populações locais é um dos argumentos já usados pelo Ministério Público Federal para pedir a suspensão do processo de Belo Monte. Segundo o MPF, ela fere a legislação ambiental brasileira.

"Belo Monte é mais uma obra que ignora o que os povos dessa região pensam. Eles não foram ouvidos. É o modelo da ditadura militar", disse Roberta Amanajás, advogada da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, uma das ONGs que fez a denúncia.

O ministério defendeu o processo de licenciamento da hidrelétrica e afirmou que "o governo brasileiro está ciente dos desafios socioambientais" do projeto.

"Por essa razão, estão sendo observadas, com rigor absoluto, as normas cabíveis para que a construção leve em conta todos os aspectos sociais e ambientais envolvidos. O governo brasileiro tem atuado de forma efetiva e diligente para responder às demandas existentes."

"O pedido é um absurdo. Fere até a soberania brasileira", disse o senador Flexa Ribeiro, presidente da subcomissão do Senado que acompanhará o andamento das obras no Pará.

Fonte: Folha
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domingo, 20 de março de 2011

Liga Árabe critica ataques internacionais contra a Líbia

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O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, criticou neste domingo os ataques das forças ocidentais contra a Líbia e afirmou que a "proteção dos civis não necessita de uma operação militar".

"O que aconteceu na Líbia é diferente do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea, o que queremos é proteger os civis, e não bombardear mais civis", disse Moussa em entrevista coletiva em conjunto com o presidente do Parlamento europeu, Jerzy Buzek, na sede da Liga Árabe no Cairo.

Segundo Moussa, a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU tratava da proibição de qualquer invasão ou ocupação terrestre. "Dissemos que não é preciso nenhuma operação militar", acrescentou o secretário-geral da Liga Árabe, que explicou que pediu relatórios completos do que está acontecendo na Líbia.

A Líbia foi alvo neste sábado de ataques das forças da França, Estados Unidos e Reino Unido, que tiveram como alvo as forças do ditador Muammar Gaddafi em Benghazi, reduto rebelde no leste, e mais de 20 alvos do sistema integrado de defesa aérea no oeste.

Os ataques foram a primeira fase da operação Aurora da Odisseia, criada para proteger os civis líbios e impor uma zona de restrição aérea na Líbia, aprovada na quinta-feira (17) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

O governo líbio, contudo, denunciou o ataque das forças internacionais contra os civis. A TV estatal líbia disse no sábado que ao menos 48 civis morreram nos bombardeios. Já um funcionário do governo líbio da área de saúde disse neste domingo que o número de mortos subiu para 64.

"As pessoas morreram em decorrência de seus ferimentos, então o total de mortos subiu", disse o funcionário, que não quis ser identificado. O número não pôde ser verificado com fontes independentes.

Moussa ressaltou que a Liga Árabe apoiava a imposição de uma zona de exclusão aérea "para proteger os civis líbios e evitar qualquer medida adicional". O apoio dos países árabes da região é considerado crucial para a missão, operacionalizada pelas forças do Ocidente.

Além disso, ele destacou que algumas consultas vêm sendo feitas para a realização de uma reunião urgente da Liga Árabe sobre a situação em toda a região, e especialmente, na Líbia.

Fonte: Folha
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