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segunda-feira, 1 de junho de 2020

1º de Junho - Dia do Guerreiro de Selva, uma homenagem ao Cel. "Teixeirão" e a todos nossos guerreiros.

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Hoje o Exército Brasileiro comemora o "Dia do Guerreiro de Selva", data fixada em 1º de junho como uma justa homenagem ao nascimento do Coronel de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, mais conhecido como “Teixeirão” (1921-1987). Este bravo Guerreiro, nascido no sul do Brasil, era apaixonado pela Amazônia, e escreveu com grande louvor uma importante página da nossa história militar brasileira, tendo sido o primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), o qual esteve sob suas ordens entre 1964 a 1971. 

Coronel de Artilharia Jorge Teixeira de Oliveira

O Cel. Teixeira à época ainda major, atuou ativamente nos estágios de preparação do novo centro de instruções do Exército Brasileiro, participando do planejamento e implantação da Unidade. A implantação do CIGS foi um grande desafio em todos os sentidos, e exigiu de todos envolvidos naquela faina muita determinação, sendo um dos principais elementos que os movia nesta dura tarefa, era o amor pela Amazônia, levando os pioneiros do CIGS, como o coronel Teixeirão, a trabalhar dia e noite para tornar real toda a estrutura física e organizacional do CIGS, construindo o pilar de valores e sacrifícios que estão arraigados aquela organização militar, a qual possui toda uma mística que envolve o Guerreiro de Selva.

O Coronel Teixeira faleceu em janeiro de 1987, mas deixou um grande legado pela Amazônia, tendo sido ainda idealizador do Colégio Militar de Manaus nos idos anos 70, e mesmo após passar a reserva continuou defendendo nossa Amazônia. Em 1974, foi nomeado, pelo Presidente da República Ernesto Geisel, Prefeito da cidade de Manaus, cargo que ocupou até 1979. Após deixar o cargo de prefeito de Manaus, foi nomeado Governador do Território Federal de Rondônia e se tornou o primeiro Governador do Estado de Rondônia até 1985. Escrevendo em sua passagem política um grande legado desenvolvimentista para cidade de Manaus e o Estado de Rondônia. 

“Selva!”

O famoso brado de “Selva” tem sua criação atribuída ao Cel Teixeira. Conta-se que, na época de sua criação, mais especificamente em seus primeiros dias, o CIGS não dispunha de ficha de serviço de viatura, o que levava a sentinela a perguntar o destino das viaturas que saiam do quartel. Quase sempre recebia uma resposta apressada e precisa: “Selva!”. Era esse o destino. A resposta curta, tão repetida, fez-se saudação espontânea e vibrante, alastrou-se, expandiu o seu significado, ecoou por toda a Amazônia contagiando a todos com o mesmo ideal.

Hoje aos 96 anos do nascimento do Coronel “Teixeirão”, rendemos uma justa homenagem a esse Pioneiro Guerreiro  de Selva e a todos bravos Guerreiros de Selva que, assim como o pioneiro do curso, dedicam suas vidas com amor a defender a Amazônia brasileira.


Nós do GBN Defense e todos nós brasileiros, sabemos que nas matas ou no coração da selva, sempre estará um Guerreiro de Selva zelando pelo que é nosso. 

Podem pensar o que quiser, mas sabemos quem são nossos heróis, podem desejar tomar nossa Amazônia, mas jamais serão capazes de atentar contra nossa soberania, pois lá no meio da selva, onde muitos choram e o medo toma forma, temos a coragem, e a determinação do Guerreiro de Selva Brasileiro.

SELVA!!!! BRASIL!!!! 


GBN Defense - A informação começa aqui

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Classe Tamandaré - BNDES e EMGEPRON firmam acordo de cooperação

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representado por seu Presidente, Gustavo Henrique Moreira Montezano, e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), representada por seu Diretor-Presidente, Vice-Almirante (RM1-IM) Edesio Teixeira Lima Junior, assinaram, no dia 31 de janeiro, um Acordo de Cooperação.
O Acordo tem por finalidade o estabelecimento das bases de mútua cooperação a serem levadas a efeito por meio da colaboração de ambas as instituições, mediante o compartilhamento de conhecimento e informações, com o propósito de permitir o acompanhamento e aferição do Conteúdo Local.
A execução do contrato de obtenção, por construção, dos quatro Navios Classe Tamandaré, a empresa EMGEPRON será a contratada junto ao Consórcio Águas Azuis, vencedor para a construção dos navios no processo de Solicitação de Ofertas (“Request for Proposal – RFP”), promovido pela Marinha do Brasil.
O Conteúdo Local é a parcela do total de investimentos realizados no empreendimento que será despendida com a aquisição de bens e serviços produzidos por empresas brasileiras.
A exigência de Conteúdo Local no Programa dos Navios Classe Tamandaré, na ordem de 30% para o primeiro navio e 40% para os demais navios, gerará benefícios para a economia do País ao garantir mercado às empresas brasileiras.
Tais exigências contribuirá para instalação e consolidação de um parque industrial diversificado, para a capacitação tecnológica e empresarial e para o aumento da qualificação dos postos de trabalho.
Estiveram presentes na assinatura o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, diretores e assessores de ambas as instituições.

Fonte: Marinha do Brasil
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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

ABIMDE na Índia: missão do governo do Brasil resultará em novos negócios para empresas brasileiras da área de Defesa

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A missão do governo brasileiro à Índia garantiu a assinatura de 15 acordos comerciais entre os dois países. A ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) está acompanhando a visita oficial, que vai gerar novas oportunidades de negócios para as indústrias brasileiras da BID (Base Industrial de Defesa).

No último sábado, os governos do Brasil e da Índia anunciaram a assinatura de 15 acordos comerciais. A expectativa é que as exportações em armamentos do Brasil para a Índia aumentem para US$ 1 bilhão em cinco anos. Hoje, a participação do Brasil é de US$ 427 mil. A Índia é o segundo maior importador do mundo de produtos de Defesa do planeta, atrás apenas da Arábia Saudita, e tem o quarto maior orçamento militar do mundo.

A comitiva que acompanha o presidente Jair Bolsonaro é composta por empresários de oito grandes empresas associadas (Atech, Avibras, CBC, Condor, Embraer, MacJee, Omnisys e Taurus).  Os representantes do governo e das indústrias brasileiras têm realizado reuniões com autoridades e lideranças da área de Defesa e Segurança da Índia e com CEOs de indústrias do setor naquele país.

Nesta segunda-feira (27), ocorre o evento denominado Business Day Brasil-Índia, com a presença de autoridades dos dois países, empresários e investidores brasileiros e indianos. Na programação do evento, há seminário setorial sobre Defesa, que conta com a presença de Rodrigo Modugno, que é representante da Omnisys e um dos diretores do Conselho Diretor da ABIMDE.

Durante o seminário, Modugno destacou o papel da ABIMDE no fomento da BID no Brasil. Ele lembrou que a entidade possui mais 200 associadas e há 34 anos trabalha para disseminar o valor da indústria de defesa brasileira. “Um dos nossos principais papéis é o de promover a integração entre indústrias, centros de pesquisa, universidades e associações de defesa ao redor do mundo, o que demonstra a relevância deste evento dentro de nossa missão como associação”, afirmou.

O diretor ressaltou ainda o constante apoio recebido pela ABIMDE por parte da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), uma parceira estratégica na promoção internacional dos produtos de defesa brasileiros. “A indústria de defesa brasileira hoje exporta para 117 países, sendo que do volume total exportado, aproximadamente 98% são de empresas associadas à ABIMDE, o que reforça sua total representatividade junto ao setor.”

Nesta terça-feira (28), a programação da visita inclui ainda visitas técnicas e eventos de networking entre empresários brasileiros e estrangeiros no dia 28.

Novos negócios a caminho

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o Secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut, disse que o Brasil está na fase final de negociação de dois acordos com a Índia, que serão assinados nos próximos meses pelo ministro da pasta, Fernando Azevedo. Um dos acordos é para a criação de um fundo para financiar projetos estratégicos, produção e exportação de produtos de defesa e o outro é para cooperação no desenvolvimento e comercialização de equipamentos no setor.

Nesta segunda-feira, Degaut esteve ao lado do Secretário da Defesa da Índia, Ajay Kumar, na abertura do Primeiro Diálogo da Indústria de Defesa Brasil-Índia.

A missão do governo brasileiro à Índia faz parte de um acordo fechado durante encontro do presidente Bolsonaro com os membros do Brics – além do Brasil, o bloco é formado por Rússia, Índia, China e África do Sul, no ano passado, e está sendo organizada pelo Ministério da Defesa e pelo Ministério das Relações Exteriores, com apoio da Apex-Brasil e da ABIMDE.

Fonte: Rossi comunicação
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sábado, 5 de outubro de 2013

Estímulo à indústria da defesa puxa desenvolvimento tecnológico, diz ministro

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O ministro da Defesa, Celso Amorim, aproveitou a visita que fez hoje (4) a uma exposição de produtos da indústria da defesa brasileira para reiterar a decisão estratégica do governo de criar e fortalecer empresas nacionais para atuarem no setor.
 
Amorim, no entanto, vê com bons olhos a cooperação com outros países, desde que o objetivo seja proporcionar ao Brasil “um salto" em setores nos quais o país levaria muito tempo para atuar sozinho.
 
“Um aspecto muito importante é que a indústria da defesa, no mundo inteiro, puxa o desenvolvimento tecnológico. Por ser ligada à segurança nacional, está fora das normas da OMC [Organização Mundial do Comércio], o que nos permite privilegiar a indústria brasileira. Temos instrumentos legais que nos permitem fazer isso”, disse o ministro, em visita à 2ª Mostra BID Brasil, na Base Aérea de Brasília. Amorim referia-se ao Programa Brasil Maior, voltado para outras indústrias, além da de defesa, e à lei que criou a Empresa Estratégica de Defesa e o Produto de Defesa.
 
“Essa lei foi regulamentada, e acredito que deve resultar, no prazo máximo de um mês e meio, no registro das primeiras empresas brasileiras. Elas terão vantagem tanto na área da licitação quanto na parte tributária, que necessita ainda de regulamentação", ressaltou o ministro. Amorim lembrou que isso é importante para garantir competitividade para a indústria nacional. "Um trabalho conjunto, que requer dedicação, imaginação e esforço dos nosso empresários, mas que precisa também do apoio do governo, seja como comprador, com regularidade, seja como incentivador de medidas.”
 
O ministro não descarta parcerias, apoio ou cooperação com outros países para que as empresas brasileiras ganhem tempo no desenvolvimento de tecnologia de ponta. “Não rejeitamos a cooperação internacional. Ao contrário, temos muito interesse, desde que sirva para duas coisas: primeiro, para dar salto em setores que levaríamos muto tempo para atuar sozinhos. Em segundo, desde que [a cooperação] seja dada de maneira que não percamos autonomia sobre a essência da nossa defesa. Não seremos dependentes, nem vulneráveis. Isso é essencial.”
 
Celso Amorim destacou ainda que a atuação frequente do Brasil em operações de paz e disse que isso também exige uma capacidade de tecnologia adequada, principalmente em termos de comunicação e de equipamento pessoal.
 
A 2ª Mostra BID Brasil é uma exposição de produtos da indústria da defesa brasileira e tem o objetivo de incrementar as exportações e fortalecer o mercado interno. Neste ano, o foco principal é alimentação e rastreabilidade. A mostra fica aberta para o público até amanhã (5), na Base Aérea de Brasília, e reúne cerca de 70 empresas, entre as quais a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), a Avibras Indústria Aeroespacial, a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) e a Força Delta Equipamentos Militares.
Fonte: Agência Brasil
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ataque simulado aprova helicóptero produzido no País

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O EC725, o novo helicóptero pesado das Forças Armadas brasileiras, passou na prova de despistamento sob ataque com mísseis e outras armas guiadas pelo calor e radar. Durante sete dias de agosto foram realizados seis voos na área de ensaios militares na Restinga da Marambaia, no litoral fluminense, a 60 quilômetros do Rio.
 
O procedimento é inédito para esse tipo de aeronave no País. O sistema dispara cargas de fósforo em determinadas ordem e arquitetura, criando um conjunto de iscas térmicas que atraem os sistemas de direcionamento. A integração do conjunto é sofisticada. O equipamento, desenvolvido no Centro de Engenharia da Helibras, fabricante do helicóptero, é o principal elemento de autoproteção do EC725, capaz de identificar ameaças, reagir contra elas e de enganar mísseis guiados pelo calor ou emissão de ondas de radar.
 
Segundo o presidente da empresa integrante do grupo europeu Eurocopter, Eduardo Marson, os ensaios "representam o cumprimento de etapa avançada do Projeto H-XBr que dotará o Exército, a Aeronáutica e a Marinha de 50 novos helicópteros, caracterizados por um elevado índice de conteúdo agregado nacional, superior a 50%".
 
Todas as saídas do pacote de avaliação foram executadas sob comando da tripulação brasileira formada pelo piloto de prova Patrik Correa e o engenheiro de ensaios Dreyfus da Silva. A principal verificação foi a da separação segura das descargas de cartuchos pirotécnicos militares.
 
Contrato
 
O programa de fabricação em Itajubá do grande helicóptero é um abrangente negócio. Começou em 2008, quando foi assinado o contrato de cerca de € 1,9 bilhão, envolvendo 50 EC725,e 22 projetos de cooperação industrial, mais sete de off-set para atender os dispositivos de transferência de tecnologia e conhecimento avançado.
 
Os investimentos diretos da Helibras/Eurocopter são de R$ 420 milhões voltados a instalações da área industrial, treinamento e as facilidades necessárias à produção das aeronaves. Até agosto, estavam agregadas ao programa 37 empresas comprometidas no fornecimento de partes, peças e serviços. O acompanhamento dessas atividades é feito por três representantes das Forças.
 
Desde janeiro foram recebidos em Itajubá as sete unidades do EC725 produzidas na França para atender o prazo fixado. A Helibras já está trabalhando no primeiro exemplar que vai passar, em Minas Gerais, por todos os estágios de produção local.
 
A Helibras está "trabalhando com a perspectiva de atender o mercado no segmento da Defesa, em toda a América do Sul", diz Eduardo Marson.
 
Para o executivo, "apesar dessa prioridade geográfica, a atual capacitação tecnológica e industrial da empresa já possibilita o atendimento a clientes de qualquer parte do mundo".
 
O mercado civil brasileiro está absorvendo a capacidade integral da planta de Itajubá. Uma só empresa operadora em regime offshore, que cumpre as rotas de transporte entre o continente e a rede de plataformas marítimas para a extração de petróleo, "formalizou cartas de intenção para aquisição de 14helicóp-terosSuperPumaEC225". Marson aposta também na revitalização da frota em atividade em todo o País, "aproximadamente 650 unidades, das quais 75% correspondem aos usuários governamentais não militares e o público privado". O grupo pode receber novos aviônicos, e conjuntos específicos para atender necessidades, como sejam as da vigilância ambiental, de policia, ou resgate especializado.
 
Além do empreendimento do EC725, que resultará na entrega de 16 aeronaves para cada uma das Forças Armadas, e mais duas em versão executiva para a Presidência da República, a Helibras cumpre o projeto de modernização de 34 helicópteros Pantera do Exército.
 
São 34 unidades K2 cuja renovação implica 275 mil horas de trabalho. Será concluída só em 2021. O valor da encomenda bate em R$ 375 milhões e prevê a instalação de motores mais potentes e novos aviônicos de navegação e de comunicação. Esses helicópteros, fabricados na França, em média, há 25 anos, vão incorporar sistemas digitais de combate para ganhar mais 25 anos de vida útil.
 
Por US$ 92 milhões, a companhia cuida, até 2018, do rejuvenescimento de 33 helicópteros AS350 Esquilo também do Exército. De novo nesse caso, a meta é capacitar a atividade do time até 2035. Os bancos serão trocados por modelos com blindagem e terão recursos para absorção de impacto. Piloto automático e a troca do painel de instrumentos analógico por um sistema integrado com telas MFD (Multifunction Display), que reúnem informações de navegação completam a encomenda.
 
Marson coordena o objetivo mais ambicioso: o projeto do primeiro helicóptero integralmente brasileiro. "Podemos tocar adiante até 2020. Só falta o sinal verde do governo", diz.
 
Fonte: Estadão
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nas hélices da Embraer

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Na estratégia de depender cada vez menos do turbulento mercado de aviação comercial, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) planeja aterrissar em um novo segmento que cresce anualmente em céu de brigadeiro: o de helicópteros. A frota nacional, por exemplo, duplicou de tamanho desde 2008, segundo projeções da ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos), e deve crescer mais 50% até 2015. De olho nesse ramo, a companhia, privatizada em 1994, anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos com a fabricante de helicópteros AgustaWestland controlada pelo conglomerado italiano Finmeccanica na segunda-feira 21. O acordo tem como objetivo firmar em meses uma sociedade para produzir em solo brasileiro os modelos da futura parceira. Atualmente, cerca de 50% da frota nacional é composta por aparelhos da empresa brasileira Helibras controlada por europeus, 35% pelas companhias americanas Bell e Sikorsky e 15% pela Agusta. É um momento importante para a indústria aeronáutica brasileira, resume Milton Arantes Costa, presidente da ABTAer.Se na aviação comercial a Embraer chegou ao patamar de empresas como a Boeing, ela tem experiência e capacidade para fazer o mesmo na área de helicópteros, vislumbra.
 
Estudos preliminares realizados pela Embraer, em parceria com a AgustaWestland, apresentaram um grande potencial para a produção e venda de helicópteros bimotores de capacidade média, especialmente para atender às demandas apresentadas pela área de óleo e gás. Apenas para suprir esta necessidade impulsionada pelas novas plataformas de exploração marítimas brasileiras, especialistas calculam uma demanda de 400 novos aparelhos em uma década. Outro mercado em permanente ascensão no Brasil e na América Latina é o do uso de helicópteros por empresas e executivos. Não à toa, levantamento da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), divulgado em 2012, mostra que a capital paulista possui a maior frota urbana do mundo, acima de metrópoles como Nova York. Um movimento que vem se intensificando em outros grandes centros urbanos do País que sofrem com problemas de segurança e mobilidade urbana, ampliando oportunidades de negócios no setor.
 
Um novo horizonte que a parceria entre a Embraer e AgustaWestland pretende alçar é a venda de helicópteros também para o crescente mercado latino de segurança e defesa. Para isso, a Embraer deve acionar a sua carteira de fornecedores para nacionalizar ao máximo o número de itens dos helicópteros produzidos no Brasil. Um ativo importante na disputa que deve travar com a Helibras por milionários contratos com as Forças Armadas brasileiras, como a concorrência da Marinha para compra de aproximadamente 25 helicópteros multimissão até 2015. A tarefa, no entanto, será árdua.
 
Dona de mais de 50% do mercado nacional, a Helibras, controlada pela franco-alemã Eurocopter, produz no País desde a década de 70 e já apresenta modelos com altos níveis de nacionalização. O planejamento da companhia contempla inclusive metas audaciosas, como a produção do primeiro helicóptero 100% brasileiro até 2020. Nós já fabricamos 700 helicópteros e temos desenvolvido tecnologia para ampliar cada vez mais a participação do produto nacional em nossas aeronaves. Não se consegue isso de uma hora para outra, declarou o presidente da Helibras, Eduardo Marson Ferreira.
 
O anúncio dos entendimentos entre a Embraer e a AgustaWestland para a fabricação de helicópteros no País vai ao encontro da política de diversificação de receitas adotada pela empresa brasileira. Este é um passo importante para a Embraer, em continuidade à expansão dos nossos negócios?, declarou o diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado. A estratégia passou a ser adotada oficialmente, em 2010, com a criação de um braço da companhia para negócios na área de defesa e segurança. Hoje, por meio de aquisições ou parcerias, a Embraer participa de projetos que vão do desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390, sistemas de defesa até veículos aéreos não tripulado, o que corresponde a 18% de suas receitas. Líder mundial no segmento de aviões comerciais de até 120 assentos, a Embraer parece deixar o recado aos concorrentes de que o céu não é o seu limite.
 
Fonte: Isto É
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