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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

OPERAÇÃO DE GUERRA: Mais de 50 toneladas de equipamentos e materiais são transportados pela FAB para Manaus

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A Força Aérea Brasileira transporta mais de 50 toneladas entre equipamentos e materiais para a montagem de Hospital de Campanha (HCAMP), além de um total de 386 cilindros de oxigênio para Manaus. Uma verdadeira operação de “guerra”, que coloca à prova a capacidade logística da Força Aérea Brasileira, que tem realizado uma verdadeira ponte-aérea no combate ao Covid-19 na região amazônica.

O Ministério da Defesa atende à solicitação do Governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima, que requereu apoio junto ao Comando Conjunto da Amazônia, um dos 10 comandos conjuntos estabelecidos em todo o país pela Operação Covid-19.

Na última quarta-feira (13), duas aeronaves KC-390 “Millennium” decolaram rumo à Capital do Amazonas. As aeronaves transportaram 25 toneladas de carga, partindo do Rio de Janeiro carregadas com 20 barracas climatizadas, 20 climatizadores e três geradores de energia, entre outros insumos de saúde.

Nesta última quinta-feira (14), outra aeronave KC-390 decolou rumo a Manaus, esta partindo de Recife com 25 toneladas de materiais para a montagem do Hospital de Campanha (HCAMP). Entre os itens estão: sete barracas, nove condicionadores de ar, 42 luminárias e dois geradores de energia, entre móveis e equipamentos hospitalares.

As Forças Armadas também foram requisitadas para transportar em caráter de urgência cilindros de oxigênio hospitalar para Manaus. A missão com logística de guerra teve início na sexta-feira, 8 de janeiro, e deve terminar no próximo domingo (17). No total, 386 cilindros de oxigênio deverão ser transportados por aeronaves C-130 “Hércules” da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Amazonas.



O primeiro voo decolou de Belém, no Pará, em direção à Manaus no dia 8 de janeiro, O “Hércules” seguiu com carregamento de 150 cilindros de oxigênio. No sábado passado (9), o segundo “Hércules” decolou da Capital Paraense rumo à Manaus transportando mais 200 cilindros de oxigênio para o tratamento de vítimas do Covid-19. Nos próximos dias, aeronaves C-130 da FAB entregarão os 36 cilindros de oxigênio remanescentes. 

Por trás do transporte de cilindros de oxigênio, existe uma operação logística típica de guerra. Em 10 dias, serão percorridos 37.600 km e alocadas 94 horas de voo. O equivalente a quase uma volta completa na Terra sobre a linha do equador.


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 com informações do CCOMSOD


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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

BNDES financia 3 Bi para clientes de exportação da Embraer

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No último dia 17 de dezembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de duas operações financeiras para financiar a exportações de aeronaves da bem sucedida família de E-Jets da Embraer, os negócios chegam à 3 bilhões de reais, e mostram que mesmo diante da crise desencadeada pelo COVID-19, a gigante brasileira continua firme no mercado.

As encomendas envolvem a encomenda de aeronaves E175 pela norte americana United Airlines e a venda de aeronaves E195-E2 pela holandesa AerCap Holdings, uma das maiores empresas de arrendamento de aeronaves do mercado global.

As aeronaves E175 encomendados pela United, fazem parte da família de maior sucesso do mercado, sendo líder de vendas no seu segmento, somando mais de 600 aeronaves em operação ao redor do mundo, parte da família E-jets da Embraer, com capacidade para transportar até 88 passageiros.

A encomenda da holandesa AerCap envolve os modernos E195-E2, maior e mais novo modelo da família E-Jets, sendo a nova geração denominada "E2" pela Embraer, a qual se destaca pelos avanços na redução de emissão de poluente, sendo mais silenciosa e eficiente que a geração anterior. Um dos trunfos da nova geração é o consumo de combustível que reduziu em cerca de 25%. Esta será a primeira exportação do modelo com financiamento pelo BNDES.

O apoio do BNDES as exportações é fundamental, e potencializa a capacidade de penetração dos produtos brasileiros no concorrido mercado internacional, sendo a oferta de financiamento um dos trunfos dos grandes fabricantes globais, que costumam oferecer suas aeronaves para companhias aéreas ou clientes militares já com uma linha de financiamento incluída no pacote, geralmente com crédito pré-aprovado, o que agiliza todo processo, aumentando o interesse do mercado.

“Nesse tipo de operação, os recursos do BNDES são desembolsados no Brasil, em reais, para a empresa exportadora brasileira, a Embraer. O financiamento será pago ao Banco em dólares pelas empresas estrangeiras compradoras dos bens. Isso significa a entrada de divisas no País, a partir do apoio ao desenvolvimento industrial e à exportação de produtos nacionais de alto valor agregado”, disse a nota do BNDES.


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com agências de notícias
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domingo, 20 de dezembro de 2020

O Brasil e o Gripen E/F - Um pouco sobre o novo caça brasileiro

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O SAAB Gripen E (no Brasil denominado F-39E Gripen) venceu no final de 2013 a concorrência para fornecer à Força Aérea Brasileira inicialmente 36 modernas aeronaves de combate, tendo sido ao longo de todo desenrolar do programa FX-2 apontado como o "azarão", por se tratar naquela época de uma aeronave em pleno desenvolvimento, mas surpreendeu quando foi anunciada sua vitória na disputa que tinha concorrentes de peso, como o francês Dassault Rafale e o norte americano Boeing F-18 E/F Super Hornet. 

Porém, após sete anos desde o anúncio de sua escolha, o desenvolvimento atingiu todas as fases programadas em acordo com o previsto, tem rebatido os críticos de plantão, devendo ser entregue o primeiro lote de quatro aeronaves "IOC" no próximo ano (2021). Considerando que a definição pela aeronave se deu em dezembro de 2013 e a assinatura do contrato só em 24 de outubro de 2014, temos menos de cinco anos desde a concretização do acordo e o primeiro voo do primeiro exemplar do Gripen E pertencente ao Brasil, feito realizado em 26 de agosto de 2019, com este exemplar iniciando os testes visando as certificações em setembro deste ano, o que demonstra o sucesso do empreendimento.

Além disso, o contrato avaliado em 4,1 bilhões de dólares, prevê não apenas a aquisição inicial de 36 aeronaves, mas uma extensa capacidade logística e industrial transferida ao Brasil, capacitando nossa industria e corpo de engenheiros e técnicos, estabelecendo não apenas uma venda SAAB (Suécia) x Brasil, mas uma importante parceria, tornando o parque industrial aeroespacial brasileiro (Embraer, Akaer, AEL Sistemas, Atech, Inbra, Atmos...) um importante parceiro e fornecedor da SAAB, atuando no desenvolvimento da aeronave, sendo responsável pelo desenvolvimento da variante biposto, o Gripen F, inicialmente desenvolvida exclusivamente para atender as necessidades brasileiras, mas que poderá ser ofertada à outras nações. 

Recentemente, vem sendo cogitada a produção do Gripen no Brasil afim de atender a demanda de clientes na região, com a grande possibilidade da Colômbia vir a se tornar o segundo operador do Gripen E na América Latina.


Muitos leigos tem realizado comentários desconexos à realidade, comparando o Gripen E brasileiro ao "venezuelano" Sukhoi Su-30MK2V, em termos de capacidades e potenciais, apontando uma enganosa vantagem ao caça de fabricação russa, cabendo a nós do GBN Defense pontuar alguns pontos relevantes sobre a tecnologia embarcada que o novo caça brasileiro traz consigo, algo que por si só nos confere uma enorme vantagem frente ao caça de nossos vizinhos, não apenas venezuelanos, mas de toda América Latina, apresentando uma consciência situacional sem paridade na região, com uma poderosa capacidade de transmissão/recepção de dados, sensores de última geração, ótima interface homem/maquina, sistemas de guerra eletrônica avançados, somados a capacidade de operar em áreas remotas com pouco suporte em solo, um variado leque de armamentos e as doutrinas de combate aéreo brasileiras, as quais contam com importantes meios no "estado da arte", como nossas plataformas E-99 e demais sistemas de defesa e monitoramento, podemos afirmar com toda certeza, nenhum de nossos vizinhos teria a ousadia de enfrentar o Brasil na arena aérea.

Há quem critique a escolha do Gripen sob uma óptica míope, alegando se tratar de uma aeronave "leve", justificando isso pelo simples fato de ser monomotor, o que é um erro, uma vez que suas capacidades são comparáveis aos seus principais concorrentes, porém, apresentando um menor custo da hora de voo. O conceito por trás do Gripen, apresenta uma capacidade avançada, aliada ao baixo custo em todo seu ciclo de vida, isso quando somado a tecnologia embarcada no mesmo, sua diminuta assinatura radar (RCS), simplicidade e robustez, entrega ao seu operador uma solução ímpar, constituindo o mesmo num sistema de defesa, o qual faz frente a toda ameaça no atual cenário aéreo e o futuro próximo.

A escolha do Gripen E/F se mostra a cada dia ser a mais acertada para o cenário brasileiro, representando ganho não apenas operativo, mas capacidade intelectual, técnica e industrial, porém, é preciso que o programa não pare em apenas 36 aeronaves, ou no hipotético segundo lote, é preciso que toda essa capacidade e expertise adquiridos sejam empregados em outros programas estratégicos, os quais não devem se limitar no projeto do Gripen E/F, mas resultar em novas conquistas, como a concepção de novos meios aéreos, sendo eles tripulados e remotamente tripulados, pois a tecnologia que temos recebido, será um ponta pé inicial na abertura de novos campos de domínio tecnológico e independência, abrindo novos mercados e perspectivas.

Recentemente foram divulgadas belas imagens do primeiro Gripen E brasileiro nos céus do Rio de Janeiro e na ALA 12, Base Aérea de Santa Cruz (BASC), as quais ilustram nosso artigo.

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.

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domingo, 20 de setembro de 2020

O sonho começa a se tornar realidade - Primeiro Gripen-E desembarca no Brasil

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Após realizar a primeira etapa dos voos de testes e certificações na Suécia, desembarcou neste domingo (20) em Itajaí o primeiro exemplar da mais moderna aeronave da América Latina, trata-se do Gripen-E matrícula FAB4100 pertencente a Força Aérea Brasileira, o qual será conduzido ao aeroporto de Navegantes, de onde seguirá em seu primeiro voo em céus brasileiros até Gavião Peixoto, onde dará prosseguimento no programa de certificações e testes do novo vetor brasileiro.

Fruto do Programa FX/FX-2, o qual se arrastou por décadas até a definição e assinatura do contrato, a qual ocorreu em 2014, o SAAB Gripen E/F será o mais moderno vetor operado na América Latina, contando com uma avançada e moderna aviônica e sensores de última geração, projetando a Força Aérea Brasileira no século XXI, cobrindo uma enorme lacuna tecnológica, tendo em vista décadas sem o devido investimento federal na aquisição de meios modernos para equipar nossa aviação de caça.

A aeronave foi transladada por via marítima, primeiro para evitar o pedido de uma série de autorizações de sobrevoo de espaço aéreo ao longo do caminho entre a Suécia e o Brasil, segundo os custos da operação e a necessidade de envio de todo aparato de apoio da aeronave, sendo a escolha acertada. O Gripen-E, denominado F-39 no Brasil, embarcou em 29 de agosto chegando neste domingo 20 de setembro.

O primeiro dos 36 exemplares adquiridos pelo Brasil, no entanto não será entregue imediatamente a Força Aérea Brasileira, sendo este exemplar destinado primeiramente para o cumprimento das etapas de avaliações e certificações em voo, mas no próximo ano os primeiros exemplares deverão ser entregues ao setor operativo da FAB, onde iniciarão sua carreira sob o nosso "cocar" e ganhando os céus do Brasil. Os primeiros exemplares serão certificados IOC (Initial Operation Capability), assim como ocorre com os novos KC-390 Millennium. Ao todo o primeiro lote será composto por 28 exemplares monoposto (Gripen-E) e 8 exemplares da variante biposto (Gripen-F) esta sendo desenvolvida especialmente para atender a demanda brasileira, onde participam muitos engenheiros e técnicos brasileiros no desenvolvimento.

É provável que em breve o Brasil assine a aquisição de um segundo lote de aeronaves F-39 Gripen, porém, ainda não há definições sobre quando e quantos exemplares de cada variante estarão envolvidos neste novo contrato, deixando espaço para muita especulação nas redes sociais e fóruns. Porém, dada as necessidades apresentadas pela FAB e a idade avançada de grande parte de seus vetores, a decisão não deve tardar muito.

A programação aponta que o primeiro voo do F-39 Gripen-E FAB4100, deverá ocorrer na próxima sexta-feira (25), quando deverá seguir para as instalações da Embraer e Saab em Gavião Peixoto após ter sua montagem e check-list concluídos.

Em breve lançaremos uma série de matérias especiais sobre o programa FX, aquisição e desenvolvimento do Gripen-BR.


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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

F-39 Gripen-E: Iris-T ou A-Darter?

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A publicação de uma matéria por um site estrangeiro falando da aquisição de misseis Íris-T pela FAB deu um verdadeiro nó na cabeça de muitos que acompanham o programa de modernização da Força Aérea Brasileira, o qual congrega importantes projetos como o Gripen-E e o desenvolvimento do míssil A-Darter.

Diante do avanço no programa de certificação e ensaios de voo do moderno Gripen-E, a Força Aérea Brasileira se viu diante da necessidade de realizar a aquisição de um lote de mísseis Íris-T afim de cumprir o processo de certificações das capacidades da nova aeronave, a qual já conta em seu leque de armamentos integrados o míssil europeu, porém, tal notícia levou a uma equivocada informação sobre um hipotético cancelamento do programa A-Darter, onde segundo alguns teria sua aquisição suspensa pela FAB, o que de fato não é verdade, uma vez que o míssil continua nos planos brasileiros e deverá em breve ser integrado ao novo vetor brasileiro.

O desenvolvimento do A-Darter esbarrou em alguns obstáculos, desde os sucessivos cortes no orçamento de defesa brasileiro, a extinção da Mectron, e que apesar da conclusão da fase de desenvolvimento do novo missil, levou a um significativo atraso na montagem e abertura da linha de produção do míssil no Brasil, a qual ainda demandará um tempo considerável até ser estabelecida e finalmente esteja operacional e apta a entregar o novo armamento de nossos caças.

A opção mais lógica é a aquisição de lotes do Íris-T, tendo em vista a necessidade de realizar todo processo de certificação do novo caça brasileiro, além de garantir que o mesmo disponha de armamento necessário para o cumprimento de sua missão, o que não exclui de forma alguma a futura integração do A-Darter ao leque de opções do Gripen brasileiro, segundo fontes ouvidas pelo GBN Defense.

solicitamos mais informações a FAB, e tão logo nossa solicitação seja atendida, traremos uma nota oficial sobre o assunto e pondo termo a discussão que tem tomado os fóruns e grupos de defesa.

por: Angelo Nicolaci

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Gripen-E chega ao Brasil em setembro

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Após muita especulação sobre quando e como o primeiro exemplar do novo caça da Força Aérea Brasileira chegaria ao país, foi revelado através de um Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA) que foi emitida nesta segunda-feira (3) autorização para sobrevoo da aeronave 39.6001 do Gripen E, sendo o primeiro Gripen-E brasileiro de série, o qual irá iniciar a fase de certificações e homologação da aeronave e sistemas no Brasil, dando prosseguimento ao programa iniciado na Suécia. A primeira aeronave F-39 Gripen-E irá chegar de navio ao Brasil, onde será desembarcada em Navegantes, devendo ser realizado o processo de montagem e testes para no dia 25 de setembro realizar seu primeiro voo no Brasil, onde será transladado em voo entre Navegantes e Gavião Peixoto.

O exemplar em questão é de propriedade da SAAB, e será empregado em uma série de avaliações e certificações de sistemas e envelopes de voo, dando inicio a fase de testes no cenário de emprego brasileiro, onde será submetido as condições climáticas e de operação as quais deverá encontrar em serviço, processo no qual terá a célula levada aos limites previstos no projeto da aeronave para que a mesma receba as devidas certificações.

O prazo da autorização compreende o período entre 25 de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025, onde serão realizados os  voos previstos na campanha de testes na área de ensaios destinadas à Embraer. O Boletim também autoriza um voo específico em Brasília, o qual apresentará a nova aeronave brasileira em ocasião do Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, no dia 23 de outubro de 2020.
O exemplar em questão realizou seu primeiro voo em 26 de agosto de 2019, sob comando de Richard Ljungberg, piloto de testes da SAAB. Esta é a primeira aeronave a receber a configuração brasileira, contando com Wide Area Display (WAD), e demais aviônicos requisitados pela FAB, se apresentando como a mais moderna variante da família Gripen, recebendo em sua fuselagem o indicativo de matrícula FAB-4100, sendo o primeiro Gripen-E de série na configuração final brasileira.
por: Angelo Nicolaci
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domingo, 2 de agosto de 2020

Primeira fase da Operação Xavante atende mais de 1.500 indígenas e distribui 11 mil medicamentos

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A primeira fase da Missão Xavante chegou ao final neste domingo (02/08). A ação interministerial das Pastas da Defesa, da Saúde e da Justiça, na região Centro-Oeste do Brasil, levou assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena em seis aldeias dos Polos Campinápolis e São Marcos.

A equipe de 24 profissionais de saúde das Forças Armadas atenderam indígenas da etnia Xavante entre os dias 28 de julho e 1º de agosto. As aldeias foram contempladas com médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que proporcionaram atendimento médico especializado e reforçaram a atuação da saúde local realizada pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante.

Ao todo, foram 1.578 atendimentos realizados aos indígenas da etnia Xavante com o apoio de equipes de saúde do DSEI Xavante e da Secretaria Municipal de Saúde do estado do Mato Grosso. Também foram distribuídos mais de 11 mil medicamentos, sendo a maioria para diabetes e hipertensão.

Durante a ação, também foram realizados exames de glicemia e verificação de sinais vitais, diagnósticos que contaram com ajuda de ultrassonografia portátil e testes de COVID-19.

Um dos beneficiados com o atendimento foi Hander Tserema Tsieiwaaiodi, indígena da aldeia Guadalupe, que pôde ouvir, pela primeira vez, os batimentos cardíacos de seu bebê. "O neném está bem e, em dois meses, deve nascer meu primeiro filho. Ainda não conseguimos saber o sexo porque tinha um cordão na frente. Vamos tentar outra vez na cidade, quando formos comprar as roupinhas. É muito bom ter médicos aqui. Também fiz consulta e o teste COVID ao lado da minha casa", comemorou Hander.

Junto às comunidades assistidas, foi proporcionada a possibilidade de realização de testes de COVID-19, sendo que 149 Xavantes optaram pela realização do exame rápido, que é feito com coleta de sangue no dedo e demora alguns minutos para ficar pronto. Do montante, 94 dos resultados foram negativos, 29 deles estão positivos e 26 resultaram em IGM negativo e IGG positivo para o novo coronavírus, o que significa que a pessoa já esteve infectada com o vírus, mas já está curada.

Segundo a médica da família da Força Aérea Brasileira, 1º Tenente Lione da Silva, o caso mais grave que ela atendeu foi o de um senhor de 88 anos que estava levemente sintomático, com tosse, mas devido à idade, o caso era preocupante. "Todos os integrantes da família eram assintomáticos, porém todos testaram positivo. Segundo a tradição Xavante, quem perde um ente querido deve raspar a cabeça e percebemos muitas pessoas com a cabeça raspada".

Para o médico clínico geral do Hospital Geral de Curitiba (HGeC), 1º Tenente Vitor Yuzo Kawase, o contato com a população Xavante foi extremamente gratificante. "Conseguimos ajudar essa população carente de atendimento especializado, atendemos casos interessantes e complexos e conhecemos um pouco da cultura local. Fizemos muitos atendimentos respiratórios, diagnosticamos número significativo de casos de coronavírus e orientamos os positivos à COVID-19 sobre a importância do isolamento social para o bem da aldeia".

O Xavante Jacinto Tsõrõ Rãwe foi até o local de atendimento médico disponível na aldeia São Marcos para realizar o teste do vírus e o resultado para a COVID-19 foi negativo. “Mesmo assim, recebi as orientações das profissionais de saúde para continuar utilizando máscara e lavar bem as mãos. Também recebi álcool em gel. A minha esposa faleceu com essa doença e precisamos nos cuidar. Quero agradecer o cuidado das Forças Armadas com a população Xavante”.

A segurança das populações indígenas é condicionante básica para a missão. Dessa forma, são adotados protocolos rígidos de saúde. Todos os integrantes da missão devem apresentar o exame molecular de RT-PCR negativo, sendo que, a partir do momento da coleta, os mesmos passam a ficar em quarentena. Além disso, antes do embarque para as Terras Indígenas, são realizados testes rápidos imunológicos (IgM e IgG) e uma inspeção sanitária para comprovar a ausência de sinais e de sintomas que possam sugerir a COVID-19. Durante a missão, os profissionais de saúde atendem os indígenas devidamente paramentados com todos os equipamentos de proteção individual necessários.

Missão Cumprida

O sentimento de missão cumprida é presente nos rostos de todos os militares participantes da operação. Em todas as aldeias, o sentimento de gratidão dos indígenas esteve presente com a equipe de saúde. Mas, além da equipe de saúde, para que a ação fosse realizada, foi necessária intensa atuação da equipe da aviação militar.

A base da operação foi em Aragarças (GO), no 58º Batalhão de Infantaria Motorizado. De lá, todas as manhãs, os profissionais de saúde deslocavam-se em dois helicópteros do Exército Brasileiro, um HM-4 Jaguar e um Super Cougar, para os locais preestabelecidos pela coordenação da missão.

Essas aeronaves voaram mais de 25 horas, percorrendo cerca de quatro mil quilômetros na região da operação, otimizando o deslocamento entre a base e as aldeias.

Os militares partiram de Brasília, na segunda-feira (27), acompanhados por profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), subordinada ao Ministério da Saúde, e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Operação Xavante

Em função da extensa área de abrangência populacional e territorial, a missão Xavante de apoio às comunidades indígenas da região Centro-Oeste do País foi dividida em três fases. As próximas etapas estão previstas para acontecer de 3 a 9 de agosto, na área do Polo Base Marãiwatséde, e de 10 a 16 de agosto, no Polo Base Sangradouro do DSEI Xavante, ambas também no estado do Mato Grosso.

Por 1º Tenente Josiany - 5ª Região Militar
Fotos: Divulgação/Ministério da Defesa
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NPaOc “APA” realiza operações aéreas com aeronaves da FAB em Exercício Técnico de Busca e Salvamento (SAREX - II)

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O Navio Patrulha Oceânico ‘’APA’’ realizou o Exercício Técnico de Busca e Salvamento (SAREX-II/2020) com a Força Aérea Brasileira (FAB) entre os dias 13 e 17 de julho, nas proximidades da Restinga da Marambaia, conduzindo operações aéreas com a aeronave H-36 “Caracal” subordinada ao Esquadrão Puma - (3º/8º GAV), Santa Cruz - RJ, destacando a coordenação e qualificação dos pilotos e equipes da FAB nas atividades de Busca e Salvamento no mar, por meio de manobras de resgate de içamento conjunto (“Pick-up”) e com maca para EVAM no convoo. 

O exercício também possibilitou o estreitamento dos laços e a troca de experiências em operações aéreas entre os militares da Marinha do Brasil (MB) e a Força Aérea Brasileira (FAB), além do conhecimento dos procedimentos técnicos e operativos adotados pela FAB, incrementando a interoperabilidade entre as duas Forças Armadas referente às ações conjuntas de busca e salvamento.

Durante a manobra, a Equipe de Manobra e CRASH do Navio esteve totalmente "antenada" ao fator "Alerta Situacional", colaborando com os Orientadores e a interação entre os envolvidos na manobra, aproveitando a presença dos instrutores do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (CIAAN) a bordo. Devido a essa interação com a FAB, a MB abre as portas do CIAAN de uma forma bem mais profunda com o intuito de aprimorar os sinais utilizados em Navios com convés de voo e os sinais utilizados para Operações SAR empregado pela FAB, marcando uma importante interação entre as duas Forças.


Por: B. Júnior

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sexta-feira, 24 de julho de 2020

Poder Executivo entrega atualizações da PND, END e LBDN ao Congresso Nacional

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O Poder Executivo entregou, nesta quarta-feira (22), as atualizações da Política Nacional de Defesa (PND), Estratégia Nacional de Defesa (END) e Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN) ao Congresso Nacional.



O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, acompanhado dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Força Aérea, passou os documentos para as mãos do Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, logo após reunião do Conselho de Defesa Nacional, no Palácio do Planalto.

"Não é uma nova política. A essência é completamente a mesma. Como é uma política de Estado, independe de governo, ela perpassa os governos. É praticamente a mesma política e a mesma estratégia de 2012 e de 2016 com algumas atualizações", afirmou o Ministro da Defesa.



As atualizações são encaminhadas ao Congresso Nacional pelo Executivo, atendendo ao que estabelece a Lei Complementar 136/2010, segundo a qual os três documentos devem ser enviados ao Legislativo a cada quatro anos, com suas respectivas atualizações, a partir de 2012.


Como são documentos de Estado, consolidados ao longo dos anos, não há grandes diferenças em relação às versões anteriores. As atualizações apresentadas são pontuais, incluindo alguns desafios contemporâneos.

PND, END e LBDN

A Política Nacional de Defesa é o principal documento de planejamento da defesa do país. Ele estabelece objetivos e diretrizes para o preparo e emprego da capacitação nacional, com o envolvimento dos setores militar e civil, em todas as esferas de poder.

A Estratégia Nacional de Defesa, por sua vez, pretende definir como fazer o que se determinou na PND.

Já o chamado Livro Branco de Defesa Nacional apresenta uma visão geral da defesa e das Forças Armadas, tendo como principal propósito permitir transparência, promovendo assim a confiança mútua entre os países.

Fonte: Ministério da Defesa
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Marinha e Exército apoiam combate ao incêndio na Serra da Mantiqueira

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Desde o último domingo (19), o Ministério da Defesa (MD) mobilizou as Forças Armadas para apoiar o combate ao incêndio na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, as quais estão empregando um variado leque de aeronaves de asas rotativas da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, além de um C-130 Hércules pertencente à FAB que emprega o sistema MAFFS (Modular Airborne Fire Fighting System)
O engajamento de nossas Forças Armadas visa apoiar a solicitação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que em face das características geográficas, com relevo que dificulta o acesso aos brigadistas, os quais só podem ser inseridos no cenário de combate aos focos localizados na região da Serra Fina por meio aéreo, tendo em vista a altitude do local, cerca de  9mil pés (2.743m) acima do nível do mar.
A Marinha do Brasil destacou uma aeronave UH-15 "Super Cougar" e oito militares pertencentes ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2) para apoiar o deslocamento dos brigadistas no embarque e desembarque nas zonas de combate aos focos do incêndio, atuando em altitudes de 9mil pés, operando em áreas restritas para pouso, demonstrando toda versatilidade e preparo do EsqdHU-2 "Pégasus" em variados cenários de emprego, atestando também as qualidades do UH-15 "Super Cougar" como um vetor de larga flexibilidade de emprego, atuando nos mais variados teatros operacionais.
O Exército Brasileiro destacou militares do 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx) que seguem prestando suporte fundamental para operação de combate ao incêndio, voando uma aeronave HM-1 "Pantera" e um HM-3 "Cougar" que cumprem missões de reconhecimento identificando áreas com focos de incêndio, além de realizar transporte aéreo de bombeiros e brigadistas para pontos estratégicos de difícil acesso, além de apoiar a logística de equipamentos e suprimentos as equipes envolvidas na missão.

Mais uma vez é demonstrada a capacidade de operação conjunta entre as três Forças, destacando a interoperabilidade cada vez mais presente na atuação de forma coordenada dos meios e pessoal. Durante essa missão vem se destacando a importância do trabalho integrado entre o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, brigadistas, ICMBio e os militares da Marinha e da Aviação do Exército, que estão contribuindo para extinguir os focos de incêndio e diminuir os danos ambientais.

É de suma importância que episódios como este e diversos outros recentes, levem nossos representantes no Congresso e Senado a refletir sobre a importância que possuem nossas instituições, destinando às mesmas os recursos necessários para que deem prosseguimento nos programas de modernização e renovação de meios e sistemas, que são de vital importância para o cumprimento do variado leque de missões que são dadas as nossas Forças Armadas, muitas das quais saem do escopo original de seu emprego afim de atender as lacunas existentes nas capacidades dos governos estaduais e seus aparatos de segurança pública e defesa civil.

Por: Angelo Nicolaci


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Imagens Marinha do Brasil e Exército Brasileiro
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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Marinha do Brasil ativará Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM) nesta sexta-feira

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Na próxima sexta-feira (17), a Marinha do Brasil realizará a cerimônia de ativação da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), marcando um importante marco no âmbito do PROSUB, localizada no Complexo Naval de Itaguaí (CNI), no Rio de Janeiro, onde também é realizada a junção das seções e finalização da construção atualmente dos quatro primeiros submarinos da Classe Riachuelo (SBR), e futuramente o nosso primeiro submarino nuclear SN-10 "Álvaro Alberto" (SNBR).

A nova Base Naval que será a "casa" dos novos submarinos brasileiros, se torna a mais moderna da Marinha do Brasil, dispondo de uma moderna infraestrutura, onde será realizado também o treinamento dos futuros submarinistas que irão operar os modernos submarinos frutos do PROSUB, dispondo de simuladores e todos os meios necessários para capacitar e qualificar as tripulações, além de toda infraestrutura que visa contribuir para o aprestamento dos meios navais, prioritariamente dos submarinos e prestar apoio logístico às Organizações Militares (OM) apoiadas. Cabe a ela prover facilidades de atracação, infraestrutura e apoio administrativo aos navios subordinados ao Comando da Força de Submarinos; segurança de áreas e instalações do Complexo Naval de Itaguaí, incluindo os perímetros marítimo, terrestre e áreas comuns, em coordenação com as demais OM e empresas sediadas no Complexo, além de oferecer apoio básico de saúde.

Nesta foto é possível ver as instalações onde é realizada a junção final das seções dos submarinos da Classe Riachuelo (SBR)
Tendo como foco o apoio às OMs instaladas em Itaguaí, a BSIM demanda recursos humanos altamente qualificados e infraestrutura específica, o que confere a importante tarefa de consolidar a mentalidade de segurança e ser a guardiã da sede do maior ativo da defesa nacional. Desta forma, a estrutura se destaca por possuir elevados níveis de automação. Uma complexa infraestrutura de rede de dados e centros de controle que permite automatizar tarefas como a geração e distribuição de utilidades (água, óleo, energia elétrica), o controle de maquinário, a detecção e combate a incêndio, a segurança física das instalações e a proteção ambiental. Seus usuários contam com modernos recursos de tecnologia da informação e comunicação para o desempenho de suas tarefas, inseridos na robusta infraestrutura de segurança da informação da Marinha.

Nesta imagem vemos o moderno Shiplift (elevador de navios) da BSIM
Moderna, bem equipada e com efetivo bem preparado para exercer seu papel constitucional de garantir a soberania do país, a ativação da BSIM representa um importante marco no processo construtivo do PROSUB em que fortalece as plantas industriais, eleva o patamar tecnológico e faz da nossa Base Industrial de Defesa um vetor de inovação, incorporação tecnológica e expansão da indústria, comprovando a qualificação profissional e industrial instaladas no Brasil.

É motivo de grande orgulho para nós brasileiros, e todos poderão acompanhar a cerimônia de ativação da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM) através do perfil oficial da Marinha do Brasil no YouTube, não percam nesta  sexta-feira, 17 de julho, a partir das 10h30 da manhã.


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com informações e imagens do CCSM
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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Esquadrão HU-2 "Pégasus" e o Corpo de Fuzileiros Navais realizam adestramento com emprego de Visão Noturna (OVN)

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No período de 1 a 3 de julho, o 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2) e o Corpo de Fuzileiros Navais realizaram uma série de treinamentos com o objetivo de aprimorar a capacidade operacional das unidades envolvidas, como treinamento de transporte de carga, transporte de tropa com desembarque por fast rope e rapel, além do primeiro adestramento de operações aéreas assistidas por óculos de visão noturna (OVN) na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia-RJ.
Destaca-se o pioneirismo do transporte de tropa do CFN pelo EsqdHU-2, utilizando OVN, além do balizamento da Zona de Desembarque empregando configuração infravermelha o que representa um incremento da capacidade operacional conjunta entre o CFN e a Aviação Naval.

Participaram dos treinamentos militares dos 1° e 2° Batalhões de Infantaria de Fuzileiros Navais, do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais e da Companhia de Apoio ao Desembarque. Foram realizadas operações aéreas com a aeronave UH-15 Super Cougar do EsqdHU-2 e UH-12 Esquilo do EsqdHU-1. Os voos com o emprego do OVN contaram com a participação do Comandante da Divisão Anfíbia, Contra-Almirante Pilar, e dos comandantes das unidades envolvidas, embarcados no UH-15.


Durante o adestramento, foram cumpridos os procedimentos de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus, estabelecidos pelo Comando em Chefe da Esquadra, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde e da Diretoria de Saúde da Marinha.


Vale ressaltar que todas luzes observadas nas imagens que ilustram esta matéria, desde o balizamento até mesmo os faróis das aeronaves, foram concebidas por infravermelho em completa ausência de luz, sendo imperceptíveis aos olhos humanos sem o emprego de sistemas de visão noturna, como os Óculos de Visão Noturna.

A Marinha do Brasil vem ampliando suas capacidades operativas nos mais adversos cenários de emprego, inserindo novas tecnologias e mantendo um alto nível de eficiência e qualificação de seus meios e pessoal, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia do Covid-19, temos acompanhado o continuo trabalho de nossa Marinha, a qual continua qualificando seus profissionais e se colocando sempre pronta para cumprir com sua missão, onde e quando se faça necessário.

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Com Marinha do Brasil e imagens da Força Aeronaval.
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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Estágio de Preparação de Civis para Atuação em Ambientes Instáveis EPCAAI 2020

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Desde o fim da Guerra Fria, nos anos 1990, os conflitos armados sofreram significativa mudança. Enquanto os conflitos tradicionais trazem consigo elementos raros nos dias de hoje (como campos de batalha delimitados e fora do perímetro urbano; exércitos constituídos e representativos de Estados; etc.), os conflitos contemporâneos ocorrem com mais intensidade e, muitas vezes, em áreas urbanas e densamente povoadas. 

Para lidar com os conflitos tradicionais, a resposta mais comum envolve o emprego de meios militares. Para os conflitos contemporâneos, a resposta passou a incluir também os civis, já que parte do trabalho a ser realizado escapa, muitas vezes, das tarefas tradicionais do militar, como apoiar a reconstrução ou o fortalecimento de governos locais, e organizar eleições em contextos arriscados, entre tantas outras. Assim, é relativamente recente a atuação de civis em ambientes instáveis. 

Para melhor desempenhar esse complexo papel, os civis de várias nacionalidades começaram a participar de cursos específicos, geralmente oferecidos por seus próprios governos, mas também por organismos internacionais. Buscam informações e ferramentas que facilitem a caminhada, com mais confiança e segurança, em contextos não-amigáveis e sob intenso estresse como os encontrados em países fragilizados ou egressos de conflito. São conhecimentos conceituais, como dinâmica de conflitos e técnicas de negociação, combinados com conhecimentos práticos, como dicas para a proteção da integridade física e emocional. 

O Brasil já tem experiência com o envio de civis para atuar em ambientes instáveis desde os anos 1980, por meio de projetos de cooperação técnica e de cooperação eleitoral. O rol de países que receberam civis brasileiros em missão oficial inclui, por exemplo, Afeganistão, Camboja, Líbano, Mali, República Democrática do Congo e Sudão. Essa lista oferece indícios sobre o nível de incerteza onde atuam os civis brasileiros, tanto em termos de insegurança para a sua saúde física e mental, como em relação à instabilidade no processo de tomada de decisão ao planejar e executar projetos e atividades. 

Não se tem registro de outro curso com o mesmo escopo na América Latina. O governo brasileiro sai na frente por pelo menos três razões. Primeiro, nos últimos 15 anos, cerca de 25% da cooperação técnica prestada pelo Brasil acontece em “países fragilizados”, segundo o conceito do Banco Mundial e da OCDE. O Brasil tem interesse em manter a qualidade de sua cooperação com esses países e, assim, fortalecer o conhecimento voltado para as vulnerabilidades e para os desafios inerentes a esses contextos. Segundo, uma das macro-orientações das políticas externa e de defesa é aumentar o número de brasileiros (militares, policiais e civis) em missões da ONU. Tais missões são necessariamente desdobradas em ambientes não-amigáveis, o que exige atenção redobrada no preparo, enfatizada pela própria ONU, que um funcionário chegue no terreno e passa por um curso de curta duração, o induction training. Por fim, considerando o envolvimento de centenas de funcionários civis em ambientes instáveis, o governo brasileiro, ao promover este curso, evidencia a sua intenção de proteger a saúde física e mental dos servidores públicos que atuam, em condições por vezes perigosas, em nome do país. 

Desde 2014, o CCOPAB pôs em prática atividades voltadas ao preparo e ao aperfeiçoamento do EPCAAI, o que também culminou com a consolidação desta parceria. Em 2014, foi realizado em Brasília um workshop de um dia e, em 2015, foi realizado no Rio de Janeiro um curso-piloto de 2,5 dias. Em 2016 e 2017, o EPCAAI teve duração de 3,5 dias e ofereceu conteúdo mais amplo (sobretudo na parte prática) para 15 participantes, em média. Em 2018, pela primeira vez, o EPCAAI teve duração de 4 dias completos, com uma turma de 25 profissionais.. E em 2019, o Estágio contou com 14 alunos e com a duração de 5 dias. 

Trata-se, portanto, de uma importante contribuição para o preparo de civis brasileiros que atuam em ambientes instáveis, o que pode reduzir riscos e aprofundar ainda mais o impacto de seu trabalho no terreno.

OBJETIVOS 

(1) Sensibilizar os participantes sobre a importância do preparo de civis que atuam em ambientes instáveis; e 

(2) Oferecer noções básicas de segurança e proteção para profissionais brasileiros que trabalham ou em breve trabalharão em ambientes instáveis. 

ASSUNTOS ABORDADOS 

Análise e mitigação de riscos; comunicação e negociação; primeiros-socorros; prevenção e combate a incêndio; educação para o risco de área minada; progressão em área de alto risco; noções de orientação; noções de defesa química, radiológica, biológica e nuclear; entre outros. 

LOGÍSTICA 

Estadia e/ou alimentação poderão ser oferecidas mediante solicitação (pernoite a partir de 23 AGO 2020). Passagens e traslados até o CCOPAB ficarão a cargo do aluno. Passagens de retorno deverão ser adquiridas para após às 1600h do dia 28 AGO 2020, tendo em vista atividades de encerramento do Estágio. 

Nota: em função dos problemas de segurança na cidade do Rio de Janeiro, sugere-se que os voos de chegada e partida sejam realizados à luz do dia. 

LOCAL 

Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil – CCOPAB Av Duque de Caxias, 700 – Vila Militar – Rio de Janeiro, RJ 


PROCESSO SELETIVO 

Os interessados em apresentar a candidatura para o estágio deverão fazê-lo através do formulário no link https://forms.gle/W5MCgykmdk3Jzimh8. 

Apresentação de candidaturas => até 10 JUL 2020. 
Notificação dos candidatos selecionados => até 03 AGO 2020. 

O CCOPAB se reserva o direito de priorizar a seleção de profissionais cujo perfil se encaixe no público-alvo do estágio: (i) servidores públicos federais, estaduais e municipais que trabalham ou em breve trabalharão em ambientes instáveis (principalmente profissionais de Estado de Direito, como juízes, promotores, agentes penitenciários, etc. e/ou que trabalhem com cooperação técnica prestada); (ii) organizações da sociedade civil que trabalham em ambientes instáveis (ONGs, pesquisa de campo, etc.); e (iii) parcerias institucionais. 

CERTIFICADO DE CONCLUSÃO 

Os profissionais que participarem dos cinco dias de curso receberão um certificado. 





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