Mostrando postagens com marcador Brasil Forças Armadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Brasil Forças Armadas. Mostrar todas as postagens

domingo, 11 de abril de 2021

Confira conosco a Passagem de Comando da Força Aeronaval.

0 comentários


Na última sexta-feira (9), a BAeNSPA (Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia) foi palco da cerimônia de Passagem do Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), onde o Vice-Almirante  Paulo Renato Rohwer Santos passou o comando para o Contra Almirante José Vicente de Alvarenga Filho. Devido aos protocolos de segurança impostos pela pandemia do Covid-19, a cerimônia foi restrita apenas algumas autoridades e convidados. 

Agora você confere conosco o vídeo do cerimonial que nos foi fornecido pelo ComSoc da BAeNSPA. Aproveitando a oportunidade para agradecer ao V.Alte Paulo Renato Rohwer Santos pelo exemplar serviço prestado à nossa nação diante dos desafios impostos pela pandemia, tendo respondido a altura dos desafios à frente do ComForAerNav, e toda equipe do GBN Defense lhe deseja muito sucesso na nova missão. Ao C.Alte José Vicente de Alvarenga Filho, damos as boas vindas a "Macega" e lhe desejamos sucesso à frente da nossa Força Aeronaval.

"No ar, os Homens do Mar! "



GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...

sábado, 3 de abril de 2021

Mudanças no Comando da Defesa Brasileira

0 comentários


Na última semana assistimos uma série de mudanças no núcleo de defesa brasileiro, com a demissão do Ministro Fernando Azevedo e Silva que esteve à frente do Ministério da Defesa desde 1 de janeiro de 2019, indicado ainda em 2018 pelo General Augusto Heleno. 

Ao longo de sua gestão, Fernando Azevedo ressaltou que as Forças Armadas devem agir apenas dentro do que estabelece a Constituição, inclusive em questões de segurança pública, mantendo as Forças Armadas longe das disputas políticas, se opondo ao emprego político das instituições militares, o que gerou grande desgaste com a presidência, resultando na saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa no último dia 29 de março, na esteira de sua saída os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica cogitaram  colocar a disposição seus cargos de forma conjunta na sequência da saída do Ministro Fernando Azevedo, o que causou certo frisson na mídia brasileira, com várias especulações sobre os bastidores do Ministério da Defesa.

No dia seguinte (30 de março), assumiu o comando da pasta o Gen. Walter Souza Braga Netto, e com a presença do ex-ministro Fernando Azevedo e os comandantes das três Forças, o 13º Ministro da Defesa, Gen. Braga Netto anunciou a exoneração dos comandantes das três forças. Tal ato gerou muita reverberação mas mídias, além de críticas da oposição e determinados setores da sociedade pela "dança das cadeiras" em curso na Esplanada dos Ministérios, onde as mudanças no Ministério da Defesa são apenas parte da série de mudanças ministeriais que o governo passa nos últimos dias.

O novo comandante da pasta, Ministro Braga Netto, militar de carreira que possui um exemplar currículo, tendo ocupado importantes posições e comandos ao longo da vida militar. Abaixo elencamos alguns pontos importantes de sua carreira:

  • Como Tenente-Coronel ocupou o cargo de Assessor da Subsecretaria de Programas e Projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. 
  • Nomeado em 2001 Oficial de Gabinete do então Comandante do Exército, Gleuber Vieira.
  • Assumiu em julho de 2001 o Comando do 1º Regimento de Carros de Combate (1º RCC), ainda sediado no Rio de Janeiro. Sendo promovido a Coronel em 18 de dezembro de 2001.
  • Entre 2005 e 2007 foi Adido de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil na Polônia.
  • Promovido a general de brigada em novembro de 2009, foi nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste.
  • Adido militar do exército junto à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos da América, também credenciado junto ao Canadá em 2011.
  • Em 2013 foi promovido a General de Divisão, nomeado em agosto daquele ano coordenador geral da assessoria especial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016.
  • Em novembro de 2015 assumiu o comando da 1.ª Região Militar, cargo que exerceu entre 2015 e 2016.
  • Em julho de 2016, foi promovido a General de Exército e assumiu o Comando Militar do Leste, cargo que exerceu entre setembro de 2016 e abril de 2019.
  • Em fevereiro de 2018, foi nomeado pelo presidente Michel Temer como interventor federal na Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, cargo que exerceu até o final daquele ano, e do qual foi exonerado em 28 de março de 2019.
  • Foi chefe do Estado-Maior do Exército entre 28 de abril de 2019 a 13 de fevereiro de 2020.
  • Em 29 de fevereiro de 2020, foi transferido para a reserva encerrado sua carreira ativa no Exército Brasileiro.
  • Ainda em fevereiro de 2020 foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República pelo Presidente Jair Bolsonaro, cargo que assumiu em 18 de fevereiro de 2020, permanecendo até 29 de março de 2021, quando assumiu o Ministério da Defesa sucedendo o Gen. Fernando Azevedo.
O Ministro Braga Netto é considerado por colegas um grande profissional e capaz de cumprir as mais complexas missões.

Durante a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro realizou uma gestão exemplar, garantindo não apenas a ordem pública, mas promovendo importantes mudanças no aparato policial, deixando um belo legado.

Na "caserna" comandantes e oficiais têm muito respeito pelo general Braga Netto. Um respeito que se assemelha ao que demonstram pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.

Diante do posicionamento dos Chefes da Forças Armadas, que colocaram a disposição seus cargos, seguindo a prerrogativa da Presidência da República, o Ministro Braga Netto exonerou os três comandantes das forças, substituindo-os de acordo com a escolha presidencial dos três novos Comandantes da Forças Armadas Brasileiras, tendo sido definidos os nomes dos seguintes oficiais superiores:

  • Marinha do Brasil: Almirante de Esquadra (AE) Almir Garnier Santos
  • Aeronáutica: Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
  • Exército Brasileiro: General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira



Abaixo replicamos o anúncio dos novos comandantes pelo Ministro da Defesa :


Conheça os novos Comandantes da Forças Armadas do Brasil


Comando do Exército Brasileiro:

General-de-Exército PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA 

Ao ser nomeado para o cargo de Comandante do Exército, o General-de-Exército PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA exercia o cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal, situado em Brasília-DF.

O General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira ascendeu ao posto atual em 31 de março de 2018.

Nascido em 28 de agosto de 1958, na cidade de Iguatu-CE, é filho de José Adolfo de Oliveira e Lindalva Nogueira de Oliveira. Incorporou às fileiras do Exército em 4 de abril de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde concluiu o curso em 1976. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria em 15 de dezembro de 1980.

Além dos Cursos de Formação, de Aperfeiçoamento, de Altos Estudos Militares, realizou o curso de Operações na Selva Categoria “A” e diversos estágios, entre eles o de Escalador Militar e Operações Psicológicas. Durante sua vida militar, serviu em unidades de infantaria como o 15º BI Mtz (João Pessoa-PB), 71º BI Mtz em Garanhuns-PE e 2º BIS (Belém-PA). Foi ainda instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras (Resende-RJ). 

Como Tenente Coronel, comandou o 10º Batalhão de Infantaria, em Juiz de Fora-MG, no biênio 2003-2004. Como Coronel foi designado para o cargo de Adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico junto a Embaixada do Brasil no México

Como Coronel ainda, foi classificado por término de missão no exterior na na Diretoria de Avaliação e Promoções (DAProm), em Brasília-DF, onde desempenhou a função de Chefe da 1ª Seção.

Como Oficial General, foi Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste; Comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé-AM; Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus-AM; Comandante da 12ª Região Militar, em Manaus-AM; Subchefe de Operações do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em Brasília-DF; Comandante Logístico do Hospital das Forças Armadas, em Brasília-DF; e Comandante Militar do Norte, em Belém-PA.

Dentre as condecorações com que foi agraciado, destacam-se:

  • Ordem do Mérito Naval Grande Oficial;
  • Ordem do Mérito Militar Cavalheiro;
  • Ordem do Mérito Militar Oficial;
  • Medalha Militar de Ouro com passador de Platina;
  • Medalha do Pacificador;
  • Medalha de Serviço Amazônico com passador de Prata;
  • Medalha do Mérito da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes;
  • Medalha da Vitória;
  • Distintivo de Comando Dourado;
  • Medalha Marechal Osório
  • O Legendário;
  • Ordem do Mérito do Ministério Público Militar
  • Grau Grande Oficial;
  • Ordem do Mérito do Judiciário Militar;
  • Medalha do Mérito Eleitoral do Pará.



Comando da Marinha do Brasil:

Almirante de Esquadra ALMIR GARNIER SANTOS

O Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos nasceu em 22 de setembro de 1960, em Cascadura, no Rio de Janeiro. Orgulha-se de sua longa relação com a Marinha do Brasil, tendo ingressado, aos dez anos de idade, como aluno do curso de formação de operários, na extinta Escola Industrial Comandante Zenethilde Magno de Carvalho.

Graduou-se Técnico em Estruturas Navais, na Escola Técnica do Arsenal de Marinha (AMRJ), em 1977, tendo estagiado nas Fragatas Independência e União, à época em construção na carreira do AMRJ. No mesmo ano iniciou o Curso de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha.

Em 1978 ingressou na Escola Naval (Rio de Janeiro-RJ) formando-se em 1981, na primeira colocação no Corpo da Armada. No regresso da viagem de instrução, a bordo do Navio-Escola “Custódio de Mello”, em 1982, foi nomeado Segundo-Tenente, vindo a servir na Fragata “Independência”, como Ajudante da Divisão de Operações.

Foi promovido ao posto de Primeiro-Tenente, em 31 de agosto de 1984; e em seguida iniciou o Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica para Oficiais, no Centro de Instrução “Almirante Wandenkolk”, localizado no Rio de Janeiro-RJ, o qual concluiu, em 1985, com distinção, tendo obtido o primeiro lugar.

Entre os anos de 1981 e 1991, o então Tenente Garnier, desenvolveu suas habilidades operativas servindo a bordo dos navios mais modernos da Esquadra brasileira à época: a Fragata União, a Fragata Independência e o Navio-Escola Brasil, onde ocupou os cargos de Chefe do Departamento e de Encarregado da Divisão de Operações, de Encarregado da Manutenção do Material Eletrônico, de Oficial de Defesa Aérea e Guerra Eletrônica e de Instrutor de Operações de Guardas-Marinhas.

Em 1991, como Capitão-Tenente, foi designado para realizar o Curso de Mestrado em Pesquisa Operacional e Análise de Sistemas, em Monterey, CA-EUA. Após a conclusão do Mestrado, serviu em funções técnicas por cerca de dez anos, quando gerenciou equipes de elevado padrão técnico, desenvolvendo projetos de otimização de recursos, de emprego de Poder Naval, de jogos para treinamento de Guerra Naval e de implantação de sistemas de tecnologia da informação e comunicações.

O então Capitão de Corveta Garnier concluiu o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores em 1998, obtendo a primeira colocação. Possui ainda o curso de Master of Business Administration (MBA) em Gestão Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPEAD (2008) e o Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval, concluído com menção honrosa, em 2008.

Comandou o navio de apoio logístico “Almirante Gastão Motta”, o Centro de Apoio a Sistemas Operativos, o Centro de Análises de Sistemas Navais e a Escola de Guerra Naval.

Em 31 de março de 2010 foi promovido ao posto de Contra-Almirante, em 31 de março de 2014 ao posto de Vice-Almirante e em 25 de novembro de 2018 ao posto de Almirante de Esquadra.

No Ministério da Defesa, atuou por mais de dois anos e meio como Assessor Especial Militar do Ministro, tendo servido aos Ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann.

Antes de assumir o desafiante cargo de Secretário-Geral do Ministério da Defesa em janeiro de 2019, comandou o 2º Distrito Naval por dois anos, sendo agraciado pela hospitaleira sociedade baiana com: a Comenda 2 de Julho (a maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia), a Medalha Thomé de Souza (Câmara Municipal de Salvador), a Medalha do Mérito Policial-Militar do Estado da Bahia, a Medalha do Mérito Policial Civil do Estado da Bahia, a Medalha Especial de Mérito da Magistratura da Bahia – TJBA 410 anos, a Medalha Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho da Bahia – Comenda Ministro Coqueijo Costa e a Medalha Devocional do Senhor Bom Jesus do Bonfim; além dos títulos de cidadão soteropolitano e cidadão baiano, que muito o lisonjeiam.

É coautor de dois livros na área de gestão de logística e da cadeia de suprimentos. Atuou como palestrante convidado de logística e gerenciamento de projetos, por mais de doze anos, nos programas de graduação e de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas.

O Almirante Garnier possui mais de 950 dias de mar, tendo sido condecorado com a Medalha Mérito Marinheiro (duas âncoras).

Cursos

Escola Naval (Distinção);

CBINC/OF (Distinção);

Assuntos Gerais para Oficiais de Quarto;

Tática Anti-Submarino;

Aperfeiçoamento de Eletrônica para Oficiais (Distinção);

Tática para Oficiais;

Sistema de Direção de Tiro de Armas Acima D´agua das Fragatas MK-10 (Distinção);

Manutenção do 1º Escalão do Sistema de Simulação Tática e Treinamento (Distinção);

Curso Básico da Escola de Guerra Naval;

Mestrado em “Operations Research Systems Analisys” na Naval Postgraduate School-USA (Distinção);

Estado-Maior para Oficiais Superiores da Escola de Guerra Naval (Distinção);

Curso Expedito de Atualização para Comandantes; e

Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval (Menção “Muito Bom”).



Possui ainda vários prêmios e condecorações, incluindo:

  • Medalha Ordem do Mérito da Defesa (Grã-Cruz);
  • Medalha Ordem do Mérito Naval (Grã-Cruz);
  • Medalha Ordem do Mérito Militar (Grande-Oficial);
  • Medalha Ordem do Mérito Aeronáutico (Grande-Oficial); a Medalha Ordem de Rio Branco (Grã-Cruz);
  • Medalha Mérito Judiciário Militar;
  • Medalha Militar e Passador de Ouro;
  • Medalha Mérito Tamandaré;
  • Medalhas-Prêmio Conde de Anadia, Almirante Marques de Leão e Escola de Guerra Naval, por suas primeiras colocações na Escola Naval, no Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica e no Curso de Estado-Maior, entre outras Medalhas-Prêmios concedidas por Marinhas amigas.


Comando da Aeronáutica

Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JÚNIOR

O Tenente-Brigadeiro Baptista Junior é natural do Rio de Janeiro (RJ),  ingressou na Força Aérea Brasileira em 03 de março de 1975 e foi promovido ao posto de Tenente-Brigadeiro em 31 de março 2018.

Durante a carreira de 46 anos dedicados à vida militar, assumiu o comando, a chefia e a direção de diferentes organizações da FAB, entre elas, foi o primeiro Comandante do 2º/6º Grupo de Aviação – Esquadrão Guardião; Comandante da Base Aérea de Fortaleza; Adjunto do Adido de Defesa e Aeronáutica nos Estados Unidos; Subchefe de Apoio do Comando-Geral de Apoio; Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate e Chefe do Subdepartamento de Desenvolvimento e Programas; Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro; Diretor da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico; Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; Chefe de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa.

Atualmente, é o Comandante do Comando-Geral de Apoio.

O Oficial-General é oriundo das aviações de caça e reconhecimento. Possui 4 mil horas de voo, sendo 2.200 horas em aeronaves de caça.

Já voou nas seguintes aeronaves: T-23, T-25, AT-26, C-95, T-27, U-7,U-42, F-103, F-5, EMB 135/145/C-99, E/R-99, C-98B.

Principais condecorações:

  • Ordem do Mérito da Defesa (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Aeronáutico (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Naval (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Militar (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Judiciário Militar (Grau Alta Distinção);
  • Ordem do Mérito Ministério Público Militar (Grande-Oficial);
  • Medalha da Vitória;
  • Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina;
  • Medalha do Mérito Santos-Dumont;
  • Medalha Mérito Tamandaré;
  • Medalha do Pacificador;
  • Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura;
  • Mérito do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará;
  • Mérito da Casa Militar do Estado do Ceará;
  • Medalha Bernardo Sayão – Cidade de Anápolis (GO);
  • Destaque Operacional Platina – COMGAR; e
  • Medalha do Mérito Ambiental.



GBN Defense - A informação começa aqui
Continue Lendo...

domingo, 2 de agosto de 2020

Militares das Forças Armadas resgatam ribeirinho na região do Pantanal

0 comentários
Militares das Forças Armadas realizaram o resgate de um senhor na região da Comunidade Corixão, a cerca de 45 km de Corumbá (MS). 

A ação foi realizada na sexta-feira (31), em meio à Operação Pantanal, com auxílio de aeronave do 3º Batalhão de Aviação do Exército, Organização Militar subordinada ao Comando Militar do Oeste. O pouso foi realizado no 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61), do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN). 

O senhor, de 54 anos, apresentava inchaço nas pernas e havia sido picado, na noite de quinta-feira (30), por uma cobra jararaca. O deslocamento foi feito com acompanhamento de um médico do Hospital Naval de Ladário (HNLa) e, na chegada ao heliponto do EsqdHU-61, uma ambulância do Corpo de Bombeiros seguiu com o paciente para a Santa Casa de Corumbá. 

Conduzida pelo Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), localizado em Ladário (MS), a Operação Pantanal reúne esforços da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB), Força Aérea Brasileira (FAB), Corpo de Bombeiros de MS, Polícia Militar Ambiental e Ibama/Prevfogo. 

As aeronaves das Forças Armadas continuam atuando no combate direto aos focos de incêndio, com voos de reconhecimento, lançamento de água e transporte de bombeiros, brigadistas e militares.

Fonte:Ministério da Defesa
Continue Lendo...

Primeira fase da Operação Xavante atende mais de 1.500 indígenas e distribui 11 mil medicamentos

0 comentários
A primeira fase da Missão Xavante chegou ao final neste domingo (02/08). A ação interministerial das Pastas da Defesa, da Saúde e da Justiça, na região Centro-Oeste do Brasil, levou assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena em seis aldeias dos Polos Campinápolis e São Marcos.

A equipe de 24 profissionais de saúde das Forças Armadas atenderam indígenas da etnia Xavante entre os dias 28 de julho e 1º de agosto. As aldeias foram contempladas com médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que proporcionaram atendimento médico especializado e reforçaram a atuação da saúde local realizada pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante.

Ao todo, foram 1.578 atendimentos realizados aos indígenas da etnia Xavante com o apoio de equipes de saúde do DSEI Xavante e da Secretaria Municipal de Saúde do estado do Mato Grosso. Também foram distribuídos mais de 11 mil medicamentos, sendo a maioria para diabetes e hipertensão.

Durante a ação, também foram realizados exames de glicemia e verificação de sinais vitais, diagnósticos que contaram com ajuda de ultrassonografia portátil e testes de COVID-19.

Um dos beneficiados com o atendimento foi Hander Tserema Tsieiwaaiodi, indígena da aldeia Guadalupe, que pôde ouvir, pela primeira vez, os batimentos cardíacos de seu bebê. "O neném está bem e, em dois meses, deve nascer meu primeiro filho. Ainda não conseguimos saber o sexo porque tinha um cordão na frente. Vamos tentar outra vez na cidade, quando formos comprar as roupinhas. É muito bom ter médicos aqui. Também fiz consulta e o teste COVID ao lado da minha casa", comemorou Hander.

Junto às comunidades assistidas, foi proporcionada a possibilidade de realização de testes de COVID-19, sendo que 149 Xavantes optaram pela realização do exame rápido, que é feito com coleta de sangue no dedo e demora alguns minutos para ficar pronto. Do montante, 94 dos resultados foram negativos, 29 deles estão positivos e 26 resultaram em IGM negativo e IGG positivo para o novo coronavírus, o que significa que a pessoa já esteve infectada com o vírus, mas já está curada.

Segundo a médica da família da Força Aérea Brasileira, 1º Tenente Lione da Silva, o caso mais grave que ela atendeu foi o de um senhor de 88 anos que estava levemente sintomático, com tosse, mas devido à idade, o caso era preocupante. "Todos os integrantes da família eram assintomáticos, porém todos testaram positivo. Segundo a tradição Xavante, quem perde um ente querido deve raspar a cabeça e percebemos muitas pessoas com a cabeça raspada".

Para o médico clínico geral do Hospital Geral de Curitiba (HGeC), 1º Tenente Vitor Yuzo Kawase, o contato com a população Xavante foi extremamente gratificante. "Conseguimos ajudar essa população carente de atendimento especializado, atendemos casos interessantes e complexos e conhecemos um pouco da cultura local. Fizemos muitos atendimentos respiratórios, diagnosticamos número significativo de casos de coronavírus e orientamos os positivos à COVID-19 sobre a importância do isolamento social para o bem da aldeia".

O Xavante Jacinto Tsõrõ Rãwe foi até o local de atendimento médico disponível na aldeia São Marcos para realizar o teste do vírus e o resultado para a COVID-19 foi negativo. “Mesmo assim, recebi as orientações das profissionais de saúde para continuar utilizando máscara e lavar bem as mãos. Também recebi álcool em gel. A minha esposa faleceu com essa doença e precisamos nos cuidar. Quero agradecer o cuidado das Forças Armadas com a população Xavante”.

A segurança das populações indígenas é condicionante básica para a missão. Dessa forma, são adotados protocolos rígidos de saúde. Todos os integrantes da missão devem apresentar o exame molecular de RT-PCR negativo, sendo que, a partir do momento da coleta, os mesmos passam a ficar em quarentena. Além disso, antes do embarque para as Terras Indígenas, são realizados testes rápidos imunológicos (IgM e IgG) e uma inspeção sanitária para comprovar a ausência de sinais e de sintomas que possam sugerir a COVID-19. Durante a missão, os profissionais de saúde atendem os indígenas devidamente paramentados com todos os equipamentos de proteção individual necessários.

Missão Cumprida

O sentimento de missão cumprida é presente nos rostos de todos os militares participantes da operação. Em todas as aldeias, o sentimento de gratidão dos indígenas esteve presente com a equipe de saúde. Mas, além da equipe de saúde, para que a ação fosse realizada, foi necessária intensa atuação da equipe da aviação militar.

A base da operação foi em Aragarças (GO), no 58º Batalhão de Infantaria Motorizado. De lá, todas as manhãs, os profissionais de saúde deslocavam-se em dois helicópteros do Exército Brasileiro, um HM-4 Jaguar e um Super Cougar, para os locais preestabelecidos pela coordenação da missão.

Essas aeronaves voaram mais de 25 horas, percorrendo cerca de quatro mil quilômetros na região da operação, otimizando o deslocamento entre a base e as aldeias.

Os militares partiram de Brasília, na segunda-feira (27), acompanhados por profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), subordinada ao Ministério da Saúde, e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Operação Xavante

Em função da extensa área de abrangência populacional e territorial, a missão Xavante de apoio às comunidades indígenas da região Centro-Oeste do País foi dividida em três fases. As próximas etapas estão previstas para acontecer de 3 a 9 de agosto, na área do Polo Base Marãiwatséde, e de 10 a 16 de agosto, no Polo Base Sangradouro do DSEI Xavante, ambas também no estado do Mato Grosso.

Por 1º Tenente Josiany - 5ª Região Militar
Fotos: Divulgação/Ministério da Defesa
Continue Lendo...

quarta-feira, 20 de maio de 2020

KC-390 Millennium cumpre mais uma missão de Transporte Aéreo Logístico na Operação COVID-19

2 comentários

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta terça-feira (19), uma missão de Transporte Aéreo Logístico em apoio à Operação COVID-19. A aeronave KC-390 Millennium, pertencente ao Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, transportou mais de quatro toneladas de álcool em gel para o Estado do Amazonas (AM). A missão foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) junto ao Centro de Operações Conjuntas (COC) do Ministério da Defesa, em apoio ao Ministério da Saúde.

O FAB 2853 decolou da Ala 2 – Base Aérea de Anápolis (GO), às 11h28 (horário de Brasília), e pousou na Ala 8 - Base Aérea de Manaus (AM) às 14h35. O material que será distribuído na região Norte foi doado por uma empresa de cosméticos, localizada em Anápolis. O Comandante da Ala 2, Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez, falou sobre a ação: “Sempre tivemos relacionamento especial com a cidade de Anápolis e, em momentos de crise, essa parceria tem nos unido cada vez mais em prol do povo brasileiro”.

O Comandante da Aeronave, Capitão Aviador Renan Pacheco Pereira, salienta a atuação nesta missão. “Nossa participação demonstra a importância da Força Aérea nos momentos de crise do país. Quando somos acionados para prestar apoio a quem precisa, pessoalmente, me sinto muito orgulhoso”, disse.

O Sargento Davy Dayan Martins Bagetti de Lima, um dos loadmasters da missão, destaca o sentimento gerado por ser integrante da missão. “É sempre um orgulho e uma honra participar da solução do problema que o Brasil vem enfrentando. Participar desse trabalho é uma satisfação imensa, destacou.

Os pilotos do avião multimissão da FAB estão em instrução de operação da aeronave. A missão de transporte de material foi feita em aproveitamento, tendo atendido a uma das demandas da Operação COVID-19. Neste caso, houve a participação do COMAE, no acionamento das missões de Transporte Aéreo Logístico, e do Comando de Preparo (COMPREP), responsável pelo desenvolvimento da doutrina utilizada no preparo operacional dos tripulantes.

Operação COVID-19

A Operação COVID-19, coordenada pelo Ministério da Defesa, mobiliza militares por todo o Brasil. Homens e mulheres das Forças Armadas atuam no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, em apoio à população. As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, distribuição de kits de alimentos para pessoas de baixa renda, entre outras. Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica), que desenvolvem esforços no cumprimento das missões.


Fonte: Força Aérea Brasileira

Fotos:Tenente Bárbara/Ala2 e Tenente Padoan/Ala8

Continue Lendo...

1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (EsqdHI-1) atinge histórica marca de 200 mil horas de voo

0 comentários

Na última terça-feira (19), o 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (EsqdHI-1) atingiu uma marca histórica, alcançando 200 mil horas de voo!!! A ocasião foi marcada por um voo em formatura pelo Esquadrão, sendo motivo de imenso orgulho para nossa Força Aeronaval, coroando 58 anos de muito trabalho, profissionalismo e dedicação dos militares que compõe essa Organização Militar (OM) responsável pela importante fase de preparação de nossos aviadores navais.


O Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Instrução foi criado pelo Aviso N.º 0284, em 22 de fevereiro de 1961, e ativado em 27 de junho de 1962. Sua principal missão é a instrução prática de voo do Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais (CAAVO), complementando o ensino teórico ministrado no Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN). 


Foto: Comunicação Social ComForAerNav

Inicialmente o EsqdHI-1 operava com dois helicópteros Bell 47, os quais vieram junto com a aquisição dos Navios Hidrográficos "SÍRIUS" e "CANOPUS", além do Bell foram incorporados ao esquadrão seis helicópteros do Hughes 200, os quais logo foram substituídos pelo Hugues 269A em 1963, esta aeronave permaneceu em operação até 1974, quando deram lugar aos então modernos Bell Jet Ranger II 206B, os quais representaram um importante salto qualitativo na instrução de voo, sendo uma aeronave de asas rotativas adequada para instrução primária de voo.Avançando mais uma vez rumo ao aperfeiçoamento de suas capacidades, em 1985 os Bell Jet Ranger II 206B deram lugar aos nossos atuais Bell Jet Ranger III 206B, contando com dezesseis aeronaves do tipo, as quais tem cumprindo a missão por 35 anos!  


Foto: Comunicação Social ComForAerNav

Uma curiosidade, é que, com a criação da Aviação do Exército (AvEx), coube ao EsqdHI-1 preparar e qualificar o pessoal do nosso Exército Brasileiro para realizar a pilotagem e manutenção de suas aeronaves. Dessa forma, a Marinha do Brasil através do Esquadrão HI-1 contribuiu para a formação da primeira turma de Aviadores do Exército Brasileiro, possibilitando ao EB retomar a operação sua aviação.

O EsqdHI-1 esta sediado na cidade de São Pedro da Aldeia - RJ, na BAeNSPA, carinhosamente conhecida como "Macega". Além das tarefas de instrução, o esquadrão também executa missões de emprego geral, EVAM (Evacuação Aero-Médica), estando subordinado ao Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav).


Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense


Durante o período de 9 á 30 de janeiro deste ano, embarcado no PHM "Atlântico" para cobrir a Operação Aspirantex 2020, tive a oportunidade de conhecer melhor o esquadrão HI-1, e acompanhar um pouco da sua rotina de trabalho, conhecendo desde o preparo das missões, passando pela preparação da aeronave, tendo cumprido a missão "FOTEX" a bordo do "Garça 54", onde pude registrar imagens aéreas de nosso Grupo Tarefa (GT), e posteriormente os cuid
ados com a aeronave no pós-voo e hangarem da mesma.



Para termos uma ideia do significado da marca de 200 mil horas de voo alcançada pelo HI-1, uma aeronave teria de decolar agora e permanecer em voo continuo por nada menos que 8.333 dias, simplificando, seriam 22 anos e 10 meses voando direto! 


Quero parabenizar todos que escreveram e continuam a escrever com dedicação e empenho, a história deste importante esquadrão, pelo qual passam nossos bravos pilotos aeronavais, Esquadrão HI-1 "Berço de todos os Aviadores Navais da Marinha do Brasil", que continuem a "Ensinar aos homens o saber dos pássaros".


Um Bravo-Zulu ao nosso grande amigo, Comandante Marcelo Góes e a todos amigos do HI-1, em breve estaremos novamente nos reencontrando para concluir nossa pauta sobre nossos "Garças".


Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense


Por: Angelo Nicolaci


Nota: Em breve as aeronaves Bell Jet Ranger III 206B devem receber o merecido descanso, passando a missão aos novos Airbus H125 que em breve. 


GBN Defense - A informação começa aqui


Continue Lendo...

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Tiger - 45 anos do Northrop F-5 na FAB

0 comentários

No dia 28 de fevereiro de 1975, a exatos 45 anos atrás, eram entregues em Palmdale nos EUA, primeiros três exemplares do caça mais longevo em operação no Brasil, o qual possui uma bela folha de bons serviços prestados sob o cocar da Força Aérea Brasileira, acumulando até o momento mais de 285 mil horas de voo e muitas missões voadas, escrevendo páginas importantes de nossa aviação de caça.

No 45º aniversário de seu recebimento, o GBN Defense conta um pouco sobre essa pequena, mas fantástica aeronave, que apesar da idade, ainda se mostra um vetor muito capaz e letal nas mãos de profissionais preparados, como os pilotos de caça brasileiros.


Nada melhor do que começarmos apresentando o cenário que levou ao desenvolvimento da aeronave que se tornou um ícone da aviação de caça moderna, sendo um grande sucesso de exportações e operando ainda hoje em muitas forças ao redor do mundo.

Apesar do sucesso alcançado, o F-5 não surgiu como um programa do governo americano como muitos pensam, sendo fruto de pesquisas realizadas pela equipe da Northrop nos idos de 1954, onde o mundo vivia sob o manto da Guerra Fria e a ameaça comunista. Neste período, uma equipe da Northrop visitou vários países signatários do Tratado do Atlântico Norte, aquele que em 1949 deu origem a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), com intuito de identificar as necessidades de defesa desses países.

Com base nos dados obtidos, foram elaborados estudos onde se identificou a nítida necessidade de uma aeronave com capacidade multifuncional que apresentasse um baixo custo operacional, Como resultado, as equipes de projetistas e engenheiros se debruçaram sobre as pranchetas, resultando na criação do caça leve N156F. Apesar de apresentar uma aeronave com amplas capacidades e custo/benefício atraente, a USAF não se mostrou interesse no projeto naquele momento.

As necessidades naquele momento era a aquisição de uma aeronave de treinamento para substituir sua frota de treinadores Lockheed T-33, os quais já e mostravam ineficientes para preparar os futuros pilotos da USAF no início da era dos caças supersônicos. Diante desta oportunidade, a equipe da Northrop ofereceu uma moderna aeronave de treinamento avançado, a qual era um desenvolvimento do projeto N156F, a qual venceu a concorrência em 1956 e conquistou o contrato para fornecer a USAF, dando origem ao T-38 Talon, se tornando a primeira aeronave de treinamento supersônica, entrando em operação em março de 1961, atingindo uma produção total de 1146 células produzidas, mas esta será objeto de outra matéria.
Northrop T-38 Talon

Apesar da USAF não ter se mostrado interessada no projeto do caça leve, a Northrop resolveu investir por conta própria no desenvolvimento da aeronave, confiante no potencial mercado que havia identificado para o tipo, o que levou no dia 30 de julho de 1959, a realização do primeiro voo do F-5, o qual ocorreu dentro do previsto e demonstrando as qualidades do projeto N156F.

O momento da virada

Mas foi apenas três anos após a realização do primeiro voo que o F-5 finalmente atraiu os olhares do Departamento de Defesa dos EUA, o qual buscava uma aeronave para atender a necessidade de apoiar os aliados de Washington com uma aeronave de combate que pudesse oferecer através do Military Assistance Program (Programa de Assistência Militar), o caça deveria apresentar um baixo custo de aquisição/operação, e relativa capacidade de combate,  neste cenário, o F-5 despontava como uma atraente opção, conforme apontavam os estudos da Northrop quase uma década antes, sendo um caça pequeno e ágil.

Primeiro protótipo do F-5A
Em 25 de abril de 1962, o Departamento de Defesa anunciou a escolha do projeto N-156F da Northrop como aeronave escolhida para o Programa de Assistência Militar (MAP).o qual no dia 9 de agosto do mesmo ano foi designado oficialmente como F-5A Freedom Fighter, sendo oferecido aos aliados da OTAN, que poderiam adquirir um caça supersônico que apresentava capacidades de realizar missões ar-ar, ataque ao solo e treinamento (F-5B) com preços razoáveis.

Apesar de apresentar uma limitada capacidade na arena aérea, o F-5A/B se mostrava capaz para missões de ataque ao solo. Parte dessa limitação se devia ao fato de não estar equipado com um radar de controle de fogo (FCR). Sua variante biplace, o F-5B era mais voltado a missões de treinamento e ataque.

Batismo de fogo no Vietnã

Em outubro de 1965 a USAF enviou 12 aeronaves F-5A oriundas dos estoques do MAP para o Vietnã, as quais operaram com a 4503º Ala de Caças Táticos (4503º TFW) com intuito de realizar testes operacionais. Foi dado ao programa o nome código Skoshi Tiger ("Pequeno" Tigre), e foi durante essas operações que o F-5 ganhou o apelido de Tiger.

Foi no Vietnã que os “Tiger” ganharam sua fama, se mostrando aeronaves de grande manobrabilidade e capazes de cumprir suas missões nos bem defendidos céus do Vietnã. Ao passo que os norte americanos sofriam pesadas perdas com aeronaves como o F-4 Phanton e F-105 Thunderchief, os “Tigers” embora se mostrassem aeronaves mais limitadas do ponto de vista técnico, registravam as menores perdas, o que levou a encomenda de 200 aeronaves F-5A pela USAF.

O emprego dos “Tigers” na Guerra do Vietnã, levaram a identificação de várias modificações pelas quais deveria passar o F-5. Com isso, a USAF resolveu promover um programa que tinha por objetivo garantir novas capacidades ao F-5A, principalmente com relação a sua capacidade de combate aéreo, tendo como foco tornar a aeronave capaz de contrapor o MiG-21 soviético na arena aérea. A aeronave soviética era vista como uma ameaça pelos aliados de Washington, tendo em vista a larga escala de produção da aeronave soviética e seu envio em grandes quantidades aos aliados de Moscou.

O primeiro F-5E produzido, hoje opera com as cores da FAB
Mais uma vez as equipes de projetistas e engenheiros da Northrop se debruçaram sobre as pranchetas e em outubro de 1970 era apresentado à USAF a nova variante do F-5 “Tiger”, a qual apresentava capacidade de realizar missões de superioridade aérea e enfrentar os temíveis MiG-21 do Pacto de Varsóvia. Essa nova versão avançada do F-5, passou a ser denominada F-5E Tiger II, realizando seu primeiro voo em 11 de agosto de 1972, essa nova versão incluía motores mais potentes, maior capacidade de combustível, maior alar e extensões aprimoradas da borda de ataque para melhorar a capacidade de curva, sendo capaz de realizar reabastecimento aéreo (REVO) e contando com aviônicos aprimorados, incluindo um novo radar ar-ar. As entregas dos primeiros exemplares desta nova versão começaram a ser entregue ainda no final deste ano, tendo recebido uma encomenda inicial de nada menos que 325 aeronaves, onde os primeiros exemplares entregues entraram em serviço no início de 1973.


Os Tigers no Brasil

A história do F-5 e o Brasil, remonta uma década antes de seu recebimento pela Força Aérea Brasileira há 45 anos, tendo sido estudado pela FAB nos idos de 1965, onde foi cogitada a aquisição pelo Brasil de exemplares do “Freedom Fighter” tanto na variante F-5A como a variante biplace F-5B, porém, as intenções não se concretizaram.

Ainda nos anos 60, a Força Aérea Brasileira buscava um novo vetor no âmbito do projeto SISDACTA, Em 1967, ele foi novamente cogitado, desta vez como vetor do projeto SISDACTA (Sistema de Defesa Aérea e Controle de Trafego Aéreo). Em 1967 a FAB sonhava com a possibilidade de operar o caça norte americano F-4 Phantom da McDonnell Douglas, mas essa possibilidade foi vetada pelos americanos, que em contrapartida ofereceram o F-5 em sua variante “Charlie”, que se tratava da versão que foi desenvolvida pela Northrop incorporando diversas melhorias em relação a variante “Alfa”, assim o F-5C assimilava lições aprendidas nos céus do Vietnã.

Um dos primeiros F-5B "Freedom Fighter" do Brasil
Mas como a FAB tinha predileção pelo “Phanton”, acabou recusando a oferta do “Tiger” e optando em maio de 1970 pela proposta dos franceses, que ofereceram o Dassault Mirage III, do qual adquirimos 17 aeronaves inicialmente, assim pondo fim a chance naquele momento do “Tiger” operar no Brasil.

No ano seguinte à derrota do “Tiger” na concorrência do projeto SISDACTA, uma nova lacuna em nossa Força Aérea abria uma nova oportunidade, onde se buscava uma aeronave substituta aos vetustos AT-33A, o que levou a abertura de concorrência internacional naquele ano de 1971. Desta vez a Northrop ofereceu a variante mais moderna do “Tiger”, o F-5E, que disputou o milionário contrato com os italianos Fiat G-91 e MB-326K, os britânicos Harrier Mk-50Jaguar GR1 e o também norte americano McDonnell Douglas A-4F. Desta vez o caça da Northrop finalmente recebia um contrato para equipar a Força Aérea Brasileira, iniciando assim uma história que já perdura por 45 anos de bons serviços prestados ao Brasil. Neste contrato adquirimos 36 exemplares do monoplace F-5E “Tiger II” e 6 aeronaves biplace F-5B “Freedom Fighter”. Antes que questionem o porquê de não ter adquirido a variante biplace F-5F “Tiger II”, lembremos que a mesma só começou a ser produzida em meados de 1975.

Foi no dia 28 de fevereiro de 1975, que os três primeiros F-5B do primeiro lote de 42 aeronaves (36 F-5E “Tiger II” e 6 F-5B “Freedom Fighter”) adquiridas novas de fábrica através do contrato avaliado em 115 milhões de dólares, oficialmente entregues a nossa Força Aérea Brasileira, iniciando o traslado em voo para o Brasil, onde pousaram em 6 de março, os três F-5B remanescentes chegariam ao Brasil em 13 de maio, enquanto os primeiros exemplares do F-5E “Tiger II” chegariam em 12 de junho do mesmo ano, com os últimos exemplares sendo entregues em 12 de fevereiro de 1976, totalizando os 36 F-5E “Tiger II” brasileiros.

Nossos F-5 possuem muita história e casos curiosos, alguns até se tornaram folclóricas, como o ocorrido em setembro de 1980, quando um dos nossos F-5 sofreu uma pane e sua alternativa era realizar um pouso de emergência numa estrada “deserta”, porém, durante o pouso a aeronave atingiu um pobre fusquinha, uma curiosa história que já contamos aqui no GBN Defense e você confere clicando a seguir, “O dia que um fusca e um F-5 se envolveram numa inusitada colisão”.

Outra história ocorreu no dia 3 de junho de 1982, quando nossos F-5E protagonizaram a interceptação de um dos bombardeiros britânicos que participaram na Guerra das Malvinas, a aeronave em questão era o bombardeiro em delta Avro Vulcan B.MK.2 XM597, que participará da Operação Black Buck 6, um ataque ao sistema de radares argentinos nas longevas Ilhas Falklands (Malvinas), viajando desde a Ilha de Ascenção no meio do Atlântico, percorrendo mais de 6mil quilômetros. Porém, essa aeronave sofreu pane no sistema de sonda, impossibilitando seu reabastecimento aéreo, a única alternativa seria realizar um pouso de emergência no Brasil.

Após as negativas brasileiras de autorizar a entrada da aeronave em território nacional, os ingleses resolveram tentar a sorte e seguiram rumo à cidade do Rio de Janeiro, na região sudeste do Brasil. Mas o Vulcan já estava sendo monitorado pelo CINDACTA e ao se aproximar de nossa costa, foi soado o alerta na Base Aérea de Santa Cruz (BASC) na zona oeste do Rio de Janeiro, o 1ºGAvCa estava em alerta constante durante o conflito das Malvinas, em cinco minutos um elemento composto por duas aeronaves F-5E Tiger II decolava, ás 10:50 daquela manhã os dois rompendo a barreira do som logo após a decolagem, o estrondo gerado resultou em muitas vidraças quebradas, e às 11:04 o intruso britânico foi interceptado pelos nossos “Tigers”, armados e prontos para se necessário abater o intruso, mas os britânicos rapidamente responderam aos questionamentos da dupla de “Tigers” e declarou emergência, então sendo escoltado até a Base Aérea do Galeão, onde o Vulcan pousou, após se certificar que os ingleses haviam completado o pouso, os F-5E retornaram à sua casa com mais uma missão cumprida.

O F-5E se mostrava uma aeronave fantástica que se enquadrava perfeitamente as necessidades operacionais da FAB, aliando desempenho e baixo custo de operação, apresentando um alto nível de disponibilidade e a simplicidade de manutenção. Com isso logo se viu a necessidade de adquirir um novo lote destas aeronaves, o qual deveria atender a demanda de nossa aviação de caça, a qual nos idos de 1985 necessitava ampliar suas capacidades e contava apenas com os 17 exemplares do Mirage III francês, os quais apresentavam um alto custo de operação, além dos 36 F-5E Tiger II e seis biplace F-5B.

A primeira alternativa foi buscar um novo lote junto aos EUA, porém, o governo Reagan dificultou as tratativas, o que levou a FAB a busca de alternativas, com a escassez de células do F-5 no mercado internacional, chegou-se a cogitar a aquisição de aeronaves chinesas, com o F-7M chegando a quase se tornar uma realidade, o que seria um tanto inusitado, pois o F-7M era uma variante do Mig-21 soviético. Mas, apesar das avançadas tratativas e vantagens oferecidas pelos chineses, no final de 1987 os norte americanos resolveram liberar a venda de um novo lote de F-5E/F “Tiger II” ao Brasil, o que resultou em 22 aeronaves monoplace F-5E e outras 4 biplace, desta vez a versão F-5F, os quais substituiriam posteriormente os F-5B. Esta segunda compra envolvia aeronaves oriundas dos estoques da USAF, avaliadas em 13,1 milhões de dólares.

Os F-5E Tiger II brasileiros ganhavam notoriedade nos exercícios internacionais que participava, obtendo bom desempenho frente aeronaves mais modernas e capazes, sempre mostrando suas garras, como ocorreu durante sua participação na Red Flag, um dos mais importantes exercícios aéreos dos EUA, somando a estes as várias edições da CRUZEX, onde surpreendeu várias vezes, realizando “abates” de aeronaves como F-16, Mirage 2000 e o moderno Rafale francês.

A última aquisição de F-5 pelo Brasil ocorreu em 2008, quando foi adquirido um lote de 11 aeronaves junto a Real Força Aérea da Jordânia, onde se juntou ao nosso inventário 8 aeronaves F-5E e 3 F-5F, as quais foram transladadas direto para o PAMA-SP, os quais foram totalmente revisados e modernizados para o padrão F-5M.

Ainda em 2008, o “Tiger” realizaria mais uma de várias missões de interceptação ao longo de sua carreira, desta vez um F-5EM Tiger II do 1ºGavCa decolou da BASC às 14:54 rumo a Região dos Lagos, onde no través de Cabo Frio interceptou um cargueiro DC-8 britânico oriundo das Ilhas Falklands, a qual transportava 20 toneladas de carga e pretendia realizar escala no aeroporto de Cabo Frio antes de seguir para o destino na Ilha de Ascensão, porém, por não possuir as documentações necessárias e não cumprir os trâmites previstos, foi encarado como intruso e sete minutos após a decolagem da BASC, o F-5EM interceptava o cargueiro, ordenando que o acompanhasse até a Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro.

F-5BR - O “Tiger” ganha nova vida (F-5M)

Após 25 anos em serviço contínuo, a Força Aérea Brasileira viu a necessidade de atualizar sua frota de F-5E/F Tiger II no ano 2000, pois não havia no horizonte um substituto para o caça que se tornara a espinha dorsal brasileira. Os constantes cortes no orçamento da Defesa, os adiamentos no Programa FX, que tinha por objetivo a aquisição de um novo vetor que dotaria a FAB de uma aeronave moderna, levaram mais uma vez a busca por alternativas, e essa viria através do Programa F-5BR, onde a Embraer e a AEL (subsidiaria do Grupo Elbit) apresentaram um pacote de atualização que iria garantir ao “Tiger” a capacidade de atuar no moderno teatro de operações aéreas.

A proposta previa transformar o veterano caça de 3ª Geração, numa moderna aeronave de 4ª Geração, incorporando uma nova e moderna aviônica digital, novo radar e sistemas, o F-5 brasileiro ganhou novas capacidades, garantindo ao mesmo contrapor aeronaves de projetos mais recentes, conferindo novas “garras” ao tigre brasileiro.

O F-5 brasileiro, passou a contar com avançado radar multimodo italiano FIAR Grifo-F pulso Doppler, com capacidade look-up e look-down e alcance de 70 km, possibilitando a utilização de mísseis ar-ar, BVR e bombas inteligentes guiadas por GPS ou laser, foram incorporados dois computadores de missão que recebem e analisam os dados de todos os sensores da aeronave, o painel analógico deu lugar a um novo digital, com duas telas de cristal líquido (LCD), além do moderno HUD (Head-UP Display) que permite ao piloto controlar os parâmetros de voo e de combate sem desviar o olhar do ambiente externo, os instrumentos receberam especial atenção, sendo compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (OVN), os pilotos passaram a contar com capacetes com sistema de mira HMD (Helmet Mounted Display), no campo de comunicações, o F-5M recebeu rádios digitais V/UHF Rohde & Schwartz integrados a capacidade DataLink com as aeronaves AEW&C E-99 da FAB, garantindo comunicações totalmente seguras, novo sistema de alerta radar (RWR), novo sistema de navegação Inertial/GPS Rockwell H-764G a laser e um avançado computador de voo, em termos de ergonomia a integração do sistema HOTAS que reúne os principais comandos no manche e na manete de potência facilitam e muito a vida do piloto, em resumo trata-se de uma “nova” e moderna aeronave.


O programa de modernização foi iniciado em 2001, com primeiro exemplar modernizado sendo apresentado em setembro de 2005, passando agora a ser designado oficialmente como F-5EM Tiger II, levando a Força Aérea Brasileira a um novo patamar de tecnologia e capacidades.

A última aeronave modernizada foi entregue a FAB em 2017 após o programa sofrer inúmeros atrasos devido aos constantes contingenciamentos de recursos , mas apesar de todos obstáculos estão operacionais, inclusive atuando na defesa aérea, sendo substitutos do Mirage 2000, desativada em 2013, deixando uma lacuna que vem sendo ocupada provisoriamente pelo F-5EM Tiger II, devido ao atraso na definição do Programa FX-2, o qual se arrastou até 2013, quando finalmente foi tomada a decisão pela aquisição do caça sueco Gripen E/F, o qual pretende futuramente também substituir nossos veteranos F-5EM.


No total Força Aérea Brasileira recebeu 79 aeronaves Northrop F-5, somando as variante F-5B "Freedom Fighter" e F-5E/F "Tiger II", dos quais boa parte dos F-5E/F modernizados para o padrão F-5EM/FM continuam em operação, dentre eles, curiosamente está o primeiro F-5E de produção em série do mundo, o F-5EM matrícula FAB 4856.

O Tiger ainda deve continuar ainda por mais de uma década defendendo os céus do Brasil, o qual ainda irá realizar muitas missões e escrever muitas histórias até sua completa substituição pelos novos F-39E/F Gripen, as quais serão eternamente lembradas pelos amantes do “Bicudo”, como é carinhosamente chamado por alguns.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança, membro da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais (AVCFN), Sociedade de Amigos da Marinha (SOAMAR), Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ) e Associação de Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO).


GBN News - A informação começa aqui



Continue Lendo...
 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger