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sábado, 3 de abril de 2021

Mudanças no Comando da Defesa Brasileira

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Na última semana assistimos uma série de mudanças no núcleo de defesa brasileiro, com a demissão do Ministro Fernando Azevedo e Silva que esteve à frente do Ministério da Defesa desde 1 de janeiro de 2019, indicado ainda em 2018 pelo General Augusto Heleno. 

Ao longo de sua gestão, Fernando Azevedo ressaltou que as Forças Armadas devem agir apenas dentro do que estabelece a Constituição, inclusive em questões de segurança pública, mantendo as Forças Armadas longe das disputas políticas, se opondo ao emprego político das instituições militares, o que gerou grande desgaste com a presidência, resultando na saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa no último dia 29 de março, na esteira de sua saída os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica cogitaram  colocar a disposição seus cargos de forma conjunta na sequência da saída do Ministro Fernando Azevedo, o que causou certo frisson na mídia brasileira, com várias especulações sobre os bastidores do Ministério da Defesa.

No dia seguinte (30 de março), assumiu o comando da pasta o Gen. Walter Souza Braga Netto, e com a presença do ex-ministro Fernando Azevedo e os comandantes das três Forças, o 13º Ministro da Defesa, Gen. Braga Netto anunciou a exoneração dos comandantes das três forças. Tal ato gerou muita reverberação mas mídias, além de críticas da oposição e determinados setores da sociedade pela "dança das cadeiras" em curso na Esplanada dos Ministérios, onde as mudanças no Ministério da Defesa são apenas parte da série de mudanças ministeriais que o governo passa nos últimos dias.

O novo comandante da pasta, Ministro Braga Netto, militar de carreira que possui um exemplar currículo, tendo ocupado importantes posições e comandos ao longo da vida militar. Abaixo elencamos alguns pontos importantes de sua carreira:

  • Como Tenente-Coronel ocupou o cargo de Assessor da Subsecretaria de Programas e Projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. 
  • Nomeado em 2001 Oficial de Gabinete do então Comandante do Exército, Gleuber Vieira.
  • Assumiu em julho de 2001 o Comando do 1º Regimento de Carros de Combate (1º RCC), ainda sediado no Rio de Janeiro. Sendo promovido a Coronel em 18 de dezembro de 2001.
  • Entre 2005 e 2007 foi Adido de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil na Polônia.
  • Promovido a general de brigada em novembro de 2009, foi nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste.
  • Adido militar do exército junto à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos da América, também credenciado junto ao Canadá em 2011.
  • Em 2013 foi promovido a General de Divisão, nomeado em agosto daquele ano coordenador geral da assessoria especial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016.
  • Em novembro de 2015 assumiu o comando da 1.ª Região Militar, cargo que exerceu entre 2015 e 2016.
  • Em julho de 2016, foi promovido a General de Exército e assumiu o Comando Militar do Leste, cargo que exerceu entre setembro de 2016 e abril de 2019.
  • Em fevereiro de 2018, foi nomeado pelo presidente Michel Temer como interventor federal na Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, cargo que exerceu até o final daquele ano, e do qual foi exonerado em 28 de março de 2019.
  • Foi chefe do Estado-Maior do Exército entre 28 de abril de 2019 a 13 de fevereiro de 2020.
  • Em 29 de fevereiro de 2020, foi transferido para a reserva encerrado sua carreira ativa no Exército Brasileiro.
  • Ainda em fevereiro de 2020 foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República pelo Presidente Jair Bolsonaro, cargo que assumiu em 18 de fevereiro de 2020, permanecendo até 29 de março de 2021, quando assumiu o Ministério da Defesa sucedendo o Gen. Fernando Azevedo.
O Ministro Braga Netto é considerado por colegas um grande profissional e capaz de cumprir as mais complexas missões.

Durante a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro realizou uma gestão exemplar, garantindo não apenas a ordem pública, mas promovendo importantes mudanças no aparato policial, deixando um belo legado.

Na "caserna" comandantes e oficiais têm muito respeito pelo general Braga Netto. Um respeito que se assemelha ao que demonstram pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas.

Diante do posicionamento dos Chefes da Forças Armadas, que colocaram a disposição seus cargos, seguindo a prerrogativa da Presidência da República, o Ministro Braga Netto exonerou os três comandantes das forças, substituindo-os de acordo com a escolha presidencial dos três novos Comandantes da Forças Armadas Brasileiras, tendo sido definidos os nomes dos seguintes oficiais superiores:

  • Marinha do Brasil: Almirante de Esquadra (AE) Almir Garnier Santos
  • Aeronáutica: Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
  • Exército Brasileiro: General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira



Abaixo replicamos o anúncio dos novos comandantes pelo Ministro da Defesa :


Conheça os novos Comandantes da Forças Armadas do Brasil


Comando do Exército Brasileiro:

General-de-Exército PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA 

Ao ser nomeado para o cargo de Comandante do Exército, o General-de-Exército PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA exercia o cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal, situado em Brasília-DF.

O General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira ascendeu ao posto atual em 31 de março de 2018.

Nascido em 28 de agosto de 1958, na cidade de Iguatu-CE, é filho de José Adolfo de Oliveira e Lindalva Nogueira de Oliveira. Incorporou às fileiras do Exército em 4 de abril de 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde concluiu o curso em 1976. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria em 15 de dezembro de 1980.

Além dos Cursos de Formação, de Aperfeiçoamento, de Altos Estudos Militares, realizou o curso de Operações na Selva Categoria “A” e diversos estágios, entre eles o de Escalador Militar e Operações Psicológicas. Durante sua vida militar, serviu em unidades de infantaria como o 15º BI Mtz (João Pessoa-PB), 71º BI Mtz em Garanhuns-PE e 2º BIS (Belém-PA). Foi ainda instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras (Resende-RJ). 

Como Tenente Coronel, comandou o 10º Batalhão de Infantaria, em Juiz de Fora-MG, no biênio 2003-2004. Como Coronel foi designado para o cargo de Adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico junto a Embaixada do Brasil no México

Como Coronel ainda, foi classificado por término de missão no exterior na na Diretoria de Avaliação e Promoções (DAProm), em Brasília-DF, onde desempenhou a função de Chefe da 1ª Seção.

Como Oficial General, foi Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste; Comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé-AM; Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus-AM; Comandante da 12ª Região Militar, em Manaus-AM; Subchefe de Operações do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em Brasília-DF; Comandante Logístico do Hospital das Forças Armadas, em Brasília-DF; e Comandante Militar do Norte, em Belém-PA.

Dentre as condecorações com que foi agraciado, destacam-se:

  • Ordem do Mérito Naval Grande Oficial;
  • Ordem do Mérito Militar Cavalheiro;
  • Ordem do Mérito Militar Oficial;
  • Medalha Militar de Ouro com passador de Platina;
  • Medalha do Pacificador;
  • Medalha de Serviço Amazônico com passador de Prata;
  • Medalha do Mérito da Força Expedicionária Brasileira;
  • Medalha Marechal Mascarenhas de Moraes;
  • Medalha da Vitória;
  • Distintivo de Comando Dourado;
  • Medalha Marechal Osório
  • O Legendário;
  • Ordem do Mérito do Ministério Público Militar
  • Grau Grande Oficial;
  • Ordem do Mérito do Judiciário Militar;
  • Medalha do Mérito Eleitoral do Pará.



Comando da Marinha do Brasil:

Almirante de Esquadra ALMIR GARNIER SANTOS

O Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos nasceu em 22 de setembro de 1960, em Cascadura, no Rio de Janeiro. Orgulha-se de sua longa relação com a Marinha do Brasil, tendo ingressado, aos dez anos de idade, como aluno do curso de formação de operários, na extinta Escola Industrial Comandante Zenethilde Magno de Carvalho.

Graduou-se Técnico em Estruturas Navais, na Escola Técnica do Arsenal de Marinha (AMRJ), em 1977, tendo estagiado nas Fragatas Independência e União, à época em construção na carreira do AMRJ. No mesmo ano iniciou o Curso de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha.

Em 1978 ingressou na Escola Naval (Rio de Janeiro-RJ) formando-se em 1981, na primeira colocação no Corpo da Armada. No regresso da viagem de instrução, a bordo do Navio-Escola “Custódio de Mello”, em 1982, foi nomeado Segundo-Tenente, vindo a servir na Fragata “Independência”, como Ajudante da Divisão de Operações.

Foi promovido ao posto de Primeiro-Tenente, em 31 de agosto de 1984; e em seguida iniciou o Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica para Oficiais, no Centro de Instrução “Almirante Wandenkolk”, localizado no Rio de Janeiro-RJ, o qual concluiu, em 1985, com distinção, tendo obtido o primeiro lugar.

Entre os anos de 1981 e 1991, o então Tenente Garnier, desenvolveu suas habilidades operativas servindo a bordo dos navios mais modernos da Esquadra brasileira à época: a Fragata União, a Fragata Independência e o Navio-Escola Brasil, onde ocupou os cargos de Chefe do Departamento e de Encarregado da Divisão de Operações, de Encarregado da Manutenção do Material Eletrônico, de Oficial de Defesa Aérea e Guerra Eletrônica e de Instrutor de Operações de Guardas-Marinhas.

Em 1991, como Capitão-Tenente, foi designado para realizar o Curso de Mestrado em Pesquisa Operacional e Análise de Sistemas, em Monterey, CA-EUA. Após a conclusão do Mestrado, serviu em funções técnicas por cerca de dez anos, quando gerenciou equipes de elevado padrão técnico, desenvolvendo projetos de otimização de recursos, de emprego de Poder Naval, de jogos para treinamento de Guerra Naval e de implantação de sistemas de tecnologia da informação e comunicações.

O então Capitão de Corveta Garnier concluiu o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores em 1998, obtendo a primeira colocação. Possui ainda o curso de Master of Business Administration (MBA) em Gestão Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPEAD (2008) e o Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval, concluído com menção honrosa, em 2008.

Comandou o navio de apoio logístico “Almirante Gastão Motta”, o Centro de Apoio a Sistemas Operativos, o Centro de Análises de Sistemas Navais e a Escola de Guerra Naval.

Em 31 de março de 2010 foi promovido ao posto de Contra-Almirante, em 31 de março de 2014 ao posto de Vice-Almirante e em 25 de novembro de 2018 ao posto de Almirante de Esquadra.

No Ministério da Defesa, atuou por mais de dois anos e meio como Assessor Especial Militar do Ministro, tendo servido aos Ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann.

Antes de assumir o desafiante cargo de Secretário-Geral do Ministério da Defesa em janeiro de 2019, comandou o 2º Distrito Naval por dois anos, sendo agraciado pela hospitaleira sociedade baiana com: a Comenda 2 de Julho (a maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia), a Medalha Thomé de Souza (Câmara Municipal de Salvador), a Medalha do Mérito Policial-Militar do Estado da Bahia, a Medalha do Mérito Policial Civil do Estado da Bahia, a Medalha Especial de Mérito da Magistratura da Bahia – TJBA 410 anos, a Medalha Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho da Bahia – Comenda Ministro Coqueijo Costa e a Medalha Devocional do Senhor Bom Jesus do Bonfim; além dos títulos de cidadão soteropolitano e cidadão baiano, que muito o lisonjeiam.

É coautor de dois livros na área de gestão de logística e da cadeia de suprimentos. Atuou como palestrante convidado de logística e gerenciamento de projetos, por mais de doze anos, nos programas de graduação e de pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas.

O Almirante Garnier possui mais de 950 dias de mar, tendo sido condecorado com a Medalha Mérito Marinheiro (duas âncoras).

Cursos

Escola Naval (Distinção);

CBINC/OF (Distinção);

Assuntos Gerais para Oficiais de Quarto;

Tática Anti-Submarino;

Aperfeiçoamento de Eletrônica para Oficiais (Distinção);

Tática para Oficiais;

Sistema de Direção de Tiro de Armas Acima D´agua das Fragatas MK-10 (Distinção);

Manutenção do 1º Escalão do Sistema de Simulação Tática e Treinamento (Distinção);

Curso Básico da Escola de Guerra Naval;

Mestrado em “Operations Research Systems Analisys” na Naval Postgraduate School-USA (Distinção);

Estado-Maior para Oficiais Superiores da Escola de Guerra Naval (Distinção);

Curso Expedito de Atualização para Comandantes; e

Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval (Menção “Muito Bom”).



Possui ainda vários prêmios e condecorações, incluindo:

  • Medalha Ordem do Mérito da Defesa (Grã-Cruz);
  • Medalha Ordem do Mérito Naval (Grã-Cruz);
  • Medalha Ordem do Mérito Militar (Grande-Oficial);
  • Medalha Ordem do Mérito Aeronáutico (Grande-Oficial); a Medalha Ordem de Rio Branco (Grã-Cruz);
  • Medalha Mérito Judiciário Militar;
  • Medalha Militar e Passador de Ouro;
  • Medalha Mérito Tamandaré;
  • Medalhas-Prêmio Conde de Anadia, Almirante Marques de Leão e Escola de Guerra Naval, por suas primeiras colocações na Escola Naval, no Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica e no Curso de Estado-Maior, entre outras Medalhas-Prêmios concedidas por Marinhas amigas.


Comando da Aeronáutica

Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JÚNIOR

O Tenente-Brigadeiro Baptista Junior é natural do Rio de Janeiro (RJ),  ingressou na Força Aérea Brasileira em 03 de março de 1975 e foi promovido ao posto de Tenente-Brigadeiro em 31 de março 2018.

Durante a carreira de 46 anos dedicados à vida militar, assumiu o comando, a chefia e a direção de diferentes organizações da FAB, entre elas, foi o primeiro Comandante do 2º/6º Grupo de Aviação – Esquadrão Guardião; Comandante da Base Aérea de Fortaleza; Adjunto do Adido de Defesa e Aeronáutica nos Estados Unidos; Subchefe de Apoio do Comando-Geral de Apoio; Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate e Chefe do Subdepartamento de Desenvolvimento e Programas; Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro; Diretor da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico; Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; Chefe de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa.

Atualmente, é o Comandante do Comando-Geral de Apoio.

O Oficial-General é oriundo das aviações de caça e reconhecimento. Possui 4 mil horas de voo, sendo 2.200 horas em aeronaves de caça.

Já voou nas seguintes aeronaves: T-23, T-25, AT-26, C-95, T-27, U-7,U-42, F-103, F-5, EMB 135/145/C-99, E/R-99, C-98B.

Principais condecorações:

  • Ordem do Mérito da Defesa (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Aeronáutico (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Naval (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Militar (Grande-Oficial);
  • Ordem do Mérito Judiciário Militar (Grau Alta Distinção);
  • Ordem do Mérito Ministério Público Militar (Grande-Oficial);
  • Medalha da Vitória;
  • Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina;
  • Medalha do Mérito Santos-Dumont;
  • Medalha Mérito Tamandaré;
  • Medalha do Pacificador;
  • Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura;
  • Mérito do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará;
  • Mérito da Casa Militar do Estado do Ceará;
  • Medalha Bernardo Sayão – Cidade de Anápolis (GO);
  • Destaque Operacional Platina – COMGAR; e
  • Medalha do Mérito Ambiental.



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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

OPERAÇÃO DE GUERRA: Mais de 50 toneladas de equipamentos e materiais são transportados pela FAB para Manaus

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A Força Aérea Brasileira transporta mais de 50 toneladas entre equipamentos e materiais para a montagem de Hospital de Campanha (HCAMP), além de um total de 386 cilindros de oxigênio para Manaus. Uma verdadeira operação de “guerra”, que coloca à prova a capacidade logística da Força Aérea Brasileira, que tem realizado uma verdadeira ponte-aérea no combate ao Covid-19 na região amazônica.

O Ministério da Defesa atende à solicitação do Governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima, que requereu apoio junto ao Comando Conjunto da Amazônia, um dos 10 comandos conjuntos estabelecidos em todo o país pela Operação Covid-19.

Na última quarta-feira (13), duas aeronaves KC-390 “Millennium” decolaram rumo à Capital do Amazonas. As aeronaves transportaram 25 toneladas de carga, partindo do Rio de Janeiro carregadas com 20 barracas climatizadas, 20 climatizadores e três geradores de energia, entre outros insumos de saúde.

Nesta última quinta-feira (14), outra aeronave KC-390 decolou rumo a Manaus, esta partindo de Recife com 25 toneladas de materiais para a montagem do Hospital de Campanha (HCAMP). Entre os itens estão: sete barracas, nove condicionadores de ar, 42 luminárias e dois geradores de energia, entre móveis e equipamentos hospitalares.

As Forças Armadas também foram requisitadas para transportar em caráter de urgência cilindros de oxigênio hospitalar para Manaus. A missão com logística de guerra teve início na sexta-feira, 8 de janeiro, e deve terminar no próximo domingo (17). No total, 386 cilindros de oxigênio deverão ser transportados por aeronaves C-130 “Hércules” da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Amazonas.



O primeiro voo decolou de Belém, no Pará, em direção à Manaus no dia 8 de janeiro, O “Hércules” seguiu com carregamento de 150 cilindros de oxigênio. No sábado passado (9), o segundo “Hércules” decolou da Capital Paraense rumo à Manaus transportando mais 200 cilindros de oxigênio para o tratamento de vítimas do Covid-19. Nos próximos dias, aeronaves C-130 da FAB entregarão os 36 cilindros de oxigênio remanescentes. 

Por trás do transporte de cilindros de oxigênio, existe uma operação logística típica de guerra. Em 10 dias, serão percorridos 37.600 km e alocadas 94 horas de voo. O equivalente a quase uma volta completa na Terra sobre a linha do equador.


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 com informações do CCOMSOD


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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

BNDES financia 3 Bi para clientes de exportação da Embraer

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No último dia 17 de dezembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de duas operações financeiras para financiar a exportações de aeronaves da bem sucedida família de E-Jets da Embraer, os negócios chegam à 3 bilhões de reais, e mostram que mesmo diante da crise desencadeada pelo COVID-19, a gigante brasileira continua firme no mercado.

As encomendas envolvem a encomenda de aeronaves E175 pela norte americana United Airlines e a venda de aeronaves E195-E2 pela holandesa AerCap Holdings, uma das maiores empresas de arrendamento de aeronaves do mercado global.

As aeronaves E175 encomendados pela United, fazem parte da família de maior sucesso do mercado, sendo líder de vendas no seu segmento, somando mais de 600 aeronaves em operação ao redor do mundo, parte da família E-jets da Embraer, com capacidade para transportar até 88 passageiros.

A encomenda da holandesa AerCap envolve os modernos E195-E2, maior e mais novo modelo da família E-Jets, sendo a nova geração denominada "E2" pela Embraer, a qual se destaca pelos avanços na redução de emissão de poluente, sendo mais silenciosa e eficiente que a geração anterior. Um dos trunfos da nova geração é o consumo de combustível que reduziu em cerca de 25%. Esta será a primeira exportação do modelo com financiamento pelo BNDES.

O apoio do BNDES as exportações é fundamental, e potencializa a capacidade de penetração dos produtos brasileiros no concorrido mercado internacional, sendo a oferta de financiamento um dos trunfos dos grandes fabricantes globais, que costumam oferecer suas aeronaves para companhias aéreas ou clientes militares já com uma linha de financiamento incluída no pacote, geralmente com crédito pré-aprovado, o que agiliza todo processo, aumentando o interesse do mercado.

“Nesse tipo de operação, os recursos do BNDES são desembolsados no Brasil, em reais, para a empresa exportadora brasileira, a Embraer. O financiamento será pago ao Banco em dólares pelas empresas estrangeiras compradoras dos bens. Isso significa a entrada de divisas no País, a partir do apoio ao desenvolvimento industrial e à exportação de produtos nacionais de alto valor agregado”, disse a nota do BNDES.


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domingo, 20 de dezembro de 2020

O Brasil e o Gripen E/F - Um pouco sobre o novo caça brasileiro

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O SAAB Gripen E (no Brasil denominado F-39E Gripen) venceu no final de 2013 a concorrência para fornecer à Força Aérea Brasileira inicialmente 36 modernas aeronaves de combate, tendo sido ao longo de todo desenrolar do programa FX-2 apontado como o "azarão", por se tratar naquela época de uma aeronave em pleno desenvolvimento, mas surpreendeu quando foi anunciada sua vitória na disputa que tinha concorrentes de peso, como o francês Dassault Rafale e o norte americano Boeing F-18 E/F Super Hornet. 

Porém, após sete anos desde o anúncio de sua escolha, o desenvolvimento atingiu todas as fases programadas em acordo com o previsto, tem rebatido os críticos de plantão, devendo ser entregue o primeiro lote de quatro aeronaves "IOC" no próximo ano (2021). Considerando que a definição pela aeronave se deu em dezembro de 2013 e a assinatura do contrato só em 24 de outubro de 2014, temos menos de cinco anos desde a concretização do acordo e o primeiro voo do primeiro exemplar do Gripen E pertencente ao Brasil, feito realizado em 26 de agosto de 2019, com este exemplar iniciando os testes visando as certificações em setembro deste ano, o que demonstra o sucesso do empreendimento.

Além disso, o contrato avaliado em 4,1 bilhões de dólares, prevê não apenas a aquisição inicial de 36 aeronaves, mas uma extensa capacidade logística e industrial transferida ao Brasil, capacitando nossa industria e corpo de engenheiros e técnicos, estabelecendo não apenas uma venda SAAB (Suécia) x Brasil, mas uma importante parceria, tornando o parque industrial aeroespacial brasileiro (Embraer, Akaer, AEL Sistemas, Atech, Inbra, Atmos...) um importante parceiro e fornecedor da SAAB, atuando no desenvolvimento da aeronave, sendo responsável pelo desenvolvimento da variante biposto, o Gripen F, inicialmente desenvolvida exclusivamente para atender as necessidades brasileiras, mas que poderá ser ofertada à outras nações. 

Recentemente, vem sendo cogitada a produção do Gripen no Brasil afim de atender a demanda de clientes na região, com a grande possibilidade da Colômbia vir a se tornar o segundo operador do Gripen E na América Latina.


Muitos leigos tem realizado comentários desconexos à realidade, comparando o Gripen E brasileiro ao "venezuelano" Sukhoi Su-30MK2V, em termos de capacidades e potenciais, apontando uma enganosa vantagem ao caça de fabricação russa, cabendo a nós do GBN Defense pontuar alguns pontos relevantes sobre a tecnologia embarcada que o novo caça brasileiro traz consigo, algo que por si só nos confere uma enorme vantagem frente ao caça de nossos vizinhos, não apenas venezuelanos, mas de toda América Latina, apresentando uma consciência situacional sem paridade na região, com uma poderosa capacidade de transmissão/recepção de dados, sensores de última geração, ótima interface homem/maquina, sistemas de guerra eletrônica avançados, somados a capacidade de operar em áreas remotas com pouco suporte em solo, um variado leque de armamentos e as doutrinas de combate aéreo brasileiras, as quais contam com importantes meios no "estado da arte", como nossas plataformas E-99 e demais sistemas de defesa e monitoramento, podemos afirmar com toda certeza, nenhum de nossos vizinhos teria a ousadia de enfrentar o Brasil na arena aérea.

Há quem critique a escolha do Gripen sob uma óptica míope, alegando se tratar de uma aeronave "leve", justificando isso pelo simples fato de ser monomotor, o que é um erro, uma vez que suas capacidades são comparáveis aos seus principais concorrentes, porém, apresentando um menor custo da hora de voo. O conceito por trás do Gripen, apresenta uma capacidade avançada, aliada ao baixo custo em todo seu ciclo de vida, isso quando somado a tecnologia embarcada no mesmo, sua diminuta assinatura radar (RCS), simplicidade e robustez, entrega ao seu operador uma solução ímpar, constituindo o mesmo num sistema de defesa, o qual faz frente a toda ameaça no atual cenário aéreo e o futuro próximo.

A escolha do Gripen E/F se mostra a cada dia ser a mais acertada para o cenário brasileiro, representando ganho não apenas operativo, mas capacidade intelectual, técnica e industrial, porém, é preciso que o programa não pare em apenas 36 aeronaves, ou no hipotético segundo lote, é preciso que toda essa capacidade e expertise adquiridos sejam empregados em outros programas estratégicos, os quais não devem se limitar no projeto do Gripen E/F, mas resultar em novas conquistas, como a concepção de novos meios aéreos, sendo eles tripulados e remotamente tripulados, pois a tecnologia que temos recebido, será um ponta pé inicial na abertura de novos campos de domínio tecnológico e independência, abrindo novos mercados e perspectivas.

Recentemente foram divulgadas belas imagens do primeiro Gripen E brasileiro nos céus do Rio de Janeiro e na ALA 12, Base Aérea de Santa Cruz (BASC), as quais ilustram nosso artigo.

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Operação Verde Brasil 2 - Porque a Folha de SP omite 33% de queda no desmatamento?

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É preocupante a falta de responsabilidade de algumas mídias quando se trata de abordar determinadas questões, o que me impressiona principalmente, é quando o assunto trata da Amazônia ou outra questão estratégica de suma importância a nossa nação. Até entenderia se partisse de algum desses "Digitais influencers" que não sabem nem que na nossa amazônia não existe entre a fauna leões, girafas ou rinocerontes... Mas uma mídia de grande alcance, como a Folha e SP que possui inúmeros jornalistas que cursaram superior, detém anos de trabalho na área, se prestar ao papel de desinformar seu público? Sinceramente? Falta profissionalismo e respeito a ética de nossa profissão, isso para pegar muito leve.

Não é de hoje que observo uma verdadeira cruzada de algumas mídias e pessoas do meandro das comunicações, que de toda forma tentam criar formas de desestabilizar o governo e desacreditar o trabalho de instituições como nossas Forças Armadas. Particularmente evito entrar nas questões ideológicas e partidárias, pois o foco de meu trabalho é mostrar o que se passa no campo geopolítico e estratégico, mostrar o papel desempenhado por nossas Forças Armadas e demais pilares da sociedade brasileira, da forma mais clara, objetiva e isenta possível. Como é uma das missões do GBN Defense o combate a Fake News e a defesa da transparência da informação, assim contribuindo para construção de uma visão mais ampla e realista do cenário regional e mundial, defendendo os valores do bom jornalismo, não pude deixar de desmascarar mais uma farsa publicada pela Folha de São Paulo em 4 de outubro deste ano de 2020.

Em sua matéria “No Sul do Amazonas, desmatamento cresce apesar do Exército”, a mesma omite um importante dado, o qual é facilmente obtido se consultar as fontes oficiais, como a queda de 33% no desmatamento na Amazônia Legal, ocorrida em setembro, além de conter outras graves incorreções e omissões, que levam o leitor à desinformação. Inicialmente, a matéria omite que o desmatamento na Amazônia Legal teve uma redução da ordem de 33% no mês de setembro, registrando o terceiro mês seguido de queda nos registros de desmatamento, e o mês com maior índice observado, comparando-se aos números de julho, com redução de 26% e o mês de agosto com 21%. Esses dados estão disponíveis no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e podem ser facilmente conferidos.

A redução no desmatamento é resultado de uma série de ações integradas pelo Ministério da Defesa e nossas Forças Armadas, com diversas instituições, que congregam o esforço integrado do Conselho Nacional da Amazônia Legal e da Operação Verde Brasil 2, esta envolvendo, além das Forças Armadas, as agências ambientais e os órgãos de segurança pública. Para melhor esclarecer como se dá, vou replicar aqui parte das informações que me foram disponibilizadas pelo Ministério da Defesa:

"Os alvos das ações de combate aos crimes ambientais no âmbito da Operação Verde Brasil 2 são selecionados e priorizados pelo Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM), coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e integrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional de Mineração (ANM), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e Serviço Florestal Brasileiro (SFB)."

Outro ponto equivoco na matéria, a qual segue a linha de ataque as instituições e ao governo federal, alega que o Presidente não “transferiu o comando das operações na Amazônia para os militares”. Esse equivoco foi esclarecido por meio de nota emitido pelo MD, que diz: "As Forças Armadas atuam, no âmbito da operação Verde Brasil 2, na coordenação dos esforços dos diversos órgãos envolvidos e no apoio logístico, conforme claramente indicado no decreto que determinou a operação de garantia da lei e da ordem (GLO) na região. As agências federais, estaduais e municipais mantêm autonomia para exercer suas atribuições, inclusive realizando ações independentes. A coordenação exercida visa tão somente a maximizar os esforços em uma área tão grande como a Amazônia Legal.", um esclarecimento que curiosamente não vemos sendo publicado pela referida mídia.

Mas a Fake News não para por ai, a matéria também erra e desinforma ao afirmar que “as Forças Armadas proíbem a destruição de equipamentos dos criminosos em áreas de desmate e garimpo”. O que é inverídico, uma vez que os órgãos ambientais possuem autonomia para exercer suas atribuições, conforme previsto na legislação em vigor. Com relação a essa informação, nos foi encaminhado o quadro com os resultados, que o leitor pode verificar abaixo:


A matéria ainda afirma que o governo não autoriza jornalista e profissionais da imprensa acompanhar os trabalhos, isso é absolutamente uma falsa afirmação, pois inúmeras vezes recebemos convites para acompanhar o trabalho das autoridades no combate ao desmatamento e demais missões realizadas no âmbito da "Operação Verde Brasil 2", o que só demonstra um proposital desvio do compromisso com seu público, caracterizando uma postura dúbia e de falta de credibilidade por parte do autor daquela matéria totalmente fora da realidade e desprovida de dados concretos.

O Ministério da Defesa se manifestou com relação a isso através de nota: "Houve a oportunidade desses profissionais acompanharem ação do IBAMA contra o garimpo em terras indígenas Munduruku, na qual foram destruídos e inutilizados equipamentos utilizados nas atividades ilegais. A ação teve grande divulgação na mídia, inclusive na própria Folha de S. Paulo. O Ministério da Defesa, como coordenador da Operação Verde Brasil 2, ao contrário do que afirma a reportagem, não negou à Folha de S. Paulo “pedidos para acompanhar os militares”.

Como o jornalista de forma deliberada omitiu importantes dados que foram divulgados sobre a Operação Verde Brasil 2, nós resolvemos esclarecer e dar o devido destaque aos números obtidos pela operação no relatório do período até 1 de outubro.

Operação Verde Brasil 2 


  • Aplicou R$ 1,389 bilhão em multas e termos de infração. 
  • Foram combatidos 6.842 focos de incêndio, 
  • Aprendidos 991 embarcações e 345 veículos, 
  • Efetuadas 171 prisões, 
  • Realizadas mais de 39 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações e 371 inspeções em madeireiras serralharias e fazendas. 
  • Foram apreendidas aproximadamente 8 mil toneladas de minerais, como manganês, ouro e pedras preciosas, além de 372 kg de pasta base de cocaína. Volume superior a 173 mil metros cúbicos de madeira ilegal.
  • Foram confiscados, inutilizados ou destruídos 755 tratores, máquinas de serraria, motores, escavadeiras e outros equipamentos.

É repugnante a postura irresponsável e deliberadamente contra a verdade dos fatos, e pior que isso, contra nossa própria nação e integridade territorial, uma vez que observamos uma conjuntura internacional tomando forma para tentar se fazer valer de falsas afirmativas, como as utilizadas em 2003 para invadir o Iraque, para se apoderar de nossas riquezas, em especial nossa Amazônia e tudo que a mesma representa para nosso povo.

Infelizmente essa matéria é mais uma verdadeiro desrespeito àqueles civis e militares, que vêm arriscando diariamente suas vidas na preservação e no combate aos crimes ambientais na Amazônia, além de uma grande falta de moral e ética para com seu público que deposita sua credibilidade naquele veículo em busca de informações sobre o que se passa ao nosso redor, mas a mesma tem jogado seu nome na lama com esse tipo de trabalho, típico de mídias partidárias ou defensoras de interesses que não o de seu leitor e os valores do jornalismo.


Por: Angelo Nicolaci


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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

MARINHA REALIZA O 4º ESTÁGIO DE OPERAÇÕES DE PAZ PARA MULHERES

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No dia 29 de setembro, o Centro de Operações de Paz de Caráter Naval (COpPazNav), Organização Militar do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, iniciou o 4º Estágio de Operações de Paz para Mulheres (IV EOpPazFem). 

O Estágio é uma iniciativa do Comando de Operações Navais, em coordenação com o Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), e visa a disseminar conhecimentos sobre operações de paz entre o público feminino militar da Marinha do Brasil, das demais Forças Singulares e Auxiliares e, também, entre as integrantes civis do meio acadêmico, bem como a incentivar e prover a preparação básica para a participação feminina em tais missões. 

Desde a aprovação da Resolução nº 1325/2000 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), que trata da importância e da ampliação da participação feminina em Operações de Paz, a ONU vem adotando diversas medidas para encorajar seus Estados membros a ampliar a participação das mulheres. O desafio rumo à equidade de gênero foi reafirmado pelo atual Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que lançou a Estratégia para a Paridade de Gênero de Pessoal Uniformizado, com metas objetivas e realistas que deverão ser alcançadas até 2028. Assim, o IV EOpPazFem tem como objetivo contribuir para o atingimento, pelo Brasil, dessas metas.

O 4º Estágio ocorre entre os dias 29 de setembro e 08 de outubro de 2020. A exemplo dos  realizados anteriormente, consistirá de instruções que abrangem o United Nations Core Pre-Deployment Training Material (UN CPTM), material básico de treinamento pré-desdobramento das Nações Unidas, cujo conhecimento é de caráter obrigatório para todo indivíduo que compuser uma Missão de Paz das Nações Unidas; instruções básicas sobre fundamentos das Operações Militares (a fim de familiarizar as estagiárias com os ambientes tático e operacional da missão); palestras com personalidades de notório saber e, ainda, instruções específicas sobre o tema "Mulheres, Paz e Segurança". Cabe ainda ressaltar que o IV EOpPazFem será conduzido com base nas medidas sanitárias determinadas no Plano de Atividades da Marinha para o enfrentamento à Covid-19. 

O COpPazNav da Marinha do Brasil, estabelecido no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), Ilha do Governador, Rio de Janeiro, é a unidade de treinamento da MB para operações de paz, particularmente aquelas de caráter naval, como a executada pela Força-Tarefa Marítima na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL), e vem contribuindo para a consolidação dos valores da Força e das Nações Unidas. 


Fonte: Marinha do Brasil

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Conheça o Futuro da Marinha - PEM 2040, o que se esperar nos próximos 20 anos? (Parte-1)

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No último mês de setembro, acompanhamos a entrega, pela Marinha do Brasil do Plano Estratégico da Marinha (PEM 2040), um documento de grande importância, que apresenta o planejamento de médio e longo prazo com os rumos que deverão ser adotados pela Marinha do Brasil pelos próximos 20 anos. Neste documento constam as diretrizes, objetivos e os Programas Estratégicos da Marinha do Brasil (MB), segundo a Visão de Futuro da Marinha. 

O PEM 2040 é resultado de um amplo trabalho de pesquisa, contando com a participação de vários setores da sociedade brasileira, elaborado após diversas discussões e a contribuição de grupos de trabalho multidisciplinares, nos quais tiveram a participação tanto de militares, como também de civis, tendo sido ouvidos importantes formadores de opinião, além de representantes das comunidades científica e acadêmica, provendo transparência e clareza para a sociedade sobre os rumos que a MB adota, em consonância com sua missão. 

O documento traz seu conteúdo dividido em cinco capítulos e seus tópicos, torna sua leitura simples e de fácil compreensão para a sociedade como um todo. O PEM 2040 apresenta o cenário no qual estamos inseridos, bem como ameaças e oportunidades para a MB, condicionado pelos documentos de alto nível da Defesa, como a Política Nacional de Defesa, a Estratégia Nacional de Defesa e o Livro Branco de Defesa Nacional, além da plena consonância com a Constituição Federal e as atribuições legais da MB. 


No dia 25 de setembro, o GBN Defense na figura de seu editor/fundador Angelo Nicolaci, junto a outras renomadas mídias d
e defesa, foram convidados pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, para uma breve entrevista, onde puderam conhecer um pouco melhor o PEM 2040 e dirimir algumas dúvidas sobre este documento e os rumos que a MB adotará no período 2020-2040.

A Marinha demonstra uma visão bastante clara dos desafios que se apresentam no presente e no horizonte de nossa nação, com este planejamento indo muito além dos conhecidos programas estratégicos em andamento, com uma inserção maior da participação da Marinha em variados cenários e missões, bem como uma importante mudança em determinados conceitos e doutrinas de emprego do poder naval.
Um dos pontos de grande relevância apontados pelo PEM, diz respeito às ameaças e desafios que se apresentam à nossa nação, e isso ficou bem exposto pelo Alte.Esq (CM) Ilques Barbosa Junior, questionado sobre as medidas adotadas pela Marinha do Brasil para mitigar as múltiplas ameaças que se apresentam, que vão além das "tradicionais" ameaças comumente elencadas quando se aborda as questões de soberania e controle de nossas águas jurisdicionais, somando-se a estas, cenários de desastres ambientais, como o derramamento de óleo no nordeste de nossa costa no ano passado, bio-ameaças como a Pandemia do COVID-19, o crime organizado que vem crescendo como um todo no mundo, com  o narcotráfico, contrabando, pirataria, além do terrorismo e a expansão dos interesses internacionais.
Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense

Segundo o Comandante da Marinha (CM), o Plano Estratégico da Marinha (PEM) tem como pilares fundamentais a Política Nacional de Defesa (PND) e a Estratégia Nacional de Defesa (END), com isso quando se vislumbram as questões relacionadas às fronteiras e o nosso entorno estratégico, a visão é mais ampla e envolve não somente a Marinha do Brasil, mas sim as nossas três Forças e os desafios que englobam ações mais complexas envolvendo um conceito tridimensional, no qual é de suma importância a interação não apenas entre as Forças Armadas (FFAA), como também de outras agências e órgãos do estado brasileiro, para garantir a segurança e os interesses de nossa nação do norte ao sul, de lestes à oeste. O cenário global hoje tem apontado para uma concepção de duplo emprego das Forças Armadas, onde elas vem agregando além de seu papel constitucional, novas missões e responsabilidades, e isso exige das mesmas um nível de prontidão elevado, hoje atingindo um nível com 100% de prontidão. Sendo assim, não há espaço mais para que por exemplo, se prepare nossa indústria para responder a determinadas ameaças, tal como ficou evidente diante da Pandemia do Covid-19.

Diante das questões ligadas ao controle e gerenciamento de nossas fronteiras e território nacional dispostas pelo PND e a END, temos três importantes e complexos sistemas que são de suma importância citados na fala do Comandante da Marinha (CM), com a tríade composta pelo SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) na faixa de fronteira terrestre, concebido por iniciativa do Comando do Exército, em decorrência da aprovação da END em 2008, a qual orienta a organização das Forças Armadas sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença; o SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) conduzido pelo Comando da Aeronáutica; e o SisGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) que tem a missão de monitorar, de forma contínua e integrada, as Águas Jurisdicionais Brasileiras e as áreas internacionais de responsabilidade brasileira para realização, quando necessário, de operações de Socorro e Salvamento, sendo este importante sistema concebido pela Marinha do Brasil.

Nosso entorno estratégico inclui a Costa Oeste da África, Caribe, Antártica e parte oeste do território continental, suas dimensões por si só já se apresentam como um grande desafio, onde soma-se a esse ambiente operacional a crescente atuação do crime organizado no âmbito global, o que leva a necessidade do emprego de nossas Forças Armadas no apoio irrestrito a segurança nacional, esse um ponto destacado pelo CM com relação ao questionamento sobre o cenário de ameaças que se apresenta ao Brasil.

Prosseguindo em sua resposta, o CM frisou a importância que tem sido dada a capacitação de seus militares, sendo um dos pontos chave do PEM, com a Marinha do Brasil atenta a necessidade de capacitar seu pessoal, algo que faz parte do Programa Estratégico (PE) de quaisquer forças armadas. Seguindo nessa linha, o CM ressaltou os esforços da Marinha do Brasil em aprimorar ainda mais esse importante ponto estratégico, alterando o procedimento de entrada no Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (CEMOS), ampliando as exigências na escola de formação, nesse sentido tem sido realizadas alterações nas normas de carreira, adequando a nova lei que destaca a meritocracia e incentiva a constante qualificação dos homens e mulheres que compõe a Marinha. "Não adianta entramos com o mais moderno navio na Baía de Guanabara, se não soubermos como operar", disse o Comandante da Marinha.

Um de nossos questionamentos apresentado ao Comandante da Marinha, diz respeito aos desafios que são impostos pelo PEM à Marinha do Brasil, tendo em vista que a mesma se encontra diante de um extenso processo de renovação de meios, dado o avançado estado de obsolescência que boa parte dos meios operativos apresentam, bem como a baixa de muitos meios sem substituição, dada as limitações impostas pelo orçamento concedido à Força Naval e outros fatores de ordem política, os quais nas últimas décadas não deram o devido aporte às necessidades de nossa Esquadra. Perguntamos como seria realizada a captação dos recursos necessários para tocar os programas estratégicos em andamento e os que se fazem necessários para o cumprimento das missões constitucionais e compromissos internacionais assumidos pela nossa MB, bem como as missões que vem a se somar no âmbito da Marinha e seu Corpo de Fuzileiros Navais (CFN)?

Esse importante ponto foi esclarecido pelo CM onde, em consonância com a PND e a END, durante todo processo de criação do PEM, houveram muitas conversas com Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, após sua concepção, o Plano foi apresentado ao Conselho de Defesa Nacional, ocasião em que estiveram presentes ministros de estado, o Presidente da República Jair Bolsonaro e seu Vice-Presidente, Hamilton Mourão, além do Presidente do Senado e posteriormente apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, mostrando a classe política brasileira a real situação de nossas Forças Armadas, porque eles são os representantes do povo, e a eles cabe atribuir as prioridades de nosso país, e como estamos num estado democrático de direito, esse é o caminho a ser trilhado, e fora apresentado o PEM aos líderes do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Esse foi o primeiro movimento realizado, esclarecendo aos três poderes a real situação das Forças Armadas, ao mesmo tempo que foram apresentadas as ameaças às quais estamos submetidos à sociedade brasileira, seguindo nos esforços de se tirar o velho estigma de que os militares vêem ameaças onde não existem, por exemplo, a Pandemia de Covid-19 que resultou na perda de 140 mil vidas no Brasil, ou ainda a agressão perpetrada pelo derramamento de óleo no nordeste do Brasil, um crime que o Alte.Esq. (CM) Ilques Barbosa deixou bem claro: "Posso assegurar, como objetivo naval permanente até quando for necessário, até o fim dos tempos, nós vamos estar atrás dele, até achar e punir, porque uma agressão daquela magnitude não pode ficar impune". Existe uma vasta gama de ameaças as quais não se pode ignorar, e a sociedade brasileira tem sido alertada, conforme deixou claro o Comandante da Marinha, onde várias providências tem sido tomadas no sentido de neutralizar esses riscos. Hoje enfrentamos ameaças como o crime organizado e as Organização Não Governamentais, que na verdade não são legitimamente ONGs, e sim fachadas para outras atividades e interesses, "Nós não podemos ter a inocência de não constatar um fato e sermos envolvidos em discussões que nos tirem do foco que é a defesa do nosso futuro, a defesa dos nossos cidadãos", disse o Almirante.

Apesar do cenário internacional apresentando importantes mudanças nos níveis de ameaça, as ameaças interestatais não desapareceram e continuam sob a observância de nossos militares, como explicitou em sua fala o Comandante da Marinha, e isso trás a imprescindível necessidade de estarmos prontos e capacitados a responder aos desafios, pois uma das mais eficazes formas de se evitar um conflito é estarmos prontos para ele, é uma máxima que segue desde os primórdios da humanidade, a dissuasão é um importante ativo de defesa. 

Um ponto enfatizado pelo Almirante Ilques, diz respeito ao retorno gerado pelo investimento em defesa, algo que constantemente vem sendo ignorado de forma proposital pelos críticos aos programas de reaparelhamento de nossas Forças Armadas. Os Programas Estratégicos não apenas suprem as necessidades diretas de nossa defesa por meio da aquisição de sistemas,  mas representam a geração de muitos empregos diretos e indiretos, arrecadam impostos, fomentam o desenvolvimento e a capacitação de nosso parque industrial, criam novas oportunidades para exportação de produtos com alto valor agregado, além de prover segurança a nossa soberania. 

"Só o ProSub, não estou mencionando nenhum outro programa em andamento, gera 900 milhões em impostos. Quantas escolas foram construídas com esses impostos? Quantos empregos, quantas famílias estão vivendo através dessa segurança gerada pela Base Industrial de Defesa (BID)? Todos os nossos programas estão sendo auditados/controlados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), gerando conforto para o Comando da Marinha. O TCU esta a contrabordo da Marinha, dizendo o que pode e o que não pode ser feito, e assim será enquanto durarem os programas"
, disse o Almirante Ilques, e prosseguindo, "A sociedade brasileira precisa entender que num planeta que sofre pandemias, tem assimetrias, tem insegurança, desastres naturais, movimentos geopolíticos agressivos, terrorismo dentre outros, o Brasil não esta isento de tudo isso. Um país como Brasil, que tem um solo fértil, um país que tem água, um país que tem um espaço geográfico imenso, possui reservas energéticas imensas, tanto solar, eólica, petróleo, hídrica, urânio dentre outras, precisa de atenção, precisa ser cuidado com posicionamento maiúsculo em defesa de nossos interesses", complementou.

Uma questão levantada durante o encontro com Comandante da Marinha, teve como alvo o futuro da capacidade desenvolvida em Itaguaí, que hoje conta com uma moderna estrutura destinada a construção dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo (SBR), os quais estão em avançado estágio de construção, devendo em breve ser concluído o programa de submarinos convencionais, o que deverá ocasionar uma lacuna temporal entre a conclusão dos submarinos convencionais e o início da construção de nosso primeiro submarino nuclear (SNBR). 


Com relação ao Complexo de Itaguaí, foi esclarecido que a Marinha do Brasil possui planos para manter ativa a capacidade conquistada com o ProSub, com o complexo não sendo limitado à construção e manutenção dos meios submarinos, mas também atendendo a demando pela construção e manutenção de outros meios. Sendo revelado que existem estudos em andamento no intuito de avaliar a possibilidade de atracação das futuras fragatas da Classe Tamandaré no Complexo Naval de Itaguaí. Há elevada probabilidade de que isso aconteça, e com isso surge a demanda da criação de toda uma estrutura voltada a operação desses meios naquela região, pois envolve mais do que apenas as facilidades para os meios em si, mas toda uma infraestrutura para receber todos tripulantes e demais militares envolvidos, com a construção de casas e todo suporte necessário a estes. 

Outra questão que envolve o Complexo Naval de Itaguaí, diz respeito a outro importante programa da Marinha, o qual prevê a retirada de boa parte do poder naval da cidade do Rio de Janeiro, o que não significa sair do estado, mas sim se adequar às novas necessidades estratégicas identificadas pela Marinha. 

A Força de Submarinos será transferida para Itaguaí, que deverá operar os quatro modernos submarinos da Classe Riachuelo (SBR), assim como os remanescentes da Classe Tupi. E a intenção não é parar com a conclusão do quarto exemplar da Classe Riachuelo, podendo em futuro próximo se iniciar a construção de um quinto submarino da classe, incorporando aperfeiçoamentos em relação aos primeiros submarinos da classe.

"Não é nada contra a cidade do Rio de Janeiro, é que não existe no mundo uma Marinha do porte da nossa, numa cidade como Rio de Janeiro. Não existe Marinha dos EUA em Los Angeles ou Nova York, a Marinha inglesa não esta em Londres, porque as cidades grandes de certa maneira impõe desafios de mobilidade e segurança. Então, nossa intenção é paulatinamente, na medida do possível fazer essa transição", disse o Almirante Ilques.

Quando questionado sobre a criação de uma 2ª Esquadra, o Comandante da Marinha explicou como se dá todo processo para que seja criada a 2ª Esquadra, citando que o cronograma está sendo readequado, pois demanda uma série de estudos e uma capacidade logística adequada, o que envolve Belém, Recife, Itaqui e Aratu, sendo o primeiro passo para criação dessa nova Esquadra, o fortalecimento da capacidade logística como um todo, a qual deve garantir a capacidade de receber a Esquadra onde quer que ela vá, provendo toda capacidade não apenas de atracar os navios, mas inclusive manuteni-los quando se faça necessário.

Foram citadas características de três localidades elencadas, como Belém, que conta com terminal portuário, calado necessário para operar os navios, um retroporto e um píer adequado para receber os navios da Esquadra. Já Recife possui uma infraestrutura vital, contando com os estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar, ambos capazes de prover suporte, e por último se salientou a importância estratégica de Itaqui.

Ou seja, antes de se pensar na criação de uma 2ª Esquadra, é preciso equacionar nossas capacidades logísticas, pois não há lógica em se pensar uma 2ª Esquadra, se não houver primeiro uma real capacidade logística, por exemplo, nós temos capacidade de atracar e docar uma fragata em Belém? Sim temos.


Nota: Devido a complexidade e a riqueza de informações obtidas durante o encontro, o GBN Defense resolveu dividir essa entrevista em partes, para que possamos possibilitar ao nosso leitor uma melhor absorção das informações reveladas.


Por Angelo Nicolaci

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